o cordelista e o depósito legal

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Universidade de Brasília - UnB “O CORDELISTA E O DEPÓSITO LEGAL” Autores: Diana Larissa Stefane Laura Maria da Conceição Neta Leandro Brasília, Setembro de 2013 Para compor este cordel Vasculhamos a internet à procura E feito abelhas à caça do mel - Encontramos estas lindas gravuras.

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Page 1: O cordelista e o Depósito Legal

Universidade de Brasília - UnB

“O CORDELISTA E O DEPÓSITO LEGAL”

Autores:

Diana

Larissa Stefane

Laura Maria da Conceição Neta

Leandro

Brasília, Setembro de 2013

Para compor este cordel Vasculhamos a internet à procura E – feito abelhas à caça do mel -

Encontramos estas lindas gravuras.

Page 2: O cordelista e o Depósito Legal

Universidade de Brasília - UnB

“O CORDELISTA E O

DEPÓSITO LEGAL”

Disciplina: Controle Bibliográfico

Professora: Dra. Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque

Brasília, Setembro de 2013

Page 3: O cordelista e o Depósito Legal

I

Seu Antonio gostava muito de escrever

Histórias do povo nordestino;

O tal cordel para quem quisesse ler

E que trazia arte, cultura e ensino.

Um dia soubera de grande novidade,

Que uma ‘certa’ Biblioteca Nacional

Levaria informações para sua cidade

Sobre as ações do Depósito Legal.

Page 4: O cordelista e o Depósito Legal

II

No dia em que a caravana chegou,

Seu Antônio foi falar com o bibliotecário.

Queria difundir o conteúdo que compilou

E registrar sua coletânea no formulário.

A reunião explicaria os mil ‘por quês?’

A quem dedica tanto amor em escrever bem,

Que além da Música, Literatura e Português,

Seu livro merecia registro, também.

III

Naquela reunião – diria aquele senhor –

Que o depósito legal, na França, surgira.

Em 1536, o Rei Francisco I resolveu propor,

Que pra Biblioteca da Monarquia garantira

“A cópia de um exemplar de cada escritor”.

E, assim, os novos conceitos proporiam

A inovação que pela Europa se alastrou;

Suécia, Holanda e Inglaterra a adeririam

Page 5: O cordelista e o Depósito Legal

IV

No Brasil, então, não foi diferente.

Foi na época do Governo imperial

Que deu-se início a registra lei vigente

Que trata sobre o depósito legal.

O primeiro decreto da época da República

Rezava que uma obra do autor fosse entregue

À Biblioteca Nacional e Pública.

E, assim, a história segue...

Page 6: O cordelista e o Depósito Legal

V

Em 1977, a Unesco veio então recomendar

Que o depósito legal deveria ter como objetivos:

Na formação de uma coleção assegurar

Matérias de todos os formatos produzidos;

Permitir a compilação da Biografia Nacional,

Assegurando o controle bibliográfico da coleção;

Acesso às publicações nacional e internacional,

Proporcionando aproximar-se do cidadão.

VI

Muitos anos se passaram – é fato! –

Até chegar-se à lei atual.

Somente promulgada em 2004,

A nº 10.994 legaliza o depósito legal.

Sua finalidade é proteger

As memórias cultural e intelectual,

Controlar registro, preservar, promover

E regularizar a produção nacional.

Page 7: O cordelista e o Depósito Legal

VII

O bibliotecário, então, ressalva a seu Antônio

Que é preciso preservar o cordel;

E quão importante é para nosso patrimônio

A arte nordestina e a cor de seu cinzel.

Sendo assim, recomendou ao cordelista

Que sua produção tratasse de reunir

E, de acordo com a lei, em vossa lista

Para a Fundação enviasse a seguir.

Page 8: O cordelista e o Depósito Legal

VIII

Não basta encaminhar a obra, apenas.

É preciso obter seu registro!

Então, o bibliotecário pôs tinta na pena

E escreveu aos cidadãos o que é previsto:

Um número de ISBN é preciso obter

Para que sua obra seja registrada.

Às normas é preciso, e muito, se ater

Para que ela seja catalogada.

IX

ISBN é um sistema muito conhecido

Que identifica livros num padrão internacional.

Esse sistema surgiu, então, no Reino Unido

Padronizando produções de alcance mundial.

A Agência Internacional ISBN controla o sistema

Designando representantes em cada país

No Brasil é a FBN que carrega o emblema

De órgão que atribui o registro que condiz.

Page 9: O cordelista e o Depósito Legal

X

Uma vez fixada a identificação,

Ela nunca será mudada.

Só se aplica àquela obra ou edição

Não havendo registro igual à obra gerada.

Com a atribuição do registro enfim

Garante-se a sua autoria

Podendo encaminhar ao depósito legal, por fim,

As obras que produzira.

Page 10: O cordelista e o Depósito Legal

XI

Mas, para detalhes é preciso se atentar:

Nem tudo o que se produz é registrado -

Agenda. Folder. Convite. Não se deve enviar,

Pois não precisam ser cadastrados;

Bem como produções publicitárias,

Cartazes com propaganda divulgada,

Monografias e teses universitárias,

Assim como uma obra não-editada.

XII

Conforme o ISBN, na Lei do Livro,

Diretrizes devem ser respeitadas:

Para ter, de fato, um código atribuído,

A partir de 05 páginas a obra é registrada.

Além de softwares e e-books de costume,

Cada volume com título independente,

Conjunto de obra - também seus volumes,

E toda reedição pretendente.

Page 11: O cordelista e o Depósito Legal

XIII

Seu Antônio saiu da reunião, satisfeito,

Pois, enfim, compreendeu o suficiente:

Registrar suas obras, garantir seus direitos

E cooperar com a lei vigente.

Logo, a todos os companheiros foi contar

A novidade que havia aprendido -

Construir a memória nacional e preservar

Tudo o que o país houver produzido.

Page 12: O cordelista e o Depósito Legal

XIV

A Biblioteca Nacional garante, diariamente,

A preservação da cultura nacional,

Catalogando produções, rotineiramente,

Através do depósito legal.

Desempenhando, então, o seu papel,

Seu Antônio registrará tudo o que produziu,

Gerando a memória do cordel

E contribuindo com a arte do Brasil.

FIM