o barroco

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História, 11ºano | Tânia Pereira Fernandes – 11º3H – nº20 Escola Secundária José Afonso - Loures O Barroco Igreja de São Gonçalo - Amarante

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  • Histria, 11ano | Tnia Pereira Fernandes 113H n20

    Escola Secundria Jos Afonso - Loures

    O Barroco Igreja de So Gonalo - Amarante

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    Indice

    Introduo ....................................................................................................................................2

    Arquitetura Barroca .....................................................................................................................3

    Arquitetura Barroca Religiosa ......................................................................................................4

    Arquitetura Palaciana ..................................................................................................................5

    Igreja de So Gonalo ...................................................................................................................7

    Concluso ...................................................................................................................................11

    Webgrafia ...................................................................................................................................12

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    Introduo

    Apesar do resto da Europa ter

    desenvolvido o Barroco em 1600, o

    Barroco portugus iniciou-se mais tarde.

    Portugal encontrava-se, na poca, em

    profunda crise poltica, econmica e social,

    provocada, principalmente, pela perda do

    trono para Felipe II de Espanha.

    O Barroco exigia bastante dinheiro que o

    nosso pas no tinha. A economia no era

    sustentvel devido ao facto de se basear

    no ouro e nas pedras preciosas

    provenientes do Brasil. S no fim do sc.

    XVII, a crise econmica do pas melhorou,

    remetendo-nos para uma situao semelhante do reinado de D. Manuel.

    Os diversos factores polticos, artsticos e econmicos que condicionaram

    a arquitectura barroca, originaram vrias fases e diferentes tipos de

    influncias exteriores, resultando numa mistura original, frequentemente

    mal compreendida por quem procura ver arte italiana, mas com formas e

    carcter prprios.

    Em Portugal, o Barroco durou, sensivelmente, dois sculos.

    Alm de abordar o Barroco, o presente trabalho fala, tambm, da Igreja

    de So Gonalo, com arquitectura barroca.

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    Arquitetura Barroca

    Aps de 60 anos de regncia Espanhola, iniciou-se um esforo financeiro por parte da regncia portuguesa.

    Outro factor fundamental foi a existncia da arquitectura Jesutica, tambm a chamada Arquitectura Ch.

    So edifcios basilicais de nave nica, capela-mor profunda, naves laterais transformadas em capelas interligadas (pequenas portas de comunicao), interior sem decorao e exterior com portal janelas e muito simples.

    um tipo de edifcio muito prtico, permitindo ser construdo por todo o imprio com pequenas adaptaes, e pronto a receber decorao.

    A talha dourada assume caractersticas nacionais e posteriormente "joaninas" devido importncia e riqueza dos programas decorativos. A pintura, escultura, artes decorativas e azulejo tambm atravessam uma poca de grande desenvolvimento.

    O barroco na verdade no sente grande falta de edifcios porque permite transformar, atravs da talha dourada, (pintura, azulejo, etc.) espaos ridos em aparatosos cenrios decorativos.

    O mesmo se poderia aplicar aos exteriores. Permitem posteriormente aplicar decorao ou simplesmente construir o mesmo tipo de edifcio adaptando a decorao ao gosto da poca e do local. Prtico e econmico.

  • 4

    Arquitetura Barroca Religiosa

    O Barroco portugus considerado, por muitos, uma extenso do Maneirismo, cujos princpios estavam ligados ao Conclio de Trento, ou seja, maioritariamente religioso.

    As igrejas apresentam a mesma estrutura, ou seja, fachadas simples, decorao contida (exceptuando talvez o altar-mor), planta rectangular. Neste perodo, encontramos arquitectos portugueses, nomeadamente Joo Antunes ou Joo Nunes Tinoco (igreja de Santa Engrcia, em Lisboa).

    Com o Renascimento, surgem as plantas de forma circular, prolongando- se pelo Maneirismo. Assim, encontramos a igreja e claustro da Serra do Pilar, de Diogo de Castilho (sculo XVI/XVII).

