o designer instrucional e o olhar pedagÓgico · (ministério do trabalho, 2009). portanto conforme...
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O DESIGNER INSTRUCIONAL E O OLHAR PEDAGÓGICO
Eliane Silvestre Oliveira, Ana Paula Silva Figueiredo2, 1
CEFET-MG/Mestrado Educação Tecnológica,
[email protected] 2 UNIFEI/Instituto de Recursos Naturais
(IRN), [email protected]
Resumo – O designer instrucional tem sido reconhecido como fundamental na
elaboração de cursos. Ele é responsável pelas fases que vão desde a análise do
problema educacional até o planejamento e a implementação de soluções para este
problema. Portanto, faz-se importante uma análise do papel que esse profissional
deverá exercer. Nesta perspectiva, este trabalho tem como objetivo entender como
este profissional atua na elaboração de cursos virtuais sob a ótica do conhecimento
pedagógico necessário. Portanto este artigo teve como objeto de estudo a análise
das etapas de elaboração do curso “Se Essa Rua Fosse Minha – Capacitação de
Professores em Educação Para o Trânsito”. Para alcançar o objetivo deste estudo,
foi realizada uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa. Foram analisados os
dados do curso e os documentos de especificação de design. Os resultados deste
trabalho apontam que o designer instrucional exerce importante papel pedagógico,
uma vez que é responsável pelo desenvolvimento de metodologias e técnicas, tendo
em vista atender aos estilos de aprendizagem, adequando o conteúdo ao
desenvolvimento das inteligências múltiplas e possibilitando assim que o Ambiente
Virtual de Aprendizagem ofereça ao aluno condições de um aprendizado significativo
e dinâmico.
Palavras-chave: Design Instrucional; Educação a Distancia;
Abordagem pedagógica.
Abstract – The instructional designer has been recognized as fundamental in the development of courses. He is responsible for the phases ranging from the analysis of the educational problem to the planning and implementation of solutions to this problem. Therefore, it is important to an analysis of the role that these professionals should exercise. In this perspective, this study aims to understand how this business works in the development of virtual courses from the perspective of the necessary pedagogical knowledge. So this article was to study the object of the analysis of the course preparation steps "If This Street Were Mine - Teacher Training in Education for Traffic." To achieve the objective of this study, an exploratory research of qualitative nature was accomplished the course data and design specification documents were analyzed. The results of this study show that the instructional designer plays an important educational role, since it is responsible for developing methodologies and techniques, in order to meet the learning styles, adapting the
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content to the development of multiple intelligences and thus enabling the Virtual Environment learning provides students with conditions of a significant and dynamic learning.
Keywords: Instructional Design; Distance Education; pedagogical approach.
Introdução
A modalidade de Educação a Distância no Brasil teve respaldo legal com a aprovação
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) no ano de 1996. O artigo
80 da LDBEN estabelece a modalidade de educação a distância em todos os níveis
de ensino. No ano de 2005 foi estabelecida a política da qualidade de oferta através
do Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005 que faz uma definição de educação
a distância como [...] modalidade educacional na qual a
mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com
a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação [...]. (Brasil, 2005).
No ano de 2007 o Ministério da Educação (MEC) publicou os Referenciais de
Qualidade para a Educação Superior a Distância. Tal documento tem como objetivo
estabelecer parâmetros, princípios, diretrizes e critérios a serem utilizados por
instituições que venham a oferecer cursos nesta modalidade (BRASIL, 2007). Além
disso, o documento apresenta passo-a-passo como deverá ser a organização dos
cursos. Um fator importante a ser observado neste documento e que merece atenção
trata da equipe multidisciplinar que deverá atuar desde o planejamento dos cursos até a sua implantação e execução, e essa equipe deverá ser coordenada por um Designer
Instrucional (DI). Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE):
[...] o Designer Educacional, também registrado na CBO (Classificação Brasileira de
Ocupações) como Desenhista instrucional, Designer instrucional e Projetista
instrucional, implementam, avaliam, coordenam e planejam o desenvolvimento de
projetos pedagógicos/instrucionais nas modalidades de ensino presencial e/ou a
distância, aplicando metodologias e técnicas para facilitar o processo de ensino e
aprendizagem. Atuam em cursos acadêmicos e/ou corporativos em todos os níveis de
ensino para atender as necessidades dos alunos, acompanhando e avaliando os
processos educacionais. Viabilizam o trabalho coletivo, criando e organizando
mecanismos de participação em programas e projetos educacionais, facilitando o
processo comunicativo entre a comunidade escolar e as associações a ela vinculadas.
