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nº 78 - ano VII novembro/2013 Investimento no aumento da eficiência e da precisão diminuem os gastos e aumentam o desempenho NUTRIÇÃO MODERNA ANOS com VOCÊ! Manejo de resíduos Alternativa econômica: Tecnologia de pré-processamento de cama Produção segura de alimentos e as ferramentas para o processo Análise de risco

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nº 78 - ano VIInovembro/2013

Investimento no aumento da eficiência e da precisão diminuem os gastos e aumentam o desempenho

NUTRIÇÃO MODERNA

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VOCÊ!

Manejo de resíduosAlternativa econômica: Tecnologia de pré-processamento de cama

Produção segura de alimentos e as ferramentas para o processo

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2 Produção Animal Avicultura2

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3Produção Animal Avicultura 3

Sumário

Capa Evento CBNA Manejo de Dejetos

Grandes ganhos com diferentes recursos Especialistas opinam sobre as atuais (e futuras) soluções dentro da nutrição animal

Congresso destaca dieta pré-inicial, nutrição in ovo e das matrizes para o aumento do desempenho do pintinho

19 31

SegurançaAnálise de risco na área de alimentação animal

Artigo Técnico Empresarial: Vetanco: Por que implementar um programa de nutrição e colonização neonatal?Evonik: Efeito do ácido guanidinoacético em matrizes pesadas e o desempenho das progêniesDupont: Soluções em enzimas diminuem o custo da ração

Reportagem empresarial BioCamp: Jovem, moderno e atento às possibilidades

Ponto finalFÁBIO NUNESEscola de Processamento Avícola

24 Notícias Curtas195 milhões de toneladas de grãos

AviGuiaDuPont: Nova liderança na AL

10

54

40Eventos

Painel do Leitor

Portfólio AviGuia

Produção e mercado em resumo

Pintos de corte

Produção de carne de frango

Exportação de carne de frango

Oferta Interna

Desempenho do frango vivo em outubro

Desempenho do ovo em outubro

Matérias-primas

060853

45

46

47

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49

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Estatísticas e preços

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Nova tecnologia de pré-processamento de cama de frango que pode ser uma alternativa econômica e sustentável às granjas

26

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Editorial

Produção Animal Avicultura4

Reduzir as despesas na produção avícola, sem comprometer a qualidade

do lote, é a meta que mais está em evidência na avicultura nos dias de hoje. O

custo com a ração das aves absorve mais de 70% desses gastos e, em época

de alta nos preços dos principais insumos utilizados na alimentação das aves

– como o milho e o farelo de soja –, baixar essas despesas parece ser uma

missão só para magos. Mas não é. Dessa forma, a Revista do AviSite traz nes-

ta edição uma reportagem sobre como obter bons desempenhos da ave utili-

zando diferentes alternativas na ração. Vários especialistas em nutrição de

aves, consultados pela nossa redação, discutem sobre as novas tecnologias e

alternativas que estão chegando à avicultura para ajudar a reduzir os custos

na alimentação das aves e também sobre as que já estão no campo. Alterna-

tivas recentes como a utilização de farinha de insetos e as já utilizadas em

grande escala como a inclusão de probióticos e de enzimas na dieta são al-

guns dos exemplos apontados pelos especialistas. E a discussão não para por

aí. Os entrevistados ainda delineiam as pesquisas e os caminhos que a nutri-

ção animal poderia tomar como forma de auxílio para a redução dos custos da

ração das aves. Confira a reportagem completa a partir da página 19.

Aqui também apresentamos o trabalho de Angela Pellegrino Missaglia,

consultora do Sindirações, que fala sobre a análise de risco na área de alimen-

tação animal. “A análise de risco tem sido a ferramenta preferencial para fazer

a ligação das situações que impactam a segurança dos alimentos e que afetam

a saúde, tanto de animais quanto de humanos”, explica Angela. “A metodo-

logia leva em consideração uma grande quantidade de informações para a

tomada de decisões sobre as medidas de controle mais apropriadas a serem

tomadas pelos gerenciadores de risco”. Veja o artigo na página 24.

Outro assunto, e este uma novidade para o segmento de tratamento de

resíduos avícolas, é o trabalho premiado pela Ubabef, no Salão Internacional

de Avicultura 2013, que apresenta a tecnologia de pré-processamento da

cama de aves como um alternativa econômica e sustentável para as granjas.

Segundo os autores do projeto, o pré-processamento ocorre com a separação

das frações líquidas e sólidas dos resíduos, direcionando-as para a produção

de biogás e para o uso da compostagem, respectivamente. Uma tecnologia

que alia produção industrial de frango e preservação do meio ambiente. Co-

nheça a tecnologia na página 28.

Boa leitura!

Não é mágica. É tecnologia

PublisherPaulo Godoy

[email protected]

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007)

Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855)

[email protected]

Comercial Karla Bordin

[email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e

Innovativa [email protected]

InternetJessica Sousa

[email protected]

Administrativo e circulaçãoCaroline Esmi

[email protected]

ExPEDIENtE

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 1153

13070-147 - Campinas, SP

ISSN 1983-0017 nº 78 | Ano VII | Novembro/2013

Os informes técnico-empresariais publicados nas

páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das

empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo

Agro Editora.

Para facilitar o acesso às matérias que estão na internet,

disponibilzamos QrCodes. Utilize o leitor de seu computador,

smartphone ou tablet

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5Produção Animal Avicultura

Editorial

5

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Copyright© 2013 DuPont ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados. O logo oval da

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Eventos

Produção Animal Avicultura

Novembro12 a 15 Congresso Latino-americano de AviculturaLocal: Centro Internacional de Ferias y Convenciones, El Salvador Informações: www.avicultura2013.com E-mail: [email protected]

27 e 28 Curso Facta de Impacto da Salmonela na Avicultura Local: Hotel Nacional Inn, Campinas, SPRealização: FactaContato: (19) 3243-6555E-mail: [email protected]

2014/Janeiro28 a 30 International Poultry ExpoLocal: Georgia World Congress Center - Atlanta (EUA)Realização: US Poultry & Egg AssociationContato: (770) 493-9401Informações: www.ippexpo.org

Março25 a 27XII Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos Local: Ribeirão Preto, SPRealização: APA e FunepContato: (11) 3832-1422 ou (16) 3209-1300 – Ramal 1326Email: [email protected] ou [email protected].

Abril8 a 10XV Simpósio Brasil Sul de Avicultura e VI Poultry Fair Local: Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, Chapecó, SCRealização: Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet)Email: [email protected]ções: www.nucleovet.com.br

Agosto18 a 20Conferência Facta 2014 Local: Tauá Hotel & Convention, Atibaia, SPRealização: FactaInformações: www.facta.org.br

Principais temas sobre Salmonella serão debatidos em evento

Durante os dois dias do Curso “Impacto da Salmonella na Avi-cultura”, promovido pela Facta no Hotel Nacional Inn em Cam-pinas (SP), serão discutidos os principais temas da Salmonella na avicultura. O evento acontece nos dias 27 e 28 de novembro. No primeiro dia, o painel “Análise crítica do sistema oficial de monitoria e diagnóstico para Salmonella spp.” aborda a visão dos laboratórios de referência, dos laboratórios credenciados e da indústria. As enfermidades paratifo aviário e pulorose tam-bém serão debatidas na ocasião. Já no segundo dia, dois painéis complementam os temas dis-cutidos por especialistas provenientes da indústria avícola, do meio acadêmico e do serviço oficial.

O primeiro painel “Controle das salmonelas da produção ao processamento” traz nomes como Paulo Lourenço (UFU, Uber-lândia, MG) Lenise de Souza (Pas-Reform) e Antônio Piantino (USP, SP). Os especialistas irão mostrar as ferramentas de controle na produção de matrizes, no incubatório e no desenvolvimento do pintinho até o frango, respectivamente. Já a consultora Simone Hermann falará da etapa final, do abate ao processamento. O segundo painel vai dar espaço para as empresas apresenta-rem as opções de vacinas contra a Salmonella existentes no mercado.

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Produção Animal Avicultura8

Painel do LeitorEnvie seus comentários e sugestões para o email [email protected], com nome completo, profissão e cidade, ou ainda participe de nossas redes sociais

O custo BR + SCUma mesma mercadoria, saindo do RS, com destino a Mafra (SC) e

Rio Negro (PR) (distância de 6 Km), não pode circular no mesmo cami-nhão. Esta proibição está regulamentada pela IS n° 005/2008 – GEDSA.

Da mesma forma, eu não entendo que uma mesma mercadoria possa ser descarregada em Torres (RS) e em Joinville (SC), passando pela BR-101. Mas se for Torres (RS) e Curitiba (PR), não pode passar na BR-101, dando uma volta de 170 km pela BR 116.

Este custo, de transportar uma mesma mercadoria em dois transpor-tes ou por rotas obrigatórias, chamo de custo SC.

Deste fenômeno, inventei uma lei: BR + SC = MI, onde: BR= Custo Brasil; SC= Custo Santa Catarina; MI= Missão Impossível

O que a minha fórmula, a Teoria da Relatividade e a IS n° 005/2008 têm em comum: São obras de gênio.

Charles Clair Pontalti, Farroupilha, RS@AviSite

/avisite.portaldaavicultura

Fale com a genteFale com a redação, peça números antigos, faça sua assinatura e anuncie na Revista do AviSite. Entre em contato pelo telefone 19-3241-9292, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h30.

As cinco notícias mais lidas no AviSite em

Abrangendo por ora oito estados – os três da Região Sul, dois do Sudeste, dois do Cen-tro-Oeste e um do Nordeste – o levanta-mento efetuado men-salmente pela Embrapa Suínos e Aves aponta que no mês de setem-bro passado o menor custo de produção do frango esteve no MS.

Frango: onde a produção fica mais

barata?

outubro

1Em entrevista exclusiva, o presidente da Tyson do Brasil, Vitor Hugo Brandalize, falou sobre as principais diferenças e semelhanças entre as construções avícolas dos Estados Unidos e do Brasil. O assunto foi destaque em reporta-gem da edição de outubro/2013 da Revis-ta do AviSite.

Tyson compara granjas brasileiras e

americanas

2A revista Poultry Inter-national dedica sua edição de outubro às empresas líderes da produção avícola. Em relação às empresas brasileiras que produ-zem carne de frango, BRF, JBS, Pif Paf, GTFoods, e Aurora ocupam os cinco primeiros lugares.

Os líderes na produção de carne de frango no BR

3Em setembro, o pro-dutor paulista necessi-tou de menos de 9 kg de frango vivo – cerca de um terço a menos que um ano atrás – para adquirir uma saca de 60 kg de milho. Essa também foi a melhor relação de preços registrada nos primeiros 153 meses do Século XXI.

Frango x milho: a melhor relação de

preços

4A Lei do Bem cria a concessão de incenti-vos fiscais às pessoas jurídicas que realizam pesquisa e desenvolvi-mento de inovação tecnológica. Dessa forma, o governo federal utiliza esse mecanismo para in-centivar investimentos em inovação por parte do setor privado.

Lei do Bem. Você já

ouviu falar?

5

Campinas, 30 de Dezembro de 2003 - Independente de qual seja sua cotação nestes dois derradeiros dias de 2003, o frango vivo encerra o mês de dezembro comercializado à média de R$1,50 por quilo, mesma média registrada em janeiro deste ano.

Não é o pior resultado do ano, mas também não é o melhor. Consideradas as médias mensais, o fundo do poço foi registrado em maio, quando a média mensal ficou em R$1,24/kg.

Porém, o que mais desperta atenção ao se comparar os pre-

ços deste ano com os de 2002 é a disparidade nos níveis de evolu-ção das cotações: 27%, 30%, até 65% de aumento de um lado; e, do outro, variações inferiores a 2%, como em novembro passa-do e em dezembro corrente.

Isso, todos sabemos, é o reflexo das dificuldades no abasteci-mento de milho. Já os baixos índices, mais recentes, apenas refle-tem a situação do consumidor brasileiro, incapaz de pagar um melhor preço pelo produto adquirido.

Há 10 anos no AviSitewww.avisite.com.br

Frango fecha o ano com preço de janeiro

LAMAS2013

GranjasBR x EUATecnologias de

construção para uma avicultura eficiente

CoberturaSIAV

Congresso levanta discussões e feira recebe novidades

nº 77 - ano VIIoutubro/2013

O resumo dos trabalhos

premiados

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9Produção Animal Avicultura

A melhor conversãoalimentar é a queconverte sua produçãoem resultados.

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Enragold, à base de enramicina, atua na manutenção da microbiota intestinal, possibilitando

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Notícias Curtas | Produção de Carnes e Agronegócios

Produção Animal Avicultura

A produção brasileira de grãos para a safra 2013/2014 está estimada entre 191,9 e 195,5 milhões de toneladas, que representa alta percentual entre 2,6% e 4,5%, respectivamente, em relação a temporada anterior, quando foram co-lhidas 187,09 milhões de toneladas. O resultado é do primeiro levantamento e intenção de plantio dos produtores, apurado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e divulgado em 9 de outubro.

Os produtos com maior destaque são a soja e o milho, que cresceram tan-to em área quanto em produção, devido ao bom comportamento dos cultivos e aos preços dos grãos no mercado inter-nacional. A produção de soja deve al-cançar entre 87,6 e 89,7 milhões de to-neladas e a área, entre 28,6 e 29,3 milhões de hectares. Já o milho (total) tem produção estimada entre 78,4 e 79,6 milhões de toneladas e área de 15,3 a 15,6 milhões de hectares.

195 milhões de toneladas de grãos

Milho:Produção estimada entre 78,4 e 79,6 milhões de toneladas Soja: entre 87,6 e 89,7 milhões de toneladas

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Ao analisar-se a evolução relativa dos preços recebidos no decorrer de 2013 pelos produtores de boi, suíno e frango, a primeira impressão é a de que o frango vem perdendo (e feio) para o boi e o suíno. Porque, tomando como ponto de partida as cotações vigentes no primeiro dia de negócios do ano, constata-se que enquanto suíno e boi encerraram o décimo mês de 2013 va-lendo, respectivamente, 13% e 11% mais que no início do exercício, o frango vivo permanece com uma desvaloriza-ção de cerca de 17%-18%, o que signi-fica que vale, nominalmente (isto é, sem considerar a inflação acumulada nesses 10 meses), entre 82% e 83% do preço de abertura de 2013.

Não deixa de ser verdade. Porém, analisando-se o comportamento desses preços sob outro prisma – o das médias registradas nos 10 primeiros meses de 2012 e 2013 – a situação muda de figu-

ra. Porque, neste ano, o preço médio al-cançado pelo boi aumentou pouco mais de 6%, enquanto o do suíno ficou próxi-mo de 25% e o do frango aumentou quase 27%.

Neste caso, os ganhos do frango e do suíno não deixam de ser significativos. Mas não representam melhora de mercado para os produtores, apenas refletindo a cri-se enfrentada em 2012, quando a alta das matérias-primas afetou profundamente os investimentos na criação, fazendo com que a oferta deste ano ficasse mais restrita.

Porém, mesmo alcançando valori-zação de 27% neste ano (contra ape-nas 6% do boi), o frango não foge muito ao que se poderia convencionar de “padrão” em relação aos preços do boi em pé. Ou seja: na média dos últi-mos 10 anos, o preço do frango vivo correspondeu a pouco mais de 33% (um terço) da cotação do boi (R$/arro-ba convertidos em R$/kg). Pois na mé-dia de 2013 vem correspondendo a 36%, três pontos percentuais acima do padrão.

Três carnes: Evolução de preços recebidos pelo produtor em 2013

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11Produção Animal Avicultura

Compilados pelo Ministério da Agricultura, dados da SECEX/MDIC relativos ao agronegó-cio apontam que, a despeito do recuo verifica-do nos últimos meses, o preço médio alcançado pela carne de frango exportada pelo Brasil en-tre janeiro e setembro de 2013 aumentou 9,27% em relação a idêntico período do ano passado – o que, destaque-se, correspondeu ao melhor desempenho entre as quatro principais carnes exportadas pelo País. Em função disso, mesmo o volume embarcado tendo recuado mais de 2%, a receita cambial gerada apresen-tou incremento de 7%.

O preço médio da carne bovina recuou qua-se 5% em relação aos nove primeiros meses de 2012. Mas como o volume embarcado apresen-tou expansão próxima de 22%, a receita cam-bial auferida apresentou aumento de 15,5%.

A carne suína obteve ligeiro aumento de preço no período. Mas uma vez que o volume exportado recuou 9%, a queda de receita aca-bou ficando muito próxima desse índice.

A carne de peru, por fim, vem mantendo a estabilidade anterior, sem grandes avanços: o preço médio aumentou menos de meio por cento e o volume 1,4%. Com isso, a receita cambial teve incremento de 1,6%.

No geral, o levantamento do MAPA em rela-ção às quatro carnes indicou aumento de quase 6% no preço médio, de 2,5% no volume e de 8,6% na receita cambial.

Exportação: Resultados positivos para as carnes

CARNESVolume exportado, preço médio e receita cambial

JANEIRO-SETEMBRO DE 2013

TIPO DE CARNE

VOLUME PREÇO MÉDIO RECEITA

MIL/T VAR. US$/T VAR. US$ MI VAR.

