o custo brasil embutido no alto preço do automóvel

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Custo Brasil

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    O CUSTO BRASIL EMBUTIDO NO ALTO PREO DO AUTOMVEL -http://www.cosif.com.br/

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    Ano XV - So Paulo, 2 de julho de 2014incio :: textos

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    O CUSTO BRASIL EMBUTIDO NO ALTO PREO DO AUTOMVEL

    *O CUSTO BRASIL EMBUTIDO NO ALTO PREO DO AUTOMVEL*

    *LUCRO, E NO IMPOSTO, FAZ BRASILEIRO PAGAR O CARRO MAIS CARO*

    So Paulo, 08/10/2013 (Revisado em 06/01/2014)

    *Referncias: Contabilidade de Custos, Sonegao Fiscal, PlanejamentoTributrio, Internacionalizao do Capital Nacional, Blindagem Fiscal ePatrimonial, Lavagem de Dinheiro do CAIXA DOIS do Empresariado emParasos Fiscais.*

    * *O CUSTO BRASIL EMBUTIDO NO ALTO PREO DO AUTOMVEL BRASILEIRO * * *LUCRO, E NO IMPOSTO, FAZ BRASILEIRO PAGAR O CARRO MAIS CARO * * *INFORMAES COMPLEMENTARES DO SITE NOTCIAS AUTOMOTIVAS * * *FORD APURA LUCRO RECORDE DISTORCIDO DE US$ 20,2 BI EM 2011 *

    *O CUSTO BRASIL EMBUTIDO NO ALTO PREO DO AUTOMVEL*

    Por Amrico G Parada F - Contador - Coordenador do COSIFE

  • O TEMA MAIS DISCUTIDO PELO EMPRESARIADO BRASILEIRO

    O tema CUSTO BRASIL antigo, mas continua em discusso ou, maisprecisamente, em reclamao. O empresariado diz que o CUSTO BRASILimpede o pleno desenvolvimento do nosso Pas. Verdade ou Mentira? Eis aQuesto.

    Na prtica, os que mais reclamam so os principais causadores do elevadoCusto Brasil.

    Vejamos o que os diversos tipos de controladores de empresas e seus maisbem remunerados executivos (capatazes) dizem sobre o que chamado deCUSTO BRASIL.

    Neste site do COSIFE j existem diversos textos sobre o tema, porm,sempre aparecem novas argumentaes ou alegaes. Vejamos primeiramenteas mais repetidas.

    OS ESCRAVOCRATAS E O CUSTO BRASIL COM OS DIREITOS SOCIAIS

    Os escravocratas dizem que o alto CUSTO BRASIL est nos Direitos Sociaisdos trabalhadores - Direitos Trabalhistas e Previdencirios.

    Tal tese da Extino dos Direitos Sociais foi defendida pelos trsagraciados com o Prmio Nobel de Economia de 2010, j mencionados emvrios textos. So to desprezveis que no nos importa saber os seusrespectivos nomes. Entretanto, a referida tese refere-se maisespecificamente contrria ao elevado padro de vida dos povos que gozamdo "*muito elevado*" IDH - ndice de Desenvolvimento de Humano que temminimizado a competitividade do produzido pelos pases desenvolvidosquando tentam vender o excedente daquela produo no mercado internacional.

    Segundo aqueles economistas premiados, o elevadssimo CUSTO USA com obem-estar de sua populao e os equivalentes CUSTO JAPO e CUSTO EUROPAtransformaram aqueles pases em pequenos exportadores e em grandesimportadores de bens vindos daquela parte da sia superpopulosa em que permitida a livre explorao dos trabalhadores em regime de semiescravido.

    Um economista do Banco Central do Brasil, que tambm foi dirigente doSINAL - Sindicato dos Funcionrios daquela autarquia federal rebateu atese dos tais escravocratas no texto aqui intitulado como ReformaTrabalhista - Caminhando para o Trabalho Escravo. At a data da publicao deste,ningum assinalou o referido texto como importante, talvez porconcordarem com a possvel eficcia da tese defendida pelos escravocratas.

    Aquela esdrxula tese tambm foi indiretamente criticada em textopublicado num grande jornal ianque naquele mesmo ano de 2010 por PaulKrugman que recebeu o Prmio Nobel de Economia em 2008. Os comentriossobre o publicado esto no texto Verdades sobre a Crise MundialProvocada pelos Neoliberais .Este ltimo foi assinado como importante por alguns internautas.

    Com tal argumentao os escravocratas tentam convencer os menos atentosde que deve ser processada em todo o mundo uma radical ReformaTrabalhista e Previdenciria para seja imposta uma drstica reduo dosdireitos trabalhistas que seriam equiparados aos de Bangladesh, em que aquase totalidade do povo assalariado recebe de R$ 0,40 a R$ 0,50 pordia, ou seja, no mximo US$ 0,25 por dia.

  • Os brasileiros defensores da infeliz tese de 2010 provavelmente devemachar que os nossos trabalhadores de todas as classes sociais so merosidiotas, porque no acompanham as notcias veiculadas na Grande Mdia,incluindo o mostrado pelo jornalismo independente que se utiliza daInternet porque no tm oportunidade de apresentar opinio em razo dacensura imposta pelos patres do jornalismo, pressionados por seusindecorosos anunciantes. Observe que se esta mencionando somente osindecorosos. Os demais anunciantes esto livres dessa carapua.

    De fato so muitos os trabalhadores brasileiros que, contra si mesmos,acreditam ser a salvao do nosso Pas a realizao de uma Reforma na Legislao que tire os Direitos Sociais dos trabalhadores, os quaisesto previstos na Constituio Federal de 1988, em seu artigo 6, que*no considerado* Clusula Ptrea. Tais trabalhadores contrrios a siprprios foram convencidos de que, sem esses direitos sociais, seriamais fcil arranjar emprego. o que lhes dizem os patres.

    Se essa alterao acontecer, mediante uma contundente EmendaConstitucional, obviamente significar a revogao da Lei urea.Contudo, o novo regime escravocrata abranger todo o Povo da periferiaou do subrbio, que paulatinamente vem sendo transformado em criminosopor falta de salrio digno.

    fato que o salrio mnimo nos dias de hoje no suficiente para umasobrevivncia digna. O salrio mdio do trabalhador brasileiro deveriaser superior a R$ 3.000 mensais para que no seja obrigado a morar emfavelas, agora chamadas de comunidades ou comunas pacificadas.

    Segundo o Dicionrio Aurlio, comuna ou comunidade qualquer gruposocial cujos membros habitam uma regio determinada, tm um mesmogoverno e esto *irmanados por uma mesma herana cultural e histrica*.No caso das favelas, poderamos dizer: *miservel herana cultural ehistrica*.

    Tambm fato que no mundo inteiro vem acontecendo uma contundenteinverso de valores em que os trabalhadores do comrcio, da indstria edos servios essenciais ganham mal, enquanto aqueles que pouco ou quasenada produzem ganham rios de dinheiro.

    Entre esses privilegiados pelos altssimos rendimentos financeiros estoos jogadores de futebol, os especuladores da Bolsas de Valores, oscontrabandistas, os narcotraficantes, os empresrios da pirataria, osartistas e demais famosos evidenciados pelos meios de comunicao, osacionistas controladores das empresas de capital aberto e seusexecutivos incumbidos de enganar os pequenos investidores, assim comotodos os demais bajuladores (assessores e consultores) utilizados pelanossa elite empresarial e financeira.

    Porm, esses defensores da semiescravido no dizem que o salrio mdiodos brasileiros por volta de US$ 900 enquanto nos Estados Unidos, naEuropa e no Japo o salrio mdio ultrapassa a casa dos US$ 3.000 mensais.

    Ento, com base nesses dados, pergunta-se:

    *Por que os executivos brasileiros dizem que o CUSTO BRASIL com ostrabalhadores maior que o CUSTO JAPO, que o CUSTO USA e que o CUSTOEUROPA?*

    Para piorar o engodo, esses executivos que pagam para que sejamentrevistados ainda contam com o irrestrito apoio dos trabalhadores dos

  • meios de comunicao, principalmente daqueles cuja *cara de pau*(pintada com maquiagem) pode ser vista nos televisores. At parece queeles acreditam nas balelas disseminadas pelo nosso empresariadoinescrupuloso. S admitem o fato mentiroso como verdadeiro porque estosendo regiamente remunerados. Por isso so aqui denominados como*Mercenrios da Mdia*.

    OS SONEGADORES DE TRIBUTOS E O CUSTO BRASIL COM A BLINDAGEM FISCAL EPATRIMONIAL

    Por sua vez, os sonegadores de tributos dizem que a alta CargaTributria a principal responsvel pelo CUSTO BRASIL. Tentandoludibriar os incautos, tais indivduos fazem crer que nos demais pasesno so cobrados tributos.

    Na parte inicial do texto denominado Blindagem Fiscal e Patrimonial -Efeitos no Balano de Pagamentos foi mostrado o resultado de pesquisas anuais que vem sendorotineiramente efetuadas pela OCDC sobre a Carga Tributria de 65 dosprincipais pases. Em duas das trs modalidades apresentadas, a cargatributria brasileira menor que a mdia praticada por aqueles 65pases. No Brasil somente o Povo paga mais impostos que a mdia apuradapela OCDC - Organizao de Cooperao para o Desenvolvimento Econmico.Nesse quesito o Brasil est na 63 posio abaixo somente da Dinamarca eda Hungria.

    Com base nesses dados e em outros existentes no Brasil, a verdade simples de se ver ou de se saber. Os pases que por alguns motivosdeixaram de arrecadar o indispensvel montante em tributos estofalidos, chegaram bancarrota.

    Os tributos so as receitas necessrias para os governos nas esferasfederal, estadual e municipal possam efetuar o pagamento dosInvestimentos ou Gastos Pblicos.

    Os mencionados investimentos so feitos em infraestrutura rodoviria,ferroviria, porturia, aeroporturia, ferroviria, martima e fluvial,de sade e saneamento bsico, de educao bsica, tcnica e cientfica,incluindo a pesquisa tecnolgica, e ainda em formas de integraonacional mediante a produo e distribuio de energia hidreltrica,elica, termeltrica e nuclear. Nesse rol tambm se inclui a implantaode sistemas de telefonia nacional e internacional e todos os demaissegmentos operacionais necessrios ao desenvolvimento do Pas como umtodo, o que proporcionar incontestvel melhoria das condies desobrevivncia humana.

    Em razo da ausncia ou insuficincia de arrecadao tributria, aliadaao baixo nvel de exportaes e ao excesso das importaes de benssuprfluos, vrios pases vm enfrentando a bancarrota, entre eles osEstados Unidos e alguns pases da Europa, excetuando os escandinavos queadotam poltica econmica socialista.

    Outros pases, como o Japo, tambm enfrentam muitas adversidadesgeofsicas e intempries que os impede de plenamente produzir durante osmais de 3 meses de rigoroso inverno.

    O interessante que, nesses pases em que o inverno mais rigoroso,tornando-os menos propensos ao trabalho e produo, o nmero demiserveis bem inferior mdia mundial que se situa em 12% da populao.

  • O CUSTO BRASIL MENOR QUE O CUSTO DELES

    Assim sendo, na prtica o CUSTO DELES proporcionalmente bem superiorao nosso criticado CUSTO BRASIL. Logo, se a produtividade menor emrazo das poucas horas de trabalho durante o ano, pergunta-se:

    *Como possvel sustentar a tese de que o CUSTO BRASIL elevado oualtssimo?*

    Se o trabalho e a produo so impossveis de se praticar em determinadapoca do ano, por que naqueles pases no falta comida e no existe misria?

    Primeiramente porque eles trabalham como as formigas. Em comunidadearmazenam comida para a poca das "vacas magras". De outro lado, porqueo lucro exigido e obtido pelo empresariado menor que no Brasil.

    Isto , por l h uma digna distribuio da renda nacional, o que impedeque o povo seja miservel.

    Para sanar tal deficincia de produo, muitos desses pases passaram ainvestir e a produzir no exterior. Assim conseguem o que no pode serproduzido no seu prprio Pas. Mas, os lucros obtidos no exterior e osrespectivos tributos so remetidos para l. Ou seja, os lucros *no so*criminosamente escondidos em Parasos Fiscais.

    Quer a explicao bsica para tal procedimento?

    Fervorosamente, o povo e o empresariado praticam o Nacionalismo e oPatriotismo. Essa a razo pela qual o Japo ainda no faliu em razodas catstrofes constantemente acontecidas em seu territrio.

    AS CRISES PROVOCADAS PELOS CAPITALISTAS NEOLIBERAIS GLOBALIZANTES

    Vejamos outro fato desprezado pelo empresariado estabelecido no Brasil.

    Depois de dizimada pela Segunda Guerra Mundial, a Europa se desenvolveu,criou mercado interno e alto IDH - ndice de Desenvolvimento Humano parasua populao porque adotou polticas socialistas (em benefcio do Povo).

    Ao contrrio, os capitalistas norte-americanos provocaram as CrisesFinanceiras de 1929 e de 2008, entre outras de menor expresso ocorridasnaquele espao de tempo.

    Em complementao veja o texto Os Mitos Defendidos pelos CapitalistasSobre a Unio Europeia emque uma instituio provida pelos "economistas progressistas francesas"critica os neoliberais com a seguinte frase: "O CAPITALISMO NO ESTTRABALHANDO".

    FRANKLIN ROOSEVELT - O SOCIALISTA NORTE-AMERICANO

    Para resolver o problema deixado pelos capitalistas responsveis pelaCrise de 1929, o presidente estadunidense Franklin Roosevelt adotou umapoltica socialista que levou seu Pas ao auge econmico como maiorpotncia mundial s vsperas da Segunda Guerra Mundial.

    Antes da ascenso dos "States" capitaneada por Roosevelt, aterritorialmente pequena Inglaterra era a maior potncia mundial, comseus tentculos cravados em todos os continentes de onde eram retiradasas matrias-primas necessrias manuteno de sua pioneira revoluo

  • industrial. O mesmo tem feito o Japo. Naquela poca todas as empresasque transformaram a Inglaterra em potncia industrial estavam sediadasnaquele pequeno territrio ingls.

    Tal como aconteceu com a Inglaterra e nos Estados Unidos, a fuga dasgrandes empresas da Europa Continental para parasos fiscais enfraqueceutodo aquele mundo desenvolvido (industrializado).

    importante notar que a recente decadncia dos Estados Unidos e daEuropa aconteceu em razo das ascenso dos polticos capitalistas, ditosliberais ou neoliberais.

    OS PROBLEMAS CAUSADOS PELOS PARASOS FISCAIS

    Com a implantao do neoliberalismo em alguns pases da Europa e naAmrica do Norte (exceto no Canad que ainda adota poltica econmicasocialista), as grandes empresas foram transferindo suas sedes efabricas para outros pases para explorao da mo de obra barata nochamado de Terceiro Mundo.

    O Segundo Mundo era o comunista liderado pela Rssia (URSS - Unio dasRepblicas Socialistas Soviticas).

    Para evitar o pagamento dos altos impostos cobrados em seus pases deorigem (os industrializados), as grandes empresas transferiram suassedes (agora virtuais) para parasos fiscais cartoriais. As verdadeirassedes, agora clandestinas, so controladas a partir dos seus pases deorigem, mas, sem o pagamento dos tributos anteriormente cobrados pelosrespectivos governos.

