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Ano XXIX Nº 359 julho de 2019 N o livro de crônicas Conversa comigo (Penalux, 2019), de Ricardo Ramos Filho, temos um escritor que busca por problematizações, observando o real com olhos críticos. Trazer o terreno do cotidiano e tri- vial para a análise linguística da crônica a partir da densidade dos problemas da vida, eis a gran- de chave mestra do viés literário deste autor ad- mirável que apresenta um livro maduro e repleto de questões político-sociais e artísticas. No E- Dicionário de termos literários, organizado por Carlos Ceia, temos o verbete crônica analisado por Annabela Rita, que propõe: “Inicialmente, a crónica, mais geral ou mais popular, registrava acontecimentos históricos ou por ordem crono- lógica. Fonte mais directa e imediata de conhe- cimento histórico, comportava também fatos me- nos relevantes, informação secundária que a História moderna tenderá a elidir”. Dessa forma, temos um paradoxo em sua obra, que embasa o próprio teor da crônica mais substancial, ou seja, tornar fatos do dia a dia como algo de grande importância. Já tivemos o instigante livro do pen- sador italiano Nuccio Ordine com seu livro A utili- dade do inútil. Criticando o teor mais pragmático e útil do que seria o poder do capital, o que tem uso comercial, Ordine fala de saberes, que seri- am considerados inúteis para a estrutura domi- nante. Podemos pensar em nosso país, numa época em que temos o corte de verbas para uni- versidades e colégios e o desinteresse pelo co- nhecimento crítico, levando-nos ao colapso do sistema educacional. Ricardo Ramos Filho faz de algo ordinário um movimento para a beleza das coisas mais significativas, revelando a relação entre o útil e o inútil. As ciências humanas, as artes, por exemplo, adquirem valor e podem ser sim úteis para a atitude crítica e reflexiva de toda a humanidade. Mas pensar, proliferar os discursos, torná- los decifráveis para todos é o grande desafio deste escritor excepcional. Assim temos na epígrafe do seu livro o pensamento do filósofo Michel Foucault, afirmando o que temos dito an- teriormente: “Mas, o que há enfim, de tão peri- goso no fato das pessoas falarem e de seus dis- cursos proliferarem indefinidamente? Onde, afi- nal, está o perigo?” Na crônica que abre o livro, “Conversa comigo”, temos o dom da narrativa, de contar histórias e segredos na vida cotidiana de cada um, pois a literatura é o melhor remédio para a solidão e o silêncio. O diálogo é aplaudi- do, é a busca da personagem desse texto. Des- sa forma, encontramos, no interior do carro um casal, em que a mulher procura a palavra, a fala, a qualquer custo. O poder de comunicação é o O poder crítico da literatura em Conversa comigo, de Ricardo Ramos Filho Alexandra Vieira de Almeida norte para ela. Dessa forma, começa a crônica no meio do silêncio no carro do casal: “” Conver- sa comigo, diga alguma coisa”. A verbalização é necessária como um sopro de vida. Há a explo- ração do verbo, da palavra, como parte indis- pensável do viver. O filósofo Nietzsche já dizia sobre o horror ao vácuo. A esposa não tolera o nada, o que está à beira do abismo das pala- vras, busca o outro na sua comunicabilidade e preenchimento do caos interior. Só que o assun- to particular e regional, o futebol de São Paulo, que o marido discute, ganha ares de importân- cia universal, dando um grande gancho para se discutir sobre o social e a situação no país do futebol que valoriza o capital assim como em qualquer parte do mundo, um prazer então utili- tário para a maioria. Só que o final da crônica é surpreendente, pois há uma interrupção da nar- rativa futebolística para a despedida do casal em seu tom amoroso. Na crônica “Macaco-prego”, temos o hibridismo entre o intelectual e o sentimental, pois a presença da música nacional é marcante, fa- zendo do narrador-personagem, que é alguém inteligente, gostar de músicas sentimentalóides e cafonas: “...embora batalhe para ter um pala- dar estético um pouco mais evoluído, sou capaz de gostar com alguma liberdade de coisas não tão recomendáveis e certamente de gosto duvi- doso”. O intelecto e o sentimentalismo são a pon- te entre o pensar e o sentir. Isso não seria um equilíbrio do ser para que a intelectualidade não engesse o coração? É uma questão apresenta- da por essa crônica maravilhosa que nos instiga a partir de nosso dia a dia, de nossa relação com a realidade. Outro fator importante na obra des- te cronista é a reflexão lírica, reunindo o criticismo e a poesia. Vejamos: “E a quase ausência de automóveis nas avenidas transmite uma impres- são de profundidade inusitada.” Temos assim o casamento perfeito entre crítica social e a finura poética, a faca cortante que sangra e a delica- deza da flor perfumada. Nesta crônica, a partir do rádio que o narrador-personagem no carro escuta, temos a beleza de nossa terra, de nossa gente. O que é regional se torna grandioso e global, trazendo as questões e reflexões do cro- nista para o terreno da literatura. Encontramos essa grandiosidade do Nordeste através da es- cuta no rádio da nova faixa, Elba Ramalho: “O sotaque nordestino tem a capacidade de des- pertar memórias atávicas”. Vivenciamos também nos seus textos a mistura entre o urbano e a natureza, um canto à cidade refletida nas coisas naturais. Numa mesma crônica temos o peso fi- losófico do pensamento crítico e a leveza da po- esia mais graciosa. No final do texto, um movi- mento de ilusão e desilusão, pois o narrador- personagem se confunde ao ver um macaco-pre- go, sendo que na verdade ele é algo diferente. Temos na tradição oriental esse mistério de maya, a ilusão, pois podemos confundir a cobra com a corda. É uma visão desfocada, o quanto a per- cepção nos engana, os sentidos nos absorvem numa areia movediça, pois segundo o filósofo Platão, os sentidos nos enganam. Na verdade, a grande personagem no seu livro é São Paulo, onde temos uma crônica no livro com este título. Temos um retrato dela, como numa fotografia revelada pelo narrador-perso- nagem. O local lhe traz dúvida e ambiguidade, num misto de amor e ódio, de prazer e rejeição. No belíssimo prefácio do escritor Edmar Monteiro Filho, ele diz: “Ao longo das quarenta e quatro crônicas que compõem o livro, mesmo quando não é explicitamente mencionada, a cidade fre- quenta a conversa fluida de Ricardo Ramos Fi- lho”. O narrador-personagem vai dialogando com a cidade, ao mesmo tempo em que dialoga com o leitor. Temos, aqui, a cidade que acolhe, que violenta e agride. E para isto há um motor para suas lembranças da infância, um tempo em que não era assim como hoje. Uma espécie de idílio ou paraíso é posto no passado, com suas recordações, comparando o presente e o pas- sado. As crianças com a tecnologia perdem o gosto pela natureza e pelas brincadeiras saudá- veis. A necessidade delas é essa mesma tecnologia, fazendo-as respirar os computado- res. Ricardo Ramos Filho vai descascando as camadas da cidade como uma pele, um tecido a serem descobertos e desvendados pela pena fir- me do cronista. Alexandra Vieira de Almeida é escritora, poeta, ensaísta, professora e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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Ano XXIX Nº 359 julho de 2019

