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  • Gustavo Alexandre Reis

    O design e a fotografia no fotolbum de casamento

    Universidade Anhembi Morumbi Mestrado em Design

    So Paulo 2011

  • Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu em Design

    Mestrado, da Universidade Anhembi Morumbi, como requisito parcial para obteno

    do ttulo de Mestre em Design, sob orientao do Prof. Dr. Jofre Silva, PhD.

    Pesquisa desenvolvida com apoio da CAPES Coordenao de Aperfeioamento de

    Pessoal de Nvel Superior.

    Gustavo Alexandre Reis

    O design e a fotografia no fotolbum de casamento

    Universidade Anhembi Morumbi Mestrado em Design

    So Paulo 2011

  • O Design e a Fotografia no Fotolbum de Casamento

    Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu em Design Mestrado, da Universidade Anhembi Morumbi, como requisito parcial para obteno do ttulo de Mestre em Design.Pesquisa desenvolvida com apoio da CAPES Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior.

    Banca Examinadora:

    Prof. Dr. Jofre Silva, PhD.

    Orientador Mestrado em Design Universidade Anhembi Morumbi

    Prof . Dra. Marcia Merlo

    Examinadora interna Mestrado em Design Universidade Anhembi Morumbi

    Prof . Dra. Mirtes Marins de Oliveira

    Examinadora externa Mestrado em Artes Visuais Faculdade Santa Marcelina

    R31d Reis, Gustavo Alexandre O Design e a Fotografia no Fotolbum de Casamento /

    Gustavo Alexandre Reis. 2011. 157 f.: il.; 21 cm.

    Orientador: Prof. Dr. Jofre Silva. Dissertao (Mestrado em Design)

    Universidade Anhembi Morumbi, So Paulo, 2011.

    Bibliografia: f. 112.7

    1. Fotolbum - 2. Fotografia - 3. Design - 4. Casamento - 5. Roteiro. I. Ttulo.

    CDD 741.6

    Gustavo Alexandre Reis mestre em Design pela Universidade Anhembi Morumbi. Bolsista CAPES. Primeiro colocado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE (2006) no curso de Editorao. Graduado em Editorao pelas Facul-dades Integradas Rio Branco (2006) e Tcnico em Design Grfico pela ETE Carlos de Campos (1999). Atua nas reas de Design, Editorao e Fotografia.

  • DedicatriaAo meu pai, minha irm e minha me.

  • AgradecimentosAo meu orientador, Jofre Silva;

    Aos professores Mnica Moura, Gisela Belluzzo, Kathia Castilho, Ana Mae Barbosa e Marcia Merlo;

    Aos amigos que fiz durante o mestrado, particularmente Clarissa, Kenny, Malu, Marienne e Thaiza;

    Antonia Costa, assistente do mestrado;

    Capes;

    Aos estdios fotogrficos e seus responsveis, Tuca, Ricardo e Flvio e aos casais que cederam seus lbuns para a pesquisa;

    Aos entrevistados durante a pesquisa, especialmente Felipe Camarneiro e Rogrio Tomazela;

    Cecilia, minha mulher.

  • Tirar fotos prender a respirao quando todas as faculdades convergem para a realidade fugaz. organizar rigorosamente as formas visuais percebidas para expressar o seu significado. pr numa mesma linha de mira a cabea, o olho e o corao.Henri-Cartier Bresson.

  • ResumoO tradicional lbum de fotografias cede espao hoje em dia ao

    fotolbum produzido digitalmente, por meio do computador. Nesse tipo de projeto, as pginas do lbum podem conter mais de uma foto-grafia, normalmente acompanhada de elementos grficos como filetes e fuses. Este trabalho tem como objetivo investigar as relaes entre a fotografia e o design grfico, tomando o fotolbum como objeto de pesquisa. Foram observados dez fotolbuns, produzidos por quatro estdios presentes na cidade de So Paulo. Foram investigadas as duas dimenses contidas no fotolbum, vindas do design e da fotografia. Na observao da dimenso grfica, fez-se uma relao dos efeitos grficos incorporados nos lbuns. Na observao da dimenso fotogrfica, foram listados os temas registrados e contidos nos lbuns, o que possibilitou a percepo de um roteiro narrativo para o registro do casamento.

    Palavras-chave: 1. Fotolbum - 2. Fotografia - 3. Design - 4. Casa-mento - 5. Roteiro

  • AbstractThe traditional photo album nowadays gives way to photo albums

    produced digitally on a computer. In this type of project, the album pages contain more than one photo, usually accompanied by graphics such as filaments and mergers. This study aims to investigate the rela-tionship between photography and graphic design, taking the photo album as a research subject. We observed ten photo albums produced by four studios in So Paulo. The two dimensions contained in the photo album, coming from design and photography, were investigated. In the graphic dimension analysis, we made a list of the graphical effects built into the albums. In the photographic dimension analysis, the captured themes built into the albums were listed, allowing the perception of a narrative script for the wedding registry.

    Keywords: 1. Fotolbum 2. Photography 3. Design 4. Wedding 5. Registry

  • Sumrio0. Introduo 141. O Fotolbum 1.1 Um espao visual 18 1.2 O lbum com imagens fotogrficas 20 1.3 O fotolbum no sistema digital 22 1.4 O design do fotolbum 302. O design e a imagem visual no fotolbum de casamento 2.1 A imagem visual 36 2.2 A fotografia no design do fotolbum 38 2.3 A dinmica na organizao do fotolbum 40 2.4 As caractersticas do fotolbum de casamento 43 2.4.1 A dimenso grfica 43 2.4.2 Consideraes sobre o perfil grfico dos fotolbuns 59 2.4.3 A dimenso fotogrfica 60 2.4.4 Consideraes sobre a imagem fotogrfica 783. A fotografia como memria de momentos da vida: o casamento 3.1 O registro fotogrfico 84 3.2 O sentido da imagem fotogrfica 87 3.3 Os recursos fotogrficos 91 3.4 A sensao e o desejo pela imagem fotogrfica 96 3.5 A histria pela imagem fotogrfica 100 3.6 A memria pela imagem fotogrfica 103 3.7 Momentos da vida: o casamento 1054. Consideraes finais 1095. Referncias bibliogrficas 1136. Anexos 119

  • 10

    Lista de figuras

    Fig. 1. Encarte do DVD Vintage Lightroom Presets by Lightroom Brasil. 36

    Fig. 2. Fotografia das alianas de Marienne e Fabio. Everton Rosa. 2008. 37

    Fig. 3. Fotografia do fotolbum de Flavia e Claudio. Nova Produtora. 2010. 37

    Fig. 4. Pgina do fotolbum de Michele e Marcelo. PPA. 2010. 37

    Fig. 5. Lmina do fotolbum de Gislene e Edson. Estudio A. 2010. 38

    Fig. 6. Fotomontagem duas geraes. Foto Vdeo Foca. 2003. 40

    Fig. 7. Lmina do fotolbum de Marienne e Fabio. Everton Rosa. 2008. 42

    Fig. 8. Exemplos dos efeitos grficos encontrados nos fotolbums produzidos pela PPA Pulcinelli Produes Artsticas. 46

    Fig. 9. Exemplos dos efeitos grficos encontrados nos fotolbums produzidos pela Nova Produtora. 50

    Fig. 10. Exemplos dos efeitos grficos encontrados nos fotolbums produzidos pelo Estdio A. 53

    Fig. 11. Exemplos dos efeitos grficos encontrados nos fotolbums produzidos por Everton Rosa Fotografia. 57

    Fig. 12. Fotografia da cidade de Nagasaki depois da exploso da bomba atmica. Fotgrafo: Bernard Hoffman. 1945. 89

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    Fig. 13. Lmina do fotolbum de formatura de Viviane Kuntz. Acervo pessoal. Curitiba. 2008. 91

    Fig. 14. Capa da revista Veja. Ed. 2114. 27 de maio de 2008. 92

    Fig. 15. Protesto MST. Folha Imagem. Fotgrafo: Cristiano Mesquita Abril de 2008. 92

    Fig. 16. Ferrari F40. Fotgrafo: Gustavo Reis. 2011. 93

    Fig. 17. Conflito a bordo do navio Marmara Mavi. 31 de maio de 2010. Fotgrafo: desconhecido. 94

    Fig. 18. Pgina 1 do fotolbum de Michele e Marcelo. PPA. 2010. 95

    Fig. 19. Pgina 2 do fotolbum de Michele e Marcelo. PPA. 2010. 95

    Fig. 20. Catlogo Cia Martima. Maro de 2010. 98

    Fig. 21. Anncio BMW. Espanha. 2006. 99

    Fig. 22. Fotografia tirada durante a Guerra do Vietn. 1 de fevereiro de 1968. Fotgrafo: Eddie Adams. 102

    Fig. 23. Fotografia vencedora do Prmio Pulitzer 1994. Fome no Sudo. Fotgrafo: Kevin Carter. 102

  • 12

    Lista de tabelas

    Tabela. 1. Relao dos estdios e clientes selecionados para observao dos fotolbuns de casamento. 43

    Tabela. 2. Relao dos fotolbuns selecionados, produzidos pela PPA Pulcinelli Produes Artsticas. 45

    Tabela. 3. Relao dos fotolbuns selecionados, produzidos pela Nova Produtora. 49

    Tabela. 4. Relao dos fotolbuns selecionados, produzidos pelo Estdio A Produes. 52

    Tabela. 5. Relao dos fotolbuns selecionados, produzidos por Everton Rosa Fotografia. 56

    Tabela. 6. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Andrea e Eduardo. PPA Pulcinelli Produes Artsticas. 2010. 61

    Tabela. 7. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Karla e Ronaldo . PPA Pulcinelli Produes Artsticas. 2010. 62

    Tabela. 8. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Gabriela e Rodrigo. PPA Pulcinelli Produes Artsticas. 2009. 63

    Tabela. 9. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Luciana e Lucas . PPA Pulcinelli Produes Artsticas. 2010. 64

    Tabela. 10. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Michele e Marcelo. PPA Pulcinelli Produes Artsticas. 2010. 65

  • 13

    Tabela. 11. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Flavia e Claudio. Nova Produtora. 2010. 66

    Tabela. 12. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Fernanda e Carlos. Nova Produtora. 2007. 67

    Tabela. 13. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Iveline e Gilberto. Estdio A. 2010. 68

    Tabela. 14. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Gislene e Edson. Estdio A. 2010. 69

    Tabela. 15. Tabela com os temas fotografados no fotolbum de Marienne e Fabio. Everton Rosa Fotografia. 2008. 70

  • 14

    IntroduoA fotografia, desde seu incio, foi uma das principais maneiras de

    registrarem-se momentos importantes ou significativos. Hoje em dia, a tecnologia aproximou ainda mais a fotografia das pessoas: celulares com cmeras integradas, mquinas fotogrficas cada vez mais baratas e simples de usar, com qualidade cada vez maior, suportes dinmicos para que as fotografias sejam expostas e/ou armazenadas (tais como fotologs, lbuns virtuais, aplicativos dedicados). Todos esses dispositivos trou-xeram uma nova relao entre as pessoas e as fotografias. No apenas registram-se os momentos, como tambm, por meio da fotografia, compartilham-se lembranas e recordaes de eventos como viagens, festas, reunies, batizados e casamentos. Esse desejo de compartilha-mento encontra no lbum de fotografias um de seus suportes mais marcantes e significativos.

    Aquele tradicional lbum de fotografias cede lugar, no sculo XXI, ao fotolbum produzido no computador, por meio do processo digital. No concorrido mercado de registro de eventos sociais, por exemplo, as pessoas no buscam apenas o talento de um fotgrafo. A produo do lbum tambm faz diferena, tornando-se um fator cada vez mais decisivo para a escolha de determinado profissional ou determinado estdio fotogrfico. Atualmente, por exemplo, alguns estdios contam com uma estrutura que oferece, alm do fotgrafo, o trabalho de um designer, responsvel pela edio e pela diagramao das fotos e das pginas de um lbum.

    Nesse tipo de projeto, a imagem deixa de ser ampliada inte-gralmente com a finalidade de ocupar uma nica pgina do lbum.