    Ento, em razo dessa falta de arrecadao tributria, os mencionadospases voltaram a falir em 2008 (chegaram bancarrota ou falnciaeconmica), quando atingiram ao seco e estril *"fundo do poo"*.

    Assim sendo, enquanto o nosso problema seria a Alta Carga Tributria, ogravssimo problema deles a Baixa *Carga* Tributria, ou melhor, aBaixa *Arrecadao* Tributria. Isto , a carga tributria deles alta,porm, a sonegao fiscal do empresariado deles impede que a arrecadaotributria seja alta.

    Esse alto ndice de sonegao fiscal existe porque aqueles pasesespoliados pelos neoliberais no tm Empresas Estatais. Essas empresasgovernamentais no sonegam tributos, por isso o Brasil ainda arrecada osuficiente para evitar bancarrota provocada pelos dficits oramentrios.

    Os dficits no balano de pagamentos so provocados pela pequenaexportao em contraposio com a alta importao de bens suprfluospelas classes sociais superiores.

    Tais pases no esto conseguindo encontrar formas que os levem a sairda crise financeira que tambm reside no fato de no terem em seusterritrios as matrias-primas estritamente necessrias manuteno dassuas indstrias em atividade. Veja explicaes complementares sobre afalta de matrias-primas no mundo desenvolvido no texto Os Pases e suasReservas Estratgicas - DasRotas Quinhentistas das Especiarias e da Pedraria s Rotas Atuais dosCombustveis e dos Minerais de Alta Tecnologia.

    No Brasil, o empresariado inescrupuloso fez o mesmo que fizeram os seuspares do Primeiro Mundo. A sorte do Brasil foi que os investidores

  • estrangeiros preferiam apostar nos grandes cassinos que so as Bolsas deValores. Assim, a privatizao das empresas estatais em grande parte foiassumida por Fundos de Penso de trabalhadores brasileiros.

    De outro lado, as empresas adquiridas por estrangeiros, tal como j eraesperado pelos contrrios s privatizaes, faliram e por isso foramnovamente estatizadas.

    O PROBLEMA CAUSADOS PELAS ALTAS TAXAS DE JUROS

    Diante dos fatos narrados, nas dcadas perdidas de 1980 e 1990, porfalta de capital nacional e estrangeiro e em razo dos crnicos dficitspblicos e no balano de pagamentos, os dirigentes do Banco CentralBrasil passaram a oferecer altas taxas de juros para os investidores quetransferiram seu capital para a chamada "Ciranda Financeira". Como odinheiro foi tirado da produo, obviamente a presso exercida pelademanda popular causava e alimentava a inflao. Com o grande fluxo dedinheiro investido em ttulos pblicos, os juros pagos pelo governoconsumiam grande parcela dos tributos arrecadados (mais de 2/3). Logo,durante todo aquele sombrio perodo faltava dinheiro para ser investidono desenvolvimentos nacional.

    Assim, o Brasil, durante o Governo Sarney enfrentou a bancarrota deixadapelos governos militares, que se prolongou at o final do Governo FHC.No transcorrer de todo aquele perodo o Brasil ficou sob intervenoindireta do FMI - Fundo Monetrio Internacional que passou a controlar oque os iluminados (visionrios) gestores da nossa poltica econmica emonetria no souberam fazer.

    Como o governo pagava altas taxas de juros, os banqueiros tambmcobravam juros bem maiores daqueles que necessitassem de dinheiro parafinanciamento do seu capital de giro, capital de movimento ou capital aser aplicado na produo, o que de fato onerou sensivelmente o CUSTOBRASIL daquela poca.

    Esse elevado CUSTO BRASIL provocado pelos altssimos juros, somados correo monetria, alimentavam e realimentavam os altos ndices deinflao. Mas, os nossos incapazes gestores da nossa poltica econmicae monetria diziam que, pelo contrrio, as altas taxas de juroscombatiam a inflao. Entretanto, na prtica a inflao sempre aumentavaou voltava a acontecer a cada aumento da taxa de juros porque a cirandafinanceira fazia a produo diminuir. De modo, a manuteno da demandapopular provocava a inflao.

    Como as taxas de juros pagas pelo governo a partir de 2003 forampaulatinamente reduzidas, obviamente o CUSTO BRASIL diminuiusignificativamente neste Sculo XXI.

    O CUSTO BRASIL PROVOCADO PELA M ADMINISTRAO DOS SERVIOS PBLICOS

    Existe uma expresso bsica que foi em poucas palavras perfeitamenteexplicada pelo Dicionrio Aurlio. Trata-se do MONOPLIO NATURAL.Significa que determinados *servios pblicos* necessrios em todos oslares e em todas as entidades jurdicas tero seus custos extremamenteelevados se numa mesma rua, bairro, regio ou cidade aqueles foremprestados por vrias empresas.

    Como exemplo o "Aurlio", agora editado pelos portugueses (no piada, realidade), cita que os servios de distribuio de energia eltrica,de gua e de coleta de esgotos devem ser explorados por uma nica

  • empresa especializada nesses ramos de atividade em cada cidade, Estadoda Federao ou regio geoeconmica. Mas, que hajam abusos na formaodos preos a cobrar, devem ser controladas (auditadas) por rgos diretaou indiretamente ligados ao Governo, como devem ser as AgnciasNacionais Reguladoras.

    Da mesma forma torna-se extremamente elevado o custo da telefonia fixase numa determinada rua houver mais de uma empresa fornecendo o mesmotipo de servio telefnico.

    Considerando-se verdadeiro esse raciocnio lgico, tambm torna-seexorbitantemente cara a telefonia celular quando existem diversasempresas explorando esse mesmo servio pblico numa mesma regio quepossa ser alcanada por uma nica antena ou torre de transmisso. Dessemodo explica-se o porqu de a telefonia celular no Brasil ser a maiscara do mundo.

    Assim sendo, esse tipo de CUSTO BRASIL foi provocado pela incompetnciados mentores das privatizaes e dos Governos que a praticaram: Collor,Itamar e FHC.

    Entretanto, se os controladores das empresas de telefonia fixa e celularno fossem to incompetentes como certos dirigentes pblicos por elesapoiados, poderiam criar *uma nica empresa* com a participaoacionria de todas as demais empresas desses dois setores operacionais,a qual seria incumbida de colocar no somente um nico cabo de fibraptica em cada rua para utilizao de todas.

    Em tese, a constituio da Embratel durante os Governos Militares tinhaessa funo de centralizar em seus cabos e torres de transmisso todasas ligaes telefnicas efetuadas em todo o Brasil. Essa mesma empresaou outra equivalente poderia ser incumbida da instalao de uma nicatorre de transmisso da telefonia celular nas diversas reas decobertura para que fosse usada por todas as empresas desse ramo deatividade que atuassem numa mesma localidade.

    Se esse simplrio procedimento fosse adotado pelas empresas detelefonia, os custos operacionais, no somente dessas empresas, comotambm de todas as demais empresas no Brasil seriam reduzidos paraapenas 20% do CUSTO BRASIL por elas atualmente gerado.

    Em vista do exposto, torna-se lgico supor que, alm de inescrupulosopor cobrar caro por um servio mal administrado, o grande empresariadodesse ltimo ramo de atividade mencionado completamente incompetente.

    O VERDADEIRO CUSTO BRASIL VEM DA BLINDAGEM FISCAL E PATRIMONIAL

    Agora resta explicar mais um fato que pode ser considerado como oprincipal causador do elevado CUSTO BRASIL.