    Igreja de S. Gonalo, Amarante (1705);

    Igreja do Senhor da Pedra, bidos, (1740-47);

    Igreja do Senhor da Cruz, Barcelos.

    Alm destas igrejas, encontram-se um pouco por todo o pas inmeras capelas. Devido durao do Maneirismo em Portugal, h zonas em que se passa do maneirismo para o Rococ, pelo que se encontram muitos edifcios de planta octogonal e hexagonal. um momento em que se prev j o chamado Barroco Pleno, em que encontramos, por um lado, plantas rectangulares de influncia maneirista, por outro, os edifcios mais decorados. tempo do terramoto de 1755, que destruiu inmeros edifcios.

    nesta altura que o rei comea a mandar construir edifcios no s religiosos mas tambm civis, nomeadamente alteraes no Pao da Ribeira.

    Foram feitas inmeras encomendas de desenhos, livros, feitos por artistas estrangeiros. Esta arquitectura , ento, marcada por uma decorao essencialmente de talha dourada, nas paredes e retbulos e azulejaria, sentindo-se, tambm, uma certa sobriedade estrutural.

    Igreja do Senhor da Cruz

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    assim que definido o comeo da arquitectura religiosa joanina. um estilo que se desenvolve, maioritariamente, no Norte com Nicolau Nasoni (1691-1773), que interligou caractersticas do barroco italiano com o que se produzia em territrio portugus.

    Destacam-se, ento, como exemplos no Porto:

    Igreja de Bom Jesus de Matosinhos;

    Igreja da Misericrdia;

    Pao Episcopal;

    Igreja e Torre dos Clrigos.

    No norte do pas h dois centros:

    Porto, com influncias espanholas e decorao exuberante, associadas s ideias vindas de Itlia.

    Braga (tardo-barroco), em que a decorao tpica do romnico e manuelino se associam s ideias barrocas e chinesas, marcadas por uma decorao extica. (Igreja de S. Vicente de Braga, Igreja de Santa Madalena.).

    No sul tambm encontramos dois centros:

    Alto Alentejo, que nos apresenta um barroco mais neoclssico, simples e regular. Por exemplo, a Igreja de Nossa Senhora da Lapa em Vila Viosa

    Lisboa, com o Convento de Mafra, cujas influncias advm da Alemanha.

    Igreja de Bom Jesus de Matosinhos

    Convento de Mafra

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    Arquitetura Palaciana

    Neste tipo de arquitectura, de referir os palcios e solares, maioritariamente particulares.

    Inicialmente, regulares, ao estilo renascentista, depressa se transformam, adquirindo uma forma em U, adornada com escadarias, jardins, fontes, ao estilo francs.

    Palcio Fronteira, em S. Domingos de Benfica, Lisboa;

    Solar de Mateus, Vila Real (Nasoni);

    Palcio do Freixo, Porto (Nasoni);

    Quinta da Prelada, Porto (Nasoni);

    Edifcio da Cmara (Andr Soares);

    Casa do Raio (Andr Soares).

    Palcio Fronteira, Lisboa

    Solar de Mateus

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    Igreja de So Gonalo

    Gonalo era um frade

    dominicano nascido na

    segunda metade do

    sculo XIII, que ficou

    ligado cidade de

    Amarante, pela sua

    aco evangelizadora e

    pela sua actividade

    como construtor da

    antiga ponte medieval

    na localidade.

    Aps a sua morte foi venerado pelos populares a partir do sculo XVI,

    altura em que seria consagrado oficialmente como santo. D. Joo III

    autorizou a construo da Igreja e Convento de S. Gonalo de Amarante

    em 1540.

    Demorou 80 anos a ser

    construdo, pelo arquitecto

    dominicano frei Julio

    Romero.

    A frontaria principal do

    templo formada por galil

    de arcos de volta perfeita,

    assentes em desadornados e

    poderosos pilares. A galil

    sobrepujada por uma roscea e dois janeles, aberturas que estabelecem

    a iluminao interna do templo.

