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, o^2Hl^o ra§;í Entrevista ft 80 Ó^/^Cl GIOVANNI LEIRIA DA SILVA rzo C Representante dos participantes ativos, no Comitê de Investimentos N o final da reunião do Comitê de Investimentos da FIBRA realizada em 26 de setembro último, entrevistamos Giovanni Leiria da Silva, representante dos participantes ativos naquele colegiado que acompanha a evolução das aplicações da Fundação no mercado de capitais. Ele manifestou ao Fibranotícias sua satisfação em desempenhar a missão que os companheiros de trabalho lhe atribuíram na primeira eleição direta de um representante dos trabalhadores da ITAIPU no Comitê de Investimentos da FIBRA. "O Comitê recebe do Núcleo de Investimentos todas as informações necessárias para uma permanente avaliação do rendimento dos recursos aplicados", afirmou Giovanni, que aponta esse fato como "um exemplo da transparência que tem caracterizado a administração da FIBRA". C "Sinto-me gratificado com a confiança que tenho merecido" Concluindo sua entrevista, Giovanni afirmou: "Nos 17 meses que integro o Comitê, tenho acompanhado a rotina de trabalho do Núcleo de Aplicações e Investimentos e avaliado seu excelente desempenho. Não é sem razão que tenha sido o primeiro setor da Fundação a receber a certificação ISO 9002, o que atesta a qualidade com que tem administrado o processo de aplicações e investimentos da FIBRA É por isso que sinto-me à vontade para repassar com a maior tranqüilidade e segurança aos companheiros de trabalho, aos empregados da ITAIPU. aos participantes ativos da Fundação, sempre que sou interpelado sobre a situação dos nossos investimentos, as informações que recebo nas reuniões do Comitê. Sinto-me gratificado com a confiança que tenho merecido." <vA CRISE O CENÁRIO MUNDIAL O ataque terrorista contra os Estados Unidos trouxe conseqüências imediatas ao mercado financeiro de todo o mundo. Entre elas, a redução do fluxo de investimentos para os países emergentes. Nos primeiros cinco dias após o ataque, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi afetada com queda de 18,12%, quando voltou ao patamar de preço em dólar anterior ao Plano Real, em 1994. É bom lembrar que a desaceleração da economia norte-americana já vinha provocando abalos nas principais bolsas do mundo, com significativo declínio no crescimento econômico global. Medidas para estimular a economia Não é possível ainda avaliar os efeitos daquele atentado sobre a economia americana e mundial. Se os mercados reagirem com extremo nervosismo, os formuladores de política econômica dos países desenvolvidos devem adotar fortes medidas de estimulo às suas economias, na tentativa de evitar uma recessão aberta de dimensão global. E a Argentina fica ainda mais vulnerável às turbulências internas ou externas com as possibilidades de ação do seu governo praticamente esgotadas. Os efeitos sobre a economia brasileira também são incertos. Só não há dúvidas de que haverá conseqüências negativas e a balança de pagamentos deve sofrer os impactos mais relevantes pela redução no fluxo de capitais, com tendência de agravamento das dificuldades que afligem o país, nos últimos meses. lugar para manifestações de esperança? Muitos analistas têm observado que nem tudo explodiu com as torres gêmeas do New York Trade Center. Indícios ainda tênues, mas explícitos, apontam para a possibilidade de um reforço da solidariedade internacional, nem só na mobilização de forças para combater o terrorismo, mas, também, para a construção de um cenário positivo no campo das transações comerciais e da atuação política. A sensível mudança de atitude do governo norte-americano, após o atentado, recuando da posição de ferrenho isolacionismo que caracterizou o início da administração George W. Bush. cna esperanças de uma participação mais positiva dos Estados Unidos em organismos internacionais, como a ONU. A relutância do México em apoiar a iniciativa do governo brasileiro de invocar o Tiar (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca), para mobilizar o continente em apoio aos Estados Unidos - um ataque a um dos membros do Tratado deve ser considerado como um ataque aos demais -. já modificou a correlação de forças entre a Casa Branca e a América Latina. O analista de política internacional Carlos Eduardo Lins da Silva, em artigo no jornal "Valor" de 23 de setembro, diz que duas semanas antes do atentado o México era o parceiro preferencial declarado de Washington. E acrescenta: "Nas duas reuniões da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a crise, os representantes dos EUA se derramaram em elogios explícitos ao Brasil e ignoraram o México. A oportunidade para o Brasil de voltar a ocupar a posição de que desfrutou no governo Clinton, de principal interlocutor da Casa Branca ao sul dos Estados Unidos existe, ainda que a região como um todo tenha perdido muito de sua importância para Washington."

