o desafio dos vegetais -...

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Criando filhos em BH www.cangurubh.com.br | abr 2016 | 7 EXEMPLAR GRATUITO PARA ESCOL AS PARCEIRAS É POSSÍVEL TORCER para clubes rivais sem hostilidade COMO APRENDER matemática e lógica na prática OS amigos imaginários E OS DILEMAS da infância Dicas e truques para a garotada ter, enfim, uma alimentação saudável O DESAFIO DOS vegetais O DESAFIO DOS vegetais Dicas e truques para a garotada ter, enfim, uma alimentação saudável sem hostilidade na prática amigos imaginários

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Criando f ilhos em BHwww.cangurubh.com.br | abr 2016 | nº 7

EXEMPLAR GRATUITO PARA ESCOLAS PARCEIRAS

É POSSÍVEL TORCER para clubes rivais sem hostilidade

COMO APRENDER matemática e lógica na prática 

OS amigosimaginários E OS DILEMAS da infância

Dicas e truques para a garotada ter, enfim, uma alimentação saudável

O DESAFIO DOS vegetais

O DESAFIO DOS vegetais

Dicas e truques para a garotada ter, enfim, uma alimentação saudável

sem hostilidade

na prática 

amigosimaginários

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Arena Rio 2016 no Boulevard Shopping.

Um evento com muitas atrações especiais sobre osJogos Olímpicos e Paralímpicos para você e sua família.

Segunda a sábado, das 10h às 22hDomingos e feriados, das 12h às 20h

De 11/4 a 30/4, no Boulevard Shopping

EVENTO GRATUITO

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nesta edição3

Nossa capaDavi, de 3 anos, é filho de Thaís Duffles e Luiz Eduardo da Silva Vieira.FOTO: Gustavo Andrade

Marcus Cruz, Ian e Joanna van de Schetop: mudança de alimentação após diagnóstico de colesterol alto

26seções

Primeiras palavras

Nossos leitores

www.cangurubh.com.br

Missão Instagram

Eles dizem cada coisa

Canguru viu e curtiu

Mundo Kids

Moda

Comprinhas

Viagens, modo de usar, por Luís Giffoni

História de mãe, por Adriana Goulart

Para ler com seu filho, por Leo Cunha

Na Pracinha, por Flávia Pellegrini e Miriam Barreto

Padecendo no Paraíso, por Bebel Soares e Tetê Carneiro

Artigo, por Patrícia Quaresma Ragone

Crônica, por Cris Guerra

Reportagens

Psicologia | Como os amigos imaginários auxiliam o desenvolvimento das crianças

Futebol | As brincadeiras saudáveis de pais e filhos que torcem para clubes rivais

Nutrição | Trinta dicas para a garotada largar mão das guloseimas e ter uma alimentação saudável

Entrevista | O terapeuta familiar Luiz Alberto Hanns dá dicas para um casamento harmônico

Tecnologia | Noções de lógica e matemática são trabalhadas em cursos de computação e robótica

Luto | Com sinceridade, conforme seus valores e crenças, é possível falar sobre morte com os pequenos

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Torcedores em paz: fã do América, Isabel Pereira convive comdois atleticanos, o filho, Mateus, e o marido, João Márcio Prado

Enrico Scanni, na sala de aula da Inspirar, no Anchieta: peças de Lego ajudam no ensino de robótica

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4primeiras palavras

Pautas em causa própriaNOSSO EDITOR, ALESSANDRO Duarte, já me deu bronca. Disse que não devo usar exemplos dos meus próprios filhos nos editoriais da revista. Natural-mente, o objetivo da equipe de redação da Canguru é atender às expectativas dos nossos leitores, mães e pais que criam filhos em BH. As matérias de cada edição não são definidas com base nos dramas e desafios que enfrento na minha própria casa. Mas, confesso: vira e mexe defendo uma “pauta em causa própria”.

Não sou a única a cultivar o hábito, que fique registrado. Cada vez que me reúno com editores e repórteres para discutir o conteúdo da próxima edição, o encontro se estende por horas porque todo mundo tem um caso do filho (do enteado, do sobrinho, do afilhado ou do pimpolho de um amigo) para dar como exemplo e justificar a relevância da reportagem sugerida. Inclusive o Alessandro, que é pai do Pedro, um fofo de 9 anos. Difícil resistir a comparti-lhar as histórias dos pequenos, não?

“30 dicas para seu filho comer melhor” é uma dessas pautas em causa pró-pria. Fazer o meu Pedro e o Gabriel comer verduras e legumes é provavelmente um dos desafios mais duros da minha maternidade. Outro dia, eu estava de saída para o supermercado e perguntei ao caçula se tinha encomendas. Como resposta, ouvi a lista das suas cinco marcas preferidas de biscoito. Com voz indignada, questionei se não havia nada saudável que ele quisesse pedir. E ele me veio com essa: “Ah, pode trazer batata sorriso também”. Preciso ou não preciso das dicas das nutricionistas entrevistadas pela repórter Isabella Grossi na nossa matéria de capa?

E a reportagem sobre como estimular uma alimentação saudável não é a única da categoria “causa própria” nesta edição. “Sem perder a esportiva”, sobre pais que torcem para times rivais no futebol, é outra. Nasci em berço atleticano e cresci com coração alvinegro, mas acabei me casando com um cru-zeirense fanático. Como virar folha seria um ato de altíssima traição em relação a meus pais e irmãos, instala-se a hostilidade na sala de TV cada vez que Galo e Raposa entram no mesmo gramado. No meio desse fogo cruzado, nossos dois filhos nem dão muita bola para os jogos. Mas se alguém pergunta para que time torcem, respondem logo: “Cruzeiro, claro”. É que a pauta é sob medida para minha família, o título nem tanto. Só de pensar que seus meninos podem não querer vestir a camisa celeste, o pai perde a esportiva. Como é na sua casa?

Ivana Moreira, DIRETORA DE REDAÇÃO

[email protected]

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4 Canguru . ABR IL 20 16

Ivana e os filhos Gabriel e Pedro

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www.cangurubh.com.br

DIRETORA DE REDAÇÃO: Ivana MoreiraEDITOR EXECUTIVO: Alessandro DuarteEDITORA DE ARTE: Christina CastilhoPROJETO GRÁFICO: Christina Castilho (Mondana:IB)REPÓRTER: Rafaela MatiasCOLABORADORES DESTA EDIÇÃO: Cris Guerra, Cristiane Miranda, Isabella Grossi, Larissa Coelho, Leo Cunha, Luís Giffoni, Sabrina AbreuFOTÓGRAFOS: Gustavo Andrade, Pedro Gontijo e Victor SchwanerREVISORA: Shirley Souza SodréCOORDENADORA DE MARKETING E PLANEJAMENTO DIGITAL: Camila CaponeANALISTA DE MARKETING E PLANEJAMENTO DIGITAL: Juliane FerreiraGERENTE COMERCIAL E ADMINISTRATIVA: Suellen MouraASSISTENTE ADMINISTRATIVA: Laura Ramos

A Canguru é uma publicação mensal da Scrittore Comunicação e Editora Ltda. CNPJ 12243254/0001-10, Rua Alberto Bressane, 223, Belo Horizonte/MG, CEP 30240-470

TIRAGEM: 25 000 exemplaresIMPRESSÃO: Artes Gráficas Formato Ltda.DISTRIBUIÇÃO: Gratuita na rede de escolas parceiras* e vendida em bancas de BH.* Instituições particulares de educação infantil que se encarregam de enviar a revista aos pais de seus alunos na mochila dos estudantes. A relação das escolas parceiras pode ser consultada por anunciantes.

PARA ANUNCIAR Suellen Moura: (31) 3656-7818 . (31) 98651-2047 [email protected] Paiva: (31) 3656-7818 . (31) 99105-6994 [email protected]é Silva: (31) 3656-7818 . (31) 99715-9375 [email protected]

PARA FALAR COM A REDAÇÃO: mande e-mail para [email protected]

ENDEREÇO: Rua Rio Grande do Norte, 867 — sala 901, Savassi, Belo Horizonte — MG — CEP 30130-135.

(31) 3656-7818

Artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da revista e de seus responsáveis.

Acompanhe-nos nas redes sociais

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DIRETOR EXECUTIVO: Eduardo FerrariDIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS: Ivana Moreira

Primeira escola de empreendedorismo infantil do Brasil.

A EnterprisingUP - Academia de Ideias chega com uma proposta inovadora de enriquecimento curricular. Oferecemos um programa dirigido à crianças e jovens, entre 04 e 18 anos, que são estimuladas a empreender através de dinâmicas, jogos lúdicos e outras ferramentas motivadoras e prazerosas, desenvolvendo características essenciais para a fase adulta, como o pensamento de liderança, trabalho em equipe, planejamento financeiro, dentre outras importantes habilidades. Não deixe seu filho de fora dessa!

Faça parte desse mundo de ideias!

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Canguru

É uma satisfação receber a Canguru. A revista é muito boa. Aborda assuntos impor-tantes na criação de nossos pe-quenos e dá excelentes dicas de programação, locais, cur-sos, redes sociais e contatos de instituições. Já tinha boa refe-rência da Escola de Educação Musical Villa Lobos e, com a matéria publicada na edição de outubro (“Violões, xilofones e animação”), fui conhecê-la. Agora, meu filho está estudan-do lá. Na edição de fevereiro, gostei muito da matéria “Pre-cisamos falar sobre a crise”, da repórter Sabrina Abreu. Achei interessante a abordagem. Na verdade, nossas relações com os nossos filhos não podem ser pautadas no “ter”. O convívio familiar merece mais que isso. O Natal com frango ao invés de peru e os presentes feitos à mão são bons exemplos disso.— Janaína Cotta

Gostaria de deixar registrada a minha satisfação com a re-vista Canguru, que recebo do Colégio Conviver, no bairro Sagrada Família, onde minha filha estuda. Acho ótima essa parceria e adoro a publicação.— Adriana Raposo

Acabei de ler a edição de mar-ço da revista, que reuniu maté-rias sobre a Páscoa, e gostaria de dizer que continuo achan-do a publicação excelente, sempre trazendo informações importantes. — Iara Leventhal, diretora da escola Theodor Herzl

Gostaria de parabenizá-los pelo maravilhoso trabalho que vo-cês estão realizando. É tudo o que uma mãe precisa. Inova-dor, atraente, divertido e dire-cionado. Fantástico! Parabéns!— Gabriela Marques

Eles dizem cada coisa

Quero parabenizar o espaço na revista Canguru para as péro-las das crianças. Acho sensa-cional as associações e falas dos pequenos.— Paula Freitas

Mundo kids

Gostaria de agradecer pela pu-blicação da nota sobre o site Eu-Neném (“Chá de bebê vir tual”, jan. 2016), na coluna Mundo kids. Nós, criadores do portal, somos de Belo Horizonte e es-

tamos sempre acompanhando as publicações de vocês. — Rafael Lopes Portugal

Pai tem que fazer de tudo

Desejo muito sucesso para o novo blogueiro Bruno Santia-go. Show de bola o seu trabalho em prol desse assunto necessá-rio aos homens e mulheres que planejam ter filhos ou já são realizados com eles. E parabéns à Canguru: Criando Filhos em BH por ter essa pessoa no time!— André Kodama

Estamos juntos nessa, Bruno Santiago! Eu escolhi dizer não ao aborto (abandono) e dizer sim à vida, ao amor, aos me-lhores sentimentos que um ho-mem pode ter. Se todo homem entendesse o quanto é bom ser pai, quanto é prazeroso e gra-tificante, teríamos um mundo melhor!— Wallace Deivison Martins

Que história mais linda (“Tere-za, eu te amo”). E o melhor de tudo é que, além de marido e mulher, são amigos. Felicida-des para essa família linda.— Donias Bittencourt Juninho

Nesse mundo de competição, de consumismo, de busca de-senfreada pelo prazer e de va-lores corrompidos, é sempre bom escutar uma história de amor genuíno. O amor, a con-vivência amorosa entre casais, família, amigos e o mundo que nos rodeia é o que realmente

6 Canguru . ABR IL 20 16

Num piscar de olhos, crianças e adolescentes podem sofrer algum tipo de violência.