    *A Internacionalizao do Capital e a Diminuio da Arrecadao Tributria*

    Para evitar o pagamento de tributos, o empresariado brasileiro emultinacional estabelecidos em nosso territrio ptrio sempre trabalhouna informalidade (sem emisso de notas fiscais), razo peal qual foicriado o SPED - Servio Pblico de Escriturao Digital. Essas ReceitasOmitidas (dinheiro no contabilizado) circulava no chamado "CAIXA DOIS"que, por intermdio de Doleiros e do Mercado Cmbio de Taxas Flutuantescriado na antevspera do Natal de 1988, era remetido para o exterior.

  • *O Aumento do Custos Brasil Em Razo da Ausncia da Contabilidade de Custos*

    claro que a administrao de todas essa bandalheira extremamentecara. Os consultores em planejamento tributrio cobram honorriosaltssimos.

    Depois de autuadas pela prtica da sonegao fiscal, as empresas passama ter custos operacionais bem maiores que as demais porque, alm dasmultas e atualizaes monetrias, ainda so obrigadas a gastar rios dedinheiro com importantes advogados tributaristas e tambm com lobistas.

    Se essas empresas tivessem uma contabilidade de custos bem organizada,chegariam a concluso de que *sai mais barato* o pagamento dos tributos,mesmo porque tais custos so repassados para o consumidor, embutido nopreo dos produtos e mercadorias vendidas.

    *O Aumento Custo Brasil Provocado pelos Sonegadores de Tributos*

    Ento, sempre que o dinheiro remetido para o exterior, ele volta parao Brasil na forma de emprstimos externos, gerando artificialmentedespesas de juros na empresa sonegadora dos tributos, as quais tambmartificialmente aumentavam o CUSTO BRASIL, diminuindo o Lucro Tributvelque provavelmente gerar dficits oramentrios e no balano depagamentos em razo dessa artificial elevao da dvida externa. o queest acontecendo nos pases desenvolvidos muito mais que no Brasil.Pelos menos ns temos matrias-primas e alimentos para exportar. Elesno tm e ainda os importam em grande quantidade. Por esse motivo, apartir de 2005 o Brasil passou a ter elevada quantidade de ReservasMonetrias.

    O dinheiro remetido para o exterior tambm voltava e ainda volta comooperaes de leasing e como participao que capital (com a consequentepagamento de dividendos, cuja remessa para o exterior no maistributada a partir de 1996).

    *A Internacionalizao das Empresas Familiares Brasileiras*

    Essa contnua sada de dinheiro para parasos fiscais, provocou ainternacionalizao de muitas das nossas antigas empresas familiares queatualmente so controladas por empresas estrangeiras, quase todassediadas nos citados parasos fiscais.

    importante salientar que muitas dessas empresas estrangeirascontroladoras das antigas brasileiras tm quase que exclusivamenteacionistas brasileiros.

    *Assim Feita a Blindagem Fiscal e Patrimonial*

    Essa internacionalizao do capital nacional em muitos casos foiefetuado mediante a troca de aes.

    Os acionistas brasileiros cedem as aes de sua empresa para outraestrangeira e esta cede parte das suas aes aos ex-acionistasbrasileiros que imediatamente constituem uma empresa fantasma numparaso fiscal. Dessa forma esses antigos acionistas brasileiros deixamde ter bens no Brasil e no declaram ao Fisco brasileiro os seus bens,direitos e valores que esto no exterior em nome da empresa sediada noParaso Fiscal.

    *Aumento do Custo Brasil*

  • A internacionalizao do dinheiro, que circulava no CAIXA DOIS (Omissode Receitas pela no emisso de Notas Fiscais), resultou em planejamentofiscal ilegal para reduo da Carga Tributria, cujos valores retornadosao Brasil na forma de emprstimos resultaram na diminuio do LucroTributvel mediante o pagamento de juros a uma suposta instituiofinanceira de paraso fiscal e, assim, com o consequente aumento doCUSTO BRASIL em razo das altas taxas de juros praticadas.

    Todas essas explicaes so necessrias para o perfeito entendimento dotexto a seguir, que tambm se refere ao CUSTO BRASIL, com subttulos e*negritos* e com comentrios e anotaes colocados em letras azuis pelocoordenador deste COSIFE.

    *LUCRO, E NO IMPOSTO, FAZ BRASILEIRO PAGAR O CARRO MAIS CARO*

    Por UOL CARROS - publicado em 29/06/2011 pelo Jornal Correio do Estado

    de Mato Grosso do Sul. Extrado pelo COSIFE em 08/10/2013.

    FRAUDES FISCAIS E OPERACIONAIS

    Apesar do texto em questo ser de 29/06/2011, portanto antigo, no deixade ser atual, visto que as alegaes dos executivos (meros capatazes deseus patres) sero sempre as mesmas tanto neste ano de 2013 como nofuturo. A verdade :

    *O Brasil tem o carro mais caro do mundo. Por qu?*

    Os principais argumentos das montadoras para justificar o alto preo doautomvel vendido no Brasil so a *alta carga tributria* e a *baixaescala de produo*. Outro vilo seria o */alto valor da mo deobra/*, mas os fabricantes no revelam quanto os salrios e osbenefcios sociais - representam no preo final do carro. Muito menos oscustos de produo, um segredo protegido por lei.

    Por tal motivo, a Lei 11.638/2007, que alterou a Lei das Sociedades porAes (Lei 6.404/1976), passou a exigir que a partir de 2008 as grandesempresas passassem a publicar suas demonstraes contbeis semelhanadas sociedade de capital aberto. No COSIFE essas informaescomplementares foram colocadas como NOTA relativa aos pargrafos 5 a 7 doartigo 176 da Lei 6.404/1976 que se referem s demonstraes contbeis,s pequenas sociedades de capital fechado e s sociedades de capitalaberto de qualquer porte, respectivamente.

    O FALSO CUSTO BRASIL COM A MO DE OBRA E A ALTA CARGA TRIBUTRIA

    Diante da falsa alegao de BAIXA ESCALA DE PRODUO importanteesclarecer de antemo que, dentre os mais de 200 pases existentes, oBrasil o 5 maior produtor mundial de automveis. Portanto, essahistria de baixa escala de produo mera balela. O Brasil o 4maior mercado de compradores de automveis.

    Torna-se tambm necessrio salientar que nos pases chamados dedesenvolvidos, que agora esto falidos por falta de arrecadaotributria, o custo da mo de obra mais do dobro do Dito CUSTO BRASIL,neste ltimo custo incluindo-se os encargos sociais (trabalhistas eprevidencirios).

  • Se aqui fosse realmente mais cara a produo de automveis, elesestariam sendo produzidos l no exterior, mais precisamente nas matrizesproprietrias de cada uma das marcas disponveis.

    Dessa forma, ns estaramos apenas importando automveis e nenhum seriaexportado, ao contrrio do que est acontecendo na prtica. Por volta de3% de nossa produo de automveis exportada.

    SUBFATURAMENTO DAS EXPORTAES

    O Brasil um importante exportador de automveis porque na exportaoso retirados os custos artificialmente aumentados. Por isso acontece oSubfaturamento das Exportaes. Isto significa que os carros soexportados por preo bem inferior ao seu preo de venda no Brasil, semos impostos incidentes.

    SUPERFATURAMENTO DAS IMPORTAES

    Conforme foi demonstrado neste site do COSIFE, no texto denominadoIntegralizao de Capital com Sucata Supervalorizada, a indstria automobilistatraz para o Brasil as linhas de montagem que ficaram obsoletas noexterior. Logo, l na Matriz elas foram consideradas sucata, semcondio de continuar produzindo com eficcia desejada.

    Como as linhas de montagem importadas esto supervalorizadas, obviamenteos custos fixos com as depreciaes so bem maiores no Brasil, impedindoque as empresas tenham lucros tributveis em nosso territrio.

    Essa prtica danosa aos cofres pblicos pode ser caracterizada comofalsificao material ou ideolgica da escriturao contbil com aintenso de reduo artificial do imposto a pagar ou com a intenso depostergar o seu pagamento.

