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O DESLOCAMENTO DA FRONTEIRA AGROPECUÁRIA AO CENTRO-OESTE PÓS
1990 E A DINÂMICA MICRORREGIONAL DA PRODUÇÃO NO SUL GOIANO E LESTE
DO MATO GROSSO DO SUL
Fernando Campos Mesquita – Unicamp
Resumo: Após os anos de 1990, com a condição do mercado favorável à produção agropecuária, o Centro-Oeste brasileiro registra um grande salto na participação relativa da produção agropecuária do país no curto intervalo de 17 anos compreendido pelos anos de 1990 a 2007. Esse crescimento não vai se processar de forma homogenia em todas as regiões do Centro-Oeste, fazendo com que algumas áreas, como o Sul Goiano e Leste do Mato Grosso do Sul passe por uma nova dinâmica produtiva diferenciada da que ocorre, por exemplo, no Mato Grosso. Assim, este artigo busca demonstrar a dinâmica microrregional para a compreensão de como se processa a produção agropecuária pós 1990 em duas áreas de fronteiras já consolidadas. Palavras-Chave: Centro-Oeste; dinâmica agropecuária; Sul Goiano; Leste do Mato Grosso do Sul Abstract: After 90 years with the market favorable condition to the farming production, the Center-West of Brazil registers a great growth in the relative participation of the Brazilian agricultural in a short interval of 17 years from the 1990 to 2007. This growth will not occur homogeneously in all regions of the Center-West making some areas such as “Sul Goiano” and “Leste do Grosso do Sul” pass by a new productive dynamic differentiated from that occurring, for example, with the state of Mato Grosso. Thus, this article wants to demonstrate the “microregional” dynamics to understanding how is the agricultural production process after 1990 years in two areas that the agricultural border already be consolidated. Key Words: Center-West; Agricultural Dynamics; Sul Goiano; Leste do Mato Grosso do Sul.
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INTRODUÇÃO
A região Centro-Oeste, que desde 1970 vem se destacando na produção agropecuária
nacional, passa por uma nova dinâmica produtiva após os anos de 1990, apoiada pela influência
exercida na distribuição regional das atividades econômicas modificadas com a mudança de
orientação nos campos políticos e econômicos do país. Nesse período, o aumento na participação
relativa do Centro-Oeste no cenário da produção agropecuária nacional não se expressa apenas
como o resultado de uma alternativa à escassez de terras produtivas no Sul e no Sudeste, mas,
devido às melhorias nas técnicas de produção da economia local e inserção no mercado global, que
juntamente com a criação de uma infra-estrutura, garantem ao Centro-Oeste um papel de destaque
na lógica da produção nacional.
Nesse contexto, o Centro-Oeste aumenta sua participação relativa ao valor da produção da
produção agrícola nacional de 18,6% para 30,2% entre os anos de 1990 e 2007, enquanto a região
Sudeste, principal centro da economia brasileira, diminui de 15,9% para 10,1% e a região Sul,
tradicional fronteira agrícola do país, passa de 44,3% para 38,9% no decorrer desses 17 anos
(PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL). Em relação à produção pecuária, cabe destacar: o
rebanho bovino, onde o Centro-Oeste se mantém como o maior produtor do país, apenas alterando
sua participação de 31,2% para 34,1% entre 1990 e 2007, enquanto o Sudeste, segundo maior
produtor, diminui de 24,7% para 19,3%; e a produção de aves1, que embora o Centro-Oeste ainda
esteja longe de alcançar os maiores produtores do país, conseguiu nesse período aumentar
consideravelmente sua participação de 5,1% para 9,7%. (PESQUISA PECUÁRIA MUNICIPAL)
No âmbito regional, o estado do Mato Grosso se destaca como principal responsável pelos
índices alcançados pelo Centro-Oeste pós 1990. Em relação ao valor da produção agrícola entre
1990 e 2007, o Mato Grosso eleva sua participação relativa na região de 29,3% para 51,2%,
enquanto Goiás diminui de 38,2 para 29,9 e o Mato Grosso do Sul de 30,1% para 17,6% nesse
mesmo período. (PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL) No caso do rebanho bovino, o estado do
Mato Grosso também apresenta um grande crescimento, passando de 19,6% para 24,9% de 1990 a
2007, no entanto, têm um índice de crescimento menor que o do Mato Grosso do Sul, que eleva sua
participação de 12,0 para 24,2%, e, que ainda insuficiente para passar o estado de Goiás que
diminuí de 50,5% para 38,7% nesse mesmo período. Já em relação à produção de aves, Mato
Grosso é o estado que mais cresce entre 1990 e 2007, passando de 12,3% para 22,5% da produção
centroestina, mas ainda assim não supera o estado de Goiás que cai de 50,5% para 40,5.
(PESQUISA PECUÁRIA MUNICIPAL)
1 Resultado obtido com o somatório do número de cabeças de galos, frangos, frangas, pintos, galinhas e codornas.
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Esses dados indicam uma diversidade na produção agropecuária do Centro-Oeste quando se
considera escalas locais, sugerindo um movimento da fronteira agropecuária dentro da própria
região com o deslocamento da produção de Goiás e Mato Grosso do Sul para o Mato Grosso. Essa
condição cria um sistema produtivo diversificado para algumas regiões de antiga exploração, que,
embora apresentem muitas semelhanças com a produção do Centro-Oeste devido tendências gerais,
como o crescimento a produção de soja, apresentam particularidades que impulsionam uma
dinâmica regional própria de desenvolvimento agropecuário.
Nesse contexto, realizamos um recorte espacial em duas mesorregiões: Leste do Mato
Grosso do Sul, na divisa com São Paulo e Paraná; e o Sul Goiano, na divisa com Minas Gerais.
Essas regiões, que no decorrer do desenvolvimento do Centro-Oeste foram beneficiadas devido à
sua proximidade com os grandes mercados do país, apresentam uma perde relativa com a expansão
da fronteira agrícola do Centro-Oeste pós 1990, sobretudo no Leste do Mato Grosso do Sul.
Dessa forma, o objetivo deste artigo é identificar por meio a dinâmica da produção
agropecuária nessas duas mesorregiões pós 1990, destacando quais são os principais produtos
responsáveis por alavancar o crescimento desse setor e quais aqueles que se deslocam para outras
mesorregiões. Para isso, demonstramos como se comportou entre 1990 e 2007 cada uma das
microrregiões inseridas tanto no Leste do Mato Grosso do Sul, quanto no Sul Goiano, buscando
localizar as áreas que mesmo com o grande crescimento apresentado, principalmente no Mato
Grosso, conseguiram um índice de crescimento capaz de elevar sua participação relativa na
produção do centroestina.