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FALE COM A CANGURUEntre em contato por e-mail: [email protected] deixe um comentário em

nossas redes sociais.

importa! Parabéns, Bruno. É muito bom ver uma pessoa que não tem vergonha de se declarar e falar de amor! Obri-gada pela lembrança do Dia da Mulher!— Rosa Maria Santiago

Mães de consultório

Que o manto azul de Nossa Senhora continue envolvendo as madrugadas de vocês, Flá-via Rios (“Aquela mãozinha”). E que os anjos sem sono tor-nem a fazer parte dessa cum-plicidade. — Tereza Matos

Ciranda

Agradeço a Deus por ter criado meus filhos na era pré Google (“Isto ou aquilo?”). Está cada dia mais complicado, Fernanda Agostinho. Mas seguir a intui-ção ainda é uma boa opção.— Mari Lúcia Cardoso De Lucena Capelari

Evento Canguru

O debate promovido pela re-vista sobre TDAH foi perfeito! A equipe do Colégio Cristão Atos compareceu e já estamos

aguardando mais palestras. Ex-celente iniciativa.— Junia Maia

CORREÇÃO: o texto “Até sem-pre, Micho” (Padecendo no Paraíso, março de 2016) é de autoria de Marcela Bracarense.

Num piscar de olhos, crianças e adolescentes podem sofrer algum tipo de violência.

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www.cangurubh.com.br

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8 Canguru . ABR IL 20 16

Já pensou em comemorar o aniversário do seu filho em um museu cheio de brinquedos que fizeram parte da sua própria infância? A Can-guru, o Museu dos Brinquedos e o bufê Brincar Lá Fora querem lhe proporcionar essa experiência. Antes de cantar o “Parabéns para você”, os pequenos vão se divertir com brincadeiras como pula-corda, bam-bolê, telefone de lata, jogo da velha, peteca, vai e volta e elástico. E vão se deliciar com comidinhas saudáveis, a especialidade do Brincar Lá Fora. Depois que o aniversariante apagar as velinhas, os convidados irão para casa com lembrancinhas que resistem ao tempo: ioiô, cinco marias, corda... Na promoção Canguru deste mês, os leitores poderão concorrer ao SORTEIO DE UMA FESTA DE ANIVERSÁRIO PARA 35 CONVIDADOS no Museu dos Brinquedos. Acesse cangurubh.com.br, confira as regras e participe desta promoção. O prazo para inscrições é até as 12 horas do dia 29 de abril.

roteiro

Música feita com brinquedo para divertir toda a família Pato Fu estará em evento gratuito no dia 17DIVERSÃO PARA CRIANÇAS e adultos. Assim é o SHOW MÚSICA DE BRINQUEDO, da banda Pato Fu, que se apresentará em 17 de abril (domingo), às 11h30, na Praça da Assembleia. O grupo liderado pela cantora Fernanda Takai interpretará ver-sões de grandes sucessos da música pop usando apenas instrumentos musicais de brinquedo. O espetáculo com repertório do CD lançado em 2010 — que se tornou um dos maiores sucessos da banda mineira e que conta com a participação de bonecos do grupo Giramundo — faz parte da programação da CARAVANA DO CORAÇÃO. O evento, gratuito, marca as comemorações do aniversário de 75 anos do Laboratório São Marcos e contará com várias outras atrações, como oficina de circo. Confira no cangurubh.com.br a programação completa da Caravana do Coração e de outros eventos para pais e filhos que serão realizados na cidade ao longo do mês de abril.

Promoção

Concorra a uma festa de aniversário no Museu dos Brinquedos

Parabéns no museu

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EDIÇÃO Alessandro DuarteTodos os meses, a Canguru promove

seminários gratuitos sobre temas relacionados

à educação dos filhos. Fique atento à

programação dos próximos eventos.

NA CBN Às terças e quintas, às 10h40, acompanhe ao vivo o boletim

Canguru: criando filhos em BH. Todos os áudios estão disponíveis no portal

cangurubh.com.br.

palestra

Ajude seu filho a comer bem

NUTRICIONISTA MATERNOIN-FANTIL, ALICE Carvalhais lida

diariamente com a angústia das mães ao fazerem seus filhos se ali-mentar de forma saudável. Mudar os hábitos dos filhos é um desafio

para as mulheres que procuram o consultório de Alice, responsável pelo

setor de nutrição de crianças e adolescen-tes do Instituto Mineiro de Endocrinologia e criadora do blog Alice no País das Comidinhas. No Encontro Canguru do mês de abril, ela vai esclarecer dúvidas e dar dicas de alimentação saudável para toda a família. O evento será no Anfiteatro do Pátio Savassi, no dia 19 de abril (sába-do), às 10h30. As inscrições são gratuitas, mas limitadas. Inscreva-se no cangurubh.com.br.

Adultos e crianças po derão visitar, entre 15 e 24 de abril, a 5ª BIENAL DO LIVRO DE MINAS. Considerada o maior evento literário do Estado, a mostra deve reunir cerca de 160 expositores no Expominas, onde os orga-nizadores esperam um público de 260 000 pessoas. E é claro que o time da Canguru vai marcar presença por lá. O colunista Leo Cunha participará de uma sessão de au-tógrafos para o lançamento do livro-CD O que Você Vai Ser Quando crescer?, produzido por Thelmo Lins, com poemas do escritor musicados. Já Cris Guerra vai parti-cipar de um bate-papo sobre o livro Que Ninguém Nos Ouça, escrito em parceria com a jornalista Leila Ferreira. A programação e a cobertura do evento você confere em cangurubh.com.br.

Para gostar de ler

Abra os olhos para enxergar, os ouvidos para

escutar e a boca para denunciar. E sempre dê a

mão para proteger nossas crianças e adolescentes.

Violência doméstica, trabalho infantil, abandono, violência sexual, rapto, tortura, desaparecimento, entre outros.

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Próxima missão: Eu e minha leitura prediletaCompartilhe a imagem de seu filho com o livro que ele mais gosta usando a marcação #cangurubh. Os melhores registros serão publicados na edição de maio da revista.

O pequeno João Manuel (@joao_passeia) curtiu com o primo Isaac o Parque das Águas.

“Amigo é coisa pra se guardar / do lado esquerdo do peito...”, já cantava Milton Nascimento. Como concordamos inteiramente com isso, pedimos aos pais que fotografassem seus pequenos ao lado dos companheiros do coração e compartilhassem as imagens usando a marcação #cangurubh. Confira alguns dos cliques.

“Amigo que é amigo pula junto na piscina!” escreveu a mãe @carlapivoto sobre Pietro e o seu companheiro de mergulhos, João.

Maria Eduarda se divertiu de montão na Praça da Liberdade com a amiga Iasmim, e a mãe @natyvidadivertida registrou a alegria das duas.

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apresenta

Os três pilares da saúdeConsultas agendadas, exames

em dia, check-ups realizados. Isso significa que você é uma pessoa saudável? Nem sempre. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os cuidados com o bem-estar físi-co são essenciais, mas não podem ser considerados os únicos ins-trumentos para uma vida sadia. A saúde, na verdade, compreende o equilíbrio entre as três dimensões que integram o ser humano: físi-ca, mental e social. “Se uma delas não vai bem, é possível que as ou-tras também sejam prejudicadas”, explica a psicóloga Berenice Jane-te Coelho, especialista em saúde mental e trabalho. “Por isso, todas devem ser cuidadas com a mesma atenção.” Para a terapeuta, só é possível lidar com as adversidades que aparecerão ao longo da vida se esse conjunto estiver funcio-nando em equilíbrio.

Isso significa que manter uma rotina médica, alimentação ba-lanceada e exercícios físicos não é suficiente para atingir o bem--estar em sua plenitude. É preciso garantir que a rotina também seja favorável à saúde psíquica e aos bons relacionamentos. “Nos últi-mos cinquenta anos, nós saímos

de um conceito de bem-estar indi-vidual para pensar em um bem es-tar coletivo, que só pode ser pos-sibilitado por meio das relações”, complementa a especialista.

Isso porque os estudos indi-cam que atividades agradáveis realizadas em grupo são capazes de produzir ainda mais sensações de prazer do que aquelas feitas in-dividualmente, especialmente no caso das crianças.

Como o núcleo familiar é a primeira fonte de relações dos pequenos, é importante o adulto buscar o seu próprio equilíbrio e por conseguinte proporcionar um

ambiente socialmente agradável para os filhos. Quando as crian-ças têm isso, tendem a adoecer menos, se desenvolver melhor na escola e ter mais disposição para brincar. Aliás, o tempo para brin-cadeiras livres é outro fator essen-cial para consolidar os pilares da saúde na infância. “Além de man-ter os pequenos fisicamente ati-vos, o ato de brincar faz com que o intelectual seja estimulado e a capacidade de se relacionar seja requisitada, ativando de uma só vez boa parte do que é necessário para ter a saúde em dia”, comple-ta Berenice.

O bem-estar do ser humano depende do equilíbrio entre suas dimensões física, mental e social

17 de abril – das 8h às 14h | Praça da AssembleiaMais informações: www.caravanadocoracao.com.br

Copatrocinador: Apresentação:#quemvemrecomenda

Show do Pato Fu e Giramundo – Música de Brinquedo,

atrações e oficina de circo para crianças, vacinação, cuidados

com a saúde e atividades esportivas.

UMA DIA PARA CUIDAR DA SAÚDE E SE DIVERTIR.

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ANTES OU DEPOIS DA ESCOLA O LUGAR PARA SUA CRIANÇA!

A programação do Espaço Unique proporcionará ao seu �lho momentos de diversão, além de contribuir com sua aprendizagem. Exploramos as áreas social, cultural, esporte, educação e muito mais!

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SUA CRIANÇA!

Núcleo Pedagógico UniqueRua José Rodrigues Pereira, 487, Buritis - BH/MG

Telefone: (31) 3378-3605. www.nucleounique.com

[email protected] Canguru . ABR IL 20 16

POR Rafaela Matias

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VITOR, 3 anos, filho de Rodolfo Fabricio e Carolina Soares.

Vou fazer carinho no meu tablet para ele sarar logo.

DAVI, 4 anos, filho de Zozimar Drumond de Melo e Janaína Cotta, aconselhando o primo João Marcelo.

DAVI, 8 anos, filho de Marco Bruno Dias

e Leré Silva.

BEATRIZ, 6 anos, filha de Giulliano Álvares Robert e Luciana Souza Espírito Santo, referindo-se à canção Por Você, do Barão Vermelho.

A Fada do Dente

também está em crise. Ela só deixou 1 real pra

mim...

Quer casar? Senta, espera e não esquece de

carregar o celular.

ESTELA, 8 anos, filha de Afonso Patrício Elias e Elaine Ferreira dos Santos Elias.

Você tem de comer muito mamão, porque é bom para fazer cocô macio.

A música que eu mais gosto é aquela em

que o cara vai do Rio a Salvador a pé, só

para conquistar uma mulher. É muito longe!

Se seu filho também diz pérolas, envie a frase para o e-mail [email protected].

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Desenhos que ganham vida

Guardar os desenhos de seu filho na geladeira ficou no passado. Que tal eternizar os traços do seu pequeno, transformando-os em bonecos de pano superfofos? Essa é a proposta da BOLOLOFOS. Bas-ta enviar o desenho para lá, junto

com seu CEP e o nome do seu filho, para receber um orça-mento personalizado. Os bonecos são confeccionados a mão e têm cerca de 45 centímetros. Gostou da ideia? Escolha o desenho mais bacana do seu rebento e entre no site da empresa, para transformá-lo em realidade!

Ou acesse bit.ly/bololofos

Para ajudar com o TDAHO Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperativi-dade (TDAH) afeta de 3% a 5% das crianças no mundo. Além de acompanhamento mé-dico adequado, agora os pais podem contar com um aplicativo chamado LIFE COACH, desenvolvido por psiquiatras suecos es-pecializados em TDAH. O app permite registrar as obrigações a serem cumpridas no dia a dia. Saber se as tarefas foram re-alizadas ou não auxilia o médico em fazer a análise nas consultas da criança, a fim de estabelecer novos objetivos e perceber sua evolução.Baixe aqui gratuitamente o aplicativo, nas versões para Android ou iOS.

