o autor romance histórico...

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1 Autor: Luiz Antonio Aguiar Título: Canudos – Santos e guerreiros em luta no sertão Ilustrador: Renato Moriconi Formato: 13,5 x 20,5 cm N o de páginas: 88 Elaboração: Cândida Vilares e Vera Vilhena : Ficha Gênero: romance histórico Temas transversais: religiosidade popular, injustiça social, miséria do sertão nordestino Interdisciplinaridade: Português, História, Geografia e Artes Quadro sinóptico A leitura de uma ficção histórica é, tradicionalmente, uma forma lúdica de compreender o passado de um povo, de uma nação, pois aproxima do leitor os fatos que, em geral, estão em um li- vro didático ou são abordados em au- las de História. Como a linguagem de um livro de ficção pode ser mais leve e agradável que a dos livros didáticos, o leitor se distrai enquanto conhece a di- mensão humana e cotidiana dos per- sonagens ilustres e de pessoas comuns de uma época histórica. Além disso, do ponto de vista didático, o roman- ce histórico permite o aprofundamento de temas históricos tratados em sala de aula, bem como a reflexão sobre a his- tória, o que fortalece a cidadania. O grande desafio do romance históri- co juvenil é colocar em prática a inter- disciplinaridade e envolver professores de História, Geografia, Português, Artes etc. num trabalho conjunto e proveito- so para o aluno. A proposta deste suplemento de tra- balho é proporcionar subsídios aos pro- fessores para que se sintam confortáveis com a adoção de um romance histórico desta coleção. Romance histórico Canudos – Luiz Antonio Aguiar PROJETO DE LEITURA P P PR R RO O OJ J JE E ET T T O O O D D DE E E L L LE E EI I IT T TU U UR R RA A A Luiz Antonio Aguiar nasceu em 1955, no Rio de Janeiro. Mestre em Literatura Brasileira, pela PUC-RJ, com tese sobre leitura na cultura de massas, é resenhista em cadernos literários, tradutor, redator, sócio da Veio Libre – Consultoria Editorial e animador de oficinas de redação e de criação lite- rária. Trabalhou durante muito tempo como roteirista de histórias em quadri- nhos e atuou na área de publicidade e marketing. Tem setenta títulos publi- cados e ganhou diversos prêmios com seus livros, inclusive o Jabuti de Melhor Título Infantil e Juvenil, em 1994, com Confidências de um Pai Pedindo Arre- go. Visite o site do escritor em www. docedeletra.com.br/laa O autor 12 anos INDICAÇÃO: leitor crítico: ensino fundamental a partir de Canudos - CP01ed01 - PPs.indd 1 Canudos - CP01ed01 - PPs.indd 1 16/4/2010 16:32:12 16/4/2010 16:32:12

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Page 1: O autor Romance histórico Fichaeditoramelhoramentos.com.br/v2/wp-content/themes/melhoramentos/... · 3 Síntese da obra A história começa com o cangacei-ro Pajeú fugindo da prisão

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Autor:Luiz Antonio AguiarTítulo:Canudos – Santos e guerreiros em luta no sertãoIlustrador: Renato MoriconiFormato: 13,5 x 20,5 cm

No de páginas: 88Elaboração: Cândida Vilares e Vera Vilhena

:

Ficha

Gênero: romance histórico

Temas transversais: religiosidade popular, injustiça social, miséria do sertão nordestino

Interdisciplinaridade: Português, História, Geografi a e Artes

Quadro sinóptico

A leitura de uma fi cção histórica é, tradicionalmente, uma forma lúdica de compreender o passado de um povo, de uma nação, pois aproxima do leitor os fatos que, em geral, estão em um li-vro didático ou são abordados em au-las de História. Como a linguagem de um livro de fi cção pode ser mais leve e agradável que a dos livros didáticos, o leitor se distrai enquanto conhece a di-mensão humana e cotidiana dos per-sonagens ilustres e de pessoas comuns de uma época histórica. Além disso, do ponto de vista didático, o roman-ce histórico permite o aprofundamento de temas históricos tratados em sala de aula, bem como a refl exão sobre a his-tória, o que fortalece a cidadania.

O grande desafi o do romance históri-co juvenil é colocar em prática a inter-disciplinaridade e envolver professores de História, Geografi a, Português, Artes etc. num trabalho conjunto e proveito-so para o aluno.

A proposta deste suplemento de tra-balho é proporcionar subsídios aos pro-fessores para que se sintam confortáveis com a adoção de um romance histórico desta coleção.

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Luiz Antonio Aguiar nasceu em 1955, no Rio de Janeiro. Mestre em Literatura Brasileira, pela PUC-RJ, com tese sobre leitura na cultura de massas, é resenhista em cadernos literários, tradutor, redator, sócio da Veio Libre – Consultoria Editorial e animador de ofi cinas de redação e de criação lite-rária. Trabalhou durante muito tempo como roteirista de histórias em quadri-nhos e atuou na área de publicidade e marketing. Tem setenta títulos publi-cados e ganhou diversos prêmios com seus livros, inclusive o Jabuti de Melhor Título Infantil e Juvenil, em 1994, com Confi dências de um Pai Pedindo Arre-go. Visite o site do escritor em www.docedeletra.com.br/laa

O autor

12anos

INDICAÇÃO:

leitor crítico:

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a partir de

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Linha do tempo

1889Proclamação

da República

1893 Antônio

Conselheiro e seus seguidores se instalam em Canudos

1894Eleição

do primeiro presidente civil: Prudente de Morais

Floriano Peixoto assume a Presidência

1891

1896Primeira

expedição contra Canudos

1902 Lançamento

de Os Sertões, de Euclides da Cunha

Segunda, terceira e quarta expedições contra Canudos

1897

Período Monárquico – 1822-1889 – e Período Republicano – a partir de 1889.