(Ministério do Trabalho, 2009).
Portanto conforme definição do MTE o DI tem várias funções que vão desde a
organização do trabalho até a execução do projeto de design instrucional. E mais, é
responsável por viabilizar o trabalho da equipe multidisciplinar.
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Na mesma direção conforme Kensky e Barbosa (2007), o DI é responsável não
só pela elaboração dos cursos virtuais, mas por todas as fases desde o planejamento,
desenvolvimento até a seleção da metodologia mais adequada, para que se possa
atingir os objetivos educacionais propostos diante de cada contexto (KENSKY;
BARBOSA, 2007, p. 3). Para tanto o DI deverá, segundo Filatro (2008), compreender
e saber utilizar as várias Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC),
fazendo uso das mesmas para que ocorra um processo de ensino e aprendizagem
focado no desenvolvimento do ser humano dentro da sociedade tecnológica.
Ainda segundo Filatro (2008, p.21), o design instrucional é definido como […]
a ação intencional de planejar, desenvolver e aplicar situações didáticas específicas que incorpore, tanto na fase de concepção como durante a implementação, mecanismos que favoreçam a contextualização e a flexibilização". Portanto na modalidade de EaD (Educação a Distância), desenvolver e “projetar soluções para problemas educacionais específicos”(FILATRO, 2008, p.9), dentro das mais variadas áreas da educação é tido como a função principal do DI. E ainda, a autora afirma que para tal, este profissional deverá considerar em seu planejamento as diferentes abordagens pedagógicas, visando atender as necessidades de aprendizagem dos vários tipos de aprendizes, de forma a atender os objetivos propostos para a aprendizagem.
Segundo Kenski (2010) cada projeto ou cada nova situação de aprendizagem
deve ser considerado como único e, portanto deve ser contextualizado e desenvolvido
pensando nas especificidades dos alunos. Dessa forma os recursos, ferramentas e
atividades utilizadas devem considerar tais especificidades e outras mais que surgem
em cada situação pedagógica.
Diante dessa realidade, é importante que o profissional responsável pelas
etapas de planejamento e desenvolvimento da proposta pedagógica, faça
intervenções necessárias e conduza o trabalho adotando um plano que responda as
várias demandas pedagógicas de formação, ou seja, assuma um olhar pedagógico,
para que o curso atenda aos alunos de forma a contribuir com a formação que está
sendo proposta. Nesse sentido se faz necessário entender como o DI atua na
elaboração de cursos virtuais sob a ótica do conhecimento pedagógico necessário,
para que o curso seja desenvolvido.
Neste sentido, este trabalho teve como objeto de estudo a análise das etapas
de elaboração do curso “Se Essa Rua Fosse Minha – Capacitação de Professores em
Educação Para o Trânsito”, tendo em vista compreender quais as abordagens e
recursos pedagógicos foram utilizados na elaboração do mesmo. A proposta do curso
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foi desenvolvida por uma designer instrucional como Trabalho de Conclusão de um
Curso de Especialização. Para alcançar o objetivo deste estudo, foi realizada uma
pesquisa exploratória e descritiva de natureza qualitativa.
Para o planejamento do curso foram utilizados alguns recursos, ou ferramentas
de design instrucional, como quadros e tabelas. Estes recursos sintetizam etapas de
discussão coletiva entre os atores de demanda e de planejamento do curso. A
possibilidade de registrar as conclusões da equipe multidisciplinar ao final de cada
fase, em documentos de planejamento torna o desenvolvimento do projeto do curso
uma sistemática de gestão, uma das atribuições do DI. Além disso, a gestão do
conhecimento do processo de desenvolvimento do projeto registra as etapas de
criação, amadurecimento e consolidação das ideias, tornando a ação do DI mais
eficiente ao longo do tempo.