EDIÇÃO Camila Capone

O QUE ESTÁ ROLANDO DE ÚTIL, DIVERTIDO OU CURIOSO NA WEB E NAS REDES SOCIAIS

Um diário diferenteFilipe Aviz e sua mulher, Suzani, têm uma maneira peculiar de eter-nizar as dores e delícias de serem pais de primeira viagem. Eles cria-ram um projeto chamado PIPIPUM, um blog que mistura ilustrações, humor e histórias que envolvem o dia a dia do casal com sua pequena Bia. Use nosso QRCode para co-nhecer o blog e se divertir com os relatos.

Ou acesse bit.ly/pipipum

IMAG

ENS:

REP

RODU

ÇÃO

iOSbit.ly/LifeCoachApple

Androidbit.ly/LifeCoachAndroid

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14 Canguru . ABR IL 20 16

é o porcentual de AUMENTO NA PROCURA POR REPELENTES em si-tes de compra em 2016, segundo um levantamento do portal Zoom, compa-rador de preços e produtos na internet.

Anda logo, Biel VOCÊ ACREDITA EM amor à primeira vista? A arquiteta Juliana Siqueira garante que foi esse o sen-timento quando conheceu o pequeno Gabriel e resolveu adotá-lo. Abandona-do pela mãe biológica, que sofria com de-pendência de álcool e drogas, Biel morava num abrigo para crianças carentes, onde Juliana trabalhava como voluntária. “Foi um processo difícil porque eu era solteira e tinha apenas 28 anos”, lembra. Com persistência, ela conse-guiu. Seria, por si só, um final feliz para a dupla, mas, aos 3 anos, ele ainda não consegue andar devido a sequelas dei-xadas pelos maus hábitos da genitora. Uma esperança é um tratamento intensivo chamado Therasuit, que custa cerca de 10 000 reais por mês. Para arrecadar parte do valor, haverá uma FESTA BENEFICENTE no dia 10 de abril, às 16 horas, na casa de shows Autêntica (Rua Alagoas, 1172, Savassi), com participação do músico Tom Nascimento e das bandas Mor-domo e 80 Trio. As entradas custarão 35 reais e a verba será integralmente destinada ao tratamento. A torcida é para que, em breve, Biel possa dar os primeiros passos.

Segurança com estilo Sabe aquelas REDES DE PROTEÇÃO que são indispensáveis quando se tem uma criança em casa, mas que não contribuem muito para a decoração? Elas podem, sim, ajudar a deixar o ambiente ainda mais bo-nito. Basta pensar em alguns detalhes na hora de escolher a peça. De acordo com a designer de interiores Melina Mundim, é preciso harmonizar as cores das redes de proteção com a decoração do ambiente, para que a composição fique suave. “Algu-mas pessoas optam pelas redes não ape-nas em janelas, mas também em escadas e até mesmo nos beliches das camas. Indico utilizar a cor mais próxima dos tons exis-tentes em torno delas. Quanto mais a cor da tela for semelhante ao ambiente que está inserida, melhor”, explica. Cortinas e persianas instaladas nas janelas também ajudam a disfarçar a tela. Beleza e segu-rança podem conviver em paz.

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Sem escapatória “NO BRASIL, A única coisa que dá cadeia é o não pagamento de PENSÃO ALI-MENTÍCIA.” Você já ouviu isso, né? Pois agora a situação ficou ainda pior para os que tentam escapar da responsabilidade. Com as regras do Novo Código de Processo Civil (CPC), que passaram a valer no último dia 18, a lei que normatiza o pagamento da pensão sofreu alterações e se tornou mais rígida no que diz respeito à cobrança de parcelas atrasadas. No novo CPC está previsto, por exemplo, que os não pagadores poderão ser presos em regime fechado e ter o nome automaticamente negativa-do, com registros na Serasa e no SPC. Além disso, a dívida poderá ser debitada diretamente do salário do devedor. Veja uma cartilha completa com tudo o que mudou em cangurubh.com.br.

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Ana Paula RenaultOlha elaaa... quando criança! Quem diria que toda essa fofura se transfor-maria no furacão que roubou os ho-lofotes no BBB 16? Declaradamente mimada, a jornalista Ana Paula só co-meçou a andar com 1 ano e 9 meses, porque insistia em ficar todo o tem-po no colo da mamãe. Ao contrário da maioria das crianças, ela não era muito fã de carnes e refrigerantes, e os evita até hoje.=

Lô BorgesNascido e criado no bairro Santa Tere-za, um dos mais boêmios de Belo Ho-rizonte, Lô Borges teve uma infância regada a muita música. Aos 15 anos, já fazia sucesso na região com a banda The Beavers e ainda muito novo com-pôs a música Clube da Esquina, junto com seu irmão, Márcio, e o amigo Milton Nascimento. Posteriormente, a canção deu nome a toda uma geração de músicos mineiros reconhecidos mundialmente, inclusive Lô.

eu já fuicriançacriança

Fernando Pimentel O atual governador de Minas Gerais cresceu no bairro Carlos Prates. Nas décadas de 50 e 60, um dos progra-mas prediletos do futuro político era passear a pé pelas ruas e desfrutar al-guns momentos de liberdade na então pacata Belo Horizonte. Durante a sua campanha eleitoral, Pimentel disse que herdou da mãe, que era profes-sora de música, o seu lado afetuoso, e do pai, comerciante, o senso de res-ponsabilidade.

POR Rafaela Matias

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4moda

Para fazer a cabeçaHá quem diga que eles devem ser usados apenas no verão, mas a função dos chapéus vai muito além de proteger a cuca do sol. Em qualquer estação, eles são capazes de dar um charme extra aos looks e deixar os pequenos ainda mais irresistíveis, como provam Théo Papini e Ysadora Soares, de 2 anos, com chapéus da marca Monnalisa. Tem coisa mais fofa? Veja outras opções

POR Rafaela Matias

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4psicologia

Os amigos que só as crianças veem“Imaginários” ou “invisíveis”, eles ajudam os pequenos a lidar com perdas, frustrações, limites e regras

POR Larissa Coelho

CRIADA PELO ESCRITOR Bill Watterson em 1985, a tirinha Calvin e Haroldo (no original, Calvin and Hobbes) mostra a relação entre um esperto garotinho de 6 anos e um tigre bastante sincero e com tiradas desconcertantes. Um detalhe torna a relação especial: o tigre é, na verdade, de pelúcia. Mas esse não é o

único caso de amigo imaginário da cultura pop. Para ficar em poucos exemplos, há os desenhos animados Meu Amigãozão, que passa no canal por assinatura Discovery Kids, e Mansão Foster para Amigos Imaginá-rios, do Cartoon Network, além do livro Memórias de um Amigo Imaginário, de Matthew Dicks, cujo narra-dor, Budo, existe na cabeça do pequeno autista Max. Ter um amigo “imaginário” ou “invisível” é bastante comum por volta dos 4 ou 5 anos de idade. Eles podem assumir as mais variadas formas: crianças, monstros e até animais. E mesmo que deixem alguns pais e mães apreensivos, não são motivos para se preocupar.

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“Os anos iniciais da vida de uma criança são marcados pela inventividade”, afirma a psicólo-ga especializada em desenvolvimento infantil Luciana Barros. “Especialmente após a aquisi-ção da linguagem verbal podemos observar quão criativa ela pode ser.” Luciana explica que os amigos imaginários permitem à criança re-produzir diversos papéis e resolver conflitos in-ternos. Para escrever a dissertação de mestrado “A Criação de Amigos Imaginários: um Estudo com Crianças Brasileiras”, a psicóloga Natália Benincasa Velludo, aluna da Universidade Fede-ral de São Carlos, selecionou quarenta crianças entre 6 e 7 anos e as dividiu em dois grupos. Um com aquelas que relatavam ter (ou ter tido) amigos imaginários. Outro com as que nunca usaram esse artifício. Após a aplicação de uma série de testes, Natália chegou à conclusão de que a criação dos amigos imaginários pelas crianças, além de não ser correlacionada a défi-cits de desenvolvimento, ainda pode mostrar-se positiva para habilidades como a criatividade e o vocabulário.

A professora de inglês Adriana Barbosa lem-brou de sua infância quando seu filho, Pedro, de 4 anos, contou que conversava com corujinhas. “Eu também tive amigos imaginários, mas o Pe-dro é diferente porque ele tem consciência”, con-ta. “Ele diz que tem ‘amigos imaginados’.” Além de não se preocupar, Adriana entra na brincadei-ra. Um dia, quando não podia dar muita atenção ao seu filho, pediu para que ele chamasse seus “amigos imaginados”. No que ele respondeu prontamente: “São corujas, mamãe, dormem de dia”. Os amigos de Adriana um dia simplesmen-te desapareceram de sua vida. De um ela nem lembra o nome — os outros dois eram Patman e Tubigue. E assim deve acontecer com Pedro. “Com o tempo, a criança cresce e desenvolve a percepção de que aquilo não é real”, afirma a psi-cóloga infantil Fernanda Leal. “O amigo imagi-nário é um recurso para o desenvolvimento da criança, facilitando a elaboração de questões ine-rentes à vida, como perdas, frustrações, limites, regras e convivência social.” =IL

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4futebol

Sem perder a esportiva

VALE TUDO NA hora de convencer os filhos a torcer pelo mesmo clube de futebol dos pais? Cada família tem suas regras e influencia os pequenos à sua manei-ra. Algumas, mais fanáticas, sofrem com a disputa dentro de casa. Já outras querem mesmo é incentivar a torcida sem tirar a liberdade dos filhos. Afinal de contas, rivalidade saudável é dentro do campo, durante os noventa minutos de jogo. Vez ou outra, até o fim dos pênaltis. Apesar disso, não era

esse o pensamento da psicóloga Isabel Pereira, de 39 anos, quando seu filho, Mateus, de 9, decidiu “virar folha” e deixar o amado clube de sua mãe, o América, para bradar, alto e bom som: Galo! O garoto mal tinha completado 4 anos quando começou a questionar: “Mãe, por que o América só perde e o Atlético ga-nha?”. Desde então, não houve nada que ela pudesse

fazer para que o menino permanecesse torcendo para o “Mequinha”. Ainda mais quando vie-

ram as influências dos colegas da escolinha de futebol e do padrasto, o analista de sis-

temas João Márcio Prado, de 44 anos, que passou a levar o enteado

nos jogos do alvinegro. Em sua partida de es-

treia no Independência, em 2012, o Atlético go-

Pais e filhos torcedores de clubes rivais driblam a hostilidade e buscam uma convivência harmoniosa mesmo em dias de jogos

POR Isabella Grossi

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Andréa, Tayná, Leônidas e Thales: entre os Costa, dois para cada lado

(31) 99610-1609 | 98248-1227

Foto: Marilena Santiago

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e a Mamãe.

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leou o Náutico, de Pernambuco, por 5 a 1. “Mateus é superpé-quente. Sempre que eu o levo ao estádio, o Galo ganha com três ou mais gols de diferença”, diz Prado. A disputa rendeu um combinado. Desde que não atrapalhe a rotina de estudos, ele pode ir ao cam-po ver o Galo. “E nós sempre ganhamos”, garante o padrasto. Hoje, Isabel leva numa boa. No começo, todavia, criticava o time do filho quando ele perdia. “Costumava falar mal, mas resolvi estimular o Ma-teus a respeitar as diferenças”, conta. “Futebol tem de ser uma coisa tranquila, porque não dá para en-trar nessa rivalidade toda, quanto mais em família.”