INN 2.623,5 -1,22% 2.020,76 9,84% 5.301,4 8,50%

IND 113,3 -18,03% 2.832,34 6,68% 320,9 -12,56%

TOT 2.736,8 -2,06% 2.054,36 9,27% 5.622,3 7,03%

INN 851,5 25,50% 4.487,63 -5,46% 3.821,0 18,64%

IND 77,5 -1,91% 5.920,99 -2,48% 458,7 -4,34%

TOT 1.089,4 21,63% 4.403,53 -4,98% 4.797,2 15,56%

INN 332,0 -9,84% 2.756,36 3,57% 915,1 -6,62%

IND

TOT 386,1 -9,08% 2.612,08 2,45% 1.008,5 -6,86%

INN 68,1 1,61% 2.056,02 -4,71% 140,0 -3,18%

IND 51,3 1,17% 3.918,19 4,11% 200,8 5,32%

TOT 119,4 1,42% 2.855,57 0,23% 340,9 1,65%

TOTAL GERAL 4.597,5 2,52% 2.696,29 5,95% 12.396,1 8,62%

Fonte dos dados básicos: MAPA – Elaboração e análises: AVISITEOBS.: 1) INN: in natura; IND: industrializada; 2) Os totais não correspondem, necessariamente, à soma

das parcelas; 3) nas exportações de carne de frango não está inclusa a carne salgada

O “terror dos exportadores” [de carnes e de outros alimen-tos] para a Rússia já não ocupa o mesmo cargo. Às vésperas de completar uma década à frente do Serviço Federal de Proteção ao Consumidor, Gennady Onishchenko foi afastado de suas fun-ções. A medida, inesperada, sinaliza a disposição do governo russo de atender às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

De forma geral (isto é, não só sob o ângulo da OMC), Onishchenko sempre foi verdadeira “pedra no sapato” para os fornecedores de alimentos que atendem o mercado russo. Pois, adotando muitas vezes decisões sem qualquer respaldo técnico, gerava insegurança não só para os exportadores, mas também para os importadores russos.

Um exemplo envolvendo a carne de frango: no final de 2010 baixou normativa estabelecendo que a partir de 1º de janeiro do ano seguinte somente seria permitida a venda, no país, de carne

de frango resfriada. A medida logo seria abortada, mas não sem antes Onishchenko insistir que existiam “novas tecnologias ca-pazes de manter um frango resfriado por até 120 dias”.

Mas seu substituto será mais racional? Quem, afinal, o subs-tituirá? Ainda não se sabe. Porém, seja lá quem for, terá menos poderes que o defenestrado Onishchenko. É que o governo rus-so pretende acabar com a duplicidade de decisões em torno dos alimentos importados, hoje sob a responsabilidade de dois ór-gãos distintos – o Serviço de Proteção ao Consumidor e o Serviço de Vigilância Veterinária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor), cada qual tomando suas próprias decisões, às vezes antagônicas às do outro órgão.

Em suma: em breve, tudo deverá ficar centralizado em torno do Rosselkhoznadzor,órgão liderado por Sergei Dankvert tam-bém desde 2004. Ou seja: ao menos sob este aspecto, nada muda para quem exporta para o mercado russo.

Rússia dá sinais de maior obediência à OMC

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12 Produção Animal Avicultura

Notícias Curtas

A revista Poultry International (www.wattagnet.com) dedicou sua edição de outubro às empresas líderes (mundialmente) da pro-dução avícola.

Em relação às empresas brasileiras que produzem carne de frango (abatedouros) é possível compilar os dados sintetizados no quadro apresentado que, mesmo estando em alguns casos defa-sados (a maioria das informações é do ano passado, mas há tam-bém de anos anteriores) ou até incompletos (eventualmente, al-gum grande abatedouro não foi citado), indicam com relativa dose de acerto quem são os atuais líderes do setor.

É oportuno esclarecer que, na elaboração da tabela abaixo, algumas empresas tiveram seus dados agrupados, de forma a re-fletir a situação vigente em 2013. Assim, por exemplo, na relação original da Poultry International, a Marfrig ainda se encontra dis-sociada da JBS (a fusão efetiva só está acontecendo agora), o mes-mo acontecendo com Pif-Paf e Abatedouro Rio Branco, empresas pertencentes ao mesmo grupo.

Neste caso, a PifPaf ascende ao terceiro lugar. Mas nada impe-de – outro exemplo, que a [Cooperativa] Aurora ocupe posição

similar ou próxima, pois de 2012 para cá absorveu diversos abate-douros, alguns deles de grande porte.

Apenas a título de especulação, os dados compilados foram contrapostos pelo AviSite ao volume total produzido em 2012 se-gundo o próprio setor avícola (algo em torno dos 5,760 bilhões de cabeças) e ao volume abatido em abatedouros inspecionados (5,243 bilhões de cabeças segundo o IBGE).

O resultado mostra que essas 13 empresas (aliás, cinco delas cooperativas) respondem por quase dois terços da produção total e por pouco mais de 70% da produção inspecionada.

Os líderes brasileiros na produção de carne de frango

CARNE DE FRANGOEmpresas produtoras líderes - MILHÕES DE CABEÇAS

EMPRESAS VOLUME ANUAL

PARTICIPAÇÃO

SOBRE A PRODU-ÇÃO TOTAL

SOBRE O ABATE INSPECIONADO

1. BRF 1.840,0 31,9% 35,1%

2. JBS 1.028,7 17,9% 19,6%

3. Pif-Paf 140,2 2,4% 2,7%

4. GTFoods 101,4 1,8% 1,9%

5. Aurora 100,5 1,7% 1,9%

6. Big Frango 79,3 1,4% 1,5%

7. Copacol 75,9 1,3% 1,4%

8. Kaefer 66,0 1,1% 1,3%

9. Céu Azul 60,3 1,0% 1,2%

10. Coop Lar 59,0 1,0% 1,1%

11. C-Vale 58,0 1,0% 1,1%

12. Coopavel 50,3 0,9% 1,0%

13. Tyson 40,2 0,7% 0,8%

TOTAL 3.699,8 64,2% 70,6%Fonte dos dados básicos: Revista Poultry International - Elaboração e análises: AVISITE

13 empresas respondem por quase dois terços da produção total e por pouco mais de 70% da produção

inspecionada

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13Produção Animal Avicultura

O valor da produção do frango representava 38% do re-gistrado pelo boi em 2004. Esse percentual subiu para 58% em 2010 e terminará 2013 em 98%, quando atingirá R$ 48,3 bilhões.

As estimativas são da AGE (Assessoria de Gestão Estratégica), ligada ao Ministério da Agricultura. O VBP (Valor Bruto da Produção) deste ano da agricultura e da pe-cuária deverá somar R$ 417 bilhões, 10% mais do que no ano passado.

Esse crescimento do setor de frango, que tem atualmen-te um VBP 125% superior ao de 2004, ocorreu devido ao forte crescimento das demandas interna e externa.

O setor de frango é de longe o de melhor desempenho nesse item classificado como pecuária pelo Ministério da Agricultura.

O segundo melhor é o de leite, que teve aumento de 92% no período, seguido dos de suínos e de ovos. Ambos subiram, em média, 66%. O menor crescimento ficou para o setor de bovinos, com evolução de 38% no período.

As informações são da Folha de São Paulo.

VBP do frango equivale ao do boi

A forte desvalorização do milho no mercado interno brasileiro deve desmotivar o plantio da segunda safra do grão (2013/14) nos dois principais estados produtores. Mato Grosso, líder nacional no milho de inverno, sofre excesso de oferta do produto, falta de estrutura para ar-mazenagem e, principalmente, com o mercado compra-dor retraído.

O primeiro levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta para uma colheita de 16, 34 milhões de toneladas do cereal, volume 27% menor do que as 22,5 milhões de toneladas colhidas no ciclo passado. A projeção está abaixo da di-vulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que prevê colheita de 19,3 milhões de toneladas de milho para o Mato Grosso na segunda safra.

O recuo na área plantada, segundo o Imea, será de 9,3%.

Já no Paraná, apesar de a situação ser menos crítica que a de Mato Grosso, também há tensão no campo. A Federação da Agricultura (Faep) informa que está pedin-do socorro à Brasília para aliviar o quadro interno de ex-cesso do produto, que também pressiona os preços. A entidade quer subsídio para a comercialização de 2 mi-lhões de toneladas do produto.

Com as cotações em baixa, os produtores paranaen-ses planejam reduzir a área destinada à cultura já a partir desta safra de verão. A previsão da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) é de queda de 20% no plantio, para 699 mil hectares.

Ao mesmo tempo em que causa queda nos preços domésticos e pressiona a infraestrutura logística brasilei-ra, o excesso de milho alivia os custos de produção da cadeia de carnes, porque o grão é um dos principais in-gredientes da ração animal. “Apesar de a valorização do dólar frente ao real ter influenciado positivamente o pre-ço de alguns insumos agropecuários, os custos de produ-ção da pecuária leiteira praticamente não se alteraram no acumulado de janeiro a agosto de 2013. E a elevação nos preços do leite melhorou a situação dos pecuaristas, que puderam, depois de um longo período de prejuízo, recu-perar as margens da atividade”, lembra a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Preços do milho reduzem plantio

Excesso de oferta, falta de es-trutura para armazenagem e mercado comprador retraído desmotivam plantio de milho

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Notícias Curtas | Avicultura

Produção Animal Avicultura

O gráfico aponta, em ordem decres-cente, as cinco principais unidades federa-tivas (UFs) brasileiras exportadoras de car-ne de frango nos dois primeiros quadrimestres de 2013 segundo a receita cambial obtida. Em conjunto elas respon-deram por perto de 84% dos US$5,4 bi-lhões captados pelo Brasil no período com a venda externa de carne de frango.

No rol dos grandes exportadores Minas Gerais e São Paulo se encontram ausentes.

Essa ocorrência representa a marcha, natural, do setor produtivo “rumo ao Oeste”, ou seja, às fontes de matérias-pri-mas. Sob esse aspecto não será surpresa Mato Grosso do Sul superar, no longo prazo, estados como Rio Grande do Sul ou Santa Catarina, dependentes da maté-ria-prima do Oeste.

Goiás e Mato Grosso entre os cinco maiores exportadores

A possível queda na produção brasileira de carne de frango em 2013 tende a não ser fato isolado: a China, segundo produtor mun-dial, também deve produzir volume menor que o de 2012.

Nas previsões que fez um ano atrás, o USDA projetou para a China produção da ordem de 14,1 milhões de toneladas. Agora,

prevê não mais que 13,5 milhões de toneladas, volume 1,5% menor que os 13,7 milhões de toneladas do ano passado.

As importações chinesas de carne de frango devem apresentar ligeiro aumento. Mesmo assim devem ficar aquém do projetado porque a ocorrência de casos de Influenza Aviária no país afetou a demanda do produto.

A propósito dessas importações o USDA comenta que o Brasil continua sendo o fornecedor principal (49% do total até julho pas-sado), mas como aumentou o preço no primeiro semestre, viu o volume exportado recuar 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já os exportadores norte-americanos aumentaram seu “market share” em 58%.

Chinês produz menos frango

Em 2013, China deve produzir 13,5 milhões de toneladas de frango,

1,5% a menos que 2012

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15Produção Animal Avicultura

A região Sudeste que tinha São Paulo até 1987 como o maior pro-dutor de frango do país – atualmente permanece atrás dos três estados sulinos – vem gradativamente perdendo participação entre as regiões.

Em 1981, primeiro ano que se tem notícia de levantamentos de pin-tos alojados, a região detinha 43% do alojamento nacional. Dois anos depois, em 1983, essa participação já havia caído para 40%. De lá pra cá, as perdas de participação foram se sucedendo: em 1993, 34%; em 2003, 26%. Em 2013, no acumulado até agosto, a participação regional se encontra próxima de 19%.

Em volume, somente nos últimos dois anos a redução foi próxima de 20% - redução de 23,7 milhões de cabeças – motivada pela grave crise que atingiu o setor no final de 2011 e que se estendeu pelo ano seguinte agravado pelos altos preços das matérias-primas.

Sudeste aloja 20% menos pintos no biênio

Em 1981, região detinha 43% do alojamento nacional. Dois anos depois, em 1983, essa

participação já havia caído para 40%

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Notícias Curtas | Avicultura

Produção Animal Avicultura

Entre os 10 principais países que im-portaram carne de frango brasileira nos nove primeiros meses de 2013, apenas três (Holanda, China e Cingapura) reduzi-ram o volume adquirido, perda que foi totalmente neutralizada e revertida com o aumento dos outros 70%, especial-mente da Arábia Saudita (+11,78%) e da Venezuela (+60,38%).

Com isso, as compras desses dez paí-ses aumentaram pouco mais de 5%, re-sultado que combinado com uma melho-ra no preço médio do produto propiciou aumento de 12,37% na receita cambial.

O mesmo, entretanto, não se aplica ao grupo integrado pelos demais 131 pa-íses que, no período, receberam o produ-to brasileiro. Pois eles, embora represen-tando pouco mais de um terço das exportações do período, reduziram suas compras em 12,23%, o que faz com que o volume global exportado no período tenha recuado perto de 2%.

Felizmente, neste caso, foi pequeno o índice de redução na receita cambial (-3,62%), permitindo que a receita global permaneça com desempenho positivo – de +6,67%.

A observar, como complemento, que nos dois últimos meses o Brasil passou a atender um novo cliente: o México. Mas que, por ora, é o 123º cliente do frango brasileiro.

Principais importadores do frango brasileiro

CARNE DE FRANGO10 principais importadores - (ordenados segundo a receita cambial)

JANEIRO-SETEMBRO DE 2013

País Importador Posição

Receita Volume

US$ Milhões

Var. Anual

Mil TVar.

Anual

Arábia Saudita 1 (1) 1.073,2 25,87% 509,8 11,78%

Japão 2 (2) 752,6 7,44% 288,9 3,51%

Holanda 3 (3) 429,2 -7,02% 149,0 -8,40%

Emir. Árabes 4 (6) 413,7 28,01% 189,3 9,12%

Hong Kong 5 (4) 370,9 -0,58% 245,5 2,32%

China 6 (5) 326,5 -10,98% 140,0 -19,88%

Venezuela 7 (11) 215,5 64,40% 102,3 60,38%

Kuwait 8 (8) 194,8 25,47% 92,6 8,24%

Reino Unido 9 (14) 152,9 22,69% 48,4 13,40%

Cingapura 10 (13) 131,5 5,14% 54,8 -0,97%

Subtotal (10 países) 4.060,7 12,37% 1.820,6 5,03%

Demais (131 países) 1.929,2 -3,62% 1.044,0 -12,23%

TOTAL (141 países) 5.989,9 6,67% 2.864,6 -1,99%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC - Elaboração e análises: AVISITEOs números entre parênteses indicam a posição no mesmo período de 2012

Abrangendo por ora oito estados – os três da Região Sul, dois do Sudeste, dois do Centro-Oeste e um do Nordeste – o levantamento efetuado mensalmente pela Embrapa Suínos e Aves aponta que no mês de setembro passado o menor custo de produção do frango – R$1,909/kg – esteve no Mato Grosso do Sul, vindo a seguir o Paraná, com um custo 6% superior.

Os outros dois estados sulinos, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tiveram um custo muito similar entre si (R$2,136/kg e R$2,137/kg respectivamente), mas superior ao de Minas Gerais (R$2,093/kg) e cerca de 5,5% maior que o do estado vizinho, o Paraná. Em relação ao Mato Grosso do Sul a diferença foi bem mais significativa, próxima de 12%.

Também grande produtor de matérias-primas como os dois primeiros colocados, Goiás, curiosamente, ficou na an-tepenúltima posição. Isso se deve, fundamentalmente, ao

custo da ração e do pinto de um dia que, comparativamente ao estado vizinho, o Mato Grosso do Sul, registra diferença adicional de, respectivamente, 17,5% e 95%.

Mas, neste caso, o grande diferencial no custo do pinto de um dia não se deve a um valor maior em Goiás (aliás, é praticamente o mesmo de Santa Catarina) e, sim, ao baixo valor aplicado ao produto de Mato Grosso do Sul, quase 50% menor, por exemplo, que o registrado em Santa Catarina. O que leva a supor que o custo sul-mato-grossense não é tão favorável como o sugerido.

Na ponta da tabela, como seria de se esperar, dois esta-dos dependentes da matéria-prima de outros estados – Espírito Santo e Ceará. Embora estejam a 2 mil quilômetros de distância um do outro, ambos têm custos muito similares e que se encontram pelo menos um terço acima do registra-do no Mato Grosso do Sul.

Frango: Onde a produção fica mais barata?

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17Produção Animal Avicultura

Notícias Curtas | Agroindústria

A São Salvador Alimentos, sediada em Itaberaí, GO, empresa dona da marca SuperFrango, anunciou algumas mudanças estruturais. A organização fundada em 1991 como uma sociedade limitada por Carlos Vieira da Cunha e José Carlos Garrote de Souza, mais conhecido como Zé Garrote, se tornou uma S/A de capital fechado em 2012.

Entre as mudanças está o lançamento da marca corporativa da São Salvador Alimentos, queEntre as mudanças está o lançamento da marca corporativa da São Salvador Alimentos, que assinará os produtos SuperFrango e dará suporte para a empresa criar outras marcas e atuar em outros mercados além da carne de frango. Também foi lançado o redesenho da marca SuperFrango, suas novas embalagens e os novos produtos que começam a chegar ao consumidor a partir de novembro. O plano é diversificar a linha de produtos. Até o final do ano serão lançadas as linhas de linguiças e empanados de frango.

A empresa estima faturar R$ 630 milhões em 2013.

Novidades na São Salvador Alimentos

A BRF anunciou o nome de Sérgio Fonseca para o cargo de CEO Brasil, dan-do continuidade ao processo de revisão da estrutura administrativa da companhia, iniciado em agosto último. Fonseca vai se reportar diretamente ao CEO global, Cláudio Galeazzi.

Com a chegada do CEO Brasil e con-sequentemente da ativação do novo for-mato na área de negócios do mercado brasileiro, a vice-presidência Comercial e de Varejo será extinta. Em razão disso, Luiz Lissoni, que respondia pela VP, deixa-rá a companhia.

Sérgio Fonseca é engenheiro de pro-dução, formado pela Escola Politécnica da USP, cursou Administração Estratégica de Marketing/Vendas e Gestão Estratégica de Vendas na Universidade da Califórnia, Bekerley (EUA) e o Programa de Gestão Avançada pela Fundação Dom Cabral e FDC/Insead (França).

Sérgio Fonseca é o CEO Brasil da BRF

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Notícias Curtas | Agroindústria

Produção Animal Avicultura

A Coopercentral Aurora Alimentos inaugurou em meados de outubro, em Chapecó, SC, o Centro de Distribuição Sul para aperfeiçoar seu sistema logístico e atender a clientela do sul do Brasil.

O CD Sul permitirá estocar produtos e montar as cargas para entrega de acordo com as vendas realizadas aos atacadistas. O novo centro logístico atenderá as filiais da Aurora localizadas em Chapecó, Jaraguá do Sul, Cascavel, Passo Fundo e Porto Alegre, além dos distribuidores do extremo sul brasileiro.

