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O AGRONEGÓCIO VISTO PELO ESTADO Arnaldo Jardim

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O AGRONEGÓCIO VISTO PELO ESTADO

Arnaldo Jardim

HISTÓRIA DE SÃO PAULO E A HISTÓRIA DE SUA AGRICULTURA

EIXOS DO CAFÉ A partir de 1805, com a queda do comercio açucareiro, os fazendeiros do Vale do Paraíba passaram a substituir as plantações de cana de açúcar pelo café. A prosperidade das cidades do Vale do Paraíba atraíram a atenção dos fazendeiros de outras regiões do estado. A partir de 1850 o café passa a ser importante para a economia do estado de São Paulo e em algumas décadas o Estado de São Paulo passa a ser o maior produtor mundial de café.

FERROVIAS Se no plano nacional, as ferrovias tinham um papel de integração do território, no estado de São Paulo desenvolveu-se por motivos econômicos, principalmente para escoar o café das fazendas, cada vez mais distantes, para o Porto de Santos. Após 1867 o café começa a ser transportado sobre trilhos. A lavoura de café expandia-se e era preciso atender o transporte para regiões cada vez mais distantes. Nos anos seguintes as companhias levavam suas linhas a pontos cada vez mais longínquos do território paulista. Um grande número de ramais e pequenas ferrovias completava a rede. Direta ou indiretamente, todos os trilhos convergiam para o terminal de Jundiaí, de onde a São Paulo Railway transportava o café até o Porto de Santos. A São Paulo Railway foi a primeira ferrovia construída em São Paulo e a segunda construída no Brasil, inaugurada em 1867.

PORTOS A plantação nas terras férteis do Oeste Paulista deslocou o eixo econômico do café, antes no vale do Paraíba, e fez surgir novos centros de distribuição do produto. Santos substituiu inteiramente os portos do litoral norte paulista, até mesmo do Rio de Janeiro como ponto estratégico para o escoamento do café

INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS (IAC)

Foi fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, sob a denominação de Estação Agronômica de Campinas. Em 1892 passou para a administração do Governo do Estado de São Paulo. Sua atuação garante a oferta de alimentos à população e matéria-prima à indústria, cooperando para a segurança alimentar e para a competitividade dos produtos nos mercados interno e externo. Sua área física de 1.279 hectares de terras abriga a Sede, Centro Experimental Central e 12 Centros de Pesquisa distribuídos entre Campinas, Cordeirópolis, Jundiaí, Ribeirão Preto e Votuporanga, ocupados com casas de vegetação, laboratórios, demais infraestrutura adequada aos seus trabalhos.

Com o fim da escravidão e o crescimento da produção cafeeira, a necessidade de mão-de-obra para a lavoura foi um dos grandes problemas enfrentados pelos fazendeiros. A solução encontrada foi a vinda de imigrantes.

CAFÉ: IMPACTO SOBRE O MODO DE PRODUÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO

CAFÉ / INDUSTRIALIZAÇÃO “ A nova rota econômica passou a favorecer diretamente o entrosamento da cidade de São Paulo na economia cafeeira, o que, obviamente, foi de fundamental importância para o crescimento urbano da capital paulista que, por sua vez, criou necessidades de consumo, incentivando o processo de industrialização: a análise da estrutura da indústria paulistana mostra que ela repousava grandemente em pequenas oficinas e fabriquetas voltadas diretamente para a satisfação das necessidades imediatas da população no vestuário, na alimentação, nos implementos domésticos, etc. Em segundo lugar, a lavoura cafeeira do Oeste Paulista foi explorada a partir de novas condições econômicas. A fazenda de café da zona de Campinas e, sobretudo, de Ribeirão Preto, é uma empresa econômica complexa, organizada em moldes capitalistas. Isto é, exigia grande empate de capital, e o que é mais significativo para o problema que ora nos interessa: exigia controle racional do empreendimento.” Em terceiro lugar, queremos ressaltar as condições econômicas que, derivadas do tipo de exploração do café aponta- propiciaram a eclosão de surtos de industrialização no Estado e, diretamente na cidade de São Paulo. A produção do café nos moldes em que foi empreendida no "Oeste Paulista" permitiu: a substituição da mão-de-obra escrava pela mão-de-obra assalariada; o desenvolvimento de cidades e da pequena burguesia urbana, criando mercados para a indústria; finalmente, o que nos parece merecer maior atenção do que até agora tem sido dispensado: o fazendeiro do "Oeste" era um empreendedor capitalista, com as principais características do chefe de empresa. (FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Assistente da Cadeira de Sociologia I da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo).