No livro de crônicas Conversa comigo(Penalux, 2019), de Ricardo RamosFilho, temos um escritor que busca

por problematizações, observando o real comolhos críticos. Trazer o terreno do cotidiano e tri-vial para a análise linguística da crônica a partirda densidade dos problemas da vida, eis a gran-de chave mestra do viés literário deste autor ad-mirável que apresenta um livro maduro e repletode questões político-sociais e artísticas. No E-Dicionário de termos literários, organizado porCarlos Ceia, temos o verbete crônica analisadopor Annabela Rita, que propõe: “Inicialmente, acrónica, mais geral ou mais popular, registravaacontecimentos históricos ou por ordem crono-lógica. Fonte mais directa e imediata de conhe-cimento histórico, comportava também fatos me-nos relevantes, informação secundária que aHistória moderna tenderá a elidir”. Dessa forma,temos um paradoxo em sua obra, que embasa opróprio teor da crônica mais substancial, ou seja,tornar fatos do dia a dia como algo de grandeimportância. Já tivemos o instigante livro do pen-sador italiano Nuccio Ordine com seu livro A utili-dade do inútil. Criticando o teor mais pragmáticoe útil do que seria o poder do capital, o que temuso comercial, Ordine fala de saberes, que seri-am considerados inúteis para a estrutura domi-nante. Podemos pensar em nosso país, numaépoca em que temos o corte de verbas para uni-versidades e colégios e o desinteresse pelo co-nhecimento crítico, levando-nos ao colapso dosistema educacional. Ricardo Ramos Filho faz dealgo ordinário um movimento para a beleza dascoisas mais significativas, revelando a relaçãoentre o útil e o inútil. As ciências humanas, asartes, por exemplo, adquirem valor e podem sersim úteis para a atitude crítica e reflexiva de todaa humanidade.

Mas pensar, proliferar os discursos, torná-los decifráveis para todos é o grande desafiodeste escritor excepcional. Assim temos naepígrafe do seu livro o pensamento do filósofoMichel Foucault, afirmando o que temos dito an-teriormente: “Mas, o que há enfim, de tão peri-goso no fato das pessoas falarem e de seus dis-cursos proliferarem indefinidamente? Onde, afi-nal, está o perigo?” Na crônica que abre o livro,“Conversa comigo”, temos o dom da narrativa,de contar histórias e segredos na vida cotidianade cada um, pois a literatura é o melhor remédiopara a solidão e o silêncio. O diálogo é aplaudi-do, é a busca da personagem desse texto. Des-sa forma, encontramos, no interior do carro umcasal, em que a mulher procura a palavra, a fala,a qualquer custo. O poder de comunicação é o

O poder crítico da literatura emConversa comigo, de Ricardo Ramos Filho

Alexandra Vieira de Almeida norte para ela. Dessa forma, começa a crônicano meio do silêncio no carro do casal: “” Conver-sa comigo, diga alguma coisa”. A verbalização énecessária como um sopro de vida. Há a explo-ração do verbo, da palavra, como parte indis-pensável do viver. O filósofo Nietzsche já diziasobre o horror ao vácuo. A esposa não tolera onada, o que está à beira do abismo das pala-vras, busca o outro na sua comunicabilidade epreenchimento do caos interior. Só que o assun-to particular e regional, o futebol de São Paulo,que o marido discute, ganha ares de importân-cia universal, dando um grande gancho para sediscutir sobre o social e a situação no país dofutebol que valoriza o capital assim como emqualquer parte do mundo, um prazer então utili-tário para a maioria. Só que o final da crônica ésurpreendente, pois há uma interrupção da nar-rativa futebolística para a despedida do casal emseu tom amoroso.

Na crônica “Macaco-prego”, temos ohibridismo entre o intelectual e o sentimental, poisa presença da música nacional é marcante, fa-zendo do narrador-personagem, que é alguéminteligente, gostar de músicas sentimentalóidese cafonas: “...embora batalhe para ter um pala-dar estético um pouco mais evoluído, sou capazde gostar com alguma liberdade de coisas nãotão recomendáveis e certamente de gosto duvi-doso”. O intelecto e o sentimentalismo são a pon-te entre o pensar e o sentir. Isso não seria umequilíbrio do ser para que a intelectualidade nãoengesse o coração? É uma questão apresenta-da por essa crônica maravilhosa que nos instigaa partir de nosso dia a dia, de nossa relação coma realidade. Outro fator importante na obra des-te cronista é a reflexão lírica, reunindo o criticismoe a poesia. Vejamos: “E a quase ausência deautomóveis nas avenidas transmite uma impres-são de profundidade inusitada.” Temos assim ocasamento perfeito entre crítica social e a finurapoética, a faca cortante que sangra e a delica-deza da flor perfumada. Nesta crônica, a partirdo rádio que o narrador-personagem no carroescuta, temos a beleza de nossa terra, de nossagente. O que é regional se torna grandioso eglobal, trazendo as questões e reflexões do cro-nista para o terreno da literatura. Encontramosessa grandiosidade do Nordeste através da es-cuta no rádio da nova faixa, Elba Ramalho: “Osotaque nordestino tem a capacidade de des-pertar memórias atávicas”. Vivenciamos tambémnos seus textos a mistura entre o urbano e anatureza, um canto à cidade refletida nas coisasnaturais. Numa mesma crônica temos o peso fi-losófico do pensamento crítico e a leveza da po-esia mais graciosa. No final do texto, um movi-mento de ilusão e desilusão, pois o narrador-

personagem se confunde ao ver um macaco-pre-go, sendo que na verdade ele é algo diferente.Temos na tradição oriental esse mistério de maya,a ilusão, pois podemos confundir a cobra com acorda. É uma visão desfocada, o quanto a per-cepção nos engana, os sentidos nos absorvemnuma areia movediça, pois segundo o filósofoPlatão, os sentidos nos enganam.

Na verdade, a grande personagem no seulivro é São Paulo, onde temos uma crônica nolivro com este título. Temos um retrato dela, comonuma fotografia revelada pelo narrador-perso-nagem. O local lhe traz dúvida e ambiguidade,num misto de amor e ódio, de prazer e rejeição.No belíssimo prefácio do escritor Edmar MonteiroFilho, ele diz: “Ao longo das quarenta e quatrocrônicas que compõem o livro, mesmo quandonão é explicitamente mencionada, a cidade fre-quenta a conversa fluida de Ricardo Ramos Fi-lho”. O narrador-personagem vai dialogandocom a cidade, ao mesmo tempo em que dialogacom o leitor. Temos, aqui, a cidade que acolhe,que violenta e agride. E para isto há um motorpara suas lembranças da infância, um tempo emque não era assim como hoje. Uma espécie deidílio ou paraíso é posto no passado, com suasrecordações, comparando o presente e o pas-sado. As crianças com a tecnologia perdem ogosto pela natureza e pelas brincadeiras saudá-veis. A necessidade delas é essa mesmatecnologia, fazendo-as respirar os computado-res. Ricardo Ramos Filho vai descascando ascamadas da cidade como uma pele, um tecido aserem descobertos e desvendados pela pena fir-me do cronista.