Na casa do contador Leônidas Teixeira Costa, de

45 anos, a história é um pouco diferente. Seu filho, Thales, de 9, tomou gosto pelo Galo vendo, desde pe-quenininho, o pai torcendo empolgado. Durante os clássicos entre Cruzeiro e Atlético, quando seu time fazia um gol, Leônidas corria para a janela para ataza-nar seus vizinhos cruzeirenses. O mesmo ocorria quando o rival alterava o placar. Thales viveu nessa atmosfera. E agora, embora o pai alegue que pega mui-to mais leve para não passar a “doença” para o filho, os dois torcem juntos com muito entusiasmo, para o des-consolo da vendedora Andréa Carla Noronha Mata Costa, de 39 anos. Um pouco menos entusiastas do esporte, a mãe e a irmã, Tayná, de 11 anos, 4

A psicóloga Isabel, torcedora do América; Mateus, que virou atleticano; e seu padrasto, João Márcio, responsável pela mudança: o menino garante que dá sorte ao Galo

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Foto: Marilena Santiago

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são cruzeirenses convictas. “Em dia de clássico as-sistimos à partida todos juntos, em casa. Indepen-dentemente do resultado, sempre rola uma zoação”, diz Andréa. “Quando o Galo ganha, meu filho vira a casa de cabeça para baixo, mas, quando perde, fica mal-humorado. Se a gente pega pesado, ele chega até a chorar.”

O advogado Conrado Di Mambro Oliveira e sua esposa, a psicóloga Janice Fernandes Luna de Oli-veira, ambos de 38 anos, encontraram uma forma inusitada para driblar a pressão que Miguel, de 5, sofria do pai, atleticano doente, e do clã da mãe. Fi-lha de uma tradicional família de Ipatinga, no Vale do Rio Doce, ela, assim como a parentada, tem san-gue azul correndo nas veias. “Ser cruzeirense é de raiz, tem uma história”, afirma Janice. “Mas meu ma-

rido é fanático pelo Galo, então Miguel se sentia pressionado por todos os lados.” Foi quando a avó materna sugeriu uma trégua. O garoto seria cruzei-rense em Ipatinga e atleticano em Belo Horizonte. Deu tão certo que, hoje, o pequeno se sente totalmen-te à vontade com a situação. “Lá na casa da minha avó, os meus amigos são Cruzeiro. Em Belo Horizon-te, Atlético”, explica, com naturalidade. Segundo Ja-nice, Miguel faz mais o tipo intelectual. Torce, mas não é fanático. Bem diferente do caçula, Mateus, de 2 anos, que curte ficar ao lado do pai enquanto ele vê os jogos e já grita gol, cheio de euforia. “Mateus é mais empolgado com futebol, mesmo sendo mais novo”, esclarece o pai, sem esconder a expectativa de levar ao menos o caçulinha para o seu lado, seja em que cidade for. =

Miguel, Conrado Oliveira, Janice e Mateus: Atlético na capital e Cruzeiro em Ipatinga, para não desagradar ao clã da mãe

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INST ITUTO MINEIRO DE ENDOCRINOLOGIA apresenta

Na medidinha certaHouve um tempo em que a maior preocupação

quanto à saúde infantil eram os altos índices de des-nutrição. Hoje, contudo, o problema mudou e é a obesidade que se propaga de maneira alarmante. Da-dos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos está acima do peso ideal estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo dra. Flávia Pieroni, endocrinologista do Instituto Mineiro de Endocrinologia e coordenadora do FitKids, esses dados merecem atenção, pois é na infância que as células adiposas se multiplicam com mais facilidade, definindo a capacidade do corpo de armazenar mais gordura no futuro. “Isso significa que uma criança com sobrepeso tem muito mais chance de se tornar um adulto obeso”, alerta.

Além da orientação da nutricionista Alice Carva-lhais, especialista em nutrição infantil, o Programa FitKids conta com o acompanhamento intensivo de uma equipe de psicólogos que abordam as questões emocionais, comportamentais e familiares. A opção pelo atendimento multidisciplinar pretende oferecer, num único programa, as técnicas e intervenções ne-cessárias em todas as etapas do tratamento. “Fazemos uma abordagem completa, com uma análise detalha-da do comportamento familiar e de todos os hábi-tos da criança. Também são solicitados exames para avaliarmos se o ganho de peso pode estar associado a fatores genéticos ou a doenças que predispõem ao ganho de peso”, explica dra. Flávia. Em vez de proibir alimentos, priorizam-se as escolhas, as quantidades, a percepção da fome e da saciedade e o estímulo à prá-tica de atividade física. “Ensinamos a criança a fazer escolhas melhores. Quanto antes a saúde entrar na vida dela, mais ela estará presente ao longo da sua trajetória”, ressalta Alice Carvalhais.

Para a psicóloga Aline Rodrigues, a participação da família em todo o processo é fundamental, já que o tratamento do excesso de peso infantil não envolve apenas a criança, pois ela está inserida nos hábitos e costumes do sistema familiar. Ela explica que, quan-do a família está sensibilizada para a necessidade de mudanças, o trabalho flui de forma mais natural, sem representar uma carga difícil demais para a criança, e com resultados muito mais rápidos e duradouros. “Quando os pais apoiam e participam de todo o pro-cesso, a criança se sente mais segura e fortalecida; há menos resistência à aquisição de novos hábitos e maior compreensão da necessidade de mudar”, argumenta.

A endocrinologista Flávia Pieroni e a nutricionista Alice Carvalhais: contra a obesidade infantil

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4nutrição

30 dicas para o seu filho

comer melhorO Brasil, hoje, apresenta um quadro de obesidade infantil estarrecedor. Cerca de 15% das crianças são obesas e, consequentemente, mais propensas a doenças antes relacionadas à vida adulta, como hipertensão e diabetes tipo 2. “É comum ir para a escola em jejum e, no intervalo, comer pizza, hambúrguer e tomar refrigerante, o que é um crime para o organismo”, alerta a nutricionista Gabriela Kapim, que comanda o programa Socorro! Meu Filho Come Mal, transmitido pelo canal pago GNT. Uma alimentação saudável deve incluir frutas, legumes e verduras todos os dias, além de cereais, leguminosas e proteínas. Mas qual o segredo para driblar a birra das crianças e assegurar que elas estejam, de fato, comendo bem? A seguir, confira dicas valiosas da apresentadora e das nutricionistas Laila Penna, Alice Carvalhais, Caroline Petraconi e Mônica Vitorino.

POR Isabella Grossi

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#1 Os bons hábitos vêm de casa. “Com certeza é mais fácil conseguir convencer uma criança a comer bem se os pais também comem. E se eles realmente acreditam na importância de uma boa alimentação”, afirma Gabriela. Dê o exemplo.

#2 O ideal é que desde cedo o bebê tente comer sozinho, pegando os alimentos com as próprias mãos. “O auxílio dos pais é muito bem-vindo, mas é impor-tante estimular a autonomia da criança”, diz Gabriela. Lembre-se: se sujar faz parte do processo. Deixe o ba-bador a postos e fique tranquilo se a comida for parar na cabeça ou nos pés.

#3 A alimentação da criança deve ser totalmente sem sal no primeiro ano de vida. Em relação aos ou-tros temperos, não existe contraindicação. Pelo con-trário. Quanto mais sabores o pequeno experimen-tar, principalmente na primeira infância, menos ele vai estranhar os alimentos no futuro. Use e abuse dos verdinhos, como o manjericão.

#4 Cerca de 6% das crianças menores de 3 anos apresentam algum tipo de sensibilidade alimentar. Mô-nica é radical: “O único leite recomendado é o mater-no e, após o desmame, o de vegetais”. A introdução do glúten antes dos 4 meses em indivíduos predispostos à doença celíaca também é um considerável fator de risco.

comer melhor

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30 dicas para o seu filho

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Xô, colesterol altoQuando IAN completou 5 anos, a mãe, a bióloga e adestradora de cães Joanna van de Schetop, de 35 anos, notou que alguma coisa andava errada. “Ele não tinha pique para correr, era muito calado e desani-mado”, conta. O que para ela parecia um problema de tireoide, foi diagnosticado como colesterol alto. A família, então, procurou um nutricionista para mudar os hábitos alimentares. “Fizemos um controle rigoro-so durante três meses. O arroz tinha que ser integral, o macarrão era de arroz, tudo sem gordura.” Hoje, aos 7 anos, Ian regulou o colesterol e, por causa da dieta, passou a comer de maneira mais saudável. Diminuiu a carne vermelha, acrescentou oleaginosas, aumen-tou as verduras, as frutas e o peixe. “A disposição dele hoje é outra e até a quantidade de comida no prato mudou. Antes ele só beliscava.”

#5 O hábito de oferecer papas liquidificadas ou peneiradas para aumentar o conforto da criança após os desmame, apesar de bem-intencionado, não é re-comendável com muita frequência. O pequeno deve aprender que pepino é pepino e tomate é tomate. E, principalmente, saber a textura, a cor, o cheiro e o sabor de cada alimento.

#6 Um prato equilibrado, que tenha condições de fornecer os nutrientes necessários para o crescimento da criança, deve conter uma fonte de carboidrato (ar-roz, macarrão, batata), uma fonte de proteína (carnes ou ovos), uma fonte de leguminosa (feijão, ervilha, lentilha) e fontes de vitaminas e minerais (folhas e legumes). 4

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#7 A monotonia alimentar é um dos fatores que mais tira o apetite das crianças. Muitas vezes os pais têm o hábito de comprar as mesmas coisas. A mesma fruta e a mesma carne. E ninguém quer abrir mão do feijão, por exemplo. “Se a criança não gosta muito, ofereça um grão de bico, em forma de salada. Dá na mesma”, sugere Alice.

#8 Se o pequeno não come carne, incremente o prato com grãos, cereais e sementes, que são riquíssi-mos em proteínas. “A chave para conseguir os amino-ácidos essenciais é variar ao máximo esses elementos, optando a cada dia por duas ou mais fontes e alter-nando-as a cada dois ou três dias”, revela Mônica.

#9 Esqueça a ideia de oferecer primeiro o que a criança menos gosta. A maneira ideal de controlar a quantidade de alimentos é determinar a porção a ser servida. Se o pequeno possui resistência em relação a alguma comida, é melhor comer um pouco do que não comer nada.

#10 Não é preciso forçar a criança a raspar o prato. Pelo contrário. O fundamental é respeitar a sa-ciedade. Ela não comeu tudo? Espere de duas a três horas e ofereça a próxima refeição. Vale ficar de olho, porém, se a falta de apetite não é uma manobra para não comer a comida e logo depois pedir um alimento que lhe apeteça mais.

#11 Transformar a comida em brincadeira nem sempre é uma boa saída. O aviãozinho, por exemplo, é benéfico enquanto gesto carinhoso, para divertir es-poradicamente. Se for um hábito para o pequeno co-mer sem perceber, a cada dia será preciso criar novos mecanismos.

#12 Se uma criança tem algum tipo de resis-tência alimentar, é pouco provável que ela vá experi-mentar novos sabores só porque eles vêm em forma de bichinho ou de um desenho lindo. “A estratégia funciona muito bem para distrair e variar o dia a dia de quem não come bem um ou outro alimento”, afir-ma Gabriela.

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#13 A natureza da falta de apetite não é sempre a mesma. Pode ser orgânica — quando geralmente é necessária uma intervenção medicamentosa — ou comportamental. Algumas crianças percebem que os pais dão mais atenção e carinho quando elas recusam a alimentação. E assim o fazem com frequência. Fique atento à sua postura em relação aos pequenos.

#14 Toda criança precisa ter horários prede-terminados para a ingestão de qualquer alimento. “É importante abrir um intervalo de duas a três horas na fase pré-escolar e de três a quatro na escolar”, avalia Laila. É o suficiente para que o pequeno sinta fome na próxima refeição. Não ofereça petiscos fora de hora.

#15 Uma lancheira saudável e saborosa é sem-pre bem colorida. “Coloque uma fruta e um segun-do alimento”, orienta Gabriela. De preferência, cas-tanhas, sanduíche, bolo, muffins, biscoitos integrais caseiros ou vegetais, como milho cozido, tomatinho--cereja ou palitinhos de cenoura ou pepino.

#16 Em casa, as refeições devem ser feitas à mesa, num ambiente tranquilo e sem distração. É um ritual milenar que aproxima a família e ensina a criança a compartilhar. Além disso, é o momento de os pequenos observarem com atenção as atitudes dos pais.

