o dÍzimo para jovens, adolescentes e crianÇas · ensinar o desapego aos bens materiais, ......

O DÍZIMO PARA JOVENS,

ADOLESCENTES E CRIANÇAS

Apostila Nº 06

Pe. Ivanor Macieski

O DÍZIMO PARA JOVENS, ADOLESCENTES E CRIANÇAS

• A Pastoral do Dízimo visa evangelizar e educar os cristãos para a devolução do dízimo. Sendo assim, este trabalho não pode deixar de lado as crianças, os adolescentes e os jovens: o presente e o futuro da Igreja.


• Nesta educação para o dízimo a Pastoral do Dízimo tem duas metas de educação:

• 1. Ajudar as crianças, os adolescentes e os jovens que já participam da comunidade e os que dela se aproximam, a perceberem e assumirem o dízimo como sinal de gratidão a Deus, compromisso de fé e expressão de partilha e de solidariedade, na certeza de que Deus é o Senhor da vida e dos bens.

• Ajudá-los a fazerem gestos de partilha, segundo suas condições a se libertarem do egoísmo e a perceberem as necessidades dos irmãos. Vivemos em um tempo em que o individualismo, o consumismo e o apego aos bens materiais são propagados como caminho para a realização pessoal


• Os pais devem desde a mais tenra idade, animar e estimular os seus filhos para este gesto de gratidão e partilha que é o dízimo. Contudo, se não for feito este trabalho em casa, nossa catequese deve olhar para ele com muito carinho e ajudar os nossos catequizandos a fazerem uma profunda experiência do dízimo em suas vidas.

• A Palavra de Deus diz: “Ensina à criança o caminho que ela deve trilhar e ela nunca se esquecerá dele” (Pv 22,6). As crianças são dóceis à voz e, principalmente, ao amor de Deus.

Quem está dispensado de dar o dízimo?

• Ninguém está dispensado. Cada um deve oferecer de acordo com as suas possibilidades. Deus elogiou a oferta da pobre viúva. Além do mais, pode-se oferecer o dízimo em serviços ou ofertas. E, mesmo aquele que ainda não tem salário pelo seu trabalho, pode agradecer a Deus por seus talentos, pela sua saúde e pelo dom da vida. Ainda mais quando, sem trabalhar, se ganha gratuitamente a “mesada”, se deveria ainda mais agradecer. “De graça recebestes, de graça deveis dar”. Ou até mesmo, os pequenos podem levar até o altar a parte do dízimo de seus pais, como forma de aprendizado.

As crianças, os jovens e a evangelização

• Jesus em sua caminhada de evangelização deu também atenção às crianças, aos adolescentes e aos jovens, quando enaltece a simplicidade das crianças e dos adolescentes e quando chama o jovem rico e o convida ao desapego e a colocar-se a Seu serviço.

• Portanto, nós, Missionários do Dízimo, Animadores da Infância Missionária, Coordenadores de Coroinhas / Acólitos e de Grupos de Jovens, precisamos dar especial atenção à evangelização dos jovens, dos adolescentes e das crianças.

As crianças, os jovens e a evangelização

• Queremos como Pastoral do Dízimo, evangelizar, plantar a semente da partilha nos corações de nossas crianças, adolescentes e jovens, para quando crescerem serem adultos conscientes de sua fé e de sua responsabilidade; mostrar a importância de viver em Comunidade e através deles levar o dízimo para dentro de suas casas; mostrar situações da vida do próximo desfavorecido e ensinar o desapego aos bens materiais, à renúncia de pequenas coisas e o exercício do gesto da partilha.

O DÍZIMO E AS CRIANÇAS

O DÍZIMO E AS CRIANÇAS

Texto Bíblico: Lc 18,15-17.

Trouxeram-lhe também criancinhas

para que Ele às tocasse. Vendo isto, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: “Deixai vir a mim às criancinhas e não às impeçais, porque o

Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade Vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma

criancinha, nele não entrará!”.

Jesus não só acolhe as crianças, mas deseja que sua inocência e abertura às

coisas de Deus sejam caminhos para entrar no Reino Dele.

A SITUAÇÃO ATUAL DAS CRIANÇAS

• Criadas com um pouco mais de conforto.


• Não sabem o que é não, suas vontades sempre são feitas e tudo lhes é dado pelos pais.


• Criadas um tanto sozinhas e abandonadas pelos pais que estão no trabalho em busca de bens materiais para manter o padrão de vida da família.


• Criadas em creches, escolas e educadas pela televisão que alimenta o consumismo.


• São poucos filhos, quando não únicos.


• Um tanto egoístas e materialistas; compensa-se o abandono dando coisas.


• Com bastante informação e conhecimentos; nascem com predisposição ao uso das novas tecnologias.


• Carentes de amor, amigos e presença.


• Sensíveis ao meio ambiente e sem preconceitos.


• Frágeis na fé, por falta de testemunho familiar: muitas vezes são educadas por instituições desde os primeiros meses.

OBJETIVOS DA PASTORAL DO DIZIMO:

Diante desta situação a Pastoral do Dízimo, atuando junto às crianças deverá ajudá-las:

O Dizimo pode ajudá-las:

• A perceber as necessidades dos outros e da Igreja.

• A partilhar, libertando-se do egoísmo.


• Perceber o valor da Comunidade e do próximo.