    O Superfaturamento das Importaes significa que est havendo remessaantecipada de lucros, que no Brasil sero paulatinamente contabilizadoscomo Despesa de Depreciao do Imobilizado de Uso, representado pelaslinhas de montagem (sucatas) supervalorizadas.

    O FALSO CUSTO BRASIL VERSUS O VERDADEIRO LUCRO BRASIL

    A explicao dos fabricantes para vender no Brasil o carro mais caro domundo o chamado *Custo Brasil*, isto , a *alta carga tributria*somada ao *custo do capital*[aliado ao superfaturamento das linhas demontagem importadas = Superfaturamento das Importaes, incluindodeterminadas peas exclusivamente fabricadas pela Matriz], que onera aproduo.

    Mas as histrias que voc ver a seguir vo mostrar que o grande vilodos preos , sim, o *Lucro Brasil*. Em nenhum pas do mundo onde aindstria automobilstica tem um peso importante no PIB, o carro custato caro para o consumidor.

    A FALCIA DA ALTA CARGA TRIBUTRIA

    Sobre a ALTA CARGA TRIBUTRIA importante salientar que ela provocadapela artificial elevao do CUSTO BRASIL, conforme foi explicado acima.

    Quanto maior for o custo artificialmente aumentado mediante o

  • superfaturamento das importaes, maior ser o valor do tributo sobre opreo final cobrado do consumidor.

    A TAXA DE JUROS EMBUTIDA NO PREO DO PRODUTO VENDIDO A PRAZO

    Para engabelar o consumidor, as montadoras dizem que esto cobrandojuros inferiores a 1% ao ms e algumas chegam a dizer que no cobram juros.

    As empresas que dizem cobrar apenas 1% de juros ao ms, na realidadeembutem os juros no preo de venda ao consumidor. Disso resulta (emvalor absoluto) maior pagamento do ICMS- Imposto sobre Circulao deMercadorias.

    O JEITINHO BRASILEIRO DE ILUDIR O CONSUMIDOR

    Outras empresas dizem que no esto cobrando juros no financiamento doveculo. Dessa pratica podem existir vrias realidades:

    1. O valor dos juros pode estar incorporado ao preo do produto, tal como fazem as demais empresas que financiam bens de consumo popular em 12 meses sem juros; 2. O valor dos juros pode ser cobrado como Entrada. Depois divide-se o real preo de venda ao consumidor pelo nmero de prestaes a pagar; 3. O valor da Entrada paga pelo consumidor pode ser o preo do Produto no Estoque. Assim, as prestaes a pagar envolveriam os juros e o lucro na venda do produto, entre outros custos suplementares com a comisso do revendedor, a propaganda...

    Como as concessionrias de veculos recebem os carros usados como partedo pagamento, os quais em seus pases de origem tm valor de mercadomuito pequeno, parece lgico que o sobrepreo aqui cobrado pelo carro*novo* seja o "*/jeitinho brasileiro/*" utilizado por estrangeiros parapagar pelo *usado* o mesmo preo que valeria no exterior.

    Depois disto, qualquer valor conseguido pelo carro usado lucro. Mas,para haja lucro na venda do caro usado, o preo de venda do carro usadodeve ser superior ao seu valor de venda como sucata somado ao valor queseria cobrado pela reviso feita para troca das peas defeituosas,adicionando-se tambm as demais despesas administrativas como a comissodo vendedor.

    Exemplo: No tempo em que existiam as mquinas de calcular mecnicas,para incentivar a compra da mquina nova, era oferecido alto preo pelovelho equipamento, que depois era vendido como sucata. Assim, adiferena entre o preo de compra da mquina velha e o seu preo devenda como sucata era acrescido ao preo de venda do equipamento novo,que passava a ser o *"preo de tabela"*. Por esse motivo, um equipamentoimportado diretamente do fabricante estrangeiro ficava bem mais baratoque o *preo da tabela* da mquina fabricada no Brasil.

    Provavelmente os fabricantes de veculos esto usando essa velha formade iludir o consumidor.

    A FALCIA DA TERCEIRA FOLHA DE PAGAMENTOS

    A indstria culpa tambm o que chama de Terceira Folha pelo aumento docusto de produo: gastos com funcionrios, que deveriam ser papel doestado, mas que as empresas acabam tendo que assumir, como conduo,assistncia mdica e outros benefcios trabalhistas.

  • ARGUMENTAO FAJUTA DE QUEM QUER ENGANAR A OPINIO PBLICA

    Se esse custo fosse assumido pelo governo, haveria a necessidade deaumento dos tributos.

    A mesma argumentao fajuta utilizada na rea das informaes fiscaisque so feitas pela empresa e que os inescrupulosos executivos dizem serincumbncia do Estado. Se o trabalho no fosse realizado pela empresa,ou seja, pelo profissional contbil, o Governo seria obrigado acontratar mais servidores, o que obviamente seria cobrado docontribuinte na forma de impostos.

    A FALCIA DA FALTA DE MASSIFICAO DA PRODUO

    Com um mercado interno de um milho de unidades em 1978, as fbricasargumentavam que seria impossvel produzir um carro barato. Era precisoaumentar a escala de produo para, assim, baratear os custos dosfornecedores e chegar a um preo final no nvel dos demais pasesprodutores.

    Pois bem: *o Brasil fechou 2010 como o quinto maior produtor de veculosdo mundo* e *como o quarto maior mercado consumidor*, com 3,5 milhes deunidades vendidas no mercado interno e uma produo de 3,638 milhes deunidades.

    *Trs milhes e meio de carros no seria um volume suficiente parabaratear o produto?*

    *Quanto ser preciso produzir para que o consumidor brasileiro possacomprar um carro com preo equivalente ao dos demais pases?*

    Segundo Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, */ verdade que aproduo aumentou, mas agora ela est distribuda em mais de 20empresas, de modo que a escala continua baixa/*.

    Ele elegeu um novo patamar para que o volume possa propiciar uma reduodo preo final: *cinco milhes de carros.*

    E daqui a alguns anos vai dizer que o patamar deve ser de 10 milhes,depois de 20 milhes e assim sucessivamente. Acredita nessas falciasquem for bobo.

    *A carga tributria caiu e o preo do carro subiu*

    O imposto, o eterno vilo, caiu nos ltimos anos. Em 1997, o carro 1.0pagava 26,2% de impostos, o carro com motor at 100cv recolhia 34,8%(gasolina) e 32,5% (lcool). Para motores mais potentes o imposto era de36,9% para gasolina e 34,8% a lcool.

    Hoje com os critrios alterados o carro 1.0 recolhe 27,1%, a faixade 1.0 a 2.0 paga 30,4% para motor a gasolina e 29,2% para motor alcool. E na faixa superior, acima de 2.0, o imposto de 36,4% paracarro a gasolina e 33,8% a lcool.

    EM TESE, OS POBRES PAGAM MAIS TRIBUTOS

    Quer dizer: *o carro popular teve um acrscimo de 0,9 ponto percentualna carga tributria*[os Pobres Pagam mais Tributos], enquanto nas demaiscategorias o imposto diminuiu: o carro mdio a gasolina paga 4,4 pontospercentuais a menos. O imposto da verso lcool/flex caiu de 32,5% para

  • 29,2%. No segmento de luxo, o imposto tambm caiu: 0,5 ponto no carro egasolina (de 36.9% para 36,4%) e 1 ponto percentual no lcool/flex.

    Enquanto a carga tributria total do Pas, conforme o InstitutoBrasileiro de Planejamento Tributrio, cresceu de 30,03% no ano 2000para 35,04% em 2010, o imposto sobre veculo no acompanhou esse aumento.