#17 Não deixe a criança comer assistindo à TV. Ela fica vidrada nas telinhas e mal percebe o que está fazendo, enquanto a mãe coloca comida boca adentro. O pequeno acaba consumindo um volume muito maior do que precisa, o que, aos poucos, atra-palha a saciedade. Ele deixa de entender que estar satisfeito é não estar com fome e passa a achar que é estar empanturrado.

#18 Os alimentos jamais devem ser utilizados como moeda de troca. Nunca diga “se comer tudo, ganha um doce” ou “se não comer, não vai jogar vi-deogame”. “Esse tipo de atitude só solidifica a falta de interesse da criança pela comida”, explica Laila.

#19 Alguns alimentos não devem nunca ser oferecidos às crianças. É o caso de refrigerantes, sucos industrializados, frituras, biscoitos recheados, salga-dinhos, balas e doces. Proibir o consumo, no entanto, não é recomendável. Em festas infantis, permita com moderação. Ofereça algo nutritivo antes, para que o pequeno vá mais saciado.

#20 A extrema rigidez em relação ao esquema alimentar não é aconselhável. Uma criança que nunca tem permissão dos pais para comer um chocolate fora do horário, por exemplo, pode ser tornar angustiada e ansiosa. Como consequência, ela supervalorizará o alimento proibido. 4

Sem derivadosA advogada Carolina de Caro, de 36 anos, ficou afli-ta ao descobrir que BERNARDO, hoje com 3 anos, tinha alergia a ovo e à proteína do leite. “Eu com-plementava a amamentação com Nan e ele sempre teve muita cólica. Aos 8 meses, dei mamadeira com o leite artificial e ele empolou na hora”, narra. O peque-no também tinha uma dermatite no rosto que não sarava por nada. A pediatra sugeriu a consulta com um alergologista, que, depois, indicou um nutricio-nista. “Ele me deu um plano alimentar e dicas de onde comprar os produtos que, por serem mais naturais, também eram mais saudáveis.” Bernardo se adaptou perfeitamente e hoje em dia não aceita nada que não saiba identificar. Come biscoito integral, pão de milho e bolo feito com farinha de linhaça. O lanche, então, o garoto adora. Faz questão do suco de me-lancia, da gelatina e, principalmente, da alfarroba, uma alternativa ao chocolate.

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#21 “A primeira opção para a sobremesa é a fruta, sempre”, diz Alice. Principalmente se for cítrica, já que aumenta a absorção do ferro, en-quanto as fibras, paralelamente, fazem com que o açúcar natural seja absorvido pelo organismo de forma mais lenta. Evite doces lácteos após as refeições, uma vez que o cálcio atrapalha a assimilação do ferro.

#22 Para variar o cardápio e fazer uma gracinha, aposte em doces caseiros, sorvetes com frutas congeladas, pipoca e alfarroba. Fuja de balas, chicletes e chocolates. “É importante tomar cuidado com as calorias e a química em-butida nas guloseimas industrializadas”, acon-selha Mônica.

#23 Os líquidos são essenciais para crian-ças no decorrer do dia. Durante as refeições, porém, são contraindicados. Um dos motivos é que o pequeno pode confundir barriga cheia com saciedade. “Observe se a combinação a ser servida não está muito seca. Se for o caso, acer-te com um molhinho ou caldo, equilibrando o preparo”, diz Mônica.

#24 Tome cuidado com os sucos, mesmo os naturais. Dessa maneira, a quantidade de açúcar consumido pode ser alta, o que eleva, de uma só vez, a glicose no sangue. “Prefira comer a fruta”, diz Alice. Para fazer um copo de suco de laranja, por exemplo, é preciso espremer três delas. É muita coisa. “Qual criança comeria tudo isso de um vez só?”, questiona.

#25 Gorduras devem ser evitadas em qualquer refeição. Principalmente as trans. Mas não caia na tentação de oferecer produtos light para crianças, já que é preciso um mínimo de gordura para dar energia e auxiliar o desenvol-vimento e crescimento. Opte pelas fontes natu-rais, como sementes e oleaginosas.

Menos guloseimasDepois de contrair uma forte gripe, quando tinha pou-co mais de 2 anos, ESTER começou a rejeitar qualquer tipo de alimento saudável. “Como a gente dava besteiras para agradar, ela acostumou e passou a querer somente aquilo”, lembra a mãe, a aposentada Diva de Souza Silva Rodrigues, de 57 anos. Foi quando ela, junto ao pai da criança, o presidente da Fundação João Pinheiro, Roberto do Nascimento Rodrigues, de 60 anos, levou a menina na nutricionista Laila Penna. “Descobrimos que ela estava 1 quilo acima do peso”, revela Diva. Hoje, aos 6 anos, Ester mantém o equilíbrio: são 30 quilos distribuídos em 1,30 metro. Em casa, as frutas, verduras e legumes ganharam mais espaço — embora, algumas vezes, tenham de ser ca-mufladas na omelete, no arroz ou no feijão. Macarrão só de quinze em quinze dias, integral e sem glúten. Chocola-te? No fim de semana e olhe lá.

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#26 Existem maneiras mais saudáveis de prepa-rar os alimentos consumidos em casa. Sempre que pu-der, exclua a gordura e abra mão do sal para investir em temperos naturais. Se for suco, não adicione açúcar; em vez de fritar, asse; prefira carnes grelhadas; e, se o as-sunto é carboidrato, intercale o branco com o integral.

#27 As crianças têm preferências alimentares, e elas devem ser respeitadas. Se seu filho recusar um mesmo alimento um sem-número de vezes, significa que aquilo ali, especificamente, lhe desagrada. Ofereça de maneira diferente. Se for cenoura, por exemplo, em vez de ralar, coloque no bolo, na torta ou como recheio de sanduíche.

#28 Nenhum alimento é insubstituível. Conside-rando a pirâmide alimentar, a única coisa que não se pode fazer é excluir uma categoria inteira das refeições, eliminando as fontes de vitamina e, consequentemen-te, dando brecha para apontar um déficit nutricional. Se a criança não gosta de couve, por exemplo, troque por espinafre. 4

Exemplo em casaDAVI, de 3 anos, nunca sentiu o gosto de um refrigerante. Nem provou chicletes ou balas. “Eu não proíbo nada, mas nunca ofereci”, es-clarece a mãe, a psicóloga Thaís Duffles, de 35 anos. Os hábitos alimentares da família natu-ralmente influenciaram o pequeno, que, des-de bebê, nunca recusou verduras, legumes ou qualquer outra comida saudável. Pelo contrário. “Eu tenho que servir a salada depois do almoço quente, porque se ele a vir na mesa, só quer comer salada, mais nada.” Nas festas infantis, Davi dá pouca bola para frituras ou doces de qualquer natureza. Para a mãe, é tudo questão do exemplo que se dá. “Em vez de levá-lo a lan-chonetes, procuramos restaurantes naturais, para seu paladar ficar apropriado”. O prato pre-dileto de Davi é batata-doce com óleo de coco e escondidinho de moranga, que, divertidamente, ele insiste em chamar de estrogonofe.

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#29 Levar as crianças para fazer com-pras é uma forma de estimular o entrosamento com a comida. “Algumas não sabem a diferen-ça entre um tomate e uma maçã”, garante Ali-ce. Prefira o sacolão. Lá o pequeno não vai fa-zer birra querendo guloseimas nem se distrair com tantas gôndolas chamando a atenção.

#30 Incentive seu filho a participar do preparo dos alimentos na cozinha. “Assim, a decisão dele passa a ser importante, o que inibe uma resposta negativa”, explica Laila. A relação da criança com os alimentos depende das atitudes dos pais, que podem ser positivas ou negativas, e, também, das orientações de comportamento durante as refeições. =

Faça o que eu digo...Mãe em tempo integral, Bianca Portela, de 38 anos, usou a própria experiência para ensinar ao filho VICTOR, de 2 anos, bons hábitos alimentares. “Eu sempre tive problema com comida. Não queria que ele fosse igual a mim”, explica. O esforço foi recom-pensado. Antes mesmo de completar oito meses, o pequeno já era bom de garfo. O pai, o chef de cozinha Leonardo Deoti, de 37 anos, não poupava ingredien-tes. Fazia de tudo e colocava temperos, ervas e outras especiarias. A preocupação com o valor nutricional da comida, todavia, fez com que o casal levasse Victor ao nutricionista. A consulta foi produtiva e as princi-pais refeições passaram a conter as quatro categorias: leguminosas, vegetais, cereais e proteínas. “Ele come com os sentidos, pega com a mão, cheira e passa no corpo inteiro”, diz Bianca. E ainda participa dos prepa-rativos. No colo do pai, aprende os nomes dos alimen-tos e a forma certa de elaborar cada prato.

Rua Alagoas, 601 - Savassi - BHwww.espacoallure.com.brCoord: Dra. Adriana Biagioni - CRM 34312

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PRIMEIROS 6 MESESApenas o leite materno, que é rico em nutrientes e anti-corpos. Não há necessidade de oferecer água ou chás, já que o leite também hidrata.

DE 6 MESES A 1 ANOPapinhas. Primeiro as de frutas e depois as salgadas. Es-colha legumes ricos em carboidratos e mais dois vege-tais. Evite misturar muitos alimentos, assim a criança vai conhecendo o sabor de cada um.

DE 1 A 2 ANOSJá é possível oferecer a mesma refeição do resto da famí-lia. A criança com essa idade está experimentando novos sabores, por isso não há nada melhor do que introduzir alimentos saudáveis. Não dê doces ou outros alimentos com açúcar, nem refrigerantes ou sucos artificiais.

IDADE PRÉ-ESCOLAR: DOS 2 AOS 6 ANOSNessa fase, as crianças começam a ficar mais seletivas. Explique a importância de se alimentar bem e varie no

cardápio. Não a force a raspar o prato e nem recorra a chantagens. A melhor estratégia é fazer combinados: experimentar, por exemplo, uma colherada primeiro num dia, e no outro, duas colheradas.

A PARTIR DOS 6 ANOS A criança tem mais autonomia e já conhece uma extensa variedade de alimentos. Escolha apenas um dia da se-mana para liberar as guloseimas, como doces e hambúr-gueres. E dê uma atenção especial para a merendeira: castanhas, barras de frutas e biscoitos integrais são boas alternativas. =

Por Caroline Petraconi

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4entrevista

É possível acertar a equação do casamento

Além de impor um novo ritmo de vida, uma criança exige adaptações financeiras, geo-gráficas e emocionais. Em quais desses as-pectos a chegada de um filho mais interfere na vida do casal?Isso vai depender um pouco das características de cada um, mas, de modo geral, a dimensão “casal” é a mais afe-tada, porque ela sofre interferências de todas as outras fontes de stress. Antes de ter filhos, o casal costuma ter tempo para o convívio a dois, para ter programas gosto-sos, encontrar amigos e ter uma dimensão erótica. Depois que vêm as crianças, o número de coisas a serem adminis-tradas aumenta muito e isso consome os esforços.

Como contornar as dificuldades e passar por essa fase de transformação de uma maneira mais tranquila?Um dos grandes problemas do ser humano contemporâ-neo é ficar preso à ideia que a mídia vende de que se pode ter tudo. Então, eu posso ter filhos, me divertir muito, ter um sexo ótimo e trabalhar bastante. Algumas pessoas até conseguem conciliar essas coisas, mas o que a maioria precisa é privilegiar certas dimensões e deixar outras de lado em determinadas fases da vida.

Por quanto tempo, em média, a criação dos fi-lhos impacta com tanta força a vida dos pais enquanto casal?À medida em que os filhos ganham autonomia, essa inter-

ferência vai se diluindo. Em países como Alemanha, Suíça e Japão, aos 8 anos as crianças já têm independência sufi-ciente para dar muito pouco trabalho aos pais. Na nossa cultura, principalmente por causa da criminalidade, isso pode ser percebido entre os 10 e os 13 anos, dependendo da cidade e da família. Como os parceiros podem transformar o filho em um elo que vai aumentar ainda mais o amor do casal e não vê-lo como algo que veio para ficar entre eles?As famílias que criam um espaço emocional para usufruir da vida em conjunto e que conseguem ter a iniciativa de bolar programas prazerosos podem construir momentos gostosos que incluam os filhos. Uma boa dica é fazer via-gens em que todos sejam favorecidos, ou, ao menos, que um trecho agrade mais às crianças e um trecho agrade mais aos pais. Mas não tenhamos ilusão. Muitos progra-mas, ainda que em família, ficam muito em função da criança, porque ela não tem maturidade para acompanhar tudo o que os pais gostariam. Essa consciência é até mais importante do que insistir em ter tudo muito leve. É claro que alguns programas podem trazer leveza à vida, mas, de um modo geral, ela é dura mesmo.

