o cortiço 2

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O cortiço Aluízio de Azevedo

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O cortiçoAluízio de Azevedo

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Personagens

• O Cortiço" - Personagens • Os personagens da obra são psicologicamente superficiais, ou seja,

há a primazia de tipos sociais. Os principais são:

JOÃO ROMÃO – taverneiro português, dono da pedreira e do cortiço. Representa o capitalista explorador.

BERTOLEZA – quitandeira, escrava cafuza que mora com João Romão, para quem ela trabalha como uma máquina.

MIRANDA – comerciante português. Principal opositor de João Romão. Mora num sobrado aburguesado, ao lado do cortiço.

JERÔNIMO – português “cavouqueiro”, trabalhador da pedreira de João Romão, representa a disciplina do trabalho.

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• RITA BAIANA – mulata sensual e provocante que promove os pagodes no cortiço. Representa a mulher brasileira.

PIEDADE – portuguesa que é casada com Jerônimo. Representa a mulher européia.

CAPOEIRA FIRMO – mulato e companheiro que se envolve com Rita Baiana.

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• ARRAIA-MIÚDA – representada por lavadeiras, caixeiros, trabalhadores da pedreira e pelo policial Alexandre.

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Narrador

• A obra é narrada em terceira pessoa, com narrador onisciente (que tem conhecimento de tudo), como propunha o movimento naturalista. O narrador tem poder total na estrutura do romance: entra no pensamento dos personagens, faz julgamentos e tenta comprovar, como se fosse um cientista, as influências do meio, da raça e do momento histórico.

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• O foco da narração, a princípio, mantém uma aparência de imparcialidade, como se o narrador se apartasse, à semelhança de um deus, do mundo por ele criado. No entanto, isso é ilusório, porque o procedimento de representar a realidade de forma objetiva já configura uma posição ideologicamente tendenciosa.

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Tempo

• Em O Cortiço, o tempo é trabalhado de maneira linear, com princípio, meio e desfecho da narrativa. A história se desenrola no Brasil do século XIX, sem precisão de datas. Há, no entanto, que ressaltar a relação do tempo com o desenvolvimento do cortiço e com o enriquecimento de João Romão.

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Espaço

• São dois os espaços explorados na obra. O primeiro é o cortiço, amontoado de casebres mal-arranjados, onde os pobres vivem. Esse espaço representa a mistura de raças e a promiscuidade das classes baixas. Funciona como um organismo vivo. Junto ao cortiço estão a pedreira e a taverna do português João Romão.

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• O segundo espaço, que fica ao lado do cortiço, é o sobrado aristocratizante do comerciante Miranda e de sua família. O sobrado representa a burguesia ascendente do século XIX. Esses espaços fictícios são enquadrados no cenário do bairro de Botafogo, explorando a exuberante natureza local como meio determinante. Dessa maneira, o sol abrasador do litoral americano funciona como elemento corruptor do homem local.

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