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Page 1: O CENÁRIO MUNDIAL ra§;í - Fundação Itaipu Brasil ... · mínima para concessão de aposentadorias, ... o Poder Legislativo e é mais um passo "na sistemática e ... custo do

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ra§;í Entrevista ft 80 Ó^/^Cl

GIOVANNI LEIRIA DA SILVA

rzo C Representante dos participantes ativos,

no Comitê de Investimentos

No final da reunião do Comitê de Investimentos da FIBRA realizada em 26 de setembro último, entrevistamos Giovanni Leiria da Silva,

representante dos participantes ativos naquele colegiado que acompanha a evolução das aplicações da Fundação no mercado de capitais. Ele manifestou ao Fibranotícias sua satisfação em desempenhar a missão que os companheiros de trabalho lhe atribuíram na primeira eleição direta de um representante dos trabalhadores da ITAIPU no Comitê de Investimentos da FIBRA. "O Comitê recebe do Núcleo de Investimentos todas as informações necessárias para uma permanente avaliação do rendimento dos recursos aplicados", afirmou Giovanni, que aponta esse fato como "um exemplo da transparência que tem caracterizado a administração da FIBRA".

C "Sinto-me gratificado com a confiança que tenho merecido"

Concluindo sua entrevista, Giovanni afirmou: "Nos 17 meses que integro o Comitê, tenho acompanhado a rotina de trabalho do Núcleo de Aplicações e Investimentos e avaliado seu excelente desempenho. Não é sem razão que tenha sido o primeiro setor da Fundação a receber a certificação ISO 9002, o que atesta a qualidade com que tem administrado o processo de aplicações e investimentos da FIBRA É por isso que sinto-me à vontade para repassar com a maior tranqüilidade e segurança aos companheiros de trabalho, aos empregados da ITAIPU. aos participantes ativos da Fundação, sempre que sou interpelado sobre a situação dos nossos investimentos, as informações que recebo nas reuniões do Comitê. Sinto-me gratificado com a confiança que tenho merecido."

<vA CRISE O CENÁRIO MUNDIAL

Oataque terrorista contra os Estados Unidos trouxe conseqüências imediatas ao mercado financeiro de todo o mundo. Entre elas, a redução do fluxo

de investimentos para os países emergentes. Nos primeiros cinco dias após o ataque, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi afetada com queda de 18,12%, quando voltou ao patamar de preço em dólar anterior ao Plano Real, em 1994. É bom lembrar que a desaceleração da economia norte-americana já vinha provocando abalos nas principais bolsas do mundo, com significativo declínio no crescimento econômico global.

Medidas para estimular a economia

Não é possível ainda avaliar os efeitos daquele atentado sobre a economia americana e mundial. Se os mercados reagirem com extremo nervosismo, os formuladores de política econômica dos países desenvolvidos devem adotar fortes medidas de estimulo às suas economias, na tentativa de evitar uma recessão aberta de dimensão global. E a Argentina fica ainda mais vulnerável às turbulências internas ou externas com as possibilidades de ação do seu governo praticamente esgotadas. Os efeitos sobre a economia brasileira também são incertos. Só não há dúvidas de que haverá conseqüências negativas e a balança de pagamentos deve sofrer os impactos mais relevantes pela redução no fluxo de capitais, com tendência de agravamento das dificuldades que afligem o país, nos últimos meses.

lugar para manifestações de esperança?

Muitos analistas têm observado que nem tudo explodiu com as torres gêmeas do New York Trade Center. Indícios ainda tênues, mas explícitos, apontam para a possibilidade de um reforço da solidariedade internacional, nem só na mobilização de forças para combater o terrorismo, mas, também, para a construção de um cenário positivo no campo das transações comerciais e da atuação política. A sensível mudança de atitude do governo norte-americano, após o atentado, recuando da posição de ferrenho isolacionismo que caracterizou o início da administração George W. Bush. cna esperanças de uma participação mais positiva dos Estados Unidos em organismos internacionais, como a ONU.

A relutância do México em apoiar a iniciativa do governo brasileiro de invocar o Tiar (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca), para mobilizar o continente em apoio aos Estados Unidos - um ataque a um dos membros do Tratado deve ser considerado como um ataque aos demais -. já modificou a correlação de forças entre a Casa Branca e a América Latina. O analista de política internacional Carlos Eduardo Lins da Silva, em artigo no jornal "Valor" de 23 de setembro, diz que duas semanas antes do atentado o México era o parceiro preferencial declarado de Washington. E acrescenta: "Nas duas reuniões da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a crise, os representantes dos EUA se derramaram em elogios explícitos ao Brasil e ignoraram o México. A oportunidade para o Brasil de voltar a ocupar a posição de que desfrutou no governo Clinton, de principal interlocutor da Casa Branca ao sul dos Estados Unidos existe, ainda que a região como um todo tenha perdido muito de sua importância para Washington."

