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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Rosana Cristina da Rocha o DEFICIENTE FisICO E UM PROGRAMA DE TREINO DE ARREMESSO E LAN<;AMENTO Curitiba 2006

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Rosana Cristina da Rocha

o DEFICIENTE FisICO E UM PROGRAMA DE TREINO DEARREMESSO E LAN<;AMENTO

Curitiba2006

Rosana Cristina da Rocha

o DEFICIENTE FisICO E UM PROGRAMA DE TREINO DEARREMESSO E LAN<;AMENTO

Trabalho de Conclusao de Curso apresentado aoCurso de Educa9ao Fisica da Faculdade deCiencias Biol6gicas e da Saude da UniversidadeTuiuti do Parana, como requisito parcial para aaprova<;ao na gradua<;80. Sob orienta<;ao daprofessora Mestre Helia Eunice Soares.

Curitiba2006

TERMO DE APROVAr;AO

Rosana Cristina da Rocha

o DEFICIENTE FisICO E UM PROGRAMA DE TREINO DE

ARREMESSO E LANr;AMENTO

Este trabalho de conclus3o de curso foi julgado e aprovado para a

obteny30 do titulo de licenciado e bachareiado em Educay30 Fisica da

Universidade Tuiuti do Parana, com aprofundamento em Portadores de

Necessidades Especiais.

Curitiba, 3 de maio de 2006.

Professorastre @aEunice Soares

AGRADECIMENTOS

A toda minha familia, em especial aos meus pais, pela minha vida, dedicac;:ao,

e incentivo nos meus estudos.

A minha orientadora Prof. Helia Eunice Soares por sua dedicac;:ao durante

esse periodo de convivencia.

Aos alunos e 0 Prof. Darlan Franc;:a Jr. da Associac;:ao dos Deficientes Fisicos

do Parana, que sem eles nao seria possivel a realizac;:ao desse trabalho.

Enfim, a todos que contribuiram direta ou indiretamente para a realizac;:ao

desse trabalho.

Obrigada.

"Deficiente" e aquele que nao consegue modificar sua vida, aceitandoas imposi96es de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem terconsciencia de que e dono do seu destino.

"Louco" e quem nao procura ser feliz com 0 que possui.

"Cego" e aquele que nao ve seu proximo morrer de frio, de fome,de miseria. E s6 tem olhos para seus miseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" e aquele que nao tem tempo de ouvir um desabafo de umamigo, ou 0 apelo de um irmao. Pois esta sempre apressado para 0trabalho e quer garantir seus tost6es no fim do meso

"Mudo" e aquele que nao consegue falar 0 que sente e se esconde portras da mascara da hipocrisia.

"Paralitico" e quem nao consegue andar na dire9ao daqueles queprecisam de sua ajuda.

"Diabetico" e quem nao consegue ser doce.

"Anao" e quem nao sa be deixar 0 amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiencias e ser miseravel, pois"Miseraveis" sao todos que nao conseguem falar com Deus.

Mario Quintana

SUMARIO

1 INTRODUc;Ao .

1.1 JUSTIFICATIVA.

1.2 PROBLEMA ..

1.3 OBJETIVOS .

1.3.1 OBJETIVO GERAL .

1.3.2 OBJETIVO ESPECiFICO

2 REVISAo DE LlTERATURA

2.1 0 QUE SAO PESSOAS COM DEFICIENCIAS ..

2.2 DEFICIENCIA FislCA .....

2.2.1 PARALISIA CEREBRAL .

2.2.2 TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFALICO

2.2.3 DISTROFIA MUSCULAR

2.2.4 ESPINHA BiFIDA .

2.2.5 LESAo MEDULAR .

2.3 HISTORIA DO ESPORTE ADAPTADO .

2.4 DES PORTO E DEFICIENCIA FislCA

2.5 ATLETISMO .

2.6 ARREMESSO E LANt;AMENTO .

3 METODOLOGIA .

3.1 TIPO DE PESQUISA .....

3.2 POPULAt;Ao AMOSTRA

3.2.1 POPULAt;AO

3.2.2 AMOSTRA

3.2.3 INSTRUMENTOS .

3.3 DESENHO EXPERIMENTAL

3.4 COLETA DE DADOS ....

3.5 MATERIAL.

3.6 LlMITAt;OES

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33

33

34

34

35

4 APRESENTAC;Ao E DISCUssAo DOS RESULTADOS

5 CONCLUsAo ...

REFERENCIAS

APENDICE .

3641

43

45

LIST A DE QUADROS

QUADROS Pag.

QUADRO 1. Competiyoes Paraolimpicas . .. 20

QUADRO 2. Sistema de classificay80 funcional do atletismo utilizado em

Berlim 1994 e Atlanta 1996 - Provas de Campo .

QUADRO 3. Sistema de Classificay80 Funcional do atletismo para atletas

em cadeira de rodas do sexo masculino ....

QUADRO 4. Sistema de Classificay80 Funcional do atletismo para atletas

26

27

em cadeira de rodas do sexo feminino . 2836QUADRO 5. Comparay8o do desempenho individual dos atletas

QUADRO 6. Comparay8o entre atletas do sexo masculino e feminino

verificando que obteve um melhor desempenho 37

QUADRO 7. Comparay8o do desempenho entre atletas de arremesso de

peso, lanyamento de disco e clube . 39

RESUMO

o DEFICIENTE FisICO E UM PROGRAMA DE TREINO DEARREMESSO E LANI;AMENTO

Autora: Rosana Cristina da RochaOrientadora: Prof. Mestre Helia Eunice Soares

Curso de Educayao FisicaUniversidade Tuiuti do Parana

Esta pesquisa com caracteristicas quase-experimental teve como focoprincipal verificar 0 efeito do programa de arremessos e lanyamentos em alunosportadores de deficiencia fisica da Associayao dos Deficientes Fisicos do Parana. Aamostra foi composta por 05 alunos cadeirantes dos sexos masculino e feminin~,nos quais foram aplicados duas avaliayoes (que mediam a distancia dos arremessose lanyamentos) e um programa de treino (compostos por aquecimentos, arremessos,lanyamentos e alongamento). 0 programa de treino foi realizado tres vezes porsemana, duas horas por dia e num periodo de dois meses, completando 20treinamentos. Com os resultados obtidos, constatou-se que dos cinco atletasavaliados, tres tiveram melhoras no desempenho quantitativo e dois devido aslimitayoes que tiveram durante 0 programa tiveram resultados negativos. Nacomparayao entre os atletas do sexo feminino e sexo masculino, as mulherestiveram um melhor resultado. E na comparayao dos atletas nas provas dearremesso e lanyamento, verificou-se um melhor desempenho nos atletas delanyamento de clube. Os deficientes fisicos por apresentarem dificuldades motoras,esse programa de treino apresentou uma melhora significante nas habilidadesmotoras desses atletas.

Palavras-Chave: Deficiente Fisico; Esporte adaptado; Atletismo

E-mail: [email protected]

INTRODUI;Ao

o DEFICIENTE FisICO E UM PROGRAMA DE TREINO DEARREMESSO E LANCAMENTO

1.1 JUSTIFICATIVA

Estimativas da Organizac;:ao Mundial de Saude (OMS) indicam que 10 a 15% da

populac;:ao, sao portadoras de algum tipo de deficiEmcia nos paises em

desenvolvimento. Destes, 20% seriam portadores de deficiencia fisica.