    Isso sem contar as aes [programas] do governo, que baixaram o IPI(retirou, no caso dos carros 1.0) durante a crise econmica. A polticade incentivos durou de dezembro de 2008 a abril de 2010, reduzindo opreo do carro em mais de 5% sem que esse benefcio fosse totalmenterepassado para o consumidor.

    A MARGEM DE LUCRO NO BRASIL BEM MAIOR

    Justamente porque no Brasil a margem de lucro bem maior que nos demaispases produtores, muitas outras empresas chegaram ao Brasil. Em 2012tnhamos cerca de 20 empresas produzindo com as linhas de montagem queforam consideradas obsoletas em seus respectivos pases de origem.

    Essa a verdade:

    *As montadoras tm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que emoutros pases.*

    Uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, daInglaterra, mostrou que algumas *montadoras instaladas no Brasil soresponsveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes* e quegrande parte desse lucro vem da venda dos carros com aparnciafora-de-estrada.

    Derivados de carros de passeio comuns, esses carros ganham uma maquiageme um estilo aventureiro. Alguns tm suspenso elevada, pneus de usomisto, estribos laterais. Outros tm faris de milha e, alguns, o estepena traseira, o que confere uma aparncia mais esportiva.

    *A margem de lucro trs vezes maior que em outros pases*

    NOTA DO COSIFE: Os nmeros utilizados nos exemplos descritos a seguirforam obtidos pelo UOL CARROS em junho de 2011.

    O Banco Morgan concluiu que esses carros so altamente lucrativos, tmuma margem muito maior do que a dos carros dos quais so derivados.

    Os tcnicos da instituio [Morgan] calcularam que o custo de produodesses carros, como o CrossFox, da Volks, e o Palio Adventure, da Fiat, 5 a 7% acima do custo de produo dos modelos dos quais derivam: Fox ePalio Weekend. Mas so vendidos por 10% a 15% a mais.

    O Palio Adventure (que tem motor 1.8 e sistema locker), custa R$ 52,5mil e a verso normal R$ 40,9 mil (motor 1.4), uma diferena de 28,5%.No caso do Dobl (que tem a mesma configurao), a verso Adventurecusta 9,3% a mais.

    O analista Adam Jonas, responsvel pela pesquisa, concluiu que, nogeral, a margem de lucro das montadoras no Brasil chega a ser trs vezesmaior que a de outros pases.

    O Honda City um bom exemplo do que ocorre com o preo do carro noBrasil. Fabricado em Sumar, no interior de So Paulo, ele vendido no

  • Mxico por R$ 25,8 mil (verso LX). Neste preo est includo o frete,de R$ 3,5 mil, e a margem de lucro da revenda, em torno de R$ 2 mil.Restam, portanto R$ 20,3 mil.

    Adicionando os custos de impostos e distribuio aos R$ 20,3 mil,teremos R$ 16.413,32 de carga tributria (de 29,2%) e R$ 3.979,66 demargem de lucro das concessionrias (10%). A soma d R$ 40.692,00.Considerando que nos R$ 20,3 mil faturados para o Mxico a montadora jtem a sua margem de lucro, o *Lucro Brasil* (adicional) de R$15.518,00: R$ 56.210,00 (preo vendido no Brasil) menos R$ 40.692,00.

    Isso sem considerar que o carro que vai para o Mxico tem maisequipamentos de srie: freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD,airbag duplo, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores eltricos.O motor o mesmo: 1.5 de 116cv.

    Ser possvel que a montadora tenha um lucro adicional de R$ 15,5 milnum carro desses?

    O que a Honda fala sobre isso?

    Nada. Consultada, a montadora apenas diz que a empresa no fala sobre oassunto.

    Na Argentina, a verso bsica, a LX com cmbio manual, airbag duplo erodas de liga leve de 15 polegadas, custa a partir de US$ 20.100 (R$35.600), segundo o Auto Blog.

    J o Hyundai ix35 vendido na Argentina com o nome de Novo Tucson 2011por R$ 56 mil, 37% a menos do que o consumidor brasileiro paga por ele:R$ 88 mil.

    *INFORMAES COMPLEMENTARES DO SITE NOTCIAS AUTOMOTIVAS*

    *Lucro Brasil faz o consumidor pagar o carro mais caro do mundo*

    Parte do texto publicado em 01/07/2011 por Notcias Automotivas.Fonte: Agncia Auto Informe.

    *Porque o mesmo carro mais barato na Argentina e no Chile?*

    A ACARA, Associacion de Concessionrios de Automotores De La RepublicaArgentina, divulgou em fevereiro, no congresso dos distribuidores dosEstados Unidos (N.A.D.A), em So Francisco, os valores comercializadosdo Corolla nos trs pases. No Brasil o carro custa U$ 37.636,00, naArgentina U$ 21.658,00 e nos EUA U$ 15.450,00.

    O consumidor paraguaio paga pelo Kia Soul U$ 18 mil, metade do preo domesmo carro vendido no Brasil. Ambos vm da Coreia. No h imposto quejustifique tamanha diferena de preo.

    Outro exemplo de causar revolta: o Jetta vendido no Mxico por R$ 32,5mil. No Brasil esse carro custa R$ 65,7 mil.

    Quer mais? O Gol I-Motion com airbags e ABS fabricado no Brasil vendido no Chile por R$ 29 mil. Aqui custa R$ 46 mil.

    A Volkswagen no explica a diferena de preo entre os dois pases.

  • Solicitada pela reportagem, enviou o seguinte comunicado:

    /As principais razes para a diferena de preos do veculo no Chile e no Brasil podem ser atribudas diferena tributria e tarifria entre os dois pases e tambm variao cambial./

    Questionada, a empresa enviou nova explicao:

    /As condies relacionadas aos contratos de exportao so temas estratgicos e abordados exclusivamente entre as partes envolvidas./

    Nenhum dirigente contesta o fato de o carro brasileiro ser caro, mesmoconsiderando o preo FOB: o custo de produo, sem a carga tributria.

    Mas o assunto to evitado que at mesmo consultores independentes noarriscam a falar, como o nosso entrevistado, um ex-executivo de umagrande montadora, hoje scio de uma consultoria, e que pediu para noser identificado.

    Ele explicou que no segmento B do mercado, onde esto os carros deentrada, Corsa, Palio, Fiesta, Gol, a margem de lucro no to grande,porque as fbricas ganham no volume de venda e na lealdade marca. Masnos segmentos superiores o lucro bem maior.

    O que faz a fbrica ter um lucro maior no Brasil do que no Mxico,segundo consultor, o fato do Mxico ter um mercado mais competitivo.

    *City mais barato no Mxico do que no Brasil por causa do drawback*

    Um dirigente da Honda, ouvido em off, responsabilizou o drawback, paraexplicar a diferena de preo do City vendido no Brasil e no Mxico. Odrawback a devoluo do imposto cobrado pelo Brasil na importao depeas e componentes importados para a produo do carro. Quando essecarro exportado, o imposto que incidiu sobre esses componentes devolvido, de forma que o valor base de exportao menor do que ocusto industrial, isto : o City exportado para o Mxico por um valormenor do que os R$ 20,3 mil. Mas quanto o valor dos impostos das peasimportadas usadas no City feito em Sumar? A fonte da Honda noresponde, assim como outros dirigentes da indstria se negam a falar doassunto.

    Ora, quanto poder ser o custo dos equipamentos importados no City? Comcerteza menor do que a diferena de preo entre o carro vendido noBrasil e no Mxico (R$ 15 mil).

    A propsito, no se deve considerar que o dlar baixo em relao ao realbarateou esses componentes?

    A conta no bate e as montadoras no ajudam a resolver a equao. O queacontece com o Honda City apenas um exemplo do que se passa naindstria automobilstica. Apesar da grande concorrncia, nenhuma dasmontadoras ousa baixar os preos dos seus produtos. Uma vezestabelecido, ningum quer abrir mo do apetitoso Lucro Brasil.