Foram gerados 75 novos empregos diretos, em um terreno de 8.220 m². A obra exigiu investimentos da ordem de 10 mi-lhões de reais.

O conjunto tem área total construída de 3.200 m² e pátio de estacionamento e manobra de caminhões com 2.953 m².

A capacidade total de armazenagem é de 3.081 toneladas, sendo 2.025 toneladas de armazenagem de congelados, 684 to-neladas de armazenagem de resfriados e 372 toneladas de ar-mazenagem à seco.

Novo centro de distribuição da Aurora

CD Sul: Investimentos da ordem de 10 milhões de reais

Com apenas cinco anos funcionando no município de Brasileia, o complexo industrial da Acreaves impressiona pelos números e resultados alcançados. Gerando 300 empregos diretos e 1,5 mil indiretos na região do Alto Acre, a indústria já atende 30% do mercado de frangos congela-dos do Acre e 100% da demanda do estado por frango resfriado.

O complexo industrial dispõe de um moderno e amplo frigorífico, si-tuado no km 8 da BR-317, com capacidade para abater até 40 mil frangos por dia – atualmente abate 14 mil/dia e, até dezembro deste ano, deve chegar à marca de 25 mil frangos diários. Ao todo, 84 famílias de peque-nos agricultores abastecem os frangos abatidos pelo frigorífico.

“Antes, os jovens de Brasileia viviam numa região sem maiores expec-tativas, hoje sonham em trabalhar na nossa empresa”, assinala o adminis-trador da Acreaves, Paulo Santoyo.

Hoje, os produtos da Acreaves e da fábrica de embutidos do grupo são encontrados nos principais supermercados e casas que comercializam alimentos na capital e no interior do estado.

Para avançar ainda mais no mercado consumidor acreano e exportar para os países banhados pelo Pacífico, a partir da rodovia Interoceânica, o complexo Acreaves conta com uma unidade de incubação de ovos e produção de pintos, que é totalmente climatizada e dispõe de tecnologia e equipamentos de alta precisão, além de profissionais acreanos treina-dos e qualificados até fora do estado.

Indústria de aves gera empregos para o Acre

Criador de aves Acreaves: 300 empregos diretos e 1,5 mil indiretos na região do Alto Acre

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19Produção Animal Avicultura

Reportagem de Capa

A PROteINSECT é um projeto finan-ciado pela União Europeia e coorde-nado no Reino Unido. Visa, princi-palmente, a utilização de insetos como uma fonte alternativa de pro-teínas para a alimentação animal.

Atualmente, a legislação do continente proíbe a in-clusão de proteínas derivadas de insetos na alimen-tação animal, com exceção das rações para a aqua-cultura. Como evidência da eficácia e segurança da proteína de insetos, através da investigação condu-zida pelo PROteINSECT, espera-se que em breve a farinha de insetos seja utilizada na alimentação de aves e suínos na UE.

No Brasil, a utilização de farinhas de inseto é permitida. Faltam estudos mais palpáveis, no en-tanto, os nutricionistas acreditam que o aditivo vai conquistar seu lugar nas formulações em breve como alternativa de macro ingrediente. Outra al-ternativa são as algas. Estes são apenas um dos exemplos de tecnologias alternativas, em desenvol-vimento, para ajudar a formulação de alimentos para animais de produção e a redução em seu custo.

Além disso, também pode ser observado no País o crescimento da utilização de probióticos e de outros produtos que atuam na flora intestinal da ave, com o objetivo de promover o seu desen-volvimento e de reduzir os custos com a utiliza-ção de outros componentes nas dietas.

O futuro segue nesta direção: Formular não apenas para ter um melhor desempenho, mas também para se ter um menor custo ambiental. “Não é uma solução de produto, é uma solução de processo. Nós vamos ter que buscar isso porque estamos sendo cobrados por isso”, contou em en-trevista à Revista do AviSite, Márcio Ceccantini, membro da diretoria do Colégio Brasileiro de Nu-trição Animal. Ele, assim como outros profissio-nais de referência, nos concedeu entrevista sobre o que a nutrição moderna tem para oferecer na maximização do desempenho na produção e na redução dos custos. E também sobre o quê o futu-ro nos reserva. Confira os relatos nas próximas pá-ginas. A íntegra das respostas está disponível no link: www.avisite.com.br/revista/materias/soluco-esnutricao.html

A pressão por maiores ganhos na produção animal com menores recursos nutricionais projeta as soluções existentes no presente. Também delineia o futuro em uma busca precisa por rentabilidade aliada à produção sustentável

Grandes ganhos com diferentes recursos

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20 Produção Animal Avicultura

Reportagem de Capa

O professor titular do Departamento de Zootecnia da Esalq/USP, José Fernando Machado Menten, comenta que, por muito tempo, os agentes antimicrobianos melhoradores de desempenho foram a principal ferra-menta nutricional utilizada para aumentar a eficiência da produção aví-cola. “Novos desenvolvimentos tecnológicos surgiram como potenciais substitutos ou complementares aos antimicrobianos, destacando-se as enzimas, os probióticos e os óleos essenciais (extratos vegetais), entre ou-tros”, aponta. “Enquanto as enzimas passaram a ser parte integrante dos programas nutricionais, existe uma grande variedade de opções de pro-bióticos e óleos essenciais que, sem dúvida, serão amplamente emprega-dos”.

Sobre o futuro, Menten indica ingredientes que atuem sobre a micro-biota intestinal e o sistema imune. “Logo após o início do uso dos anti-microbianos como melhoradores do desempenho dos animais, em 1950, reconheceu-se que a resposta obtida era decorrente de sua ação sobre a microbiota intestinal. As ideias mais modernas para explicar o modo de ação desses agentes envolvem a modulação da microbiota intestinal, o que resultaria em menor ativação do sistema imune, e, de forma inde-pendente, um efeito anti-inflamatório intestinal não antibiótico – ambos resultando em menor gasto de energia e economia de nutrientes para as aves. O que se busca nos novos melhoradores de desempenho é que eles consigam mimetizar as substâncias antimicrobianas”.

MENTEN: Enzimas, probióticos e os óleos essenciais são possíveis substitutos aos antimicrobianos

Novos melhoradores de desempenho devem mimetizar antimicrobianos

O veterinário, pesquisador e professor Fernando Rutz frisa que o tra-to gastrintestinal é o sistema do qual os demais sistemas do organismo dependem. “Ele é determinante na capacidade de a ave digerir e absor-ver os nutrientes e assim converter o alimento em proteína animal”.

Segundo Rutz, o custo do trato gastrintestinal varia de 20% a 40% da exigência energética e proteica de manutenção. “Bactérias, normal-mente presentes no trato gastrintestinal, propiciam a perda de 10% a 20% do desempenho de um frango”, avalia. “Em um ambiente conta-minado por bactérias patogênicas, o desafio causado pelos micro-orga-nismos resulta em resposta inflamatória, perda de produtividade e au-mento de mortalidade. Neste caso, obviamente, é quando o custo do trato gastrintestinal é maior”.

Assim, o professor destaca algumas soluções existentes e que servem para proteger as vilosidades intestinais, melhorar a resistência e a espes-sura intestinal, diminuir o exudato intestinal e melhorar as condições da cama, reduzindo as pododermatites. “Um programa de saúde intes-tinal deveria começar com uma cultura benéfica de bactérias (probióti-cos), que, por sua vez, deveria receber condições para se desenvolver (por exemplo, o uso de ácidos e de enzimas) e, por fim, tomar medidas para impedir que as bactérias patogênicas venham a se desenvolver (usar prebióticos, antibióticos, óleos essenciais e probióticos)”.

Para o futuro, Rutz acredita que estas soluções continuarão sendo

RUTZ: Um programa de saúde intestinal deveria começar com uma cultura benéfica de bactérias

“Ganhar mais, comendo menos”, para propiciar carne de melhor qualidade

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21Produção Animal Avicultura

O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves na área de Produção e Nutri-ção de Aves, Everton Krabbe, ressalta a precisão como o caminho a seguir dentro da nutrição animal. “Para obter precisão, a condição básica é co-nhecer profundamente o contexto. Em nutrição de aves, o primeiro pon-to é conhecer as matérias-primas; não apenas o valor médio de cada cons-tituinte, mas também as variações”.

Krabbe atuou como gerente técnico e comercial em empresas fabri-cantes de aditivos para nutrição animal por 12 anos, no Brasil e América Latina.

Baseado na sua experiência, ele acredita que aliada à precisão, a efici-ência será outro pilar no que concerne a nutrição de aves. “Para isso, o uso da análise por infra vermelho proximal em linha, para ajuste em tempo real de alguns nutrientes ou aditivos, deve ser uma das estratégias. A própria pressão por custo e eficiência levará a avicultura para este ca-minho, que é o da nutrição de precisão. Se este objetivo for alcançado, te-remos um novo momento no que refere à nutrição de aves, quando pas-saremos a dosar enzimas, aminoácidos, vitaminas e outros aditivos e nu-trientes de acordo com a real composição do alimento, que estará sendo produzido naquele instante. Isso será um avanço fabuloso, pois garantirá a padronização da nutrição que estará indo a campo”, garante.

No presente, em se tratando de redu-ção de custos, a bola da vez são as enzi-mas. No entanto, o pouco conhecimen-to da real composição das matérias-pri-mas quanto ao teor de substratos, sobre os quais as enzimas atuam, é um ponto crítico. “Provavelmente, é neste aspecto que estamos deixando de otimizar sig-nificativamente o benefício de cada en-zima em uso no momento. Na Embrapa Suínos e Aves, este tema tem sido deba-tido e esforços têm sido dedicados no sentido de delinear um plano de traba-lho para explorar melhor esta questão”, exemplifica.

KRABBE: Pressão por custo e eficiência levará a avicultura até precisão

verdadeiras e vão continuar atuando na redução dos custos de produção. “É importante salientar que, em um comparativo com a genética, os progressos na nu-trição têm sido historicamente mais lentos”.

Mas, segundo ele, avanços tecnológicos podem estreitar esta lacuna. “Estudos envolvendo a nutrige-nômica indicam ser possível condicionar os genes pós-nascimento, tornando-os mais eficientes na uti-lização dos nutrientes, principalmente quando as aves alcançam uma idade mais avançada. A ideia é estabelecer uma nutrição programada. Esta se carac-teriza por ser não apenas o que oferecemos como ali-mento, mas quando alimentamos. O fundamento é ganhar mais, comendo menos e propiciar uma carne

de melhor qualidade ao consumidor. A ideia é ir além da genética, é usar a nutrição para controlar a expres-são gênica, maximizando a produção e reduzindo os custos de produção”.

Nutrição programada: Não apenas o que oferecemos como

alimento, mas quando alimentamos

Análise por infra vermelho para ajuste em tempo real de alguns nutrientes ou aditivos deve ser uma estratégia

Devemos dosar aditivos de acordo com a real composição do alimento

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22 Produção Animal Avicultura

Reportagem de Capa

O médico veterinário e presidente da Associação Baiana de Avicultura (ABA), Marcelo Placido Correa, afirma que, sem dúvida, a tecnologia mais utilizada atual-mente para redução de custos são as enzimas.

“A procura por um pool enzimático onde se possa atuar em vários substratos já está consolidada e, do meu ponto de vista, as empresas que não adotaram esta tec-nologia estão perdendo tempo e dinheiro”, avalia.

De acordo com Correa, outra tecnologia interessante são as porções ativas de mananoligossacarideos. “Este produto se liga a bactérias gram negativas com fím-brias do tipo 1 , sendo as mais conhecidas a E. coli e a Salmonella. Estas bactérias são eliminadas para o meio, sem atuar, portanto, no interior do intestino e, conse-quentemente, melhorando a digestão e absorção dos nutrientes”.

O presidente da ABA ainda se diz esperançoso com uma nova tecnologia. “Acre-dito bastante também na nutrição in ovo”, diz. “No momento em que esta alterna-tiva se tornar mais popular, em escala, teremos um grande avanço na avicultura como um todo. Estudos mostram que a maturidade intestinal de um pintinho ali-mentado com esta tecnologia é muito melhor do que verificamos hoje em dia. E isto, com certeza, nos proporcionará uma melhor conversão alimentar no fu-turo breve”.

Além destas tecnologias, Correa cha-ma a atenção da avicultura para a quali-dade da matéria-prima utilizada nas ra-ções. ‘É fundamental que estejamos cientes do que estamos colocando para dentro de nossas fábricas para que, as-sim, realmente tenhamos a possibilida-de de transformar a proteína vegetal em proteína animal com maior eficiência”.

CORREA: Qualidade das matérias-primas são fatores que podem ajudar na redução do custo

“Com a finalidade de maximizar o desempenho pro-dutivo e reduzir os custos, a nutrição moderna das aves já utiliza mecanismos nutricionais que propiciam um me-lhor aproveitamento dos nutrientes e, consequentemen-te, um aumento da produtividade”, afirma, de forma oti-mista, Frank Cruz, professor e coordenador do Setor de Avicultura da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

“Neste contexto, podemos citar: a utilização da prote-ína ideal (onde a proteína da dieta objetiva atender as ne-cessidades de aminoácidos nas diversas fases de cresci-mento como os sintéticos L-Lisina.HCl, DL-Metionina, L--Treonina e L-Triptofano e os novos L-Valina e L-Isoleuci-na); as enzimas exógenas, que têm como finalidade me-lhorar a digestibilidade dos nutrientes (principalmente fósforo, nitrogênio, cálcio, cobre e zinco), reduzir a ação

Frank: Biotecnologia é importante ferramenta no sistema produtivo das aves

Maturidade intestinal de um

pintinho alimentado com tecnologia in

ovo é muito melhor do que verificamos

hoje em dia

Nutrição in ovo em escala pode trazer avanços

Substituição do binômio milho e farelo de soja deve ser estudada

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23Produção Animal Avicultura

de inibidores de crescimento e diminuir a polui-ção ambiental pela menor quantidade de excre-ção; e a aplicação da biotecnologia como ferra-menta importante no sistema produtivo das aves”, aponta.

Segundo o professor, a avicultura brasileira é uma das mais desenvolvidas do mundo. “É uma atividade em que o custo com alimentação corres-ponde a 70% do custo total de produção, tendo o milho e o farelo de soja como matérias-primas com maior participação nas rações”.

Dessa forma, ele avalia que o custo das rações pode ser reduzido com a utilização de alimentos alternativos.

“Estamos em um bom momento para que as instituições de pesquisa e universidades, princi-palmente da região Norte do Brasil (grande impor-tadora de grãos) invistam em programas de desen-volvimento de matérias- primas alternativas, vi-sando, principalmente, a substituição do binômio milho e farelo de soja, tão importantes em rações de aves”.

O Diretor do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), Márcio Cec-cantini, afirma que, quando se fala em dificuldades da avicultura é comum citar os preços de macro-ingredientes das rações. “De fato, este é o item de maior custo da produção”, alerta. Segundo ele, a limitação de uso de antibi-óticos é um grande causador dessa alta.

“Mas vamos ver o lado positivo, estas questões têm pressionado a indús-tria na busca de novas soluções, que sejam econômicas, seguras e sustentá-veis como o uso de enzimas exógenas, nutrição e imunidade e nutrição de precisão”. Ceccantini diz que o uso de enzimas exógenas, principalmente as fitases e carbohidrolases, já são amplamente utilizadas, com uso em mais de 60% do mercado mundial de rações de monogástricos, mas que, por isso mesmo, ainda tem um interessante potencial de mercado. “Temos ótimo co-nhecimento da necessidade nutricional das aves, mas dificuldades em en-contrar os melhores níveis a serem utilizados na prática, pelas complexas re-lações entre necessidades nutricionais, desafios sanitários e ambiência.”

O conceito de nutrição de precisão, outro ponto abordado por Cecccanti-ni, também tem ainda muito campo para ser trabalhado. “Trata-se do me-lhor conhecimento nutricional dos ingredientes. Estamos falando do uso de um equipamento NIR – um sistema que permite conhecer melhor o ingre-

diente, em custo e tempo hábil para que se possam fazer correções nas fórmulas de rações de modo a se ajus-tarem as necessidades requeridas. A técnica é conhecida, o método é co-nhecido, mas ainda são poucas em-presas que o utilizam eficientemente, então ainda há muito a se avançar”.

A utilização de novos ingredien-tes também precisa se expandir, diz Ceccantini. “Hoje, por questões dife-rentes, alguns ingredientes não vêm sendo utilizados. Cito como exem-plos as algas, onde ainda precisamos de incrementos de produção e de de-senvolvimento de melhoradores de sua digestibilidade e farinhas de inse-tos, que já existem no mercado em pequena escala, mas sem um custo compatível ainda”.

CECCANTINI: Utilização de novos ingredientes, como as algas, também precisa se expandir

23Produção Animal Avicultura

Equipamento NIR permite conhecer melhor o ingrediente

Temos ótimo conhecimento da necessidade nutricional das aves, mas dificuldades em encontrar os melhores níveis a serem utilizados na prática

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24 Produção Animal Avicultura

Segurança

Análise de risco na área de alimentação animal

A análise de risco tem sido a ferramen-ta preferencial para fazer a ligação das situações que impactam a segu-rança dos alimentos e que afetam a saúde, tanto de animais quanto de humanos. A metodologia usada faz

a ligação entre os perigos na cadeia de alimentação animal e riscos à saúde humana. Leva em considera-ção uma grande quantidade de informações para a tomada de decisões sobre as medidas de controle mais apropriadas a serem tomadas pelos gerencia-dores de risco.

Trata-se de um processo abrangente e sempre li-derado pelas autoridades sanitárias dos países. Divi-de-se em três grandes componentes que funcionam de forma interativa e se retroalimentam: a avaliação de risco, o gerenciamento de risco e a comunicação

do risco. As características da análise de risco são de uma avaliação científica abrangente, um tratamen-to consistente dos diferentes perigos e um processo de decisão sistemático. Há que se garantir um pro-cesso transparente e com ampla participação de to-das as partes interessadas.