    A altaneira torre dos sinos uma construo do Barroco setecentista. A

    fachada lateral possui um magnfico portal retabular e uma galeria

    superior, denominada Varanda dos Reis. O soberbo portal delineado

    Igreja de So Gonalo

  • 8

    numa dupla linguagem artstica,

    estabelecida entre o Maneirismo e o

    Barroco. O edifcio encontra-se

    dividido em trs pisos, de maiores

    dimenses o trreo face aos

    restantes. O piso trreo abre-se em

    arco de volta perfeita, ladeado por

    medalhes figurativos e delimitado

    por pares de colunas corntias que

    assentam em elevados pedestais.

    Nesta zona encontram-se dois nichos

    abrigando as imagens de vulto de S.

    Francisco de Assis e de S. Domingos

    de Gusmo. O segundo piso

    ritmado por seis colunas com

    caneluras, enquadrando trs nichos

    com granticas imagens de S.

    Gonalo, S. Pedro e S. Toms de

    Aquino. O ltimo piso, contaminado

    pela decorao barroca, apresenta

    colunas pseudo-salomnicas e um nicho central com a esttua de N. S. do

    Rosrio com o Menino, ladeado por movimentados ornatos de volutas e

    pinculos. Encima-o um fronto curvo interrompido pelas armas reais,

    apresentando ainda o tmpano preenchido por ondulantes volutas.

    A Loggia ou Varanda dos Reis formada por cinco arcos de volta perfeita

    apoiados em robustos pilares, onde se incluem quatro esttuas assentes

    em msulas - representando os quatro reis que patrocinaram este

    monumento: D. Joo III, D. Sebastio, D. Henrique e D. Filipe II de

    Espanha. Esta varanda real encimada por seis pinculos.

    Acima da cobertura do templo ergue-se um belo zimbrio circular,

    rematado por elegante lanternim decorado por azulejos seiscentistas.

    Destacando-se e marcando a empena da capela-mor e da fachada sul da

    igreja esto duas granticas imagens de S. Gonalo de Amarante.

    rgo da Igreja S. Gonalo

  • 9

    Interiormente, a igreja desenha um corpo de trs naves divididas por

    arcos de volta perfeita e assentes em pilares, com a nave central

    apresentando cobertura de reboco e as laterais abbadas de caixotes. O

    arco cruzeiro delimitado por duas colunas encimadas pelas imagens de

    S. Pedro e S. Paulo.

    Acede-se capela-mor, bem como s colaterais, por uma escadaria.

    Destaca-se a colateral do Evangelho, onde se localiza a sepultura de S.

    Gonalo, podendo observar-se a esttua jacente e a iconografia a ele

    associada - a ponte medieval de Amarante, de dois arcos. O retbulo-mor

    uma bela composio de talha dourada, onde se abrigam as barrocas

    imagens de S. Domingos de Gusmo e S. Francisco de Assis.

    A sacristia coberta por teto de caixotes pintados, contendo ainda

    soberbo lavabo da Renascena (com a data de 1554) e belo mobilirio,

    para alm de pinturas entalhadas narrando episdios da vida de S.

    Gonalo e outras sries hagiogrficas.

    Das restantes dependncias conventuais, merece um destaque especial o

    primeiro dos dois claustros, j que o segundo foi parcialmente destrudo

    para se construir a Cmara Municipal de Amarante. O claustro primacial,

    dividido em dois andares, apresenta-se com o piso trreo ritmado por

    uma srie de arcos de volta perfeita, assentes em pilares da ordem jnica

  • 10

    e sustentando cobertura de abbadas artesoadas. O andar superior

    constitudo por galeria corrida de colunas, apoiando uma cobertura de

    abbada de nervuras mltiplas. No centro do ptio claustral ergue-se uma

    monumental e formosa fonte.

  • 11

    Concluso

    Este trabalho teve como objectivo conhecer o estilo Barroco a nvel

    arquitectnico.

    O Barroco pode ser visto, ainda, na literatura, contudo no presente

    trabalho s foi tratada a arquitectura, em especial, a igreja de So

    Gonalo.

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    Webgrafia

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo