o conselho tutelar em perguntas e respostas

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  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    O Conselho Tutelar em perguntas e respostas 

    Perguntas & Respostas

    • Atribuições Diversas  • Educaço  • Estrutura  • !undo "unicipal  • "inist#rio P$blico e

    %udicirio  •• Pol'cia  • Processo de Escolha  • Registros P$blicos  • (ituações )nstitucionais  •

     

    Atribuições Diversas

     

    • Pergunta* O +ue ,a-er +uando o Conselho Tutelar recebe a not'cia da prtica de crime contra criança ou

    adolescente.

    Resposta* Sempre que o Conselho Tutelar receber a notícia da prática, em tese, de crime contra criança ou

    adolescente, deve levar o caso imediatamente ao Ministério Público (c! art! "#$, inciso %&, do 'C), sem pre*uí+o de

    se prontiicar a aplicar, desde loo, medidas de proteç-o . criança ou adolescente vítima, bem como reali+ar umtrabalho de orientaç-o aos seus pais ou responsável! avaliaç-o acerca da eetiva caracteri+aç-o ou n-o do crime

    cabe ao Ministério Público, ap/s a devida investiaç-o do ato pela autoridade policial! prop/sito, o Conselho

    Tutelar n-o é /r-o de seurança pública, e n-o lhe cabe a reali+aç-o do trabalho de investiaç-o policial,

    substituindo o papel da polícia *udiciária (polícia civil)! 0 que pode a+er é se prontiicar a au1iliar a autoridade policial

    no acionamento de determinados serviços municipais que podem intervir desde loo (como psic/loos e assistentes

    sociais com atuaç-o *unto aos C2'S3C2S, CPs e outros serviços públicos municipais), inclusive para evitar a

    4revitimi+aç-o4 da criança ou adolescente, quando da coleta de provas sobre o ocorrido! Tal intervenç-o (tanto do

    Conselho Tutelar quanto dos reeridos proissionais e autoridades que devem intervir no caso), no entanto, deve

    invariavelmente ocorrer sob a coordenaç-o da autoridade policial (ou do Ministério Público), inclusive para evitar 

    pre*uí+os na coleta de provas! &ale lembrar que, em casos semelhantes, é preciso proceder com e1trema cautela,

    dili5ncia e proissionalismo, de modo a, de um lado, responsabili+ar o(s) aente(s) e, de outro, proteer a(s)

    vítima(s)! 0 pr/prio Conselho Tutelar pode (deve), se necessário por intermédio do CM6C local, estabelecer um4lu1o4 ou 4protocolo4 de atendimento interinstitucional, de modo que se*am claramente deinidas as provid5ncias a

    serem tomadas quando da notícia de casos de viol5ncia contra crianças e adolescentes, assim como as

    responsabilidades de cada um, de modo que o ato se*a rapidamente apurado e a vítima receba o atendimento que

    se i+er necessário por quem de direito! 'm qualquer caso, é preciso icar claro que todos os /r-os, serviços e

    autoridades co7responsáveis pelo atendimento do caso devem air em reime de colaboraç-o! 8 preciso, em suma,

    materiali+ar a t-o alada 4rede de proteç-o . criança e ao adolescente4, através da articulaç-o de aç9es e da

    interaç-o operacional entre os /r-os co7responsáveis!

     

    • Pergunta* Com o advento da /ei n0 12341452446 o Conselho Tutelar ,icou impedido de promover o

    acolhimento institucional 7abrigamento8 de crianças e adolescentes.

    Resposta* 6e maneira aluma! 0 Conselho Tutelar continua tendo a atribuiç-o de aplicar a medida de proteç-o de

    encaminhamento da criança ou adolescente para prorama de acolhimento institucional (art! "#$, inciso % c3c art!":", inciso &%%, do 'C)! 0 que o Conselho Tutelar n-o pode a+er (como aliás, nunca pode, embora o i+esse de

    orma indevida), é promover, por simples decis-o administrativa, o aastamento da criança ou adolescente do

    convívio amiliar como medida 4antecedente4 ao acolhimento institucional! 0 aastamento de criança ou adolescente

    do convívio amiliar, salvo a ocorr5ncia de 4larante de vitimi+aç-o4 ou outra situaç-o e1trema e e1cepcional que

     *ustiique plenamente a medida (c! art! ":", ;

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    este*am em local inorado ou inacessível? que uiram de casa etc! 'm todos os casos, é necessário submeter o

    caso . análise de uma equipe interdisciplinar, de modo a apurar as causas da situaç-o de risco em que a criança ou

    adolescente se encontra, bem como para deinir as 4estratéias4 que ser-o desenvolvidas no sentido de promover a

    reinteraç-o amiliar da orma mais célere possível ou, se tal soluç-o se mostrar comprovadamente inviável ou

    impossível, seu encaminhamento para amília substituta (medida esta que somente poderá ser tomada pela

    autoridade *udiciária, sem pre*uí+o da colaboraç-o do Conselho Tutelar e de outros /r-os e entidades encarreadas

    do atendimento de crianças, adolescentes e suas respectivas amílias, nos moldes do previsto nos arts! @$ e @@,

    inciso &%, do 'C)!

     

    • Pergunta* O Conselho Tutelar deve reali-ar a ,iscali-aço de bailes e boates.

    Resposta* 0 Conselho Tutelar n-o é um /r-o de seurança pública (e nem é ou pode air como uma espécie de

    4polícia de criança4), mas isto n-o siniica que n-o detenha o chamado 4poder de polícia4 (inerente a diversas

    autoridades públicas, investidas de atribuiç9es especíicas, como é o caso, por e1emplo, da 4viilAncia sanitária4 em

    relaç-o .s inraç9es praticadas por estabelecimentos que comerciali+am alimentos) e3ou a atribuiç-o de iscali+ar 

    possíveis violaç9es de direitos de crianças e adolescentes, por quem quer que se*a (o que é inerente . sua

    4atribuiç-o primeira4, contida no art! "#", do 'C)! atividade iscali+at/ria do Conselho Tutelar em locais onde se

    encontram crianças e adolescentes decorre de disposiç9es e1plícitas, como é o caso do disposto no art! B>, do 'C,

    bem como de outras implícitas, como aquela decorrente da combinaç-o dos arts! "B e @, ambos do 'C! D-ohaveria sentido em dotar o Conselho Tutelar da atribuiç-o de oerecer representaç-o . autoridade *udiciária quando

    da constataç-o de violaç-o .s normas de proteç-o relativas ao acesso e perman5ncia de crianças e adolescentes

    em locais de divers-o, se a atividade iscali+at/ria de tais locais n-o osse inerente .s atribuiç9es do /r-o (e por 

    reras básicas de hermen5utica *urídica, considera7se que 4a lei n-o contém palavras inúteis4 e 4deve ser sempre

    interpretada de orma l/ica3teleol/ica4)! &ale observar, no entanto, que tal atividade, além de ser comum ao

    Conselho Tutelar, Ministério Público e Poder Eudiciário (inclusive no que di+ respeito . atuaç-o do Comissariado de

    &iilAncia da %nAncia e da Euventude), n-o tem por ob*etivo 4larar4 crianças e adolescentes em 4bailes, boates ou

    con5neres!!!4, na perspectiva de sua 4repress-o4, mas sim deve ser desempenhada com o ob*etivo de constatar a

    possível violaç-o de direitos de crianças e adolescentes pelos proprietários de tais estabelecimentos e seus

    prepostos (e é contra estes 7 proprietários e prepostos 7 que deve recair a atuaç-o repressiva 'statal)! atuaç-o do

    Conselho Tutelar (e dos demais interantes do 4Sistema de Farantias dos 6ireitos da Criança e do dolescente4)

    deve sempre ser direcionada 4em prol4 da criança3adolescente, pois ainal, a interpretaç-o e aplicaç-o de todo e

    qualquer dispositivo contido na Gei nH @!:$B3B: deve ocorrer no sentido de sua proteç-o interal, tal qual preconi+ado

    pelos arts! "H, $H e "::, par! único, inciso %%, do 'C! ssim sendo, se houver mera suspeita de que determinado

    estabelecimento (como uma boate), está sendo responsável pela violaç-o dos direitos de crianças e adolescentes (o

    que pode ocorrer com a simples permiss-o de seu acesso ao local, em desacordo com uma Portaria Eudicial

    reulamentadora, por e1emplo), cabe ao Conselho Tutelar, assim como ao Ministério Público, ao Poder Eudiciário, e

    aos demais interantes do reerido 4Sistema de Farantias4 (e em última análise, a todos, dado disposto no art! I:, do

    'C, que abre o capítulo relativo . prevenç-o, onde também est-o inseridas as disposiç9es relativas ao acesso de

    crianças e adolescentes aos locais de divers-o), air no sentido da repress-o dos responsáveis pela violaç-o, que

    devem ser punidos na orma da lei (c! art! >H, do 'C), devendo ser colhidas as provas necessárias (notadamente

    os nomes, idades e endereços das crianças3adolescentes, nomes e endereços de seus pais ou responsável e de

    testemunhas do ocorrido, dentre outras), e delarado, por iniciativa do pr/prio Conselho Tutelar, o procedimento

     *udicial para apuraç-o da inraç-o administrativa prevista no art! @, do 'C (sem pre*uí+o de eventual iniciativa do

    Ministério Público no sentido da apuraç-o de outras inraç9es)! %mportante destacar, no entanto, que muito mais do

    que atuar de orma 4repressiva4, deve7se procurar air de orma preventiva, cabendo ao CM6C, se necessário

    provocado pelo Conselho Tutelar, delarar uma 4campanha de conscienti+aç-o4 *unto aos empresários locais

    responsáveis pelos estabelecimentos atinidos pelas Portarias Eudiciais, no sentido de que é seu dever cumprir 

    ielmente tais determinaç9es, a+endo rioroso controle de acesso aos mesmos, através da comprovaç-o da

    identidade e da idade dos reqJentadores e seus acompanhantes (e deve icar claro que cabe aos proprietários dos

    estabelecimentos e seus prepostos 7 n-o ao Conselho Tutelar ou a qualquer outro /r-o público 7 o controle de

    acesso ao local, n-o sendo o caso, loicamente, de dei1ar um conselheiro tutelar, comissário de viilAncia da

    inAncia e da *uventude, representante do Ministério Público, ou Eui+ 4de plant-o4 na porta do estabelecimento, para

    impedir o acesso de crianças e adolescentes)! iscali+aç-o, se*a pelo Conselho Tutelar, representante do Ministério

    Público, do Poder Eudiciário ou de outro /r-o público, deve ser eita 4de inopino4 (n-o há necessidade sequer que

    isto se*a eito toda semana) e, para cada criança ou adolescente encontrada de orma irreular, deve corresponder 

    KM representaç-o pela prática da inraç-o administrativa do art! @, do 'C 7 ou se*a, para cada criança ou

    adolescente encontrado irreularmente no local, deve corresponder um procedimento *udicial e uma multa distinta

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    (embora os procedimentos possam ser instruídos e *ulados de orma simultAnea em ra+-o da e1ist5ncia de

    cone1-o)! Do que di+ respeito . iscali+aç-o dos estabelecimentos em si, como a responsabilidade de +elar pelo

    eetivo respeito aos direitos asseurados a crianças e adolescentes pelo 'C e pela CL n-o é apenas do Conselho

    Tutelar, mas também do Ministério Público e do Poder Eudiciário, para que a autoridade *udiciária 4e1i*a4 alo do

    Conselho Tutelar, deve também estar disposta a participar da iscali+aç-o, *untamente com o representante do

    Ministério Público! D-o parece que se*a correto a+er tal 4e1i5ncia4 do Conselho Tutelar, se*a porque n-o e1iste

    4hierarquia4 entre a autoridade *udiciária e o Conselho Tutelar, se*a porque tal iscali+aç-o deveria ser e1ercida

    espontaneamente pelo Conselho Tutelar (assim como pela pr/pria autoridade *udiciária, pelo comissariado da

    inAncia e da *uventude, pelo Ministério Público, pelas polícias civil e militar etc!)! ssim sendo, cabe ao Conselho

    Tutelar buscar o entendimento *unto . autoridade *udiciária e Ministério Público locais (bem como com o CM6C), de

    modo que se*am plane*adas estratéias de aç-o con*unta, no sentido da orientaç-o dos proprietários de

    estabelecimentos (numa perspectiva preventiva, como acima mencionado), bem como deinidas responsabilidades

    (inclusive dos demais responsáveis por tal 4iscali+aç-o4, como é o caso do Ministério Público, Poder Eudiciário,

    Polícias Civil e Militar etc!), assim como 4lu1os operacionais4, para que cada qual e1erça suas atribuiç9es sem

    pre*uí+o daquilo que é de responsabilidade dos demais! reerida orientaç-o, aliás, deve ser eetuada, inclusive, na

    perspectiva de evitar que os responsáveis pelos estabelecimentos a serem iscali+ados criem qualquer embaraço .

    atuaç-o do Conselho Tutelar (o que pode caracteri+ar o crime previsto no art!

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    ao local e apanhem seus ilhos 7 sendo tal intervenç-o compatível, inclusive, com o princípio instituído pelo art! "::,

    par! único, inciso %O, do 'C)! %mportante *amais perder de vista que, o Conselho Tutelar n-o deve 4substituir4 o

    papel dos pais ou responsável, mas orientá7los (e se necessário deles cobrar) para que e1erçam sua autoridade

    (loicamente, sem usar de 4autoritarismo4 e3ou viol5ncia)! 'm qualquer caso, as crianças e adolescentes

    encontrados no estabelecimento em desacordo com eventual Portaria Eudicial ou consumindo bebidas alco/licas

    devem ser tratados como vítimas daqueles que permitiram seu acesso indevido ao local ou lhe orneceram as

    reeridas 4droas lícitas4! &ale lembrar que, para cada criança ou adolescente encontrada em determinado

    estabelecimento, em desacordo com a lei ou com eventual portaria *udicial reulamentadora, haverá a prática de

    uma inraç-o administrativa distinta (c! art! @, do 'C), e o pr/prio Conselho Tutelar é parte leítima para

    inressar com a aç-o *udicial especíica (c! art! "B, do 'C)! %mportante, no entanto, que o Conselho Tutelar 

    e1erça um trabalho de prevenç-o, orientando os proprietários dos estabelecimentos acerca do contido na lei e nas

    portarias *udiciais eventualmente e1pedidas, e sobre as conseqJ5ncias de seu descumprimento! orientaç-o deve

    também se estender . polícia, de modo que esta colabore com a iscali+aç-o dos estabelecimentos e, quando

    necessário, atue de orma a reprimir os aentes responsáveis pela violaç-o dos direitos de crianças e adolescentes!

     

    • Pergunta* Os plantões do Conselho Tutelar devem ser e,etuados na sede do :rgo9 +ue na sua grande

    maioria so bastante precrias. Em caso positivo9 como ser viabili-ada as condições de pernoite na sede.

    Resposta* 6e modo alum é necessário que o conselheiro tutelar cumpra o 4plant-o4 na sede do Conselho Tutelar,assim como n-o é necessário que o Eui+ e o Promotor cumpram seus 4plant9es4 dentro do L/rum (e, a rior, Euí+es

    e Promotores atuam em reime de 4plant-o permanente4)! 'star de 4plant-o4 siniica estar em condiç9es de

    atender denúncias eetuadas a qualquer momento e air desde loo, o que, em ra+-o da modalidade de serviço

    prestado pelo Conselho Tutelar, pode ocorrer independentemente do local em que o conselheiro este*a, desde que

    ele consia se diriir até o local da ocorr5ncia sem mais delonas! 0 importante é que se*am disponibili+ados aos

    conselheiros de 4plant-o4 meios de comunicaç-o adequados (um teleone celular pr/prio do 4plant-o4, custeado pelo

    município, loicamente, seria mais do que adequado para isto), com sua divulaç-o tanto na sede do Conselho

    Tutelar quanto *unto a outros /r-os públicos! %sto permitiria que a populaç-o pudesse acessar o Conselho Tutelar a

    qualquer hora do dia ou da noite, de orma até mesmo mais eiciente do que por intermédio de um teleone i1o na

    sede do /r-o! '1plico se o Conselho Tutelar tiver . disposiç-o apenas um teleone i1o, e o conselheiro de

    4plant-o4 tiver de sair em dili5ncia para atender determinada ocorr5ncia, outros 4acionamentos4 eetuados (que

    podem corresponder a ocorr5ncias ainda mais raves) acabar-o n-o sendo atendidos (a menos que, *untamente

    com o conselheiro, ique também de 4plant-o4 alum servidor que lhe preste apoio administrativo), ou o ser-o com

    bastante atraso, em evidente pre*uí+o . eicácia do atendimento prestado! ssim sendo, um teleone celular 

    permanentemente . disposiç-o do conselheiro de 4plant-o4, com a ampla divulaç-o de seu número, por certo é

    mais eiciente (e 4inteliente4) do que obriar que o serviço se*a prestado na sede do Conselho Tutelar, até porque a

    maior parte dos acionamentos será eetuada via teleone, e n-o através do deslocamento do denunciante até a sede

    do /r-o! 'm tais condiç9es, este*a o conselheiro tutelar 4plantonista4 em casa, em dili5ncia ou em qualquer outro

    luar, o atendimento prestado será riorosamente o mesmo, e é isto que importa! prop/sito, o importante é prever 

    (e prover) os meios necessários ao rápido acionamento e deslocamento do conselheiro até o local da ocorr5ncia,

    ra+-o pela qual devem ser previstos 7 com a prioridade absoluta preconi+ada pelo art! =, caput e par! único, do 'C

    e art!

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    (c! art! @$, do 'C) com os Sistemas de 'nsino (e as escolas) para que se*a deinida a orma como o serviço será

    acionado!

     

    • Pergunta* Tendo em vista o contido nos arts3 1a guarda # disputada pelos pais apenas ? me9 mediante @Termo de

    Compromisso "ediante Responsabilidade@. E pode ,a-er isto para uma das av:s9 ou >unto a terceira pessoa

    +ue detenha apenas a guarda de ,ato da criança. Como proceder se o Conselho Tutelar entende +ue uma

    deciso >udicial +ue ,ia a guarda em ,avor de um dos pais 7ou de terceiro8 no est correta. E se o

    Conselho Tutelar constata +ue a criança est sendo pre>udicada em ra-o da demora ecessiva na

    concluso do processo.

    Resposta*  deiniç-o da uarda de uma criança ou adolescente, se*a quando esta é disputada pelos pais, se*a

    quando reivindicada por terceiro, é atribuiç-o da autoridade *udiciária, e n-o do Conselho Tutelar, ra+-o pela qual

    n-o pode este lavrar 4termo de compromisso mediante responsabilidade4 como mencionado! Se o Conselho Tutelar 

    or procurado por aluém que dese*a deinir a uarda de uma criança ou adolescente, ou constatar, e dili5ncia, que

    aluém detém a 4uarda de ato4 em relaç-o a uma criança ou adolescente, sem que esta tenha sido concedida pelo

    Poder Eudiciário, cabe ao /r-o apenas reistrar o caso e encaminhá7lo imediatamente . apreciaç-o da autoridade

     *udiciária (art! "#$, inciso &, do 'C), podendo a+57lo por intermédio do Ministério Público (sempre via oício,

    devidamente protocolado no /r-o respectivo)! %sto n-o siniica, no entanto, que o Conselho Tutelar deve dei1ar deacompanhar o caso, até porque tanto a criança3adolescente quanto sua amília, pode necessitar, antes do início ou

    no curso de eventual procedimento *udicial a ser instaurado, de medidas de proteç-o especíicas cu*a aplicaç-o

    continue sendo de atribuiç-o do Conselho Tutelar (c! art! "#$, incisos % e %%, do 'C)! 'm outras palavras, o ato de

    ter sido instaurado procedimento *udicial para deiniç-o3reulari+aç-o de uma uarda (o que é de compet5ncia

    e1clusiva da autoridade *udiciária), n-o retira do Conselho Tutelar o poder7dever de e1ercer suas demais atribuiç9es!

    Decessário, no entanto, que o Conselho Tutelar atue com cautela e de orma articulada com a autoridade *udiciária,

    de modo a evitar a tomada de decis9es conlitantes, que podem mesmo pre*udicar as crianças3adolescentes

    atendidas! &ale di+er que o e1ercício reular das atribuiç9es do Conselho Tutelar no que di+ respeito ao

    acompanhamento da situaç-o das crianças, adolescentes e amílias atendidas, durante a tramitaç-o do

    procedimento *udicial, n-o importa, a princípio, em violaç-o do 4seredo de *ustiça4, até porque o Conselho Tutelar 

    n-o irá intervir no processo (e nem terá acesso aos autos, sem autori+aç-o *udicial) e, por ser um /r-o de deesa

    dos direitos inanto7*uvenis por e1cel5ncia, certamente saberá, por verdadeiro dever de oício, uardar siilo quanto a

    inormaç9es que obtiver de qualquer das partes! ra+-o da e1ist5ncia do mencionado 4seredo de *ustiça4, por 

    certo, n-o é impedir que um /r-o de deesa dos direitos inanto7*uvenis, como é o caso do Conselho Tutelar, e1erça

    suas atribuiç9es *unto .s crianças, adolescentes e amílias atendidas! Como voc5 sabe, a 4atribuiç-o primeira4 do

    Conselho Tutelar é a de 4+elar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente4 deinidos na Gei nH

    @!:$B3B: (c! art! "#", do 'C), o que vale inclusive para resuardá7los contra possíveis violaç9es praticadas pela

    autoridade *udiciária (ou mesmo o Ministério Público)! &ale repetir, no entanto, que antes de mais nada é importante

    que o Conselho Tutelar mantenha com o Poder Eudiciário e com o Ministério Público (assim como *unto a outros

    interantes do 4Sistema de Farantias dos 6ireitos da Criança e do dolescente4) uma relaç-o de parceria, coniança

    e respeito mútuos, devendo buscar o entendimento e a superaç-o de possíveis conlitos que venham surir! Sem

    entrar no mérito do caso em particular relatado, caso o Conselho Tutelar, em reuni-o do coleiado, entender que

    uma criança, adolescente ou amília atendida está sendo vítima de omiss-o ou abuso por parte do Poder Eudiciário

    (inclusive no que di+ respeito . demora e1cessiva na soluç-o do procedimento, que na orma do disposto nos arts!

    H, par! único, alínea 4b4 e ">amais lhe prestou +ual+uer au'lio3

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    Resposta* Casos como o citado, no qual os pais disputam a uarda do ilho, devem ser resolvidos pela &ara da

    Lamília, e n-o pelo Conselho Tutelar (ou mesmo pela &ara da %nAncia e da Euventude, ressalvada a hip/tese do art!

    "@, par! único, alínea 4d4, do 'C)! Cabe ao Conselho Tutelar orientar a m-e a procurar um advoado, para pleitear 

     *udicialmente o restabelecimento da uarda *unto a ela! princípio, n-o há como o Conselho Tutelar intererir, até

    porque os estudos psicossociais necessários a aerir qual dos pais detém melhores condiç9es de icar com a uarda

    do ilho devem ser reali+ados pela equipe técnica interproissional a serviço do Poder Eudiciário ou por intermédio de

    técnicos das áreas da psicoloia, assist5ncia social e pedaoia a serviço do município! 0 Conselho Tutelar n-o

    possui compet5ncia nem capacidade técnica para reali+aç-o de tais avaliaç9es (a menos que se*a composto por 

    proissionais que possuam habilitaç-o nas áreas mencionadas)! &ale di+er que mesmo os casos atendidos pelo

    Conselho Tutelar, em rera, pressup9em a intervenç-o de proissionais das reeridas áreas, pois para 2'S0G&'2 o

    problema e asseurar a prometida 4proteç-o interal4 .s crianças e adolescentes atendidas, é necessário eetuar 

    uma avaliaç-o interproissional criteriosa e responsável! 'vidente que, se durante o atendimento do caso, icar 

    evidenciado que o detentor da uarda (pai, m-e ou terceiro) pratica abusos em relaç-o .s crianças e3ou

    adolescentes sob sua responsabilidade, o caso deve ser também imediatamente encaminhado ao Ministério Público,

    com um relat/rio pormenori+ado da situaç-o, para que se*am tomadas as provid5ncias (também *udiciais) destinadas

    a evitar que tal situaç-o perdure!

     

    • Pergunta* O +ue ,a-er +uando o Poder P$blico no cumpre as re+uisições de serviço epedidas pelo

    Conselho Tutelar com ,undamento no art3 1

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    Conselho Tutelar caracteri+a, em tese, a prática do crime de desobedi5ncia (c! art! ##:, do C/dio Penal), assim

    como da inraç-o administrativa tipiicada no art!

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    Resposta*  rera é que a e1peri5ncia se1ual na adolesc5ncia, envolvendo adolescentes de idade apro1imada, n-o

    se*a criminosa, mas sim o desenvolvimento de um direito ao e1ercício da se1ualidade, pr/prio do adolescente como

    su*eito de direito! Tudo depende da capacidade do adolescente entender a comple1idade do ato se1ual, seus

    desdobramentos, podendo com ele consentir ou n-o! 0 encaminhamento ao Ministério Público somente deve

    ocorrer em situaç9es de crime (ou ato inracional análoo), conorme artio "#$, %&, do 'statuto da Criança e

     dolescente (4encaminhar ao Ministério Público notícia de ato que constitua inraç-o administrativa ou penal contra

    os direitos da criança e adolescente4)! Por outro lado, qualquer notícia de práticas se1uais envolvendo adultos e

    adolescentes (ou crianças, loicamente), deve ser comunicado ao Ministério Público, sendo que denúncias de

    prática de viol5ncia, abuso ou e1ploraç-o se1ual de crianças e adolescentes devem ser apuradas com e1trema

    cautela, pela polícia *udiciária (e n-o pelo Conselho Tutelar, que n-o é /r-o de seurança pública e n-o tem

    compet5ncia3atribuiç-o para reali+aç-o da investiaç-o quanto . prática de crimes)! Caso necessário ouvir a vítima,

    a autoridade policial deve contar, sempre que possível, com o apoio de proissionais das áreas da psicoloia e

    assist5ncia social, de modo que a dili5ncia se*a reali+ada da orma menos traumática e constranedora possível!

    atuaç-o do Conselho Tutelar no caso ocorreria, a rior, apenas num seundo momento, no sentido da orientaç-o

    dos pais ou responsável e aplicaç-o de medidas de proteç-o a estes e . vítima, com o posterior acompanhamento

    do caso, sempre que necessário! 0 Conselho Tutelar deve articular aç9es e se propor a colaborar, *amais 4substituir4

    o papel da polícia *udiciária na investiaç-o de crimes praticados contra crianças e adolescentes! 8 também

    importante a reali+aç-o de aç9es preventivas *unto .s escolas, de modo que quest9es liadas ao e1ercício da

    se1ualidade se*am debatidas com os alunos e também com seus pais ou responsável, evitando assim a ocorr5nciade situaç9es indese*áveis, como a ravide+ na adolesc5ncia, o contáio por doenças se1ualmente transmissíveis e

    mesmo a ocorr5ncia de casos de abuso, viol5ncia ou e1ploraç-o se1ual, devendo ser todos (inclusive os proessores

    e educadores em eral) orientados sobre como proceder e a quem denunciar, sempre que surir suspeita ou

    conirmaç-o de semelhantes ocorr5ncias!

     

    • Pergunta* ; atribuiço do conselheiro tutelar resolver con,litos dos alunos dentro da escola.

    Resposta* &ide resposta em Conselho Tutelar 7 'ducaç-o 7 tribuiç9es do conselheiro!

     

    Estrutura

     

    • Pergunta* Como proceder +uando o munic'pio no disponibili-a meios de transporte para +ue o Conselho

    Tutelar e,etue diligncias em locais distantes.

    Resposta* %sto é absolutamente inadmissível! 0 município tem o dever de proporcionar condiç9es adequadas ao

    adequado uncionamento do Conselho Tutelar, de modo que este tenha condiç9es de cumprir a contento suas

    atribuiç9es! %sto importa em disponibili+ar, =,

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    9/28

    Tutelar n-o é /r-o adequado para o 4transporte4 de crianças3adolescentes e suas respectivas amílias! 8 também

    importante dei1ar claro que eventual 4impedimento4 ou 4embaraço4 . atuaç-o do Conselho Tutelar pode mesmo

    resultar na prática de crime (c! art!

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    10/28

    criança e do adolescente, o que compreende a participaç-o no processo de escolha dos membros do Conselho

    Tutelar, e o art! "#", do mesmo 6iploma Geal dei1a claro que é a sociedade (e n-o um con*unto de representantes)

    que 4encarrea4 (ou dá leitimidade) o Conselho Tutelar da deesa dos direitos inanto7*uvenis! Se isto n-o bastasse,

    o art! "#

    relacionados no art3 1

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    11/28

    ampla que o 4atendimento4 de casos individuais! 0 leislador n-o quis que o /r-o osse composto por 4técnicos

    burocratas4, mas sim por cidad-os conscientes que iriam lutar, antes de mais nada, pela adequada estruturaç-o do

    município, em termos de políticas públicas e proramas de atendimento . populaç-o inanto7*uvenil! 8 claro que

    queremos que os membros do Conselho Tutelar desempenhem suas atribuiç9es de orma adequada, mas isto se

    dará n-o com a e1i5ncia de 4mil requisitos4 quando de suas candidaturas, mas sim com a sua 4capacitaç-o4 (aluns

    n-o ostam desta palavra, por isto preiro chamar de 4ormaç-o continuada4 ou 4qualiicaç-o proissional4), além da

    tomada de decis9es sempre de orma coleiada, evitando assim que eventuais deici5ncias 4técnicas4 de um

    determinado conselheiro traam pre*uí+os . atuaç-o de todo o /r-o, além, é claro de também pre*udicar as

    crianças, adolescentes e amílias atendidas! 8 também undamental que o Conselho Tutelar tenha . sua disposiç-o

    uma 4equipe técnica interproissional4, a e1emplo do que se e1ie do pr/prio Poder Eudiciário (c! arts! ">: e ">", do

    'C), pois muitos dos casos, especialmente os mais comple1os, para serem resolvidos demandar-o uma

    abordaem técnica interproissional criteriosa, tanto no 4dian/stico4 do problema (ponto de partida para qualquer 

    4atendimento4 que se pretenda eica+) quanto na e1ecuç-o das medidas aplicadas! 0 adequado uncionamento do

    Conselho Tutelar se dará muito mais com a mencionada qualiicaç-o proissional3ormaç-o continuada e com a

    colocaç-o . disposiç-o do coleiado de uma equipe técnica interproissional (ainda que os proissionais que venha a

    interá7la se*am obtidos *unto a outros equipamentos disponíveis *unto . 4rede de proteç-o . criança e ao

    adolescente4 que o município tem o dever de instituir e manter), do que com a e1i5ncia de muitos requisitos dos

    candidatos, que apenas tra+ problemas quando da reali+aç-o do processo de escolha, pois pode acabar dei1ando

    de ora candidatos que seriam e1celentes conselheiros, mas que n-o preenchem os requisitos leais (é precisoenati+ar que a e1i5ncia de requisitos adicionais somente pode ser eetuada por lei)! prática tem demonstrado,

    aliás, que em muitos municípios cu*as leis locais e1iem elevados níveis de escolaridade, prévia e1peri5ncia no

    atendimento e crianças e adolescentes e mesmo outros que s-o absolutamente irrelevantes para o e1ercício da

    unç-o, o número de candidatos é e1tremamente redu+ido, muitas ve+es insuiciente até mesmo para ormar um

    coleiado, o que por si s/ acaba eliminando ou redu+indo o 4leque4 de escolhas dos eleitores, que se v5em

    desestimulados a participar do processo de escolha, pre*udicando assim a mobili+aç-o popular que o mesmo

    poderia delarar em torno da causa da inAncia e da *uventude! 0 pior é a constataç-o de que tais requisitos de

    modo alum tra+em arantias de que o candidato irá e1ercer a unç-o com mais compet5ncia e, sobretudo,

    empenho e dedicaç-o do que aqueles que n-o os possuem, pois a dita 4e1peri5ncia no atendimento de crianças e

    adolescentes4, n-o raro, se resume a uma atuaç-o em áreas que nada tem a ver com a unç-o de membro do

    Conselho Tutelar (tem sido aceito como 4e1peri5ncia4 o ato de o candidato ter sido 4comissário de menores4, policial

    com atuaç-o na 6eleacia do dolescente, atendente3proessor de creche3pré7escola e, num município que n-otinha candidatos suicientes, até o ato de o candidato ser 4pai4 de duas ou tr5s crianças!!!)! e1i5ncia de certos

    requisitos *unto aos candidatos (como conhecimentos de inormática), pode ser pereitamente suprida pelo pessoal

    de apoio administrativo que deve ser lotado no Conselho Tutelar, sendo que outros, como a habilitaç-o para condu+ir 

    veículo s-o mesmo inconstitucionais, por impedir, de orma in*ustiicável, que deicientes visuais (por e1emplo)

    tenham acesso . unç-o de conselheiro tutelar! Por im, a reali+aç-o de um 4teste seletivo4, de caráter eliminat/rio,

    como uma das etapas do processo de escolha (como se a+ em muitos municípios), n-o é adequada, se*a porque,

    como dito acima, n-o estamos diante de um 4concurso público4 (mas sim diante de um processo democrático de

    escolha popular), se*a porque, na prática, temos visto muitos problemas decorrentes de tal sistemática! Com eeito,

    temos constatado que há uma tend5ncia de elaborar quest9es e1cessivamente comple1as e3ou truncadas, de diícil

    compreens-o e soluç-o (isto quando n-o ocorrem erros quando da correç-o)! Como resultado, muito poucos

    candidatos acabam sendo 4aprovados4 nesta etapa, em aluns casos, um número inerior ao necessário .

    composiç-o do pr/prio Conselho Tutelar, o que quando n-o inviabili+a por completo o certame (n-o há como levar adiante um processo de escolha com número de candidatos inerior a cinco), limita sobremaneira o 4leque4 de

    escolhas do eleitor! &ale lembrar que o Conselho Tutelar é, em última análise, um /r-o político, e os seus

    interantes, para todos os ins e eeitos, s-o considerados 4aentes políticos4, e sua atuaç-o deve ir muito além do

    simples 4atendimento4 de casos individuais (o contido no art! "#", caput e, especialmente, no art! "#$, inciso %O, do

    'C transmite claramente esta idéia)! Mais do que 4conhecimentos te/ricos4, é preciso que o membro do Conselho

    Tutelar se*a um 4lutador4, comprometido com a causa da inAncia e da *uventude e disposto a se 4sacriicar4 na busca

    da melhoria das condiç9es de atendimento . populaç-o! D-o precisamos que o Conselho Tutelar se*a composto por 

    4uncionários públicos burocratas4, mas sim de pessoas dispostas ao embate político que, muitas ve+es, irá ocorrer,

    em nome da causa da inAncia e da *uventude! Kma prova de caráter eliminat/rio pode selecionar bons 4burocratas

    te/ricos4, mas n-o irá arantir um bom Conselho Tutelar! Como 4alternativa4 a um 4teste seletivo4 de caráter 

    eliminat/rio, tem sido proposta a reali+aç-o de um teste de conhecimento sim, mas de caráter n-o eliminat/rio

    (embora de reali+aç-o obriat/ria), com a atribuiç-o n-o de uma 4nota4 (de : a ":), mas sim de um 4conceito4 (de a ' 7 que ica mais 4aberto4), que será amplamente divulada entre os eleitores! 'sta proposta permite, de um lado,

    avaliar o rau de conhecimento dos candidatos (que será importante até mesmo para orientar o uturo

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    12/28

    curso3prorama de qualiicaç-o proissional), sem privar o eleitor de seu 4sarado4 e constitucional direito de

    escolher os membros de seu Conselho Tutelar! Se o eleitor quiser votar em um candidato que teve conceito 4'4, mas

    que considera uma pessoa verdadeiramente comprometida com a causa da inAncia e da *uventude, é um direito seu

    assim proceder e, como dito, a Gei Municipal n-o deve *amais retirar do eleitor a prerroativa de escolher os

    membros de seu Conselho Tutelar!

     

    • Pergunta* Pode a Resoluço do C"DCA relativa ao processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar 

    e5ou o edital +ue o convoca estabelecer re+uisitos adicionais ? candidatura9 no previstos em /ei.

    Resposta* Deativo! s reras contidas no reulamento do processo de escolha, ou no edital que a este convocou,

    precisam ter respaldo em Gei (se*a na Gei Municipal que disp9e sobre o Conselho Tutelar, se*a na Gei Lederal n=

    @!:$B3B:)! Caso contrário, n-o ter-o validade aluma, n-o sendo ra+oável que uma mera 2esoluç-o do CM6C

    estabeleça condicionantes e restriç9es . candidatura n-o previstas e1pressamente em Gei!

     

    • Pergunta* O Conselheiro Tutelar candidato ? reconduço precisa se a,astar de suas ,unções para concorrer 

    no novo pleito.

    Resposta* Salvo disposiç-o e1pressa na leislaç-o municipal relativa ao Conselho Tutelar, n-o há necessidade de

    aastamento dos conselheiros candidatos . reconduç-o, como é a rera para os caros públicos eletivos em eral

    (vereadores, deputados, preeitos, overnadores etc!, n-o precisam se aastar de seus caros para se candidatar .

    reeleiç-o 7 apenas ter-o de se aastar se orem concorrer a outro caro eletivo diverso)! Mesmo se tal disposiç-o

    e1istir, aliás, a mesma deve ser imediatamente revista, pois sua aplicaç-o atalmente resultará em situaç9es que na

    prática inviabili+am o pr/prio uncionamento do Conselho Tutelar quem iria se dispor a assumir a unç-o, por meros

    dois ou tr5s meses, durante o período da campanha, má1ime quando isto ainda importa em impedimento .

    candidatura ao Conselho Tutelar (é de se esperar que, na melhor das hip/teses, que os suplentes e1istentes

    também se candidatem novamente)U 0 importante, em qualquer caso, é estabelecer 4reras de campanha4 (e

    mesmo uma espécie de 4c/dio de ética4 para os candidatos), que venham a coibir quer o uso da 4máquina4 do

    Conselho Tutelar (se é que assim se pode alar, pois em rera, tal 4máquina4 n-o tem qualquer 4apelo4 ao eleitor),

    quer o abuso do poder político, econRmico e mesmo reliioso (muito em voa nas eleiç9es erais)! Da páina do

    nosso C0PC na internet temos um modelo de recomendaç-o administrativa sobre as eleiç9es para o CT que

    disp9e sobre isto, e inclui a reali+aç-o de uma reuni-o com os candidatos, para a+er com que todos tomem ci5ncia

    ormal de tais 4reras de campanha3c/dio de ética4 e se comprometam ormalmente a seui7las, inclusive sob penade e1clus-o do certame por violaç-o do requisito da 4idoneidade moral4 e1iido pelo art! "##, do 'C!

     

    • Pergunta* Pode um 7suplente8 de conselheiro tutelar +ue assumiu apenas cinco meses do mandato anterior 

    como Titular e mais um mandato inteiro9 ser candidato novamente9 > +ue teve apenas um mandato

    completo.

    Resposta* 0 art! "#

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    13/28

    Resposta* &ide resposta em Consulta Conselho Tutelar 7 Processo de escolha 7 'mpréstimo de urnas!

     

    "inist#rio P$blico e %udicirio

     

    • Pergunta* H >u'-es e promotores +ue no gostam +uando os Conselheiros cobram +ue no eiste o

    trabalho de recuperaço dos adolescentes +uando esto nas casas de correço3 Bo tem assistente social

    para trabalhar para ,a-er a ponte entre a ,am'lia e a criança ou adolescenteI no tem m#dicos e psic:logos

    comprometidosI a preparaço destes pro,issionais333

    Resposta* Euí+es e Promotores de Eustiça, como servidores públicos que s-o, precisam de espírito democrático e

    humildade para aceitarem eventuais críticas que ao possam ser diriidas ao resultado ou conteúdo do seu trabalho!

    6e ato, em aluns casos, a proposta socioeducativa pode ser um tanto quanto ineica+, o que sempre deve ense*ar 

    discuss-o e rele1-o! 6e qualquer orma, para qualquer intervenç-o eica+ na área de inAncia, e com maior ra+-o

    ainda para adolescentes destinatários de medidas socioeducativas em meio echado (internaç-o e semiliberdade),

    undamental que ha*a um trabalho interdisciplinar, desenvolvido de modo sist5mico por verdadeira equipe

    proissional devidamente capacitada e treinada! 8 undamental, no entanto, que o trabalho desenvolvido nas

    unidades de internaç-o com o adolescente se*a complementado por um trabalho a ser reali+ado, em paralelo, comseus pais ou responsável, de modo a prepará7los para receber novamente o *ovem, quando de seu retorno! 8

    também undamental que o município este*a preparado para receber o adolescente quando de seu desliamento da

    unidade de internaç-o, devendo desenvolver, a partir de uma aç-o coordenada entre os /r-os públicos

    encarreados da educaç-o, saúde, e assist5ncia social (contando eventualmente com o au1ílio de entidades n-o

    overnamentais 7 c! arts! @$ e "::, par! único, inciso %%%, do 'C), 4estratéias4 para que trabalho até ent-o

    desenvolvido com o *ovem n-o tenha soluç-o de continuidade, e seu processo de reinteraç-o social se*a

    completado com 51ito! 0 município n-o apenas é responsável pelo atendimento de adolescentes em conlito com a

    lei e suas respectivas amílias, como tem o dever de implementar uma política municipal socioeducativa, composta

    por proramas de prevenç-o, socioeducativos em meio aberto e destinados ao atendimento dos eressos das

    medidas de internaç-o e semiliberdade! 0 Conselho Tutelar pode au1iliar na elaboraç-o e implementaç-o de tal

    política, apontando as deici5ncias estruturais (em especial no que di+ respeito . prevenç-o e ao atendimento das

    amílias) e usando de sua prerroativa3atribuiç-o3dever institucional relacionada no art! "#$, inciso %O, do 'C!

     

    • Pergunta* Temos recebidos da Jara da )n,ncia e da %uventude9 uma +uantia bastante grande de o,'cios

    solicitando +ue ,açamos visitas a ,am'lias eecutando e ,iscali-ando medidas aplicadas pela %u'-a9 alguns

    o,'cios inclusive pede para +ue no caso de veri,icarmos +ue o adolescente no tenha cumprido as medidas

    nos en+uanto CT devemos relatar +uais as medidas tomadas por nos para sanar os problemas9 e caso no

    ,i-ermos poderemos responder por desobedincia9 entendemos +ue o CT aplica medida e no as eecuta9

    +uanto a ,iscali-aço das medidas gostar'amos de saber se # nossa atribuiço3

    Resposta* 0 Conselho Tutelar n-o é 4prorama de atendimento4 e n-o pode ser chamado a 4e1ecutar4 medidas

    socioeducativas! Para que problemas como o relatado se*am superados, é necessário, antes de mais nada, chamar 

    . atenç-o para necessidade de o município elaborar e implementar uma verdadeira política socioeducativa,

    consistente em aç9es, proramas e serviços destinados a atender os adolescentes em conlito com a lei e suas

    respectivas amílias! 8 preciso buscar o entendimento com a Promotoria e a pr/pria Eustiça da %nAncia e daEuventude local, de modo a dei1ar claro, com base no diáloo, que n-o é através da 4deleaç-o4 ao Conselho

    Tutelar de uma atribuiç-o que n-o lhe cabe (a 4e1ecuç-o4 7 ou o acompanhamento da e1ecuç-o 7 de medidas

    socioeducativas) que a soluç-o do 4problema4 do atendimento ao adolescente em conlito com a lei será resolvido! 0

    Conselho Tutelar n-o 4e1ecuta4 sequer as medidas que ele pr/prio aplica (di+ o art! "#$, inciso %%%, do 'C que lhe

    incumbe 4promover a e1ecuç-o4 de suas decis9es, podendo para tanto eetuar 4encaminhamentos4 a proramas e,

    se necessário, até mesmo 4requisitar4 determinados serviços públicos), quem dirá lhe impor a obriaç-o de

    4e1ecutar4 medidas socioeducativas (especialmente se considerarmos que n-o e1iste relaç-o de subordinaç-o entre

    o Conselho Tutelar e a autoridade *udiciária, sendo ambas autoridades públicas de iual importAncia dentro do

    4Sistema de Farantias dos 6ireitos da Criança e do dolescente4! cho que está altando este entendimento, bem

    como a compreens-o de que n-o é desta orma (impondo ao Conselho Tutelar uma atribuiç-o que n-o lhe compete),

    que a situaç-o será resolvida! Pior! 'nquanto o Conselho Tutelar 4e1ecutar4 medidas socioeducativas (ou 4i+er de

    conta4 que as e1ecuta), o município *amais terá uma verdadeira política socioeducativa, e os problemas envolvendoadolescentes acusados da prática de ato inracional somente ir-o se avolumar! Dote que n-o se está aqui airmando

    que o Conselho Tutelar n-o deva 4atender4 adolescentes em conlito com a lei e suas respectivas amílias (pois ainal

    http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1368http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1368http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1368http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1368

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    14/28

    de contas, cabe ao Conselho Tutelar atender adolescentes que se encontram em aluma das hip/teses relacionadas

    no art! B@, do 'C, e a prática de ato inracional é, no mínimo, indiciária da presença de aluma destas situaç9es 7

    uso de droas, evas-o escolar, omiss-o3viol5ncia amiliar etc!), mas deve a+er isto por iniciativa pr/pria (e n-o

    aindo de orma 4subordinada4 . autoridade *udiciária) e sem 4a+er as ve+es4 de um 4prorama socioeducativo4 que

    n-o e1iste no município! Nuem deve 4e1ecutar4 as medidas socioeducativas (e mesmo protetivas) aplicadas é a

    entidade de atendimento (overnamental ou n-o overnamental) encarreada do prorama socioeducativo

    correspondente (e n-o o Conselho Tutelar), e embora a iscali+aç-o de tal prorama possa ser também eetuada

    pelo Conselho Tutelar (c! art! B>, do 'C), o envio de relat/rios . autoridade *udiciária deve ser eetuado pela

    equipe técnica responsável pelo prorama ou pela política de atendimento (dia7se a reerida política socioeducativa)

    em e1ecuç-o no município (e n-o o Conselho Tutelar)! Cabe ao Conselho Tutelar, portanto, apontar essa rave

    4alha4 na 4estrutura de atendimento . criança e ao adolescente4 do município, tanto através de uma provocaç-o ao

    Ministério Público (c! art! :, a necessidade da criaç-o de 4equipes interproissionais4 *unto . Eustiça da

    %nAncia e da Euventude, para que possam analisar o caso sob a /tica 4interdisciplinar4 e au1iliar a autoridade

     *udiciária na soluç-o eetiva das causas sob sua responsabilidade)! 0 compromisso de todos os interantes do4Sistema de Farantias4, aliás, n-o é com a 4aplicaç-o4 ou com a 4e1ecuç-o4 de medidas, mas sim, com aquilo que o

    'C *á destaca em seu art! "= com a 4proteç-o interal4 inanto7*uvenil, inclusive dos adolescentes acusados da

    prática de atos inracionais! ssim sendo, o caminho n-o é 4improvisar4 ou 4a+er de conta4 que se está 4e1ecutando4

    uma medida socioeducativa, mas sim cobrar, *unto ao CM6C (com a colaboraç-o do Ministério Público e mesmo da

    autoridade *udiciária, que precisa se dar conta de que n-o é impondo 7 de maneira arbitrária, dia7se de passaem 7

    ao Conselho Tutelar uma atribuiç-o que n-o lhe compete 7 e portanto n-o lhe é e1iível 7, que o problema será

    resolvido), a elaboraç-o e implementaç-o de uma verdadeira política socioeducativa, que irá compreender aç9es,

    proramas e serviços que correspondam .s medidas socioeducativas e protetivas previstas nos arts! ":" e ""< do

    'C (sem pre*uí+o de medidas destinadas também aos pais ou responsável, nos moldes do art! "ui- concedeu a guarda de uma adolescente para a av: materna9 tendo sido

    estabelecido +ue a adolescente tem a obrigatoriedade de visitar os pais pelo menos duas ve-es por semana3

    Para isto9 no entanto9 o >ui- determinou +ue o Conselho Tutelar acompanhasse a adolescente em cada visita3

    )sto # correto.

    Resposta* Deativo! 0 Conselho Tutelar n-o é 4subordinado4 . autoridade *udiciária, e semelhante 4atribuiç-o4

    imposta ao /r-o n-o encontra respaldo no ordenamento *urídico viente! rior, aliás, n-o há sentido alum em

    estabelecer tal 4obriaç-o4 ao Conselho Tutelar, pois partindo do princípio que a idéia é estabelecer uma 4visita

    supervisionada4 (se é que isto que o Eui+ pretende), esta 4supervis-o4 deve ser eetuada por um /r-o pr/prio do

    Poder Eudiciário (como a equipe técnica interproissional prevista nos arts! ">: e ">", do 'C, ou mesmo pelo

    comissariado da inAncia e da *uventude 7 estes sim diretamente subordinados . autoridade *udiciária) ou, quando

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    15/28

    muito, por um serviço pr/prio do município (como é o caso do C2'S3C2S ou outro que venha a ser criado para

    e1ercer atividades semelhantes 7 o que talve+ se *ustiique em municípios nos quais ha*a demanda para tanto), que

    neste caso deverá dispor de proissionais habilitados n-o apenas a eetuar a 4conduç-o4 da criança3adolescente ao

    local da visita, mas também avaliar as condiç9es em que esta ocorre (inclusive se n-o está tra+endo pre*uí+os .

    criança3adolescente)! simples utili+aç-o do Conselho Tutelar como /r-o 4condutor4 de crianças para reali+aç-o de

    visitas domiciliares, aliás, além de ileal e despropositada, sem dúvida tra+ pre*uí+os ao e1ercício das atribuiç9es

    pr/prias do /r-o, acabando assim por comprometer o atendimento da populaç-o em eral! Se o Poder Eudiciário

    n-o dispuser de estrutura pr/pria para reali+ar tal 4acompanhamento4, este deve ser eetuado por alum prorama

    ou serviço municipal especiali+ado no atendimento de crianças, adolescentes e amílias, inclusive na perspectiva de,

    como o tempo, permitir a reali+aç-o de visitas n-o 4supervisionadas4 (que sem dúvida s-o onte de constranimento

    para as partes e somente se *ustiicam em circunstAncias e1cepcionais)! Caso tal prorama3serviço ainda n-o e1ista,

    será necessário criá7lo3adequá7lo, notadamente diante das alteraç9es leislativas promovidas no 'C pela Gei n=

    "

    inciso %O, do 'C), sem pre*uí+o do reerido diáloo com a autoridade *udiciária e com o Ministério Público, no

    mesmo sentido! 0 que n-o é admissível é que o Conselho Tutelar ique 4ad eternum4 obriado, de orma

    absolutamente arbitrária, a reali+ar uma atividade anRmala que, como dito, a rior n-o tra+ qualquer beneício .s

    crianças3adolescentes atendidas e ainda pre*udica o atendimento prestado pelo /r-o .quelas que, de ato,

    necessitam de sua atenç-o! 8 preciso, enim, 4convencer4 a todos, através do diáloo e de uma adequada

    arumentaç-o, que a verdadeira soluç-o para situaç9es como a relatada (e com certe+a no uturo surir-o outras 7 o

    que apenas reorça a necessidade da elaboraç-o3implementaç-o de uma política pública especíica sobre o tema 7

    que n-o mais pode continuar a ser tratado de orma 4improvisada4) n-o está na utili+aç-o 7 indevida 7 do Conselho

    Tutelar como mero 4condutor4 de crianças para visitas domiciliares, mas sim da criaç-o, em Ambito municipal, de

    uma estrutura pr/pria capa+ de atender as crianças3adolescentes e suas amílias de maneira adequada, com oproissionalismo que cada caso, respeitadas suas peculiaridades, sem dúvida reclama!

     

    • Pergunta* O +ue ,a-er +uando a Promotoria di- +ue os casos encaminhados so problemas sociais e no do

    "inist#rio P$blico 7abuso9 indisciplina e outros bem comuns8 e a maioria das ve-es di- +ue no tem o +ue

    ,a-er3 Tamb#m nunca participa das reuniões e nada +ue di- respeito a criança e adolescente9 principalmente

    da rede social e # totalmente a ,avor da opinio +ue o Conselho Tutelar # subordinado ao Promotor3

    Resposta* á de se respeitar a opini-o e a vis-o pessoal e proissional de cada membro do Ministério Público, que

    possui independ5ncia uncional para desenvolver o seu trabalho! %neli+mente, o acúmulo de atribuiç9es e uma

    estruturaç-o equivocadamente ainda muito voltada para atenç-o .s atividades processuais em detrimento das

    atividades e1tra*udiciais a+ com que muitas ve+es a inAncia n-o receba a prioridade que merece! %ne1iste

    subordinaç-o entre Conselho Tutelar e Ministério Público, da mesma orma em relaç-o ao Poder Eudiciário,

    ocorrendo apenas e1ercício de papéis e unç9es distintos! 0 Conselho Tutelar se constitui numa instituiç-o

    democrática essencial ao Sistema de Farantias dos 6ireitos da Criança e do dolescente, sendo por lei equiparado

    em importAncia (e mesmo em alumas prerroativas uncionais 7 como é o caso do art! "#$, inciso %%% e alínea 4a4, do

    'C) ao Ministério Público e . autoridade *udiciária (valendo neste sentido observar que constitui o mesmo crime

    4impedir ou embaraçar a aç-o de autoridade *udiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério

    Público!!!4 e a mesma inraç-o administrativa 4descumprir dolosa ou culposamente!!! determinaç-o da autoridade

     *udiciária ou Conselho Tutelar4 7 c! arts!

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    16/28

    necessidade de tal participaç-o (recomendaç-o n= :3"BBB, que pode ser acessada pelo linV

    http33!crianca!caop!mp!pr!ov!br3modules3conteudo3conteudo!phpUconteudoWB

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    17/28

    a*ui+amento de uma aç-o civil pública nem sempre é o melhor caminho, ra+-o pela qual uma atuaç-o diliente do

    Conselho Tutelar *unto ao CM6C (no e1ercício, inclusive, da atribuiç-o7dever contida no art! "#$, inciso %O, do

    'C), se necessário com o apoio do Ministério Público e de outros /r-os e entidades locais, n-o raro tem um

    resultado muito mais proveitoso! 'vidente, no entanto, que diante de uma provocaç-o do Conselho Tutelar, o

    Ministério Público n-o pode dei1ar de air (ainda que na perspectiva de resolver o problema na esera e1tra*udicial,

    consoante mencionado), e o Conselho Tutelar 7 assim como qualquer cidad-o (valendo neste sentido observar o

    disposto no art! >=, incisos OOO%%% e OOO%&, alínea 4b4, da Constituiç-o Lederal e nos arts! , "#", "#$, "B" e "B, do 'C!

    'm constatando situaç9es de inraç9es administrativas ou criminais é dever do Conselho Tutelar representar buscando adoç-o das provid5ncias! 'ventual inconormidade com as penalidades disponíveis de parte dos

    operadores da inAncia e *uventude n-o pode inibir a atuaç-o, mas sim implicar na mobili+aç-o da sociedade e

    provocaç-o do Poder Geislativo para o devido apereiçoamento normativo! 'ventual re*eiç-o da representaç-o

    oerecida (verdadeira petiç-o inicial de um procedimento especial previsto no 'C, para qual o Conselho Tutelar 

    possui uma 4capacidade postulat/ria4 sui eneris), deve ser atacada por intermédio do recurso pr/prio, que pode ser 

    mane*ado, inclusive, pelo Ministério Público! s representaç9es oerecidas pelo Conselho Tutelar devem ser 

    devidamente protocoladas em cart/rio (permanecendo a c/pia do protocolo em seu poder), e o Conselho Tutelar tem

    o direito de ser intimado das audi5ncias e decis9es respectivas!

     

    Registros P$blicos

     

    • Pergunta* Como agir +uando a criança no pode ser registrada por+ue sua declaraço de nascido ,oi

    perdida. Temos dois casos assim e o "inist#rio P$blico ainda no resolveu333

    Resposta* Para qualquer documento civil perdido ou e1traviado e1iste possibilidade de e1pediç-o de seunda via,

    uma ve+ que os documentos oriinais icam conservados e uardados *unto ao cart/rio de reistro civil! Mesmo

    quando por aluma situaç-o e1traordinária perde7se o reistro dentro do pr/prio cart/rio ainda assim é possível que

    se reconstitua o reistro civil mediante processo *udicial, contanto que se*am produ+idas provas necessárias! 8

    importante lembrar que, por orça do disposto no art! ":, inciso %, do 'C, os hospitais e maternidades t5m o dever 

    de manter o reistro das atividades desenvolvidas *unto a crianças e adolescentes pelo pra+o mínimo de "@ (de+oito)

    anos, inclusive sob pena da prática do crime tipiicado no art!

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    • Pergunta* Km adolescente de 1= anos +uer tirar do registro de nascimento o nome do pai biol:gico3

    Consegue ou no.

    Resposta* 6epende! 'm se tratando de iliaç-o e paternidade, e1istem tr5s tipos de verdade reistral, biol/ica e

    socioaetiva! 0 critério da verdade reistral, de rera, deve corresponder com a verdade biol/ica! Caso o pai

    reistrado n-o tenha vinculo biol/ico com o ilho é possível que este, devidamente representado, ou aindo por sua

    conta, proponha aç-o neat/ria de paternidade! 'sta é uma possibilidade! 0utra é e1istir motivo para destituiç-o dopoder amiliar, quando aí sim um pai reistral biol/ico pode perder os direitos sobre o ilho, abrindo espaço para que

    se estabeleça a paternidade socioaetiva, como num processo de adoç-o, por e1emplo! eventual destituiç-o do

    poder amiliar, no entanto, por si s/ n-o aeta a relaç-o de paternidade, permanecendo o pai destituído do poder 

    amiliar constando como 4pai4 no reistro civil do ilho (há apenas, em tal caso, a averbaç-o da destituiç-o

    decretada), sendo inclusive mantidos os direitos sucess/rios e o dever de prestar alimentos! Como em qualquer dos

    casos será necessário a intervenç-o da autoridade *udiciária, o adolescente deve ser encaminhado a um advoado,

    para que receba a orientaç-o *urídica devida!

     

    !undo "unicipal da )n,ncia e Adolescncia

     • Pergunta* O remane>amento do !undo "unicipal da Criança e Adolescente sem autori-aço do C"DCA

    autori-ada pela Cmara dos Jereadores para o Eecutivo suplementar outras (ecretarias3 O +ue implica.

    Como denunciar.

    Resposta* 0 Lundo Municipal da %nAncia e dolesc5ncia (L%) é uma unidade contábil, ou se*a, uma conta

    bancária, administrada pelo coleiado do Conselho Municipal de 6ireitos da Criança e dolescente, composto

    paritariamente por membros overnamentais e n-o7overnamentais! Nuem ere o L% é o CM6C, ninuém mais!

    Preeitura Municipal somente operacionali+a a movimentaç-o dos valores de acordo com o que or decidido pelo

    CM6C! o Poder '1ecutivo, e muito menos . CAmara de &ereadores, n-o é dado erir ou movimentar recursos do

    undo, sob pena de responsabilidade passível de ser estabelecida tanto no plano administrativo como criminal (o

    puro e simples desvio de recursos do L% para aç9es n-o relacionadas . área da inAncia e da *uventude e3ou n-o

    aprovadas pelo CM6C, ainda que n-o cause pre*uí+o ao erário, caracteri+a, em tese, ato de improbidade

    administrativa, nos moldes do previsto na Gei n= @!

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    19/28

    ser responsabili+ado na orma da lei, e pode mesmo ser privado de liberdade, mas isto n-o autori+a a polícia a violar 

    outros de seus direitos undamentais! &ale di+er que tal orientaç-o também é válida em relaç-o a adultos e decorre

    do princípio da dinidade da pessoa humana, de alcance universal!

     

    • Pergunta* Pode um escrivo de policia humilhar o adolescente in,rator ingando9 di-endo @voc no vale

    nada9 voc # bandido9 perigoso@ e muitas outras palavras o,ensivas. )sto na presença do Conselheiro.

    Resposta* 6e orma aluma! 0 policial, como qualquer servidor público, precisa respeitar todo aquele su*eito

    vinculado . prestaç-o do seu serviço (valem aqui as mesmas observaç9es anteriormente eetuadas quanto .

    atuaç-o da Polícia Militar)! 'ste tipo de comentário preconceituoso, este *uí+o de valor indevido, pode ense*ar 

    responsabili+aç-o criminal e administrativa do policial! 'm presenciando este tipo de situaç-o o Conselheiro Tutelar 

    deve tomar provid5ncia de intervir e a+er cessar a maniestaç-o do policial, como deensor de direitos da criança e

    adolescente que é, reportando7se o ato inicialmente ao 6eleado de Policia, pedindo deste a adoç-o das

    provid5ncias disciplinares cabíveis! Caso ha*a omiss-o ou neli5ncia do 6eleado na tomada de provid5ncias, é

    caso do Conselho Tutelar representar ao Ministério Público narrando os atos, uma ve+ que ao Ministério Público

    compete a atribuiç-o constitucional de controle e1terno da atividade policial (artio "

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    de 'nsino no sentido do combate . evas-o escolar! 0 51ito da L%C depende muito da articulaç-o, interaç-o e

    comunicaç-o dos membros de toda a rede! Lamília, escola, Conselho Tutelar, Ministério Público, Poder Eudiciário,

    cada um tem o seu papel a cumprir! Nualquer um que dei1ar de cumprir com a sua unç-o sem esotar os recursos

    e os esorços acaba rustrando o ob*etivo do L%C, que é *ustamente manter o acesso e a inclus-o escolar da

    criança e adolescente! 6a mesma orma que o Conselho Tutelar n-o deve encaminhar os casos ao Ministério

    Público sem cumprir com o seu papel, é muito importante que a escola trabalhe os casos por sua equipe peda/ica

    e realmente esote as dili5ncias que lhe s-o e1iíveis antes de repassar o caso ao Conselho Tutelar! suest-o é

    que o Conselho Tutelar, se necessário com o apoio do CM6C, do Conselho Municipal de 'ducaç-o, da Secretaria

    Municipal de 'ducaç-o e do 'scrit/rio 2eional da Secretaria de 'stado da 'ducaç-o (assim como do Ministério

    Público), promova uma reuni-o com os diretores das escolas das redes públicas municipal e estadual, de modo a

    esclarecer o papel da 4escola4, do 4/r-o estor4 da área da educaç-o (Secretaria Municipal e 'scrit/rio 2eional),

    do Conselho Tutelar e de outros /r-os públicos (dia7se, da 4rede de proteç-o . criança e ao adolescente4 que o

    município tem o dever de instituir) tanto na prevenç-o quanto no combate . evas-o escolar! 6evem ser 

    estabelecidas quais as 4estratéias de atuaç-o4 cada um deve desempenhar, devendo icar claro, desde loo, que

    as principais iniciativas devem icar a caro da escola, que n-o pode se limitar a 4preencher a icha4 (n-o raro, com

    bastante atraso), e 4encaminhá7la4 ao Conselho Tutelar, ap/s uma intervenç-o meramente 4ormal4 (quando muito)

     *unto ao aluno e3ou sua amília! 0 compromisso da escola (assim como dos demais 4atores4 mencionados), deve ser 

    com o resultado, e este somente será alcançado com o retorno do aluno . sala de aula, da orma mais rápida

    possível! Por ocasi-o da reerida reuni-o devem também inormadas quais as provid5ncias que est-o sendo ho*etomadas pelas escolas para promover a reinteraç-o escolar, se e1iste aluma 4estrutura de apoio4 .s escolas (e .s

    amílias) de modo a asseurar o 51ito na reinteraç-o (ou se*a, se há previs-o 7 e3ou se está eetivamente ocorrendo

    7 a intervenç-o de outros interantes da 4rede de proteç-o . criança e ao adolescente4 no processo de reinteraç-o),

    assim como devem ser avaliados os resultados (dia7se o 4índice de sucesso4) do trabalho que vem sendo

    desenvolvido! 8 preciso icar claro que n-o é com o encaminhamento do caso ao Conselho Tutelar (e muito menos,

    num momento posterior, ao Ministério Público e3ou ao Poder Eudiciário), que o problema da evas-o escolar será

    solucionado, mas sim com a implementaç-o de uma política pública especíica destinada a preveni7lo e combat57lo,

    o que passa, necessariamente, pela qualiicaç-o dos proessores e pela articulaç-o (c! art! @$, do 'C) das escolas

    . mencionada 4rede de proteç-o4 . criança e ao adolescente, de modo que se*am descobertas e combatidas suas

    causas, que podem estar relacionadas a atores internos e3ou e1ternos . escola!

    (ituações )nstitucionais do Conselho Tutelar 

     

    • Pergunta* O Conselho Tutelar pode ser arrolado em processos como testemunha. O +ue ,a-er +uando isso

    acontece.

    Resposta* Sim, este papel ser e1ercido com naturalidade e responsabilidade, a+endo parte do trabalho do

    Conselho Tutelar! prova testemunhal é o principal meio de prova nos processos cíveis e criminais que envolvem

    direta ou indiretamente crianças e adolescentes, sendo natural que Conselheiros Tutelares possam ser chamados e

    convocados . Eustiça para prestarem as inormaç9es que permitam produ+ir prova sobre situaç9es que

    presenciaram ou tiveram conhecimento! 8 preciso ter em mente que processos que envolvem interesses de crianças

    e adolescentes, em rera, correm em 4seredo de *ustiça4 (o que atenua a e1posiç-o e1cessiva do Conselho Tutelar,

    bem como resolve eventual problema relacionado ao siilo derivado do atendimento das situaç9es), e tanto o

    Conselho Tutelar quanto o Poder Eudiciário, ao menos sob o ponto de vista ideol/ico, atuam num sentido comum a

    proteç-o interal inanto7*uvenil!

     

    • Pergunta* Peço +ue esclareça a +uesto +ue muitos conselhos ainda servem de @ti@9 levando e buscando

    crianças e adolescentes de um "unic'pio para outro9 inclusive adolescentes acusados da prtica de atos

    in,racionais +ue so encaminhados para unidades de internaço3 O Conselho deve ,a-er isso.

    Resposta* Como qualquer /r-o de atendimento ou serviço, evidente que o transporte de crianças e adolescentes,

    pais ou responsáveis, especialmente quando do atendimento de aluma situaç-o ou ocorr5ncia, é alo bastante

    corriqueiro na atividade do Conselho Tutelar! dinAmica da unç-o e1ie deslocamento e muitas ve+es transporte

    das partes envolvidas! ora, claro, que este transporte sempre deve se dar de acordo com as atribuiç9es do

    Conselho Tutelar, n-o como reali+aç-o de serviço e atividade que, a rior, competiria a outros /r-os do Poder '1ecutivo (por e1emplo, assist5ncia social, saúde etc)! Somente em situaç9es e1cepcionais de necessidade das

    partes, de ine1ist5ncia de meios alternativos de transporte, observado sempre o bom7senso, é que o Conselho

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    21/28

    Tutelar pode transportar crianças, adolescentes, pais ou responsáveis diretamente envolvidos com o seu trabalho!

    &iaens e deslocamentos intermunicipais por ve+es s-o necessários, se*a para reulari+ar uma uarda, se*a porque

    um adolescente uiu do seu domicílio de oriem e precisa retornar em seurança, porém devem ser reali+ados por 

    veículo pr/prio e motorista habilitado da preeitura! Crianças e adolescentes n-o devem ser condu+idos a outros

    municípios pelo Conselho Tutelar, que a embora tenha a atribuiç-o de 4aplicar4 a medida prevista no art! ":", inciso

    %, do 'C, n-o deve e1ecutá7la, pois esta (a e1ecuç-o da medida, no caso, com a tomada das provid5ncias

    necessárias . sua eetivaç-o, como a entrea dos adolescentes a seus pais), deve icar a caro de /r-o, prorama

    ou serviço pr/prio do município, cu*a intervenç-o se necessário, poderá ser inclusive requisitada *unto ao setor 

    competente da Preeitura, e1 vi do disposto no art! "#$, inciso %%%, alínea 4a4, do 'C)! Dunca podemos perder de

    vista que o Conselho Tutelar n-o é prorama de atendimento, tendo a atribuiç-o de aplicar 7 e n-o de e1ecutar, ele

    pr/prio, as medidas que aplica! inda que apenas para arumentar se admitisse a possibilidade do transporte de

    adolescentes para outros municípios ser reali+ado pelo Conselho Tutelar, teríamos que considerar que, em rera, o

    /r-o n-o disp9e de estrutura nem de recursos pr/prios e3ou adequados para 4e1ecutar4 este tipo de medida, isto

    sem alar que a utili+aç-o de um membro do Conselho Tutelar como 4motorista3 condutor de adolescentes4, a rior,

    n-o é arantia aluma que n-o haverá uas e3ou que n-o surir-o outros problemas relacionados ao transporte,

    isto sem alar no considerável risco de 4obriar4 um conselheiro tutelar que nem sempre tem 4e1peri5ncia no volante4

    a eetuar uma viaem intermunicipal por ve+es lona, com veículos que, quase sempre, encontram7se em precárias

    condiç9es de manutenç-o! Como casos semelhantes, em que é necessário o transporte de adolescentes para outros

    municípios s-o comuns, o correto é que o CM6C, ao invés de 4e1iir4 do Conselho Tutelar a eetivaç-o do mesmo,em condiç9es larantemente inadequadas (e, como dito, mesmo periosas para o pr/prio 4transportado4), elabore

    uma política pública especíica a respeito, com a deiniç-o de um 4lu1o4 de atendimento, que contemple, em

    primeiro luar, o contato com os pais ou responsável pelas crianças ou adolescentes a serem transportados, pois

    s-o aqueles que, a rior, devem buscas os seus ilhos (ou, no caso de adolescentes encontrados em municípios

    diversos, cu*os pais residam no seu município, s-o estes que devem apanhá7los no local), sem pre*uí+o da

    possibilidade do custeio do deslocamento do responsável e do transporte da criança ou adolescente pelo Poder 

    Público local, em se tratando de amílias carentes! &ale destacar que, por orça do disposto no art! "::, par! único,

    inciso %O, do 'C, a intervenç-o estatal neste e em outros casos deve ser eetuada de modo que os pais assumam

    suas responsabilidades em relaç-o a seus ilhos, e semelhante abordaem 4primária4 (verdadeiro 4plano 4) deve ser 

    sempre tentada, sendo precedida de uma orientaç-o adequada aos pais ou responsável, sobre como proceder (c!

    art! "::, par! único, inciso O%, do 'C), a oitiva da criança ou adolescente sobre os motivos de sua conduta (c! art!

    "::, par! único, inciso O%%, do 'C), bem como de um acompanhamento posterior do caso, para identiicar apresença de uma das hip/teses de 4situaç-o de risco4 previstas no art! B@, do 'C e evitar possíveis problemas

     *unto . amília decorrentes da conduta do adolescente! reerida política pública deve contemplar a orma de

    abordaem dos adolescentes e seus pais ou responsáveis e, como dito, se necessário, o custeio das passaens ou

    ornecimento dos meios para que estes 7 pessoalmente 7 busquem seus ilhos onde quer que eles se encontrem!

    Como toda 4boa política4, no entanto, ela também deve contemplar alternativas a esta 4abordaem primária4

    (estabelecendo um 4plano Q4, 4plano C4 etc!), e uma delas sem dúvida deve ser a desinaç-o 7 e devida capacitaç-o

    7 de um servidor municipal lotado em um prorama especíico que venha a ser criado (do tipo 4educador 

    social434abordaem de rua4ou coisa parecida) ou, na alta deste, dos quadros da Secretaria de ssist5ncia Social

    (cu*o serviço pode ser até requisitado pelo Conselho Tutelar para eetuar tal atividade 7 c! art! "#$, inciso %%%, alínea

    4a4, do 'C) para, sempre que necessário, eetuar semelhante abordaem e posterior transporte em veículo pr/prio

    da Preeitura (sem pre*uí+o de, em se tratando de adolescentes em conlito com a lei que tenham de ser condu+idos

    a unidades pr/prias de internaç-o e3ou para audi5ncias no L/rum, também da 4escolta4 pela Polícia Militar, que emtais casos será S'MP2' necessária, por ser esta, antes de mais nada, matéria de seurança pública)! 'm qualquer 

    caso, o transporte 7 notadamente intermunicipal, n-o deve ser reali+ado pelo Conselho Tutelar, sendo que

    dialoando com os demais interantes do 4Sistema de Farantias dos 6ireitos da Criança e do dolescente4, e

    usando os arumentos supra (e o importante é buscar o diáloo e o entendimento 7 e n-o pura e simplesmente

    4near4 o atendimento), seuramente estes compreender-o que e1iir do Conselho Tutelar semelhante atividade

    anRmala é absolutamente in*ustiicável, quer sob o ponto de vista *urídico, quer sob o ponto de vista prático, pois de

    qualquer modo, no caso de adolescentes em conlito com a lei, terá de haver escolta policial, em veículo diverso

    daquele utili+ado pelo Conselho Tutelar (ou o Conselho Tutelar icará sem veículo para atender as ocorr5ncias do

    município durante o período em que o transporte 7 viaem de ida e volta 7 estiver sendo reali+adoUUU), com a

    utili+aç-o de motorista habilitado para o transporte intermunicipal (dos quadros pr/prios da Preeitura)!

     

    • Pergunta* ; l'cito +ue um conselheiro tutelar eercer cumulativamente com o cargo a ,unço de pro,essor da Rede Estadual de Ensino 7P((89 sendo +ue os horrios so compat'veis e os demais conselheiros so

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

    22/28

    ,avorveis. ; necessrio +ue o membro do Conselho Tutelar eerça a ,unço em regime de @dedicaço

    eclusiva@.

    Resposta*  cumulaç-o da unç-o de conselheiro tutelar com outro caro ou unç-o pública é possível, desde que

    observado o disposto no art! #I, inciso O&%, da Constituiç-o Lederal, ou se*a, somente poderá haver cumulaç-o com

    as unç9es relacionadas no citado dispositivo constitucional, desde que ha*a compatibilidade de horários! 'mbora o

    ideal se*a que o membro do Conselho Tutelar e1erça a unç-o em reime de 4dedicaç-o e1clusiva4, para que se*apossível e1iir tal requisito, é undamental que a Gei Municipal estabeleça uma remuneraç-o adequada, condi+ente

    com a relevAncia da atividade desempenhada! Kma lei municipal que i1a a remuneraç-o de um conselheiro tutelar 

    em um ou dois salários mínimos (como ocorre em boa parte dos municípios), n-o tem condiç9es de e1iir que o

    mesmo atue em reime de 4dedicaç-o e1clusiva4, o que na prática inviabili+a o e1ercício da unç-o, que como todos

    sabem é e1tremamente comple1a e desastante! prop/sito, se queremos um Conselho Tutelar orte e atuante,

    composto pelos 4melhores4 (ou ao menos por pessoas qualiicadas), temos que remunerar bem a unç-o, pois

    somente assim será possível 4atrair4 pessoas com boa ormaç-o e dispostas a se dedicarem . luta pela plena

    eetivaç-o dos direitos inanto7*uvenis em 4tempo interal4! Sem uma remuneraç-o condina, como esperar que

    pessoas qualiicadas se candidatem . unç-oU lei municipal, portanto, tem que ser coerente ou remunera bem e aí

    passa a ter condiç9es de e1iir 4dedicaç-o e1clusiva4 (o que, como dito acima, seria o ideal) ou, sem uma

    remuneraç-o condina, vai ter de abrir espaço para que os conselheiros tutelares e1erçam outras unç9es (como

    acontecia com o Ministério Público antes da Constituiç-o Lederal de "B@@), e ainda terá de se 4contentar4 com acandidatura . unç-o de pessoas menos qualiicadas! Mesmo com a e1i5ncia de 4dedicaç-o e1clusiva4, vale di+er,

    prevaleceria a 4rera eral4 do art! #I, inciso O&%, da Constituiç-o Lederal quanto . possibilidade do e1ercício do

    maistério, desde que ha*a compatibilidade de horário! Sobre a matéria, interessante observar o contido no seuinte

     *ulado S'2&%602 PXQG%C0! MD660 6' S'FK2DY! C0DS'G'%20 TKT'G2! CXMKG0 6'

    C2F0S! C0MPT%Q%G%66' 6' 02Z2%0S! P0SS%Q%G%66'! 'STTKT0 6 C2%DY ' 60 60G'SC'DT'!

    G'F%SGY[0 MKD%C%PG! 8 lícito o estabelecimento de requisito para o inresso na unç-o pública, no caro de

    Conselheiro Tutelar, bem como o seu reime de trabalho, por meio da leislaç-o municipal, sem que isso viole

    compet5ncia da Kni-o! respeito do tema o Centro de 'studos deste Tribunal *á se pronunciou por meio da

    Conclus-o de n= #:! 0 requisito leal em quest-o (dedicaç-o e1clusiva) oi retirado do te1to oriinal da Gei 7 Santiao

    n= #"3B através da Gei 7 Santiao n= :3::, que passou a permitir a acumulaç-o do caro de Conselheiro Tutelar 

    com quaisquer outros caros ou unç9es públicas, desde que houvesse compatibilidade de horário, caso da

    impetrante! Concess-o da seurança que se imp9e! Precedentes colacionados! (TE2S! #\ C! Cív! 2ee1! Decess! em

    MS n= I::

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    Resposta* 0 Conselho Tutelar deve iscali+ar as aç9es e omiss9es do Poder Público, especialmente quando estas

    causam situaç-o de vulnerabilidade a crianças e adolescentes! alta de aç9es e políticas públicas eicientes para

    atenç-o da populaç-o inanto7*uvenil deve implicar na cobrança de provid5ncias do Poder '1ecutivo! Caso este se

    omita, o problema deve ser levado ao conhecimento do Poder Geislativo, ao Tribunal de Contas, ao Conselho

    Municipal de 6ireitos da Criança e dolescente e, sobretudo, ao Ministério Público, pois todos estes /r-os, cada

    qual no seu papel e na sua unç-o, podem tomar medidas e provid5ncias para corriir e sanar a inércia ou alta de

    responsabilidade do Poder '1ecutivo e1ercer o seu papel administrativo, que abrane a proposta e ormulaç-o de

    políticas públicas para área da inAncia e *uventude! %mportante também ter em mente que os membros do CM6C

    (/r-o ao qual incumbe a elaboraç-o e controle da e1ecuç-o da política de atendimento . criança e ao adolescente

    em Ambito municipal), s-o considerados 4aentes públicos4 para ins de incid5ncia da Gei n= @!

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    com o seu cliente na sala de atendimento do Conselheiro Tutelar9 alegando +ue pelo estatuto da OA o

    advogado pode adentrar em +ual+uer reunio.

    Resposta* 0 advoado n-o pode ser impedido de acompanhar seu cliente nem mesmo perante a autoridade

    policial, Ministério Público ou Poder Eudiciário, ra+-o pela qual também n-o pode ser impedido de acompanhar seu

    cliente perante o Conselho Tutelar! Sua perunta, no entanto, nos leva a ponderar sobre a orma como o Conselho

    Tutelar está aindo *unto a pessoas acusadas de violaç9es de direitos de crianças e adolescentes! &ale di+er que oConselho Tutelar n-o é um /r-o de seurança pública, n-o lhe cabendo a reali+aç-o de investiaç9es policiais

    quanto a supostas práticas de crimes contra crianças e adolescentes, que devem icar a caro da polícia *udiciária

    (polícia civil) e Ministério Público (valendo observar o disposto no art! "#$, inciso %&, do 'C)! perunta nos leva a

    concluir que o Conselho Tutelar estaria investiando uma suspeita de crime e, inclusive, 4interroando4 o acusado, o

    que n-o deve a+er sob nenhuma circunstAncia, nada impedindo, no entanto, que promova a articulaç-o de aç9es

    (c! art! @$, do 'C) *unto . polícia *udiciária, de modo a colaborar (*amais substituir) com a autoridade policial, se*a

    na busca de uma intervenç-o imediata de proissionais das áreas da psicoloia e3ou assist5ncia social para

    reali+aç-o da oitiva da vítima e seus amiliares, se*a para aplicar7lhes as medidas de proteç-o previstas nos arts! ":"

    e "

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    local (como é o caso de crianças e adolescentes usuárias de substAncias psicoativas 7 tema de interesse tanto do

    Conselho de 6ireitos da Criança e do dolescente quanto do Conselho de Saúde), e 4cobrando4 as

    deliberaç9es respectivas, com o necessário 4rele1o4 no orçamento do município! ssim sendo, ao invés de o

    Conselho Tutelar ocupar o espaço destinado . representaç-o da sociedade civil nos Conselhos de 6ireitos, de

    Saúde etc!, deve reivindicar espaço permanente de participaç-o nas reuni9es destes /r-os, inclusive com arantia,

    em seu 2eimento %nterno, de 4assento4 . mesa de debates e espaço para livre maniestaç-o (ou se*a, o chamado

    4direito de vo+4 *unto aos reeridos Conselhos)! Com certe+a há mais pessoas interessadas em representar a

    sociedade e participar ativamente dos Conselhos 6eliberativos (alta, na maioria dos casos, apenas identiicá7las), e

    sempre há espaço para mais um! D-o é por acaso, aliás, que o art! @@, inciso &%%, do 'C ala da 4mobili+aç-o da

    opini-o pública4, como uma das 4diretri+es4 da política de atendimento! ' o Conselho Tutelar, sem dúvida, pode e

    deve trabalhar no sentido de tal 4mobili+aç-o4, que importa em 4abrir espaço4 (quando n-o 4convocar4) mais pessoas

    (em especial as lideranças comunitárias), para participar dos Conselhos de Saúde, de 6ireitos da Criança e do

     dolescente, da 'ducaç-o etc! Nuanto maior a 4representatividade4 a participaç-o popular *unto aos Conselhos

    6eliberativos, maior a leitimidade e a qualidade em suas deliberaç9es!

     

    • Pergunta* Por +uanto tempo o Conselho Tutelar deve manter ar+uivados os documentos re,erentes aos

    atendimentos +ue presta. Com o passar do tempo um volume signi,icativo de documentos re,erentes a

    casos > encerrados 7se>a por morte9 se>a por maioridade8 permanecem ar+uivados na sede do Conselho

    Tutelar sem >usti,icativa3 Por +uanto tempo e +ual a destinaço deve ser dada a tais documentos.

    Resposta* Da verdade, n-o e1iste reulamentaç-o aluma quanto ao tempo em os reistros relativos a crianças e

    adolescentes atendidos pelo Conselho Tutelar devem ser mantidos! Poder7se7ia tomar como base o disposto no art!

    ":, inciso %, do 'C, relativo ao tempo mínimo de manutenç-o de reistros em hospitais e estabelecimentos de

    atenç-o . saúde ("@ anos 7 atenç-o n-o é 4até a pessoa completar "@ anos4, mas sim pelo pra+o de "@ anos ap/s o

    atendimento prestado), e daí eetuar uma analoia! 0 ideal, no entanto, é que os reeridos reistros ossem mantidos

    indeinidamente, embora os documentos em papel devam ser 4microilmados4 ou (como a moderna tecnoloia

    permite) 4escaneados4, permanecendo arma+enados em arquivos diitais (a e1emplo do que vem ocorrendo com os

    processos *udiciais)! 0 atendimento prestado pelo Conselho Tutelar e as intervenç9es reali+adas a+em parte da

    4hist/ria de vida4 da pessoa, e no uturo, é pereitamente possível que o interessado queira resatá7la! ssim sendo,

    os reeridos reistros devem ser mantidos pelo pra+o mínimo de "@ (de+oito) anos, por analoia ao disposto no art!

    ":, inciso %, do 'C, devendo ser providenciado, ap/s este período, seu arma+enamento em arquivo diital,

    eliminando assim os papéis sem eliminar os reistros em si! 8 possível que a Preeitura local *á disponha de um

    setor pr/prio para reali+aç-o do trabalho de 4microilmaem43diitali+aç-o de seus documentos, e os arquivos do

    Conselho Tutelar poderiam passar pelo mesmo processo! 'm qualquer caso, antes do *ovem completar "@ (de+oito)

    anos (ou mesmo

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    correspondentes) para 'L'T%&Y[0 60S 6%2'%T0S %DLDT07EK&'D%S relacionados no art! H, caput , do 'C e

    art!

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    importe na prática de ato de improbidade administrativa3crime uncional, cabendo ao Ministério Público, aindo de

    oício ou provocado por qualquer do povo (vide art! uda no +ue di- respeito ao depoimento de

    adolescentes em delegacia3 (ei +ue o adolescente em con,lito com a lei tem direito a presença de um

    responsvel9 ou na ,alta dele9 a presença de um conselheiro tutelar no momento de seu depoimento3 %

    procurei em todo o E3C3A3 e no consigo encontrar onde ,ala especi,icamente sobre esse assunto3 Estamos

    com problemas em nosso munic'pio sobre isso9 pois o Conselho Tutelar s: # acionado9 +uando o

    adolescente > ,oi ouvido 7sem a presença de nenhum responsvel8 e esta liberado3 (abemos +ue isso no #

    permitido9 por#m preciso do n da lei9 artigo ou inciso9 para nos ,undamentarmos para podermos in,ormar o

    "inist#rio P$blico de nossa comarca3 Agradeço desde > a atenço e aguardo um retorno9 pois temos um

    bem comum +ue # assegurar +ue os direitos das crianças e adolescentes se>am cumpridos na sua

    totalidade3

    Resposta* Suiro que voc5s consultem a páina do C0PC'3P2 na internet, onde no t/pico relativo ao Conselho

    Tutelar abordamos esta e outras situaç9es envolvendo a atuaç-o do Conselho Tutelar *unto a adolescentes

    acusados da prática de ato inracional! Kma quest-o preliminar di+ respeito . eetiva reali+aç-o de dili5ncias, por 

    parte da polícia, no sentido da identiicaç-o, locali+aç-o e acionamento dos pais3responsável pelo adolescente, para

    que se*am estes chamados a comparecer na deleacia n-o apenas para acompanhar o ato da lavratura do boletim

    de ocorr5ncia3auto de apreens-o em larante, mas também para que o adolescente, quando liberado, se*a a eles

    ormalmente 4entreue4, com a assinatura de 4compromisso de apresentaç-o ao Ministério Público4, para sua oitivainormal (c! art! "I, primeira parte, do 'C)! &ale di+er que a 4entrea4 aos pais3responsável, assim como a

    obtenç-o do 4compromisso4 de comparecimento perante o MP é tarea que incumbe ` KT02%66' P0G%C%G (e

    n-o ao Conselho Tutelar), inclusive sob pena da prática do C2%M' do art!

  • 8/19/2019 O Conselho Tutelar Em Perguntas e Respostas

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    unicamente de 4tá1i4 para os adolescentes apreendidos (levando7os .s suas casas ou . entidade de acolhimento)!

    Decessário, portanto, que voc5s procurem a autoridade policial e estabeleçam, se necessário, com o apoio do

    Ministério Público (que poderá, inclusive, e1pedir uma 4recomendaç-o administrativa4 sobre o tema . autoridade

     *udiciária 7 c! art! 7 Conselho Tutelar 'etivaç-o dos 6ireitos

    Encontro Jirtual L Conselhos Tutelares* (páinas do C'L3MP7P2)