A metodologia utilizada para essa pesquisa foi unificação dos municípios que compõe as
mesorregiões do Leste do Mato Grosso do Sul e Sul Goiano, bem das microrregiões, no ano de
1970 com a divisão atual do IBGE. Em seguida buscamos por meio de dados desses municípios
apresentados pelos Censos Agropecuários de 1970 e 1985 destacar como vinha sendo a dinâmica da
participação desses municípios antes de 1990. Para aprofundar no período pós 1990 utilizamos
como base de dados a Pesquisa Agrícola Municipal e a Pesquisa Pecuária Municipal, onde
destacamos fatores como Área Colhida, Quantidade Produzida e Valor da Produção. Cabe destaca a
utilização de mapas, gráficos e tabelas que ilustram o trabalho com o intuito de demonstrar a
dinâmica produtiva tanto do Centro-Oeste, como da nossa área de estudo.
Por fim, realizamos a divisão do artigo em quatro partes: 1) uma introdução sobre o
desenvolvimento econômico do Centro-Oeste ao longo de sua história; 2) uma análise específica do
processo de crescimento da produção agropecuária do Centro-Oeste pós 1990; 3) uma análise
específica sobre a dinâmica microrregional da produção agropecuária na mesorregião do Sul
Goiano; e, 4) a análise microrregional da produção agropecuária no Leste do Mato Grosso.
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A EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA RUMO AO CENTRO-OESTE
Atualmente, a região Centro-Oeste é formada pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e o Distrito Federal, que juntos, embora representem aproximadamente 19% do
território nacional, vem sendo ocupado com uma irrisória porcentagem da população total do país,
atingindo seu máximo no ano de 2006 com 7%. Essa proporção, mesmo sendo baixa, é o resultado
de um constante crescimento demográfico que ocorre desde o início do Século XX como
conseqüência, em grande parte, de movimentos migratórios incentivados pelo Estado, que buscam,
direta e indiretamente, promover um crescimento populacional e econômico no interior território
brasileiro.
Dessa forma, o desenvolvimento da produção agropecuária pelo qual passa o Centro-Oeste
pós 1990 não se deve exclusivamente a fatores recentes, mas à continuidade de uma série de
processos históricos que ocorreram ao longo da formação econômica dessa região, sobretudo a
partir da segunda metade do Século XX. Dentre os principais responsáveis por esse processo
podemos enfatizar, sinteticamente: a) a própria construção de Brasília; b) os planos de
modernização agrícola do cerrado implantados durante o Regime Militar; c) a melhoria na infra-
estrutura de transportes, tanto rodoviária, quanto ferroviária; d) o aumento do preço da terra no
Sudeste e no Sul, impulsionando um deslocamento de produtores em busca de terra mais baratas do
Centro-Oeste; e) aumento na demanda interna por produtos de gênero alimentício; e f) a dinâmica
da economia global no pós 1990 que tornava o mercado propício para as exportações provenientes
do agronegócio brasileiro.
No entanto, antes mesmo da ocupação do Século XX, cabe destacar a princípio que uma
parte considerável da população que iniciou o processo de colonização da região Centro-Oeste se
deve à importante participação que os estados de Mato Grosso e Goiás tiveram durante o Ciclo do
Ouro, estando, juntamente com Minas Gerais, entre as principais regiões produtoras do país. Esse
processo é responsável por induzir um princípio de urbanização que “surge junto com a mineração,
especialmente após 1740, quando o segundo ciclo do ouro começa na região e há uma estabilização
das zonas auríferas”. (DINIZ, 2006, p. 42)
Com a decadência na mineração e a conseqüente perda da estabilidade econômica, muitas
das cidades que haviam se formado não apresentavam condições de garantir sua sustentabilidade,
ocasionando o declínio da região, ao qual seria agravado ao longo do século XIX e início do século
XX pela distância dos principais mercados nacionais em formação, associada à carência no sistema
de transporte no país. Nesse ponto, a pecuária que vinha sendo desenvolvida em algumas partes da
região, seria a principal responsável por garantir algum dinamismo à economia do Centro-Oeste.
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No início do século XX, há no Centro-Oeste um princípio de integração regional favorecida
pela melhoria no sistema de transporte, que “aproxima” essa região especialmente com a economia
paulista, por meio da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, construída em 1911, interligando Campo
Grande, Aquidauana, Dourados e Miranda – localizadas no atual Mato Grosso do Sul – a São Paulo.
E no caso de Goiás, a Ferrovia Mogiana, que já se encontrava próxima ao seu território em 1896,
interligando as principais cidades do Triângulo Mineiro a São Paulo, se estende ao sul desse estado
no ano de 1913, realizando a conexão, nessa mesma linha, das cidades de Goiandira e Ipameri,
seguindo rumo a Anápolis, a qual seria atingida em 1935. (DINIZ, 2006)
Nesse período, a integração ferroviária garante uma retomada ao dinamismo econômico da
região que passaria a intensificar suas relações com o estado de São Paulo, que já despontava como
o principal centro dinâmico da economia brasileira. Assim, a produção centroestina passa a se
destacar na produção de alimentos, influenciada pelo aumento na demanda interna do país que
surgia com o crescimento populacional. Inicialmente, essa condição é responsável por favorecer,
sobretudo, o estado de Goiás, devido à sua localização, mais próxima de São Paulo e outros
mercados nacionais, como Minas Gerais e o Rio de Janeiro, em relação aos estados do Mato Grosso
e ao atual Mato Grosso do Sul, como demonstra o mapa 01.
MAPA 01. MAPA DO BRASIL COM DESTAQUE À REGIÃO CENTRO-OESTE
Fonte: IBGE MAPAS. Mapa de Divisões Territoriais.
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Cabe ressaltar que até os anos de 1940, o processo de ocupação e distribuição sócio-
econômica do Centro-Oeste esteve relacionado diretamente a interesses privados que vinham sendo
impulsionados, em especial, pela gama de recursos naturais presentes na região. A presença mais
efetiva do Estado apoiando o avanço das frentes agropecuárias comerciais em direção ao Centro-
Oeste se inicia somente a partir da década de 1940, com o intuito de incentivar a produção de um
excedente alimentar que desse suporte ao desenvolvimento das principais economias do país. Essa
intervenção foi sentida principalmente no decorrer dos anos de 1950 e 1960, beneficiando o centro-
sul de Goiás, com a consolidação de núcleos urbanos como Goiânia, Brasília e Anápolis, abrindo
caminho para a produção agropecuária e agroindustrial, e o sul do Mato Grosso do Sul, sob
influência de Dourados e Campo Grande. (GALINDO e SANTOS, 1995)
A construção de Brasília, além de atrair uma leva demográfica para a região, tem grande
influência na “interiorização dos vultuosos investimentos federais em eletrificação,
telecomunicações e, principalmente, em estradas de rodagem” (DINIZ, 2006, p.121). Em relação ao
transporte rodoviário, inicialmente Goiás foi o maior beneficiado, mas posteriormente o Centro-
Oeste como um todo conseguiu atrair uma rede viária mais abrangente, como, por exemplo: a BR
364 (Brasília – Cuiabá); BR 153 (Goiânia – São José do Rio Preto, que se estenderia formando a
Belém - Brasília); BR 163 (Cuiabá – Santarém); e a BR 364 (Cuiabá – Porto Velho). (DINIZ, 2006)
Outro fator fundamental para criar as condições propícias ao desenvolvimento da região
Centro-Oeste ocorre após a década de 1970 com a implantação de diversos planos com o intuito de
promover a modernização agrícola do Cerrado adequando os solos dessa região para o sistema
produtivo em larga escala. Desse modo, durante o período que corresponde ao Regime Militar,
especialmente entre anos de 1970 até a primeira metade dos anos de 1980, o Estado vai estar à
frente do processo de desconcentração produtiva favorecendo métodos para transformar o domínio
de Cerrado na nova área de expansão agrícola.