Então, a maneira de encontrar a felicidade nessa construção familiar seria abandonar a utopia e adaptar-se a cada fase?Eu costumo falar para os meus pacientes que ter uma vida

A arte de conviver a dois. Esse foi o tema da palestra ministrada pelo psicólogo, terapeuta familiar e escritor LUIZ ALBERTO HANNS, a convite da Canguru, em março, em BH. O especialista falou a respeito das dificuldades do casamento, especialmente após a chegada dos filhos. "Um dos problemas do ser humano contemporâneo é ficar preso à ideia que a mídia vende de que se pode ter tudo: filhos, se divertir muito, sexo ótimo e trabalhar bastante", diz. Em entrevista exclusiva à revista, ele dá dicas sobre como lidar com os conflitos da vida familiar e conquistar uma relação harmônica.

POR Rafaela Matias

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feliz não deve ser a sua meta, porque a felicidade não é uma constante. Ela está restrita a alguns momentos e depende um pouco de coisas que você não controla, como sorte. Ela também depende um pouquinho da sua genética, que te faz mais otimista ou mais depressivo. Por isso, a questão fundamental é você ter uma vida que valha a pena. E uma vida que vale a pena não é necessariamente uma vida feliz, no sentido de estar sempre curtindo e cercado de leveza. Ela deve fazer parte de uma jornada que faz sentido para você, que te permite aguentar as frustrações.

Você escreveu o livro A Equação do Casamen-to. Realmente existe uma fórmula para fazer dar certo a vida a dois? Qual seria ela?A maioria das pessoas tem um casamento em que alguns setores vão bem, outros não vão tão bem e alguns vão muito mal. Essa é a vida normal. E é o conjunto desses setores que forma a equação do casamento que dá título ao livro. Podemos dividi-los em seis dimensões. A primei-ra é a compatibilidade psicológica, que faz com que o ca-samento possa ser mais ou menos prazeroso. A segunda é o grau de consenso, ou seja, o quanto nós concordamos sobre as coisas. O terceiro fator é a atração sexual, que depende de aspectos como bioquímica, genética, estilo na cama e compatibilidade. A quarta dimensão é o grau de fontes de stress e de gratificação que o casal possui. A quinta é quanto os dois valorizam o projeto “casal”, e essa dimensão é muito importante, porque em nome do proje-to de vida a dois é possível aceitar que não sejamos tão compatíveis, que o sexo não seja tão bom, que tenhamos algum stress, porque o objetivo é maior que tudo isso. E o sexto fator é a competência de convívio a dois, que torna o indivíduo capaz de tratar o outro com mais flexibilida-de, cordialidade e diplomacia, evitando transformar pe-quenas divergências em brigas. Para ajustar tudo isso e acertar a fórmula, o primeiro passo é saber o que pode ou não ser mudado no seu casamento. E, em seguida, tentar melhorar o que é possível.

Que atitudes os parceiros devem ter para não limitar a vida a dois a momentos de stress e aborrecimentos?Alguns casais estabelecem regras, como não falar de zela-dorias durante as refeições ou quando saírem à noite. Até porque é muito chato os companheiros estarem no meio de um jantar discutindo quem deveria ter pago a conta do conserto da geladeira. E é difícil conseguir não falar sobre isso, porque o assunto está ali e é urgente, mas é preciso ter disciplina para não deixar que isso invada os momen-tos que o casal escolheu para curtir o lazer e o romantis-mo. Outro ponto importante é garantir que esses momen-tos aconteçam periodicamente e entender que, ao longo

do tempo — embora as revistas e os filmes te digam o contrário —, o frisson da paixão vai diminuir. Então, aci-ma de qualquer coisa e principalmente acima do sexo, é importante que os dois sejam grandes amigos. Que te-nham prazer em estar juntos. O casamento deve ser uma relação cooperativa.

Como a desarmonia do casal pode afetar a educação das crianças?Se um casal está em desarmonia todos os projetos dele serão afetados. Alguns pais disputam a preferência dos fi-lhos. E a criança se aproveita disso para se beneficiar. Se o casal não consegue chegar a um consenso sobre a criação do filho, a criança encontra uma brecha para fazer as coi-sas que ela quer e isso pode gerar falta de limite.

Quando os parceiros devem procurar um te-rapeuta familiar para ajudá-los a lidar com os conflitos?Em geral, os casais chegam à terapia seis anos depois do início do conflito. Esse tempo é excessivo. Após seis anos de desgaste, alguns já não se respeitam mais, já estão alér-gicos ao outro e acumularam mágoas muito profundas. O ideal é que o casal procure a terapia logo que perceber a crise ou, no máximo, dois anos depois. Se o parceiro não quiser fazer, vá fazer a terapia individual. Mas não fique postergando o tratamento, porque o desgaste da relação corrói tudo aquilo que foi construído.=

"A questão fundamental é você ter uma vida que valha a pena. E uma vida que vale a

pena não é necessariamente uma vida feliz, sempre curtindo e cercado de leveza"

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4educação

Quando a tecnologia é aliadaProgramação de jogos e robótica ajudam crianças e adolescentes a desenvolver noções de lógica e matemática

POR Cristiane Miranda

OS ESPECIALISTAS CONCORDAM: se não forem utilizados de forma moderada, tablets, computado-res, videogames e celulares podem ser prejudiciais à garotada. Mas se é difícil tirar os pequenos da frente das telas, que tal fazer delas um instrumento educa-cional? É isso o que propõem os cursos livres de pro-gramação. Voltados a meninos e meninas a partir dos 6 anos de idade, eles transformam os bichos-papões de pais e educadores em aliados no desenvolvimento

cognitivo, na concentração e na resolução de proble-mas, além de proporcionarem contato com questões de lógica e de matemática. “Muitos pais nos contam que os filhos, depois de passarem por nossas salas, estão mais concentrados nos estudos, mais criativos e mais responsáveis”, afirma Marcely Ishigaki, pedago-ga da Buddys Escola de Tecnologia, com duas uni-dades em Beagá, nos bairros Ouro Preto e Sion. “É a tecnologia sendo usada de maneira inteligente, aju-dando a meninada em questões nas quais muitas ve-zes ela teria dificuldades.”

Aberta recentemente no bairro Santa Lúcia, a Just Coding, criada por duas amigas, Ana de Oliveira Ro-drigues e Daniela Lacerda, investe em uma técnica desenvolvida pela Code.Org, uma ONG cujo objetivo é propagar o ensino da programação mundo afora. O curso se dá por meio de pair programming, no qual a garotada, entre 6 e 18 anos, trabalha em duplas resol-vendo problemas, aprendendo uns com os outros,

Theo Amaral e Alice Viana, na Just Coding: trabalhos sempre em dupla

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Sala da Buddys: a garotada fica mais concentrada, criativa e responsável

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socializando e, o mais importante, trocando experiên-cias. “O pair programming é uma técnica utilizada por grandes empresas como Facebook e Twitter”, ex-plica Ana, com formação em engenharia elétrica e doutorado em programação. “As aulas despertam nas crianças a necessidade de não ser apenas consumido-ras da tecnologia, mas produtoras.” Suas filhas Alice, de 9 anos, e Rosa, de 3, já foram iniciadas nesse uni-verso. “A tecnologia é o nosso futuro”, diz Alice. “Tec-nologia é para a gente aprender a fazer todas as coi-sas”, acredita a pequena Rosa. “Na minha casa, deixo uma hora por dia para elas escolherem entre o com-putador, o celular ou a TV. Mas quando o assunto é programação, aí o tempo é maior”, revela Ana.

Algumas escolas mantêm parcerias com colégios belo-horizontinos. É o caso da Inspirar, localizada no Anchieta, que desde 2009 atua como parceira curri-cular de diversas instituições e treina professores para trabalhar robótica com os alunos. A ideia é envolver os temas que são ministrados em sala com as ferra-mentas disponibilizadas pela programação. “Se a ma-téria é física, temos condição de torná-la mais com-preensível”, afirma Marcos Bueno do Nascimento, sócio-diretor da Inspirar. A Inspirar é representante exclusiva da Lego Educacional na região metropolita-na de BH. O programa Zoom utiliza as peças do brin-quedo como ferramenta de aprendizado e é ofertado

para alunos do ensino infantil até o ensino médio. Já os cursos Líder e Genius são extracurriculares. O pri-meiro é indicado para jovens entre 10 e 15 anos, e o segundo dá noções básicas de robótica para a menina-da entre 6 e 9 anos. “Eu consegui montar um carrinho que sobe montanha”, conta, entusiasmado, Enrico Guimarães Scanni, de 7 anos. “Com minha turma, fi-zemos a programação no computador, depois monta-mos a base e os eixos do carro. No final, colocamos o motor.” Além de verem seus filhos aprendendo o bê-á -bá de softwares, algoritmos e afins, os pais garantem que o melhor dos cursos é poder observar esse entu-siasmo nos pequenos. =

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4BUDDYS ESCOLA DE TECNOLOGIA. Rua Cristina,157, Sion, e Rua Alarico Barroso, 365, Ouro Preto. Tel.: 3090-1122 e 3090-1123. www.buddys.com.br

4INSPIRAR EDUCACIONAL. Rua Vitório Marçola, 90, Anchieta. Tel.: 2514-1867. www.inspirareducacional.com.br

4JUST CODING. Rua Kleper, 488, loja 1, Santa Lúcia. Tel.: 2511-2018. www.justcoding.com.br

Enrico Scanni com seu pai, Cláudio, na Inspirar: peças de Lego como ferramenta de aprendizado

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38 Canguru . ABR IL 20 16

4luto

A difícil tarefa de falar sobre a morte

O PRIMEIRO DIA de aula costuma ser animado, cheio de reencontros e de novidades. No início deste ano letivo, entretanto, a tarde começou com um clima tenso e saudoso no Instituto Educacional Despertar, no Sion. Pedro, de 9 anos, não estava mais entre os alunos. Enquanto passava as férias de janeiro com a mãe, a jornalista Sônia Pessoa, em Paracatu, no inte-rior de Minas, o garoto sofreu um mal súbito, entrou em coma e morreu. Além de tristes com a notícia, os pais dos estudantes estavam preocupados com a ma-neira de contar às crianças. “Antes do reinício das aulas, alguns pediram para que os professores co-municassem o que havia acontecido, porque não ti-veram coragem de falar a respeito”, conta a professo-ra Carolina Neuenschwander. Mas como introduzir os pequenos a um assunto com o qual muitos adul-tos têm dificuldade de lidar?

“A melhor forma de se comunicar com a criança é sempre falando a verdade, com o cuidado de usar uma linguagem que ela consiga entender”, afirma a psicólo-ga infantil Flavia de Arruda Gomes. “É especialmente importante responder se ela fizer uma pergunta, por-que isso significa que está precisando da informação.” Foi exatamente o que fez Clausi Diniz, professora es-colhida para falar com a turma. A pergunta “Onde está o Pedro?” foi o ponto de partida para a conversa. Sen-tadas em roda, as crianças ouviram o resumo do que aconteceu e souberam que o amigo não voltaria nunca mais, “porque, tão bacana que era, tinha sido chama-

Vale dizer que o outro virou uma estrela, uma sementinha ou que foi morar com Deus. Só não pode fingir que ela não existe

POR Sabrina Abreu

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do para ficar perto de Deus”. A professora optou por não usar o verbo morrer. Mas quando os alunos con-cluíram e disseram “o Pedro morreu”, ela confirmou. No dia a dia, a saudade tem sido vivida de forma leve. “Antes do Carnaval, por exemplo, enquanto confec-cionávamos máscaras para a turma, surgiu a ideia de fazer uma para o Pedro. E fizeram, como uma home-nagem”, lembra Clausi.