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DO CURSO
O curso objeto deste trabalho, é livre e na modalidade de EaD, seu objetivo é capacitar
os professores através de uma proposta interativa buscando uma prática pedagógica
coletiva para que esses educadores se tornem multiplicadores do tema educação para
o trânsito nas suas escolas.
O planejamento da proposta do curso foi estruturado conforme descrição
contida no quadro 1, em que são apresentados o nome, objetivo e duração, carga
horária e público alvo, pré-requisitos e acessibilidade, ementa e critério para
aprovação, e também a justificativa e relevância do curso. Do ponto de vista
pedagógico esta fase representa o escopo em que se oferecerá o curso.
Com relação a ementa do curso, os módulos previstos apresentam a temática
de forma simples e objetiva. No primeiro módulo foi proposta uma ambientação para
que o aluno possa conhecer o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e as principais
ferramentas que serão utilizadas durante o curso. Os 5 módulos seguintes buscam
conceituar a temática trânsito e sua aplicação no dia-a-dia, e o último módulo tem
como culminância a construção de um pequeno projeto. Como critério de aprovação
foi definido que o aluno deverá ter participado de pelo menos 50% dos fóruns de
discussão, além de ter aproveitamento de 70% nas atividades avaliativas propostas
no curso. Nesta fase, o aspecto pedagógico estabelece o conteúdo e perspectiva de
avaliação.
O quadro 1 também sintetiza a fase de análise do projeto, que originará o curso,
ou seja, responde às questões de seu objetivo e quem é o público e as suas
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características, o resultado esperado, as possibilidades de atender às pessoas com
deficiência, conteúdo e carga horária esperados. Nesta etapa é também possível
apresentar a ementa do curso, uma vez que será este conhecimento que possibilitará
o desenvolvimento de etapas seguintes do planejamento e desenvolvimento do
mesmo.
Quadro 1- Dados do Curso
Nome do curso Se Essa Rua Fosse Minha – Capacitação de Professores em Educação
Para o Trânsito.
Objetivo do curso Trabalhar o tema transversal trânsito com os professores do ensino
fundamental para que os mesmos possam aplicar a temática em sala de aula de forma lúdica e prazerosa, tornando-se multiplicadores de trânsito.
Carga Horária Presencial 0
Virtual 30 horas/aula
Número de vagas 100 vagas
Duração do Curso 6 semanas
Público-alvo Professores do município de Belo Horizonte/Minas Gerais que atuam na rede
pública de ensino no nível de Ensino Fundamental
Pré-requisitos -ser professor da rede pública municipal de Belo Horizonte -ser professor do Ensino Fundamental
-disponibilidade de 5 horas semanais para realização do curso.
Quadro 1- Dados do Curso - continuação
Acessibilidade O curso possui alguns recursos para acessibilidade a Pessoas com
Deficiência Visual e Auditiva.
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Ementa Módulo I – Ambientação: Conhecendo o Ambiente Moodle
Módulo II – O que é Trânsito: conceitos relacionados ao trânsito.
Módulo III – Mobilidade Urbana: as várias formas de mobilidade urbana no trânsito.
Módulo IV – Cidadania e Sustentabilidade: a responsabilidade de cada cidadão no trânsito e as possibilidades de sustentabilidade.
Módulo V – A Família e o Trânsito: os sujeitos envolvidos no trânsito e as
normas para cada sujeito transitar.
Módulo VI – A Escola e o Trânsito: o trânsito nas proximidades da escola.
Módulo VII – Projeto “Se Essa Rua Fosse Minha”: as ações executadas no trânsito e o que se pode fazer para melhorar.
Critério de Aprovação Para ser aprovado no curso o aluno deverá ter participado de pelo menos
50% dos fóruns de discussão, além de ter aproveitamento de 70% nas atividades avaliativas propostas no curso.
Justificativa e relevância Diante do grande número de acidentes de trânsito no Brasil, o curso se
justifica como uma abordagem preventiva e educativa, tendo em vista que os professores deverão aplicar os conhecimentos adquiridos neste curso
tornando-se educadores de trânsito para a faixa etária a partir de 6 anos. Fonte: Elaborado pelas autoras (dados de pesquisa)
No que diz respeito à acessibilidade o curso prevê o atendimento a Pessoas
com Deficiência (PcD), buscando a inclusão desses sujeitos, principalmente porque
um dos módulos do curso apresenta essa temática. Para atender as pessoas com
deficiência visual é proposto a transcrição textual de imagens e a áudio-descrição, que
é a descrição de imagens por meio de palavras. Para as pessoas com deficiência
auditiva o curso utiliza legendas para descrição de vídeos.
DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO: OS RECURSOS DE
PLANEJAMENTO
O design Instrucional tem como objetivo o planejamento do curso, visando a definição
de conteúdos, atividades e as estratégias que serão utilizadas, tendo como finalidade
alcançar os objetivos específicos propostos para a aquisição da aprendizagem
(FILATRO, 2008). No curso analisado o designer optou por uma proposta de design
instrucional fixo em que o trabalho do DI “constitui-se, em grande medida, na
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elaboração e distribuição de produtos fechados, tais como objetos de aprendizagem
e recursos digitais” (FILATRO, 2008, p. 28), embora esteja contemplada a interação
entre os participantes que de forma colaborativa irão trabalhar a partir dos vários
temas propostos na ementa.
Para que ocorra uma comunicação entre a equipe multidisciplinar responsável
pelo curso, o designer utilizou documentos de especificação. Tais documentos servem
de orientação para que profissionais das mais variadas áreas trabalhem na mesma
direção e, consequentemente, obtenha-se a produção de um curso que atenda os
objetivos educacionais previstos. Os documentos utilizados durante a fase de
planejamento foram os seguintes: Mapa de Atividades, Matriz de Design Instrucional
e o Storyboard (SB).
O Mapa de Atividades é um dos principais recursos utilizados pelo DI. Consiste
num documento em formato de colunas com o detalhamento de todas as atividades
que serão disponibilizadas no AVA: Aula/Unidade: apresenta a identificação e a carga
horária necessária para realização da unidade; Tema principal: apresenta o tema
principal da aula; Subtemas: consiste em subdivisões do tema principal; Objetivos
específicos: objetivos relacionados às competências cognitivas que o aluno deverá
desenvolver durante o curso; Atividades teóricas: especificação das atividades
referentes aos conteúdos e as ferramentas e recursos que serão utilizados; Atividades
práticas: especificação das atividades utilizadas para que o aluno coloque em prática
o conhecimento adquirido na unidade de estudo, bem como os recursos, ferramentas,
prazos e tipos de avaliações que serão utilizadas. (FIGUEIREDO e MATTA, 2012)
Já a Matriz de Design Instrucional apresenta informações de orientação à
equipe multidisciplinar, possibilitando um detalhamento de atividades, que
normalmente sejam mais complexas. Apresenta uma identificação da atividade
detalhada com os objetivos propostos para a atividade, a definição do tipo de interação
que será estabelecida, se individual, em grupo, em dupla, ou outro, o prazo e as
ferramentas que serão utilizadas na proposta, e se haverá algum material de apoio ao
aluno, bem como a definição do local onde será disponibilizado esse material.
Também consta na matriz de design instrucional o que se espera como objeto final da
atividade que será produzido pelo aluno para ser avaliado. E no campo de feedback,
o prazo, e local onde o aluno irá visualizar as notas e comentários das atividades
(SANTOS e FIGUEIREDO, 2015).
O Storyboard (SB) é um importante recurso utilizado pelo DI visando especificar
o conteúdo exato que deve ser produzido. Apresenta de forma visual o que deve ser
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desenvolvido pela equipe. Segundo Filatro (2008) os storyboards são importantes
para a descrição como em uma linha de tempo, possibilitando inserir detalhes das
cenas tais como áudios, locuções e outras informações técnicas necessárias para o
produto final. Dessa forma é possível estabelecer entre a equipe de produção uma
comunicação para que a produção das ideias aconteça sem adiamento de tomada de
decisões. E mais, para a autora “o SB funciona como (1) documentação das decisões
relacionadas ao design instrucional, (2) base para a gestão, o controle e a
comunicação do projeto e (3) demonstração do produto final para os diversos
interessados” (FILATRO, 2008, p. 61). Sendo assim se torna extremamente relevante
a utilização deste recurso para que a equipe de produção desenvolva um produto final
de acordo com a demanda.
DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO: ANÁLISE
Além de compreender os processos de tecnologia e planejamento, é necessário que
o DI seja capaz de utilizar as várias teorias pedagógicas na elaboração de cursos
virtuais ou presenciais (OLIVEIRA, 2015). Segundo Filatro (2008, p.21) o DI tem como
objetivo: […] a ação intencional de planejar, desenvolver e aplicar situações didáticas
específicas que incorpore, tanto na fase de concepção como durante a
implementação, mecanismos que favoreçam a contextualização e a flexibilização".
Na proposta de planejamento do curso, foi utilizada a teoria construtivista
(sócio- interacionista) de Vygotsky (1991), em que o desenvolvimento do indivíduo
acontece a partir do processo sócio, histórico e cultural. Segundo Almeida (2000), “a
teoria de Vygotsky tem como perspectiva o homem como um sujeito total enquanto
mente e corpo, organismo biológico e social, integrado em um processo histórico”
(ALMEIDA, 2000, p.34). Para este autor o conhecimento é sempre mediado
conduzindo assim o indivíduo a uma aprendizagem que acontece a partir das
interações desses indivíduos com o meio, sendo a linguagem fundamental nessa
interação. (OLIVEIRA, 2015).
Portanto, o curso foi planejado e direcionado tendo em vista possibilitar
interação entre os participantes através de atividades nos fóruns de discussão, onde
os participantes manifestam suas opiniões sobre um determinado assunto e dinâmicas
em grupo, cujo objetivo era o estudo de um determinado tema e a construção coletiva
de novas opiniões. Tais atividades possibilitam aos alunos a promoção de discussões.
Segundo Vygotsky (1998) as relações de diálogo quando ganham significado são
promotoras de internalização do conteúdo estudado.
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Outra ferramenta utilizada como promotora de interação foi o glossário, que
possibilita ao aluno a criação de uma lista de conceitos sobre um tema estudado a
partir das discussões promovidas, ocorrendo dessa forma um “novo aprendizado
pautado na interação e socialização do conhecimento, conhecimento este adquirido
individualmente e que culminará no desenvolvimento de habilidades sociais”
(OLIVEIRA, 2015, p.35).
Neste sentido o DI deve associar o conhecimento do AVA a ser utilizado e as
ações pedagógicas, segundo a concepção escolhida para o curso, de modo a
potencializar o processo de aprendizado do aluno. Este aprendizado é estabelecido a
priori pela equipe multidisciplinar, de maneira que o professor possa avaliar ao término
das atividades a conquista de aprendizado, para isto estabelece os objetivos de
aprendizagem e posteriormente as atividades propostas.
Para a definição dos objetivos da aprendizagem o DI utilizou a Taxonomia dos
Objetivos de Aprendizagem de Bloom (BLOOM; HASTIN; MADAUS, 1971) tal como
classificados no quadro 2:
Quadro 2: Classificação dos objetivos de Aprendizagem
Domínio Aprendizado
Afetivo -pressupõe o desenvolvimento da área emocional ou afetiva do aprendiz,
possibilitando o manifestar das emoções, sentimentos, atitudes e posturas;
Psicomotor -está ligado ao desenvolvimento físico e motor do aprendiz;
Cognitivo -possibilita a aquisição de novos conhecimentos, ou seja, ao desenvolvimento
intelectual nos níveis de conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação.
Fonte: BLOOM; HASTIN; MADAUS, 1971
As atividades do curso foram definidas e planejadas tendo em vista atender aos
domínios cognitivo e afetivo. A análise do DI deve considerar o planejamento das
atividades de modo que potencialize o aprendizado dos alunos, e de forma gradual o
torne um indivíduo autônomo no seu aprendizado significativo. O uso da Taxonomia
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de Bloom permite ao DI avaliar se o planejamento das atividades, descritas no mapa
de atividades, tem associação com a intencionalidade da aula.
Os objetivos de aprendizagem no domínio cognitivo devem assegurar ao
professor identificar se o conteúdo planejado e disponibilizado na aula tenha sido
apreendido pelo aluno, deste modo deve ser estabelecido como uma ação a ser
esperada do aluno.