Eleiçãodo primeiro presidente civil:Prudente de Morais

Anexo, mapa do Brasil, com a localização de Canudos, no sertão da Bahia, e do Rio de Janeiro, capital do Brasil na época.

Mapa: localização geográfi ca

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Síntese da obra A história começa com o cangacei-

ro Pajeú fugindo da prisão. A seguir, é apresentado um panorama da história do início da República: são descritos o velório do presidente Floriano Peixoto e a posse de Prudente de Morais. Depois entra em cena Antônio Conselheiro, personagem central da trama, e narra--se o início da formação do arraial de Canudos, com destaque para dois per-sonagens do povo: Pajeú e Etelvina, uma prostituta muito valente.

São relatadas as primeiras expedições contra Canudos e a resistência contra elas. O clímax da história é a última ex-pedição, que destruiu Canudos. Os fa-tos presenciados pelo olhar crítico do jornalista e escritor Euclides da Cunha dariam origem à sua grande obra: Os Sertões.

Análise da linguagem Nesta obra há variedade de registros

de linguagem. Quando os fatos históri-cos são apresentados, predomina a lin-guagem informativo-jornalística. No clí-max da narrativa, no entanto, a lingua-gem fi ccional é impregnada de recursos poéticos. Em muitos capítulos citam-se trechos de Os Sertões (1902).

Contexto históricoDurante o mandato de Prudente de

Morais, eclodiu, nos sertões da Bahia, um movimento de caráter popular que gerou uma reação do governo, ocasio-nando a guerra de Canudos.

Movidos pelo misticismo e fugindo da miséria provocada pelas secas, mais de 25 mil sertanejos chegaram a concen-trar-se no arraial de Canudos, em tor-no de Antônio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido por Antônio Conselhei-ro, que se dizia enviado por Deus.

Em suas pregações, Conselheiro fa-lava contra o casamento civil (institu-ído pelo regime republicano) e a fa-vor da monarquia, o que desagradou o governo republicano. Além disso, o deslocamento de milhares de pesso-as em direção àquela localidade baia-na privou as fazendas de mão de obra, levando, inicialmente, o governo do estado e, posteriormente, o governo federal a enviar expedições militares contra o reduto sertanejo.

Proclamada a República em 1889, os dois primeiros presidentes foram milita-res – República da Espada – e tiveram de enfrentar reações contra a repúbli-ca, recém-proclamada. Depois, assumiu um presidente civil, que acabou com a última resistência à República: a revolta de Canudos. Para reafi rmar a força do

Comentários sobre a obra

CompreensãoPara que os alunos tenham uma boa

compreensão do livro, converse com eles sobre alguns aspectos essenciais da narrativa:

• Faça a distinção entre personagens históricos (Antônio Conselheiro, Pru-dente de Morais) e não históricos (Euclides da Cunha e outros.).

• Como era a vida em Canudos? A so-ciedade era dividida em classes? Ha-via propriedade particular?

• Quais motivos levaram à destruição de Canudos? Mostre aos alunos a necessidade de mão de obra barata para as fazendas, a necessidade de afi rmação da República e superiori-dade de soldados e de armas.

• O que fez o povo de Canudos resis-tir? Eles conheciam o meio, tinham coragem e desejavam ter uma vida melhor.

Sugestões de trabalho

novo governo, combateu-se essa revol-ta com expedições militares. Os sertane-jos resistiram a três expedições, mas, na quarta, foram massacrados.

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cias sobre acampamentos de sem-terra e relacionar com o arraial de Canudos (a vida do povo, sua expectativa e a re-ação do governo).Filme

Assistir ao fi lme Guerra de Canudos (1997), com direção de Sérgio Rezende e José Wilker no papel de Antônio Con-selheiro, e comparar com a narrativa, apontando semelhanças e diferenças.

Aprofundando o tema

Em grupos, os alunos podem elaborar um jornal escrito sobre Canudos. Cada grupo fi ca encarregado de fazer uma cobertura fi ctícia da guerra de Canudos, e os grupos podem dividir as tarefas:• Notícias das expedições• Entrevistas com moradores de Canu-

dos e soldados do governo• Editorial• Ilustrações (desenho ou colagens)

Redação ç

Proposta 1: Como se estivesse vivendo em Canudos, antes ou durante a guerra, o aluno pode escrever sobre um dia de sua vida, na forma de diário.

Proposta 2: O aluno pode redigir um texto sobre a fundação da República, o sistema de governo vigente, como ele surgiu, como é hoje; o aluno pode, ainda, analisar as mudanças do sistema republi-cano, tendo como parâmetro o voto.

Procurar, em jornais e revistas, notí-cias sobre acampamentos de sem-terra e relacionar com o arraial de Canudos (a vida do povo, sua expectativa e a re-ação do governo).Filme

Assistir ao fi lme Guerra de Canudos (1997), com direção de Sérgio Rezende e José Wilker no papel de Antônio Con-selheiro, e comparar com a narrativa, apontando semelhanças e diferenças.

Este projeto de leitura está com a Nova Ortografi a conforme o Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa

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