Não existe uma metáfora ou mesmo uma explica-ção certa para tratar do fim da vida. O importante é encontrar o modo mais verdadeiro de se expressar, de acordo com seus valores e crenças. “Alguns falam que quem morreu virou estrelinha, outros usam o recurso da religião. Se uma família não for religiosa, pode falar que a vida acabou e que a pessoa vai retornar à terra e se transformar numa sementinha que vai crescer”, es-clarece a psicóloga. Mais do que o impacto das pala-vras, segundo a especialista, as crianças percebem e absorvem o comportamento ao seu redor.

Entre os pequenos, alguns sinais de dificuldade em superar a perda são voltar a falar como bebê ou fazer xixi na cama. Alguns se tornam mais introspectivos e passam a esconder os sentimentos. “Os mais novos também podem se beneficiar do tratamento com espe-cialistas, e não há razão para ter preconceitos”, avalia Flavia. Segundo ela, uma boa forma de introduzir o conceito de morte e a experiência da perda na infância é o convívio com animais de estimação. Como o bichi-nho, normalmente, tem a vida mais curta, há tanto a criação do laço afetivo, quanto a observação de todo o ciclo da existência, desde quando é filhote até a velhice.

Para tentar ajudar a quebrar o tabu com que a so-ciedade trata a morte, entrou no ar, em janeiro deste ano, o site Vamos Falar Sobre o Luto, realização de sete amigas, que, desde 2014, entrevistaram mais de 170 pessoas sobre a experiência do luto e lançaram um do-

cumentário a respeito. Na primeira semana on-line, o endereço recebeu mais de 300 000 acessos. “Nossos entrevistados falam sempre de como se sentiam cons-trangidos durante o luto”, revela a jornalista Sandra Soares, que faz parte da equipe de idealizadoras. Outra das responsáveis pelo site, a também jornalista Cynthia de Almeida perdeu o filho Gabriel, de 20 anos, em um acidente de carro. No primeiro ano de ausência do ra-paz, um amigo dele deu à família a ideia de fazer uma festa em sua homenagem, com tudo de que ele mais gostava, como músicas tocadas no violão e uma pran-cha de surfe. “Houve essa ruptura com uma grande festa, que é um tributo feito até hoje”, lembra Cynthia.

Caçula entre os três filhos de Cynthia, a atriz Luisa Taborda tinha 11 anos nessa época. “De madrugada, eu percebi que havia acontecido uma coisa ruim”, re-corda-se. “Ouvia pessoas chegando na minha casa, choro, mas fiquei no quarto, sem coragem de pergun-tar.” Na manhã seguinte, Luisa recebeu a notícia de sua mãe. Apesar de todo o sofrimento daqueles dias, a atriz credita à família o fato de não ter ficado traumati-zada. “Acho que só não levei isso como um período muito negro da minha vida por causa do jeito como os meus pais lidaram, a postura deles em seguir em fren-te”, avalia.

Criadora do blog Tudo Bem Ser Diferente, em que compartilhava experiências e progressos de Pedro, que tinha hidrocefalia, Sônia Pessoa também gosta de relembrar os momentos bons ao lado do filho único. Nas redes sociais, em que o blog tem mais de 11 000 seguidores, escreve pensamentos a respeito dele e recebe o apoio de amigos e de gente que não a conhece pessoalmente. “Falar sobre o luto é im-portante e útil”, conclui a psicóloga Flavia. E ela completa: “Por que ignorar um fato que fará parte da trajetória de cada um de nós?”. =

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Que mãe você quer ser?

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Psicopedagoga argentina, autora dos best sellers “A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra” e “O Poder do Discurso Materno”

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Pediatra especialista em cardiologia, médica do CTI Infantil da Santa Casa de Belo Horizonte

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Nutricionista, apresentadora do programa “Socorro, Meu Filho Come Mal”, do canal pago GNT

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Escritora americana, autora do livro “Os 10 Erros Mais Comuns na Educação de Crianças”, colunista das revistas Time e New York

Publicitária, escritora, palestrante e colunista da rádio BandNews FM e das revistas Canguru e Pais&Filhos

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42 Canguru . ABR IL 20 16

4viagens, modo de usar

Costa do Descobrimento

EM ABRIL comemoramos o desco-brimento do Brasil pelos portugue-ses. A comemoração parece estranha a muita gente. Descobrir como, se havia índios aqui muito antes dos europeus? A façanha indígena não conta? Discussões à parte, explorar a Costa do Descobrimento é um pro-grama que marca para toda a vida. Afinal, estamos mergulhando na ori-gem de nossa herança cultural.

A Costa do Descobrimento fica no Sul da Bahia, nos arredores de Porto Seguro. Oferece desde par-ques naturais a cruzeiros marítimos, de canoagem a voos em ultraleve, de cavalgadas nas praias a trekkings nas matas, de mergulhos em recifes a stand up paddle nas águas mansas das enseadas, de vilas históricas a al-deias indígenas.

A vida gira em torno do mar, o ímã da área. A começar pelas belas praias. Arraial d’Ajuda, Trancoso, Caraíva e Espelho há muito trans-cenderam as fronteiras brasileiras e viraram point internacional. A rede hoteleira está equipada e há opções para todos os orçamentos. Os res-taurantes também. Com a demanda crescente, os preços subiram, mas ainda é possível comer e dormir bem a um custo acessível. Sobretu-do em abril, quando a alta tempora-da acabou.

Na Costa do Descobrimento evi-dentemente há muita história. A co-meçar pelo Monte Pascoal, a primei-ra porção de terra avistada por Pedro

Álvares Cabral. Em seu entorno foi criado o Parque Nacional e Históri-co do Monte Pascoal, no município de Itamaraju, à margem da BR-101. Ali ainda residem membros da etnia pataxó e resistem porções da Mata Atlântica original. Além de conhe-cimento, a garotada pode adquirir cocares, arcos, flechas, colares, pul-seiras e brincos com o colorido da floresta e o bom gosto dos índios. Aliás, em toda a região, a presença dos pataxós é marcante. Perto de Ca-raíva, uma vila com ruas de areia e a foz de um rio encantador, fica sua al-deia-mãe, na qual se pode participar de rituais seculares. No Parque Na-cional Pau-Brasil, em Porto Seguro, a garotada entra em contato com a árvore que deu nome ao nosso país, vê uma das suas maiores reservas e

caminha dentro de um patrimônio da humanidade.

O pequeno distrito de Vale Ver-de, com sua praça gramada e sua igrejinha jesuítica, cuja fundação re-monta ao século XVI, ainda conserva o clima tranquilo que Trancoso, com origem, traçado e evolução pareci-dos, vai aos poucos cedendo para ba-res e restaurantes. Nesses dois locais, meninas e meninos fazem, num pis-car de olhos, uma volta aos tempos coloniais. O Centro Histórico de Porto Seguro também lhes oferece igrejas, casarões, casinhas coloridas e marcos históricos que dão aulas ao vivo sobre nossa tradição cultural.

Em Arraial d’Ajuda, além de explo-rar os peixes nos recifes quando a maré abaixa, vale a pena levar as crianças ao Eco Parque. Diversão garantida. Tiro-lesa gigante, piscina com ondas, toboá-guas e a beleza do lugar transformam o passeio em memórias de alegria.

Por tudo isso, a Costa do Desco-brimento é uma grande descoberta para as crianças. Para adultos também. Descoberta que perdurará. Afinal, ali nasceu o Brasil com o qual convive-mos. E ali sobrevive o legado da terra ainda sem sotaque europeu.=

Luís Giffoni é cronista, romancista e palestrante. Autor de 26 livros, tem nas viagens uma de suas paixões. Nelas aprende a diversidade do mundo e das pessoas, experiência que acaba traduzindo em suas obras. Neste espaço, dá dicas sobre como aproveitar o mundo com os pequenos.

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4História de mãe

Um grande, mega, super desafio

AFINAL, O QUE seria uma mãe pro-fissional? Aquela que sabe tudo sobre psicologia infantil, que estuda livros para ser uma “Supernanny”, como o Crianças Francesas Não Fazem Manha ou A Encantadora de Bebês? Aquela que faz as receitas mais gostosas e divertidas com legumes e frutas, que não permite a entrada de suquinhos de caixinha nas merendeiras dos pequenos? Aquela que leva as crianças ao parquinho no melhor horário do sol, e faz questão de prepa-rar aquele piquenique no final da brin-cadeira?! Quem não gostaria de ser uma “Mary Poppins”? #sóquenão!!!

Mãe profissional é aquela que ama seus filhos, adora estar com eles, se preo-cupa, quer o melhor para sua alimenta-ção, lazer, educação e diversão. Mas essa mãe é profissional! Financeiramente independente, com projetos empolgan-tes, cobranças e responsabilidades mil. Essa mãe profissional sai cedo e chega tarde em casa. Fala ao celular e respon-de mensagens, enquanto dá a papinha, brinca de desenhar ou enquanto seu filho anda de patinete. Essa mãe passa inúmeras vezes pelo conflito: ser mãe e profissional ao mesmo tempo dá certo? Será que eu não deveria estar com meu filho(a) agora, com essa febre, com esse choro? Com esse corpo todo empolado... com esse catarro que não cessa? Será que

não deveria ceder a um pedido tão ge-nuíno, como “mamãe, fica comigo”? Ou responder com um “não” grande e sem culpa depois da pergunta: “Mamãe, você vai trabalhar hoje”? É de partir o cora-ção deixar seu pequeno por uma reunião inadiável.

Mãe profissional tem um grande, mega, superdesafio, o maior para mim desde que me tornei mãe: entregar um trabalho de primeira e ser presente na vida do filho!

Quem nunca passou por esse dilema ou não tem filhos, ou não trabalha fora.

Escutei algumas vezes: “Coitado da-quele que, ao chegar ao trabalho, deixa seu coração em outro lugar”. Tem uma parte que é verdade. Mas coitada mes-mo é da mãe que não consegue entender que só tem um dono para o seu coração, e que ser mãe profissional é aprender a ser leve e realizada, deixando todos os dias o seu coração com seu único dono: seu filho. Meu coração fica todos os dias com a minha Maricotinha, de 2 anos e 9 meses!

Viva a mãe profissional.=

POR Adriana Goulart

Adriana GoulartPublicitária e pós-graduada em marketing pela Fundação Dom Cabral, é mãe da Maria, de 2 anos e 9 meses. Se orgulha de estar sempre presente na vida de sua filha sem deixar o trabalho em segundo plano.

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44 Canguru . ABR IL 20 16

4para ler com seu filho

Letras e palavras para brincar

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leo cunha e os filhos André e Sofia

Leo Cunha é escritor e publicou mais de cinquenta livros, como Vira-lata (Ed. FTD) e ABCenário (Ed. Autêntica). Já recebeu os principais prêmios da literatura infantil brasileira, como Jabuti, Nestlé e João-de-Barro. Na Canguru, dá dicas de livros para crianças.

[email protected]

PARA A CRIANÇA, as palavras são um mistério. Crescer é conhecer o mundo e as palavras que compõem e nomeiam esse mundo. E descobrir as letras que, por sua vez, compõem essas palavras. Na coluna deste mês, quero falar de dois livros que entendem perfeitamente esse fascinante mistério da língua.

Para começar, o Abecedário do Millôr para Crianças. Um dos mais consagrados e múltiplos artistas brasileiros, Millôr Fernandes reúne, neste livro belíssimo, definições poéticas e cômicas para cada uma das letras do alfabeto. Por exemplo: “o A é uma letra com sótão”, “o B é o 1 que se apaixonou por um 3”. Pouco importa se o texto não foi escrito originalmente para o público infan-til: o que vale é que esta edição — com suas imagens debochadas e sutis, que dialogam com o olhar cômico e absurdo de Millôr — é uma leitura arrebatadora para pais e filhos.