Alexandra Vieira de Almeida é escritora,poeta, ensaísta, professora e Doutora emLiteratura Comparada pela Universidade

do Estado do Rio de Janeiro.

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Periodicidade: mensal - www.linguagemviva.com.brEditores: Adriano Nogueira (1928 - 2004) e Rosani Abou Adal

Rua Herval, 902 - São Paulo - SP - 03062-000Tels.: (11) 2693-0392 - 97358-6255

Distribuição: Encarte em A Tribuna Piracicabana, distribuído aassinantes, bibliotecas, livrarias, entidades, escritores e faculdades.

Impresso em A Tribuna Piracicabana -Rua Tiradentes, 647 - Piracicaba - SP - 13400-760

Selos e logo de Xavier - www.xavierdelima1.wix.com/xaviArtigos e poemas assinados são de responsabilidade dos autoresO conteúdo dos anúncios é de responsabilidade das empresas.

Página 2 - julho de 2019

Roberto Scarano

R. Major Basílio, 441 - Cjs. 10 e 11 - Mooca - São PauloTel.: (11) 2601-2200 - [email protected]

Advogado

Trabalhista - Cível - Família

OAB - SP 47239

Assinatura Anual: R$ 120,00Semestral: R$ 60,00

Depósito em conta 19081-0 - agência 0719-6 - Banco do BrasilEnvio de comprovante, com endereço completo, para o email

[email protected].: (11) 2693-0392 - 97358-6255

Estão programados eventos, nosmeses de setembro e outubro, em co-memoração aos 30 anos do jornal emSão Paulo, Piracicaba (SP) e MontesClaros (MG). Também circulará a edi-ção especial comemorativa, nº 361, AnoXXX, setembro de 2019.

Em São Paulo, a solenidade serárealizada no dia 20 de setembro, sexta-feira, das 19 às 22 horas, no auditórioVladimir Herzog do Sindicato dos Jor-nalistas Profissionais no Estado de SãoPaulo, Rua Rego Freitas, 530 - sobre-loja, Vila Buarque, em São Paulo.

Em Piracicaba, o evento será realizado no Instituto Beatriz Algodoal,no dia 28 de setembro, sábado, às 15 horas, Rua São José, 446. Seráprestada homenagem a Adriano Nogueira, falecido em 2004, um dos fun-dadores do jornal. A programação abrigará o Sarau da Primavera abertoaos poetas presentes. O evento contará com apoio do Centro Literário dePiracicaba, Grupo Oficina Literária de Piracicaba, Academia Piracicabanade Letras e do Instituto Beatriz Algodoal.

Os 30 anos do jornal também serão celebrados no Festival de ArteContemporânea Psiu Poético, que será realizado de 4 a 12 de outubro, noCentro de Educação e Cultura Dr. Hermes de Paula, Praça Dr. Chaves,32, em Montes Claros (MG).

O terceiro almoço de confraternização será realizado no dia 8 deagosto, quinta-feira, das 12h30 às 15 horas, no restaurante do LequesBrasil Hotel-Escola do Sinthoresp, Rua São Joaquim, 216 - 2º andar -esquina com Rua Taguá - estação metrô São Joaquim, em São Paulo. Épor adesão, pago no local, ao preço de R$ 34,77 mais 10% de taxa deserviço. Inclui saladas, pratos quentes, sobremesas, água, refrigerante ebuffet italiano à vontade. Necessário confirmar presença pelo [email protected] ou pelo WhatsApp (11) 97358-6255

O segundo almoço, realizado no dia 11 de julho, contou com as pre-senças de Cláudio Feldman, Fábio Siqueira, Flora Figueiredo, Naia Vene-rando, Oswaldo de Camargo, Paulo Ulisses Dantas, Rosani, RobertoScarano, Rui Ribeiro, Sonia Avalone, Tânia Feldman e Victor EmanuelVilela Barbuy. Em setembro ainda não está definida a data do almoço.

Programação de Aniversário

O 33º Festival de ArteContemporânea PsiuPoético, que será re-

alizado de 4 a 12 de outubro,prestará homenagem ao jornalLinguagem Viva pelos seus 30anos de circulação ininterrupta.Rosani também será um dos po-etas homenageados da 33ª edi-ção do Festival.

O evento, que terá como temaPsiu Cinema, é promovido peloGrupo de Literatura e Teatro Tran-sa Poética, em parceria com aPrefeitura de Montes Claro-MG,Secretaria de Cultura, Centro Cul-tural Hermes de Paula, Universi-dade Estadual de Montes Claros- UNIMONTES e Fundação Cul-tural General Tourinho.

O Festival de Arte Contempo-rânea Psiu Poético, realizado des-de 1987, é considerado o maiorevento do gênero no país. Temcomo objetivo celebrar a poesia,abrir espaço para os poetas ocu-parem, conhecerem, discutirem,apresentarem a produção poéticacontemporânea para que possamse aproximar de um público amplode estudantes, educadores, leito-res e escritores.

A poesia, durante a programa-ção, será levada a vários locais dacidade.

Em cada versão do projeto,seis poetas são homenageados,pelo que vêm contribuindo com adiscussão e evolução da arte poé-tica brasileira.

Linguagem Viva e Rosaniserão homenageados no

Festival Psiu Poético

Rosani Abou Adal, Olivia Ikeda,Luciana Martins, Jairo Fará, JoãoDiniz e Paulo Henrique Souto se-rão os poetas homenageados da33ª edição.

O Salão Psiu Poético foi idea-lizado pelo ator, poeta, compositore agitador cultural Aroldo Pereira,em 1986.

O 33º Festival de ArteContemporânea Psiu Poético serárealizado de 4 a 12 de outubro, noCentro de Educação e Cultura Dr.Hermes de Paula – BibliotecaPública Municipal Dr. AntônioTeixeira de Carvalho, Praça Dr.Chaves, 32, em Montes Claros(MG). www.psiupoetico.com.br

Rosani no 30º Psiu Poético

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Página 3 - julho de 2019

Tels.: (11) 3214-3325 - 3214-3647 - 3214-3646 - [email protected] -Face: Sebo Brandão São Paulo - https://www.estantevirtual.com.br/brandaojr

Rua Conde do Pinhal, 92 -ao lado do Fórum João Mendes

Sebo Brandão São PauloNovo Endereço para melhor atendê-lo:

Desfazendo-me em terra roxa, transforman-do-me em terra rubra, despencando nascorredeiras do meu Tietê, rolando manso naságuas santas do Paraíba, vivendo em pedra omeu destino nos contrafortes da Mantiqueira,salgando pranto, dor e alegria na areia brancade nossas praias, na marcha firme dos cafezais,nas lanças verdes do canavial, no tom neblinadeste algodão, na prece de nossos templos, nocalor da mocidade, na voz de nossas indústrias,na paz dos que adormeceram – eu te amo SãoPaulo!