Os objetivos principais da análise de risco são uma estimativa dos riscos à segurança e saúde hu-mana, com identificação e implementação de medi-das apropriadas para o controle dos riscos e comuni-cação com as partes interessadas sobre os riscos le-vantados e as medidas a serem aplicadas.

Por tais objetivos, as ações resultantes são de su-porte ao desenvolvimento e melhoria de normati-vas e regulamentos na área de alimentos e aborda-gem de situações relacionadas com a segurança ali-mentar e que resultam de perigos emergentes ou cri-ses no sistema de controle de alimentos. Permite às autoridades a identificação de pontos na cadeia de alimentos, nos quais medidas de controle podem ser aplicadas, bem como avaliar os custos e benefí-cios de diferentes opções de gerenciamento das vá-rias situações e determinar as mais efetivas.

Pelo Acordo SPS – SanitaryandPhytossanitaryA-greement– da Organização Mundial do Comércio, a regulamentação dos países deve ser sempre baseada na ciência e na análise de risco. O acordo permite aos países tomarem medidas legítimas para a prote-ção da vida e da saúde, desde que justificadas cienti-ficamente. Esta abordagem resulta de situações atu-ais no comércio mundial de alimentos e leva em conta um aumento de volume e diversidade das transações comerciais destes produtos, mudanças nas práticas agrícolas e no clima mundial, uma de-manda maior dos consumidores por proteção à saú-de, mudanças sociais e ecológicas e também formas mais sofisticadas de detecção e gerenciamento dos perigos.

Objetivo é estimar riscos à segurança e identificar medidas de controle

Ferramenta divide-se em três componentes que funcionam de forma interativa e se retroalimentam: avaliação de risco, gerenciamento e comunicação

Autor: Angela Pellegrino Missaglia, Consultora da área de qualidade e segurança dos alimentos do Sindirações

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25Produção Animal Avicultura

A primeira etapa da análise de risco é o próprio gerenciamento de risco em que se definem as ativi-dades preliminares: identificação clara de um pro-blema de segurança alimentar relacionado com a alimentação animal; o estabelecimento do perfil de risco; o ranking do perigo para priorização da ava-liação e gerenciamento de risco; a determinação da política de avaliação de risco; a definição das res-postas esperadas da avaliação de risco; o comissio-namento da avaliação de risco e a consideração do possível resultado da avaliação de risco. Em função de tais definições pelo gerenciador do risco, a auto-ridade sanitária e a equipe de especialistas formada deverá: identificar o perigo, caracterizá-lo, avaliar a exposição do animal e do humano a determinado perigo e fazer a caracterização do risco.

Com as respostas às questões incialmente for-muladas aos avaliadores de risco, os gerenciadores de risco ponderarão as alternativas de políticas para a mitigação ou eliminação do risco. Estas políticas devem ser amplamente consultadas a todas as par-tes interessadas, considerando-se a avaliação de ris-co e outros fatores relevantes à saúde do consumi-dor e a promoção de práticas comerciais, permitin-do a seleção de medidas preventivas e de controle, se necessárias.

Estas medidas de gerenciamento podem ser exi-gências como a implementação de Programas de Controles na Produção – BPF – Boas Práticas de Fa-

bricação, BPA – Boas Práticas Agrícolas, APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle; a avaliação do cumprimento das medidascom inspe-ções e testes periódicos; a elaboração e adequação de regulamentos técnicos; ações educativas volta-das para a população e até mesmo o banimento de produtos.

A Comissão do Codex Alimentarius determi-nou em 1999 ações de segurança dos alimentos na área de alimentação animal. A partir daquela data foram elaborados, pela Task Force on Animal Fee-ding, com a participação do MAPA e também o Sindirações,três documentos que abordam profun-damente o assunto. O primeiro, publicado em 2004, foi o CodeofPracticeonGood Animal Feeding - CAC/RCP 54-2004.

Os outros dois, publicados em julho de 2013, são o GuidelineontheApplicationofRiskAssessment for Feed – CAC/GL 80-2013 e o Guidance for Gover-nmentsonPrioritizingHazards in Feed – CAC/GL 81-2013. Todos os documentos estão no site www.codexalimentarius.org.

O Código de Práticas CAC/RCP 54-2004 foi in-ternalizado pelo MAPA com a publicação da IN 04 de 2007. O mesmo deve acontecer com os outros dois documentos mais recentes, pela grande parti-cipação do governo brasileiro no Codex Alimenta-rius e pela importância do Brasil no suprimento mundial de alimentos.

Angela Missaglia: Trata-se de um processo abrangente e sempre liderado pelas autoridades sanitárias dos países

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Informe Técnico-Empresarial

Produção Animal Avicultura

Artigo Técnico Empresarial

Por que implementar um programa de nutrição e colonização neonatal?

Os profissionais da área avícola conhecem a importância da fase inicial da criação no desempe-nho das aves. É com esta premis-sa que as empresas do setor in-vestem fortemente seus recursos

(humanos e financeiros) para melhorar procedi-mentos durante uma fase tão crucial do ciclo pro-dutivo. A intensa evolução genética que ocorre na avicultura faz com que observemos, desde outra perspectiva, o que antes considerava-se fase inicial. Em relação a um ciclo tão curto como o de frangos de corte, o tempo decorrido entre o nascimento dos pintainhos e a chegada à granja torna-se bas-tante relevante. Este pequeno intervalo de tempo pode ser utilizado como ferramenta para melhorar a expressão do potencial genético das aves ao lon-go de sua vida produtiva. Com esse objetivo em mente, a implementação de programas de nutrição e colonização intestinal durante a fase neonatal re-presenta uma grande oportunidade de gerar ga-nhos zootécnicos e sanitários que perdurem por todo o ciclo de produção.

Com o uso de linhagens genéticas precoces, a avicultura passou a lidar com animais neonatos durante parte importante do ciclo produtivo, obri-gando-nos a entender sua dinâmica fisiológica

para otimizar o desenvolvimento neonatal. O perí-odo neonatal em aves compreende os primeiros dias pós-eclosão e considera-se esse o período em que o desenvolvimento dos sistemas corporais ocorre de forma mais acelerada.

Por serem aves precoces, os pintainhos na natu-reza têm a habilidade de alimentar-se por conta própria momentos após a eclosão. Desse modo, os neonatos não somente suplementam as reservas nutricionais da gema, mas também passam a colo-nizar seu trato gastrointestinal com microorganis-mos benéficos.

Em contrapartida, o manejo dos nascimentos em escala comercial restringe esse comportamento inato das aves. As eclosões em incubatórios avíco-las ocorrem com uma distribuição normal, sendo que o intervalo entre os primeiros e os últimos pin-tainhos eclodidos (janela de nascimento) pode ser tão amplo quanto 40 horas (Figura 1). É comum que parte importante de um mesmo nascimento (em torno de 25% dos pintainhos) tenha eclodido antes mesmo de 24 horas da retirada das bandejas do nascedouro. Fato mais intrigante foi demons-trado por Vieira et al. (2005), onde 90% dos pintai-nhos já haviam eclodido há 19 horas do momento definido para o nascimento. Quando se adiciona a essa permanência no nascedouro um tempo médio

Figura 1. Exemplo de janela de nascimento em

incubatório comercial

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SISTEMAS DE SUPORTE E IMUNE

RESULTADOSPRODUTIVOS E SANITÁRIOS

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Peso vivo Músc. peitoral

Jejum (34h)Alimentação precoce

Idade: 39 dias

Autor: Marcelo Dalmagro, Gerente Técnico da Vetanco do Brasil.

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de 12 horas entre procedimentos (vacinação + se-xagem + manuseio), espera na planta e transporte até a granja, observa-se que os pintainhos são alo-jados variando de 1 a 3 dias desde sua eclosão. Es-sas práticas rotineiras da avicultura fazem com que as aves tenham acesso restrito na fase neonatal a três fatores vitais para seu desenvolvimento ideal: água, alimento e população microbiana saudável.

O atraso no recebimento de nutrientes e micro-organismos benéficos pós-eclosão limita o desen-volvimento fisiológico neonatal e, consequente-mente, o desempenho zootécnico durante todo o ciclo produtivo. Além de prejudicar a performance, esse atraso também afeta negativamente a forma-ção e maturação do sistema imune, comprometen-do a habilidade das aves em reagir contra patóge-nos e responder aos programas de vacinação. Obje-tivando reduzir esses inconvenientes, a avicultura comercial soma às suas práticas o uso de progra-mas de nutrição e colonização neonatal. Um pro-grama ideal (Figura 2) busca desenvolver precoce-mente os sistemas de suporte e imune, sendo forja-do em 3 pilares inter-relacionados: acesso rápido à hidratação, alimentação específica e colonização microbiana adequada.

Os fundamentos para o uso de tais programas são baseados em diversos trabalhos publicados nas últimas décadas. Estes têm demonstrado que os nutrientes da gema são insuficientes para os reque-rimentos dos pintainhos mesmo ao primeiro dia de vida (Murakami et al., 1988; Dibner et al., 1998) e que a alimentação precoce favorece tanto a reab-sorção da gema (Panda et al., 2006) quanto o apro-veitamento dos nutrientes nela presentes (Bigot et al, 2001; Noy and Sklan, 2001). A interação entre nutrição balanceada e uma flora microbiana saudá-vel durante a fase neonatal também beneficia o de-senvolvimento dos sistemas digestivo (Geyra et al.,

2001; Uni et al., 2003; Dibner et al., 2008) e imune (Dibner et al., 1998; Xu e Gordon, 2003; Dibner et al., 2008).

Adicionalmente, a capacidade de deposição muscular é diretamente influenciada pelos nu-trientes recebidos durante a fase neonatal. Pode-se afirmar que os efeitos no crescimento muscular es-tão relacionados com a proliferação e atividade das células satélite nos primeiros dias após eclosão. As células satélite são capazes de proliferar, diferen-ciar-se e juntar-se à fibras musculares existentes, ou então de se fundirem entre si para formar novas fi-bras (Campion, 1984). Conforme demonstrado por Modziak et al. (1997), a musculatura de frangos pode ser permanentemente reduzida se houver ini-bição da agregação de novos núcleos às fibras mus-culares durante o desenvolvimento inicial das aves. Portanto, oferecer aos pintainhos um alimen-to nutricionalmente balanceado durante a fase ne-onatal favorece a proliferação e a atividade das cé-lulas satélite, o que por fim se reflete em maior ca-pacidade de deposição muscular nos frangos de corte (Figura 3).

Analisando com afinco o conhecimento obtido nas pesquisas sobre a fisiologia do período pós--eclosão, conclui-se que as práticas de nutrição e colonização direcionadas ao período neonatal fa-vorecem o desenvolvimento precoce das estruturas corporais, resultando em aves com maior capacida-de de expressar seu potencial genético de cresci-mento e sanidade. Com base nesse panorama, os Programas de Nutrição e Colonização Neonatal surgem atualmente como ferramentas de fácil im-plementação para otimizar o desempenho produti-vo e sanitário das aves durante todo o ciclo produ-tivo.

Consulte a íntegra deste texto e as referências bibliográficas em: www.avisite.com.br/revista/ma-terias/vetanco.html

Figura2. Pilares de um Programa de Nutrição e Colonização Neonatal ideal.

Figura3. Influência da alimentação precoce ou jejum pós-eclosão (34 h) no peso vivo e peso da musculatura peitoral em frangos de corte avaliados aos 39 dias de idade. Adaptado de NoyandSklan, 1999

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Horas de incubaçãoPi

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Jejum (34h)Alimentação precoce

Idade: 39 dias

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Peso vivo Músc. peitoral

Jejum (34h)Alimentação precoce

Idade: 39 dias

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28 Produção Animal Avicultura

Manejo de Dejetos

Resíduos fracionados

A produção avícola sustentável é uma realidade crescente, que toma corpo a cada desenvolvimento tecnológico gerado dentro das universidades. Pro-duzir biogás autossuficiente e utilizar a ciclagem de resíduos avícolas, já se

tornou uma alternativa viável economicamente, por meio de instalação de plantas de biogás customizadas para granjas de aves.

Em 2012, foram produzidos no Brasil cerca de 6 bilhões de pintos de corte, que segundo o relatório anual da União Brasileira de Avicultura (Uba-bef/2012), resultaram na produção de 13,05 milhões de toneladas de carne. Considerando-se a produção

média de 2,19 kg de cama avícola/frango de corte na matéria natural (MN), estima-se, portanto, que em 2012 foram produzidos aproximadamente 13,14 bi-lhões de kg de cama de frango (MN). Segundo pesqui-sas desta área, essa estimativa pode gerar até 3,98 mi-lhões de m3/biogás, ou 6,77 TW de energia elétrica/ano, suficiente para alimentar 2,82 milhões de resi-dências com consumo médio mensal de 200 KWh, o equivalente ao Estado do Rio de Janeiro. .

Com base nestes dados e com o objetivo de desen-volver uma tecnologia eficiente para tratar resíduos da produção avícola e transformá-los em energia para reutilização na própria granja, um grupo de pesquisa-dores da Faculdade de Ciências Agrárias e Veteriná-rias (FCAV), da Unesp, de Jaboticabal, SP, trabalhou na criação de uma nova opção de manejo de resíduos. O processo ocorre por meio do pré-processamento para a realização da biodigestão anaeróbia de frações líquidas e sólidas em diferentes vias tecnológicas. “A diluição e separação mecânica das frações sólidas e lí-quidas de cama avícola tem o objetivo de promover o tratamento e a valorização da cama de frango”, expli-ca Airon Magno Aires, zootecnista o autor do projeto. “A fração líquida é enviada para alimentação de bio-digestores tubular horizontal plug flow, para biodiges-tão anaeróbia com temperatura controlada, gerando o biofertilizante estabilizado (inodoro), rico em nu-trientes, e o biogás, que substitui completamente a le-nha e a energia elétrica. Já a fração sólida é utilizada para compostagem in-vessel (processo com controle automático de temperatura e umidade, em reator la-crado - sem emissão de odores -, sistema de trituração e mistura completa fora e dentro do reator, com 15 dias de tratamento) de carcaças de aves, obtendo o adubo orgânico, que ainda pode ser valorizado se gra-nulado ou enriquecido com minerais, gerando o or-ganomineral.

Dessa forma, segundo Aires, o objetivo do traba-lho foi desenvolver uma tecnologia de pré-processa-mento de cama de frango por meio de diluição e sepa-ração de frações sólida e líquida para estudo de viabi-lidade econômica via sustentabilidade energética (biogás) e ambiental (biofertilizante e adubo orgâni-

Nova tecnologia de pré-processamento decama de frango pode ser alternativaeconômica e sustentável às granjas

Airon Magno Aires, um dos autores do trabalho, recebe o Prêmio da Ubabef pela pesquisa das mãos da secretária de

Agricultura do Estado de São Paulo, Mônica Bergamaschi

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29Produção Animal Avicultura

co), através de processos de biodigestão anaeróbia em diferentes tem-pos de retenção hidráulica. Vale ressaltar que o estudo foi o vencedor do Prêmio Ubabef de Pesquisa Avícola Aplicável, entregue em agosto deste ano, durante a realização do Salão Internacional de Avicultura (Siav), em São Paulo, SP (veja os nomes dos autores do trabalho no box ao final desta reportagem).

Confira abaixo os detalhes do desenvolvimento do trabalho, seus testes, resultados e discussões, descritos por Airon Magno Aires.

Material e métodosO equipamento foi desenvolvido no Departamento de Engenharia

Rural da FCAV/Unesp, Campus de Jaboticabal, SP, contendo tanque de diluição e desaglomeração de partículas (500 L), peneira estática e ro-tativa (sequenciais), tanque de homogeneização, sistema de aproveita-mento de água da chuva, painel de comando, responsável pelo aciona-mento e proteção dos motores. A cama de frango (CF), com base em casca de amendoim de 3º lote, foi misturada a água (durante 1 hora), diluída em 100 L de água para 15 kg de CF (7 L/kg de CF) e separada em peneira sequencial, com malha de 0,5 mm e tampa de pressão ne-gativa, inserida na boca de saída da fração sólida.

A fração líquida, contendo 2,33 kg de sólidos totais e 1,11 kg de só-lidos voláteis, foi utilizada em um ensaio de metanização, para identi-ficação do volume de metano produzido em processo contínuo (carga diária) de 110 dias, em sistema de fluxo tubular (plug flow) de 60 L, com 4 repetições, e tempo de retenção hidráulica (TRH) de 24 e 40 dias, ou seja 4 (quatro) biodigestores/tratamento, equivalente a 8 (oito) no total.

Já a fração sólida, foi utilizada em processo de compostagem in--vessel segundo Aires (2012). Foi realizada coleta de dados de dois pro-dutores, contendo 1.000 e 2.000 t/ano de CF (PB-1000 e PB-2.000) para estudo de instalação de plantas sustentáveis de energia provinda de resíduos, contendo biodigestores, grupo gerador, sistema de pré--processamento de CF e periféricos, com percentuais de investimento abaixo de 15% do valor total do projeto.

Foi realizado um fluxo de caixa para investimento de 100% do va-lor via Programa ABC do BNDES. Os resultados de produção de biogás (foi escolhido o tratamento com maior produção de biogás), biofertili-zante e adubo orgânico, foram utilizados para um estudo de viabilida-de econômica, por meio dos seguintes indicadores: VPL (valor presen-te líquido), relação B/C (relação custo/benefício), TIR (taxa interna de retorno), Payback (tempo de retorno do capital investido).

Esquema de todo o sistema (pré-processamento até o biodigestor, para a geração de energia elétrica para a

própria granja).

Abaixo, (1) o sistema de pré-processamento dos resíduos avícolas: separação entre frações

líquidas e sólidas, (2) a fração líquida para alimentação de biodigestores e

(3) a fração sólida, destinada à compostagem

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30 Produção Animal Avicultura

Manejo de Dejetos

Resultados e DiscussãoA produção de biogás obteve diferença (P<0,05)

para o TRH, sendo que o TRH de 24 dias apresentou valor médio superior (0,303 m3 de biogás/kg de CF) ao TRH com 40 dias (0,203 m3 de biogás/kg de CF), o equivalente a 0,528 e 0,382 m3 de metano/kg de só-lidos voláteis reduzidos (SVred.), os quais correspon-dem a 1.827 e 1.322 kcal, ou seja, 6.030 e 4.363 kcal/m3 de biogás. Segundo Fukayama, a produção de biogás de 3º reutilização de casca de amendoim apre-senta de 0,664 a 1,375 m3 de metano/kg de SVred. no inverno e verão, respectivamente. Nesse sentido, a utilização de 0,528 m3 de metano/kg SVred. gera uma perspectiva positiva na sua utilização prática.