  • 15

    Hoje em dia, de um modo geral, as pginas passam a ter mais de uma imagem, reunidas em grupos e at mesmo combinadas no formato de uma montagem fotogrfica, conforme estabelece o designer na organi-zao das pginas do lbum. Em alguns casos, observa-se que o prprio fotgrafo assume esse papel de selecionar, retocar, ajustar e diagramar o fotolbum. Alm disso, outros elementos grficos passam a ser incorpo-rados nas pginas.

    Cabe ressaltar, no entanto, que antes do uso do computador, j era possvel a ampliao de mais de uma fotografia por pgina, assim como tambm era possvel a incluso de alguns elementos grficos como molduras e filetes. Porm, com o uso do computador, esse tipo de soluo grfica torna-se muito mais fcil: leva-se menos tempo, alm de no influenciar no custo do lbum. Essa praticidade tambm implica novas maneiras de se contar a histria narrada pelas fotografias.

    Esse tipo de lbum est disponvel no mercado profissional, dentro dos estdios fotogrficos, e tambm no mercado amador, por meio de softwares especficos, encontrados na internet. Esses lbuns podem reunir diversos eventos sociais como viagens, aniversrios infantis, festas de debutantes e casamentos tema escolhido para esta pesquisa. O intuito deste trabalho investigar a natureza grfica e foto-grfica deste objeto o fotolbum produto da unio das reas do Design e da Fotografia.

    Para isso, o captulo um resgata as origens do fotolbum e os aspectos que fazem dele um produto do design grfico. Tambm trata o lbum como suporte fotogrfico e traz uma proposta de definio para o termo fotolbum.

  • 16

    O captulo dois procura identificar as principais caractersticas do fotolbum de casamento disponvel no mercado da cidade de So Paulo. Neste sentido, discute os elementos grficos de dez lbuns produzidos por estdios comerciais, considerando tambm as imagens fotogrficas e os efeitos visuais utilizados. A anlise mostra ainda os temas registrados em cada fotolbum com a inteno de conhecer os momentos de maior destaque na narrativa visual da cerimnia: o roteiro.

    O terceiro captulo enfoca o papel da fotografia, o seu significado, a sua condio no sistema digital, bem como as possibilidades de mani-pulao da imagem. Considera o uso da fotografia como detonador de ideias, sensaes e desejos. Tenta estabelecer uma discusso sobre a fora da fotografia na perpetuao e na preservao da memria de momentos importantes da vida, em particular o casamento.

  • O Fotolbum1.

  • 18

    Um espao visual 1.1. O termo fotolbum surgiu no mercado fotogrfico para designar

    o lbum de fotografias produzido no computador. O fotolbum, em alguns nichos de mercado, recebe o nome de fotolivro ou photobook. O termo fotolivro, por exemplo, foi registrado pela empresa Digipix, especializada em servios de impresso fotogrfica. Convm ento uma breve considerao sobre esses termos.

    Luis Antonio Feliciano (2005, p.7) explica que o termo lbum definido nos dicionrios como um objeto que recebe colees diversas: fotografias, selos, recortes, ou ainda, versos, discos e outros objetos que merecerem recordao. Milton Ribeiro (2003, p.371) define livro como uma publicao no-peridica que rene folhas impressas, organizadas em cadernos grampeados, costurados ou colados, formando um bloco, ligados a uma capa flexvel ou rgida. J a UNESCO (1954, p.11) define livro como uma publicao literria no-peridica contendo 49 pginas ou mais, no contando sua capa. Susan Sontag (2004, p.15) comenta que

    Durante muitas dcadas, o livro foi o mais influente meio de organizar

    (e, em geral, miniaturizar) fotos, assegurando desse modo sua longe-

    vidade, se no sua imortalidade fotos so objetos frgeis, fceis de

    rasgar e de extraviar.

    Isto posto, prope-se aqui a seguinte definio para o foto-lbum: lbum de fotografias em formato de livro cujas pginas podem combinar sobreposio, fuso ou agrupamento de imagens por meio do sistema digital.

  • 19

    Atualmente encontram-se disponveis no mercado alguns softwares dedicados exclusivamente montagem desse tipo de lbum. Tanto em laboratrios de revelao como no ambiente virtual por meio da web, existem programas prprios que auxiliam na criao e na diagra-mao de lbuns fotogrficos, utilizando-se de templates (padres prede-finidos) existentes nos referidos softwares. Esses templates apresentam opes variadas de disposio de fotos na pgina. Em cada opo, o usurio encontra um espao predeterminado para cada fotografia. Cabe a ele eleger qual foto ocupar cada um desses espaos.

    Os fotolbuns disponveis no mercado apresentam diversas possibilidades de formato. Existem os formatos verticais tradicionais (como 24 cm de largura por 30 cm de altura), horizontais (40x30 cm), e tambm quadrados (20x20 cm). A capa normalmente fotogrfica, ao contrrio dos lbuns antigos, cujas capas eram confeccionadas em couro ou em veludo. H tambm possibilidades de laminao do papel; as folhas do lbum, ento, podem ser foscas, brilhantes e/ou metalizadas.

    A encadernao do fotolbum normalmente artesanal: as folhas so coladas umas nas outras, verso com verso, colocadas em ordem e costuradas como em um livro, formando o miolo. Por fim, recebem a capa, que tambm colada e costurada ao volume. A capa, geralmente, dura e traz uma foto do casal de noivos.

    Encontram-se tambm algumas opes industrializadas de encadernao. H mquinas com softwares de diagramao padro (templates). Alm da ferramenta para diagramao, essas mquinas tambm imprimem, fazem a laminao e encadernam o fotolbum,

  • 20

    sendo uma soluo prtica e nica. Porm, a tecnologia de impresso dessas mquinas a offset, a mesma utilizada em revistas semanais. Esse fato compromete o acabamento e a durabilidade do fotolbum. Apesar disso, esse tipo de produto tem sido uma alternativa utilizada, j que seu custo baixo.

    O lbum com imagens fotogrficas1.2. Um aspecto relevante na fotografia o suporte a ser usado para a

    preservao das imagens. Os diferentes meios de registro oferecem dife-rentes meios de exposio. As imagens podem ser expostas em meios impressos e meios digitais: fotografias em papel, ampliadas em diversos tamanhos, fotos impressas em livros, revistas e banners de grande formato, imagens expostas em espaos digitais disponveis na web como fotologs, banco de imagens e lbuns virtuais.

    Na condio de instrumento de preservao de momentos da vida, o lbum, segundo Feliciano (2005, p.28) circunstancial e sint-tico por natureza. O autor afirma ainda que

    h uma relao viva e dinmica anterior e posterior quela coleo

    de fotografias, de textos, de objetos. O que o lbum contm (indepen-

    dente dos objetos reunidos) so apenas referncias, fragmentos, insights

    que vo auxiliar na (re)composio da memria do que foi vivido. J

    o lbum de fotografia, em particular o de casamento, se apossa desses

    sinnimos para se firmar enquanto parte do ritual (ibid).

    Esta afirmao mostra-se verdadeira quando nota-se a preocu-pao de um casal de noivos na escolha do estdio fotogrfico e/ou do fotgrafo que ir registrar seu casamento. Em alguns casos, um mesmo

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    fotgrafo o responsvel pelo registro do casamento de uma me e de sua filha anos mais tarde, numa relao que extrapola o contato profis-sional e estende-se ao pessoal. Alm da confiana no fotgrafo, pode somar-se aqui o afeto familiar, o lao criado entre a famlia da noiva e o fotgrafo.

    Sontag (2004, p.19) entende que por meio de fotos, cada famlia constri uma crnica visual de si mesma um conjunto porttil de imagens que d testemunho da sua coeso. A autora tambm explica que um lbum de fotos de famlia , em geral, um lbum sobre a famlia ampliada e, muitas vezes, tudo o que dela resta. Essa afir-mao explica a preocupao e o empenho em registrarem-se alguns eventos da vida. Phillipe Dubois (1993, p.80) comenta que

    com toda certeza, o que confere valor a esses lbuns no so nem seus

    contedos representados neles prprios, nem as qualidades plsticas ou

    estticas da composio, nem o grau de semelhana ou de realismo das

    chapas, mas sua dimenso pragmtica, seu estatuto de ndice, seu peso

    irredutvel de referncia, o fato de se tratar de verdadeiros traos fsicos

    de pessoas singulares que estiveram ali e que tm relaes particulares

    com aqueles que olham as fotos.

    Geoffrey Batchen (2004, p.49) comenta que lbuns tambm servem como induo para a fala, uma desculpa para amigos e fami-liares se reunirem, para que histrias sejam trocadas, incidentes sejam relembrados, biografias sejam inventadas. O lbum de casamento explicita esse tipo de relao. Sejam os noivos, os amigos, os familiares, todos tm a expectativa de ver o registro daquele evento. no lbum

  • 22

    que se encontra um vnculo entre noivos, familiares, convidados e fot-grafos (Feliciano, 2005).

    Walter Benjamin (1987) relaciona o surgimento do lbum de fotografias aos homens de negcio e, mais tarde, ao hbito do retoque, como uma evidncia da vaidade do retratado, em voga desde o incio dessa tecnologia. Na fotografia analgica, cujo suporte fsico de registro da imagem era o negativo, o fotgrafo fazia pequenos retoques direta-mente nele, utilizando-se de um bico de pena, num trabalho artesanal. Na fotografia de suporte digital, ampliam-se as possibilidades de modi-ficaes na imagem, dada a praticidade com que se obtm o resultado do retoque. Tambm existem mais possibilidades de edio da imagem capturada, como ser mostrado a seguir, especialmente no captulo trs.

    O fotolbum no sistema digital 1.3. A primeira meno documentada sobre fotolbum como produto

    comercial disponvel ao pblico consumidor de estdios fotogrficos ocorreu no ano de 2003, durante a PMA, feira mundial de fotografia realizada anualmente. Segundo a revista Photos (Ed. 64, maio/junho 2008), naquele ano ela foi sediada na cidade de Las Vegas. E foi l que se apresentou um produto na poca chamado fotolivro. Este produto foi idealizado pelo coreano Jonas Chun, radicado no Brasil desde a dcada de 70, e proprietrio do Instantcolor, reconhecido laboratrio fotogrfico paulistano que prestava servios de revelao e ampliao a vrios profissionais da rea. Chun adquiriu um mini-lab da Kodak e passou a explor-lo a fim de descobrir maneiras de aproveit-lo melhor. Enfim conseguiu imprimir a pgina dupla de um lbum, sem neces-sidade de recorte, tamanho 80x50 cm. Chun criou um prottipo de

  • 23

    fotolivro e mostrou para a Kodak. A empresa ento levou Chun e esta inovao PMA de Las Vegas, e l Chun ganhou o prmio de exce-lncia e inovao na fotografia, concedido anualmente.

    Outro momento importante na apario do fotolbum no mercado foi o surgimento da Digipix. De acordo com os releases publi-cados pela empresa consultados em maro de 2011, a Digipix nasceu em 2004, criada por Marcos Perlman. Foi dele a iniciativa de regis-trar a marca fotolivro no Brasil, j em 2005. O que Perlman fez foi juntar-se a uma empresa australiana chamada Momento, fornecedora de um software de diagramao, e trazer ao Brasil um equipamento da Hewlett-Packard, empresa mundial no mercado de informtica, chamado Indigo 5000. Essa mquina permitia a impresso de pginas duplas em formatos maiores, como lbuns abertos, assim como os de Chun. Porm, enquanto Chun utilizava-se de um equipamento que fazia as fotografias surgirem no papel pelo processo qumico, a Indigo da Digipix usava o processo offset, com tinta. Os diferentes nveis de acabamento entre os processos do a diferena no produto entregue. Porm, o contedo das pginas (as fotografias e suas montagens) apre-senta resultados parecidos.

    Outras iniciativas buscaram um resultado prximo, como por exemplo, o Foto Vdeo Foca. Este estdio sempre foi reconhecido no mercado paulistano como um estdio de vanguarda, ao lado de outros tradicionais como Manuk, JR Studios e Foto Azul. O responsvel pelo setor de fotografia digital no Foca, Felipe Augusto Camarneiro, conta outra verso sobre o surgimento deste novo produto, durante uma conversa realizada em maro de 2011. Para isso, faz-se necessria uma

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    contextualizao, levando-se em conta o aparecimento do sistema digital da fotografia.