Já no domínio afetivo pressupõe o desenvolvimento da área emocional ou
afetiva, possibilitando manifestar emoções, sentimentos, atitudes e posturas,
apresentando os níveis de receptividade (ouvir), de resposta (responder aos
estímulos), de valorização (aceitar), de organização (relacionar) e de caracterização
(desenvolver), (BLOOM; HASTIN; MADAUS, 1971). Durante o curso, o objetivo é que
o aluno desenvolva tais habilidades principalmente durante a participação nos fóruns
de discussão e atividades em que são exigidas a tomada de atitudes e posturas. O
domínio psicomotor que está ligado ao desenvolvimento físico e motor, não foi
utilizado no curso.
O quadro 3 apresenta um detalhamento dos objetivos desenvolvidos no
domínio cognitivo do curso. Nesta consolidação o DI amplia seu posicionamento
pedagógico sobre o planejamento do conteúdo, reafirmando uma de suas
competências, a pedagógica. Ao listar os objetivos de aprendizagem no domínio
cognitivo, o DI consegue hierarquizar o envolvimento proposto ao aluno ao longo das
atividades do curso, enfatizando a formação de um indivíduo contextualizado em seu
meio, no que concerne o conteúdo do curso, tornando-o um agente de transformação
social.
Quadro 3- Descrição dos objetivos das aulas no domínio cognitivo
Nível Objetivos específicos do curso
Conhecimento Identificar as funcionalidades do AVA Moodle e a organização do curso. Identificar as ferramentas utilizadas no curso.
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Compreensão Explicar os conceitos relacionados ao trânsito.
Descrever a utilização do tema trânsito nas escolas.
Explicar sobre a importância de inclusão dos usuários com mobilidade reduzida
Explicar sobre as responsabilidades de cada indivíduo no sistema trânsito e a
acessibilidade.
Descrever sobre a responsabilidade de cada cidadão no trânsito e suas possibilidades de sustentabilidade.
Aplicação Conceituar cidadania no trânsito.
Descrever sobre a segurança nos arredores da escola
Análise Analisar as várias formas de mobilidade urbana no trânsito.
Analisar as atitudes dos cidadãos no trânsito
Analisar como é o trânsito nas proximidades da escola.
Síntese Planejar ações e normas para os sujeitos envolvidos no trânsito transitarem.
Elaborar ideias sobre formas de segurança nos arredores da escola.
Formular ações que possam ser executadas no trânsito e para melhorar a segurança.
Planejar intervenções nos arredores da escola
Avaliação Justificar as ações escolhidas para o projeto
Fonte: Elaborado pelas autoras (dados da pesquisa)
Estilos de Aprendizagem, Inteligências Múltiplas e avaliação do processo
de aprendizagem
Para Felder e Silverman (2003) a aprendizagem pode ocorrer a partir de diferentes
estilos de aprendizagem, onde consideram a aprendizagem com quatro dimensões
relevantes: visual ou verbal; sensorial ou intuitiva; ativo ou reflexivo; e sequencial ou
global. Tais estilos trabalham com polos opostos, mas isso não quer dizer que cada
indivíduo tenha que ser classificado em apenas um deles. Portanto ao DI cabe
identificar quais as atividades e as ferramentas do AVA potencializam o aprendizado
dos alunos, enfatizando a possibilidade de disponibilizar ao educando o conteúdo
instrucional nas mídias e ferramentas variadas, buscando atender aos diversos estilos
de aprendizagem.
O quadro 4 apresenta os recursos (mídias ou ferramentas) que foram utilizados
para o atendimento aos diversos tipos de aprendizes bem como suas características:
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Quadro 4: Características dos Estilos de Aprendizagem
Estilo de Aprendizagem
Característica Mídias ou ferramentas do AVA
Visual São aprendizes que tem uma memória visual. Mídias: Vídeo e Animação em
Flash.
Verbal São aqueles que aprendem melhor a partir da
leitura de textos. Ferramentas: página e livro.
Mídia: arquivo em PDF.
Ativo Aprendizes que tendem a reter melhor as
informações discutindo e aplicando conceitos de forma colaborativa (interação).
Ferramentas: Wiki e glossário.
