O dia em que a mata ardeu (Adaptação livre de Maria do Carmo)

Metodologias e práticas na didáctica da Educação Pré-escolar

Carmo CostaAurora LoboFátima CardosoTeresa Freitas

Imagens retiradas na Internet e do livro original

Onde moro, quando acabam as casas e as ruas, começa uma mata que gosto muito de visitar. Lá é tudo muito verde e bonito. Costumo até dizer que é a minha mata.Mas isso é uma maneira de dizer… Porque como toda a gente sabe, a Natureza não tem dono.

Às vezes há bocadinhos de terra

que pertencem a uma ou outra

pessoa. Essas pessoas põem um

bocadinho de muro à volta e

dizem:”Esta terra é minha”

Mas a frescura da brisa o cheirinho da

caruma dos pinheiros, o canto das aves

não pertencem a ninguém. É por causa

destas maravilhas que eu procuro a

minha mataHá na minha mata árvores que ficam

amarelas e castanhas e caem no

Outono e outras que estão sempre

verdes mesmo em pleno Inverno.

E há ainda as flores, ervas e

plantas mais pequenas.

A urze, as mimosas, a alfazema e

tantas outras que não sei o nome

E também os pássaros e aves. E eu gosto de todos eles porque são diferentes e tornam o mundo mais bonito e variado.

Falta ainda falar dos animais pequenos: aranhas, abelhas, formigas …Tantos! Também vivem na minha mata e todos fazem parte de uma grande família, que é a família da Natureza.

e até um ratinho

muito simpático

chamado Zé Manel!

Na minha mata, que é de toda

a gente, tenho alguns amigos

especiais: o esquilo Rabo

Alçado, o veado Venceslau, o

Coelho Coisa Fofa e os seus

muitos filhos a coruja Miquelina

o ouriço Olegário

Tudo estaria perfeito se não fosse a terrível família dos pássaros Bisnaus que são uns pássaros pretos.Andam despenteados, com as penas uma para cada lado e nunca tomam banho. É cá um cheirete!

O pior de tudo é que os pássaros Bisnaus não respeitam nada nem ninguém.Vou contar-vos o dia em que por descuido

estes marados deixaram atear um fogo que é o pior que pode acontecer a todos os que vivem na Natureza.

Punca, Punca o barulhão que de lá saía! Tivemos de tapar os ouvidos e até as nuvens para não ficarem malucas.

Em vez de virem a

pé, que até é

perto. Não,

entraram de carro,

a alta velocidade

mata dentro!

Mal se instalaram começaram logo o lixo. Desembrulharam uns quantos chupa-chupas, hambúrgueres cheios de molho nojento, e até as latas dos sumos deitaram para o chão! Ficou tudo porcalhão!

c

A partir daí, sempre que a mãe

cozinhava legumes, o Artur pensava nos

duendes e era o primeiro a chegar à

mesa!

Ah, é verdade! Ainda fizeram muito pior. Resolveram depois de toda a comida que comeram, dormir a sesta. Deitaram-se e começaram logo, logo a ressonar.

O pai de barriga a

rebentar, sentou-se de

cigarro na mão! E o que

havia de acontecer?

Deixou-se adormecer e…

Logo começou tudo a

arder com o cigarro que

tombou no chão.

As chamas cresceram,

pegaram-se às arvores

assustadoramente e foi

um ver se te avias… e

toca a fugir.

Mas as ervas e as plantas não conseguem fugir! Por isso a pouco e pouco, no meio da confusão, iam-se deixando cair, transformadas em carvão. Mas logo vieram os bombeiros que um passarinho pequenino foi chamar.

E foi uma trabalheira. Mangueiras para aqui e para ali. E lá conseguiram apagar as chamas.

Agora o fogo estava apagado e

já era possível fazer com que a

mata nascesse de novo. Foi

preciso limpar tudo. Mas a

Natureza é muito forte e,

quando chegou a Primavera

seguinte, as árvores voltaram

a dar folhas. Por isso…

voltaram os passarinhos e

os outros animais todos

que já estavam com

saudades.

Por isso, a correr e a

saltar...

As aves voltaram a fazer os ninhos nas árvores . As ervas e flores voltaram a nascer. Os bichos e bichinhos voltaram e tudo ficou perfeito quando o meu amigo coelho Coisa Fofa teve mais uma ninhada que encheram a mata de alegria.

FIM

Assim tudo voltou a ficar perfeito na minha mata que é de todos nós e que todos devemos ter o cuidado de tratar muito bem.