É apresentada na Tabela 1, análise de benefícios da instalação de plantas de biogás, utilizando o volu-me (P<0,05) superior de biogás/metano/kcal, para si-mular valores de substituição de energia elétrica (concessionária) e térmica (lenha), pela energia do

biogás. Com o TRH de 24 dias, o biodigestor poderá ter um volume menor, reduzindo custos de projeto com as lagoas de biodigestão e de biofertilizante. Dessa forma, foi estabelecido como padrão, um bio-digestor de 1.000 m3 para cada 1.000 t/ano de CF, considerando uma margem de segurança de 25 %.

Observa-se que tanto a planta PB-1000, como a PB-2.000, apresentam valores de produtos atrativos, com valorização de 232 a 326% para cada tonelada de CF, ou seja, ao invés de receber R$ 70,00/t de CF, o avicultor pode gerar uma receita a mais com bio-gás e adubos, que valorizam de R$ 332,04 a R$ 467,17/t de CF.

Os investimentos das plantas de biogás foram ob-tidos por meio de valores médios de mercado, os quais possuem variação de até 120% para grupo gera-dores, 100% no caso de biodigestores, e até 25% para equipamentos periféricos.

As plantas de biogás com 2.000 e 1.000 t/ano de CF, são viáveis economicamente e possuem retorno econômico atrativo de 3 e 4 anos. Segundo Aires (2012), plantas de biogás com 500 t/ano já possuem viabilidade econômica atrativa, com payback de 6 anos e TIR de 13,44 %. Levando em consideração que o Programa ABC, financia projetos de até 1 milhão de Reais, o produtor rural tem uma solução mais viá-vel e a curto prazo, para trabalhar com consciência ambiental, gerindo a sua própria energia e deixando de correr riscos de apagões, além disso, ele terá uma ciclagem de nutrientes dentro de sua própria granja. Os indicadores apresentam excelente rentabilidade do capital investido, superando as taxas de financia-mento, apresentando TIR de até 33,84%.

ConclusõesExiste viabilidade econômica para instalação de

plantas de biogás em granjas com produções de 1.000 e 2.000 t/ano de CF, com payback de quatro a três anos, respectivamente. Os valores do biodiges-tor e do grupo gerador são responsáveis por cerca de 37% a 46% do investimento inicial da planta de bio-gás, o que interfere potencialmente nos indicadores econômicos.

Veja mais detalhes e mais tabelas deste mate-rial em: www.avisite.com.br/revista/materias/ar-tigoaironaires.html

Tabela 1. Análise de benefícios dos produtos gerados na planta de biogás com escala de 1.000 t e 2.000 t/ano de cama de frango (CF).

Substrato da planta de biogás

I. Cama avícola que deixou de ser comercializada PB-1.000 (t/ano) PB-2.000 (t/ano)

(+) Quantidade (t/ano) 1.000 2.000

(-) Valor de venda/t (R$) 70,00

(-) Valor de venda/ano (R$) 70.000,00 140.000,00

Economia com energia

II. Economia com energia elétrica e térmica; PB-1.000 (t/ano) PB-2.000 (t/ano)

(+) Valor/kw (R$) 0,28

(-) Quantidade (kw/ano) 105.600,00 211.200,00

(-) Utilização grupo gerador (hora/dia) 12 12

(+) Valor economizado de EE/ano (R$) 29.568,00 59.136,00

(+) Valor da Lenha(R$/m3) 90,00

(-) Quantidade (m3/ano) 360 720

(=) Substituição da lenha por biogás p/ aquecimento de galpões 100% 100%

(+) Valor economizado de Lenha (R$/ano) 32.400,00 64.800,00

Produção de adubo

III. Biofertilizante; PB-1.000 (t/ano) PB-2.000 (t/ano)

(+) Quantidade (m3/ano) 6.300 12.600

(+) Valor (R$/m3) 25,00

(+) Valor/ano (R$) 157.500,00 315.000,00

IV. Adubo Orgânico Sólido;

(+) Quantidade (t/ano) 605 1.210

(+) Valor (R$/t) 120,00

(+) Valor (R$/ano) 72.600,00 144.600,00

Autores do trabalho - Estudo de viabilidade econômica para sustentabilidade energética e ambiental de plantas de biogás: desenvolvimento tecnológicoAM Aires.*1; J Lucas Júnior2; JCB Moraes3; GPM Fonseca3; D Lorasqui31 Zootecnista, DSc., UNESP/FCAV – Jaboticabal / SP – Brasil / Especialista em Energias Renováveis com Ênfase em Biogás, UNILA – Foz do Iguaçu / PR – Brasil - 2 Eng.º Agrônomo, DSc., Orientador e Prof. do Depto. de Engenharia Rural, UNESP/Jaboticabal-SP; 3Eng.º Bioenergético, UNIARA, Campus IV / Araraquara-SP.

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31Produção Animal Avicultura

Segurança

Quanto mais cedo, melhor

A 28ª reunião anual do Colégio Brasilei-ro de Nutrição Animal aconteceu em outubro no Auditório do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no interior de São Paulo. Esse ano, o evento congregou especialistas em

nutrição para uma troca de informações e dados científicos sobre as novas tendências da área. O resul-tado foi o Congresso sobre Nutrição de Animais Jo-vens – Aves e Suínos.

Os benefícios da dieta pré-inicial já são conheci-dos, e foram mais uma vez recordados no decorrer do dia. No entanto, o que está em vigência no momento é a alimentação cada vez mais cedo na vida do pinti-nho. Se estudos demonstram as vantagens da nutri-ção in ovo, dados científicos comprovam como a nu-trição das matrizes influi nas progênies. Precoce é uma palavra defasada: A ordem agora é quanto mais cedo melhor, seja na formação embrionária ou antes mesmo de ser gerado.

O professor José Henrique Stringhini, da Universi-dade Federal de Goiânia (UFG), GO, iniciou as apre-sentações abordando o desenvolvimento do sistema digestório das aves. O acadêmico mostrou detalhes da formação do intestino e as alterações no organis-mo das aves desde os últimos dias da incubação até os primeiros dias pós-eclosão. “Após o 17º dia, quan-do se inicia a formação efetiva do saco vitelino, no momento em que a ave começa se alimentar e se pre-parar para o período pós eclosão é que se nota uma atividade digestiva um pouco mais intensa”, afirma. Stringhini, além de falar sobre as funções fisiológicas do órgão e apresentar detalhes sobre sua funcionali-dade, também discursou sobre quais são os melhores períodos para a introdução de uma dieta – seja pós--eclosão ou pré-inicial, já que cada uma possui uma filosofia de trabalho diferente.

Congresso destaca dieta pré-inicial, nutrição in ovo e das matrizes como

principais ferramentas para o aumento do desempenho do pintinho

Diretoria parcial do CBNA durante 28ª reunião anual do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal

Evento CBNA

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32 Produção Animal Avicultura

Evento CBNA

Yael Noy, do Miloubar Feed Mill, em Israel, complementou o as-sunto com informações sobre a nutrição in ovo. A profissionalabor-dou o tema recordando que a ave em formação utiliza somente os nutrientes presentes na gema para o desenvolvimento do sistema gastro-intestinal. Partindo da máxima de que ave que come mais cedo cresce mais cedo, Yael afirmou que a alimentação in ovo esti-mula o crescimento intestinal e destacou estudos que mostram quais nutrientes devem ser oferecidos e qual o momento ideal para a injeção in ovo. “Diferentes componentes já foram aplicados como glicose, amido, óleos, proteína.... Todos os ingredientes implicaram um ganho de peso corporal após o 21º dia”, atestou, ressaltando que o amido e a proteína precisam de enzimas, que estimulam a flora intestinal enquanto a glicose dispensa o seu uso. Segundo Noy, a injeção de água não teve nenhum efeito significativo.

Na apresentação seguinte, do profissional da Cargill Animal Nu-tritionInnovation Center Velddriel, na Holanda, Peter Wijtten pon-tuou a relação da imunidade com a nutrição precoce (veja quadro). Já Alexandre Kessler, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), discorreu sobre os ingredientes da dieta. O acadêmico co-mentou sobre as fontes protéicas de alta digestão potencial, como

Mestranda da UFMG recebe prêmio

A dissertação “Absorção do saco vitelino e desenvolvimento do trato gastrointestinal de pintos de corte que receberam ração na caixa de transporte”, da mestranda Paula C. Cardeal, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ganhou o prêmio de melhor trabalho científico na categoria aves concedido pelo CBNA. O trabalho abordou as possíveis consequências do jejum pré-alojamento e no crescimento dos órgãos digestivos nos primeiros dias. Confira um bate-papo com a pesquisadora.

Revista do AviSite: Quais foram às motivações para investir nessa linha de pesquisa?

Paula Cardeal: O interesse nessa área surgiu com o objetivo de continuar uma linha de pesquisa que já existia na Escola de Veterinária da UFMG, que começou com o professor Nelson Baião. Além disso, tínhamos o interesse de contrastar os resultados encontrados contando a idade das aves de duas maneiras: a partir do nascimento e a partir do alojamento. Na literatura são encontradas as duas formas e, por isso, são observados resultados tão diferentes.

Revista do AviSite: Os resultados apresentados são parciais? Fazem parte de um trabalho mais amplo?

Esses resultados são parte da minha dissertação de mestrado. Além dos resultados de absorção do saco vitelino e desenvolvimento do trato gastrointestinal, que foram apresentados no CBNA, também avaliamos o desempenho das aves até 39 dias de idade e estamos terminando de fazer as análises de histomorfometria do intestino delgado. A nossa intenção é de no doutorado continuar nessa mesma linha de pesquisa e realizar análises mais refinadas.

Revista do AviSite: Qual a relevância do trabalho para a avicultura?

Esses resultados dão ao incubatório a possibilidade de trabalhar com até 72 horas de intervalo entre o nascimento e o alojamento sem prejuízos para o desempenho das aves e desenvolvimento do trato gastrointestinal, desde que a idade dos frangos seja contada a partir do alojamento.

José Henrique Stringhini, da UFG, iniciou as apresentações abordando o desenvolvimento do sistema digestório das aves

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33Produção Animal Avicultura

isolado e concentrado de soja e glúten de milho, recomendadas para serem utilizadas em dietas peletizadas. Já a adição de óleos com grau de insaturação nas die-tas pré-iniciais deve ser desconsi-derada. “Acrescentar fontes de fi-bra insolúveis pode ser interes-sante, mas não em dietas com al-tos níveis de farelo de soja”, frisa. Em relação às formas físicas das dietas inicias, Klesser afirma que a ração triturada com poucos fi-nos (qualquer aumento na área de superfície dos grãos) é uma boa opção pratica.

Lúcio Araújo, docente da Fa-culdade de Zootecnia e Engenha-ria de Alimentos da USP, em Pi-rassununga, SP, destacou os efei-tos da nutrição das reprodutoras sobre a progênie. Frisou que as dietas de matrizes devem garan-tir a ingestão necessária de nu-trientes para a manutenção da re-produtora e a produção de ovos. “Devemos fornecer dietas que atendam suas exigências fisioló-gicas, status produtivos e peso corporal”, atestou. “A nutrição das matrizes melhora a qualida-de do pintinho e o desempenho da progênie que pode ser econo-micamente melhorada através da inclusão de nutrientes”. Assim ci-tou como exemplo a cantaxanti-na, um caratenoíde que pode ser depositado na gema do ovo e dis-tribuído pelos tecidos do em-brião. O efeito antioxidante do ingrediente protege a ave nos pe-ríodos mais sensíveis como a eclosão e a fase inicial de criação.

Com um balanço positivo, o evento encerrou cumprindo os objetivos a que a entidade se pro-pôs: Manter o setor atualizado com os assuntos mais recentes no que se refere à nutrição ani-mal. Além de proporcionar um rico debate, o encontro serviu para pautar o que será aplicado no futuro. Os resumos das pales-tras estarão em breve dispo- níveis no site do CBNA: www.cbna.com.br.

De cima para baixo: Yael Noy, do MiloubarFeed Mill, em Israel, complementou o assunto com informações sobre a nutrição in ovo. Lúcio Araújo, docente da FZEA/USP destacou os efeitos da nutrição das reprodutoras sobre a progênie. Alexandre Kessler da UFGRS falou sobre ingredientes e formas fisícas

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Informe Técnico-Empresarial

Produção Animal Avicultura

Artigo Técnico Empresarial

Efeito do ácido guanidinoacético em matrizes pesadas e o desempenho das progênies

O ácido guanidinoacético (GAA) é um precursor da creatina e a sua síntese ocorre naturalmente no organismo dos animais vertebra-dos e das aves (Lemme et al. 2007). A creatina, comumente

utilizada em nutrição de atletas, é mais conhecida na sua forma monohidratada e tem papel vital no metabolismo energético, particularmente nas célu-las musculares. A sintetize do GAA ocorre nos rins em reação de transaminação dos aminoácidos arginina e glicina catalizados pela enzima L-arginina:glicina amidinotransferase. A enzima S-adenosil-L-metionina catalisa a transferência do grupo metil do S-adenosil-metionina para o ácido guanidinoacético, sintetizando a creatina do fígado.

Em humanos vegetarianos é encontrado baixo nível de creatina porque, no geral, são desprovidos de creatina obtida pela alimentação (Delanghe et al., 1989, MacCormick et al., 2004). Animais alimenta-dos com dietas vegetais ou contendo reduzidas quantidades de proteína de origem animal (farinha de peixe ou farinha de carne), podem apresentar uma deficiência de creatina (Lemme et al., 2007), as-sim, as aves podem apresentar uma necessidade con-dicional deste elemento.

Na tentativa de compreender os motivos pelos quais os frangos de cortes quando alimentados com dietas exclusivamente vegetais resultam em menor desempenho quando comparado àqueles alimenta-

dos com dietas com proteína de origem animal, Rin-gel et al. (2007) relataram que a creatina por não ser encontrada nas plantas, poderia ser um dos fatores que limitaria o desempenho zootécnico dos frangos de corte, uma vez que, a creatina tem importante pa-pel no metabolismo energético dos animais.

Avaliando a suplementação do GAA (0,04% a 0,12%) em rações de frangos de corte, Michielis et al.(2010) e Rostagno (2005) observaram que as aves alimentadas com a ração vegetal + GAA apresenta-ram melhor conversão alimentar, melhor ganho de peso diário e rendimento de peito quando compara-do aos frangos de corte alimentados apenas com a dieta vegetal sem suplementação de GAA. Do mes-mo modo, Murakami et al. (dados não publicados) observaram que a conversão alimentar de frangos de corte no período de 11-35 dias de idade melhorou li-nearmente quando foram alimentados com dietas vegetais com diferentes níveis de GAA (0,03% a 0,12%).

De acordo com Araujo et al. (2010), várias pes-quisas têm sido realizadas para identificar os nu-trientes que proporcionam a melhor produção e eclodibilidade dos ovos. Sabe-se que o desenvolvi-mento embrionário é dependente dos nutrientes de-positados nos ovos e que os minerais e as vitaminas são tradicionalmente estudados a fim de observar o seu efeito na melhora dos índices reprodutivos e na eclodibilidade dos ovos. Contudo, nenhum estudo foi realizado até o momento para avaliar o efeito do GAA (precursor de creatina) na reprodução das aves, uma vez que elas são geralmente alimentadas com ração produzida exclusivamente por ingredientes vegetais, ou seja, limitada em fonte de creatina.

O objetivo desta pesquisa conduzida pela Uni-versidade de São Paulo (USP – Campus de Pirassu-nunga) foi investigar o efeito do ácido guanidinoa-cético sobre os parâmetros reprodutivos das matri-zes pesadas Cobb 500 e o desempenho das progê-nies.

Autores: Lucio F. Araujo1, Ramalho J.B. Rodrigueiro2, Cristiane S.S. Araujo1, Meike Rademacher3

1) Universidade de São Paulo, Pirassununga, SP;2) Evonik Degussa Ltda Brazil, São Paulo, SP;3) Evonik Industries AG, Hanau, Alemanha.

Pesquisa conduzida pela USP determinou que o ácido guanidinoacético melhora a eclosão dos ovos em matrizes pesadas

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35Produção Animal Avicultura

Figura 1. Fertilidade e eclosão dos ovos de matrizes pesadas alimentadas com diferentes níveis de ácido guanidinoacético

Experiência BrasileiraUm total de 120 matrizes pesadas da linhagem

Cobb 500 de 50 semanas de idade foram alojadas em um galpão experimental do tipo Dark House. Foi utilizado um delineamento inteiramente casua-lizado com 5 níveis (0.00%, 0.04%, 0.08%, 0.12% e 0.16%) de ácido guanidinoacético (CreAMINO® - Evonik Degussa Brazil Ltda), com seis repetições e quatro matrizes pesadas para cada unidade experi-mental. Durante todo o período experimental (50 a 60 semanas de idade), as matrizes pesadas recebe-ram uma dieta a base de milho e farelo de soja for-mulada para atender as recomendações de Rostagno et al. (2011). As rações experimentais farelada forne-cidas em gramas diárias e o programa de luz segui-ram a recomendação do Guia de Recomendação da linhagem Cobb 500. As fêmeas foram inseminadas artificialmente na 60° semana de idade e o sêmen dos machos (não alimentados com o ácido guanidi-noacético) foi coletado usando a massagem abdomi-nal. Os ovos coletados por um período de 10 dias fo-ram identificados e incubados em incubadora de es-tágio único. Foi avaliado: produção, fertilidade e eclodibilidade dos ovos, além da mortalidade em-brionária.

Os dados foram submetidos à análise estatística utilizando o SAS (2009). A diferença significativa entre os tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey.