Por isso, enquanto viver, por onde andar,levarei teu nome pulsando forte no coração, equando esse coração parar bruscamente debater, que eu retorne à terra donde vim, à terraque me formou, à terra onde meus mortos meesperam há séculos; por epitáfio, escrevam ape-nas sobre meu silêncio, minha primeira e eternaconfissão: – EU TE AMO SÃO PAULO! – PauloBomfim

Com tais palavras, Paulo Bomfim, altíssimobardo da Terra Paulista e Príncipe dos PoetasBrasileiros, fechou seu belíssimo livro de crôni-cas Insólita Metrópole, organizado por Ana LuizaMartins. E, com efeito, o magno vate bandeiran-te de Armorial e Transfiguração, cujo nobre co-ração paulistano, paulista e brasileiro parou debater há dois dias e cujos restos mortais desce-ram ontem à terra onde seus mortos havia sécu-los os esperavam, levou sempre, até o fim, onome de São Paulo pulsando forte em seu cora-ção. A propósito, se São Paulo foi a comoção davida de Mário de Andrade, muito mais ainda foiesta arlequinal e insólita Metrópole a comoçãoda vida de Paulo Bomfim, irmão em São Paulo eem Poesia do arlequim e menestrel da Pauliceiadesvairada, o mesmo que um dia, durante a Re-volução de 9 de Julho de 1932, que foi e serásempre uma das mais gloriosas páginas da Gran-de Epopeia Bandeirante, disse, brincando, queprecisava do menino Paulo para levar de bicicle-ta correspondência para as trincheiras...

Como Álvares de Azevedo, Paulo Bomfim“foi poeta – sonhou – e amou na vida”, e entreseus amores se destaca, mais do que qualqueroutro, o amor a São Paulo, às suas tradições, à

PAULO BOMFIMVictor Emanuel Vilela Barbuy sua História e aos seus heróis. E o autor de Ramo

de rumos e de Sinfonia branca se fez um poetamaior, aliás, cantando a Terra Bandeirante, suaHistória e Tradição e os grandes do Passadodesta Terra de Gigantes, ponto e porto de parti-da das bandeiras-navegações dos argonautasexcelsos da Magna Epopeia Paulista e Brasilei-ra, que, pelos verdes mares do Sertão, dilata-ram a Fé e o Império.

Encarnação viva do São Paulo Profundo,Autêntico e Verdadeiro e arauto e bandeirantedas tradições da Terra Paulista, vencedor doCabo das Tormentas de si mesmo e navegantee conquistador dos sertões e mares da Poesia,Paulo Bomfim deixou anteontem, aos noventa edois anos de idade, a vida terrena para – espe-ramos nós – viver na Pátria Celestial, junto deDeus, a verdadeira e eterna vida e, antes departir, legou-nos uma obra em verso e prosa quese conta, sem favor algum, entre as maiores daLiteratura Pátria, do Império da Língua Portugue-sa, do Mundo Lusíada e – por que não dizê-lo?– de todo o Orbe Terrestre.

“Cantor das tradições cívicas de São Paulode Piratininga e menestrel da velha e semprenova Academia de Direito”, nas palavras de PedroPaulo Filho, e “bardo das bandeiras, dos sonhos,dos mistérios mais profundos”, no dizer de IvesGandra Martins, Paulo Bomfim era membro daAcademia Paulista de Letras e do Instituto Histó-rico e Geográfico de São Paulo, onde tive eu ahonra de ser seu confrade, e recebeu, em 1991,o título de Príncipe dos Poetas Brasileiros. Essenobre e excelso vate da Terra Bandeirante e dasepopeias que formam a sua Grande Epopeia,meu irmão em São Paulo, em Heraldo Barbuy eem Guilherme de Almeida, estreou nas letras em1947, com o livro Antônio triste, que, prefaciadopelo sublime poeta de Meu e de Raça (Guilher-me de Almeida) e ilustrado por Tarsila do Amaral,“debruçava sobre o rio da poesia, vindo de suaimemorial fonte”, na expressão de Francisco Luizde Almeida Salles, e revelava já o grande bardoque seria o autor de obras primas da PoesiaUniversal como Transfiguração (1951), em quefez uma admirável incursão pelo soneto inglêsnos roteiros de Vasco da Gama transpostos paraa descoberta do mar secreto e das Índias interi-ores e Armorial, que é, em última análise, umapequena-grande epopeia em sonetos e uma dasmais belas epopeias já escritas no idioma deCamões e Fernando Pessoa.

Não posso concluir esta breve homenagemao sempre inspirado e profundo menestrel daPauliceia, ao magno poeta da Terra a queGerardo Mello Mourão chamou o “País de SãoPaulo”, sem antes ressaltar que jamais me es-quecerei do dia da aurora da minha vida em queouvi pela primeira vez uma poesia inteira decla-mada e que não era senão o primeiro soneto de“Armorial”, na voz de meu pai:

Primeiro foi o mar, selva noturnaCom solidões de estrela da manhã:Houve ramos de sal sobre saudades,E folhas transparentes de lembrança.Primeiro foi o mar, terra perdidaNa oscilação de vales e montanhas,Houve marcos plantados em salsugem,E fronteiras na espuma descoberta.Primeiro foi o mar, o chão de espanto,Sulcado pela quilha dos aradosQue o vento fecundou em noite escura…Depois, houve caminhos e sementes:O sonho despertou areias brancas,E a treva amanheceu em madrugada.

Os versos deste magnífico soneto inaugu-ral desta pequena-magna epopeia bandeirante,Armorial chamada, ficaram gravados na minhaalma desde esse remoto dia em que os escuteipela vez primeira e com muito gosto eu vi anosdepois alguns deles reproduzidos e admiravel-mente parafraseados na monumental epopeiaInvenção do Mar, de Gerardo Mello Mourão.

Seja esta a minha singela homenagem aobardo bandeirante que, cantando sua Terra,suas tradições, sua História e os feitos gloriososde seus ancestrais, fez-se grande entre os gran-des do Universo da Poesia.

Victor Emanuel Vilela Barbuy é escritor,poeta, advogado e membro da Academia

de Letras de Campos do Jordão.

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Paulo Bomfim

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Página 4 - julho de 2019

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No cenário da literaturaportuguesa, GuerraJunqueiro (1850- 1923)

constitui uma das figuras maispolemizadas. Anticlerical, numpaís eminentemente católico, satí-rico, irreverente e opositor à monar-quia, o poeta transmontano provo-cou contra si inflamadas reações.Por seus conceitos políticos e reli-giosos, teve a obra literária exalta-da e contestada. Muitos negaramque concebesse poesia feita depoesia, caracterizando-o comomero versejador, embora lhe reco-nhecessem o domínio perfeito datécnica da metrificação.