A deficiencia fisica e definida como uma desvantagem, resultante de um

comprometimento ou de uma incapacidade, que limita ou impede 0 desempenho

motor de determinada pessoa.

Segundo Duarte e Werner (1995, p.28), a deficiencia fisica e entendida como

uma alterac;:ao no corpo que provoca dificuldades na movimentac;:ao das pessoas e

as impedem de participarem da vida de forma independente.

As deficiencias fisicas se classificam em: ortopedicas (como sendo aquela

que envolve problemas dos musculos, ossos e/ou articulac;:6es) e neurol6gica

(aquela que envolve as deteriorizac;:6es ou les6es do sistema nervoso central).

Os disturbios motores podem apresentar-se de duas formas: congenitas ou

adquiridos. A deficiencia e congenita quando a crianc;:a nasce portadora dessa

deficit§ncia e adquirida quando a pessoa, por algum motivo, sofre uma lesao

(acidente), tornando-se portadora de uma deficiencia.

10

o inicio dos esportes para os deficientes se deu a 56 anos, na epoca da II grande

guerra mundial. Um medico Ingles teve esta ideia para aumentar a integra980 dos

deficientes a sociedade e proporcionar mais um tipo de atividade, on de as pessoas

trabalhariam com a mente e 0 corpo, resultando numa melhor reabilita980 fisica e

mental. Oaquela epoca em diante, foram criadas ou adaptadas varias modalidades

esportivas, para diferentes tipos de deficiencias e, diversas competi90es, gerando

atletas amadores e profissionais.

Mesmo com todos esses acontecimentos, a pessoa com deficiencia fisica muitas

vezes restringe suas experiencias, porque 0 mundo Ihe e repleto de barreiras e

Iimita90es. Sendo assim, a reabilita980 buscou na atividade fisica, novos caminhos

para incluir essas pessoas a sociedade, evidenciando suas capacidades residuais,

atraves do esporte. E a partir dessas evidencias, come9amos a conhecer melhor

essas pessoas e seus potenciais, e percebemos 0 quanto e importante as pesquisas

voltadas para a mesma. Com isso, este trabalho vem analisar 0 efeito de um

programa de arremesso e lan9amento, sobre 0 portador de deficiencia fisica nos

parametros quantitativos.

1.2 PROBLEMA

Qual 0 efeito de um programa de treino baseado em arremesso e lan9amento,

para 0 portador de deficiencia fisica nos parametros quantitativos?

1.30BJETIVOS

II

1.3.1 OBJETIVO GERAL

Verificar 0 efeito do programa de arremesso e lan<;:amento em alunos

portadores de deficiencia fisica ap6s 20 treinos, no desempenho quantitativo.

1.3.2 OBJETIVO ESPECiFICO

Tra<;:ar 0 perfil do atleta de arremesso de peso, lan<;:amento de disco e

c1ube;

Aplicar as avalia<;:oes antes;

Aplicar um programa de treino baseado em arremesso e ian<;:amento;

Aplicar uma avaiia<;:ao ap6s 0 programa de treino;

Comparar 0 desempenho entre os atletas antes e ap6s 0 programa;

Comparar 0 desempenho entre os sexos feminino e masculino, antes e

ap6s 0 programa;

Comparar 0 desempenho entre os atletas de arremesso de peso e 0

lan<;:amento de disco e c1ube;

2 REVISAo DE LlTERATURA

1.1 0 QUE sAo PESSOAS COM DEFICIENCIAS

Ha muito tempo, varios termos tem side utilizados para descrever individuos

com algum tipo de deficiencia. 0 termo "deficiente" tem side discutido por varios

autores, tendo significados diferentes, (CIDADE E FREITAS, 2002, p.9).

Segundo Pedrinelli (1994), a declara«ao dos Direitos Das Pessoas

Deficientes, aprovada pela Assembleia Geral da Organiza«ao das Na«oes Unidas

(ONU), em 9 de dezembro de 1975, em seu artigo 10 especifica que 0 termo

"pessoas deficientes" refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar a si mesma,

total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em

decorrencia de suas capacidades fisicas ou mentais. Por outro lado, a OMS publicou

em 1980 uma Classifica«ao Internacional dos Casos de: 1) Impedimento (na

tradu«ao do ingles impediment), 2) Deficiencia - (disability) e 3) Incapacidade

(handicap). 0 impedimento diz respeito a uma altera«ao (dano ou lesao) psicologica,

fisiologica ou anat6mica em um orgao ou estrutura do corpo humano. A deficiencia

esta ligada a possiveis sequelas que restringiriam a execu«ao de uma atividade. A

incapacidade diz respeito aos obstaculos encontrados pelos deficientes em sua

intera«ao com a sociedade, levando-se em conta a idade, sexo, fatores socia is e

culturais. Na nossa sociedade, mesmo que a ONU e a OMS tenham tentado eliminar

a incoerencia dos conceitos, a palavra deficiente tem um significado muito forte. De

certo modo ela se opoe a palavra eficiente. Ser deficiente, antes de tudo, e nao ser

13

capaz, nao ser eficaz. Pode ate ser que, conhecendo melhor a pessoas, venhamos

a perceber que ela nao e deficiente assim. Mas, ate la, ate segunda ordem, 0

deficiente e 0 nao-eficiente.

Outro termo tambem utilizado na area e "pessoa portadora de necessidades

especiais," que caracteriza alguem que nao necessariamente portador de uma

deficiencia. Eo um termo abrangente e define a pessoa como "a que apresenta, em

carater permanente ou temporario, algum tipo de deficiencia fisica, sensorial,

cognitiva, multipla, altas habilidades, necessitando, por isso, de recursos

especializados para desenvolver mais plenamente 0 seu potencial e/ou superar suas

dificuldades (BRASIL, apud CIDADE E FREITAS, 2002).

Sendo assim em qualquer sociedade existem valores culturais que se

consubstanciam no modo como a sociedade esta organizada. Sao valores que se

refletem imediatamente no pensamento e nas imagens dos homens, e norteiam as

suas ac;:oes. Sao valores que terminam por se refletir nas palavras com que os

homens se exprimem. Assim sendo, em todas as sociedades a palavra deficiente

adquiri um valor cultural segundo pad roes , regras e normas estabelecidos no bojo

de suas relac;:oessocia is.

A realidade natural e diversa: nos homens nao somos fisicamente todos

iguais. Eo claro que fazemos parte da mesma especie, mas cada um de nos tem

altura diferente, cor de pele e de olhos diferentes, peso diferente etc. Somos todos

homens, porem diversos. Fisicamente temos, portanto, caracteristicas diferentes uns

dos outros. As pessoas deficientes talvez sejam um pouco mais diferentes, ja que

podem possuir sequelas mais notaveis.

14

2.2 DEFICIENCIA FlslCA

A deficiencia fisica refere-se ao comprometimento do aparelho locomotor que

compreende 0 sistema osteo-articular, 0 sistema muscular e 0 sistema nervoso. As

doen<;:as ou lesoes que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em

conjunto, podem produzir quadros de limita<;:oes fisicas de grau e gravidade

variiIVeis, segundo o(s) segmento(s) corporais afetados e 0 tipo de les130 ocorrida.