Fertilidade e eclosão dos ovos das matrizes pesadas

Não houve efeito dos tratamentos sobre a produ-ção de ovos e a mortalidade embrionária. Contudo, a fertilidade (P<0,07) e a eclodibilidade (P<0,05) me-lhorou significativamente com o aumento da suple-mentação do ácido guanidinoacético. A suplemen-tação de 0,08% e 0,12% do acido guanidinoacético (GAA) melhorou a fertilidade e a eclodibilidade dos ovos (Figura 01).

Apesar da concentração de creatina nos ovos não ter sido determinada no presente estudo, é pos-sível assumir que a suplementação do GAA pode ter aumentado o conteúdo de creatina nos ovos das ma-trizes pesadas e o embrião utilizou este nutriente para o metabolismo energético, melhorando a eclo-dibilidade.

Ramirez et al (1970) demonstraram que o desen-volvimento do embrião da ave durante o período de incubação tem certa necessidade de creatina. Os au-tores encontraram baixa concentração de creatina nos ovos, indicando que o conteúdo de arginina e glicina no ovo e a atividade da enzima arginina-gli-cina amidinotransferase presente no corpo do em-brião, podem ser importantes para a síntese de crea-tina corporal, disponibilizando energia para o em-brião. Este resultado sugere a creatina presente no corpo do embrião, depende de enzima específica e da presença da arginina e glicina nos ovos.

As matrizes pesadas usualmente têm alto valor agregado na cadeia de produção dos frangos de cor-te. Portanto, qualquer fator que possa aumentar o número de pintinhos, certamente resultará na maior lucratividade do setor. O aumento do número de pintinhos produzidos é considerado um dos principais objetivos, assim, a introdução de novas tecnologias, por exemplo, o ácido guanidinoacético na alimentação das matrizes, avós e bisavós pare-cem ser de interesse do setor.

ConclusãoO uso do ácido guanidinoacético para matrizes

pesadas apresentou grande potencial para melhorar o desempenho reprodutivo. Considerando o resul-tado deste experimento, o nível de 0,08% a 0,12% do GAA melhorou a fertilidade e a eclodibilidade dos ovos das matrizes pesadas.

Confira a íntegra do artigo e as referências bi-bliográficas em: www.avisite.com.br/revista/ma-terias/evonik.html

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Informe Técnico-Empresarial

Produção Animal Avicultura

Artigo Técnico Empresarial

Soluções em enzimas diminuem o custo da ração

Em geral, a energia e o fósforo são os nutrientes mais caros da dieta das aves. A rentabilidade está associada a tirar o máximo proveito desses nu-trientes nos grãos usados nas dietas avícolas e reduzir assim a quantia a

ser suplementada por meio de gordura ou fósforo inorgânico. A disponibilidade desses nutrientes nos grãos pode aumentar significativamente com o uso eficaz das combinações de enzimas. Portanto, vale a pena pesquisar e atualizar seus conhecimen-tos sobre o que torna uma solução de enzimas para rações eficaz.

Combinações de enzimasA quantidade de energia que as aves conseguem

metabolizar a partir do trigo e do milho é altamente variável, e a maior parte do fósforo está presente em forma de fitato, uma substância não disponível para esses animais.

Cerca de 65-70% da energia do milho deriva do amido, mas a digestibilidade de diferentes colheitas de milho varia muitíssimo na safra e entressafra. Por outro lado, a digestibilidade de energia do trigo depende, em geral, da viscosidade, causada pela pre-sença de fibras solúveis nos grãos, o que também va-ria de ano a ano.

A Tabela 1 mostra dados coletados em todo o mundo quanto à digestibilidade do amido no mi-lho e à viscosidade do trigo nas safras de 2008 e 2009. A alta variabilidade (expressa como CV%) in-

dica o perigo de pressupor a existência de valores nutricionais uniformes dos grãos ao formular a dieta das aves.

Uma pesquisa global recente confirmou que 78% do fósforo no trigo e 88% no milho estão pre-sentes como fitato. Felizmente, muitos dos fatores que afetam a digestibilidade podem ser resolvidos pela suplementação de enzimas.A xilanase quebra a parede celular para expor o amido para a digestão.

A protease ajuda a liberar o amido encapsulado pelas proteínas de armazenamento e ligado a elas. A amilase, uma enzima digestora de amido, pode ser adicionada à dieta para ajudar as aves a digeri-lo. A xilanase reduz também a viscosidade do trigo que, por sua vez, diminui a variação da disponibilidade de sua energia para as aves.

A viscosidade do trigo está associada à presença de polissacarídeos não amiláceos (PNAs), como os arabinoxilanos, que são degradados pela xilanase. Outro efeito colateral benéfico é a redução de excre-mentos viscosos (um subproduto da viscosidade na ração).

A enzima fitase consegue quebrar os fitatos da ração para liberar fósforo inorgânico, além de prote-ína, cálcio e minerais quelatados com os fitatos. As-sim, consegue eliminar ou diminuir a necessidade de suplementação de fósforo inorgânico.

A eficácia das combinações de enzimas foi quan-tificada em um estudo da Universidade de Purdue, nos EUA. Com a combinação de xilanase, amilase, protease (Avizyme 1502) e fitase (Phyzyme XP), os produtores avícolas que usam dietas baseadas no milho conseguem reduzir os custos com a ração em cerca de 5% (Fig. 1).

Autor: Gwendolyn Jones, Gerente Global de Serviços Técnicos, DuPont - Danisco Animal Nutrition.

Muitos dos fatores que afetam a digestibilidade

podem ser resolvidos pela suplementação de enzimas

Ano da safraa TRIGO MILHO

cPs de viscosidade

CV%

% de digestibilidade do amido in

vitro

CV%

2009 7.92 35.4 40.5 13.8

2008 8.55 29.2 36.4 27.2a Número de amostras de grãos analisadas globalmente pela Danisco do ano de

safra: 268 de trigo e 547 de milho em 2009; 370 de trigo e 473 de milho em 2008 (Fonte: bancos de dados da Avicheck). CV% = (desvio padrão/média) x 100%

Tabela 1. Principais parâmetros dos grãos no trigo e milho colhidos em 2008-2009.

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37Produção Animal Avicultura

Figura 1. Efeitos das soluções enzimáticas das rações no ganho de peso corporal e a eficácia de formulações de baixo custo. Frangos de corte: idade média: 42 dias. Dieta reformulada: redução de energia equivalente a 150 kcal; 0,09% de

redução do fósforo disponível; 0,12% de redução do cálcio total (Universidade de Purdue, EUA).

Soluções eficazes em enzimasAs preocupações com a segurança das rações e a

necessidade de controlar a Salmonella levaram a um grande aumento do uso de tratamento térmico nas dietas avícolas peletizadas.

Mas, na verdade, o tratamento térmico aumentou ainda mais a viscosidade das dietas baseadas no trigo (Tabela 2).

O efeito no desempenho das aves pode ser drásti-co. Em um estudo, o aumento da temperatura de con-dicionamento do pelete da dieta das aves resultou em uma pior taxa de conversão alimentar (4,4%) nos fran-gos de corte.

À medida que as temperaturas de peletização das dietas avícolas aumentam, são necessárias tecnologias mais sofisticadas para proteger as enzimas do calor e manter sua bioeficácia.

Uma tecnologia que envolve a modificação de uma enzima através da mudança da estrutura dos

aminoácidos para aumentar a termoestabilidade tem sido amplamente testada nos últimos anos. Essa técni-ca inclui a substituição de aminoácidos de superfície na enzima com mais aminoácidos hidrofóbicos e o aumento do número de aminoácidos específicos capa-zes de formar elos cruzados intramoleculares nas enzi-mas.

Essa abordagem foi escolhida para o desenvolvi-mento da Danisco Xylanase que, recentemente, foi aprovada pela comissão europeia para uso na dieta avícola. Ela permanece estável a temperaturas de pele-tização de até 90ºC. Uma segunda abordagem, a Tec-nologia de Proteção Térmica (TPT), provou ser alta-mente eficaz na proteção da segunda geração de fitase de E. coli da Danisco contra o calor.

Em estudos cuidadosamente controlados, a tecno-logia de revestimento TPT possibilitou uma taxa de re-cuperação de 96% da enzima, apesar da exposição a temperaturas de peletização da ração de até 95ºC.

Outros estudos demonstraram uma liberação rápi-da da atividade da Phyzyme XP TPT no trato gastroin-testinal, com uma bioeficácia equivalente ao produto não revestido nas rações.

ConclusãoPor serem substâncias que ocorrem naturalmente,

as enzimas estão em posição ideal para atender às complexas demandas financeiras e de segurança dos produtores avícolas modernos. Com certeza, as solu-ções de enzimas deveriam ser levadas em conta por to-dos os que buscam diminuir os custos com a ração ou melhorar sua eficácia. Contudo, elas exigem uma combinação meticulosa de atividades para combinar as enzimas aos substratos relevantes na dieta e atingir a tolerância térmica necessária.

Seria ótimo se o uso dessas soluções em enzimas fosse decidido com a ajuda de ferramentas de software para determinar as doses ideais e o melhor custo-be-nefício.

A capacidade de fornecer tais serviços se tornará, sem dúvida, um fator importante na escolha dos for-necedores de enzimas no futuro.

TRIGO

Sem tratamento térmico

Com tratamento térmico

Viscosidade jejunal (cPs)

15,4a 30,2b

Material seco no conteúdo digestivo (%)

25,0a 19,8b

Contagem de viscosidade fecal*

2,9a 3,2b

*Pontuação subjetiva de dejetos no viveiro, 5 no viveiro mais sujo; a,bP<0,05 (Svihus 2006, Norwegian University of Life Sciences - Universidade Norueguesa de Ciências da Vida)

Tabela2. Propriedades de conteúdo intestinal em frangos de corte alimentados com dietas peletizadas com base em 77% do trigo, ou não-calor ou peletizadas a 90 ° C

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Informe Técnico-Empresarial

Produção Animal Avicultura

Reportagem Empresarial

BioCamp: jovem, moderno e atento

às possibilidades

uando foi fundado, em 1998, o laboratório BioCamp tinha como objetivo desenvolver, pro-duzir e comercializar probióti-cos avícolas. Seus fundadores, Nuncio Machado e Edir Nepo-

muceno, estruturaram a fábrica em Campinas, SP, e deram início à produção de probióticos à base de bactérias não patogênicas do intestino de aves SPF (Specific Pathogen Free, da sigla em inglês). “Com

isto, o BioCamp poderia atender, com diferentes formas e diferentes programas, desde as grandes agroindústrias exportadoras, as granjas de postura comercial, até as pequenas empresas que não ex-portam e, por vezes, nem possuem abatedouro”, explica Ivan Lee, médico veterinário e diretor Co-mercial do laboratório. “Todas estas empresas, com diferentes perfis, buscam redução de Salmonella ou simplesmente melhoria de desempenho zootécni-co. E, desta forma, trabalhamos com produtos de eleição para cada situação”.

Hoje, o BioCamp conta com duas modernas plantas de produção em Campinas: uma para pro-dução de probióticos e outra para produção de va-cinas. “A planta de produção de probióticos de ex-clusão competitiva é a maior das Américas e sepa-rada da planta de vacinas”, ressalta Lee. “Atuamos nos mercados avícola nacional e internacional, produzindo e comercializando produtos veteriná-rios de alta qualidade. Para isso, a empresa conta com profissionais altamente qualificados, com cer-tificação em Boas Práticas de Fabricação (BPF) e um rígido programa de controle de qualidade”.

No início de suas atividades, o BioCamp esco-lheu trabalhar e se especializar na produção dos probióticos por conta de uma exigência feita em contrato pelo comprador da antiga CBM, empresa anterior dos sócios fundadores. “Pelo contrato, a nova empresa dos sócios não poderia atuar com va-

BioCamp: laboratório fundado em 1998 e instalado em Campinas, SP

Q

Processos e trabalhos harmoniosos

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39Produção Animal Avicultura

cinas, por um determinado período de tempo. E isso foi cumprido”.

Segundo Lee, o grande diferencial dos probióti-cos do BioCamp está na quantidade de espécies bacterianas, conhecidos como probióticos de ex-clusão competitiva ou, simplesmente, produto de exclusão competitiva. “São poucos produtos em ní-vel mundial com esta estrutura e somente o Bio-Camp desenvolveu um probiótico de exclusão competitiva via ração. O que mais existe são os probióticos simples, que não são exclusivos para aves. O mesmo produto é indicado para múltiplas espécies, aves, suínos e etc. A linha Colostrum do BioCamp é exclusiva para aves”.

BiológicosEm 2012, o BioCamp recebeu autorização do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento (Mapa) para trabalhar com biológicos. “De-cidimos, então, trabalhar com vacinas autógenas, de Salmonella e Pasteurella, separadas e/ou conjuga-das, indicadas para as empresas, as quais os atuais sorovares de Salmonella são problemas e não exista vacina específica”, destaca. “Recentemente, fomos autorizados a produzir e comercializar a vacina contra Salmonella gallinarum, causadora de Tifo Aviário, enfermidade (re)emergente, que causa enormes perdas aos nossos plantéis”. De acordo com Lee, como a origem dos seus fundadores está

marcada pela produção de vacinas e biológicos, o laboratório BioCamp sempre prezou por qualidade e produtos seguros. “O controle de qualidade da empresa checa desde a chegada das matérias-pri-mas, bem como os processos intermediários e pro-dutos finais. Controle de qualidade não é visto como despesa e sim como investimento para os seus proprietários e também pelos colaboradores”. A política de qualidade também visa o bem-estar da família BioCamp. “Buscamos um ambiente har-monioso, onde trabalhar deixa de ser algo ente-diante, mas alegre”.

FuturoA estrutura do BioCamp conta com três Direto-

rias: uma Técnica, cuidada por Nuncio Machado, principal acionista, a Administrativa e Financeira, de responsabilidade de Sônia Della Valle, e a Co-mercial, capitaneada por Lee. “Dentro desta estru-tura gestora de hoje e com as duas fábricas em ple-no funcionamento, nós não deixamos de sonhar. Quando sonhamos juntos temos possibilidade de transformar alguns destes em algo concreto”, diz o Diretor Comercial. “Atualmente, somos referência em controle de patógenos, principalmente porque temos soluções integradas em Salmonella. Estamos por iniciar o lançamento de outras vacinas e, para isto, fizemos investimentos em infraestrutura e equipamentos. São produtos que não são encontra-dos prontos para venda e sim encomendados. Na linha de probióticos, teremos outros produtos, vol-tados ao mercado de exportação. Temos muito a fa-zer e acreditamos que com suor, competência e ho-nestidade seremos mais que vencedores”.

Produção com qualidade: uso de matérias-primas seguras e produtos

com alta tecnologia

Ivan Lee, diretor Comercial

Em 2012, o BioCamp foi autorizado a produzir vacinas, dando início à sua produção de autógenas

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AviGuia

Produção Animal Avicultura

Piero Abbondi vai liderar os negócios da GSI a partir da unidade fabril sediada em Marau, no Rio Grande do Sul. Engenheiro industrial pela USP, com MBA na Suíça, ele assume a direção da GSI Brasil trazendo também sua expe-riência pela passagem em indústrias como Casp e Brasme-tal Waelzholz. Abbondi vai dar continuidade ao trabalho estratégico de expansão da atuação da GSI na América Latina. “O Brasil é destaque mundial no agronegócio, e as perspectivas de crescimento são positivas. A GSI Brasil está preparada para acompanhar as oportunidades desse cená-rio”, afirma. Saiba mais em: www.gsibrasil.ind.br

GSI Novo diretor geral

A nova versão do Rhodimet Nutrition Guide acaba de ser publica-da pela Adisseo. Há mais de 10 anos o guia auxilia o setor a determi-nar os níveis de aminoácidos presentes nas diferentes formulações de ração, permitindo que as dietas sejam estruturadas levando em conta as necessidades reais de aminoácidos na alimentação dos animais. Para desenvolver a nova versão, os especialistas da Adisseo utilizaram as pesquisas realizadas no CERN (Centro de Pesquisa da Adisseo), além de uma extensa revisão da literatura dos últimos vinte anos (mais de 200 artigos sobre aves e suínos, por exemplo). A publicação também traz o conteúdo dos debates mais recentes dos fóruns Ad-vancia. Além do guia impresso, a Adisseo disponibiliza aos clientes uma versão virtual do livro na página http:// feedsolutions.adisseo.com. Em breve, também estará disponível para download no Feed Solutions uma nova versão do software e-RNG, ferramenta interativa que permite aos nutricionistas e formuladores calcularem as necessi-dades de aminoácidos de várias espécies animais sob diferentes con-dições de criação. Saiba mais: www.adisseo.com.

AdisseoGuia tem versão atualizada

ABBONDI Vai dar continuidade ao trabalho estratégico de expansão da atuação da GSI na AL

Além do guia impresso, a Adisseo disponibiliza aos clientes uma versão virtual do livro

Desde agosto, Judd O’Connor é o novo presidente para a América Latina da DuPont no lugar de Eduardo Wanick, que se aposenta após 33 anos de dedicação à empresa.

Nesta nova função, o dirigente tem a missão de manter o ritmo de crescimento da região que registrou 14% de crescimento nas vendas a cada ano na última década. Formado

em Economia Agrícola pela Universi-dade do Estado de Kansas (Estados Unidos), O’Connor ingressou na Du-Pont Pioneer em 1998 como gerente de vendas. Nos anos seguintes, o executivo assumiu diversos cargos de liderança, como a diretoria para a divisão de sementes nos Estados Unidos. Saiba mais: www.dupont.com.br.

DuPontNova liderança na AL

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41Produção Animal Avicultura

No início de setembro, a Vetanco do Brasil recebeu a visita do João Edegar Vogues, auditor líder da DNV, na matriz em Chapecó, SC, para realizar a auditoria de recertificação da norma ISO 9001:2008. Esse processo de recertifica-ção acontece a cada três anos com a auditoria de recertificacão na filial, em Vinhedo, SP. Lá, a auditoria foi conduzida pelo auditor da DNV, Salvador Catanza-ro. Ambas atenderam a todas as exigên-

cias da norma, com isso o auditor reco-mendou a recertificação do Sistema de Gestão da Qualidade da Vetanco do Brasil. A Vetanco considera de suma importância possuir e manter o selo da norma ISO, pois atesta ainda mais o compromisso que tem perante seus clientes de prestar serviços de qualidade condizentes com a qualidade e inovação de seus produtos. Mais: www.vetanco.com.br.

Vetanco Brasil Recertificada na ISO 9001:2008

Com base em indicadores financeiros e de desempenho operacional, a Merial Saúde Animal ficou em primeiro lugar no segmento de saúde animal e recebeu o Prêmio “Melhores do Agronegócio – Categoria Saúde Animal”. Os dados foram auditados pela Serasa Experian e a iniciativa é da revista Globo Rural. O presidente Marcelo Bulman recebeu o troféu.

A Merial obteve uma importante margem sobre as demais classificadas. Entre os indi-cadores da empresa, destaque para receita líquida ativo total, margem da atividade, evolu-ção do ativo e evolução da receita líquida. A Merial também é destaque no Anuário do Agronegócio 2013, da revista Globo Rural. Entre as 500 maiores do agronegócio, a empre-sa está na 158ª posição. Saiba mais em www.merial.com.br.

MerialEntre as 500 melhores do agronegócio

Lançados pela AB Vista, dois novos testes rápidos e convenientes para Econase XT pretendem estabelecer um novo padrão para o teste de custo-eficaz para enzima xilanase. Duas versões estão disponíveis para o uso: A ‘QuickStix’ é um ensaio qualitativo para a detecção rápida de níveis comerciais de Econase XT. Capaz de produzir resulta-dos dentro de apenas cinco minutos o QuickStix pode detectar a presença da enzima em tão pouco tempo como as pastilhas de ração individuais.

Outro kit é o ‘QuantiPlate’, que permite a quantificação exata da atividade da enzima sobre a faixa normalmente encontrada em rações comerciais. Simples e fácil de usar, ele é capaz de produzir resultados precisos dentro de três horas.

Saiba mais sobre a AB Vista em www.abvista.com

AB Vista Dois novos testes

A Vetanco considera de suma importância possuir e manter o selo da

norma ISO

Entre as 500 maiores do agronegócio, a Merial está na 158ª posição. Na foto, a equipe no momento da premiação

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42

AviGuia

Produção Animal Avicultura

Revisão das instalações e a verifica-ção dos padrões de biosseguridade implementados, além da análise de indicadores zootécnicos como viabili-dade, eclosão, quantidade de ovos incubáveis por fêmea e padrões de qualidade para incubação de pintos de um dia. Esse foi o objetivo da visita técnica da Cobb-Vantress Brasil às instalações da Agrogen, em Montene-gro, no RS, parceira na área de genéti-ca avícola. A visita foi realizada por profissionais responsáveis pelas áreas de qualidade da empresa no Brasil e nos Estados Unidos.

No dia 07 de outubro, a equipe visitou o incubatório e a granja da Agro-gen. Já no dia 08, as empresas se reuni-ram para discutir os padrões registrados nas instalações, além de técnicas e novidades do setor estudadas pela Cobb nos Estados Unidos. Saiba mais sobre a Cobb em: www.cobb-vantress.com

Cobb-Vantress Visita técnica

Outubro é o mês que marca a luta contra o câncer de mama em todo o mundo, e o Brasil é um dos países que aderiram ao movimento, há dez anos. O “Outubro Rosa” é um esforço mundial para conscientizar e mobilizar a socie-dade no combate à doença, principalmente o público feminino. A ideia de trazer o movimento para a Farmabase surgiu da assistente administrativa Thaís Golfeto, de 29 anos. “A campanha é muito legal e resolvi convidar as mulheres para lembrarmos que precisamos olhar para nós, e que nos cuidar é uma forma de cuidar também daqueles que amamos”, conta. A ação envolveu todos os departa-mentos da Farmabase em homenagem a esta causa. Infor-mações sobre a empresa: www.farmabase.com.br

FarmabaseOutubro Rosa

Equipe visitou o incubatório e a granja da empresa em Montenegro, RS

A Ilender e a Universidade da Carolina do Norte (NCSU) firmaram parceria e promove-ram o “I Symposium on Emer-ging Issues in Poultry Nutrition and Meat Production”, na cidade de Raleigh, EUA, com o objetivo de proporcionar um espaço de discussão sobre o desenvolvimento e o futuro da indústria avícola. O evento proporcionou o encontro de profissionais das 20 principais empresas do setor na América Latina. O Simpósio ultrapas-sou as expectativas da empre-sa e constitui uma importante parceria entre a Ilender e a Universidade. Saiba mais: www.ilendercorp.com.

Ilender Simpósio sobre Nutrição

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43Produção Animal Avicultura

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44 Produção Animal Avicultura

AviGuia

Nos dias 15, 16 e 17 de outubro, a YES realizou a II Reunião de Distribuidores da Améri-ca Latina, reunindo 22 distribuidores do Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru e República Dominicana. Na oca-sião, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as novidades anunciadas para 2014, bem como o plano de ações até 2017, que envolve uma série de investimentos em pesquisa, equipamentos com tecnologia de ponta e inauguração de novas instalações. O encontro, porém, não contou somente com atualização técnica. O grupo, bastante anima-do, participou também da visita à fábrica da YES. Saiba mais: www.yes.ind.br.

YESII Reunião de distribuidores

O grupo Evonik Industries, com sede na Alemanha e um dos líderes mundiais em especialidades químicas, está no Brasil desde 1953 e neste mês de outubro, come-mora 60 anos de atividades no país. O ano de 2013 é marcante para a empresa não somente pelo sexagenário, mas também pelo avanço das atividades no país, o que inclui a preparação para a produção local de diversas matérias-primas destinadas a setores industriais estratégicos. As duas unidades brasileiras começarão a operar já em 2014. Uma delas, localizada em Ameri-cana, SP, produzirá ingredientes ativos para as indústrias de cosméticos e cuidados do lar. A outra fábrica que está sendo construí-da junto ao complexo industrial da Cargill, na cidade de Castro, PR, será dedicada à produção biotecnológica de Biolys®, um importante aminoácido utilizado pela in-dústria de nutrição animal.

Saiba mais: www.evonik.com.br.

Evonik 60 anos no Brasil e aposta no crescimento

Ano de 2013 é marcante para a empresa não somente pelo sexagenário, mas também pelo avanço das atividades no País

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Estatísticas e Preços

45Produção Animal Avicultura

Produção de pintos de corteSetembro/2013495,703*milhões | 3,63%

Produção de carne de frango Setembro/20131,034,100* mil toneladas | 1,87%

Exportação de carne de frango Setembro/2013301,997 mil toneladas | -1,23%

Desempenho do frango vivoOutubro/2013R$ 2,82 | 12,96%

Desempenho do ovoOutubro/2013R$ 49,59 cxa.| 1,69%

MilhoOutubro/2013R$ 25,27saca | -22,67%

Farelo de SojaOutubro/2013 R$1.209,00/ton | -1,55%

Oferta interna de carne de frangoSetembro/2013732,103* mil toneladas | + 3,20%

Produção e mercadoem resumo

Projeções indicam crescimento

moderado para a carne de frango na

próxima década

Em setembro passado, o produtor paulista necessitou de menos de 9 kg de frango vivo – cerca de um terço a menos que um

ano atrás – para adquirir uma saca de 60 kg de milho. Essa também foi, para o avicultor e no tocante ao milho, a melhor relação de preços registrada no Século XXI. E foi proporcionada por uma excelente reação nos preços do fran-go vivo em setembro.

Já em outubro, a partir da segunda quinze-na, o produtor foi surpreendido por um merca-do fraco e consumo estagnados que derruba-ram os preços rapidamente. O produtor perdeu R$0,50 na venda do quilo do frango vivo em apenas 15 dias de comércio.

Para o produtor de ovos, motivo para co-memorar, somente a Semana Nacional do Ovo, de 7 a 11 de outubro, que movimentou o país através de diversas ações junto ao consumidor, informando e desmistificando a proteína e, dessa forma, incentivando o maior consumo de ovos no País e valorizando o produto no ce-nário nacional.

Na produção de carne de frango a Federa-ção das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) através do “Outlook Fiesp 2023 – Proje-ções para o Agronegócio Brasileiro” ratificou indicativos de outras fontes apontando cresci-mento moderado tanto para a produção como para a exportação de carne de frango nos pró-ximos dez anos.

Nas projeções para 2013/23 é previsto um incremento na produção mundial de 2,2% ao ano, enquanto a produção brasileira tende a uma expansão ligeiramente menor – 2,1% ao ano. Já as exportações brasileiras tendem a um crescimento médio de 2,2% ao ano enquanto, mundialmente, devem crescer 1,9% ao ano.

Todas as porcentagens são variações anuais (*) Estimativas

Alojamento de Pintainhas de PosturaSetembro/20137,979 milhões | + 15,56%

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46

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Produção de pintos de corte

Pela terceira vez no ano, produção volta a ficar abaixo de 500 milhões

Segundo dados levantados no mercado, o volume de pintos de

corte produzidos em setembro ficou novamente abaixo dos 500 milhões de cabeças. O volume alcançado ficou em 495,7 milhões de cabeças, aumentando 3,63% sobre o mesmo mês do ano anterior. Em relação a agosto, a redução foi de 5,68%, ou, de apenas 2,5%, considerando que agosto é mês mais longo.

Levando em consideração o volume real produzido (produção mensal ajustada para mês de 30 dias) setembro foi a terceira menor produ-ção do ano, conseqüência de um menor volume de ovos férteis produ-zidos por causa do inverno rigoroso que afetou diretamente a produtivi-dade das matrizes.

Neste ano ( janeiro a setembro) o setor produziu o equivalente a 4,606 bilhões de cabeças, volume 2,32% maior que o produzido no mesmo período do ano passado. A média mensal anual (511,8 milhões) projeta para o corrente ano uma produção de 6,142 bilhões, aumento pouco superior a 2% sobre 2012.

Mas ao que tudo indica a média mensal deste último trimestre do ano deve ser superior à média alcançada até então. Tomando por base a média trimestral histórica dos últimos 10 anos, se o volume produzido atingir o índice previsto para o quarto trimes-tre (25,95%) a produção ficará pró-xima de 1,614 bilhão de cabeças, elevando o volume anual para 6,220 bilhões. Mas, segundo fontes ligadas ao setor, não existe capacidade de produção suficiente para produzir o equivalente a 538 milhões mensais no último trimestre do ano.

Por ora, o volume acumulado em 12 meses (out /12-set /13) se encontra em 6,111 bilhões de cabeças perma-necendo 0,41% abaixo do volume produzido no mesmo período imedia-tamente anterior.

Evolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Outubro 539,183 523,338 -2,94%

Novembro 544,747 483,605 -11,22%

Dezembro 550,243 497,797 -9,53%

Janeiro 515,465 514,079 -0,27%

Fevereiro 469,206 477,792 1,83%

Março 498,647 524,588 5,20%

Abril 483,664 516,465 6,78%

Maio 524,327 528,640 0,82%

Junho 514,783 492,081 -4,41%

Julho 515,160 531,577 3,19%

Agosto 502,649 525,568 4,56%

Setembro 478,335 495,703* 3,63%

Em 9 meses 4.502,235 4.606,492 2,32%

Em 12 meses 6.136,407 6.111,232 -0,41%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE - (*) Estimativa

2012Set

478,

3

Out

506,

550

6,5

Nov

483,

648

3,6

Dez

481,

748

1,7

Jan

497,

549

7,5

Fev

511,

951

1,9

Mar

507,

750

7,7

Abr

518,

551

8,5

Mai

511,

651

1,6

Jun

492,

1

Jul

514,

451

4,4

Ago

508,

650

8,6

Set

495,

7

2013

Produção real Volume nominal mensal ajustado paramês de 30 diasMilhões de Cabeças

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47Produção Animal Avicultura

I nformações de mercado sugerem que a produção de carne de fran-

go estimada para setembro tenha fi-cado em 1,034 milhão/t. Se esse vo-lume for confirmado, a redução mensal será de 3,2%, porém, como setembro é mês mais curto, o volu-me real produzido será praticamen-te igual a agosto.

No ano, o acumulado até setem-bro chega aos 9,387 milhões/t, 2,69% abaixo do produzido no mes-mo período do ano passado, proje-tando para o corrente ano 12,5 milhões/t, 1% abaixo do volume produzido em 2012.

Dados trimestrais indicam que no quarto trimestre é produzido o maior volume de carne de frango do ano, facilmente explicado por ser período que antecede as festas de fim de ano e a introdução de um 13º pagamento salarial que acaba propi-ciando maior consumo de alimentos.

Porém, ano passado, devido à grave crise que atingiu o setor, o vo-lume produzido no quarto trimestre foi o menor do ano. Aliás, de 2010 pra cá, esse volume só não foi me-nor que o produzido no primeiro tri-mestre de 2010 e 2013 quando nor-malmente é produzido o menor volume do ano (1º trimestre) por ser período de baixo consumo.

Em 2013, o último trimestre deve voltar ao comportamento histórico da atividade e aumentar em relação ao terceiro trimestre, entretanto, talvez não seja o maior volume do ano. Mas, supondo-se que seja pro-duzido o mesmo volume do segun-do trimestre (3,277 milhões/t) o to-tal no ano será de 12,664 milhões/t, somente algumas toneladas a mais que 2012.

Por enquanto, o volume produzi-do em 12 meses (out /12-set /13) é de 12,385 milhões/t e permanece 4,4% inferior ao mesmo período anterior.

Produção de carne de frango

Dados trimestrais sugerem volume anual próximo do produzido no ano anterior

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR.

Outubro 1.104,318 1.027,594 -6,95%

Novembro 1.067,411 1.000,732 -6,25%

Dezembro 1.138,387 970,109 -14,78%

Janeiro 1.156,403 963,946 -16,64%

Fevereiro 1.051,621 909,425 -13,52%

Março 1.053,124 1.048,685 -0,42%

Abril 1.057,893 1.071,343 1,27%

Maio 1.107,369 1.114,948 0,68%

unho 1.090,615 1.090,752 0,01%

Julho 1.083,764 1.085,530 0,16%

Agosto 1.030,725 1.068,439 3,66%

Setembro 1.015,150 1.034,100* 1,87%

Em 9 meses 9.646,664 9.387,168 -2,69%

Em 12 meses 12.956,780 12.385,603 -4,41%

Fonte dos dados básicos: APINCO / Projeções e análises: AVISITE(*) Estimativa

Evolução Trimestral2010 a 2013 - Milhões/tIV trimestre de 2013: estimativa

I II III IV

2,83

8

3,13

9

2,83

8

3,13

9

3,12

2

3,13

9

3,12

2

3,21

3

I II III IV

3,21

3

3,08

83,

088

3,28

9

3,08

83,

088

3,28

9

3,17

63,28

9

3,17

6 3,31

0

2010 2011

I II III IV

3,31

0

3,26

13,

261

3,25

6

3,26

1

3,25

6

3,13

03,25

6

3,13

0

2,99

8

I II III IV

2,99

8

2,92

2

3,27

7

2,92

2

3,27

7

3,18

83,27

7

3,18

8 3,27

7

2012 2013

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48

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Exportação de carne de frango

Embarques de 2013 tendem a ficar abaixo do volume de 2012

Os dados divulgados pelo SECEX/MDIC informam que em setem-

bro foram embarcadas 301.997 tone-ladas de carne de frango, volume 9,40% e 1,23% inferior ao mês ante-rior e setembro de 2012, respectiva-mente.

Faltando apenas um trimestre para completar o ano, a probabilidade é mínima mas, supondo-se, porém, que no trimestre final de 2013 os embar-ques de carne de frango se mante-nham dentro da média registrada entre janeiro e setembro – perto de 318.284 toneladas – as exportações do ano não só recuarão ao menor nível dos últimos três anos como tam-bém retrocederão exatamente ao volume registrado em 2010 – perto de 3,820 milhões de toneladas.

A perspectiva de ficar-se nesse volume é pequena ou nula porque a média registrada em nove meses sofre a influência dos embarques iniciais do ano ( janeiro e fevereiro), inferiores a 300 mil toneladas mensais. Ainda assim parecem remotas as chances de se alcançarem os 3,918 milhões de toneladas de 2012, pois isso exige embarques médios mensais de 351 mil toneladas no corrente trimestre, volume que não é alcançado desde maio do ano passado.

Dessa forma, parece inevitável as exportações de carne de frango sofre-rem recuo pelo segundo ano consecu-tivo, continuando aquém do recorde de 3,943 milhões de toneladas atin-gido em 2011.

E não é o México que passou a adquirir produto brasileiro que vai modificar o panorama deste ano. Nos dois primeiros meses de embarques para lá o volume não chegou a 76 toneladas.

Por ora, o volume acumulado em doze meses chega aos 3,859 milhões e permanece 2,7% inferior ao produ-zido no mesmo período imediata-mente anterior.

Exportação AnualExportação Anual

2008

3,64

6

2009

3,63

5

2010

3,82

0

2011

3,94

3

2012

3,91

8

2013

3,82

0

2008 a 2013 - Milhões/T2013: previsão estimando-se manutençãoda média mensal para o quarto trimestre.

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Outubro 335,733 343,511 2,32%

Novembro 358,704 312,224 -12,96%

Dezembro 350,252 339,040 -3,20%

Janeiro 328,877 290,475 -11,68%

Fevereiro 281,674 291,083 3,34%

Março 363,613 319,688 -12,08%

Abril 331,001 339,460 2,56%

Maio 374,904 343,489 -8,38%

Junho 307,194 305,912 -0,42%

Julho 312,297 339,130 8,59%

Agosto 317,482 333,323 4,99%

Setembro 305,763 301,997 -1,23%

Em 9 meses 2.922,805 2.864,557 -1,99%

Em 12 meses 3.967,494 3.859,333 -2,73%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

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49Produção Animal Avicultura

Confirmados os números obtidos no mercado de que a produção

de carne de frango estimada para setembro foi de 1,034 milhão de toneladas e deduzindo desse volume os dados divulgados pelo SECEX/MDIC de embarques não superiores a 302 mil toneladas, foram disponi-bilizadas no mercado interno cerca de 732 mil toneladas de carne de frango.