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IMPOSTO DE RENDA: MP ESTABELECE BITRIBUTAÇÃO

Editorial

A COMPLEXIDADE DO MOMENTO EXIGE MUITA

REFLEXÃO

As entidades fechadas de previdência complementar. como a FIBRA, estão atravessando um momento delicado, que exige muita reflexão.

As crises econômicas como a atual, ainda que relevantes para os resultados dessas entidades, não são, em geral, o maior motivo de preocupação, pois costumam ser cíclicas e conjunturais, com perspectivas de melhoria a médio e longo prazos.

No entanto, tem surgido alguns fatores estruturais que demandam a atenção permanente da gestão das entidades, cuja perspectiva de melhora nem sempre é muito clara.

No ranking destes fatores estruturais, o ambiente regulatório ocupou o primeiro lugar no ano de 2001 Além do conhecido Decreto 3.721. que alterou a idade mínima para concessão de aposentadorias, neste ano ainda tivemos a instrução normativa 26, que estabeleceu condições para concessão de aposentadoria proporcional, a Lei 109. que redefiniu todo o arcabouço legal que regula os fundos de pensão, as resoluções do Banco Central 2829 e 2850, que estabeleceram uma série de novas exigências para a gestão de investimentos, as portarias 843 e 865, que estabeleceram parâmetros e exigências para auditoria atuarial, e. por último, a MP 2222, que voltou a tratar da tributação dos fundos de pensão. Internalizar todos estes dispositivos, analisandoos e produzindo as ações necessárias para atender o que neles está definido, tem sido um desafio hercúleo para a equipe da FIBRA.

Não menos importante tem sido o conjunto de ações em andamento para melhor acompanhar e prever a evolução do passivo atuarial da Fundação, influenciado principalmente, mas não somente, pelo crescimento da idade média, pelo recente aumento da média salarial e pelo contínuo aumento da expectativa de vida de nossos participantes.

O momento atual é impar, pela complexidade do contexto envolvido Mas estamos confiantes de que uma profunda reflexão, em conjunto com a patrocinadora, com os órgãos colegiados, com os participantes e com os colaboradores, proporcionará á FIBRA soluções adequadas à dimensão do desafio que ora se apresenta.

DIRETORIA EXECUTIVA

Decisão do governo, em medida provisória editada em 4 de setembro passado, obriga os fundos de pensão a recolher ao Imposto de Renda 20% dos ganhos de suas aplicações financeiras ou 12% do montante das contribuições da patrocinadora. Essa exigência contraria o teor original da legislação da previdência complementar recém aprovada pelo Congresso Nacional - que estabelecia que o Imposto de Renda sobre os fundos deveria incidir apenas sobre os benefícios recebidos pelos participantes - mas que foi vetada pelo Poder Executivo.

Reações

A medida provocou manifestações contrárias à decisão governamental. O presidente da Abrapp, Carlos Duarte Caldas, destaca que este assunto está "sub judice", pois os fundos estão à espera de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pagamento ou não de R$ 12 bilhões em tributos cobrados pela Receita Federal. Ele estranha que o governo tenha insistido na tese de que os fundos são devedores dessa vultosa importância -para a qual nem todos constituíram provisões - e determinado sua cobrança mediante medida provisóna, "que virou lei sem chances de discussão".

O deputado federal e ex-ministro Antônio Delfim Netto afirmou que a MP foi uma evidente desconsideração com o Poder Legislativo e é mais um passo "na sistemática e cuidadosa montagem do mais irracional sistema tributário que o mundo conhece". Como resultado, "o custo do capital no Brasil é um dos maiores do mundo".

O ex-presidente do Banco Central no inicio do atual governo, Gustavo Loyola, alegou que "a previdência complementar é estimulada na maioria absoluta dos países desenvolvidos, pois é a principal fonte de formação de poupança financeira", e disse que a medida "demonstra cabalmente o quanto as nossas autoridades tributárias estão exclusivamente voltadas para o futuro imediato, pouca atenção dispensando à criação de condições adequadas ao desenvolvimento sustentado do País".

O jornal "O Estado de S. Paulo" afirmou, em editorial: "Na grande maioria dos países, o incentivo à poupança de longo prazo faz com que fundos de pensão gozem de amplos benefícios fiscais". Destacou, também, que "o resultado da nova regra é aumentar o custo dos planos de aposentadoria para as empresas ou, se elas preferirem manter o mesmo desembolso, reduzir o valor dos benefícios que serão pagos aos funcionários. Apenas as pessoas físicas que fazem planos individuais de aposentadoria deixam de estar sujeitas às novas determinações."