As deficiencias fisicas classificam-se em:

Ortopedica: aquela que envolve problemas dos musculos, ossos e lou

articula<;:oes.

Neurologica: aquela que envolve as deterioriza<;:oes ou les5es do sistema

nervoso central.

De acordo com Duarte e Werner (1995), os disturbios motores apresentam-se

de duas formas: congenita quando a crian<;:a nasce portadora dessa deficiencia ou

adquiridos quando a pessoa por algum motivo, sofre uma les13o, tornando-se

portadora de uma deficiencia.

Os tipos das deficiencias pod em ser:

2.2.1 Paralisia Cerebral

A paralisia cerebral (PC), segundo Winnick, (2004) e um grupo de sintomas

incapacitantes permanentes, resultantes de dana as areas do cerebro responsaveis

pelo controle motor. Eo um problema n13o-progressivo que pode ter origem antes,

durante e logo apos 0 nascimento e se manifesta na perda ou no comprometimento

do controle sobre a musculatura voluntaria. 0 termo paralisia designa um disturbio

15

de movimento ou postura; a palavra cerebral denota relayao com 0 cerebro.

Dependendo do local do dana cerebral, os sintomas podem variar bastante, desde

os severos (incapacidade total de controlar os movimentos corporais) ate os muito

leves (so mente uma pequena deficiencia na fala).

A PC resulta de grande variedade de causas pre, peri ou pos-natais. A

rubeola, incompatibilidade de Rh, prematuridade, trauma no parto, hemorragia,

meningite, envenenamento, sao algumas causas da PC.

Classifical(ao, segundo a United Cerebral Palsy Associations:

Monoplegia - comprometimento de qualquer parte do corpo isoladamente.

Diplegia - comprometimento maior dos membros inferiores, e menos dos

membros superiores;

Hemiplegia - envolvimento completo de um lade do corpo;

Paraplegia - comprometimento apenas dos membros inferiores;

Quadriplegia - comprometimento total do corpo.

2.2.2 Traumatismo Cranio-encefalico

Para Winnick, (2004) 0 traumatismo cranio-encefalico designa uma lesao que

pode reduzir ou alterar 0 estado de consciencia, e provoca 0 comprometimento das

funy6es fisicas, cognitiva, social, comportamental e emocional. Os

comprometimentos envolvem falta de coordenayao, dificuldade para planejar e

estabelecer a sequencia de movimentos, espasticidade muscular, alem de uma serie

de comprometimentos sensoria is. Os comprometimentos fisicos geralmente causam

problemas ortopedicos de intensidade variada que requer 0 usa de cadeira de rodas.

Ja os comprometimentos cognitivos ocasionam deficits de memoria de curto e longo

16

prazo, pouca atenyao e concentrayao, lentidao no planejamento e estabelecimento

de seqOencia, alem de pouco discernimento. Os comprometimentos socia is,

emocionais podem abarcar entre outros as variayoes de humor, falta de motivayao,

baixo alto-estima, incapacidade de monitorar a si mesmo e dificuldade de

relacionamento com os demais.

Quaisquer ou todos estes comprometimentos podem variar bastante, dependendo

da extensao e do local do dana cerebral, e do exito do processo de reabilitayao,

portanto pode variar de leve a severos.

As causa mais comuns de lesoes na cabeya, em crianyas, resulta de:

acidentes em estradas (como pedestre, passageiro e ciclista); crises epileticas e

outras causas de perdas de consciencia, lesoes causadas par objetos(ex. taco de

golfe, bola, pedra e arma de fogo); lesoes relacionada a esportes (ex. equitayao,

skate, patins e futebol americano).

2.2.3 Distrofia Muscular

A distrofia muscular segundo Winnick, 2004, engloba um grupo de doenyas

hereditiuias que se caracterizam por uma fraqueza progressiva e difusa de varios

grupos musculares. A distrofia em si nao e fatal, mas as complicayoes secundarias

da fraqueza muscular predispoem 0 individuo a disturbios respiratorios e problemas

cardiacos. Os sintomas da doenya podem surgir a qualquer momenta entre 0

nascimento e a meia idade. Entretanto, a maioria dos casos de distrofia muscular

ocorre em crianyas e jovens.

Ha varios tipos de distrofia muscular:

17

Distrofia muscular miotonica, tambem conhecida como doen<;:a de Stienert, se

manifesta pela fraqueza muscular e afeta 0 sistema nervoso central, cora<;:ao, olhos

e gli3ndulas end6crinas. Por ela ser rara, ocorre quase que exclusivamente em

bebes de maes que apresentam a forma adulta da doen<;:a.

Distrofia muscular facioescapuloumeral, inicialmente afeta os musculos do

ombro e do rosto, e em alguns casos 0 quadril e a coxa. Em geral a expectativa de

vida e normal ja que esse tipo de distrofia pode cessar por si mesmo a qualquer

momento.

Distrofia muscular das cinturas dos membros, a degenera<;:ao pode come<;:ar

pela cintura pelvica ou escapular, ao contra rio do tipo facioescapuloumeral, a

degenera<;:ao continua, em ritmo lento. A incidencia das distrofias

facioescapuloumeral e das cinturas dos membros e equivalente em homens e

mulheres.

Distrofia muscular tipo Duchenne, e a forma mais comum e grave da doen<;:a

na infiincia. A incidencia e maior entre os meninos. A distrofia tipo Duchenne se

manifesta pela atrofia e fraqueza de coxa, quadril, costas, cintura escapular e

musculos respirat6rios. Os musculos tibiais anteriores, na parte baixa da perna ficam

extremamente fracos, resultando em pe equin~, ou seja, 0 pe permanece em

eversao. Consequentemente, 0 individuo fica suscetivel a quedas.

2.2.4 Espinha Bifida

A espinha bifida segundo Delisa (1992). e um defeito congenito em que 0

tubo neural nao se fecha completamente durante as quatro primeiras semanas do

desenvolvimento fetal. Consequentemente, 0 arco posterior de uma ou mais

18

vertebras nao se desenvolve de forma adequada deixando uma abertura na coluna

vertebral. Ha tres classificayoes para a espinha bifida:

A mielomeningacele e a forma mais grave e, infelizmente mais comum de

espinha bifida. Nessa condiyao 0 revestimento da medula espinhal (as meninges), 0

liquor e parte da medula se protraem pela abertura formando um saco visivel nas

costas da crianya.

A espinha bifida aculla e a forma mais leve e menos comum, na qual ha um

defeito no arco posterior da vertebra mais nao ha protrusao pela abertura, sendo

assim este tipo de espinha bifid a nao tem nenhum dana neurolegico associado.

2.2.5 Lesao Medular

Para Winnick (2004), os termos tetraplegia e paraplegia traumatica designam

lesoes medulares que tem como resultado a perda de movimento e sensibilidade. 0

grau de paralisia e/ou perda de sensibilidade na tetraplegia e na paraplegia esta

relacionado ao local da lesao (quanto a altura na coluna) e ao nivel de dana neural

(grau de lesao). Se a medula sofreu rompimento completo, a pessoa nao tem

controle motor nem sensibilidade nas partes do corpo que estao inervadas abaixo

daquele ponto. Essa perda e permanente ja que a medula espinhal nao tem

capacidade de regenerar-se. Em muitos casos, 0 dana a medula espinhal e

apenas parcial, tendo como resultado a retenyao de algum controle motor ou

sensibilidade abaixo do local da lesao, nesse caso 0 individuo pode experimentar 0

retorno gradual de um certo controle muscular e da sensibilidade ao longo de varios

meses apes a lesao. Esse fato nao se deve a regenerayao dos nervos danificados,

19

mas ao alivio da pressao exercida sobre os nervos no local da lesao causada pela

contusao e/ou inchago.