Reflexivo São aprendizes que necessitam de um tempo
para pensar sobre os conteúdos estudados (atividades individuais).
Ferramenta: Hot Potatoes e Questionário.
Global São aqueles que fazem uma associação do
assunto com o dia-a-dia a partir do todo. Mídia: arquivo de PPT.
Ferramenta: Tarefa.
Sequencial Aprendizes que preferem estudar a partir de um conteúdo organizado e encadeado em
sequências.
Ferramentas: página e livro.
Mídia: arquivo em PDF.
Sensorial São aqueles que gostam de aprender a partir
de fatos e informações práticas.
Ferramenta: fórum de discussão
Intuitivo São aqueles que gostam de descobrir novos
conceitos Ferramenta: glossário e fórum de
discussão Fonte: elaborado pelas autoras (dados de pesquisa)
Portanto infere-se, a partir do quadro 4, que o DI deva conhecer as
características de cada estilo de aprendizagem para a definição das atividades que
melhor se adequam para a construção de um aprendizado significativo.
O desenvolvimento das inteligências múltiplas dos alunos também foi levado
em consideração pelo DI. Segundo Gardner (1995) “a inteligência é um potencial
biopsicológico que pode ser ativado para processar informações, solucionar
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problemas ou criar produtos que sejam valorizados em qualquer cultura” (GARDNER,
1995, p.47).
Para o autor o indivíduo possui pelo menos oito inteligências que podem se
manifestar, são elas: Inteligência musical, Inteligência corporal-cinestésica,
Inteligência lógico-matemática, Inteligência linguística, Inteligência espacial,
Inteligência interpessoal, Inteligência intrapessoal e Inteligência naturalista, tais
inteligências são agrupadas em quatro grupos: abstratas, concretas, sociais e
espirituais. (OLIVEIRA, 2015, p.38). Como o curso tem como objetivo atender a um
público diversificado é importante que o DI escolha atividades tendo em vista atender
aos alunos nas suas especificidades.
É importante que o aluno consiga desenvolver seu potencial e utilizar sua capacidade cognitiva para que suas habilidades possam ser demonstradas, através
das várias possibilidades que se manifestam a partir das características de cada tipo de inteligência. Portanto o DI deverá apropriar-se de tais informações como
norteadoras do seu trabalho de forma a desenvolver o potencial dos alunos. O quadro 5 apresenta as atividades e recursos que foram utilizadas para o
atendimento de quatro tipos de inteligências que serão desenvolvidas durante o curso:
Quadro 5 - Tipos de Inteligências desenvolvidas durante o curso
Tipo de inteligência
Característica Atividades
Inteligência linguística
O aluno tem habilidade para lidar com palavras e símbolos de maneira criativa e de se expressar de maneira
clara e objetiva. Compreende a inteligência da fala e
da comunicação escrita.
Fóruns de discussão e elaboração de textos e arquivos de apresentação (power
point)
Inteligência espacial
O aluno tem a capacidade de reproduzir situações através de
desenhos e imagens e de se localizar no espaço de forma minuciosa.
Elaboração de arquivos de apresentação (power point)
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Inteligência interpessoal
O aluno tem a capacidade de interagir com as pessoas de forma
consciente e respeitando as diversas opiniões.
Fóruns de discussão, elaboração de um glossário e uma dinâmica em grupo
através da ferramenta Wiki.
Inteligência intrapessoal
O aluno apresenta um autodomínio, disciplina e administra bem as
emoções. São alunos que gostam de trabalhos individuais.
Atividades individuais como questionário, Palavra Cruzada, texto e apresentações,
através da ferramenta tarefa e a elaboração de um projeto final de forma
individual sobre o tema trânsito. Fonte: elaborado pelas autoras (dados de pesquisa)
Conforme as informações contidas no quadro 5, foram utilizadas atividades
diversificadas, uma vez que o desenvolvimento das inteligências múltiplas deve ser
pensado pelo DI como possibilidade de atender as especificidades de aprendizado
dos vários tipos de aprendizes, de forma que o processo se torne atrativo e dinâmico.