A "Folha de S. Paulo", também em editorial, destacou que a previdência complementar é beneficiada em quase todo o mundo com a isenção de impostos. Além disso. como já incide IR sobre as aposentadorias daqueles que contribuíram para um fundo de pensão e como os recursos desses fundos são propriedade de seus participantes, juristas acreditam que a taxação de seus ganhos financeiros configure um caso de bitributação. Mais uma vez, um objetivo de curto prazo, relacionado com a obtenção de superávits primários (receitas menos despesas correntes), sobrepõe-se à racionalidade econômica.

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COMPROMISSO COMA QUALIDADE PARA SERVIR MELHOR

POR QUE TER APLICAÇÕES EM

RENDA VARIÁVEL?

O ataque terrorista contra os Estados Unidos, em 11 de setembro último, provocou uma forte baixa nas cotações da Bolsa de Valores de São Paulo -Bovespa - que já vinha apresentando resultados negativos em função da desaceleração da economia nos Estados Unidos, da crise desencadeada na Argentina e. no Brasil, da crise de energia e da sucessão presidencial indefinida associada a escândalos políticos no Congresso.

O mau desempenho da Bovespa neste ano, acumulando uma perda de 30,3% até o final de setembro, certamente afeta a rentabilidade dos fundos de pensão. Em média, os fundos tinham em junho cerca de 33% dos seus ativos aplicados em renda variável, a FIBRA tinha apenas 17,4%.

Por que. então, ter aplicações em renda variável? As aplicações em renda variável têm sido utilizadas pelos fundos de pensão para melhorar a rentabilidade. Apesar de apresentarem muitas oscilações nas cotações, no longo prazo as bolsas tém apresentado ganhos superiores aos da renda fixa, motivo pelo qual os fundos aplicam uma parte do seu patrimônio, teoricamente aquela que será utilizada num futuro mais distante, para auferirem um ganho extra e criar um superávit técnico, para enfrentar os momentos mais difíceis.

A aplicação em bolsa deve seguir uma estratégia que já virou jargão no mercado financeiro: "comprar na baixa e vender na alta". A lógica é evidente e seria muito simples aplicar na bolsa se não fosse a dificuldade de se identificar o momento em que os preços param de cair, para efetuar a compra, e o momento que os preços não irão mais subir, para efetuar a venda O que não se pode é vender enquanto a bolsa está em baixa, porque, dessa forma, estaríamos contrariando a estratégia básica e realizando um prejuízo. Só a bolsa será capaz de devolver a rentabilidade que tirou. O mais prudente para este momento, de baixa, portanto, é manter as aplicações e esperar que os preços voltem a subir, proporcionando, quem sabe. um ganho adicional, a exemplo de 1999.

Tradicionalmente a bolsa tende a subir logo após as crises. Segundo os especialistas, foi assim na Segunda Guerra Mundial, tanto no colapso da França como no ataque a Pearl Harbor, na crise de Cuba em 1962. no assassinato do presidente Kennedy e na Guerra do Golfo A tendência é de uma queda brusca no momento do evento e uma recuperação que pode ser rápida ou mais demorada, dependendo das circunstâncias. No caso atual, apesar das dúvidas sobre as conseqüências de uma resposta militar ao atentado, as autoridades econômicas já mostraram preocupação em conter a crise ao baixar os juros básicos nos Estados Unidos e na Europa e o congresso norte-americano aprovou um pacote de US$100 bilhões para atender essa situação de emergência, recurso que aplicado no mercado poderá estimular a economia.

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Como as oscilações das aplicações em bolsa são grandes e o resultado pode ser um grande ganho ou uma grande perda, o mercado criou um mecanismo chamado "hedge" para proteger as aplicações, limitando as perdas num nível suportável em troca de uma limitação também nos ganhos. Esse mecanismo é muito interessante para os fundos de pensão, tanto que o Comitê de Investimentos aprovou em junho passado uma operação desse tipo para a FIBRA. Não foi possível realizar a operação até o momento, porque as condições para que se obtenha êxito com o hedge ainda não se configuraram.

r RENTABILIDADE DA RENDA VARIÁVEL DAS APLICAÇÕES DA FIBRA

O gráfico da renda variável abaixo demonstra o desempenho dessa modalidade em comparação com o parâmetro [benchmark) escolhido para sua avaliação. Esse benchmark foi definido com base na distribuição das aplicações da FIBRA em renda variável e compõe-se de 40% do Ibovespa - índice da Bolsa de valores de São Pauta - e 60% do IBX - índice Brasileiro de Ações.

No ano passado, enquanto o mercado, medido pelo benchmark, mostrou uma queda de quase 5% a nossa carteira teve uma redução inferior a 2%.

Neste ano, marcado por extrema volatilidade, a rentabilidade da Fundação acompanha de perto o parâmetro e está com um retomo negativo acumulado de 20.05%, contra o seu benchmark, também negativo, de 22.55%.

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QUANDO POSSO ME APOSENTAR NO INSS?

A lei 9.876, de 29/11/99, que instituiu nova forma de cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição -antiga aposentadoria por tempo de serviço -, introduziu a segunda grande mudança no cálculo das aposentadorias previdenciárias, Seu postulado básico ó: quem se aposenta mais tarde ganha e quem se aposenta mais cedo perde. y

' Benefícios iniciados após dezembro de 1999

Para os benefícios iniciados a partir de dezembro de 1999, o INSS utilizará o fator previdenciário que considera, além do tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida no momento da aposentadoria. Para segurada do sexo feminino, será adicionado cinco anos ao tempo de contribuição e para professor ou professora, na função exclusiva de magistério, adiciona-se também cinco ou dez anos, respectivamente.

Nos cinco anos subsequentes á lei 9.876, os efeitos da nova base de cálculo serão sentidos na proporção de 1/60 por mês de vigência, até a data em que sua aplicação será integral: início de dezembro de 2004.

( Período básico para o cálculo do benefício J

O período básico de cálculo do beneficio também foi alterado. Na antiga regra, a aposentadoria era calculada sobre a média dos últimos 36 salários de contribuição corrigidos. A partir da vigência da lei 9.876, o fator será aplicado à média de 80% dos maiores salários de contribuição, apurados de julho de 1994 até o mês anterior ao início da aposentadoria e também corrigidos.

No caso de todos os requisitos para a concessão da aposentadoria terem sido cumpridos - tempo de contribuição e idade mínima - até a data da publicação da ei, 29 de novembro de 1999, o segurado tem direito ao

benefício pelas regras vigentes anteriormente.

Esta regra vale apenas para os casos de aposentadoria por tempo de contribuição. Na aposentadoria por idade -60 anos para a mulher e 65 anos para o homem - a aplicação do fator previdenciário será opcional.

A consultora previdenciária, Talmai de Luca. está a disposição dos participantes pelo ramal 4238, das

9:00 às 12:00 h.

MOLÉSTIAS GRAVES QUE ISENTAM O CONTRIBUINTE DE RETER O IR NA FONTRE

Os valores recebidos pelos segurados da Previdência Social a titulo de pensão, aposentadoria ou reforma -no caso dos militares -, pagos pelo INSS ou pelos fundos de pensão (complementação ou suplementaçâo). são isentos do Imposto de Renda na Fonte (IRRF) para os que se aposentam em decorrência de acidente do trabalho e para os aposentados, pensionistas ou reformados portadores das moléstias graves especificadas a seguir, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria, reforma ou pensão.

Doenças que dão d i re i to à isenção do V imposto de renda retido na fonte (IRRF)

Tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante. nefropatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteite deformante). contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) e fibrose clstica (mucoviscidose).

Providências para obter a isenção

Para usufruir desta isenção, o segurado deverá comprovar a moléstia mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União (SUS), dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, devendo ser fixado o prazo de validade do laudo pericial, no caso de moléstias passíveis de controle.

Demais pormenores sobre o assunto em questão, bem como outros relacionados ã Receita Federal. poderão ser obtidos via internet pelo site:

www.receita.fazenda.gov.

A FIBRA, pelo telefone 0800-414404. está a sua disposição para qualquer esclarecimento que se faça necessário.

A FIBRA CONTRATA DOIS "TREINEES"

Tendo em vista a expectativa da aposentadoria, em futuro próximo, de técnicos do Departamento de Cadastro e Atuaria (DSE-CA) a FIBRA contratou dois "trainees", para um período de experiência de um ano. A advogada Juliana Tpnelli Kranz e o administrador Rogério Machado passaram pelo processo de seleção estabelecido no programa de treinees" da Fundação.

Essa contratação de possíveis futuros colaboradores deve-se à necessidade de desenvolvimento de novas atividades e projetos destinados a manter os padrões de qualidade da administração da Fundação, dentre os quais se destacam: a análise das alterações na legislação da previdência complementar, o acompanhamento de processos judiciais e o desenvolvimento de um sistema de modelo de solvência para acompanhar a correlação entre ativo e passivo.