Se o traço panfletário impreg-na páginas junqueirianas, como asde “A velhice do Padre Eterno” e “Amorte de D. João”, dois livros sãosuficientes para consagrar-lhe agrandeza poética: “Os Simples” e“Orações à luz”. O título de “OsSimples” antecipa-lhe o conteúdo,todo voltado para a alma ingênuado aldeão luso. Protagonizam-no amoleirinha, o pastor, ospobrezinhos, a boeirinha, associa-dos a elementos circunjacentes àssuas vidas humildes, como são ocastanheiro, as ermidas, as eirasao luar. Nesse universo lírico, per-sonagens e cenários se integram,as coisas possuem alma,exteriorizam sensações semelhan-

tes às das pessoas, participam dassuas dores e alegrias. A exemplode todas as outras obras do autor,a visão panteísta perpassa poresse conjunto de poemas inspira-do no prefácio de “Aos Simples”,que abre “A velhice do Padre Eter-no”. No aspecto temático precedeà inflexão rural/miserabilista quemarcaria o simbolismo em Portu-gal, contribuindo, no processo cri-ativo, com metáforas e sons deraros efeitos, inclusive o emprego,por vezes, da sisnetisia caracterís-tica da poesia simbolista. A imagi-nação visual do poeta atinge seumomento máximo, ora transpondoelementos do reino animal, mine-ral ou vegetal para o humano, emque a graça da boeirinha é compa-rada aos “cravos ao amanhecer,ora humanizando a natureza,como no poema “A moleirinha”,onde os astros “. .. abremdiamantinos,como estremunhadosquerubins divinos, os olhos meigospara a ver passar “ . E por tudo aprofusão cromática de “túnicasbrancas como as de noivado”,“azul d’Agosto, serrarias “cor defogo e de pó”, “fusos de esmeral-da, rocas de diamantes”, “hálitoslilás de violetas e d’opala, culmi-nando com a retumbante imagem“Deus golpeia a aurora pra dar san-gue às rosas, Deus ordenha a luapra dar leite aos lírios.”

Despidos de materialidade ejá atingindo a plenitude da concep-ção evolucionista os versos de“Oração à Luz” percorrem todaviaos mesmos vetores da criação líri-ca do poeta, com imagens extraí-das das “vozes da natureza”, dasabstrações e dos sentimentos,como “oceanos de alvorada”, “can-ção alada”, “alma do sol”, “beijo ide-alizado em flor”.

Mas se a produção literária deGuerra Junqueiro se perpetuou noslivros que escreveu, o outro legadode sua sensibilidade artística so-mente poderá ser admirado naCasa- Museu que leva o seu nome,instalada na cidade do Porto/Por-tugal. Porque na mesma intensida-de com que semeou versos edardejou sátiras, o poeta amealhouao longo da vida um apreciável te-souro em obras de arte e objetosantigos. O amigo Lopes D’Oliveira,teve contato com esse formidável

acervo numa visita que fez ao poe-ta em 1903, quando este residia naVila do Conde. Espalhados em vas-tos aposentos, avultavam coleçõesde cerâmica, contadores, armári-os, arcas e mesas de origem góti-ca, hispano-árabe e renascentista,esculturas em madeira, metal,mármore e jaspe, imagens de Cris-to, crucifixos, estatuetas e umagaleria de quadros a óleos de anti-gos mestres, como Goya, Van-Eych e Sequeira. Entre eles, umapintura que seria de El-Greco e te-ria sido comprada por uma ninha-ria a um sapateiro em Sevilha. Atela mostrava uma pedra tumularlevantada, e, por cima um anjo ra-diante, um arcanjo resplendente deluz astral. “Julgar-se-ia que seempoeirara todo, ao descer à ter-ra, do fulgor das constelações; fun-didas de oiro solar, esmaltadas doazul alvorescente da Vênus matu-tina, estremeciam suas asas,ansiantes de voo...”

Após o falecimento do poetaa preciosa coleção foi doada àmunicipalidade por sua viúva e pelafilha, juntamente com o imóvel noqual se instalou o Museu. O prédiose localiza na pacata rua D. Hugo,atrás da Catedral da Sé. Estima-se que tenha sido construído entre1730 e 1746 e se compõe de qua-tro pavimentos. Faz-lhe frente umpátio no qual avulta uma estátua dopoeta em postura meditativa, comlongas vestes e as barbas apostó-licas com que aparece na maiorparte das fotos estampadas emseus livros. Situando-a ao ar livrehomenageou-se a memória deGuerra Junqueiro, que sempre pre-feriu o contato direto com a natu-

OS TESOUROS DE GUERRA JUNQUEIRORui Ribeiro

reza para a contemplação filosófi-ca e composição de seus poemas,concebidos mentalmente e deco-rados antes de transpostos para opapel.

O espaço cultural foi inaugu-rado em 1942 e sofreu várias in-tervenções até a realizada em2017, que requalificou o ambiente.Abriga as relíquias descritas porLopes D’Oliveira, ou parcela ex-pressiva delas, visto que, segundoconsta, Guerra Junqueiro costu-mava se desfazer de algumas eadquirir outras com frequência.

Num palacete fronteiro de por-te nobre funciona, a partir de 2000,exposição que complementa oMuseu. Leva o nome de FundaçãoMaria Isabel Guerra Junqueiro/LuizMesquita de Carvalho (filha e gen-ro do poeta). Seu recinto abriga

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Guerra Junqueiro

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Livros didáticos

e universitários

CD’s - DVD’s

faianças portuguesas dos séculosXVII e XVIII, louças, mobiliários an-tigos de épocas diversas, fotos dafamília e de amigos ilustres. Umadas salas ostenta galeria de telasremanescentes de um grupo mai-or, porquanto muitas foram vendi-das por Guerra Junqueiro, inclusi-ve para outros países (dois qua-dros estão no Museu de Belas Ar-tes de Budapeste/Hungria – umdeles provavelmente o descrito porLopes D’Oliveira). Em recriaçõesde recantos sagrados para um ho-mem de letras estão a mesa de tra-balho, a biblioteca com cerca de

3.500 volumes e exemplares doslivros que publicou.

Se a obra poética de GuerraJunqueiro foi exaustivamente estu-dada, aspectos marcantes de suaexistência inquieta e produtiva es-

tão a merecer registro mais amploatravés de biografia que, ao queparece, ainda não foi escrita. Oexame de manuscritos, documen-tos inéditos e correspondência quedeixou poderão conduzir a revela-ções importantes para melhor co-nhecimento de sua atuação nosmúltiplos ramos de atividades a quese dedicou. Quem sabe dissiparáa dúvida sobre sua propalada as-cendência judaica e balizará a realdimensão de seu apostoladoiconoclasta ressumante de vene-nos. Porque a imagem do autor

satírico e do orador político contra-ria o poeta lírico que, sem profes-sar nenhuma religião, transmite,como poucos sentimentos de pro-funda religiosidade.

