o corpo e suas emoções

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  • 7/22/2019 o Corpo e Suas Emoes

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    COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO

    VOLPI, Jos Henrique; VOLPI, Sandra Mara. O corpo e suas emoes. Curitiba: CentroReichiano, 2004. Disponvel em: www.centroreichiano.com.br/artigos.htm. Acesso em:

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    O CORPO E SUAS EMOESJos Henrique Volpi

    Sandra Mara Volpi

    Desde a poca de Hipcrates acreditava-se que a mente e o corpo influenciavam-

    se mutuamente. Apesar dessa relao ter sido rejeitada pela medicina e negligenciada

    pela prpria psicologia durante anos, acabou tornando-se uma das mais fascinantes

    reas de pesquisa que hoje faz uso de tcnicas sofisticadas que vo desde a utilizao de

    imagens por ressonncia magntica e tomografia por emisso de postrons at os

    estudos genticos dos neurotrasmissores.O corpo no mais considerado um depositrio da alma, como se propunha na

    idade antiga; ainda no tero, comunica-se e faz contato com as pessoas e com o mundo

    que o rodeia, sentindo e respondendo aos estmulos do meio, principalmente aos

    estresses, que vo sendo gravados no corpo e permanecem ancorados na memria

    celular. Mais tarde, podem vir tona e trazer como conseqncia a manifestao de

    inmeras doenas.

    A Psicologia Corporal uma cincia que se dedica a estudar as manifestaescomportamentais e energticas da mente sobre o corpo e do corpo sobre a mente,

    tratando-as em seu conjunto e em sua relao funcional. Tem por objetivo reencontrar a

    capacidade do ser humano em regular a sua prpria energia e, por conseqncia, seus

    pensamentos e emoes. Suas razes encontram-se nos trabalhos desenvolvidos por

    Wilhelm Reich (1897-1957), mdico austraco que abandonou a tcnica da psicanlise

    quando descobriu que o corpo contm a histria de cada indivduo e por meio dele que

    devemos resgatar as emoes mais profundas restabelecendo a mobilidade biopsquica

    atravs da anulao e/ou flexibilizao da couraa caracterolgica e muscular.

    Reich no foi o primeiro cientista a reconhecer a fundamental importncia dos

    meios no-verbais de comunicao, mas foi o primeiro a buscar entender um mapa

    detalhado dos elaborados sistemas que so construdos pelos pacientes para se

    defenderem do estresse do mundo externo e dos impactos causados na mente e no

    corpo. Isso o levou a tirar o paciente do div para sentar-se frente a frente com o

    terapeuta, o qual intervinha de forma ativa e direta sobre todos os processos patolgicos

    do paciente, tcnica denominada anlise do carter.

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    COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO

    VOLPI, Jos Henrique; VOLPI, Sandra Mara. O corpo e suas emoes. Curitiba: CentroReichiano, 2004. Disponvel em: www.centroreichiano.com.br/artigos.htm. Acesso em:

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    O carter se forma com base nos bloqueios sofridos nas etapas do

    desenvolvimento psico-emocional que a criana atravessa desde o momento dafecundao e sero decisivas para a formao de seu carter. Um estresse sofrido em

    uma ou mais etapas ir determinar o tipo ou trao de carter e conseqentemente a forma

    dessa pessoa funcionar perante a vida. (REICH, 1995).

    O trabalho sistemtico com a tcnica da anlise do carter levou Reich

    descoberta das couraas musculares, tenses crnicas que se formam ao longo da vida,

    cuja funo proteger o indivduo de experincias dolorosas e ameaadoras. Isso fez

    com que a anlise do carter deixasse de ser uma terapia somente psicolgica e

    passasse a ser diretamente ligada ao corpo, ao sistema neurovegetativo, o que deu

    origem tcnica da vegetoterapia caracteroanaltica, incluindo num s conceito, o

    trabalho nos aparelhos psquico e fsico. Para uma melhor compreenso pedaggica,

    Reich mapeou o corpo em sete segmentos de couraas, a saber: ocular, oral, cervical,

    torcico, diafragmtico, abdominal e plvico, que impedem o livre fluxo energtico e levam

    o corpo a adotar novas posturas como compensao: olhos arregalados, tenso no

    maxilar, ombros cados, desvios na coluna, etc. (REICH, 1986)

    O trabalho de desbloqueio das couraas (vegetoterapia) tem inicio pelo primeiro

    segmento (ocular) e segue em direo ao ltimo (plvico). Permite assim o livre fluxo

    energtico e uma mudana fsica e caracterolgica. Busca, em outras palavras,

    restabelecer a total capacidade de pulsao do organismo como um todo.

    Na continuidade de seus trabalhos, Reich tambm descobriu que a energia que

    circula dentro do corpo humano a mesma presente no cosmos, denominando-a de

    energia orgnio. O termo vegetoterapia foi ento ampliado dando lugar orgonoterapia,

    que passou a integrar em um nico trabalho as questes psicolgicas, corporais e a

    dinmica energtica. Assim, consolidou-se uma nova cincia, que Reich chamou de

    Orgonomia.

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    Referncias

    REICH, W. Anlise do carter.So Paulo: Martins Fontes, 1995REICH, W. A funo do orgasmo.So Paulo: Brasiliense, 1986

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    VOLPI, Jos Henrique; VOLPI, Sandra Mara. O corpo e suas emoes. Curitiba: CentroReichiano, 2004. Disponvel em: www.centroreichiano.com.br/artigos.htm. Acesso em:

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    Jos Henrique Volpi - Psiclogo, Psicodramatista, e Analista Reichiano. Mestre em Psicologia daSade (UMESP) e Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento (UFPR). Diretor do Centro

    Reichiano, Curitiba/PR.E-mail:[email protected]

    Sandra Mara Volpi- Psicloga, Especialista em Psicologia Clnica e Psicologia Corporal,Psicoterapia Infantil, Psicopedagogia e Anlise Bioenergtica (CBT). Diretora do CentroReichiano, Curitiba/PR.E-mail:[email protected]

    ================================================CENTRO REICHIANO DE PSICOTERAPIA CORPORAL LTDA

    Av. Pref. Omar Sabbag, 628 Jd. Botnico Curitiba/PR Brasil - CEP: 80210-000(41) 3263-4895 / www.centroreichiano.com.br / [email protected]