Assim, na década de 1970 e 1980 surgem diversos planos com o intuito de transferir para o
Centro-Oeste a função de destino da fronteira agrícola do país. Dentre esses planos, cabe destacar o
POLOCENTRO (PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS CERRADOS) lançado em 1975,
como parte do II PND (PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO), tal programa cujo
“objetivo era desenvolver e modernizar a agropecuária do Centro-Oeste e de Minas Gerias,
ocupando racionalmente as áreas de fronteira do Cerrado e aproveitando-as em escala empresarial”
(DINIZ, 2006, p.116), embora tenha sido extinto nos anos de 1980 devido à crise econômica,
representa grande importância no desenvolvimento do Centro-Oeste, sobretudo devido aos avanços
tecnológicos que o programa trouxe. No âmbito regional, o maior beneficiado foi o estado de Goiás
com 42,3% da área total incorporada, em segundo, vem o Mato Grosso do Sul com 30,5% e, em
terceiro, o Mato Grosso, com 21,3%. (GALINDO e SANTOS, 1995)
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O segundo plano que merece destaque é o PRODECER (PROGRAMA DE
COOPERAÇÃO NIPO-BRASILEIRA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS CERRADOS), ao
qual teve grande interferência de investimentos estrangeiros, em especial do capital japonês. De
acordo com Diniz (2006, p.117), “o Japão, dependente das importações americanas, buscou a
diversificação das fontes de suprimento alimentar, por meio de programas de cooperação bilateral
voltados para o desenvolvimento agrícola nos países de grande extensão territorial”. O Centro-
Oeste se inclui no território abrangido pelo PRODOCER em sua segunda versão a partir de 1985,
onde o estado do Mato Grosso foi o principal beneficiado com 40,4% das áreas incluídas nos
projetos, em segundo, fica o estado de Goiás, com 34,3% e em terceiro, Mato Grosso do Sul, com
25,1%. (ANFAVA apud DINIZ, 2006)
Com esses investimentos o Centro-Oeste passa a figurar como uma das mais importantes
fronteiras agrícolas brasileira, situação que viria a se intensificar nas próximas décadas à medida
que as terras do Sul e Sudeste passavam a se tornar mais caras, ou mais escassas. Nesse ponto, é
importante demonstrar que, como afirma Galindo e Santos (1995, p.161), “em suma pode-se
caracterizar a expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste em sua parte mais ao sul – Mato
Grosso do Sul e a parte sul de Goiás – como vigorosas frentes da agricultura comercial,
marcadamente capitalistas e tecnificadas”.
Esse processo faz com que a área correspondente ao Leste do Mato Grosso do Sul, e
principalmente ao Sul Goiano, compostas pelo domínio de Cerrado em quase todo seu território, já
praticamente se consolidem como regiões agrícolas na década de 1970, tornando necessário
qualificar a produção em outras partes do Centro-Oeste, especialmente do Mato Grosso. Tendência
essa, que viria a se intensificar nos períodos seguintes.
De forma geral, entre 1970 e 1985 o Centro-Oeste eleva sua representatividade na área
colhida nos estabelecimentos agropecuários do país de 8,1% para 12,3%, merecendo destaque à
produção de soja centroestina, que nesse mesmo período aumenta de 24.778 para 4.646.369
toneladas de grãos, elevando sua representatividade no total produzido no país de 1,3% para 27,8%.
Em comparação, à dinâmica da produção agícola Sudeste, principal região econômica do país, passa
de 27,2% em 1970 para 23,6% da área colhida em 1985. Em relação ao número de cabeças no
rebanho no rebanho bovino, o Centro-Oeste passa de 22,0% para 28,2% do total nacional entre
1970 e 1985. (CENSO AGROPECUÁRIO, 1970 e 1985)
No âmbito regional a participação relativa da área que compõe a mesorregião do Sul Goiano
no valor da produção agropecuária do Centro-Oeste cai de 24,0% para 21,0% entre 1970 e 1985.
Diferentemente, o Leste do Mato Grosso do Sul, concebe um aumento de 5,3% para 7,1% nesse
período, indicando que durante a década de 1970 e a primeira metade de 1985, a expansão dessas
terras ainda não havia se consolidado, como ocorreu no Sul Goiano. Desse modo, o deslocamento
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da fronteira agropecuária no Centro-Oeste é um processo que já concebeu um grande avanço
durante os anos de 1970 e 1980, passando por uma intensificação pós 1990.
A PARTICIPAÇÃO DO CENTRO-OESTE NA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA
BRASILEIRA PÓS 1990: O CASO DA PRODUÇÃO NO SUL GOIANO E LESTE DO
MATO GROSSO DO SUL
Esse período representa um momento difícil para a agricultura brasileira, inicialmente,
devido à hiperinflação que se processou até a metade de 1994, em seguida, a valorização cambial e
a liberação de importações colocariam uma série de dificuldades à produção nacional que passa a
ser afetada. Já no caso dos produtos agrícolas exportáveis, a valorização cambial, os altos juros e
curto crédito interno são compensados pelo maior acesso ao mercado internacional, diminuição do
preço dos insumos importados e eliminação de impostos. Nessas condições, as exportações de
produtos agropecuários e agroindustriais crescem 55% entre 1992 e 1998, enquanto as importações
aumentaram em 145% criando um efeito drástico na economia agrícola que somente seria
minimizado com a desvalorização cambial em meados de 2001. (CANO, 2007)
A conseqüência regional desse processo é a intensificação da produção agrícola no Centro-
Oeste que apresenta nesse período um expressivo crescimento em praticamente todas as suas
culturas, passando a concentrar uma parte significativa da produção nacional de algodão, sorgo,
soja, milho e arroz (CANO, 2007). Desse modo, a participação do Centro-Oeste na produção
agrícola nacional continua com um crescimento acelerado entre 1990 e 2007, passando nesse
período de 8,0% para 18,5%, sendo importante destacar o estado do Mato Grosso que aumenta sua
participação de 2,3 para 9,4% nesse mesmo período, como destaca a Tabela 01:
TABELA 01. PARTICIPAÇÃO RELATIVA DAS REGIÕES NO VALOR DA PRODUÇÃO
AGRÍCOLA NOS ANOS DE 1990 E 2007
Regiões 1990 2007
Norte 5,1 4,1
Nordeste 19,6 15,0
Sudeste 38,0 32,6
Sul 29,3 29,9
Centro-Oeste 8,0 18,5
Mato Grosso do Sul 2,4 3,2
Mato Grosso 2,3 9,4
Goiás 3,1 5,5
Distrito Federal 0,2 0,2
Fonte: Pesquisa Agrícola Municipal e Pesquisa Pecuária Municipal
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Essa dinâmica da produção no Centro-Oeste exige uma intensificação nos serviços de infra-
estrutura, para facilitar o escoamento da produção, em especial para o mercado externo. Nesse
ponto, a integração do Centro-Oeste recebe grande auxílio pela melhoria no sistema de transporte
nos eixos de desconcentração que interligam a Grande São Paulo com o interior do país, e os
mesmos com o porto de Santos. Dentre esses eixos, cabe destacar: as interligações de São Paulo –
Campo Grande, uma primeira que vai da capital paulista a Presidente Prudente pelas Rodovias
Castelo Branco (SP 280) e Raposo Tavares (SP 270), seguindo até o Mato Grosso do Sul pela BR
267, a partir desse ponto passa pelo município de Bataguassu na microrregião de Nova Andradina, e
continua em direção à capital sul-mato-grossense; o outro eixo segue da capital paulista para o
município de Araçatuba pelas Rodovias Castelo Branco e Marechal Rondon (SP 300), adentrando
no Leste do Mato Grosso do Sul pela cidade de Três Lagoas, de onde segue para Campo Grande; no
caso de Goiás, tem-se o eixo formado pela Rodovia Anhanguera (SP 330) em direção ao Triangulo
Mineiro pela BR 050, seguindo até Brasília, passando pelo Sul Goiano no município de Catalão; e
por fim, a interligação de São Paulo com São José do Rio preto pela Rodovia Washington Luiz (SP
310), seguindo pela BR 153 até Itumbiara, na microrregião de Meia Ponte, de onde continua em
direção à Goiânia.