    Antes da apario do sistema digital, ocorrida no comeo da dcada de 1990, os fotgrafos contratados para fazer a cobertura de um evento comprometiam-se a entregar ao cliente um nmero fixo de amostras fotogrficas (tambm chamadas de provas), para que o cliente escolhesse posteriormente quais fotos daquelas seriam ampliadas para fazer parte do lbum. Normalmente, no contrato com o fotgrafo, o cliente resolvia o nmero de fotos que seriam ampliadas no seu lbum, nmero que variava entre 40 e 100. Em um casamento, o fotgrafo fazia um nmero maior de fotos, entre 10% e 20% a mais. Desse total, os fotgrafos descartavam algumas fotos, por serem muito parecidas entre si ou por terem algum problema que comprometia a qualidade da imagem, como falta de foco, por exemplo. As amostras selecionadas eram ento encaminhadas ao cliente, para que ele escolhesse aquelas que seriam ampliadas e includas no lbum. Depois de prontas, as ampliaes eram encaminhadas para a encadernao, feita artesanal-mente. Nesse processo, as fotos ampliadas so coladas uma a uma, verso com verso, para serem posteriormente costuradas e unidas capa. Por conta disso, o tempo de secagem e acabamento girava em torno de sete dias. O nmero de fotos que iam para o lbum variava de 40 a 100, mas no ultrapassava esse nmero, por conta do seu volume.

    No comeo dos anos 2000, as primeiras cmeras digitais come-aram a ser adquiridas no Brasil por estdios fotogrficos de alto padro, devido ao seu elevado custo. A cmera Nikon D1-X, de 5.3 megapixels de resoluo, por exemplo, foi lanada em fevereiro de 2001 custando cerca de US$ 5500 no mercado americano, sem incluir sua lente. Era o

  • 25

    preo que se pagava para estar frente da concorrncia sempre acirrada do mercado de cobertura de eventos.

    At ento, alguns estdios fotogrficos contavam com o trabalho de tratadores de imagens, que recebiam os negativos digitalizados (esca-neados) individualmente pelos laboratrios, a fim de garantir no seu computador uma fidelidade luz captada e registrada no negativo. Os tratadores entravam em ao quando a imagem do negativo precisava de algum retoque mais aprimorado como, por exemplo, quando uma foto fundamental do evento (como a troca de alianas durante um casamento) tinha um problema grave como falta de foco ou quando o segundo plano da imagem estava escuro demais, decorrente da falha do flash auxiliar.

    Ainda segundo Camarneiro (2011), a chegada das novas cmeras demandou um perodo de aprendizado tanto por parte desses trata-dores de imagem como dos fotgrafos, j que a cmera digital tinha caractersticas diferentes daquelas que usavam o negativo. As imagens obtidas no novo sistema tinham mais profundidade, dado que a cmera digital captava melhor a luz ambiente. E outra diferena fundamental: o fotgrafo no estava mais limitado ao nmero de cliques em funo do negativo. No sistema digital, o fotgrafo passou a ter uma autonomia maior de imagens a capturar. Com o negativo, os fotgrafos batiam as fotos fundamentais do evento, ou seja, aquelas que certificavam que o evento realmente aconteceu. No caso do casamento essas fotos eram: igreja com os convidados, entrada dos padrinhos, noivo aguardando a noiva no altar, entrada da noiva, bno e troca das alianas, cumpri-mentos e cortejo de sada da igreja, como um roteiro j previamente estabelecido antes do casamento. A capacidade de armazenamento

  • 26

    no sistema digital, baseado em cartes de memria flash, permitia um nmero muito maior de disparos e consequentemente, algumas experi-mentaes daquele registro (como, por exemplo, fotos artsticas da luz do salo iluminando a pista de dana durante a festa). Usando-se uma Nikon D1-X em sua resoluo mxima, um carto flash de um gigabyte de capacidade podia armazenar cerca de 420 fotos. Por outro lado, no sistema anterior, cada rolo de filme tinha 12 imagens fotogrficas. Isso fazia o fotgrafo ter a necessidade de trocar o rolo rpida e frequen-temente durante a cobertura do evento. Tambm em funo disso, o nmero de fotos feitas no evento no era muito superior ao nmero contratado. Num contrato de 100 fotos, por exemplo, o fotgrafo fazia cerca de 120 a 144 fotos (de 10 a 12 rolos de 12 fotos cada). Com o sistema digital e apenas um carto flash, o fotgrafo podia fazer cerca de 300 imagens.

    Essa quantidade maior de fotografias obtidas em cada evento desencadeou algumas mudanas no s na estrutura fsica dos estdios como tambm demandou a criao de um novo fluxo de trabalho. No primeiro momento, foram necessrios computadores com maior capacidade de disco rgido, de memria e de processamento. Os trata-dores de imagem passaram a ter mais arquivos para editar. Em seguida, deu-se ateno necessidade de uma nova maneira de lidar com aquela quantidade maior de fotos. Surgiram dvidas sobre como armazenar os arquivos digitais referentes a um determinado evento e como selecionar as melhores imagens no meio de tantas e providenciar as amostras para serem entregues ao cliente. Havia ainda questes referentes quanti-dade de fotos que o cliente passaria a selecionar, j que ele teria acesso a um nmero maior de fotografias. Tambm se perguntava quanto tempo

  • 27

    levaria para que as fotografias ampliadas ficassem prontas e chegassem ao estdio para serem encaminhadas ao encadernador.

    Estas questes ilustram as palavras de Pierre Bordieu (1999, p.27). Ele entende que a construo do objeto um trabalho de grande flego, que se realiza pouco a pouco, por retoques sucessivos, por toda uma srie de correes, de emendas, sugeridos pelo que se chama ofcio, que segundo o mesmo autor, um conjunto de princpios que orientam as aes ao mesmo tempo minsculas e decisivas. Os estdios foram, pouco a pouco, criando seus mtodos de trabalho, e aperfeioando-os com o decorrer do tempo. Passado o perodo de expe-rincias dentro dos estdios e ajustes na relao entre eles e os labora-trios de ampliao fotogrfica, o problema passou a ser com o cliente e com o encadernador. O primeiro passou a escolher uma quantidade cada vez maior de imagens, superando o limite de 100 fotos, imposto pelo processo de encadernao. O encadernador, por sua vez, repor-tava ao estdio essa inviabilidade tcnica de encadernar, sugerindo o uso de um lbum com dois volumes. Esta aparentava ser a sada mais adequada, porm traria como consequncia o aumento do custo para o estdio e para o cliente, alm da necessidade de um prazo maior para a entrega do lbum. Num mercado de disputa acirrada, pelo ponto de vista comercial do estdio isso seria temerrio, j que custo e prazo so determinantes para o cliente. Sugerir que o cliente escolhesse menos fotos iria contra o apelo comercial do sistema digital (mais cliques por evento). A soluo, no caso do Foto Vdeo Foca, foi ampliar mais foto-grafias por pgina.

    Depois de verificar as amostras das fotos, o cliente passou a enviar ao estdio no apenas uma relao das imagens escolhidas, mas

  • 28

    tambm passou a determinar quais imagens deveriam aparecer juntas numa mesma pgina. Iniciou-se ento uma fase de estudos e tentativas de apresentao para essas pginas multifoto. As primeiras estruturas propunham que as fotos no fossem sobrepostas. As imagens eram dispostas seguindo um alinhamento uniforme, apoiando-se assim num grid mais simples e facilmente identificado. O fundo era preto, liso, provavelmente remetendo ideia do papel velado no laboratrio foto-grfico ou talvez remetendo imagem de cinema, que circundada pelo preto. Num primeiro momento essa diagramao funcionou, mas comearam a surgir problemas decorrentes daquela determinao do cliente. Caso o cliente escolhesse duas fotos horizontais e uma foto vertical, a disposio delas em uma pgina vertical de 24x30cm teria um problema de proporo, cujas solues no agradavam: fatalmente uma das fotos acabaria sendo muito reduzida, alm de provocar muito espao vazio na pgina. A fim de evitar esse tipo de problema, o Foca passou a oferecer aos clientes um auxlio, uma orientao na escolha das fotos a serem reunidas em uma nica pgina. Isso ajudou os clientes a ter uma noo de como seria o lbum, antes mesmo dele estar pronto. Foi o ponto de partida para o cliente tomar mais contato com aquele novo produto, pensando no resultado final da disposio das pginas.

    Outro aspecto importante surgiu em decorrncia do sistema digital, acarretando aprimoramentos tcnicos por parte dos tratadores de imagem. A principal questo era garantir que as imagens ampliadas no laboratrio apresentassem resultados fieis queles vistos no monitor do tratador de imagens, ainda no estdio.

    A essa questo seguiu-se um perodo de aprendizado tanto por parte dos tratadores no estdio como dos laboratoristas responsveis

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    pela ampliao das imagens, no comeo dos anos 2000. Os tratadores passaram a fazer parte do trabalho dos laboratoristas: os primeiros passaram a ter acesso correo de cor, de luminosidade, de contraste e de brilho. Os ltimos, por sua vez, frequentemente interferiam no ajuste feito pelo tratador, gerando uma ampliao que divergia do espe-rado por ele. Isso ficava mais evidente quando havia trs imagens numa pgina e o laboratorista achasse necessrio o ajuste em uma delas. O sistema de ajuste de cor dos laboratrios no permitia um ajuste feito em determinada rea da foto. Como as pginas chegavam ao labora-torista j compostas com as trs imagens, o ajuste feito por ele para melhorar uma imagem poderia piorar as outras duas.

    Quando estes novos modelos de lbuns surgiram e passaram a ser comercializados, a partir de 2002, seu layout era, de um modo geral, rgido, de pouco ou nenhum elemento visual adornando a fotografia. Batchen (2004, p.49) comenta que os lbuns do aos seus donos a chance de determinar e designar como suas fotos sero mostradas e visualizadas. Imagens podem ser sequencializadas, legendadas, e embe-lezadas de acordo com o gosto pessoal. Aparentemente em decorrncia do desejo dos clientes de terem um lbum personalizado, somado competio do mercado fotogrfico, os designers foram incentivados (ou determinados) a ousar mais em seus layouts. Como resultado, os lbuns passaram a contar com cada vez mais adornos nas fotografias, alm de texturas, textos e/ou imagens de fundo. As fotos, alm de sobrepostas, passaram a se fundir, por meio de efeitos de dgrad. At mesmo o formato deixou de ter sempre o padro vertical de tamanho 24x30 cm. Tal formato comeou a dividir as atenes com formatos maiores (30x40 cm), formatos horizontais (40x30 cm) e at mesmo

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    formatos quadrados (20x20 cm ou 30x30 cm, por exemplo). Notou-se ainda que aquela disposio simples das imagens fora desconstruda: as fotos no seguiam mais a mesma distribuio na pgina. A diagramao tornara-se irregular, diferentes duplas de pginas no tinham mais a mesma estrutura de disposio das imagens. O responsvel pelo design do fotolbum, seja ele o fotgrafo ou o designer, passou a utilizar-se muitas vezes da sobreposio do carter formal e sbrio com o informal e difuso. Timothy Samara (2007, p.112) comenta que

    assim como o uso de grids na prtica moderna do design derivou do

    desenvolvimento da tecnologia, do pensamento esttico e da industriali-

    zao, o uso de mtodos alternativos, intuitivos de composio domi-

    nantes na prtica atual surgiu destas mesmas influncias.

    Alm desta mudana, percebeu-se tambm que, em alguns casos, o cliente optava por no indicar quais fotos estariam juntas em uma determinada pgina: essa funo passou a ser do responsvel pela diagramao.