Os sinais, na crianga, que indicam a necessidade de procurar um especialista

que podem ser observados nos portadores de deficiencia fisica sao: a

movimentagao sem coordenagao ou atitudes desajeitadas de todo 0 corpo ou parte

dele; andar de forma nao coordenada, pisar na ponta dos pes ou mancar; pes tortos

ou qualquer deformidade corporal; pernas em tesoura (uma estendida sobre a

outra); dificuldade em controlar os movimentos, desequilibrios e quedas constantes;

dor essea, articular ou muscular; segurar 0 lapis com muita ou pouca forga;

dificuldade para realizar encaixes e atividades que exijam coordenagao motora fina.

2.3 HISTORIA DO ESPORTE ADAPTADO

o Esporte Adaptado segundo Associagao Desportiva para Deficientes (ADD),

surgiu no inicio do seculo XX, de forma muito timida. Na primeira decada do seculo,

iniciaram-se as atividades competitivas para jovens portadores de deficiencias

auditivas, especial mente em modalidades coletivas. Por volta de 1920, tiveram inicio

as atividades para jovens portadores de deficiencia visual, especialmente a natagao

e 0 atletismo.

As primeiras modalidades esportivas tiveram origem na Inglaterra enos

Estados Unidos. Na Inglaterra, por iniciativa do medico alemao de origem judaica,

Sir Ludwig Guttmann, neurocirurgiao e neurologista que foi convidado pelo governo

britanico. Guttmann apes estudar 0 gesto esportivo, como forma terapeutica e de

integragao social, iniciou 0 que se tornaria 0 desencadeador da pratica desportiva,

adaptando a pratica da atividade fisica ao processo de reabilitagao. Essa

20

reabilita<;ao para pessoas portadoras de deficiencias fisicas, teve inicio no ana de

1944, na cidade de Aylesbury onde foi construido 0 Hospital de Stoke Mondeville,

que tinha 0 objetivo de receber lesados medulares advindos da 2a Guerra Mundial.

Nos Estados Unidos em 1947, com Benjamim Lipton e por iniciativa da PVA

(Paralyzed Veterans of America), surgiram as primeiras equipes de basquetebol em

cadeira de rodas e as primeiras competi<;oes de atletismo e nata<;ao. Por ocasiao

dos Jogos Olimpicos de Verao, em 1948, Dr. Guttmann se aproveita para criar os

Jogos de Stoke Mondeville para paraplegicos. Desde entao, 0 esporte para

portadores de deficiencias fisicas nao parou de crescer e, desde 1960, ocorrem os

Jogos Paraolimpicos, sempre alguns dias ap6s e na mesma sede dos Jogos

Olimpicos convencionais. (Quadro 1)

MESMO

ANO LOCAL LOCAL DOS N° DE PAisES N° DE ATLETASJOGOS PARTICIPANTES PARTICIPANTES

OLiMPICOS1952 Stoke Mondeville 2 1301960 Roma,ITA X 23 4001964 T6kio, JPN X 22 3901968 Tel Aviv, ISR 29 7501972 Heidelberg, GER 44 10001976 Toronto, CAN 42 16001980 Arnhen, NED 42 25001984 Stoke e New York 42 29001988 Seul, CO X 61 30531992 Barcelona, ESP X 82 30201996 Atlanta, EUA X 103 31952000 Sydney, AUS X 127 4000

Quadro 1. Competi<;6es Paraolimpicas

Fonte: (CIDADE E FREITAS, 2002, p.87)

21

Este segmento esportivo e muito praticado e muito divulgado em todo 0

mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa. As Paraolimpiadas e 0

Esporte Adaptado sao nesses paises muito divulgados e acompanhados pela midia

e pelo povo, na mesma proporyao que acontece com os esportes convencionais.

No Brasil, segundo Cidade e Freitas (2002), 0 esporte adaptado surgiu em

1958 com a fundayao de dois cJubes esportivos (um no Rio e outro em Sao Paulo).

Nos ultimos cinco anos, 0 Esporte Adaptado brasileiro vem evoluindo, mas por falta

de informayao e, principalmente, de condiyoes especificas para a sua pratica, muitos

portadores de deficiEmcia ainda nao tem acesso a ele. Mesmo sem 0 apoio

necessario, nas Paraolimpiadas de Sydney, em 2000, 0 Brasil conquistou um

numero recorde de 22 medalhas, sendo 6 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze,

quebrando tres recordes mundiais no atletismo. E no futebol para amputados, 0

Brasil sagrou-se tetracampeao.

Atualmente, 0 Esporte Adaptado no Brasil e administrado por 6 grandes

instituiyoes: A ABDC (Associayao Brasileira de Desporto para Cegos) que cuida dos

deficientes visuais, a AN DE (Associayao Nacional de Desporto para Excepcionais)

que cuida dos paralisados cerebra is, a ABRADECAR (Associayao Brasileira de

Desportos em Cadeira de Rodas) que administra as modalidades em cadeira de

rodas, a ABDA (Associayao Brasileira de Desportos para Amputados) que cuida dos

amputados, a ABDEM (Associayao Brasileira de Desportos para Deficientes

Mentais) que administra os esportes para deficientes mentais e a CBDS

(Confederayao Brasileira de Desportos para Surdos) que cuida dos deficientes

auditivos e nao esta vinculada ao Comite Paraolimpico Brasileiro.

22

2.4 DESPORTO E DEFICIENCIA FislCA

o portador de deficiencia fisica pode seguir urna serie de fases (reabilitayao,

esporte terapeutico, esporte recreativo) ate chegar a pratica de urna rnodalidade

especifica (esporte de cornpetiyao). Estas fases podern variar quanta ao ternpo de

durayao, segundo a pessoa, gravidade da lesao, cornprornetirnento etc (CIDADE E

FREITAS, 2002 p.104).

As experiencias rnotoras dos deficientes fisicos poderao ser arnpliadas

atraves de conhecirnento de novas possibilidades de rnovirnentos, novos jog os

adaptados as suas lirnitayoes e potencialidades (COSTA apud CIDADE E

FREITAS,2002).

Os objetivos a serern desenvolvidos na atividade fisica e/ou esportes, corn

pessoas portadoras de deficiencia fisica, devern considerar sernpre as lirnitayoes e

prornover as possibilidades rnotoras.

De acordo corn Vieira (2005), a classificayao funcional e utilizada no esporte

para deficientes fisicos corn diferenyas peculia res para cada rnodalidade, nivel da

lesao e do grau de cornprornetirnento provocado pela deficiencia fisica.

Classificayao funcional dos atletas

As bases iniciais da classificayao funcional forarn propostas pelo alernao Host

Strohkendel, professor de Educayao Fisica e Ph.D. ern fisiologia. No

desenvolvirnento desse rnetodo, contou corn 0 auxilio de Bernard Coubariaux e Phill

Craveh, ex-atletas portadores de deficiencia.

?'-j

Esse metodo para Vieira (2005), consiste em uma categoriza«ao, em que 0

atleta recebe em fun«ao de seu volume de a«ao, ou seja, de sua capacidade de

realizar movimentos, colocando em evidencia a potencialidade motora dos residuos

musculares da sequela de algum tipo de deficiencia, bem como, os musculos que

nao foram lesados.

Sem carater oficial, 0 metodo come«ou a ser utilizado em 1982 no Pan-

americana no Canada. Em 1984 foi utilizado de forma oficial no Mundial de Stoke

Mandeville, na Inglaterra e, nos Jogos Paraolimpicos de Seul em 1988, esse novo

metodo de classifica«ao foi ratificado.

Introduzido no Brasil em 1984 pela fisioterapeuta Sheila Salgado, 0 metodo foi

utilizado de forma experimental com a Sele«ao Brasileira de Basquete.

Durante 0 10 Seminario Internacional de Basquete realizado no Brasil no ana

de 1989, Strohkendel discutiu juntamente com os tecnicos brasileiros, as vantagens

da nova classifica«ao.

Em 1990, com a introdu«ao da classifica«ao funcional no basquete, houve

tambem propostas de mudan«a no atletismo. A proposta da utiliza«ao da

classifica«ao funcional no atletismo deveu-se ao numero excessive de classes

existentes, nas quais, muitas vezes nao havia 0 minima de atletas (tres) para

realizar uma prova, inclusive em Jogos Internacionais, causando serios problemas

para os organizadores.

Essa forma de classifica«ao foi introduzida no Brasil, Jogos Interclubes de

Atletismo em Cadeira de Rodas, realizado na cidade de Brasilia em 1990, mas,

inicialmente somente nas provas de pista.

Segundo Vieira (2005), a evolu«ao sistematica do atletismo, ap6s os Jogos

Paraolimpicos de Seul, fez surgir mudan«as importantes na classifica«ao. No

24

Campeonato Mundial de Berlim em 1994, uma nova proposta foi apresentada para

ser valida para os Jogos Paraolimpicos de Barcelona, produziram modificagoes

significativas nas diversas formas de participagao dos portadores de deficiencia nos

diversos eventos oferecidos durante esses Jogos.

Apesar das diversas modificagoes ocorridas, 0 sistema de classificagao

funcional no atletismo, em particular, tem causado muitos dissabores, em diversas

competigoes internacionais. A falta de dominio da modernizagao do sistema de

classificagao pelos diversos paises participantes, tem dificultado a assimilagao para

os classificadores nacionais, proporcionando que diversas mudangas de classes

ocorram durante a avaliagao oficial dos jogos, obrigando os organizadores a jungao

de competidores em eventos com classes diferenciadas, gerando protestos e

prejudicando aqueles com potencial de conquistas de medalhas.

Embora, as diversas modificagoes ocorridas durante esse periodo, na

classificagao funcional, nao foram devidamente fomentadas por meio de publicagoes

atualizadas para sedimentar 0 trabalho de tecnicos e de profissionais de areas afins,

responsaveis pelo desporto das pessoas portadoras de deficiEmcia.

Com a finalidade de detectar essas modificagoes, grupos de especialistas

pesquisam exaustivamente esses atletas durante sua participagao em campeonatos

mundiais com 0 objetivo de corrigir possiveis distorgoes cometidas durante 0

processo de classificagao funcional.

De acordo com Winnick (2005), as competigoes de pista e campo no atletismo

adaptado comegaram antes de 1948, nos Jogos de Stoke Mondeville na Inglaterra e

fizeram parte dos primeiros Jogos Paraolimpicos oficiais ocorridos em Roma no ana

de 1960.

25

Segundo Associar;:ao Brasileira de Oesporto em Cadeira de Rodas

(ABRAOECAR), do sistema utilizado naquela epoca, formou-se uma base composta

de oito diferentes classes, mantendo-se a filosofia principal do sistema de

classificar;:ao que e agrupar todos aqueles atletas que tem potencial de movimentos

e que sao aproximadamente iguais, conforme observamos abaixo.

A base do sistema de classificar;:ao divide-se em oito classes:

CLASSE 1A - Atletas com lesao da medula cervical entre C4 e C6 com

comprometimento de brar;:os e pernas. Musculos triceps nao funcionais (teste = 0 a

3)

CLASSE 1B - Atletas com lesao de medula cervical entre C6 e C7 com

comprometimento de brar;:os e pernas. 0 triceps pode ser normal ou com pequeno

comprometimento, quando testados alcanr;:am resistencia 4 ou 5 . Flexao e extensao

do pulso fracas entre 0 e 3 no teste.

CLASSE 1C - Atletas com lesao da medula cervical entre C7 e C8 com

comprometimento de brar;:os e pernas. Triceps bom ou normal no teste funcional

pontual entre 4 e 5. Funr;:ao boa ou normal dos extensores e flexores do pulso com 4

e 5 no teste. Atividade fraca do inter6sseo e lumbricante da mao entre 0 e 3 no teste

funcional.

CLASSE 2 - Atletas com lesao medular toracica entre T1 e T5.

Comprometimento de tronco e de extremidades inferiores. Musculos abdominais

sem uso. Sem equilibrio ao sentar.

CLASSE 3 - Atletas com lesao medular toracica entre T6 e T10.

Comprometimento do abdome e extremidades inferiores. Musculos abdominais

superiores bons. Musculos abdominais inferiores sem uso. Extensores inferiores do

tronco sem uso. Leve capacidade de manter 0 equilibrio sentado.

26

CLASSE 4 - Atletas com lesao medular toracica e lombar entre T10 eLi.

Enfraquecimento das extremidades inferiores. Bons musculos abdomina is, da coluna

e extensores. Flexores e abdutores do quadril razoaveis. Bom equilibrio sentado.

Testes das extremidades inferiores nos traumaticos alcan<;:am entre 1 a 20 pontos.

Os nao traumaticos devem ficar entre 1 e 15 pontos.

CLASSE 5 - Atletas com lesao medular 10mbar entre L4 e L5. Sem for<;:a nos

membros inferiores. Bom equilibrio sentado. Bons musculos abdominais. Testes

funcionais de membros inferiores nos traumaticos devem medir entre 21 e 40 pontos

enos nao traumaticos entre 16 e 35 pontos.

CLASSE 6 - Atletas com lesao medular na regiao sacra entre S1 e S3. Com

comprometimento de um dos membros inferiores, ou leve comprometimento de

ambos. No teste de fun<;:ao alcan<;:am nos traumaticos, entre 41 e 60 pontos, nos nao

traumaticos essa pontua<;:ao deve ficar entre 36 e 50 pontos.

Tendo como base esse sistema no Mundial de Atletismo de Berlim em 1994,

foi apresentado um sistema funcional onde cad a tipo de deficiencia seria identificado

por uma dezena. Come<;:ando pel os deficientes visuais, em todas as suas provas de

pista teriam a identifica<;:ao T(TRACK), seguido das dezenas 10,11 ou 12 e

F(FIELD), seguido das dezenas 10,11 ou 12. Seguindo-se dessa forma as dezenas

20 identificam os deficientes mentais, 30 para os paralisados cerebra is, 40 para

amputados e 50 para portadores de deficiencia fisica. (Quadro 2)

Quadro 2. Sistema de classificac;;ao funcional do atletismo utilizado emBerlim1994 e Atlanta 1996 - Provas de Campo

IDENTIFICAC;Ao CLASSES

T-50

T-51

T-52

T-53

T-54

F1-LAF1

F2, LAF 2

F3, LAF1, LAF 2

F4, LAF 2

F5, LAF 2

27

-T-55

T-56

T-57

F6,A1, LAF 3

F7, A1, LAF3

A1, A2, A3, LAF 3, F8

Fonte: Associa<;:ao Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas

Quadro 3. Sistema de classifica\tao funcional do atletismo para atletas emcadeira de rodas do sexo masculino

IDENTIFICA<;Ao ' CLASSES i PESO DISCO DARDO CLUBE

F-51 F1 ,LAF1 ,CP2 1.00Kg 397 mg_._--.

F-52 F2,LAF1,CP2,CP3 2.00kG 100Kg 600mg

F-53I

F3,LAF2,CP3 3.00Kg 1.00Kg 600mgI I

F-54 I F4,LAF3,CP3,CP4 4.00Kg- r

600mg1.00Kg

F-55 F5,LAF3,CP4 4.00Kg 100Kg 600mg

F-56 F6, (A1), (A9), 4.00Kg 1.00Kg 600mgLAF3, CP4, CP5 ,

F-57 F7, (A1), (A9), 4.00Kg 1.00Kg 600mgLAF3

F-58 F8, A1, A2, A3, 5.00Kg 100kG 600mg(A9), LAF3, (LAF4)

Fonte: Associa<;:ao Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas

Esse Sistema de Classifica<;:ao utilizado durante os Jogos de Atlanta em 1996,

apresentaram diversas distor<;:6es. No Mundial de Atletismo realizado na cidade de

Birmingham em 1998 na Inglaterra, 0 Medical Committee Chairman atraves do Dr.

John Bourke da Australia, apresenta uma serie de modifica<;:6es ao Sistema de

Classifica<;:ao Funcional do Atletismo, que ira prevalecer ate os Jogos Paraolimpicos

de Sidney em 2000. (Quadros 3 e 4)

28

Quadro 4. Sistema de classificac;:iio funcional do atletismo para atletas em

F-57

CLASSES i PESO !oisco-[ OAROO[CLUBE I1---"--, -r-

F1, LAF1, CP2 , 1.00Kg 1397MG

F2, L~p13 CP2, 12.00kG: 1.00Kg i 600mg :. r - ...-----. - - ,.

~3,- LAF2, CP3_300~~00Kg . 600mg !

F4, LA6p~ CP3, ! 3.00Kg 1.00Kg. 600mg :

F5, LAF 3, CP4 f3.00Kg 1.00Kg' 600mg i

F6, (A1), (A9), 300Kg 1.00Kg 600mg !LAF3, CP4, CP5: . I

F7, (A1) ,(A9), :11,'3.00Kg 1.00Kg 600mg II

LAF3

IOENTIFICAc;:Ao

F-51

F-52

F-53

F-54

F-55

F-56

F-58 F8, A1, A2, A3,(A9), 4.00Kg 1.00kG 600mg

cadeira de ro~i:lRt~O~~i~~ileira de DesDorto em Cadeira de Rodas

2.5 ATLETISMO

o atletismo segundo Fernandes (2003), acompanha 0 homem desde tempos

ancestrais incluindo uma serie de desafios atleticos. 0 atletismo e considerado um

esporte de base, pois sua pratica reflete os movimentos essenciais do ser humane

nas seguintes especialidades: caminhar, correr, saltar e arremessar. Hoje em dia 0

29

atletismo e dividido em modalidades de: provas de pista e campo, corridas de rua,

cross-country, e marcha atletica.

As competic;:6es de atletismo para deficientes fisicos, seguem as regras

estabelecidas pelo The Athletic Congress (TAC). Nos eventos realizados nos

Estados Unidos, 0 atletismo e dividido em categorias. As classes (nas quais T

designa esportes de pista e F, as modalidades de campo) sao as seguintes: T 1,

T2A, T2B, T3, T4, F1, F2, F3, F4, F5, F6, F7, F8 (em pe e sentado).

2.6 ARREMESSO E LAN<;AMENTO

Segundo Fernandes (2003), as modalidades oficiais de arremesso envolvem

o arremesso de peso, de martelo, de disco e dardo. 0 arremesso de peso consiste

no arremesso de uma esfera metalica que pesa 7.26 kg para os homens (adultos) e

4 kg para as mulheres. 0 martelo e similar a essa esfera, mas possui um cabo - 0

que permite imprimir momenta linear a esfera e assim atingir uma dist<'mcia maior. Ja

o disco e um pouco mais leve, pesando 1 kg para as mulheres e 2 kg para os

homens. E 0 dardo pesa 600 gramas para as mulheres e 800 gramas para os

homens.

Nas provas de campo para os cadeirantes, todas as classes competem em

arremesso de peso, disco e dardo - com excec;:ao da classe F1, na qual nao ha

arremesso de peso e ocorre a substituic;:ao da prova de dardo pelo arremesso de

clube. A classe F2 pode escolher entre arremesso de clube e de dardo.

Para essas competic;:6es foram estabelecidas algumas regras como: (WINNICK,

2004)

• Os atletas devem certificar-se que nenhuma parte dos membros inferiores

caia ao chao ou a pista durante um evento.

30

As tiras se utilizadas deve ser de material nao elastico.

Eo possivel utilizar dispositivos aprovados de seguran<;a para estabilizar as

cadeiras dos competidores em provas de campo.

Nas classes de F1 a F6, os atletas devem estar com pelo menos parte da

coxa ou das nadegas em contato com 0 estofamento ou assento ate a soltura

do implemento.

• Os competidores da F7 e da Fa podem erguer-se com tanto que um dos pes

esteja em contato com 0 solo dentro da area de arremesso.

Os competidores de arremesso de clube seguem as regras do disco,

conforme os regulamentos da federa<;ao internacional de atletismo amador

(lAAF).

Os arremessos sao feitos dentro de areas limitadas, um circulo demarcado no

solo para os arremessos de peso, martelo e disco, e antes de uma linha demarcada

no solo para 0 arremesso de dardo. A partir dessas marcas e que e contada a

distancia do arremesso. Normalmente as competi<;oes envolvem varias tentativas

por partes dos atletas, que aproveitam as melhores marcas obtidas nessas

tentativas. As competi<;oes de arremesso normalmente sao praticadas no espa<;o

interior a pista das corridas.

A origem desta prova parece ser tambem irlandesa, pois nos Jogos Taitianos,

no inicio da Era de Cristo, os Celtas disputavam uma prova de arremesso de pedra

que pelas descri<;oes se assemelhavam a prova atual. Alias, e interessante notar

que na Peninsula Iberica, nas provincias onde ainda se encontram concentra<;ao

humana etnicamente celta, Galiza na Espanha e Tras-os-Montes em Portugal, ainda

se disputa uma competi<;ao chamada de "arremesso do callhau", que se assemelha

ao nosso moderno arremesso do peso. De qualquer forma, a codifica<;ao da prova,

31

tal como ela e hoje, e totalmente britanica, inclusive 0 peso do implemento, 7,256kg,

correspondente a 16 libras inglesas, que era precisamente 0 que pesavam os

projeteis dos famosos canhoes britanicos do inicio do seculo XIX.