Considerando os produtos exportáveis, como o caso da soja, as interligações rodoviárias
estabelecidas com o porto de Santos se tornam uma grande vantagem para incentivar a produção no
Sul Goiano e Leste do Mato Grosso, destinando um maior número de terras para esse tipo de
produção. No entanto essa dinâmica não ocorre no Leste do Mato Grosso do Sul, que, concebe uma
perda tanto relativa quanto absoluta na área colhida de soja e um aumento na sua produção de cana-
de-açucar e algodão entre 1990 e 2007. Já no caso do Sul Goiano, mesmo havendo uma perda
relativa na produção de soja, há um considerável aumento na área colhida dessa cultura após 1990,
que segue juntamente com a de milho entre as mais importantes da região. Um fato importante de
ser destacado é a produção de feijão, onde mesmo conhecendo um pequeno aumento em números
absolutos, o Sul Goiano eleva sua participação no Centro-Oeste de 6,8% para 13,6% entre 1990 e
2007, indicando a queda na área colhida para os alimentos, que gradativamente vem sendo
substituídas por produtos exportáveis.
A tabela 03 ressalta esses dados, demonstrando a produção de grãos (arroz, feijão, milho,
soja e trigo), de algodão e cana-de-açucar, nas mesorregiões do Sul Goiano e Leste do Mato Grosso
do Sul estabelecendo sua comparação com as demais regiões do Centro-Oeste.
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TABELA 03. ANÁLISE COMPARATIVA DO CRESCIMENTO NA ÁREA COLHIDA DE
GRÃOS, ALGODÃO E CANA-DE-AÇÚCAR NAS MESORREGIÕES DO SUL DE GOIÁS,
LESTE DO MATO GROSSO DO SUL E NO RESTO DO CENTRO-OESTE NOS ANOS DE
1990 E 2007.
1990 2007
Produto Leste de
Mato Grosso do
Sul
% no CO
Sul Goiano
% no CO
Resto do Centro-Oeste
% no CO
Leste de Mato
Grosso do Sul
% no CO
Sul Goiano
% no CO
Resto do Centro-Oeste
% no CO
Arroz 18.090 2,3 127.156 16,5 627.525 81,2 2.206 0,5 42.830 9,8 389.953 89,6
Feijão 7.594 2,4 21.723 6,8 290.640 90,8 2.968 1,5 27.803 13,6 173.012 84,9
Milho 42.830 3,0 564.510 39,9 809.140 57,1 64.648 1,9 565.723 16,7 2.750.822 81,4
Soja 256.113 6,7 791.724 20,8 2.762.316 72,5 195.508 2,2 1.773.376 19,7 7.045.273 78,2
Trigo 4.805 2,6 560 0,3 179.729 97,1 933 2,0 3.401 7,4 41.393 90,5
Subtotal 329.432 5,1 1.505.673 23,1 4.669.350 71,8 266.263 2,0 2.413.133 18,4 10.400.453 79,5
Algodão 9.432 7,6 35.369 28,7 78.650 63,7 32.569 4,7 77.952 11,3 580.918 84,0
Cana 21.619 10,0 53.268 24,7 141.096 65,3 52.250 7,6 149.716 21,7 487.396 70,7
Total 360.483 5,3 1.594.310 23,3 4.889.096 71,4 351.082 2,4 2.640.801 18,3 11.468.767 79,3
Fonte: Pesquisa Agrícola Municipal
Conforme aponta Diniz (2002), o movimento da fronteira agrícola pode ser compreendida
pela produção desses cinco principais grãos apresentados na Tabela 03. Considerando que mesmo
com a queda 93,3 para 86,9% na área plantada (PESQUISA AGÍCOLA MUNICIPAL, 1990 e
2007), a produção de grãos pode ser utilizada como um importante indicativo de como se
movimenta a fronteira agrícola dentro do próprio Centro-Oeste, mantendo as áreas mais ao sul
relativamente estáveis em relação à quantidade produzida, enquanto a produção do noroeste se
acelera constantemente atingindo grandes marcos de produção.
Entre 1990 e 2007, a quantidade produzida de grãos no Centro-Oeste passa de 10.861.023
toneladas para 41.375.923, merecendo destaque o estado do Mato Grosso que eleva sua participação
relativa nessa produção do Centro-Oeste de 38,1% para 53,6%, enquanto, Goiás, Mato Grosso do
Sul e Distrito Federal, juntos, reduzem sua participação de 61,9% para 43,4% nesse período.
(PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL, 1990 e 2006)
Mesmo no Mato Grosso, não são todas as regiões que elevam sua participação na quantidade
produzida de grãos, cabendo destaca algumas microrregiões como Alto Teles Pires, Parecis,
Primavera do Leste e Caravana, que juntas respondem por 36,9% da quantidade produzida no
Centro-Oeste em 2007. No caso do Sul Goiano, cabe destacar a microrregião do Sudoeste Goiano,
que passa de 12,0% de sua representatividade no Centro-Oeste para 10,9% desse valor, indicando
uma relativa adequação dessa microrregião na produção de grãos, e Meia Ponte, que respondia por
11
5,8% diminui para 3,2% nesse mesmo período. No Leste do Mato Grosso do Sul, a mais importante
é a microrregião de Cassilândia, onde a queda na representatividade foi de 4,1% para 2,0%.
(PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL)
Os mapas 02 e 03 demonstram, respectivamente, a quantidade produzida de grão por meio
de uma divisão microrregional do Centro-Oeste nos anos de 1990 e 2007. Neles pode-se perceber a
relativa estagnação do Sul Goiano e do Leste do Mato Grosso do Sul enquanto o estado do Mato
Grosso apresenta grandes taxas de crescimento.