    O design do fotolbum1.4. Essas novas caractersticas dos lbuns, cujos layouts eram simples,

    tornaram-nos cada vez mais sofisticados na medida em que novos elementos grficos so incorporados no seu design. E mesmo sendo um produto criado no meio fotogrfico, o fotolbum pode ser classificado como um objeto do design. Conforme Marc Le Bot (2008, p.8) a arte do sculo XX produziu o design como seu subproduto, de incio com a inteno poltica explcita, ainda que a instituio do design logo tenha

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    intervisto para inverter o sentido dessa tentativa, virando-a de cabea para baixo. J John Heskett (2005, p.9) entende que

    o design se explica s vezes como uma subdiviso de narrativas da

    histria da arte que enfatizam uma ordenada sucesso cronolgica

    de movimentos e estilos, com novas manifestaes que substituem as

    anteriores. Desse modo, a histria do design pode ser descrita com

    maior propriedade como um processo de superposio em que as novas

    tendncias vo se somando ao longo do tempo ao que j existe.

    As palavras de Heskett ilustram muito bem o desenvolvimento e aprimoramento do processo de produo do fotolbum. A prxis do fotolbum fez com que fossem incorporadas outras solues e novos elementos pelos designers, que foram somados aos anteriores. Alm de Heskett, convm retomar o entendimento de Rick Poynor (2003, p.12), que afirma que o objeto ps-moderno problematiza o significado, oferece mltiplos pontos de acesso e faz com que ele mesmo seja aberto tanto quanto possvel. No caso do fotolbum, tanto aquela superpo-sio citada por Heskett, como essa problematizao do significado lembrado por Poynor, podem ser ilustradas pelo trabalho do designer responsvel pelo projeto do fotolbum. Nos dias atuais, os estdios foto-grficos tm uma infraestrutura que contempla no apenas o trabalho do fotgrafo. Eles tambm contam com o trabalho de um designer que edita as fotografias e as diagrama no lbum, sendo assim o responsvel pelo projeto do fotolbum. Sua participao tem significante impor-tncia no processo, pois nesse caso o fotolbum o produto resultante do trabalho do fotgrafo (que espera que suas fotos sejam valorizadas no lbum) e tambm do prprio trabalho do designer. Contudo, deve

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    ainda ir de encontro (ou superar) a expectativa do cliente que comprou o lbum. Cliente que tambm pode participar do processo, aprovando o lbum e/ou solicitando algumas mudanas, seja nas fotos ampliada, seja na disposio delas nas pginas, seja nos efeitos preferidos. Heskett (ibid. p.53) tambm argumenta que

    o resultado final dos processos de design no deveria constituir a preocu-

    pao central do estudo e compreenso do design, mas sim considerar-

    se segundo a interao entre as intenes dos designers e as necessidades

    e percepes dos usurios.

    Ainda conforme o autor, na interface dos dois onde se criam sentido e significado no mbito do design. A interface, nesse caso, o fotolbum. E retomando-se o entendimento de Jean-Marie Schaeffer (1996, p.10), tem-se aqui uma relao clara entre a fotografia e o design. O autor afirma que a imagem fotogrfica essencialmente (mas no exclusivamente) um signo de recepo, pois impossvel compreend-la plenamente no quadro de uma semiologia que define o signo ao nvel da emisso. Lidar com os anseios desses dois lados tido como o aspecto mais desafiador para o designer do fotolbum.

    Isso tambm verdadeiro quando o prprio fotgrafo quem diagrama o lbum. Se por um lado pode prevalecer sua vontade ao aplicar determinados efeitos em fotografias especficas, por outro lado ele tambm precisa convencer o cliente de que a aplicao das imagens, o uso dos efeitos e as solues de diagramao foram as mais adequadas.

    Desta forma, o desenvolvimento do fotolbum evidencia as caractersticas comuns de um produto de design grfico. Em seu

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    planejamento possvel perceber um processo tcnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, ideias e conceitos, com objetivos comerciais ou de fundo social, segundo a definio disponvel na Associao dos Designers Grficos do Brasil ADG. O exerccio de arrumar os resultados do registro de um evento, colocando em ordem a memria documentada, uma das funes do design. No pensamento de Andr Villas-Boas (2003, p.7), o design grfico se refere rea de conhecimento e prtica profissional especficas relativas ao ordenamento esttico-formal de elementos textuais e no textuais que compem peas grficas destinadas reproduo com objetivo expres-samente comunicacional. O processo de produo do fotolbum pode, portanto, ilustrar ambas definies.

    No mercado profissional dedicado ao registro de eventos sociais, os avanos tecnolgicos alteram no s o estgio de captao da imagem, mas tambm os procedimentos para o tratamento, a finali-zao e a apresentao dos seus resultados. A montagem do lbum, por exemplo, revela um trabalho de equipe, envolvendo fotgrafos, trata-dores de imagem, designers, impressores grficos e encadernadores. Na organizao deste espao de preservao da fotografia, a variedade de ferramentas digitais amplia a conexo com a memria do que foi vivido. No fotolbum, a histria contada pela imagem visual pode ganhar fora por meio da introduo de elementos grficos.

    Rafael Cardoso (2008) conclui que o design, por nascer na modernidade, sempre foi uma rea no s internacional, mas tambm hbrida em termos de interdisciplinaridade. Nunca houve um design puro, o design sempre foi troca. J Jean Piaget (Piaget apud Bomfim, 2002) opina que h interdisciplinaridade quando h reciprocidade nos

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    intercmbios, capaz de gerar enriquecimento mtuo. Roland Barthes (1988, p.99) comenta que para se fazer interdisciplinaridade, no basta tomar um assunto (um tema) e convocar duas ou trs cincias. A inter-disciplinaridade consiste em criar um objeto novo que no pertena a ningum. O fotolbum pode ser um exemplo desse objeto novo, citado por Barthes, por ser o produto da unio entre os campos do design e da fotografia, conforme o exposto at aqui.

    Este captulo teve o intuito de localizar o fotolbum no mbito do Design. Primeiramente props-se uma definio para o objeto de pesquisa. Em seguida, falou-se dele como suporte para a fotografia. Foi feita ento uma contextualizao sobre o surgimento do fotolbum, que culminou em sua pontuao como objeto de design grfico.

  • O design e a imagem visual no 2. fotolbum de casamento

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    No captulo anterior, falamos sobre o fotolbum sob o aspecto do design grfico, localizando-o como um objeto de design. Nesse captulo falaremos sobre o fotolbum abordando-o simultaneamente pelo campo do design grfico e pelo campo da fotografia.

    A imagem visual2.1. O desenvolvimento tecnolgico da fotografia no apenas possibi-

    lita um aumento na quantidade de imagens capturadas, como tambm amplia seus recursos de edio e manipulao. O papel do designer ganha importncia no produto final entregue ao cliente. Quando ele opta por ampliar mais de uma foto por pgina, essas imagens passam a se integrar, se fundir em uma nica montagem fotogrfica, estabelecida pelo seu trabalho de design em pginas multifoto.

    Contudo, independentemente de a pgina conter uma ou mais imagens, o resultado obtido favorece um dilogo entre a represen-tao visual contida em uma imagem e aquilo que imaginamos em nossa mente. Lucia Santaella e Winfried Nth (2001, p.15) explicam que h uma diviso de dois domnios no mundo das imagens: um domnio onde esto os desenhos, pinturas, fotografias, imagens do cinema, da televiso e as imagens infogrficas; e outro domnio imate-rial, onde as imagens aparecem como vises, fantasias, imaginaes, esquemas, modelos ou, em geral, como representaes mentais. Os autores afirmam ainda que no h como esses domnios existirem separadamente.

    Em um lbum de fotografias possvel observar um dilogo entre esses dois domnios. Um lbum de casamento, por exemplo, no

    Efeitos de cor obtidos com apenas um clique, utilizando-se o software Adobe Fig. 1. Lightroom. http://loja.fotografia-dg.com/24-pack-vintage-presets.html

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    precisa sequer ser aberto para que o (iminente) espectador comece a criar em sua mente o cenrio de um casamento, evocando lembranas pessoais. No caso do fotolbum, as representaes visuais apresentadas ao espectador so fruto da criao do fotgrafo, que capturou a cena no momento do clique, conjuntamente interferncia da tecnologia digital incorporada ao lbum pelo uso do computador, seja pela mo de um designer, seja pela mo de um fotgrafo que diagramou as fotos resultantes do evento registrado. inegvel que os responsveis por cada funo tiveram, em momentos diferentes da criao da cena, uma imagem mental. No caso do fotgrafo, a criao se d no momento do clique. No ofcio do designer, isso ocorre no momento da diagramao, ao elaborar o conjunto de fotos a serem reunidas em uma pgina e ao estabelecer fuses, sobreposies e/ou agrupamento das imagens.

    Nesse momento, o uso do computador como ferramenta de edio pode fazer-se presente tanto pela incorporao de elementos grficos, como filetes ou adornos, quanto pelo uso de efeitos fotogr-ficos obtidos na cmera, como desfoques em movimento ou imagens em preto e branco. Todas essas interferncias j eram possveis no meio analgico, porm a tecnologia digital traz a possibilidade de fazer simu-laes sem que o original seja comprometido. Uma mesma fotografia pode ser vista colorida ou monocromtica em apenas um clique. Um pequeno flare pode ser includo a fim de enfatizar o brilho de uma aliana.

    Esses efeitos podem, em muitos casos, reforar qual inteno tinha o fotgrafo ao registrar certo momento, indicando ao espectador qual foi o instante, qual foi o detalhe que lhe chamou a ateno ou qual foi a situao que determinou o fotgrafo a fazer o clique na cmera.

    esquerda, a foto original. direita, a mesma fotografia, com incluso digital Fig. 2. do flare (ponto de brilho) nas duas alianas. Essa simulao digital poderia enfatizar o desejo do fotgrafo em registrar o quo brilhantes elas so. Everton Rosa, 2008.

    Na fotografia ao lado, o uso do preto Fig. 3. e branco e do colorido enfatiza as alianas, reforando qual era a inteno de registro, por parte do fotgrafo. Nova Produtora, 2010.

    Na pgina acima, o designer responsvel pela diagramao das fotos optou Fig. 4. por rotacion-las. Essa soluo parece querer resgatar a descontrao dos convidados no momento em que as fotos foram batidas. Outra explicao possvel a de que o designer usou como referncia os murais de carmura repleto de fotos de parentes e amigos que muitas pessoas mantm. PPA, 2010.

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    O designer, por sua vez, tambm pode utilizar alguns recursos durante a diagramao. Esses recursos tambm podem indicar ao espectador qual era a situao fotografada ou remeter a ele alguma situao que lhe seja comum ou familiar. Talvez esse seja o ponto de partida para que o espectador crie sua imagem mental da cena, tal como aquela definida por Santaella e Nth, considerando suas prprias vises e fantasias sobre a cena observada, somadas representao cnica proposta pelo designer no fotolbum.

    A fotografia no design do fotolbum2.2. No campo da tecnologia fotogrfica, o sistema digital traz

    mudanas na concepo e na montagem de um lbum. O modelo tradicional, no qual cada imagem ampliada ocupa uma nica pgina, sofre alteraes. Os recursos tcnicos permitem buscar caminhos alter-nativos na organizao do modo de estruturar e apresentar narrativas. As pginas do fotolbum produzido digitalmente podem ter mais de uma imagem, facilitando montagens de cenas, permitindo a sugesto de situaes e atmosferas muitas vezes fragmentadas em vrias fotos. Na organizao dessas pginas multifoto, possvel incluir elementos grficos como textos, molduras, adornos, texturas, dgrads, vinhetas, filetes, linhas e pontos.

    Os recursos tcnicos da fotografia digital tambm existem no processo analgico, por meio da edio e do preparo da imagem no laboratrio de revelao. No entanto, o tempo gasto para a obteno desses efeitos no sistema tradicional maior e os custos so relativa-mente mais altos. Com a presena e o uso do computador, as monta-

    Nesta lmina do fotolbum de Gislene e Edson, observa-se a incluso de Fig. 5. elementos textuais, dgrad, filetes e pontos. Estudio A, 2010.

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    gens esto cada vez mais difundidas e rpidas, baixando o oramento de projetos.