CAMPINAS – PORTEIRA PARA O INTERIOR A região de Campinas, que compõe a zona Central que é cortada por várias ferrovias desde a década de 1870, tem um elevado crescimento populacional até a década de 30 do século XX, mas atinge seu auge na produção cafeeira já na década de 1890. Por outro lado, as zonas Araraquarense e Paulista respectivamente, ao serem atingidas pelo prolongamento das estradas de ferro no final do século XIX, têm para esse mesmo período um grande aumento nas suas taxas de população e de produção cafeeira. Junto com esta região, a Araraquarense e a Paulista representam, até a segunda década do século XX, as maiores regiões produtoras de café do estado.

Brasil 2,5 milhões de empregos formais no Brasil são gerados pela agropecuária,

com destaque para os segmentos da cana-de-açúcar e da carne bovina.

R$ 2,1 bilhões mensais é a massa salarial gerada pelo agronegócio.

São Paulo 21,5% do total de empregos gerados pela agropecuária são absorvidos por

São Paulo. 130 mil empregos formais são gerados pelo setor sucroenergético no

estado. Laranja: 85% dos empregos gerados por este segmento está no estado.

GERAÇÃO DE EMPREGOS

O AGRONEGÓCIO EM SÃO PAULO

É responsável por 19% PIB do agronegócio

brasileiro .

O Estado responde sozinho por 21%de tudo

o que é produzido no campo.

Em 2016, foram R$ 78,5 bilhões em valor da

produção agropecuária (VPA), 24,1% superior a 2015.

Fonte: IEA/APTA

4,48% é o aumento do PIB do Agronegócio Brasileiro de 2016 em relação a 2015. 23% é o que representou o PIB do Agronegócio Brasileiro em relação ao PIB total

brasileiro. R$ 276,7 bilhões é a cifra que alcançou o PIB do Agronegócio Paulista em 2016. Isso

representa 19% do PIB nacional e 14% do PIB total paulista.

Fonte: CNA/Esalq, 2017

O AGRONEGÓCIO EM SÃO PAULO - PIB

Fonte: IEA/APTA/SAA, 2016.

O AGRONEGÓCIO EM SÃO PAULO

PRINCIPAL PRODUTOR NACIONAL DE: • Cana, etanol e açúcar • Laranja e suco • Borracha • Amendoim • Tilápia

“O desenvolvimento econômico é o processo de sistemática acumulação de

capital e de incorporação do progresso técnico ao trabalho e ao capital que

leva ao aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante e,

em conseqüência, dos salários e dos padrões de bem-estar de uma

determinada sociedade.”

CONCEITO HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Luiz Carlos Bresser-Pereira

(Texto para Discussão EESP/FGV 157,- dezembro 2006).

Versão de 31 de maio de 2008

Estes dois fatores fundamentais a determinar o desenvolvimento econômico,

taxa de acumulação de capital e capacidade de incorporação de

progresso técnico à produção, estão presentes no Setor Agropecuário

no Brasil que vem crescendo sua produtividade e atraindo

investimentos do setor privado, com base na forte incorporação de

progresso técnico à produção agrícola.

O AGRONEGÓCIO EM SÃO PAULO – INDUTOR DO DESENVOLVIMENTO

EIXOS ESTRATÉGICOS DO TRABALHO DA SAA

• Agricultura em harmonia com o meio ambiente;

• Apoio ao pequeno agricultor e agricultura familiar;

• São Paulo, centro da produção do conhecimento;

• Qualidade, segurança e saudabilidade dos alimentos.

• Em São Paulo, a APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) investe na geração e transferência de novas tecnologias aos produtores rurais para ampliar a produtividade agropecuária;

• Seis institutos de pesquisa são ligados à APTA: Institutos Agronômico, Biológico, de Economia Agrícola, Pesca, Tecnologia de Alimentos e Zootecnia;

Agricultura brasileira é uma das mais produtivas do mundo Seu desafio é produzir mais tecnologia

R$ bilhões foram investidos em pesquisa através da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo) desde 2011. São Paulo destina 1% de sua receita tributária à fundação; R$ 120 milhões é o valor dos recursos de edital recém-lançado pela Fapesp para aumentar a capacidade de pesquisa de 20 institutos estaduais, entre eles os de pesquisa agrícola.

AGRONEGÓCIO INOVADOR

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