As cadeiras para a pratica esportiva buscam a funcionalidade; seu concerto

pode ser diferente de uma cadeira de rodas, as cadeiras para praticas esportivas

chegam ao ponto de serem "cadeiras de rodas" se rodas! Especificamente as

cadeiras de arremesso para eventos de campo sao "cadeiras de rodas sem rodas".

(Figura 1)

Figura 1. Cadeira de arremessos para esporte de campo (WINNICK, 2004)

Essas cadeiras representam 0 mais recente avanyo no esporte em cadeira de

rodas: sao projetadas para propiciar uma base rigida e estavel, a partir da qual 0

atleta possa atuar de maneira ideal. As cadeiras de arremessos ficam presas

32

firmemente ao solo durante 0 lanc;amento - nao ha necessidade de rodas, elas ja

nao fazem parte do design da cadeira. A estrutura de metal pesado e projetada para

dar estabilidade ao atleta e fornecer pontos de apoio para que a cadeira seja

amarrada a fim de evitar que se movimente durante os arremessos. 0 assento e

construido na maior altura (em relac;ao ao solo) permitida pelas regras e costuma ser

duro, ja que 0 acolchoamento absorve parte da potencia do arremesso.

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa utilizada e com caracteristicas quasi-experimental, no qual foi

utilizado um programa de treino, em que os individuos pesquisados foram seus

proprios controles. A essen cia de um estudo com esse delineamento fundamenta-se

na observa<;:ao feita antes (Xl) e depois (X2) do desenvolvimento de um tratamento

(al) no caso um programa de treino de arremessos e lan<;:amentos, em um grupo de

individuos (Desenho Experimental); a avalia<;:ao das modifica<;:6es das medidas

registradas tem como controle a situa<;:ao inicial dos proprios individuos (LATORRE e

ARNAL,1996).

3.2 POPULA<;:Ao E AMOSTRA

3.2.1 Popula<;:ao

A popula<;:ao desse trabalho foram os deficientes fisicos, praticantes da

modalidade de atletismo da Associac;ao dos Deficienfes Fisicos do Parana (ADFP)

situada a Rua XV de Novembro, 2765 - Bairro Alto da XV - Curitiba - Parana.

33

3.2.2 Amostra

A amostra desse trabalho foi composta de 5 pessoas, sendo 3 do sexo

masculino, 2 do sexo feminino, com idades entre 15 e 30 anos, praticantes de

atletismo. Na avaliayao e no programa de treino, a ordem dos atletas, dos

arremessos e dos lanyamentos, foi escolhido pelo professor, sendo que primeiro foi

os atletas de arremesso de peso, segundo os atletas de lanyamento de disco e por

ultimo atletas de lanyamento de clube.

3.3 INSTRUMENTOS

o instrumento utilizado nesse estudo foram dois testes (Ap€mdice 1), um

antes do programa e outro ap6s 20 treinos. Os dados que contem na ficha avaliayao

e: 0 nome dos atletas, a data de avaliayao, a media aritmetica da distancia dos

arremessos e lanyamentos. E uma ficha de treino (Apendice 2) contendo a ordem

dos atletas, distancia dos lanyamentos, cronograma de como ocorreram os

arremessos e lanyamentos, data, local, horario, e observayoes realizadas.

3.4 DESENHO EXPERIMENTAL

Grupos Pre Tratamento Pas

Nao houve grupo de controle, tendo como desenho experimental um grupo

unico, no qual foi realizado um pre-teste (1" avaliayao), um tratamento (programa de

treino) e um p6s-teste (2' avaliayao), para verificar possiveis melhorias.

34

3.5 COLETA DE DADOS

As avalia<;oes foram feitas em duas eta pas, uma no primeiro momenta de

contato com a turma, e a outra apes vinte treinos especificos. Durante 0 treinamento

foram anotados os valores em uma ficha de treinamento (Apendice2).

3.6 MATERIAL

3.6.1 Fita Metrica

Para medir as distancias dos lan<;amentos foi utilizada uma fita metrica com 30m

de comprimento.

3.6.2 Cadeira

Nos dias de avalia<;oes foi utilizada a cadeira de arremesso. (Figura 1)

3.6.3 Peso

Para a avalia<;ao e os treinamentos foram utilizados pesos que sao esferas

metalicas pesando 2 kg.

3.6.4 Disco

Para a avalia<;ao e os treinamentos foram utilizados discos metalicos de 2 kg.

3.6.5 Clube

Para a avalia<;ao e os treinamentos foram utilizados clubes de madeira

(semelhante a massa de GRD) com 375g e 480g.

35

3.7 LlMITA<;:OES

As principais limita90es na execu9ao da pesquisa foram:

1. Redu9ao do numero de atletas - na primeira avalia9ao a quantidade de

alunos eram sete, sendo que dois alunos desistiram do treinamento.

2. A acessibilidade ao local do treinamento - 0 treinamento foi realizado numa

pra9a a 500m da associa9ao, e essa nao possuia nenhum tipo de transporte

para os atletas. Entao todos iam a pe e/ou cadeira, levando todos os

materiais na mao.

3. Q tempo - por se tratar de uma atividade externa 0 tempo influenciou

diretamente no treinamento devido as chuvas.

4. Qutros fatores - por se tratar de uma associa9ao, na qual possui toda uma

infra-estrutura nos tratamentos como fisioterapia, psic610ga, fonoaudi610ga,

etc. Essas se90es eram marcadas independentemente do aluno, sendo varias

delas no mesmo dia e no mesmo horario de treinamento.

5. Avalia9ao Qualitativa - Nao foi avaliada a qualidade do movimento.

4 APRESENTA9AO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Os resultados obtidos nessa pesquisa apresentam-se em graficos e quadros

sendo os mesmos discutidos em seguida em func;ao dos objetivos.

Quadro 5 - Compara'fao do desempenho individual dos atletas

Atletas Pre (Media) Pes( Media) %

Atieta A (disco) 3,58 4,89 36,59

Atieta B (clube) 6,71 6,84 1,93

Atieta C (disco) 9,36 7,48 -20

Atieta C (peso) 4,15 3,71 -10,6

Atieta 0 (clube) 17,88 19,09 11,29

Atieta E (peso) 3,7 2,58 -30,27

o-10

-20

-30

-40

o Pre ( Media)

• Post Media)

0%

40

30

20

10

-f---

f---

-I-,. II-, r. r--. Ir..Atieta A Atieta B Atiet AtleJ ¢; Atieta 0 Atlet~

(dis 0 (peso)

Grafico 1 - Compara~ao do desempenho individual dos atletas pre e pes 0programa

37

Podemos observar no grilfico acima que 0 at leta A obteve uma melhora

individual de 36,59%, essa melhora pode ser explicada pelo fato desse atleta estar

motivado por causa de um campeonato futuro no qual foi inscrito 0 que levou a

comparecer assiduamente aos treinos e se empenhar em todas as atividades

realizadas. Ja 0 atleta 8 melhorou 1,93%, vale ressaltar que este tinha mais

dificuldades motoras que os demais atletas; porem esse resultado apresenta uma

satisfa<;:ao muito grande mesmo num curto periodo de treinamento. 0 atleta C que,

apresentou resultados negativos nos dois implementos, 0 que pode ter sido em

decorrencia das Iimita<;:6es como: se<;:6es de reabilita<;:ao em outras areas, nos

mesmos horarios do treinamento, 0 que levou a nao assiduidade ao treinamento. Ja

o atleta D apresentou uma melhora de 11,29%, esse valor foi muito satisfatorio, pois

este atleta apresenta muitos espasmos (contra<;:6es musculares de forma

involuntaria), sendo assim 0 programa ajudou muito no auto-controle desse atleta

durante os lan<;:amentos, fazendo com que os espasmos pareciam nem existir. 0

atleta E pelo que podemos observar nao apresentou melhoras, podendo ter side

pelos mesmos motivos do atleta C, que foram as limita<;:6esja citadas.