    Alguns resultados revelam uma rede integrada de profissio-nais. Muitos estdios fotogrficos contam com um designer ou editor para cuidar da produo do lbum. Esse profissional pode ser tanto um funcionrio registrado na empresa como tambm terceirizado, contratado de acordo com a demanda de trabalhos. Com isso, o setor desfruta de uma mo de obra externa mais jovem, barata e atualizada. Cabe aqui, no entanto, uma crtica sobre essa prtica. Se por um lado os custos acabam sendo mais baixos, por outro lado a qualidade do trabalho tambm pode ser comprometida. Um designer especialista, trabalhando dentro do estdio, provavelmente teria mais sintonia com os fotgrafos e com os clientes, provocando resultados mais satisfatrios para todos os envolvidos.

    Sandra Ramalho e Oliveira (2006, p.56) observa que quanto mais violada a norma vigente, tanto mais original, criativa e eloquente ser a sua imagem; pois ela se diferenciar das demais de sua classe; ela se destacar. Tais palavras da autora parecem refletir a situao do mercado dos fotolbuns pois a concorrncia acirrada provoca o surgimento contnuo de novas possibilidades de solues, criativas e inovadoras.

    Entretanto, h tambm casos em que o fotgrafo assume a respon-sabilidade do desenvolvimento do fotolbum. Assim, alm de registrar, ele seleciona, retoca, ajusta e diagrama o fotolbum. Para Allen Hurl-burt (2002, p.133) quando um designer concebe o layout de uma pgina, ele est envolvido num processo de comunicao altamente

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    pessoal; no como se estivesse num palco: ele se pe em contato direto com o leitor. Quando o fotgrafo assume o papel de designer, as palavras de Hurlburt tornam-se ainda mais verdadeiras. No caso dele, seu leitor seu prprio cliente, com quem ele interagiu durante o evento, j imaginando como reunir nas pginas as fotos por ele batidas, buscando a diagramao necessria para determinadas fotos.

    Esse tipo de previso tambm pode acontecer por sugesto do designer editor do lbum, quando no o fotgrafo quem diagrama o produto final. Exemplo disso quando solicita-se ao designer uma foto-montagem de geraes. Nesse tipo de fotomontagem, usa-se uma foto-grafia do lbum de casamento da me da noiva, por exemplo. O intuito unir me e filha, ambas vestidas de noiva, em uma nica fotografia. A escolha da foto conta com a ajuda do designer, dadas as opes dispo-nveis no lbum da me. O passo seguinte indicar ao fotgrafo como o designer pretende incluir a noiva na imagem selecionada da me. O fotgrafo, nesse caso, j chega ao evento decidido a fazer fotografias especficas, antevendo as fotos necessrias para essa montagem, numa evidente demonstrao da influncia do campo do design durante seu trabalho como fotgrafo.

    A dinmica da organizao do fotolbum 2.3. Conforme exposto anteriormente, a produo do fotolbum

    envolve a participao e a parceria de fotgrafos, designers, impressores grficos e clientes. Parece claro que existem alguns casos especficos, mas, de um modo geral, a produo do fotolbum de casamento passa por determinadas etapas.

    esquerda, a foto da me, tirada durante seu casamento. Fig. 6. direita, a foto da filha. Neste caso, o fotgrafo j havia sido avisado da inteno de montagem, por parte do designer. Foto Vdeo Foca, 2003.

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    A primeira etapa a captura e seleo das imagens. Conforme dito anteriormente, o fotgrafo contratado vai at o evento e fotografa um nmero de imagens normalmente maior do que o necessrio. Esse nmero de fotos baseia-se no contrato com o cliente. O contrato varia de acordo com o tamanho (em centmetros) e o nmero de pginas do lbum contratado (comprado) pelo cliente.

    O prximo passo o fotgrafo fazer uma seleo das melhores imagens. Ele observa, por exemplo, se a foto est bem enquadrada e tem foco, se o retratado est de olho fechado, se a intensidade da luz est adequada e se h equilbrio entre brilho e contraste. A partir da as fotos a serem ampliadas no lbum podem ser escolhidas. Essa seleo normalmente feita pelo casal, mas h tambm casos onde o estdio sugere aos noivos as fotos a serem ampliadas. Essa sugesto leva em conta uma narrativa fotogrfica, conforme ser exposto adiante.

    O passo seguinte a edio e o tratamento das imagens. Nesse estgio do trabalho, as fotos so ajustadas no computador, para que fiquem adequadas para a impresso. Ajustes de luz so feitos comu-mente, e em alguns casos especficos, so feitos alguns retoques, depen-dendo da necessidade de cada imagem. Alguns estdios contam com pessoal dedicado a fazer esses ajustes. Porm tambm existem casos em que os fotgrafos cuidam dessa parte do processo.

    Depois que as fotos esto selecionadas e ajustadas, hora da sua diagramao no lbum. O responsvel pela diagramao (fotgrafo ou designer) leva em considerao o nmero de imagens a serem diagra-madas, o tamanho e o formato do fotolbum impresso e a quantidade de pginas (lminas) que formaro o miolo do fotolbum. Esses fatores

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    acabam determinando o tamanho que as fotos tero nas pginas do lbum. Nesta fase tambm ocorre o agrupamento das fotos e resolve-se a disposio delas nas pginas, por assunto. O agrupamento das fotos normalmente obedece a uma narrativa fotogrfica. Os ritos que formam a cerimnia a entrada da noiva, a bno e troca de alianas, o beijo e os cumprimentos, entre outros so registrados pelo fotgrafo, contando a histria do casamento em uma ordem cronolgica dos acon-tecimentos ocorridos durante o evento, formando uma narrativa fotogr-fica. Fotos de um mesmo tema costumam aparecer prximas umas das outras, agrupadas e/ou fundidas em uma montagem fotogrfica.

    Alguns efeitos de cor podem ser utilizados no lbum, como a incluso de fotografias monocromticas, normalmente em preto e branco ou em spia. H tambm a possibilidade da mistura de dois efeitos de cor numa mesma foto, como, por exemplo, uma foto em preto e branco com algum elemento colorido. Tambm podem ser feitas montagens fotogrficas, como fuses de duas imagens em uma s, por exemplo.

    Ao ser finalizado, o lbum submetido aprovao do cliente. Alguns estdios encaminham ao cliente um boneco impresso, em tamanho reduzido. Mas essa no a nica forma do cliente ter esse primeiro contato com o seu lbum diagramado. Os estdios tambm podem oferecer a visualizao do resultado na tela do computador, normalmente via internet. Algumas alteraes podem ser solicitadas, acarretando uma nova submisso para apreciao do casal. Depois de confirmada a aprovao, o lbum impresso e encadernado.

    Fuso de imagens no fotolbum de Marienne e Fabio. Everton Rosa, 2008.Fig. 7.

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    As caractersticas do fotolbum de 2.4. casamento

    Este estudo envolve a seleo de dez fotolbuns produzidos por estdios presentes na cidade de So Paulo. Todos foram confeccionados entre 2007 e 2010, compostos por fotografias feitas com cmeras digitais e diagramados no computador. Foram escolhidos quatro estdios dife-rentes. Um desses estdios teve cinco lbuns analisados, com o intuito de verificar algum tipo de preferncia ou de similaridade, dentro de um mesmo recorte. A tabela ao lado mostra os estdios e os clientes dos lbuns selecionados para a anlise. Para melhor visualizao das tabelas, optou-se pelo uso de cores diferentes em cada estdio analisado. Os tons da cor verde indicam a amostra A. Ela traz os fotolbuns produzidos pelo estdio Pulcinelli Produes Artsticas e composta de cinco lbuns. Indicados em tons de laranja, a amostra B representa dois fotol-buns da Nova Produtora. Em azul, a amostra C traz os dois fotolbuns confeccionados pelo Estdio A Produes. Finalmente, indicado na tabela pela cor rosa, a amostra D representa o fotolbum de Everton Rosa Fotografia.

    A dimenso grfica2.4.1. Para entender a natureza grfica dos lbuns, torna-se necessrio

    destacar os elementos grficos adicionados alm da foto, tais como filetes, molduras, fuses e recortes, que so incorporados digital-mente, com o uso do computador. Alm de especificar o formato e o nmero de lminas de cada lbum, tambm se observam os efeitos de cor presentes nas fotos bem como os efeitos grficos utilizados nas

    Amostra A: PPA Pulcinelli Produes Artsticas

    1 Andrea e Eduardo

    2 Karla e Ronaldo

    3 Gabriela e Rodrigo

    4 Luciana e Lucas

    5 Michele e Marcelo

    Amostra B: Nova Produtora

    6 Flavia e Claudio

    7 Fernanda e Carlos

    Amostra C: Estdio A Produes

    8 Iveline e Gilberto

    9 Gislene e Edson

    Amostra D: Everton Rosa Fotografia

    10 Marienne e Fabio

    Relao dos estdios selecionados para observao dos fotolbuns de Tabela. 1. casamento. Encontram-se tambm o nome dos clientes de cada lbum analisado.

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    fotografias. Nas pginas a seguir encontram-se os lbuns selecionados para anlise, bem como os comentrios referentes s tabelas, acompa-nhados de informaes complementares.

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    Amostra A: PPA Pulcinelli Produes Artsticas

    Cliente Andrea e Eduardo Karla e Ronaldo Gabriela e Rodrigo Luciana e Lucas Michele e Marcelo Mdia

    Especificaes

    Formato aberto largura x altura (cm) 50x30 40x20 40x20 40x20 80x30

    Nmero lminas no miolo 20 25 22 22 29 24

    Efeitos de cor

    Coloridas 63 84% 92 79% 81 89% 123 88% 102 77% 83%

    Preto e branca 11 15% 19 16% 9 10% 13 9% 22 17% 13%

    Spia 1 1% 6 5% 1 1% 3 2% 8 6% 3%

    Outros efeitos 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1 1% 0%

    Total 75 100% 117 100% 91 100% 139 100% 133 100% 111

    Efeitos grficos

    Filete 59 79% 95 81% 44 48% 118 85% 96 72% 73%

    Dgrad 11 15% 22 19% 11 12% 19 14% 28 21% 16%

    Nenhum 2 3% 0 0% 9 10% 0 0% 1 1% 3%

    Desfoque em movimento + Dgrad 1 1% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0%

    Fuso de 2 imagens em 1 1 1% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0%

    Moldura 0 0% 0 0% 0 0% 2 1% 8 6% 1%

    Moldura em L 0 0% 0 0% 2 2% 0 0% 0 0% 0%

    Filete c/ sombra 0 0% 0 0% 21 23% 0 0% 0 0% 5%

    Forma irregular c/ sombra (borda no reta) 0 0% 0 0% 3 3% 0 0% 0 0% 1%

    Forma irregular (no reta nas bordas) 0 0% 0 0% 1 1% 0 0% 0 0% 0%

    Total 74 100% 117 100% 91 100% 139 100% 133 100% 100%

    Forma irregular c/ sombra (borda no reta) 0 0% 0 0% 3 3% 0 0% 0 0% 1%

    Spia 1 1% 6 5% 1 1% 3 2% 8 6% 3%

    Fuso de 2 imagens em 1 1 1% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0%

    Moldura em L 0 0% 0 0% 2 2% 0 0% 0 0% 0%

    Coloridas 63 84% 92 79% 81 89% 123 88% 102 77% 83%

    Formato aberto largura x altura (cm) 50x30 40x20 40x20 40x20 80x30

    Nenhum 2 3% 0 0% 9 10% 0 0% 1 1% 3%

    Filete 59 79% 95 81% 44 48% 118 85% 96 72% 73%

    Total 74 100% 117 100% 91 100% 139 100% 133 100% 100%

    Total 75 100% 117 100% 91 100% 139 100% 133 100% 111

    Relao dos fotolbuns selecionados, produzidos pela PPA Pulcinelli Produes Artsticas.Tabela. 2.

  • 46

    Filete Dgrad Desfoque em movimento + dgrad

    Fuso de duas imagens

    Moldura Moldura em L Filete c/ sombra Forma irregular c/ sombra

    Exemplos dos efeitos grficos encontrados nos fotolbums produzidos pela PPA Pulcinelli Produes Artsticas. Fig. 8.

  • 47

    A Pulcinelli Produes Artsticas PPA foi fundada em 2006 e est localizada no bairro de Santana, zona norte de So Paulo.