    Ouvido pela Agncia AutoInforme, quando esteve em visita a Manaus, opresidente mundial da Honda, Takanobu Ito, respondeu que, retirando osimpostos, o preo do carro do Brasil mais caro que em outros pasesporque aqui se pratica um preo mais prximo da realidade. L fora mais sacrificado vender automveis.

  • Ele disse que o fator cmbio pesa na composio do preo do carroBrasil, mas lembrou que o que conta o valor percebido. O que vale opreo que o mercado paga.

    E porque o consumidor brasileiro paga mais do que os outros?

    Eu tambm queria entender respondeu Takanobu Ito a verdade que oBrasil tem um custo de vida muito alto. At o McDonald aqui o maiscaro do mundo.

    Se a moeda for o Big Mac confirmou Srgio Habib, que foi presidente daCitron e hoje importador da chinesa JAC o custo de vida dobrasileiro o mais caro do mundo. O sanduche custa U$ 3,60 l e R$14,00 aqui. Srgio Habib investigou o mercado chins durante um ano emeio procura por uma marca que pudesse representar no Brasil. Edescobriu que o governo chins no d subsdio indstriaautomobilstica; que o salrio dos engenheiros e dos operrios chinesesno so menores do que os dos brasileiros.

    Tem muita coisa torta no Brasil concluiu o empresrio, no o carro.Um galpo na China custa R$ 400,00 o metro quadrado, no Brasil custa R$1,2 mil. O frete de Xangai e Pequim custa U$ 160,00 e de So Paulo aSalvador R$ 1,8 mil.

    Para o presidente da PSA Peugeot Citron, Carlos Gomes, os preos doscarros no Brasil so determinados pela Fiat e pela Volkswagen. As demaismontadoras seguem o patamar traado pelas lderes, donas dos maioresvolumes de venda e referncia do mercado, disse.

    Fazendo uma comparao grosseira, ele citou o mercado da moda, talvez oque mais dita preo e o que mais distorce a relao custo e preo:

    Me diga, por que a Louis Vuitton deveria baixar os preos das suasbolsas?, questionou.

    Ele se refere ao valor percebido pelo cliente. isso que vale.

    O preo no tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preo o mercado, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque obrasileiro paga R$ 265.000,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidoscusta o equivalente a R$ 75 mil.

    Por que baixar o preo se o consumidor paga?, explicou o executivo.

    Em 2003, quando foi lanado, o EcoEsport, da Ford, no tinhaconcorrente. Era um carro diferente, inusitado. A Ford cobrou caro aexclusividade: segundo informaes de uma fonte que tinha grande ligaocom a empresa na poca, e conhecia os custos do produto, o carro tinhauma margem lquida de US$ 5 mil.

    *A montadora pe o preo l em cima. Se colar, colou*

    Quando um carro no tem concorrente direto, a montadora joga o preo lpra cima, disse um dirigente do setor. usual, at, a fbrica lanar ocarro a um preo acima do pretendido, para tentar posicionar o produtonum patamar mais alto. Se colar, colou. Caso contrrio, passa a darbnus concessionrias at reposicionar o modelo num preo que oconsumidor est disposto a pagar.

    Um exemplo recente revela esse comportamento do mercado. A Kia fez um

  • pedido matriz coreana de dois mil Sportage por ms, um volume que,segundo seus dirigentes, o mercado brasileiro poderia absorver. E jtinha fixado o preo: R$ 75 mil. s vsperas do lanamento soube que acota para o Brasil tinha sido limitada a mil unidades. A importadora,ento, reposicionou o carro num patamar superior, para R$ 86 mil. E,como j foi dito aqui: pra que vender por R$ 75 mil se tem fila deespera pra comprar por R$ 86 mil? A verso com cmbio automtico,vendida a R$ 93 mil, tem fila de espera e seu preo sobe para R$ 100 milno mercado paralelo.

    Cledorvino Belini, que tambm presidente da Fiat Automveis e membrodo Conselho Mundial do Grupo Fiat, responsabiliza os custos dos insumospelo alto preo do carro feito no Brasil. Disse que o ao custa 50% maiscaro no Brasil em relao a outros pases e que a energia no Pas umadas mais caras do mundo.

    A Anfavea est fazendo um Estudo de Competitividade para mostrar aogoverno o que considera uma injusta concorrncia da indstria instaladano Brasil em relao aos importadores.

    Os fabricantes consideram que o custo dos insumos encarece e prejudica acompetitividade da indstria nacional. O ao comprado no Brasil 40%mais caro do que o importado da China, que usa minrio de ferrobrasileiro para a produo, revelou Belini. Ele apontou tambm os custoscom a logstica como um problema da indstria nacional e criticou aonerao do capital. preciso que o governo desonere o capital nos trssetores: cadeia produtiva, na infraestrutura e na exportao detributos, disse.

    Com a crise, o setor mostrou que tem (muita) gordura pra queimar. Opreo de alguns carros baixou de R$ 100 mil para R$ 80 mil. Carros maiscaros tiveram descontos ainda maiores.

    So comuns descontos de R$ 5 mil, 10 mil. Como isso possvel se no huma margem to elstica pra trabalhar?

    A GM vendeu um lote do Corsa Classic com desconto de 35% para umalocadora paulista, segundo um executivo da locadora em questo. O preounitrio foi de R$ 19 mil!

    As montadoras tradicionais tentam evitar o bvio, que a perda departicipao para as novas montadoras, disse Jos Carlos Gandini,presidente da Kia e da Abeiva, a associao dos importadores deveculos. O dlar o mesmo pra todo mundo. As montadoras tambm compramcomponentes l fora, e muito. Alm disso, os importados j pagam umaalquota de 35%, por isso no se trata de uma concorrncia desleal, aocontrrio, as grandes montadoras no querem abrir mo da margem de lucro.

    *Mni no tamanho, big no preo*

    Mni, Fiat 500, Smart, so conceitos diferentes de um carro comum:embora menores do que os carros da categoria dos pequenos, elesproporcionam mais conforto, sem contar o cuidado e o requinte com queso construdos. So carros chiques, equipados, destinados a um pblicoque quer se exibir, que quer estar na moda. Que paga R$ 60 mil por umcarro menor do que o Celta que custa R$ 30 mil e j caro.

    Onde esto os R$ 30 mil que o consumidor est pagando a mais pelo Smarte o Cinquecento e os R$ 70 mil a mais pelo Mni Cooper?

  • A Mercedes-Benz, importadora do Smart, fez as contas a nosso pedido dosacessrios do minicarro. Ele tem quatro airbags, ar-condicionadodigital, freios ABS com EBD, controle de trao e controle deestabilidade. Segundo a empresa, o custo desse pacote seria em torno deR$ 20 mil, considerando os preos de equipamentos para a linha Mercedes,uma vez que o Smart j vem completo e no dispe dos preos dessesequipamentos separados.

    Mesmo considerando esses preos ainda no se justifica os R$ 62 mil paraum carro que leva apenas duas pessoas.

    A Fiat vende o Cinquencento por R$ 62 mil, exatamente, e no por acaso,o mesmo preo do Smart. O carro tem sete airbags, banco de couro,ar-condicionado digital, teto solar, controle de trao, mas menor queo Celta. Esse pacote custaria, somando os valores dos equipamentos,conforme preos divulgados pela Fiat, R$ 24 mil. Portanto, no preocobrado, de R$ 62 mil, tem uma margem de lucro muito maior do que a deum carro comum.

    E quem comprar o minsculo Mni Cooper vai pagar a pequena fortuna de R$105 mil.