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Rui Ribeiro é escritore crítico literário.

Biblioteca da Casa-Museu Guerra Junqueirod

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Se o corpo com que andaste deixar na mão

– já pensou!

O sapato no pé erradoe não te dás por isto

Um fio de cabelote pode levar à prisão

Se ganhasses na loteriaSe acordasses num dia

distante da infânciaSe fosses capaz de escrevero mais lindo poema de amor

Se pudesses teus erros desfazerSe sonhar te servisse de escudo

– já pensou!

Solidão noite adentro,nada acalenta o sono.A embriaguês da alma,alquimia do corpo.Segredos não desvendáveisem silêncio e pausa.Essências floraisentre os dedosdespertam o corpo dos medose das fugas solitárias,acordam a multidão púrpuradormente no deserto côncavo.Êxtases em si bemolna escala de dó maiorfragmentam compassos,alforam nêumas,desvendam kyries.Os sons da floresta vibramseivas lubrificantes,codificam o toque de Narciso,as múltiplas formas de existir,de ser o que nunca foi.Descobrir segredos e mistériosocultos na selva.Infinitos tons da Rosa do Cairoacolhem o corpo em síncope.Orgasmos em transe,Morfeu acolhe Narciso.Sonhos despertamno amanhecer.

Rosani Abou Adal é escritora,jornalista, publicitária, membro

da Academia de Letras deCampos do Jordão e vice-

presidente do Sindicato dosEscritores no Estado de São

Paulo. www.poetarosani.com.br

Kyries Noturnos

Rosani Abou Adal

Ninguém está livre

Alcides Buss

Alcides Buss é professoruniversitário aposentado.

Exerceu o cargo de diretor daEditora da UFSC, de presidente

da Associação Brasileira dasEditoras Universitárias e da

União Brasileira de Escritoresde Santa Catarina.

Livraria Sebo Liberdade

www.seboliberdade.com.br - [email protected]

Pça Carlos Gomes, 124 - metrô Liberdade

Tels.: (11) 3242-2181 - 3115-1579

RioIvana Maria França de Negri

Rio doce e piscosoSingrando as fímbrias da rocha

Desce silencioso

Ivana Maria França de Negri époeta e membro da Academia

Piracicabana de Letras, doGrupo Literário de Piracicaba e

do Centro Literário dePiracicaba.

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Tel.: (11) 2796-5716 - Cel.: [email protected]

Profa. Sonia Adal da CostaRevisão -

Aulas Particulares

“Tratar a história de Araçariguama e de São Roque é tratar do Brasilna sua essência geo-histórica, do ouro ao vinho.” João Barcellos

As diversas pesquisas históricas acerca doBrasil, e a maioria delas tendo foco nas vilas ecidades oriundas das aldeias dos povos nativos,ou de arraiais de mineração aurífera e ferrífera,transformaram João Barcellos na principalreferência para estudos luso-brasileiros entre osséculos 20 e 21.

Com mais pesquisas, o apoio do Centro deEstudos do Humanismo Crítico (Portugal) e achancela editorial da Edicon, em parceria com oGrupo de Estudos Noética (Brasil e AméricaLatina), João Barcellos acaba de publicar assegundas edições ampliadas das histórias deAraçariguama (´do Ouro ao Aço: a história damina de ouro de Affonso Sardinha, o Velho´) e São Roque (´Vinho &

Poder: a história da vila do Vaz-Guassu´), estaúltima com uma notável tábua historiográfica ajustificar o título ´cidade do vinho´.

“Tratar a história de Araçariguama e de SãoRoque é tratar do Brasil na sua essência geo-histórica, do ouro ao vinho”, disse o autor emrecente entrevista para a revista ´En Vivo y Arte´(Barcelona, 2019). Desde a foz do Ryo Siará(Fortaleza) à Guanabara passando por SamPaolo dos Campi de Piratininga e todo o territórioda Capitania vicentina até chegar na formidávelmameluca Suzana Dias (fundadora de Sant´Annade Parnahyba) e na(re)descoberta dos atos

políticos e minerários de Affonso Sardinha (oVelho), além do pioneirismo judeo-ibérico dobacharel de Cananeia, ele percorreu umaestrada de 20 anos a garimpar a história eenterrando a estória oficial.

Os últimos livros (´Páo Vermelho, ou,Fortaleza, 1342´; ´Araçariguama´ e ´SãoRoque´) demonstram a ´luz´ que o Prof. SoaresAmora percebeu em João Barcellos. A verdadeé que entre o ouro e o vinho conta-se a históriade uma colonização que gerou o Brasil. || HelenaNovaes _ Buenos Aires, 2019.

BRASIL entre o ouro deAffonso Sardinha (o Velho) e o

vinho de Vaz-Guassu Helena Novaes

Helena Novaes é jornalista.

Concurso Literário Livraria Asabeça &Bignardi Papéis 2019, promovido pela LivrariaAsabeça, em parceria institucional com aBignardi Papéis, com apoio da Canon do Brasil,está com inscrições abertas para a categoriaPoesia, até o dia 30 de setembro, com temalivre.

Os interessados poderão inscrever apenasum poema inédito, com título, em línguaportuguesa, através de formulário específicodisponível em www.scortecci.com.br.

Premiação: A publicação das 50 poesiasselecionadas na antologia ASABEÇA - CABEÇAQUE VOA. Os autores receberão cincoexemplares da obra. Informações comEliaquim: [email protected] - Tel.: (11) 3032-1179. .

12º Concurso de Haicai “Prêmio Masuda Goga, promovido peloGrêmio Haicai Ipê, está com inscrições abertas até o dia 16 de agostopara as categorias Infantojuvenil (idade igual ou inferior a 15 anos) eAdulto a partir de 16 anos.

Os interessados poderão inscrever até três haicais inéditos, emlíngua portuguesa, digitados em papel A4, com os dados no rodapé(nome, categoria, email, telefone e endereço). O tema é “coruja”. Valemtambém as designações regionais, tais como caburé, caburé-do-campo,coruja-preta, coruja buraqueira, mocho, etc. Uma destas palavras deveconstar, obrigatoriamente, em um dos versos do haicai.

Os haicais classificados até o 5º lugar, em cada uma das categorias,receberão um certificado. Os trabalhos deverão ser enviados para oGrêmio Haicai Ipê - Concurso Masuda Goga - A/C Teruko Oda - RuaVergueiro, 819 - sala 2 - São Paulo- SP -01504-001. Regulamento:www.kakinet.com/concurso Grêmio Haicai Ipê: www.kakinet.com/ipeInformações: [email protected]

A 12ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura terá apenas ascategorias de Melhor Romance de Ficção do Ano de 2018 e MelhorRomance de Ficção de Estreia do Ano de 2018, com premiação de R$200 mil para cada categoria. Os interessados poderão enviar obras,escritas originalmente em português, com primeira edição e impressãono Brasil em 2018 e com ISBN, até 15 de agosto. O edital está disponívelem https://premiosaopaulodeliteratura.org.br/

O Prêmio SESC de Literatura agraciou na categoria Conto, JoãoGabriel Paulsen, de Minas Gerais, com O doce e o amargo; e, na cate-goria Romance, Felipe Holloway, de Mato Grosso, com O legado denossa miséria. A avaliação final foi de Ana Miranda, Tércia Montenegro,Verônica Stigger e Júlian Fúks. As obras dos vencedores serão publicadase distribuídas pela Editora Record.