    No topo da tabela, encontram-se as especificaes tcnicas de cada lbum, no que diz respeito ao formato e ao nmero de lminas. Observa-se uma variedade de formatos oferecidos por esse estdio. Percebe-se a presena do tradicional formato vertical (formato aberto de 50 cm de largura por 30 cm de altura, que resulta em formato fechado de 25x30 cm). Porm tambm h um formato quadrado (lbum aberto com 40x20 cm, cujo formato fechado 20x20 cm) e tambm o formato horizontal (formato aberto de 30 cm de altura por 80 cm de largura, que resulta em formato fechado de 30x40 cm). Em seguida, a tabela mostra que nmero mdio de lminas por lbum nesse estdio 24 e a quantidade mdia de fotos por lbum 111.

    Na segunda parte da tabela, observam-se os efeitos de cor esco-lhidos para as fotos. Essa anlise considerou como efeito de cor a colo-rao da imagem, categorizando em a) fotos coloridas; b) fotos em preto e branco; c) fotos em tom spia e d) fotos com outros efeitos. Cabe ressaltar que esta anlise levou em considerao o fato de que os efeitos colorido, preto e branco e spia podem ser obtidos diretamente na cmera fotogrfica e por isso aparecem em categorias prprias. As fotos que misturam partes coloridas e partes em preto e branco dependem do uso do computador para serem produzidas e foram categorizadas como outros efeitos. Na contagem dos fotolbuns do estdio PPA observados, as fotos coloridas representam 83% do total das fotos, enquanto fotos em preto e branco somam 13%, em mdia.

  • 48

    A ltima parte da tabela mostra quais efeitos grficos foram incor-porados nas imagens. Com exceo daquelas que no apresentam nenhum efeito grfico, todas as outras so resultado do uso do compu-tador para a criao dos efeitos. No caso da PPA, o uso de filetes ao redor das imagens (presente em 73% do total das imagens) e o uso de dgrad como forma de transio (16% do total) so os mais comuns, observados em todos os cinco lbuns da amostra desse estdio. O uso de filetes tambm o mais comum, quando observamos cada fotolbum individualmente. Apenas no fotolbum de Gabriela e Rodrigo nota-se um significativo nmero de imagens com efeitos diferentes daqueles dois mais comuns: o uso de moldura com sombra representa 23% do total de fotos desse fotolbum e a presena de imagens sem nenhum efeito equivale a 10% do total de imagens desse cliente.

  • 49

    Amostra B Nova Produtora

    Cliente Flavia e Claudio Fernanda e Carlos Mdia

    Especificaes

    Formato aberto largura x altura (cm) 48x30 48x30

    Nmero lminas no miolo 25 25 25

    Efeitos de cor

    Coloridas 94 93% 104 83% 88%

    Preto e branca 3 3% 11 9% 6%

    Spia 1 1% 4 3% 2%

    Outros efeitos 3 3% 6 5% 4%

    Total 101 100% 125 100% 113

    Efeitos grficos

    Filete 84 83% 90 72% 78%

    Dgrad 15 15% 9 7% 11%

    Nenhum 1 1% 11 9% 5%

    Desfoque em movimento + Dgrad 1 1% 4 3% 2%

    Moldura c/ sombra e perspectiva 0 0% 1 1% 0%

    Moldura 0 0% 1 1% 0%

    Moldura "rasgada" 0 0% 2 2% 1%

    Moldura c/ sombra 0 0% 4 3% 2%

    Recorte sangrado 0 0% 3 2% 1%

    Total 101 100% 125 100% 100%

    Moldura c/ sombra e perspectiva 0 0% 1 1% 0%

    Filete 84 83% 90 72% 78%

    Moldura "rasgada" 0 0% 2 2% 1%

    Recorte sangrado 0 0% 3 2% 1%

    Spia 1 1% 4 3% 2%

    Coloridas 94 93% 104 83% 88%

    Formato aberto largura x altura (cm) 48x30 48x30

    Nenhum 1 1% 11 9% 5%

    Total 101 100% 125 100% 100%

    Total 101 100% 125 100% 113

    Relao dos fotolbuns selecionados, produzidos pela Nova Produtora.Tabela. 3.

  • 50

    Filete Dgrad Desfoque em movimento + dgrad

    Recorte sangrado

    Moldura Moldura rasgada Moldura c/ sombra Moldura c/ sombra e perspectiva

    Exemplos dos efeitos grficos encontrados nos fotolbums produzidos pela Nova Produtora. Fig. 9.

  • 51

    A Nova Produtora foi fundada em 2005 e est localizada no bairro da Vila Mariana, zona sul de So Paulo.

    A amostra selecionada no apresenta diversificao no que diz respeito ao formato: os lbuns so verticais, com formato fechado de 24x30 cm. Tambm no h variedade no nmero de lminas dos lbuns: em ambos, so 25 no total. O nmero de fotos por lbum tem uma variao significativa, mas o nmero mdio, 113, bem prximo mdia da PPA, que de 111 imagens por lbum.

    Analisando-se os efeitos de cor, fica evidente uma predileo ainda maior pelas fotos coloridas em relao s outras. Na segunda posio, aparecem as fotos em preto e branco. Contudo, observa-se que elas sofrem maior concorrncia no apenas com as fotos em spia, mas principalmente com as fotos categorizadas em outros efeitos. No caso da Nova Produtora, esses outros efeitos so representados por fotografias em preto e branco com algum elemento colorido.

    Observando-se os dados referentes aos efeitos grficos, nota-se novamente a predominncia no uso de filetes e de dgrad no total da amostra. Todavia, no fotolbum de Fernanda e Carlos, h um nmero maior de fotos sem nenhum efeito em relao quelas com dgrad. Este fotolbum tambm apresenta diversas possibilidades de molduras diferentes. Ainda que elas, individualmente, apaream em um nmero reduzido de imagens, elas representam cerca de 10% das imagens desse lbum, totalizando oito imagens.

  • Amostra C Estdio A Produes

    Cliente Iveline e Gilberto Gislene e Edson Mdia

    Especificaes

    Formato aberto largura x altura (cm) 45x30 45x30

    Nmero lminas no miolo 41 40 25

    Efeitos de cor

    Coloridas 91 93% 87 90% 91%

    Preto e branca 5 5% 5 5% 5%

    Spia 1 1% 4 4% 3%

    Outros efeitos 1 1% 1 1% 1%

    Total 98 100% 97 100% 100%

    Efeitos grficos

    Filete 17 17% 22 23% 20%

    Filete c/ recorte 0 0% 2 2% 1%

    Filete c/ textura 0 0% 2 2% 1%

    Dgrad 8 8% 7 7% 8%

    Desfoque 0 0% 4 4% 2%

    Nenhum 8 8% 13 13% 11%

    Moldura 3 3% 2 2% 3%

    Moldura c/ espessura irregular 50 51% 0 0% 26%

    Moldura c/ recorte 1 1% 0 0% 1%

    Moldura rasgada 1 1% 1 1% 1%

    Moldura rotacionada 8 8% 2 2% 5%

    Moldura barras top/bottom 2 2% 0 0% 1%

    Moldura filete c/ borda preta 0 0% 2 2% 1%

    Moldura 1 0 0% 1 1% 1%

    Moldura 2 0 0% 2 2% 1%

    Moldura 3 0 0% 26 27% 13%

    Moldura 4 0 0% 4 4% 2%

    Moldura pontilhada simples c/ filete 0 0% 2 2% 1%

    Moldura pontilhada dupla c/ filete 0 0% 1 1% 1%

    Fundo aumentado p/ preencher pgina 0 0% 4 4% 2%

    Total 98 100% 97 100% 100%

    Filete c/ textura 0 0% 2 2% 1%

    Moldura rotacionada 8 8% 2 2% 5%

    Moldura 4 0 0% 4 4% 2%

    Moldura 3 3% 2 2% 3%

    Moldura 2 0 0% 2 2% 1%

    Total 98 100% 97 100% 100%

    Filete 17 17% 22 23% 20%

    Moldura c/ recorte 1 1% 0 0% 1%

    Desfoque 0 0% 4 4% 2%

    Moldura filete c/ borda preta 0 0% 2 2% 1%

    Moldura pontilhada dupla c/ filete 0 0% 1 1% 1%

    Formato aberto largura x altura (cm) 45x30 45x30

    Coloridas 91 93% 87 90% 91%

    Spia 1 1% 4 4% 3%

    Total 98 100% 97 100% 100%

    Relao dos Tabela. 4. fotolbuns selecionados,

    produzidos pelo Estdio A Produes.

  • 53

    Filete Filete c/ recorte Filete c/ textura Moldura Moldura c/ espessura irregular

    Moldura c/ recorte

    Moldura rasgada Moldura rotacionada Moldura barra top/bottom

    Moldura filete c/ borda preta

    Moldura 1 Moldura 2

    Moldura 3 Moldura 4 Moldura pontilhada simples c/ filete

    Moldura pontilhada dupla c/ filete

    Fundo aumentado p/ preencher pgina

    Dgrad

    Exemplos dos efeitos grficos encontrados nos fotolbums produzidos pelo Estdio A.Fig. 10.

  • 54

    O Estdio A foi fundado em 2000 e est localizado no bairro do Capo Redondo, zona sul de So Paulo.

    Os fotolbuns selecionados para essa amostra, assim como no caso da Nova Produtora, tambm no apresentam variaes significativas no que diz respeito s especificaes tcnicas. Os fotolbuns de Iveline e Gilberto e Gislene e Edson so ambos verticais, com formato fechado de 22,5 cm de largura por 30 cm de altura. Eles possuem praticamente o mesmo nmero de lminas, 40 e 41, respectivamente. Em nmero total de fotos, a variao tambm quase inexistente, 98 e 97.

    Os efeitos de cor tambm so bastante similares. As fotos coloridas representam em mdia 91% do total, enquanto fotos em preto e branco somam, nos dois fotolbuns, o total de 5%. H uma pequena dispari-dade no nmero de fotos em spia (1 contra 4) mas h outra igualdade, no que diz respeito s fotos com outros efeitos.

    Os dois fotolbuns apresentam um elevado nmero de efeitos grficos diferentes, em relao s outras amostras. Contudo, assim como nos casos anteriores, a ocorrncia de filetes, dgrad e de imagens sem nenhum efeito no varia muito nos dois fotolbuns da amostra. As fotos com filetes representam 17% e 23% do total dos lbuns de Iveline e Gilberto e Gislene e Edson, respectivamente. Fotos com dgrad representam 8% e 7% e o total de fotos sem nenhum efeito grfico de 8% e 13%. H apenas outros dois efeitos comuns aos dois fotolbuns, identificados como moldura rasgada e moldura rotacionada.

    Chama a ateno o elevado nmero de efeitos presentes no fotolbum de Gislene e Edson. So 17 no total, nmero bem alto, comparando-se com os nove efeitos do outro fotolbum dessa amostra.

  • 55

    Tambm vale ressaltar a grande representatividade de um efeito espe-cfico em cada fotolbum. Molduras com espessura irregular aparecem em 51% das imagens do fotolbum de Iveline e Gilberto. J no foto-lbum de Gislene e Edson, a maior ocorrncia da moldura 3, efeito usado em 27% das imagens. Outro efeito bastante presente o filete, aparecendo em 23% das fotos deste fotolbum. importante observar que so os nicos lbuns com incidncia de elementos textuais na maior parte das pginas. O nome dos casais aparece repetidamente nos lbuns, exceto nas pginas de fotos de making of, onde essa a palavra que aparece nas pginas.

  • 56

    Relao dos fotolbuns selecionados, produzidos por Tabela. 5. Everton Rosa Fotografia.