    Claro que tamanho no documento, especialmente quando se fala decarro. Voc poderia dizer que a Ferrari do tamanho de uma Kombi. Mas ofato que as montadoras posicionam seus produtos num determinadopatamar sem levar em conta o tamanho, o tipo de uso ou o custo doproduto, mas apenas o preo que o mercado paga, optando por vender maiscaro em vez de priorizar o volume, ganhando na margem de lucro.

    Essa poltica pode ser vlida para uma bolsa da Louis Vuitton, umproduto suprfluo destinado a uma pequena parcela da elite da sociedade,ou mesmo para uma Ferrari, pra no sair do mundo do automvel. Mas nodeveria ser para um carro comum.

    Alm disso, existem exemplos de carro muito bem equipado a preos bemmais baixos. O chins QQ, da Chery, vem a preo de popular mesmorecheado de equipamentos, alguns deles inexistentes mesmo em carros decategoria superior, como airbag duplo e ABS, alm de CD Player, sensorde estacionamento. O carro custa R$ 22.990,00, isso porque o importadorsofreu presso das concessionrias para no baixar o preo ainda mais. Aidia original disse o presidente da Chery no Brasil, Luiz Curi eravender o QQ por R$ 19,9 mil. Segundo Curi, o preo do QQ poder chegar amenos de R$ 20 mil na verso 1.0 flex, que chega no ano que vem. Hoje ocarro tem motor 1.1 litro e por isso recolhe o dobro do IPI do 1000cc,ou 13%, isso alm dos 35% de Imposto Importao.

    As fbricas reduzem os custos com o aumento da produo, espremem osfornecedores, que reclamam das margens limitadas, o governo reduzimposto, como fez durante a crise, as vendas explodem e o Brasil setorna o quarto maior mercado do mundo.

    E o Lucro Brasil permanece inalterado, obrigando o consumidor a compraro carro mais caro do mundo.

    *FORD APURA LUCRO RECORDE DISTORCIDO DE US$ 20,2 BI EM 2011*

    *COMPANHIA REGISTRA 10 TRIMESTRES SEGUIDOS NO AZUL*

    Por Pedro Kutney, publicado por Automotive Business

  • em 27/01/2012. Extrado pelo COSIFE em 17/10/2013.

    A Ford apurou lucro lquido recorde de US$ 20,2 bilhes em 2011, o querepresentou alta de 208% sobre o ganho de 2010, segundo comunicado dacompanhia divulgado na sexta-feira, 27. O resultado, contudo, foidistorcido para cima por uma baixa contbil extraordinria no balano,que no envolveu dinheiro vivo, no valor de US$ 12,4 bilhes, relativosprovises sobre crditos de isenes fiscais que a empresa deixou dereceber a partir de 2006, quando registrava prejuzo e, portanto, nopodia contabilizar incentivos tributrios sobre impostos que no pagava.Com a volta dos nmeros ao azul, no ltimo trimestre de 2011 a Ford tevede recolocar o valor desses crditos na coluna de ganhos, o que fez olucro lquido subir artificialmente da mesma forma que, no passado, aoperao fez o prejuzo crescer abruptamente.

    Excluindo-se esse fator extraordinrio, que no se repetir nos prximosmeses, o lucro lquido ajustado da Ford em 2012 cai para US$ 7,8bilhes, ainda assim 19% maior que o obtido em 2010. Em comunicado, acompanhia considerou o resultado positivo, em linha com as metastraadas para esta dcada. O lucro operacional antes de impostos de US$8,8 bilhes no ano passado, 6% acima do exerccio anterior, comprova quea atividade-fim da empresa (fabricar e vender veculos) voltou a serrentvel aps vrios balanos no vermelho.

    NOTA DO COSIFE: O interessante que existem empresas que tm prejuzocontbil durante muitos anos e no chegam falncia. E ninguminvestiga como acontecem essas mgicas. Torna-se importante salientarque todas elas se relacionam com Parasos Fiscais, com grandepossibilidade de existir a manipulao de resultados que so escondidosnesses parasos fiscais. Veja o texto: Em 2013 o G-20 Discutiu aSonegao Fiscal das Multinacionais

    Com lucro operacional antes de impostos de US$ 1,1 bilho contabilizadonos ltimos trs meses de 2011, a Ford registra 10 trimestresconsecutivos de operaes rentveis, desde meados de 2009, quandoconseguiu estancar os prejuzos que foram sendo acumulados a partir de2006. Em todo o mundo a Ford vendeu quase 5,7 milhes de veculosdurante 2011, aumento de 7,3% sobre 2010. O faturamento global atingiude US$ 136,3 bilhes, 12,7% superior ao do exerccio anterior.

    Aps acumular sucessivos resultados positivos, as dvidas da Ford tambmentraram em regresso. Em 31 de dezembro passado [2011] as operaesautomotivas tinham dvida total de US$ 13,1 bilhes, US$ 6 bilhes amenos do que um ano antes. A Ford terminou 2011 com liquidez de US$ 32,4bilhes e US$ 22,9 bilhes em caixa, ou US$ 9,8 bilhes alm donecessrio para saudar a dvida total em 2010 o saldo positivo era deUS$ 1,4 bilho.

    */Em 2011 aumentamos o caixa das operaes automotivas, reduzimos advida e melhoramos a liquidez, limpando o caminho para retomar opagamento trimestral de dividendos (aos acionistas)/*, comemorou LewisBooth, vice-presidente executivo de finanas.

    NOTA DO COSIFE: Ao contrrio do que tem acontecido com o preo das aesdas empresas do empresrio Eike Batista, as aes das multinacionais nodesvalorizam, mesmo em longos perodos de prejuzos acumulados e sem opagamento de dividendos aos acionistas. Comparao interessante, paraser analisada.

    GANHOS NAS AMRICAS E NAS FINANAS

  • */Apesar das contnuas incertezas do ambiente externo, a fora denossas operaes na Amrica do Norte e da Ford Credit (brao financeirodo grupo) permitiu que continussemos a investir no crescimento futuro,com o desenvolvimento de produtos lderes de seus segmentos emqualidade, economia de combustvel, segurana, design inteligente evalor/*, disse em comunicado Alan Mulally, presidente mundial da Ford.

    Nas operaes industriais e comerciais, em 2011 a Ford obteve lucrossomente nas Amricas, principalmente na diviso norte-americana (queinclui Estados Unidos, Canad e Mxico), que foi responsvel por 70% doresultado mundial da companhia. Na Amrica do Norte o lucro operacionalanual antes de impostos somou US$ 6,2 bilhes, 14,8% maior do que em2010. A Ford credita o desempenho ao maior volume de vendas na regio erecuperao de preos, que foram parcialmente prejudicados por elevaode custos de matrias-primas, fretes e garantia.

    Na Amrica do Sul, onde o Brasil representa 80% dos negcios, o balanoregional continuou no azul, mas os ganhos perderam ritmo. Foi apurado nadiviso lucro operacional antes de impostos de US$ 861 milhes, baixa de14% sobre o US$ 1 bilho de 2010. O recuo explicado pela Ford peloaumento de preo de commodities industriais e pela queda de 18 milunidades nas vendas, para 124 mil veculos.

    Na Europa e sia/Pacfico os prejuzos recuaram em 2011, mas os balanosregionais continuaram no vermelho. Na diviso europeia, com vendasmenores e queda de rentabilidade das diversas subsidirias, a perdaoperacional foi de US$ 27 milhes, contra US$ 182 milhes em 2010. Nasia/Pacfico o resultado negativo foi de US$ 92 milhes, ante US$ 189milhes um ano antes. As enchentes na Tailndia prejudicaram odesempenho, com perda de produo da Ford no pas estimada em 34 milunidades.

    O brao financeiro da companhia, a Ford Credit, ajudou no desempenhopositivo de 2011, com lucro operacional antes de impostos de US$ 2,4bilhes, ainda que 22,6% menor do que o obtido em 2010.

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