MAPA 02. QUANTIDADE PRODUZIDA (TON) DE GRÃOS (ARROZ, FEIJÃO, MILHO, SOJA
E TRIGO) NAS MICRORREGIÕES DA REGIÃO CENTRO-OESTE NO ANO DE 1990
Fonte: IBGE Mapas Interativos – Divisões Territoriais. Dados Básicos: IBGE – Pesquisa Agrícola Municipal.
Organizado pelo autor
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MAPA 03. QUANTIDADE PRODUZIDA (TON) DE GRÃOS (ARROZ, FEIJÃO, MILHO, SOJA
E TRIGO) NAS MICRORREGIÕES DA REGIÃO CENTRO-OESTE NO ANO DE 2007
Fonte: IBGE Mapas Interativos – Divisões Territoriais. Dados Básicos: IBGE – Pesquisa Agrícola Municipal.
Organizado pelo autor
No caso da produção agropecuária, mesmo com o grande crescimento que vem sendo
apresentado pela Região Norte, o Centro-Oeste se mantêm como o principal rebanho bovino do
Brasil, merecendo destaque os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No âmbito regional
cabe destacar o rebanho bovino, onde o Leste do Mato Grosso do Sul, mesmo com a queda de sua
participação relativa de 12,2% para 10,4% no efetivo de rebanhos se destaca como o principal
produtor do Mato Grosso do Sul. No Sul Goiano, essa situação se processa de forma semelhante,
pois mesmo com a queda de 17,7% para 11,4% no efetivo de rebanhos no Centro-Oeste, essa
mesorregião continua como o principal produtor de Goiás.
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A tabela 04 destaca a dinâmica dessa produção nas grandes regiões do país, destacando os
estados da região Centro-Oeste:
TABELA 04. PARTICIPAÇÃO RELATIVA DAS REGIÕES BRASILEIRAS NO NÚMERO DE
CABEÇAS DO REBANHO BOVINO
Regiões 1990 2007
Norte 9,1 19,0
Nordeste 17,8 14,4
Sudeste 24,7 19,3
Sul 17,2 13,3
Centro-Oeste 31,2 34,1
Mato Grosso do Sul 13,0 10,9
Mato Grosso 6,1 12,9
Goiás 12,0 10,2
Distrito Federal 0,1 0,1 Fonte: Pesquisa Pecuária Municipal
Com base nessas ramificações do setor agropecuário, podemos indicar que está havendo um
movimento dessa produção que se aprofunda mais ao interior do Centro-Oeste. Buscamos, agora
identificar como ocorre a dinâmica produtiva nas microrregiões que compões o Sul Goiano e Leste
do Mato Grosso do Sul.
A DINÂMICA MICRORREGIONAL DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA NA
MESORREGIÃO NO SUL GOIANO
A mesorregião do Sul Goiano compreende as Microrregiões de: Catalão e Meia Ponte, na
fronteira com Minas Gerais; Quirinópolis, fronteira com Minas Gerais e Mato Grosso do Sul;
Sudoeste de Goiás, fronteira com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; e Vale do Rio dos Bois e
Pires do Rio, que não fazem fronteira com nenhum outro estado.
O Sul Goiano chega ao ano de 2007 com uma população total de 1.161.428 mil habitantes,
equivalente a 20,6% do estado de Goiás. Entre as microrregiões responsáveis por esse número, cadê
destacar o Sudoeste de Goiás e Meia Ponte, onde, juntas, concentram 63,3% do total da
mesorregião.
O Mapa 01 destaca a localização dessa mesorregião no estado de Goiás, bem como sua
divisão microrregional:
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MAPA 04. LOCALIZAÇÃO E DIVISÃO MICRORREGIONAL DA MESORREGIÃO DO SUL
GOIANO
Fonte: IBGE Mapas Interativos. Divisões Territoriais
Em relação da dinâmica agrícola produtiva em lavouras temporárias, que corresponde à
quase totalidade do Centro-Oeste, o Sul Goiano apresenta uma relativa queda dentro do estado de
Goiás, 26,5% para 24,0% entre 1990 e 2007. Paralelamente, o Leste Goiano aumenta de 10,9% para
19,4% e o Centro Goiano, se mantém como a principal mesorregião produtora do estado passando
de 40,1% para 40,5% nesse mesmo período. (PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL, 1990 e 2007)
No âmbito microrregional essa produção se mantém concentrada no Sudoeste Goiano, que
passa a representar 48,3% do valor da produção mesorregional em 2007. Em contrapartida,
microrregiões com baixa participação em 1990, elevam esse índice em 2007, como é o caso de
Catalão e Pires do Rio. No caso de Meia Ponte, é importante destacar que mesmo com a diminuição
da área colhida de 22,3% para 18,8% o valor da produção se mantém estável, indicando um
aumento da produtividade nessa microrregião, que segue como a segunda mais importante do Sul
Goiano. (PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL, 1990 e 2007)
15
A tabela 05 indica essa dinâmica microrregional para o caso das lavouras temporárias, que
em 2007 representam 98,3% da produção agrícola do Sul Goiano (PESQUISA AGRÍCOLA
MUNICIPAL, 2007):
TABELA 05. PARTICIPAÇÃO RELATIVA NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA DE LAVOURAS
TEMPORÁRIAS DAS MICRORREGIÕES QUE COMPÕE A MESORREGIÃO SUL GOIANO
NO ESTADO DE GOIÁS NOS ANOS DE 1990 E 2007
Área Colhida Valor da Produção Microrregião Geográfica
1990 2007 1990 2007
Sudoeste de Goiás 45,7 54,5 46,3 48,3
Vale do Rio dos Bois 16,7 9,5 18,4 9,2
Meia Ponte 22,3 18,8 21,8 21,5
Pires do Rio 4,3 6,3 3,0 6,7
Catalão 6,9 9,2 7,1 12,5
Quirinópolis 4,2 1,7 3,4 1,8
Fonte: IBGE – Pesquisa Agrícola Municipal, 1990 e 2007
No contexto mesorregional, é importante destacar o grande crescimento na produção de soja,
que passa de 31,6% para 52,6% do valor da produção entre 1990 e 2007. Nessa cultura, o grande
produtor é o Sudoeste de Goiás, que representa 51,6% do valor da produção regional, seguido de
Meia Ponte, com 18,9% desse valor. (PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL, 1990 e 2007)
A cultura de milho, mesmo com queda tanto na área colhida, quanto no valor da produção
entre 1990 e 2007, mantém-se como a segunda mais importante da região. As microrregiões que
predominam nesse setor também são: o Sudoeste Goiano e Meia Ponte, com respectivamente 58,2%
e 19,1% do valor da produção em 2007. Isso se justifica pela rotatividade de culturas utilizadas nas
produções de soja e milho. (PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL, 1990 e 2007)
A cultura de algodão herbáceo, embora tenha tido um pequeno crescimento referente à área
colhida, passa por um considerável aumento no valor da produção mesorregional, de 4,7% para
8,2%, indicando um aumento da produtividade desse produto. Nessa cultura, também prevalece o
domínio da microrregião do Sudoeste Goiano, com 46,3% do valor da produção de 2007, o segundo
maior produto é a microrregião de Catalão, com 36,3% desse valor. (PESQUISA AGRÍCOLA
MUNICIPAL, 1990 e 2007)
A quarta cultura que merece destaque é a de cana-de-açucar que representou em 2007, 9,8%
do valor da produção no Sul Goiano. A principal região produtora nesse setor é Meia Ponte com
40,6% do valor da produção em 2007, seguida do Sudoeste Goiano com 27,7% desse valor.
(PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL, 1990 e 2007)
16
A tabela 06 indica essa dinâmica nas principais culturas da mesorregião do Sul Goiano,
demonstrando que além das lavouras que aumentam é importante considerar a grande queda na área
colhida de arroz e a pouca diversidade produtiva que apresenta essa região:
TABELA 06. ÁREA COLHIDA, QUANTIDADE PRODUZIDA E VALOR DA PRODUÇÃO
DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS NA MESORREGIÃO DO SUL GOIANO NOS
ANOS DE 1990 E 2007
Área Colhida (Ha) Quantidade Produzida
(ton) Valor da
Produção (%) Produto
1990 % 2007 % 1990 2007 1990 2007
Abacaxi* 158 0,0 268 0,0 2.800 6.860 0,3 0,1
Algodão Herbáceo 35.369 2,2 77.952 2,7 59.666 277.289 4,7 8,2
Alho 382 0,0 394 0,0 1.880 5.612 0,9 0,3
Amendoim (-) (-) 1.550 0,1 (-) 3.850 (-) 0,1
Arroz 127.156 7,9 42.830 1,5 127.997 87.640 4,8 0,9
Banana 3.539 0,2 1.942 0,1 2.903 19.213 1,1 0,2
Batata-inglesa 15 0,0 680 0,0 225 31.600 0,0 0,5
Borracha (-) (-) 541 0,0 (-) 1.028 (-) 0,0
Café 4.580 0,3 2.867 0,1 4.368 6.899 0,6 0,5
Cana-de-açúcar 53.268 3,3 149.716 5,2 3.653.300 12.398.399 11,6 9,8
Cebola (-) (-) 325 0,0 (-) 19.325 (-) 0,2
Coco-da-baía (-) (-) 138 0,0 (-) 2.837 (-) 0,0
Feijão 21.723 1,3 27.803 1,0 30.299 58.571 4,9 1,5
Fumo (-) (-) 200 0,0 (-) 160 (-) 0,0
Girassol (-) (-) 17.324 0,6 (-) 26.868 (-) 0,3
Laranja 1.436 0,1 2.969 0,1 101.750 55.678 1,0 0,6
Limão 569 0,0 16 0,0 72.220 265 0,5 0,0
Mamona (-) (-) 519 0,0 (-) 649 (-) 0,0
Mandioca 5.324 0,3 4.805 0,2 78.190 74.656 3,3 0,5
Manga 140 0,0 25 0,0 140 425 0,0 0,0
Maracujá 192 0,0 209 0,0 2.485 2.125 0,0 0,0
Melancia 135 0,0 980 0,0 388 35.750 0,2 0,2
Milho 564.510 34,9 565.723 19,7 1.404.430 2.934.499 33,4 18,8
Palmito (-) (-) 405 0,0 (-) 6.642 (-) 0,2
Soja 791.724 49,0 1.773.376 61,6 1.104.310 4.853.758 31,6 52,6
Sorgo 4.083 0,3 196.830 6,8 7.475 399.229 0,1 1,8
Tomate 776 0,0 4.214 0,1 29.760 356.005 0,9 2,5
Trigo 560 0,0 3.401 0,1 920 13.986 0,0 0,2
Uva (-) (-) 77 0,0 (-) 4.495 (-) 0,0
Total 1.615.639 100,0 2.878.002 100,0 6.685.506 21.679.818 100,0 100,0
Fonte: IBGE – Pesquisa Agrícola Municipal *A Unidade utilizada na Quantidade Produzida de Abacaxi e Coco-da-baía correspondem a "Mil Frutos"
17
Em relação à produção pecuária, no Sul Goiano se destacam três rebanhos o Bovino, devido
ao grande número de cabeças e importância econômica, e o Suíno e o de Galos, Frangos e Pintos,
devido à sua importante parcela no total do Centro-Oeste, como demonstra a tabela 07:
TABELA 07. PRODUÇÃO PECUÁRIA SUL GOIANO E A REPRESENTATIVIDADE DA
MESORREGIÃO NO CENTRO-OESTE
1990 2000 2007
Tipo de Rebanho Cabeças
% no CO
Cabeças % no CO
Cabeças % no CO
Bovino 8.117.580 17,7 7.596.321 12,7 7.783.620 11,4
Eqüino 165.540 18,1 168.993 15,6 161.460 14,4
Bubalino 23.739 19,9 12.416 17,4 9.995 14,5
Asinino 1.517 13,7 1.637 12,6 1.781 12,6
Muar 12.444 9,3 10.270 7,3 9.660 5,7
Suíno 614.850 17,8 559.073 20,0 879.735 21,9
Caprino 32.338 20,3 7.347 8,7 12.388 10,7
Ovino 40.750 10,4 43.093 6,2 65.430 6,0
Galos, Frangos e Pintos 1.829.210 13,0 12.203.910 24,0 26.022.610 28,9
Galinhas 1.400.330 10,0 1.494.860 9,4 2.670.240 13,9
Codornas 9.500 14,5 12.320 3,9 6.440 1,2
Coelhos (-) (-) 180 3,0 (-) (-)
Total 12.247.798 15,4 22.110.420 16,8 37.623.359 20,4 Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal
No caso do rebanho bovino, embora apresente uma queda de 35,1% para 32,3% entre 1990 e
2007, a microrregião do Sudoeste de Goiás continua como a maior produtora do Sul Goiano,
seguido de Meia Ponte, que passa de 20,5% para 20,0%, nessa produção, o maior crescimento cabe
a Catalão que passa de 6,6% para 9,6% no mesmo período analisado. (PESQUISA PECUÁRIA
MUNICIPAL, 1990 e 2007)
O aumento do rebanho suíno no Sul Goiano está diretamente associado à elevação pela qual
passou a microrregião do Sudoeste Goiano que passou de 161.250 cabeças em 1990 para 530.125
em 2007, aumentando sua representatividade de 26,2% para 60,3% no decorrer desses 17 anos
enquanto as demais microrregiões permanecem com seu rebanho estável. O mesmo processo está
associado ao número apresentado no rebanho de galos, frangos e pintos, onde o Sudoeste Goiano
também passa por um grande aumento de 515.100 cabeças para 17.708.300 entre 1990 e 2007,
aumentando sua representatividade na mesorregião de 28,2% para 60,2%, indicando que também no
setor agropecuário, uma parte significativa da produção do Sul Goiano está concentrada na
microrregião do Sudoeste Goiano. (PESQUISA PECUÁRIA MUNICIPAL, 1990 e 2007)
18
A DINÂMICA MICRORREGIONAL DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA NA
MESORREGIÃO NO LESTE DO MATO GROSSO DO SUL
A mesorregião do Mato Grosso do Sul compreende as microrregiões de: Cassilândia, na
fronteira com Goiás; Paranaíba, fronteira com Goiás, Triângulo Mineiro e São Paulo; Três Lagoas,
na fronteira com São Paulo; e Nova Andradina, fronteira com São Paulo e Paraná. Conforme pode
ser verificado no Mapa 01:
MAPA 05. LOCALIZAÇÃO E DIVISÃO MICRORREGIONAL DA MESORREGIÃO DO
LESTE DO MATO GROSSO DO SUL
Fonte: IBGE Mapas Interativos. Divisões Territoriais
Entre os anos de 1991 e 2007 essa mesorregião passou de 15,0% para 15,4% na participação
relativa na população total do estado do Mato Grosso do Sul, mantendo assim, estável sua
representatividade demográfica. Analisado a escala microrregional do Leste do Mato Grosso do Sul
cabe destacar: Cassilândia, região que cujo aumento relativo foi maior, passando de 13,9% para
15,8%; Paranaíba, que diminuiu sua participação de 24,3% para 20,7; e Três Lagos, que se manteve
como principal centro demográfico da mesorregião, passando de 38,9% para 39,3%. (CENSO