    Amostra D Everton Rosa Fotografia

    Cliente Marienne e Fabio

    Especificaes

    Formato aberto largura x altura (cm) 60x40

    Nmero lminas no miolo 30

    Efeitos de cor

    Coloridas 86 53%

    Preto e branca 65 40%

    Spia 0 0%

    Outros efeitos 11 7%

    Total 162 100%

    Efeitos grficos

    Filete 6 4%

    Dgrad 7 4%

    Moldura 3 2%

    Recorte 1 1%

    Nenhum 112 69%

    Desfoque 3 2%

    Fuso 6 4%

    Agrupadas por moldura 17 10%

    Agrupadas por filete 7 4%

    Total 162 100%

    Nenhum 112 69%

    Filete 6 4%

    Coloridas 86 53%

    Formato aberto largura x altura (cm) 60x40

    Total 162 100%

    Total 162 100%

    Fuso 6 4%

    Agrupadas por filete 7 4%

    Moldura 3 2%

    Spia 0 0%

  • 57

    Filete Dgrad Moldura Recorte

    Desfoque Fuso Agrupadas por moldura Agrupadas por filete

    Exemplos dos efeitos grficos encontrados nos fotolbums produzidos por Everton Rosa Fotografia.Fig. 11.

  • 58

    Com escritrios para atendimento ao pblico nas cidades de So Paulo e Novo Hamburgo, Everton Rosa reconhecido como referncia no cenrio fotogrfico nacional, cobrindo os casamentos da apresenta-dora Ana Maria Braga e da modelo Shirley Mallman.

    O fotolbum selecionado nessa amostra o que tem maior tamanho em relao aos demais: o formato aberto de 60x40 cm. Tambm o que apresenta maior quantidade de fotos (162 no total), mas no o que tem maior nmero de lminas, ficando atrs dos fotol-buns do Estdio A.

    Nesse fotolbum percebe-se uma grande ocorrncia de fotogra-fias em preto e branco. Elas representam 40% do total, mas ainda no superam a predileo por fotos coloridas, que somam 53% do total do fotolbum. O efeito spia no foi utilizado nesse lbum. So 11 fotos com outros efeitos, sendo que em oito dessas fotos o efeito de duotone em azul.

    Os efeitos grficos do fotolbum so similares aos efeitos dos outros lbuns, porm a incidncia deles significativamente discre-pante. Os dois efeitos cuja ocorrncia maior so diferentes daqueles observados nos lbuns dos outros estdios. No lbum analisado, a maioria das fotos (69%) no apresenta nenhum efeito grfico. No segundo lugar em ocorrncia de efeitos grficos aparecem as fotos agru-padas por uma moldura, num total de 10% do lbum. Tambm existem fotos agrupadas por filete, mas em nmero menor, 4%. Esse nmero representa ainda os outros efeitos, como fotos com filete e dgrad, que tambm foram vistos nos outros fotolbuns observados.

  • 59

    Consideraes sobre o perfil grfico dos 2.4.2. fotolbuns

    Observando-se as especificaes tcnicas das amostras, confirma-se a variedade de formatos disponveis para o cliente. A tecnologia fineart de impresso possibilitou formatos diferentes dos tradicionais formatos fotogrficos (10x15 cm, 13x18 cm, 20x25 cm e 24x30 cm). Alm dos novos formatos, tambm h a possibilidade do uso de papis fotogrficos de diversos tipos. Esses papis podem apresentar variao de alvura e textura, transmitindo diferentes sensaes cromticas. H ainda a possibilidade de laminao do papel depois da impresso, sendo que as mais comuns so as brilhantes e foscas. Porm, tambm existem lami-naes metalizadas.

    No se pode afirmar que a quantidade de fotos dos fotolbuns observados est relacionada quantidade de lminas e nem ao formato. Os dois fotolbuns da Nova Produtora possuem o mesmo formato (30x48cm) e o mesmo nmero de lminas (25), mas o nmero de fotos bem diferente (101 em Flavia e Claudio contra 125 em Fernanda e Carlos). Por outro lado, os fotolbuns do Estdio A possuem nmeros muito similares. O formato de ambos o 30x45 cm, bem prximo aos 30x48cm dos fotolbuns da Nova Produtora. O nmero de fotos neles (97 e 98) prximo ao 101 de Flavia e Claudio. Porm, no Estdio A, optou-se por um nmero bem maior de lminas, por volta de 40. Isso resulta claramente em menos fotos por lmina, o que tambm resulta em fotos maiores.

    Como parmetro de comparao, convm isolar uma lmina do fotolbum de Marienne e Fabio, produzida no estdio de Everton

  • 60

    Rosa. H uma lmina com 42 imagens de convidados durante o festejo depois do jantar. Se desconsiderada essa lmina, esse fotolbum teria um total de 120 imagens e 29 lminas, nmeros bem prximos a outros fotolbuns analisados (Karla e Ronaldo, Michele e Marcelo e Fernanda e Carlos).

    H uma evidente preferncia pelo uso de filetes e dgrad nos efeitos grficos das imagens. Esses efeitos aparecem em todos os lbuns observados. O uso do filete aparece em mais de 70% das fotos em seis fotolbuns, porm vlido ressaltar que nos outros lbuns esse efeito divide a ateno com o uso de moldura, conforme visto nos fotolbuns de Gabriela e Rodrigo, Iveline e Gilberto e Gislene e Edson. importante observar que no fotolbum de Marienne e Fabio, a maior parte das fotos (69%) no possui nenhum efeito grfico. Tambm salta aos olhos a quantidade de efeitos utilizados no fotolbum de Gislene e Edson, 17 no total, enquanto nos outros, o nmero total de efeitos no maior do que nove.

    A dimenso fotogrfica2.4.3. Alm de sua forma grfica, os fotolbuns tambm foram anali-

    sados no que diz respeito aos temas fotografados. Cada lbum conta a histria de um casamento. Dentro de cada casamento ocorrem determi-nados eventos, registrados pelo fotgrafo e depois inseridos na narrativa do fotolbum. Em cada lbum, foram analisados os temas fotografados e a quantidade de imagens referentes a cada tema, bem como sua sequncia cronolgica.

  • 61

    Amostra A1 PPA: Andrea e Eduardo

    Seq. Tema Qtde.

    1 Padrinhos aguardando no altar 2

    2 Noiva no carro 1

    3 Entrada noiva 1

    4 Close noivo 1

    5 Chegada da noiva ao altar 3

    6 Plano geral 2

    7 Compromisso 5

    8 Interldio: vela acesa + padre com noivos 1

    9 Noivos 1

    10 Bno padrinhos 1

    11 Assinatura 2

    12 Sada dos noivos 1

    13 Beijo 1

    14 Posadas noivos no carro 2

    15 Posadas noivos com carro 2

    16 Posadas com pais 2

    17 Posadas com padrinhos 21

    18 Posadas noiva com padrinhos 2

    19 Posadas noivo com madrinhas 2

    20 Corte do bolo 1

    21 Valsa 1

    22 Close noivo 1

    23 Close noiva 1

    24 Noivo com mulher 1

    25 Noiva com homem 1

    26 Posadas noiva buffet 3

    27 Posadas noivos buffet 13

    Total 75

    Andrea e Eduardo Tabela. 6. casaram-se em 10 de setembro

    de 2010. A cerimnia religiosa aconteceu na igreja Santo Ivo e

    a festa ocorreu no Spao Quat.

  • 62

    Amostra A2 PPA: Karla e Ronaldo

    Seq. Tema Qtde.

    1 Making of noiva 8

    2 Fachada Igreja 1

    3 Plano geral altar 1

    4 Plano geral porta fundo 1

    5 Arranjo (vela) 1

    6 Plano geral altar 1

    7 Arranjo decorao 1

    8 Noivo 1

    9 Noivo (close) 1

    10 Noivo com me 1

    11 Entrada noivo 2

    12 Entrada pais 1

    13 Padrinhos no altar 2

    14 Entrada Daminha e Pajem 1

    15 Noivo aguardando no altar 1

    16 Noiva no carro 1

    17 Noiva saindo do carro 1

    18 Carro (close placa) 1

    19 Noiva com pai na porta da igreja 1

    20 Noivo aguardando no altar 1

    21 Entrada noiva 3

    22 Chegada da noiva ao altar 3

    23 Close noivos 1

    24 Compromisso 4

    25 Plano geral 1

    26 Noivos 4

    27 Beijo 1

    28 Troca de alianas 4

    29 Close alianas (mos dadas) 1

    30 Bno 1

    Amostra A2 PPA: Karla e Ronaldo

    Seq. Tema Qtde.

    31 Assinatura 2

    32 Interldio: buqu e beijo 1

    33 Interldio: teto do altar 1

    34 Noivos no altar 1

    35 Sada dos noivos 3

    36 Beijo porta da igreja 1

    37 Posadas noivos no carro 2

    38 Decorao salo 5

    39 Mesa de doces e bolo 1

    40 Bolo 1

    41 Enfeite bolo (noivos) 1

    42 Doces 5

    43 Posadas com padrinhos 12

    44 Entrada noivos salo 1

    45 Beijo 1

    46 Dana 1

    46 Noivos e bolo 1

    47 Corte do bolo 1

    48 Brinde 1

    49 Posadas com convidados 2

    50 Noiva com amigas 1

    51 Close noivos 1

    52 Posadas com convidados 6

    53 Noivos (Festejo) 1

    54 Festejo com amigos 1

    55 Posadas com convidados 6

    56 Buqu 1

    57 Posadas noivos buffet 4

    Total 117

    Karla e Ronaldo Tabela. 7. casaram-se em 18 de

    setembro de 2010. A cerimnia religiosa

    aconteceu na igreja So Jos - Jardins e a festa ocorreu no Espao Festivo.

  • 63

    Amostra A3 PPA: Gabriela e Rodrigo

    Seq. Tema Qtde.

    1 Making of noiva 5

    2 Mesa de doces 1

    3 Bolo 1

    4 Bem Casado 2

    5 Posadas noivo com padrinhos 2

    6 Noiva no carro 1

    7 Entrada noivo 1

    8 Entrada casais padrinhos 2

    9 Close noivo 1

    10 Entrada noiva com pai 2

    11 Noivo aguardando no altar 1

    12 Chegada da noiva ao altar 1

    13 Close noivos 1

    14 Entrada daminha com aliana 1

    15 Noivos e daminha 1

    16 Troca de alianas 2

    17 Beijo 1

    18 Cumprimentos 8

    19 Sada dos noivos 1

    20 Sada dos noivos: chuva confete 1

    21 Posada beijo 1

    22 Posadas com padrinhos 14

    Amostra A3 PPA: Gabriela e Rodrigo

    Seq. Tema Qtde.

    23 Posada com daminha 1

    24 Entrada casal no salo 2

    25 Brinde 1

    26 Corte do bolo 2

    27 Valsa 2

    28 Valsa com parentes 3

    29 Noiva com homem 1

    30 Noivo com mulher 1

    31 Posada noiva convidados 2

    32 Noivo com amigos 1

    33 Casal 1

    34 Posadas com convidados 3

    35 Festejo (casal) 1

    36 Noiva com plumas 1

    37 Festejo (pista) 1

    38 Posadas com amigos 2

    39 Noivo 2

    40 Noiva com plumas 1

    41 Posadas com convidados 7

    42 Buqu 1

    43 Posadas noivos buffet 4

    Total 91

    Gabriela e Tabela. 8. Rodigo casaram-se em

    28 de setembro de 2009. Tanto a cerimnia religiosa

    quanto a festa ocorreram no Restaurante Zucca.

  • 64

    Amostra A4 PPA: Luciana e Lucas

    Seq. Tema Qtde.

    1 Making of noiva 8

    2 Decorao Espao 6

    3 Detalhes (closes) decorao 12

    4 Mesa de doces 2

    5 Close doces 4

    6 Padre 1

    7 Noiva com pai no carro 1

    8 Placa carro 1

    9 Entrada noivo 1

    10 Entrada daminhas 1

    11 Noiva saindo do carro 2

    12 Noivo aguardando no altar 1

    13 Entrada noiva 3

    14 Close noivo 1

    15 Close noivos 2

    16 Close noivo 1

    17 Close noiva 1

    18 Noivos aguardando chegada das alianas 1

    19 Entrada das alianas 1

    20 Close noivos 1

    21 Compromisso 7

    22 Bno alianas 3

    23 Troca de alianas 2

    24 Close noivos 2

    25 Noivos e padre 2

    26 Close noivos 1

    Amostra A4 PPA: Luciana e Lucas

    Seq. Tema Qtde.