O volume disponibilizado é 3,2% maior que o ofertado em setembro do ano passado e equivale a redução de quase meio por cento sobre o mês anterior, agosto de 2013. Entretanto, levando em consideração que setem-bro é mês mais curto, na realidade houve aumento na oferta interna dis-ponibilizada. Há que se considerar, porém, que a menor exportação de carne de frango em setembro influiu diretamente no volume mensal dis-ponibilizado.

O volume acumulado em nove meses ( jan-set /13) atingiu a marca de 6,522 milhões de toneladas equi-valendo a uma redução de 3% sobre o mesmo período do ano passado. A média mensal do período (724 mil toneladas) sugere oferta interna pró-xima de 8,700 milhões de toneladas no ano, pouca coisa inferior ao volume produzido em 2012.

Nos últimos doze meses (out /12 a set /13) o volume disponibilizado para o mercado interno atingiu a marca dos 8,526 milhões de tonela-das, ficando 5,15% abaixo do volume produzido no mesmo período ime-diatamente anterior (8,989 milhões de toneladas produzidos entre out /11 a set /12).

O volume acumulado em doze meses tem se mantido próximo dos 8,5 milhões de toneladas no decorrer do ano. Mas deve aumentar gradativamente nesse último trimestre em decorrência das bai-xas disponibilidades do último trimestre do ano passado.

Disponibilidade Interna de Carne de Frango

volume acumulado em 2013 é 3% menor que ano passado

Evolução MensalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Outubro 768,585 684,083 -10,99%

Novembro 708,707 688,508 -2,85%

Dezembro 788,135 631,069 -19,93%

Janeiro 827,526 673,471 -18,62%

Fevereiro 769,947 618,342 -19,69%

Março 689,511 728,997 5,73%

Abril 726,892 731,883 0,69%

Maio 732,465 771,459 5,32%

Junho 783,421 784,840 0,18%

Julho 771,467 746,400 -3,25%

Agosto 713,243 735,116 3,07%

Setembro 709,387 732,103* 3,20%

Em 9 meses 6.723,859 6.522,611 -2,99%

Em 12 meses 8.989,286 8.526,271 -5,15%

Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITE - (*) Estimativa

Acumulado em 12 mesese variação anualSet/2012 a Set/2013 - Mil toneladas

set/

128.

989

out/

128.

905

nov/

128.

885

dez/

128.

728

jan/

138.

573

fev/

138.

422

mar

/13

8.46

1

abr/

138.

466

mai

/13

8.50

5

jun/

138.

507

jul/1

38.

482

ago/

138.

504

set/

138.

526

1,01

%

-0,3

0%

-0,5

0%

-2,1

6%

-4,2

6%

-7,1

6% -6,5

4%

-6,2

0% -5,2

4%

-5,5

0%

-5,6

5%

-5,7

7%

-5,1

5%

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50

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

OUT/12 2,50 26,26% 1,35%

NOV 2,59 24,82% 3,50%

DEZ 2,95 40,11% 14,01%

JAN/13 2,93 85,98% -0,59%

FEV 2,87 78,98% -2,23%

MAR 2,69 49,67% -6,05%

ABR 2,12 19,68% -21,19%

MAI 1,80 5,88% -15,22%

JUN 1,89 1,84% 4,78%

JUL 2,13 14,62% 12,78%

AGO 2,45 5,96% 14,35%

SET 2,93 18,95% 20,48%

OUT 2,82 12,96% -3,75%

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG

Média anual em 10 anosR$/KG

*2013: 01/Jan a 31/Out

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

R$/KG

R$ 1,49R$ 1,49

2005

2006

2007

2008

*2013: 01/Jan a 31/Out

R$ 1,35

R$ 1,16

R$ 1,55

R$ 1,63

R$ 1,63

R$ 1,92

R$ 1,65

R$ 2,08

2013*

*2013: 01/Jan a 31/Out

R$ 2,08

R$ 2,46

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2003/12

2013

98%

92%

89% 90% 96

% 99% 10

6% 110% 112%

107% 109%

94%

99%

98%

91%

61%

64%

72%72% 83

%

99%

96%

Quem levar em conta que o frango vivo comercializado no interior paulista iniciou a terceira semana de outubro co-

tado a R$3,00/kg, passando - cerca de duas semanas depois - a ser negociado por R$2,50/kg (valor com que encerrou o mês) pode considerar, até, que o setor enfrentou verdadeira heca-tombe. Pois a perda enfrentada, de 16,66%, ocorreu no curtís-simo espaço de 15 dias, enquanto perda similar, também de R$3,00/kg para R$2,50/kg, no início de 2013, demandou espa-ço de tempo cinco vezes maior – 75 dias.

Na realidade, porém, o que ocorreu em outubro foi um retorno à normalidade. Quebrada a partir do final de agosto, quando começaram a se manifestar no mercado os efeitos de fortes ondas de frio responsáveis por aumento de mortalidade das aves em criação e por quebras de produtividade que se estenderam também à área de reprodução.

Ou seja: passado o inverno e superado o período de menor oferta (ao qual se ali-nham, agora, uma entressafra [da carne] aparentemente mais curta que o normal e uma retração de consumo que afeta os ali-mentos em geral) era natural que a cotação retrocedesse a patamares mais modera-dos, o que efetivamente ocorreu.

Apesar do tropeço (concentrado na se-gunda quinzena do mês e responsável por um preço 3,75% menor que o do mês an-terior), pode-se dizer que o desempenho do frango vivo em outubro esteve acima do que poderia ser esperado, pois continuou com um dos melhores preços do ano, além de obter um ganho de quase 13% sobre a média alcançada em outubro de 2012, oca-sião em que as condições de produção eram bem mais difíceis que as atuais.

Naturalmente, os efeitos do retrocesso registrado em outubro (à primeira vista, com pequena possibilidade de recupera-ção no curto prazo) devem se refletir muito mais nos resultados de novembro corrente. Mas embora prevaleça o risco de o preço médio mensal se tornar inferior ao do mes-mo mês do ano passado (algo que o setor não conhece desde abril de 2012), a expec-tativa é a de que permaneça ainda acima da média registrada em agosto passado.

A registrar, ainda, que comparativa-mente a anos anteriores, o frango vivo mantém boa recuperação de preços. A média alcançada em 10 meses, de R$2,46/kg, representa ganho de 18% sobre a mé-dia de R$2,08/kg registrada nos 365 dias de 2012. Como as condições de produção são, hoje, mais favoráveis ao setor, o resul-tado é excelente.

Desempenho do frango vivo em outubro de 2013

no mês, um dos melhores preços do ano

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51Produção Animal Avicultura

Média mensal e variações anual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

OUT/12 48,77 19,77% -0,47%

NOV 53,29 32,68% 9,27%

DEZ 56,60 25,47% 6,21%

JAN/13 54,35 41,73% -3,98%

FEV 65,11 45,62% 19,80%

MAR 67,00 36,53% 2,39%

ABR 64,81 40,12% -3,27%

MAI 61,00 34,63% -5,88%

JUN 61,00 18,68% 0,00%

JUL 60,70 13,87% -0,49%

AGO 61,81 16,22% 1,82%

SET 58,40 19,18% -5,24%

OUT 49,59 1,69% -15,14%

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano

R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS

Média anual em 10 anosR$/CAIXA

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

R$/CAIXA

R$ 34,47R$ 34,47

2005

2006

2007

2008

R$ 33,48

R$ 27,48

R$ 39,42

R$ 43,62

R$ 38,63

R$ 44,61

R$ 37,93

R$ 49,11

2013*

R$ 49,11

R$ 60,27

*2013: 01/Jan a 31/Out

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2003/12

2013

109% 11

3%

105%

106%

113%

107%

106%

97%

93%

92%

104%

88%

96%

116%

118%

115%

108%

107%

108%

109%

88%

103%

A chegada da primavera e a intensifica-ção de seus efeitos no mês de outubro

(luminosidade diária crescente, temperatu-ras mais elevadas em relação ao inverno) sempre ocasionam problemas para o setor de postura, pois, nesse período, a produtivi-dade do plantel cresce significativamente, ocasionando forte expansão da oferta.

Mas em 2013, particularmente, outubro foi nefasto para o setor. Primeiro porque ge-rou a maior variação negativa de preço mensal (queda de mais de 15% em relação ao mês anterior) em quase dois anos e meio; segundo, porque os recuos enfrentados fi-zeram com que o preço médio do período retrocedesse ao menor valor dos últimos 12 meses. Terceiro, porque pela primeira vez desde maio do ano passado se registra uma variação anual inferior à inflação acumulada em períodos de 12 meses.

Frente a esse quadro, muitos retrucarão que as condições de produção atuais são to-talmente diferentes das enfrentadas um ano atrás, pois (melhor exemplo), o principal fa-tor de produção do ovo, o milho, encerrou outubro com um preço pelo menos 20% menor que o de um ano atrás.

Mesmo assim (e sem querer ser ou parecer mal educado) cabe perguntar: e que vantagem Maria leva? Pois, com os retrocessos ocorridos no mês, o poder de compra do avicultor ficou quase um terço menor que o registrado seis meses antes, em abril de 2013. Ou, exemplificando, enquanto em abril o produtor, com uma caixa de ovos, adquiriu em média 2,2 sa-cas de milho (perto de 132,3 kg), nos úl-timos dias de outubro adquiriu menos de

1,5 saca ou pouco mais de 88 kg do grão.Não há dúvida de que o consumo (bastante retraído no mês)

contribuiu para o fraco desempenho de outubro. Mas, além des-se e do “fator primavera”, também pesou na atividade a existên-cia de poedeiras muito além da idade ideal – algo justificável meses atrás, quando a produção chegou a ser deficitária, mas não agora, quando a produtividade aumenta naturalmente.

A curva histórica de preços do setor nos últimos 10 anos in-dica que a remuneração obtida pelo produtor no mês de novem-bro se coloca, na média, ligeiramente aquém da que foi registra-da no mês de outubro. Mas desta vez, se não houver rápido e significativo descarte das poedeiras mais velhas, as perdas (tanto em relação ao mês anterior quanto em relação a idêntico mês do ano passado) podem ser bastante significativas.

Desempenho do ovo em outubro de 2013

o menor valor dos últimos 12 meses

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52

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Disparidade anual do milho permanece negativa

O preço do milho registrou queda em outubro de 2013. O preço médio do insumo saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$25,27 – valor 1,83% menor que a média de R$25,74 obtida pelo produto em se-tembro de 2013. A disparidade de preços do milho em relação ao ano

anterior também permanece negativa. O valor atual é 22,67% menor, já que a média de outubro de 2012 foi de R$32,68 a saca.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou outubro a

R$2,82 /kg – cerca de 3,75% menor que a média de setembro de 2013. A maior desvalorização do fran-go em relação ao milho contribuiu para a diminuição do poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 149,3kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos em outubro. Este va-lor representa queda do poder de compra de 1,96 % em relação ao mês anterior, pois em setembro a to-nelada do milho “custou” 146,4kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa

com 30 dúzias), encerrou outubro cotado à média de R$43,59 valor 16,56% inferior ao mês anterior.

Com a maior queda do ovo em relação ao milho houve piora no poder de compra do produtor. Em outubro, foram necessárias 9,6 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em setembro foram necessárias 8,2 caixas/t, uma piora de 15,01% na capacidade de compra do produtor.

Matérias-Primas

Preço do farelo de soja registra leve queda

O farelo de soja (FOB, interior de SP) registrou uma leve queda depois de cinco meses consecuti-vos de altas. O produto foi comer-cializado em outubro de 2013 ao preço médio de R$ 1,209/t, valor -0,16% menor que o mês de se-tembro –R$ 1,211/t. Na compa-

ração com outubro de 2012 – quando o preço médio era de R$1,228/t – a cotação atual regis-tra redução de 1,54%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoCom a maior desvalorização do frango vivo

em relação ao farelo de soja, em outubro de 2013, foram necessários 428,7kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando piora de 3,6% no poder de com-pra em relação a setembro, quando foram ne-cessários 413,3kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produ-

tos, em outubro de 2013 foram necessárias aproxi-madamente 27,7 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de fa-relo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo diminuiu na compara-ção com setembro: piora de 16,68% já que no mês passado 23,1 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a outubro de 2012, o aumento no poder de compra é de 3,52%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja cus-tou, em média, 28,7 caixas de ovos.

Média Outubro

R$ 25,27 Máximo

R$ 27,50Mínimo

R$ 23,50

Preço médio MilhoR$/saca de 60kg, interior de SP

outu

bro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto

setembro

outu

bro

2012

35,0033,0031,0029,0027,0025,0023,0021,0019,00

2013

Média Outubro

R$ 1.209,00Mínimo

R$ 1.170,00 Máximo

R$ 1.240,00

Preço médio Farelo de sojaR$/tonelada FOB, interior de SP

1300120011001000950900850800750700650600

outu

bro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto

setembro

outu

bro

2012 2013

Média Outubro

R$ 25,27 Máximo

R$ 27,50Mínimo

R$ 23,50

Preço médio MilhoR$/saca de 60kg, interior de SP

outu

bro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto

setembro

outu

bro

2012

35,0033,0031,0029,0027,0025,0023,0021,0019,00

2013

Média Outubro

R$ 1.209,00Mínimo

R$ 1.170,00 Máximo

R$ 1.240,00

Preço médio Farelo de sojaR$/tonelada FOB, interior de SP

1300120011001000950900850800750700650600

outu

bro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto

setembro

outu

bro

2012 2013

Fonte das informações: www.jox.com.br

Estatísticas e Preços

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53Produção Animal Avicultura

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Nosso negócio é desenvolver soluções para aumentar a eficiência da produção de proteína animal. Fazemos isso oferecendo condições superiores para a conservação de grãos, criando tecnologias inovadoras para o confinamento de aves e suínos, re-duzindo o desperdício de insumos e os custos de produção, e aumentando a pro-dutividade, além de melhorar o bem-estar dos animais e levar mais qualidade de vida aos produtores. Por isso, temos hoje a maior linha de equipamentos para a pro-dução de proteína animal, com soluções confiáveis, de performance superior e com durabilidade comprovada pelos produto-res de todo o mundo.

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54

Ponto Final

Produção Animal Avicultura

Escola de Processamento Avícola

Fábio Nunes é engenheiro químico.

Atua como consultor para a indústria avícola

internacional há mais de 20 anos. Tem experiência nas áreas de tecnologia e

engenharia de processamento. É

também coordenador e instrutor da Escola de

Processamento Avícola.

A avicultura brasileira é das mais pujantes e competitivas do mundo graças ao alto nível técnico alcançado em diversas frentes, em anos de trabalho sério, e dedicado do setor -

genética, nutrição, manejo, sanidade e tecnologia de processamento.

Por conta disto o país abriga um sem fim de eventos técnicos que se dedicam à avicultura. Curiosamente, to-davia, estes estão sempre enfocados nos temas relacio-nados apenas à cadeia produtiva, deixando de lado, o processamento. Ora, isto é, no mínimo, curioso, visto que a produção de aves vivas não tem um fim em si mes-mo, sendo apenas o primeiro passo desta importante cadeia econômica que culmina com a conversão das aves vivas em produtos terminados, este o objetivo maior da avicultura industrial.

Com o intuito de preencher esta importante lacuna, foi criada no Brasil, em 2011, a Escola Internacional de Processamento Avícola, um interessante e desafiador projeto fruto da parceria entre o consultor que escreve este texto, o SENAI, através de sua sucursal de Chapecó, em Santa Catarina, e o IICA - Instituto Interamericano de Cooperação em Agricultura, organismo da OEA- Or-ganização dos Estados Americanos.

No programa de 2013, realizado entre os dias 7 e 10 de setembro, por conta das palestras voltadas à genética e rendimento de carcaça, criou-se uma rica e interessan-te discussão ao redor das tendências em termos genéti-cos – um tipo de genética para distintos mercados mun-diais ou distintas genéticas para atender especificamente exigências específicas de mercado - de carne branca e escura. O que isto implica em nível de custo e quais as vantagens deste posicionamento?

No campo da produção, um tema muito interessante foi o de fortaleza óssea e suas implicações com a eficácia produtiva e o desempenho dentro do abatedouro cada

dia mais automatizado. Enquanto o osso é, por um lado, um subproduto do processamento, ele é vital no campo para dar sustentação à genética cada vez mais produtiva em termos de deposição de carne por dia de vida da ave e também para, depois, sustentar as carcaças quando expostas ao ambiente automatizado do frigorífico para que não se rom-pam ou se desfaçam.

A inocuidade alimentar foi amplamente discutida. Fa-lou-se sobre a importância de ter aves no campo livres de Salmonella, a fim de garantir uma matéria-prima inócua, passando pelos cuidados com as aves no pré-abate, através do uso de acidificantes na água de bebida.

Outro tópico abordado foi a importância de um pro-cesso de lavagem e desinfecção do abatedouro, segundo critérios técnicos e tecnologias modernas, para assegu-rar a continuidade deste esforço em busca da inocuida-de alimentar iniciado lá no campo.

Também foram realizadas palestras ao redor do po-tencial da carne de aves, suas propriedades funcionais e como usá-la para fugir da mesmice de mercado que se vê por aqui. Precisamos gerar produtos modernos, práti-cos, gostosos, inovadores e alinhados com as atuais ten-dências mundiais, oferecendo ao consumidor novida-des e praticidade para o dia a dia.

Por fim, na área de processamento, uma apresenta-ção falou sobre as aplicações e vantagens do uso de HPP – High Pressure Pasteurization, ou High Pressure Pro-cessing, moderna tecnologia de larga aplicação mundial e voltada à eliminação de micro-organismos em produ-tos cárneos, sobretudo patógenos, mas ainda engati-nhando no Brasil onde recém começa a despertar o in-teresse da indústria da carne por suas vantagens e confiabilidade.

Maiores informações sobre a Escola de Processamen-to Avícola podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

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55Produção Animal Avicultura

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56

Ponto Final

Produção Animal Avicultura

SAC: 0800 011 19 19 | www.zoetis.com.brPara informações sobre a titularidade do produto consulte o site www.zoetis.com.br.

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