SOBRE OS AUTORES: Millôr Fernandes, carioca, foi humorista, jornalista, cartunista, pintor, dramaturgo, tradutor, e fez tudo isso com genialidade. Ana Terra, gaúcha, é escri-tora e ilustradora, com vários prêmios e exposições no Brasil e no exterior.

O livro Brincabulário já anuncia a que veio em seu subtítulo: é um dicionário de palavras imaginárias. A autora, Marta Lagarta, dedica-se às palavras que quase exis-tem, ou bem poderiam existir. O primeiro verbete é “Abracadabraço”, que nada mais é que um abraço mágico que você pode dar em si próprio. Mas o leitor vai conhecer também bichos inusitados, como o “capinguim” (pinguim caipira que só come ca-pim) e objetos fantásticos como o “pincéu” (usado por pintores que morreram mas continuam pintando). Como qualquer dicionário, este se presta muito bem a leituras aleatórias, fora de ordem, gratuitas. Mas sem nenhuma intenção de aprendizado, só de diversão e fantasia. Embora nos leve à reflexão também. Por exemplo, Marta fala de um idioma no qual não existe a palavra egoísmo e pergunta: “se não existe a palavra, existirá o sentimento egoísta?”

SOBRE OS AUTORES: Marta Lagarta, carioca, é escritora, dramaturga, radialista e, pasmem, mágica! Sandro Castellio, paulista, é ilustrador, quadrinista e tradutor de quadrinhos.

ABECEDÁRIO DO MILLÔR PARA CRIANÇAS. Texto de Millôr Fernandes. Imagens de Ana Terra. Editora Nova Fronteira, 2014.

BRINCABULÁRIO. Texto de Marta Lagarta. Imagens de Sandro Castelli. Editora Ática, 2011.

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4na pracinha

A DICA DE hoje é uma área que fica pertinho de BH, o Parque Eco-lógico Thiago Rodrigues Ricardo, localizado em Contagem. O nome é comprido, mas ele é conhecido, na realidade, como Parque do El-dorado, porque fica no bairro de mesmo nome.

Um lugar encantador, desses que dá para passar o dia inteiro com as crianças. Bem cuidado, possui em torno de 15 000 metros quadrados. O parquinho de ma-deira — que parece um forte — faz sucesso com a criançada. Fica numa área de sombra, sobre um banco de areia.

Há ainda muito espaço para correr, dois lagos e uma mata. Dá para brincar de esconde-escon-de e de exploradores — existem várias placas de identificação das espécies presentes no espaço.

Uma linda arena colorida para

apresentações culturais, pista de caminhada, academia da cidade, quadras de vôlei e futebol também fazem parte da estrutura.

E se quiser apenas relaxar, há muitos banquinhos para contem-plação e leitura, perfeitos para cur-tir o projeto Gaioloteca. Idealizado por um grupo de alunos do curso

de marketing do Centro Univer-sitário Una, o projeto consiste no empréstimo local de livros para os frequentadores do parque. E tem uma variedade bem legal. Torce-mos para que outras iniciativas como essa apareçam pelos espaços de nossa cidade <3

São muitas opções, agora só falta programar o passeio — va-mos brincar lá fora? =

Rua das Paineiras, 1722, bairro Eldorado, Contagem-MG.

Criado em 2011 pelas mães Flávia Pellegrini e Miriam Barreto, o blog tem o objetivo de incentivar brincadeiras ao ar livre em família. Na Canguru, as fundadoras do Na Pracinha dão dicas de passeios divertidos para a meninada.

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Parque do Eldorado

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Fechar portas e gavetas de armários que os outros deixaram abertas.

Virar o papel higiênico para que a ponta fique para a frente, que é o certo, em vez de ficar atrás, lá no fundo, perto da parede.

Arrumar o tapete do banheiro cada vez que alguém sair de lá.

Arrumar as cadeiras em volta da mesa quando estão desa-linhadas.

Colocar os pratos por ordem de tamanho, os maio-res no fundo, no escorredor.

Clicar na mensagem do celular avisando que tem e-mail, WhatsApp ou outra coisa, mes-mo que não tenha tempo de ler, só para o

aviso não ficar aparecendo na tela.

Arrumar as notas na carteira em ordem cres-cente de valor e todas viradas para o mesmo lado.

Alinhar os objetos e móveis, quadros e qual-quer coisa que não esteja alinhada.

Sair andando atrás de visitas e hóspedes em casa apagando as luzes que eles deixaram ace-sas ao saírem de algum ambiente.

Organizar roupas por cores nos armários.=

4padecendo no paraíso

Coordenado pela arquiteta Bebel Soares e pela designer Tetê Carneiro, o grupo Padecendo no Paraíso nasceu em março de 2011, no Facebook, e é formado atualmente por mais de 6 000 mães. Na Canguru, as fundadoras do Padecendo discutem assuntos como saúde, alimentação, sexo, viagens, educação, estética e beleza.

www.padecendo.com.br

No Dia Internacional da Mulher, fizemos uma enquete no grupo sobre aquelas pequenas grandes manias que as mulheres têm. Algumas normais, outras bizarras. Até que ponto estamos sendo mulheres? E até que ponto rola um exagero que beira à loucura?Quantos desses itens se encaixam na sua rotina?

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A essência feminina

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48 Canguru . ABR IL 20 16

4artigo | Patrícia Quaresma Ragone

Como lidar com o fracasso do filho

ATUALMENTE, HÁ UMA tendência crescente dos pais a, equivocadamente, não enfrentar o fracasso do filho. Muitos acreditam que o fracasso, qualquer que seja ele (escolar, de socialização etc.), resultaria em baixa autoestima. Assim, o objetivo passa a ser ofus-cá-lo. Se o fracasso se dá no campo da socialização, como no caso de o filho não ser convidado para o ani-versário de um colega, o modo como os pais contor-nam a realidade pode incluir desde críticas aos ami-gos da criança até o extremo de fazer uma festa maior e não convidar o colega. Se o fracasso ocorre no âm-bito escolar, quando, por exemplo, o filho tira notas baixas, os pais culpam a professora ou a escola. Assim como esses, vários outros exemplos podem ser citados. Segundo o psicólogo americano Martin Seligman, as crianças precisam falhar. Elas precisam se sentir tristes, ansiosas e iradas, ou seja, ter a experiência legítima das emoções negativas. Quando os pais impulsivamente protegem os filhos do fracasso, acabam por privá-los de um aprendizado de habilidades.

O que interessa realmente é que muitos pais dei-xam de se perguntar algo fundamental: qual é a res-ponsabilidade do meu filho nessa situação? No caso da criança que não foi convidada para a festa, os pais poderiam questionar se o filho não teria sido antipáti-co com o colega e por isso não foi convidado, ou, tal-vez, se o filho, por timidez, esteja tendo problemas de relacionamento. O mesmo vale para o caso da criança com notas baixas. Sentimentos de elevada autoestima desenvolvem-se como efeito colateral da capacidade de enfrentar e vencer desafios, não mascarando os fra-cassos ou se esquivando deles.

Se não pode evitar nem ignorar o fracasso, como os pais devem proceder? O ideal em situações desse tipo é, primeiramente, identificar a responsabilidade da criança ou adolescente e fazê-los entender exatamen-te sua parte de responsabilidade nesse processo. Um

segundo passo, extremamente importante, é mostrar ao filho que o episódio de fracasso não tem um cará-ter de permanência. Frases de incentivo, como “Hoje você cometeu alguns erros no recital de piano, mas no próximo poderá tentar de novo e sei que se saíra mui-to melhor”, são sempre bem-vindas. O fracasso não pode ser generalizado para todas as áreas. Não con-seguir uma vaga no time de futebol pode significar que ele não treinou o bastante ou, até mesmo, que, na verdade, ele tem aptidão para outros esportes ou para artes. Deve-se evitar, ainda, que a criança ou o adoles-cente associem o fracasso a algo pessoal. É necessário reforçar o aspecto comportamental, transmitindo, as-sim, a ideia de que a situação pode ser alterada. Outra coisa que os pais devem incentivar é a habilidade dos filhos para saber especificar o problema e pensar em alternativas de solução. Se o filho fracassou no vesti-bular, ele próprio pode encontrar a alternativa para solucionar a situação e ter êxito no concurso seguinte: montar grupo de estudos com outros colegas ou pedir ajuda ao professor em cuja matéria sentiu mais difi-culdade na hora da prova.=

Patrícia Quaresma Ragone Psicóloga, pedagoga, pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior e especialista em Psicologia Clínica e em Terapia Cognitiva, é autora dos livros Laços — Contribuições da Terapia Cognitiva para as Relações Familiares, publicado em 2009, e Laços — um Longo Caminho a Dois, de 2015.

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As crianças precisam falhar. Elas precisam se sentir tristes, ansiosas e

iradas, ou seja, ter a experiência legítima das emoções negativas. Quando os pais impulsivamente protegem os filhos do fracasso, acabam por privá-los de um

aprendizado de habilidades

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PARA ANUNCIAR(31) 3656-7818Classificados

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POR ALGUM ERRO tecnológico do usuário, meu

novo aparelho celular tem apenas uma música em

seus arquivos. O que descubro dentro da aeronave, a

caminho de São Paulo. Ainda bem que a faixa é Hap-

py, de Pharrel Williams, e não um réquiem. Durante

o voo tenho duas opções: Happy ou Happy. Escolho

as duas e coloco em looping: cinquenta minutos de

voo literalmente felizes, durante os quais escrevo esse

texto, entre um agito de ombro e outro.

A trilha veio a calhar para o tema previamente es-

colhido: humor. Que não é sinônimo de alegria, mas

com certeza sabe o caminho até ela. “Uma mulher rica

se veste de pobre no Carnaval. Isso é ironia. Uma mu-

lher pobre se veste de rica no Carnaval. Isso é humor.”

Nunca vou me esquecer da lição aprendida com meu

professor de redação publicitária, Renato de Pinho.

Humor é saber rir de si mesmo. Graça que faz rir, sem

fazer ninguém chorar em troca. O resto é rir à custa

do outro, o que coloca o riso em outro departamento.

(Enquanto escrevo, o casal ao meu lado troca far-

pas de quem já perdeu a delicadeza por excesso de

convívio. Só quem está do lado de fora consegue en-

xergar quão patética pode se tornar a vida a dois sem

o cultivo do cuidado e da delicadeza.)

Nada melhor que conviver com alguém com

quem façamos uma combinação feliz (literalmente),

preenchendo o dia com risadas, por nada ou quase.

Não sei se é algo que pode ser ensinado, mas acredito

que seja o bom e velho caso do exemplo. Quer que

seu filho tenha humor? Tenha. Ria de si mesmo, mos-

tre suas fraquezas diante dele, e assim encoraje-o a

lidar com as suas próprias.

Momentos de humor não só suavizam as horas

difíceis, mas passam a ser referenciais positivos para

a memória.

Rir acalma. Exercita o abdome. Contagia, convida,

desarma. Ocupa o lugar da birra, da inconformação

e da revolta, com múltiplas vantagens. E principal-

mente: nos coloca a uma distância de segurança da

autocompaixão. Quando nos falta ar diante do ines-

perado, gargalhadas trazem um pouco de fôlego.

“Because I’m happy”, Pharrel canta ao meu ouvi-

do. E só o refrão basta. Porque estou feliz, canto no

chuveiro, trabalho sorrindo, faço com calma. Mesmo

cansada. Mesmo com muito trabalho pela frente.

“Engraçado”, dizemos no início de algumas frases,

sem pensar no significado. Engraçada é a vida. Ou

pelo menos deveria ser. Das duas, uma: rir ou rir. É

isso que tento ensinar para meu filho. Para que eu

mesma não me esqueça.=

50 Canguru . ABR IL 20 16

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cris guerra e o filho francisco

Cris Guerra é publicitária, escritora e palestrante. Fala sobre moda e comportamento em uma coluna na rádio BandNews FM e a respeito de muitos outros assuntos em seu site www.crisguerra.com.br. Na Canguru, escreve sobre a arte da maternidade.

[email protected]

Humor é saber rir de si mesmo. Graça que faz rir, sem fazer ninguém

chorar em troca. O resto é rir à custa do outro, o que coloca o

riso em outro departamento

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