    27 Beijo 2

    28 Noiva com parinhos 2

    29 Noivo com madrinhas 2

    30 Posadas com padrinhos 19

    31 Entrada noivos salo 1

    32 Bolo 1

    33 Corte do bolo 1

    34 Brinde 5

    35 Interldio: plano geral do espao 1

    36 Interldio: enfeite do bolo e noivos 1

    37 Plano geral jantar 1

    38 Noivos 1

    39 Noivos vendo telo 1

    40 Noivos chuva confete 1

    41 Posadas com convidados 6

    42 Noivos danando 4

    43 Buqu 2

    44 Festejo 3

    45 Posadas noiva buffet 3

    46 Posada noivo buffet 1

    47 Posada noivos buffet 8

    48 Close aliana e buqu (mos dadas) 1

    49 Posada com carro 1

    50 Posadas no carro 3

    Total 139

    Luciana e Lucas Tabela. 9. casaram-se em 24 de julho de 2010. Tanto a cerimnia

    religiosa quanto a festa ocorreram no Maison Saint

    German.

  • 65

    Amostra A5 PPA: Michele e Marcelo

    Seq. Tema Qtde.

    1 Making of noiva 13

    2 Detalhe crucifixo mesa altar 1

    3 Detalhe arranjo 1

    4 Plano geral altar 1

    5 Plano geral p/ tras 1

    6 Arranjo decorao 1

    7 Entrada noivo 1

    8 Entrada padrinhos 5

    9 Entrada daminhas 1

    10 Noivo aguardando no altar 1

    11 Entrada noiva 2

    12 Chegada da noiva ao altar 3

    13 Close noivo 1

    14 Close noiva 1

    15 Close certido + alianas 1

    16 Troca de alianas 4

    17 Beijo 1

    18 Noivos 1

    19 Assinatura 4

    20 Noivos 1

    21 Daminhas 1

    22 Noiva com daminhas 1

    23 Noivos, padre e certido 1

    24 Sada dos noivos 1

    25 Posadas noivos no carro 2

    26 Posadas noivos com carro 1

    27 Bolo 1

    28 Detalhe Bem-casado 1

    Amostra A5 PPA: Michele e Marcelo

    Seq. Tema Qtde.

    29 Decorao salo 7

    30 Detalhes mesa de jantar 3

    31 Mesa de doces 1

    32 Detalhe doces 3

    33 Detalhe arranjo mesa 1

    34 Posadas com padrinhos 8

    35 Entrada salo 4

    36 Interldio: enfeite do bolo e noivos 1

    37 Corte do bolo 2

    38 Brinde 5

    39 Beijo durante brinde 1

    40 Close noiva 1

    41 Valsa 2

    42 Beijo durante valsa 1

    43 Beijo valsa: chuva de papel 2

    44 Posadas com amigos 4

    45 Festejo 5

    46 Posadas com convidados 8

    47 Festejo noivos 3

    48 Posada com convidados 1

    49 Buqu 3

    50 Noiva com amigas 1

    51 Posada noiva buffet 1

    52 Posada noivo buffet 1

    53 Posada noivos buffet 6

    54 Close aliana e buqu (mos dadas) 1

    55 Posadas noivos buffet 3

    Total 139

    Michele e Marcelo Tabela. 10. casaram-se em 13 de maro

    de 2010. Tanto a cerimnia religiosa quanto

    a festa ocorreram no Buffet Mediterrneo

    da Rua Conselheiro Moreira de Barros.

  • 66

    Amostra B1 Nova Produtora: Flavia e Claudio

    Seq. Tema Qtde.

    1 Making of noiva 3

    2 Decorao Salo 3

    3 Enfeite bolo 1

    4 Mesa bem casado 1

    5 Fotos com convidados 2

    6 Co 1

    7 Entrada co 1

    8 Noiva no carro 1

    9 Entrada padrinhos 8

    10 Padrinhos no altar 2

    11 Daminha 1

    12 Todos aguardando (plano geral altar) 1

    13 Entrada noiva 1

    14 Close noivo 1

    15 Chegada da noiva ao altar 3

    16 Chegada noivos no altar (plano geral) 1

    17 Noivos + padrinhos do noivo 1

    18 Noivos + padrinhos da noiva 1

    19 Bno 1

    20 Compromisso 1

    21 Entrada das alianas 1

    22 Noivos aguardando 1

    23 Close alianas 1

    Amostra B1 Nova Produtora: Flavia e Claudio

    Seq. Tema Qtde.

    24 Troca de alianas 3

    25 Pai Nosso 1

    26 Noivos 1

    27 Beijo 1

    28 Cumprimentos 3

    29 Close madrinhas da noiva 1

    30 Sada dos noivos 1

    31 Posadas com padrinhos 16

    32 Posadas noiva buffet 3

    33 Posadas noivos buffet 4

    34 Posada noivo buffet 1

    35 Brinde 1

    36 Enfeite bolo e noivos 1

    37 Valsa 2

    38 Posadas com convidados 13

    39 Festejo pista 2

    40 Posadas noivos salo 2

    41 Posada noivos com amigo e crianas 1

    42 Corte gravata 2

    43 Posadas com convidados 2

    44 Buqu 2

    Total 101

    Flavia e Claudio Tabela. 11. casaram-se em 18 de

    setembro de 2010. Tanto a cerimnia religiosa quanto a festa ocorreram no Buffet

    Mediterrneo.

  • Amostra B2 Nova Produtora: Fernanda e Carlos

    Seq. Tema Qtde.

    1 Making of noiva 5

    2 Posada noiva 1

    3 Noiva com pais 1

    4 Noiva ao celular 1

    5 Noiva com carro 1

    6 Noiva no carro 1

    7 Chegada noivo 3

    8 Entrada Daminha e Pajem 1

    9 Close noivo 1

    10 Plano geral altar 1

    11 Noivo aguardando no altar 2

    12 Entrada noiva 1

    13 Entrada noiva com pai 2

    14 Noivo aguardando no altar 1

    15 Chegada da noiva ao altar 3

    16 Noivos e padre 1

    17 Compromisso 3

    18 Troca de alianas 4

    19 Plano geral altar 1

    20 Bno padrinhos 1

    21 Close noivos 2

    22 Close Ata da cerimnia 1

    23 Assinatura 2

    24 Beijo 2

    25 Cumprimentos 8

    26 Beijo 1

    27 Plano geral 1

    28 Beijo + altar 1

    29 Sada dos noivos: corredor 2

    30 Sada dos noivos: beijo 1

    31 Casamento civil 2

    Amostra B2 Nova Produtora: Fernanda e Carlos

    Seq. Tema Qtde.

    32 Close assinatura 1

    33 Brinde 2

    34 Close buqu 1

    35 Posadas com padrinhos 10

    36 Posadas com pais 2

    37 Posadas crianas 3

    38 Posada salo escada 1

    39 Posada noivo com madrinhas 1

    40 Posada noiva com padrinhos 1

    41 Posadas noivos buffet 2

    42 Entrada no salo 2

    43 Bolo 1

    44 Corte do bolo 1

    45 Bolo noivo e pais 1

    46 Brinde 3

    47 Noivo discurso 1

    48 Valsa 3

    49 Posadas com convidados 12

    50 Festejo (pista) 3

    51 Noiva (saia/meia) 1

    52 Noivos no palco 2

    53 Banda 1

    54 Escola de samba 3

    55 Noivos com bandeira (pavilho) 1

    56 Festejo (passista pista) 1

    57 Posada convidados 1

    58 Close noivo 1

    59 Close noiva 1

    60 Buqu 2

    61 Beijo 2

    Total 125

    Fernanda e Tabela. 12. Carlos casaram-se em

    20 de outubro de 2007. A cerimnia religiosa

    aconteceu na igreja Santa Terezinha e a festa ocorreu

    no Buffet Baica - Rua Maranho.

  • Amostra C1 Estudio A: Iveline e Gilberto

    Seq. Tema Qtde.

    1 Making of noiva 2

    2 Decorao espao 3

    3 Mesa de doces 2

    4 Entrada pais noiva 2

    5 Entrada pais noivo 1

    6 Close noivo 1

    7 Entrada Biblia 1

    8 Noivo aguardando no altar 2

    9 Noiva no carro 1

    10 Entrada noiva 3

    11 Chegada da noiva ao altar 3

    12 Interldio: buqu no corredor 1

    13 Noivos cantando 3

    14 Closes (pais e noivos) 3

    15 Entrada das alianas 1

    16 Plano geral 1

    17 Troca de alianas 2

    18 Assinatura 2

    19 Compromisso 2

    20 Beijo 2

    21 Sada dos noivos 4

    22 Posada noivos no carro 1

    23 Posadas noivos espao 8

    24 Chegada no salo 2

    25 Brinde 2

    26 Posadas com padrinhos 18

    27 Posadas com convidados no salo 22

    28 Corte gravata 1

    29 Buqu 1

    30 Montagem encerramento album 1

    Total 98

    Iveline e Gilberto Tabela. 13. casaram-se em 31 de

    janeiro de 2010. Tanto a cerimnia religiosa quanto

    a festa ocorreram no Stio Alpes Serrano.

  • 69

    Amostra C2 Estudio A: Gislene e Edson

    Seq. Tema Qtde.

    1 Making of noiva 9

    2 Noiva no carro 1

    3 Plano geral igreja 1

    4 Entrada noivo 1

    5 Plano geral igreja 1

    6 Entrada Daminha e Pajem 1

    7 Entrada noiva 1

    8 Close noivo 1

    9 Chegada da noiva ao altar 1

    10 Interldio: decorao corredor 1

    11 Noivos e padre 2

    12 Entrada Biblia 2

    13 Noivos e padre 1

    14 Plano geral 2

    15 Close noivo 1

    16 Interldio: buqu corredor 1

    17 Entrada das alianas 1

    18 Bno alianas 3

    19 Troca de alianas 2

    20 Bno padrinhos 1

    21 Pai Nosso 2

    22 Sada dos noivos: beijo 2

    Amostra C2 Estudio A: Gislene e Edson

    Seq. Tema Qtde.

    23 Sada dos noivos: corredor 1

    24 Sada dos noivos: chuva de arroz 2

    25 Posadas noivos: Ponte estaiada 10

    26 Noivos no carro 2

    27 Close Alianas + buqu 1

    28 Posadas noivo buffet 1

    29 Posadas noiva buffet 1

    30 Posadas noivos buffet 3

    31 Mesa de doces 1

    32 Bolo 2

    33 Brinde 3

    34 Noivos + bolo 2

    35 Posadas com padrinhos 13

    36 Noivos jantando 1

    37 Noivos vendo clip de fotos 1

    38 Noivos com presente de amigos 1

    39 Festejo (pista) 2

    40 Posadas com convidados na pista 5

    41 Posadas Noiva com plumas 3

    42 Fotos Lua de Mel 4

    Total 125

    Gislene e Edson Tabela. 14. casaram-se em 15 de maio de

    2010. A cerimnia religiosa aconteceu na igreja Santa

    Gertrudes e a festa ocorreu no Buffet Metrpole.

  • 70

    Amostra D1 Everton Rosa: Marienne e Fabio

    Seq. Tema Qtde.

    1 ndice -

    2 Making of noiva 17

    3 Posadas Noiva 2

    4 Making of noivo 9

    5 Plano geral altar 1

    6 Entrada pais da noiva 1

    7 Entrada noivo 1

    8 Noiva no carro 1

    9 Entrada noiva 2

    10 Chegada da noiva ao altar 3

    11 Plano geral altar: padrinhos, noivos e padre 1

    12 Close noivos 1

    13 Compromisso 2

    14 Noivos 1

    15 Anncio padre: entrada das alianas 1

    16 Entrada das alianas: daminhas 1

    17 Entrada das alianas: noivos e daminha 1

    18 Close alianas 1

    19 Bno alianas 2

    20 Troca de alianas 2

    21 Bno padrinhos 1

    22 Sada dos noivos: corredor 1

    23 Beijo 1

    24 Chegada salo 1

    25 Posadas com padrinhos 12

    26 Posadas noivos 1

    27 Posadas noivos no carro 1

    28 Decorao salo 4

    29 Mesa de doces 1

    Amostra D1 Everton Rosa: Marienne e Fabio