Concursos

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Livros

Débora Novaes de CastroPoemas: GOTAS DE SOL - SONHO AZUL - MOMENTOS - CATAVENTO

- SINFONIA DO INFINITO – COLETÂNEA PRIMAVERA- AMARELINHA - MARES AFORA...

Antologias:

Haicais: SOPRAR DAS AREIAS - ALJÒFARES -SEMENTES - CHÃO DE PITANGAS

-100 HAICAIS BRASILEIROS

Trovas: DAS ÁGUAS DO MEU TELHADO

Poemas: II Antologia - 2008 - CANTO DO POETA Trovas: II Antologia - 2008 - ESPIRAL DE TROVAS

Haicais: II Antologia - 2008 - HAICAIS AO SOL

Poemas Devocionais: UM VASO NOVO...

Opções de compra: 1.www.deboranovaesdecastro.com.br, LIVROS.2. E-mail: [email protected] 3. Correio: Rua Ática, 119

- ap. 122 - Jd. Brasil - São Paulo - SP - Cep 04634-040.

A solenidade de entre-ga do Colar Guilherme deAlmeida foi realizada no dia28 de junho, na CâmaraMunicipal de São Paulo.

Receberam a láurea opoeta e escritor Álvaro Alvesde Faria, o historiador Ar-mando Alexandre dos San-tos, a Fundação PadreAnchieta, o fotógrafoGerman Lorca, oDesembargador e acadêmico José Renato Nalini, o Cardeal Odilo PedroScherer - Arcebispo de São Paulo -, o diretor da Associação Comercialde São Paulo Pedro Paulo Penna Trindade, o radialista Salomão Éspere o jornalista e musicólogo Zuza Homem de Melo.

A comissão queindica nomes paraserem agraciadoscom a referida honra-ria é formada por re-presentantes do Mu-seu Casa Guilhermede Almeida, Socieda-de Veteranos de 32,Academia Paulistade História, Acade-mia Paulista de Le-tras, Instituto Histó-rico e Geográfico deSão Paulo e Centro

de Memória Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.O prêmio, instituído em 2016, por iniciativa do Vereador José Reis -

primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal e um dosautores da homenagem -, tem como objetivo agraciar pessoas físicasou jurídicas que colaboram com a preservação e divulgação da históriada cidade de São Paulo, com o enriquecimento da literatura, cinema,teatro, música, artes plásticas, entre outras atividades culturais.

Colar Guilherme de Almeida

Armando Alexandre dos Santos, Ignácio de LoyolaBrandão e o casal Ercília e Zuza Homem de Mello.

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Dinarte do Entre-rios & Outros Vi-ventes, contos, de Enéas Athanázio, Edi-tora Minarete, 102 páginas, 2019, Balneáriode Camboriú (SC). A foto da capa é de AllexSidlinskiy Pixabay. A capa é de Jean PierreValim.

Enéas Athanázio, escritor, contista,novelista, ensaísta, cronista e advogado, foium dos fundadores e o primeiro presidentedo Conselho Municipal de Cultura deBlumenau. Membro do Instituto Histórico eGeográfico de Santa Catarina. Foi delega-do da União Brasileira de Escritores emSanta Catarina.

Segundo Zelinda Nunes Lins, profes-sora universitária e escritora, “No ambienteserrano, o escritor Enéas Athanázio é insu-perável. Há poesia nos seus cenários e sabedoria emotiva nos persona-gens.”

Enéas Athanázio: [email protected]

No Oco da Madeira, contos, de CláudioFeldman, Editora Taturana, São Paulo, 76 pá-ginas ilustradas.

ISBN: 978-85922572-2-4.A capa, projeto gráfico e editoração são

de Ideografia - Ilustrações & projetos gráficos.Cláudio Feldman é professor aposenta-

do de Língua & Literatura, poeta, escritor, ro-mancista, cronista, ator, roteirista, teatrólogo,artista plástico, jornalista, editor e autor de li-teratura infantil. Tem 56 livros publicados. Edi-tou o jornal alternativo A Taturana, em SantoAndré, entre 1979 e 1993.

A obra reúne quatorze contos que osci-lam entre o fantástico e o incomum, envolven-do o leitor num clima de estranheza.

Cláudio Feldman: [email protected]

A Folha Vaidosa, deSilvério da Costa, literatu-ra infantil, Prefixo Editoral,Chapecó (SC), 26 pági-nas.

ISBN: 978-85-98377-54-4.

O autor, escritor, po-eta, autor de livros infantis,exerceu o cargo de presi-dente da AssociaçãoChapecoense de Escrito-res, de presidente do Con-selho Municipal de Cultura de Chapecó e de vice-presidente da secçãode Santa Catarina da União Brasileira de Escritores.

A obra contou com o patrocínio de Almasty Hotel, Aurora, Dom Boscoby Pearson, Ruy N. Baldisera, Ripke Advocacia, Inviolável Segurança eMonitoramento, Alfa, Estonhotel, A Caçulinha, NostraCasa e de ConfortinDistribuidor.

Silvério da Costa: Caixa Postal 262 - Cahpecó - SC - 89801-973.

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Notícias Página 8 - julho de 2019

Paulo Bomfim, poeta, cronista e jornalista,faleceu no dia 7 de julho, em São Paulo. Nasceuem 30 de setembro de 1926 na Capital paulista.O Príncipe dos Poetas foi membro da AcademiaPaulista de Letras e Assessor da Presidência doTribunal de Justiça de São Paulo. Foi curadorda Fundação Padre Anchieta e presidente doConselho Estadual de Cultura de São Paulo edo Conselho Estadual de Honrarias e Mérito.Colaborou no Correio Paulistano, Diário de SãoPaulo, Diário de Notícias do Rio e no LinguagemViva. Foi diretor de Relações Públicas da Fun-dação Cásper Líbero e fundador, com ClóvisGraciano, da Galeria Atrium. Produziu o progra-ma “Universidade na TV” com Heraldo Barbuy eOswald de Andrade Filho, no Canal 2. O livro deestreia Antônio Triste (poemas, 1946, ilustradopor Tarsila do Amaral), foi agraciado com o Prê-mio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Le-tras. Autor de 37 livros de poesias, crônicas ememórias. Suas obras foram traduzidas para oalemão, francês, inglês, italiano e castelhano.Eleito em 1981 Intelectual do Ano pela União Bra-sileira de Escritores. Laureado com o Prêmio daUnião Brasileira de Escritores do Rio de Janeiropor seus 50 anos de Poesia. Foi agraciado como Prêmio Literário Fundação Bunge pelo conjuntode obras e com o Colar do Mérito Judiciário peloTribunal de Justiça de São Paulo. O Governodo Estado de São Paulo criou em 2004 o PrêmioPaulo Bomfim de Poesia.