A avaliação do processo de aprendizagem é outro fator importante a ser
analisado pelo DI. Durante o planejamento do curso é importante que se tenha em
vista o caráter pedagógico da avaliação que, nas palavras de Libâneo “é uma tarefa
didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo
a passo o processo de ensino e aprendizagem”. (LIBÂNEO, 1994, p.195). E ainda, é
a partir da avaliação que novas adaptações são propostas no decorrer do trabalho,
buscando atender as objetivos propostos pelo professor.
No que diz respeito à avaliação do processo de aprendizagem, o DI utilizou a proposta que abrange as dimensões diagnóstica, somativa e formativa. A avaliação diagnóstica é, segundo (Gil, 2006), aquela que identifica os conhecimentos prévios
dos alunos contribuindo dessa forma para a definição das estratégias de ensino mais adequadas. O DI utilizou, por exemplo, a ferramenta fórum de discussão logo
no início do curso, para que o aluno apresente suas expectativas em relação ao curso, e a ferramenta questionário, com o objetivo de diagnosticar os conhecimentos
prévios do aluno sobre determinado tema.
Na maioria das atividades do curso foi definida a avaliação somativa
caracterizada por Gil (2006) com “a finalidade de proporcionar informações acerca do
desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, para que o professor possa
ajustá-lo às características dos estudantes a que se dirige. Suas funções são as de
orientar, apoiar, reforçar e corrigir” (GIL, 2006, p. 247-248). Este tipo de avaliação é
importante para analisar o processo formativo do aluno. A avaliação foi utilizada na
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maioria das aulas. Foram utilizadas atividades mais livres como envio de tarefas
(relatórios de aulas ou resenhas), a participação em fóruns de discussão, a elaboração
de glossário e da Wiki (construção coletiva de um texto).
Um momento de avaliação formativa foi definido apenas no final do curso. Tal
avaliação visou apresentar um somatório das etapas do processo de aprendizagem
de forma cumulativa (GIL, 2006). As atividades utilizadas foram a elaboração do
projeto final do curso, e uma apresentação visual do mesmo, a partir de uma arquivo
no formato de apresentação. Este trabalho individual culmina com as ações de análise
e crítica acerca do conteúdo desenvolvido ao longo do curso, e que espera do
professor, aqui no papel de aluno, a concepção de uma sequência didática que, de
forma interdisciplinar, possa abarcar o assunto trânsito, em sua prática em sala de
aula.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo fazer uma análise do design instrucional do curso
“Se Essa Rua Fosse Minha – Capacitação de Professores em Educação Para o
Trânsito”, sob o olhar pedagógico, enfatizando menos os aspectos tecnológicos e de
formalização de desenvolvimento, como mapa de atividades ou matriz de design
instrucional. O aspecto pedagógico do trabalho do DI deve estar presente na
fundamentação instrucional do curso, uma vez evidenciando e operacionalizando o
processo ensino-aprendizagem baseado na tecnologia da modalidade a distância.
Buscou-se avaliar as etapas previstas para o trabalho do DI, tendo em vista
atender ao modelo de aprendizado, definido neste trabalho como práticas que se
utilizam de tecnologias para promover o aprendizado a partir de interações entre os
alunos e educadores. E mais, interações do aluno com o conteúdo e com toda a
tecnologia digital utilizada no processo de aprendizagem.
Percebeu-se que o DI exerce importante papel pedagógico, sendo responsável
por todo o processo de planejamento pedagógico do curso, desde a escolha da teoria
pedagógica mais adequada aos objetivos do curso, a definição dos objetivos da
aprendizagem tendo como foco o aluno, a escolha de atividades, recursos e
ferramentas que possibilitem tanto o desenvolvimento das inteligências múltiplas
quanto atender aos diferentes estilos de aprendizagem. E mais, utilizar-se do processo
de avaliação educacional como promotora da aprendizagem significativa.
Dessa forma, infere-se que o DI é responsável pelo desenvolvimento de
metodologias e técnicas, que possibilitem aos alunos um aprendizado dinâmico, e que
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o Ambiente Virtual de Aprendizagem ofereça ao aluno condições para desenvolver
suas potencialidades.
Por fim, acredita-se que o olhar pedagógico do DI seja fundamental para aliar
tecnologia ao ensino de forma consistente e promotora de um aprendizado pautado
nas especificidades de cada aluno.
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