Quadro 6 - Compara<;:3o entre atletas do sexo masculino e feminino,verificando quem obteve urn melhor desempenho

Sexo Pre r Media Pas r Media %Feminino (<i') 5,145 5,865 13,99Masculino (0') 8,773 8,215 -6,39

<i'+6 6,96 7,04 1,15

38

• Feminino (<j?)

• Masculino (6')

D<j?+6'

20.-------------------------------------.

5

oPre L Media P6s L Media

-5 +-------------------------------

-10 -'---------------------------------------'

Gratico 2 - Compara9ao entre os atletas do sexo masculino e feminino,verificando quem obteve urn melhor desempenho

Na comparac;:ao dos atletas do sexo masculino e do sexo feminino, podemos

notar que 0 desempenho das mulheres foi melhor do que os atletas. Com um valor

de 13,99% pode-se observar que nem sempre a forc;:a prevalece num bom resultado,

mas sim a dedicac;:ao dos treinos bem como a participac;:ao em todo 0 programa. Os

hom ens apresentaram -6,39% no total devido 0 desempenho individual negativo.

Embora tenha ocorrido um resultado negativo nessa comparac;:ao, podemos

observar que 0 efeito do programa foi atingido, porque somando-se 0 desempenho

dos atletas do sexo masculino e atletas do sexo feminino, a melhora do grupo e

positiva de 1,15%. Essa porcentagem de 1,15% pode representar um valor baixo,

mas se tratando de pessoas com deficiencia ffsica e com um programa curto de 20

treinos, e um resultado bem significativo.

39

Quadro 7 - Compara9ao do desempenho entre os atletas de arremesso depeso, lan9amento de disco e clube.

Implemento Pre Pas %

Peso 3,925 3,145 -19,87

Disco 6,471 6,185 -4,40

Clube 12,295 12,965 5,45

15

10

5

0Pre Pas

-5

-10

-15

-20

-25

Grlifico 3 - Compara9ao do desempenho entre os atletas de arremessos elan9amentos

Os dados acima revelam que os atletas de lan<;:amento de clube tiveram melhor

desempenho, do que os atletas de lan<;:amento de disco e arremesso de peso.

seguido corretamente e sem muitas limita<;:6es.

Esse desempenho de 5,45% ocorreu pelo resultado de um treinamento que loi

Em seguida dilerente do desempenho positivo do lan<;:amento de clube, 0 resultado

de -4,40% do arremesso de disco e -19,87% do arremesso de peso, pode ter sido

pelos dois atletas que nos seus desempenhos individuais, obtiveram resultados

negativos devido as limita<;:6es no decorrer do programa. Evidencia-se assim, que

40

muitas vezes os resultados nao dependem do programa, mas sim da participagao

assiduos dos atletas.

5 CONCLUSAO

Esse trabalho procurou verificar 0 efeito do programa de arremesso e

lanyamento em alunos portadores de deficiencia fisica, ap6s 20 treinos, no

desempenho quantitativo, 0 que foi satisfat6riamente observado.

Na comparayao dos atletas nas provas de arremesso e lanyamento, verificou-

se um melhor desempenho nos atletas de lanyamento de clube.

Na comparayao entre os atletas do sexo feminino e sexo masculino, as

mulheres tiveram um melhor resultado.

Quanto a melhora individual dos cinco atletas avaliados, tres tiveram

melhoras no desempenho quantitativo e dois devido as limitayoes que tiveram

durante 0 programa tiveram resultados negativos no desempenho quantitativo.

o programa apresentou resultados baixos (aquem do esperado), com

necessidade de controle de mais variaveis, como as que foram identificadas no

decorrer do trabalho - seyoes de fisioterapia, tempo, local de treinamento, numeros

de atletas reduzidos, estado emocional e fisico dos atietas, etc.

Uma observayao realizada durante 0 trabalho, embora nao fosse 0 objetivo

desse estudo, foi a carencia de auto-confianya nos atletas, os mesmos

apresentavam baixo nivel de motivayao, acrescentando problemas relacionados a

imagem corporal. Porem com treinamento, foi possivel reverter essa situayao, duas

semanas ap6s 0 inicio do programa os atletas adquiriram auto-confianya,

desenvolvendo uma auto-imagem positiva, melhorando 0 bem estar emocional.

42

o que sugere que os estudos em rela<;:ao ao treino desportivo de atletas com

deficiencias fisicas, nao se limitem as quest6es de desempenho quantitativo, mas

avaliem tambem aspectos relacionados ao seu estado psiquico e emocional.

REFERENCIAS

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WINNICK, Joseph P. Educac;:aoFisica e Esportes Adaptados. Sao Paulo: Manole,2004.

APENDICES

.•..APENDICE 1 - FICHA DE AVALlA<;AO

FICHA DE AVALIACAO

Antes da avalia9ao sera feito exercicios de mobilidade articular e

alongamento dos membros superiores. E como aquecimento sera realizado tres

tentativas anteriores a realiza9ao da avaliac;ao.

Lam;amento de Disco (1Kg)Nome 1 2 3 Media Observac;ao

1. Atleta (C)

2. Atleta (E)

3. Atleta (A)

Arremesso de Peso (2Kp)Nome 1 2 3 Media Observac;ao

1. Atleta (C)

2. Atleta (E)

3. Atleta (A)

Lan~amento de Club (328g)Nome 1 2 3 Media Observac;ao

1. Atleta (8)

2. Atleta (0)

Observac;6es:

o~zW:2:«zjjja:::~Wc«:::cuIJ..

IN

WU(5Z<Wa..«

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Data:

APENDICE 3 - DESCRI<;Ao DA ATIVIDADE

Horario:

DESCRICAo DA ATIVIDADE

Modalidade:

Parte Inicial:

• Alongamento

• Aquecimento dos

membros

superiores

dos membrosAlongamento

superiores e inferiores, mobilidade

articular dos ombros, punho, dedos,

etc.

PartePrincipal:

• Exercicios

Educativos

• Arremessos e

Lan<;:amentos

Rolar 0 disco peJo solo, fazendo com

que ele saia pelo dedo indicador,

atraves de um balanceamento do

bra<;:o em forma de pendulo. 0

mesmo balanceamento sera realizado

pelo clube, porem com 0 giro de

tronco e a extensao de bra<;:o no final

do movimento. Arremesso lateral:

arremessar 0 peso com a<;:ao do giro

do tronco e extensao do bra<;:o,

empurrando-o.

Os arremesses e lan<;:amentos serao

realizados da seguinte maneira:

100% de arremesso e lan<;:amento

anotando a distancia na ficha, sendo

o limite 5% abaixo da melhor marca,

ap6s a terceira tentativa consecutiva.

Parte Final: • Alongamento Alongamento dos membros

superiores e inferiores.