O Painel Permanente de Poesia JucaSilva Neto, localizado na Biblioteca Pública deMontes Claros, no Centro Cultural Hermes dePaula, abrigou exposição dos poemas do escri-tor montes-clarense Jaques Dias.

Rosana Rios, escritora e arte-educadora,foi eleita presidente da Associação de Escrito-res e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil.

Rostand Carneiro Leão Paraíso, médicocardiologista e escritor, faleceu no dia 10 de ju-lho, aos 89 anos, em Recife (PE). Nasceu em 26de fevereiro de 1930, em Recife (PE). Exerceuo cargo de presidente do British Country Clubdo Recife. Foi membro da AcademiaPernambucana de Letras e da Sociedade Bra-sileira de Médicos Escritores. Autor de A MagiaDos Quadrinhos, MAIS, entre outras obras.

O Ônibus-Biblioteca, com acervo de cer-ca de 4500 volumes, do projeto Curto Ler, daDistribuidora Leart e Editora Kelps, foi incendia-do no dia 19 de junho em Goiânia (GO). O veí-culo estava estacionado desde o término do pa-trocínio do Fundo Estadual de Cultura.

Alberto Gattoni, escritor, publicitário e po-eta, faleceu no dia 10 de julho em São Paulo.Nasceu em 23 de junho de 1940, em Petrópolis(RJ). Autor de Verso Anverso em parceria com opoeta Carlos Moura. Exerceu o cargo de conse-lheiro consultivo da Prefeitura de São Paulo.Coordenador e organizador do Sarau do Gatorealizado, no Café dos Artistas, no Centro Cultu-ral Olido, em São Paulo.

A XIX Bienal Internacional do Livro doRio, que será realizada de 30 de agosto a 8 desetembro, no Riocentro, disponibiliza a venda deingressos antecipados ao preço de R$ 30 e R$15 (meia entrada). As escolas públicas e priva-das também poderão realizar a inscrição davisitação escolar. www.bienaldolivro.com.br

A Universidade Federal de São Carlosrealizará o Encontro de Ensino de Leitura e Es-crita no dia 10 de agosto, sábado, das 9 às 17horas, no Teatro Universitário FlorestanFernandes e no edifício de aulas teóricas AT4,na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar.O evento, com o tema Desafios contemporâne-os para o ensino da leitura e da escrita, serácoordenado por Heloisa Chalmers Sisla e MariaIolanda Monteiro. Inscrições de ouvintes até 7de agosto. www.iiieele.faiufscar.com

Gonçalo M. Tavares, escritor português,foi agraciado com o Prêmio Belas Artes de Tra-dução Literária Margarita Michelena 2019 com aedição mexicana de Uma menina está perdidano seu século a procura de seu pai.

Elisa Lucinda lançou, pela Editora Malê,Livro do avesso: o pensamento de Edite.

A Editora Olho D’Água, dirigida por JorgeClaudio Ribeiro, encerrou as atividades. Ficouem funcionamento durante 28 anos.

Vinício Carrilho Martinez, docente doDepartamento de Educação da UniversidadeFederal de São Carlos, lançou DitaduraInconstitucional - série Teorias do Estado pelaEditora CRV. A obra, resultado de pesquisa depós-doutorado em Ciência Política desenvolvi-da pelo autor, é o primeiro volume da série Teo-rias do Estado que abrigará os títulos DitaduraInconstitucional, Carta Política e TransmutaçãoConstitucional. www.editoracrv.com.br.

A Fundação Nacional de Artes lançou olivro Poemas de Portinari, em nova edição ilus-trada, em comemoração aos 40 anos do ProjetoPortinari. A obra, lançada em primeira edição pelaJosé Olympio Editora, abriga poemas do pintorCandido Portinari.

Nélida Piñon, membro da Academia Brasi-leira de Letras, lançou Uma furtiva lágrima pelaEditora Record.

A Empresa Brasileira de Correios e Te-légrafos lançou os Selos Comemorativos dos180 anos do nascimento de Machado de Assis edos 170 anos do nascimento de Rui Barbosa,em comemoração aos 122 anos de fundação daAcademia Brasileira de Letras, no dia 18 de ju-lho, em solenidade no Salão Nobre do PetitTrianon.

Sonia Sales foi agraciada com asComendas Imperador Philippikos III Barbanes,pela sua contribuição à cultura Brasileira, e coma de Grau, Honra e Posição de Comendadoradas Letras, instituídas pelo Conselho Internaci-onal dos Acadêmicos de Ciências, Letras e Ar-tes, entidade acadêmica signatária do Pacto Glo-bal da ONU sob o número 74.151.

A Fundação Calouste Gulbenkian ,sediada em Lisboa, Portugal, foi agraciada coma Medalha Machado de Assis de 2019 da Acade-mia Brasileira de Letras. A entidade foi criada,em 1956, por testamento do filantropo CalousteSarkis Gulbenkian.

A Imprensa Oficial relançou a obra PauloFrancis: polemista profissional, de Paulo Eduar-do Nogueira.

A Editora Unesp relançou, após 20 anosda publicação da primeira edição, Além do car-naval: a homossexualidade masculina no Brasildo século XX, de autoria do ativista pelos direi-tos LGBT James Green.

Academia de Letras de Mariana, em par-ceria com a Associação de Jornalistas e Escrito-ras do Brasil - MG, promoveram a palestra O Ex-Libris no Brasil: a arte esquecida que foi proferi-da por Andreia Donadon Leal e José LuizFoureaux de Souza Júnior.

Ensaios filosóficos, livro de Adam Smith,organizado por Alexandre Amaral Rodrigues ePedro Fernandes Galé, com traduçãode Alexandre Amaral Rodrigues, PedroFernandes Galé e Pedro Paulo Pimenta, foi lan-çado pela Editora UNESP.

João Scortecci lançará Dos Cheiros deTudo – Memórias do Olfato no dia 10 de agosto,sábado, das 17h30 às 20h30, no EspaçoScortecci, Rua Deputado Lacerda Franco, 96,em São Paulo. O lançamento será realizado du-rante o evento comemorativo dos 37 anos daScortecci Editora e a incrível marca de 10 miltítulos lançados em primeira edição.

A Fundação Nacional de Artes lançouDramaturgia Negra que reúne 16 textos teatraisescritos por dramaturgos negros.

Travessias - Padres Europeus no Brasil(1959-1990), livro do historiador e professorAntônio Torres Montenegro, lançado pela Com-panhia Editora de Pernambuco no 30º SimpósioNacional de História, é um resgate da história depadres europeus perseguidos pela ditadura mi-litar no Brasil.

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Paulo Bomfim e Rosani Abou Adal

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Sonia Sales