DEMOGRÁFICO; 1991, CONTAGEM DA POPULAÇÃO, 2007)
19
Em relação à dinâmica da produção agrícola essa mesma continuidade não se processa no
decorrer do desenvolvimento econômico no Leste do Mato Grosso do Sul, devido, sobretudo ao seu
posicionamento como uma área relativamente antiga na expansão da fronteira agrícola do Centro-
Oeste, onde embora sejam registrados índices de crescimento interrupto em termos absolutos após
1970, ocorre à perda de sua participação relativa tanto na produção centroestina, quanto na sul
mato-grossense. Nesse último caso, cabe destacar a mesorregião do Sudoeste do Mato Grosso do
Sul, que entre os anos de 1990 e 2007 passou de 56,8% para 68,1% da área colhida no estado,
enquanto o Leste do Mato Grosso do Sul diminui de 18,0% para 12,6% nesse mesmo período.
(PESQUISA AGRÍCOLA MUNICIPAL)
Nesse ponto cabe destacar, como demonstra a Tabela 08, a importância da microrregião de
Cassilândia para a produção agrícola do Leste do Mato Grosso do Sul, pois mesmo com sua queda
na participação relativa do estado do Mato Grosso do Sul de 9,5% para 9,0% na área colhida, o
valor da produção eleva de 11,3% para 11,8% indicando um aumento da produtividade nessa
região. Tal fenômeno não se repete com Três Lagoas, onde se processa uma queda proporcional de
participação na área colhida do estado e no valor da produção agrícola, ou seja, podemos atentar ao
fato de que essa microrregião não consegue se adequar ao novo sistema produtivo pós 1990 do
Centro-Oeste, sendo assim seus números relativos apresentam forte queda nesse período.
TABELA 08. PARTICIPAÇÃO RELATIVA NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA DE LAVOURAS
TEMPORÁRIAS DAS MICRORREGIÕES QUE COMPÕE A MESORREGIÃO LESTE DO
MATO GROSSO DO SUL NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL NOS ANOS DE 1990 E
2007
Área Colhida (Ha) Valor da Produção Microrregião Geográfica 1990 2007 1990 2007
Cassilândia 9,5 9,0 11,3 11,8
Paranaíba 0,9 0,8 1,2 1,4
Três Lagoas 5,0 1,4 4,8 1,5
Nova Andradina 2,6 1,4 2,7 1,5
Total 18,0 12,6 20,1 16,3
Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal
No caso da participação do Leste no Mato Grosso do Sul no Centro-Oeste, temos que a área
ocupada por essa mesorregião em 1970 – quando ainda fazia parte do estado do Mato Grosso -
representou 4,5% dos estabelecimentos agropecuários do Centro-Oeste e 9,1% de sua área total na
região (CENSO AGROPECUÁRIO, 1970). Já em 1990 sua participação na área total plantada do
20
Centro-Oeste passou para 5,2%, caindo para apenas 2,5% no ano de 2007. (PESQUISA
AGRÍCOLA MUNICIPAL, 2007).
Nessa mesorregião é importante destacar o aumento ocorrido na produção de algodão, que
eleva sua representação no valor da produção regional de 3,7% para 20,9% entre 1990 e 2007.
Além do algodão, as culturas de milho e cana de açúcar também apresentam altas taxas de
crescimento, em contrapartida, a produção de soja cai de 56,8% para 40,5% no valor da produção
agrícola mesorregional. Esses dados, no entanto, indicam uma diversidade relativa na agricultura, já
que as culturas de algodão, cana-de-açucar, milho e soja, juntas, concentram 94,1% do valor da
produção no Leste do Mato Grosso do Sul e 90,1% da área colhida em 2007. A Tabela 09
demonstra essa dinâmica ressaltando o valor da produção, área colhida e quantidade produzida nas
principais culturas da mesorregião.
TABELA 09. ÁREA COLHIDA, QUANTIDADE PRODUZIDA E VALOR DA PRODUÇÃO
DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS NA MESORREGIÃO DO LESTE DO MATO
GROSSO DO SUL NOS ANOS DE 1990 E 2007
Área Colhida (Ha) Quantidade
Produzida (ton) Valor da
Produção (%) Produto
1990 % 2007 % 1990 2007 1990 2007
Abacaxi* (-) (-) 27 0,0 (-) 562 0,0 0,0
Algodão 9.432 2,6 32.569 8,5 15.571 141.622 3,7 20,9
Amendoim (-) (-) 240 0,1 (-) 285 0,0 0,0
Arroz 18.090 4,9 2.206 0,6 18.431 4.217 2,2 0,2
Banana 1.320 0,4 424 0,1 2.667 (-) 4,0 0,3
Borracha (-) (-) 785 0,2 2.187 (-) (-) 0,7
Cana-de-açúcar 21.619 5,9 52.250 13,6 1.166.378 3.552.981 14,2 17,1
Café 463 0,1 106 0,0 78 (-) 0,1 0,0
Coco-da-baía* (-) (-) 258 0,1 (-) 2.378 (-) 0,2
Feijão 7.594 2,1 2.968 0,8 3.565 3.548 1,4 0,5
Girassol (-) (-) 2.477 0,6 (-) 3.759 0,0 0,3
Mamão (-) (-) 10 0,0 (-) 48 (-) 0,0
Mamona (-) (-) 10 0,0 (-) 05 0,0 0,0
Mandioca 4.028 1,1 3.695 1,0 60.510 65.305 1,7 1,3
Manga 1.100 0,3 (-) 0,0 31.350 (-) 2,9 (-)
Melancia 50 0,0 81 0,0 150 1.564 0,1 0,1
Milho 42.830 11,6 64.648 16,9 131.326 387.177 11,2 15,6
Soja 256.113 69,4 195.508 51,1 480.884 549.710 56,8 40,5
Sorgo 1.450 0,4 23.619 6,2 885 73.964 0,1 2,3
Trigo 4.805 1,3 933 0,2 6.848 1.002 1,5 0,1
Total 368.894 100 382.814 100,0 1.920.830 4.788.127 100,0 100,0
Fonte: IBGE – Pesquisa Agrícola Municipal *A Unidade utilizada na Quantidade Produzida de Abacaxi e Coco-da-baía correspondem a "Mil Frutos"
21
Para as lavouras temporárias, cabe destacar o grande aumento na produção de algodão e
milho no Leste do Mato Grosso do Sul se deve, quase intensamente à produção da microrregião de
Cassilândia que passa a representar em 2007, respectivamente, 92,0% e 99,6% do valor da produção
da mesorregião. A cultura de soja também se apresenta concentrada em Cassilândia que
corresponde aumenta de 76,0% para 83,2% do valor da produção regional, cabendo destacar Três
Lagos que perde de 17,2% para 9,3% nesse mesmo período. No caso da cana-de-açúcar, a
proporção entre as microrregiões se apresenta mais dividida, onde a microrregião de Paranaíba se
apresenta em 2007 como a grande produtora com 47,3% do valor da produção, passando Três
Lagoas, que detinha 58,6% desse valor em 1990 e cai para 28,0% em 2007.