• Libertar-se da cultura materialista, capitalista e consumista.


• Perceber a existência de outros valores; aprender a ajudar o outro.

• Ser solidário, criar laços com a comunidade e fazer amizades.


• Abrir-se para Deus e ser agradecido; fazer a experiência do Transcendente.

• Crescer com a consciência da fé, da gratidão e da necessidade da bênção de Deus.


• Descobrir o verdadeiro sentido da vida na doação de si mesmo pelo bem do próximo.

HISTÓRIAS QUE ENSINAM

Diante das facilidades da vida, do conforto oferecido, da propaganda e das comodidades, muitos crescem com a mentalidade de quererem tudo muito rápido e com o mínimo esforço possível. Apesar da nova realidade, temos consciência que para sermos felizes, para termos o necessário, todos nós precisamos de disciplina e trabalho.

Segue uma simples historinha que poderá nos ajudar a compreender o valor de deixar com que os pequenos façam desde cedo a sua parte, o seu esforço necessário.

O CASULO E A BORBOLETA: O ESFORÇO NECESSÁRIO!

Num certo dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou-se e passou a observar a borboleta que, por várias horas, se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco aberto no casulo. Então, em certo momento, pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso, parecia que ela tinha ido o mais longe que podia e não conseguia mais continuar nessa sua missão de deixar o seu casulo. Então, o homem decidiu ajudar a borboleta. Ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas e atrofiadas. O homem continuou a observar porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo e alçar voo. Nada aconteceu.

Na verdade, a borboleta passou o resto de seus dias rastejando com um corpo murcho e as asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e em sua vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário para a borboleta sair, através de sua pequena abertura, era o modo com que a natureza agia para que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre do casulo. Tentando ajudar, ele impediu o esforço, tornando a borboleta deficiente e incapaz de voar para o resto de sua vida!

Lição da história!

Ações da pastoral do dizimo:

• Começar o trabalho conscientizando os pais, pois a família tem grandiosa influência na vida espiritual da criança. Como diz em Dt 6.7, cabe aos pais ensinar a Palavra de Deus aos filhos.

• Ser exemplo: os filhos aprendem muito mais com o comportamento dos pais do que ouvindo seus conselhos e lições.


• Contar e mostrar para as crianças as maravilhas que Deus tem realizado em suas vidas. Ensinar as crianças a terem amor pela Palavra de Deus: leia a Bíblia com elas e também para elas, mesmo que pareça que não estão entendendo as parábolas e os conceitos. As crianças gostam de participar e de interagir.


• Valorizar a oração: “não reze apenas por seu filho, mas com o seu filho.” Precisamos evangelizar as crianças pela oração.

• Ensinar as crianças a terem amor e respeito pela casa Deus e pelos nossos padres.


• Animar e ensinar as crianças a participarem com atenção das celebrações e de outras atividades na Igreja.

• Trabalhar com as crianças da catequese.

• Trabalhar com os coroinhas / acólitos e com a Infância Missionária.


• Criar um envelope especial para as crianças.

• Criar material de evangelização próprio para crianças.

• Criar momentos de trabalho e atividades para as crianças se sentirem úteis na Comunidade.


• Fazer sorteios especiais para os dizimistas mirins nas celebrações.

• Confeccionar cartazes e frases acessíveis e compreensíveis às crianças.


• Produzir vídeos e oportunizar testemunhos de crianças necessitadas e carentes.

• Realizar visitas em lares de crianças abandonadas e em famílias com situações de necessidade.


• Ajudar as crianças a encontrar na Palavra de Deus, os textos e a compreensão dos mesmos com relação ao dízimo.

• Incentivar as crianças a se fazerem presentes nas celebrações e elas mesmas levarem seus envelopes com a devida contribuição diante do altar de Deus.

DINÂMICA

Texto Bíblico: Mal 3,10. Material: Calculadora, um quadro de giz ou um pedaço grande de papel e canetinhas. Objetivo: Ensinar às crianças que dízimo é 10% de tudo o que ganhamos. Peça que as crianças falem em valores: peça exemplo de quanto ganham de mesada ou por tarefas e trabalhos que cumprem. Escreva estes valores no quadro ou no papel. Pergunte se alguém sabe quanto é dez por cento de um real. Dê tempo para as respostas. Calcule 10% para cada valor anotado no quadro ou no papel e mostre a calculadora para um voluntário que irá dizer o resultado. Escreva o resultado junto a cada valor escrito no quadro ou no papel.

HISTÓRIA DE CRIANÇA... “Certa lenda conta que estavam duas crianças patinando em cima de um lago congelado... Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação... De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água... A outra criança, vendo que seu amiguinho se afogava, jogou uma pedra e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo..." Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: "Como você fez isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas".

HISTÓRIA DE CRIANÇA... Nesse instante, apareceu um ancião e disse: "Eu sei como ele conseguiu!". Todos perguntaram: "Como?". O ancião respondeu: "Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não poderia fazer!" Se podes imaginar, podes conseguir. Certamente é esta a lição que nos fica dessa lenda. Precisamos desde cedo dizer e fazer aquilo que é o correto. Se todos falarmos a mesma linguagem e apoiarmos nossas crianças na devolução do dízimo, isso se tornará para toda a vida uma atitude consciente e natural de seu compromisso para com a Comunidade e gratidão para com Deus.

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