Em relação à produção pecuária cabe destacar o rebanho bovino, o mais importante da
região, que diferentemente da dinâmica agrícola, concebeu um significativo aumento no total de
cabeças do Centro-Oeste de 5,8% em 1970 para 10,4% em 2007, atingindo nesse último ano 3,5%
de todo rebanho nacional (CENSO AGROPECUÁRIO, 1970; PESQUISA AGRÍCOLA
MUNICIPAL, 2007). Já o rebanho ovino, cuja produção do Leste do Mato Grosso do Sul se destaca
na Região Centro-Oeste, têm sua participação relativa pouco modificada entre 1970 e 2007,
passando de 11,2% para 10,9%. (CENSO AGROPECUÁRIO, 1970; PESQUISA AGRÍCOLA
MUNICIPAL, 2007) A tabela 10 indica a dinâmica da produção nessa mesorregião nos anos de
1990, 2000 e 2007:
TABELA 10. PRODUÇÃO PECUÁRIA NO LESTE DO MATO GROSSO DO SUL E A
REPRESENTATIVIDADE DA MESORREGIÃO NO CENTRO-OESTE
1990 2000 2007
Tipo de Rebanho Cabeças
% no CO
Cabeças % no CO
Cabeças % no CO
Bovino 5.586.408 12,2 7.453.654 12,5 7.067.447 10,4
Eqüino 70.543 7,7 99.567 9,2 102.135 9,1
Bubalino 10.132 8,5 5.162 7,2 6.122 8,9
Asinino 669 6,0 859 6,6 978 6,9
Muar 8.500 6,3 10.919 7,8 11.564 6,8
Suíno 137.732 4,0 138.558 4,9 197.929 4,9
Caprino 9.539 6,0 5.885 6,9 6.942 6,0
Ovino 37.216 9,5 100.307 14,5 118.313 10,9
Galos, Frangos e Pintos 337.356 2,4 838.014 1,6 1.194.546 1,3
Galinhas 257.685 1,8 295.163 1,8 273.586 1,4
Codornas 412 0,6 65 0,0 80 0,0
Coelhos 282 1,4 133 2,2 116 3,2
Total 6.456.474 8,1 8.948.286 6,8 8.979.758 4,9
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal
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Na estrutura microrregional do número de cabeças no rebanho bovino pouco se altera entre
1990 e 2007, mantendo Três Lagoas como o principal produtor da região com 50,7% seguido por
Paranaíba com 20,4%. Para o rebanho ovino a participação relativa das microrregiões também se
mantém estável, com Três Lagoas como maior produtor apresentando 43,6% do total e Paranaíba
em segundo com 22,5%. (PESQUISA PECUÁRIA MUNICIPAL)
CONCLUSÃO
A nova etapa produtiva pela qual passa a região Centro-Oeste pós 1990 é responsável por
fazer a fronteira agropecuária regional se expandir cada vez mais se afastando de áreas que
“iniciaram” sua produção agrícola. Como buscamos demonstrar, tal situação se processa de forma
diferenciada mesmo nas mesorregiões do Sul Goiano e Leste do Mato Grosso do Sul, que
teoricamente apresentam características semelhantes, mas que na prática tiveram um crescimento
agropecuário distinto.
Aprofundando a análise para a escala microrregional, mesmo com a pouca diversificação
que se encontra na estrutura da produção, cada uma das microrregiões apresentam uma dinâmica
agropecuária com características próprias. Nesse sentido, é importante destacar a forte intensidade
na produção total da mesorregião que apresentam a microrregião de Cassilândia no Leste do Mato
Grosso do Sul, e o Sudoeste Goiano no Sul Goiano, sendo em alguns casos, os principais
responsáveis pelo aumento representado em uma determinada cultura ou número de rebanhos no
nível mesorregional.
Dessa forma, a produção agropecuária do Centro-Oeste está associada a interesses de ordem
local que mesmo dentro de uma dinâmica a princípio desfavorável, devido à tendência que
prevalece em muitos casos de se buscar um aumento da produção com a expansão da fronteira,
podem apresentar uma dinâmica produtiva própria associada às melhorias nas técnicas de produção,
indicando que em determinadas regiões são concebidas uma lógica de produção diferenciada da
tendência geral.
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REFERÊNCIAS
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Unesp, 2008.
DINIZ, Bernardo Palhares Campolina. O Grande Cerrado do Brasil Central: geopolítica e
economia. Universidade de São Paulo Tese (Doutorado em Geografia Humana) p. 231, 2006.
DINIZ, Clélio Campolina. . A nova geografia econômica do Brasil. In: VELOSO, João Paulo dos
Reis. (Org.). Brasil 500 anos: futuro, presente, passado. 1 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000
GALINDO, Osmil; SANTOS, Valdeci. Monteiro. Centro Oeste: evolução recente da economia
regional. In: Rui de Britto Álvares Affonso; Pedro Luiz Barros Silva. (Org.). Desigualdades
Regionais e Desenvolvimento. 1ª ed. São Paulo: Editora da UNESP, 1995
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1975, 1980, 1985 e 1996. Disponível em <www.sidra.ibge.gov.br> Acesso em 2009
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anos. Disponível em <www.sidra.ibge.gov.br> Acesso em 2009.
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Municipal, 1990 e 2007. Disponível em <www.sidra.ibge.gov.br> Acesso em 2009
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – Pesquisa Pecuária
Municipal, 1990, 2000 e 2007. Disponível em <www.sidra.ibge.gov.br> Acesso em 2009
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – Mapas Interativos. Disponível
em <www.mapas.ibge.gov.br> Acesso em 2009