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Nutrição de Matrizes de Corte
Carlos Augusto Q. Borges
C Borges Consultoria
Porto Alegre-RS
Roteiro
ENERGIA;
PROTEÍNA (Bruta X Ideal);
AMINOÁCIDOS (Met, Met +Cis e Lis);
VITAMINAS (Vit E e Vit D3);
MICROMINERAIS;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
INTRODUÇÃO
• As linhagens de conformação avícola:
• Foram selecionadas para ganho de peso.
• Frangos de corte oriundos destas matrizes:
• Melhor C A
• Melhor conformação
• Melhor rendimento de carcaça.
INTRODUÇÃO
• ROBINSON (1993)- Correlação negativa entre Peso
corporal x Produção de ovos.
• Correta nutrição- Saber as reais exigências das aves em
cada fase.
40%
27%
6%
20%
7%
Infertilidade
Mort. Embr. Precoce
Mort. Embr.Intermediária
Mort. Embr. Tardia
Descarte e Refugos
McDaniel (2002)
Perdas na Eclodibilidade em
Lotes de Matrizes Pesadas
EXIGÊNCIA DE ENERGIA
• Para a mantença e atividades diárias;
• Para crescimento até 30-31 semanas;
• Para produção de ovos.
EXIGÊNCIA DE ENERGIA
• A energia varia de acordo com a temperatura.
• Excesso de consumo de energia é armazenado como
gordura.
• Excesso gradual do peso corporal - redução fertilidade e
eclodibilidade.
Goerzen et al (1996)
Duration of fertility is reduced in obese hens.
Consumo diário de energia e ração de
acordo com a temperatura ambiente
520
470
440
300
350
400
450
500
550
18 24 34
190
170
160
100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
18 24 34
Kcal / ave / dia Consumo em g / ave / dia
Adaptado de Leeson (2000).
Tabela 11. Distribuição da Energia no Pico em várias Temperaturas
Energia Necessária 18oC 24 oC 34 oC
Crescimento 30 30 30 Mantença 400 360 320 Ovos 85 85 85 Total 515 475 435 LESSON (1999)
165
149
140
125
130
135
140
145
150
155
160
165
450 424 396
123116
102
0
20
40
60
80
100
120
140
450 424 396
Ovos/Ave Pintos/Ave
ENERGIA kcal/ave/dia
Efeito do fornecimento de energia no desempenho
de matrizes de corte de 22 a 61 semanas.
Adaptado de Burne e Jensen (1994).
Tabela 13. Ingestão diária de energia metabolizável sobre o desempenho
de matrizes pesadas.
PARÂMETROS 410 kcal 440 kcal ●460 kcal 480 kcal
Ovos/ave alojada 130,8 155,9 162,0 159,8
Produção (%) 43,2 51,4 55,1 53,9
Peso dos ovos (g) 63,6 64,0 64,7 64,6
Fertilidade (%) 88,5 86,2 89,7 87,8
Eclodibilidade (%)
Pintos/ave alojada
90,6
105,0
90,1
121,4
90,5
131,5
89,7
126,3
Adaptado de BRAKE (1990).
Tabela 14. Desempenho reprodutivo de matrizes pesadas recebendo diferentes
níveis de energia na dieta.
Parâmetros Fornecimento de energia ( % do recomendado)
100 94 88
Ovos por ave 165 149 141
Fertilidade (%) 92.6 89.8 87.2
Eclodibilidade (%) 90.4 86.2 90.0
Eclosão (%) 83.7 79.4 78.1
Pinto por ave 123 116 102
Peso dos pintos (g) 43.2 43.4 43.3
100% = 450 kcal EM/ave/dia.
Adaptado de ATTIA et al. (1995).
Tabela 15. Exigências diárias de proteína e energia de matrizes fêmeas com
32 e 55 semanas de idade.
Exigência de nutrientes 32 semanas de idade
EM (kcal) PB (g)
55 semanas de idade
EM (kcal) PB (g)
Crescimento 40 1 5 ----
Produção de ovos 80 10 55 8
Mantença 300 10 320 11
Atividades 50 ---- 30 -----
Total geral 470 21 410 19
Fonte: LEESON (1999).
Energia para Galos
Tabela 16. Efeito do consumo de energia no desempenho reprodutivo de galos reprodutores de 27 à 61 semanas de idade
EM (kcal/ave/dia)
Volume Sêmen
(ml)
Concentração espermática
Motilidade (%)
Vigor Fertilidade (%)
290 0.28 0.59 36.0 1.9 39.0 310 0.27 0.75 51.0 2.5 47.0 330 0.25 0.92 66.0 3.2 61.0 350 0.30 1.28 83.0 4.2 81.0 370 0.28 0.97 75.0 3.7 61.0
BORGES (2001)
Males: % semen
production
Hatchabilit
y
Periviteline
holes
(Dia 2)
Testes
Kcal
ME/d
38 wk 42 wk 46 wk % (#) (g)
290 100 55 36 61 20 9
330 100 73 64 66 100 12
370 100 100 82 65 160 26
ENERGY CONSUMPTION: PERFORMANCE OF ROOSTERS
Leeson and Summers (2005)
Proteína Bruta
Excesso de PB pode não causar problema na produção e
tamanho dos ovos;
Entretanto, aumenta a mortalidade embrionária e diminui a
fertilidade.
Gramas de PB/ave/dia
HARMS e WILSON (1980) 20,8 a 23,4
PEARSON e HERRON (1980) 21,3
PROUDFOOD (1980) 20,9
McDANIEL e BRAKE (1981) 21,6
PEARTON e HERRON (1981) 19,4
NRC (1984) 22,0
WILSON e HARMS (1984) 19,9 a 23,3
RHONE POULENC (1987) 21,0
SPRATT e LEESON (1987) 19,0
BOWMAKER e GOUS (1991) 27,7
COUTO (1988) 20,0
SOARES et al. (1988) 18,6
HARMS e RUSSEL (1995) 19,5
Tabela 8 – Recomendações de fornecimento diário de PB
Cons.de PB das Linhagens: 25.0-26.5 g/ave/dia
Tabela 7. Efeito da ingestão de PB nos parâmetros reprodutivos
de matrizes de corte.
Proteína
g/ave/dia
Eclodibilidade
%
Mortalidade embrionária %
sem 1 sem 2 sem 3
27.0
21.3
77.7
79.9
9.25 2.98 7.42
8.31 1.83 6.13
Adaptado de PEARTON & HERRON (1982).
7,57
6,56,2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
16% 14% 12% 10%
82,5
85,1
87,1
88,6
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
16% 14% 12% 10%
Mort. embrionária Fertilidade
Proteína Bruta
Efeito dos níveis de proteína bruta para matrizes de corte de 30 a
64 semanas.
Adaptado de Lopes e Leesson (1995).
Tabela 6- níveis de proteína em relação aos parametros produtivos de matrizes
pesadas com 24 a 44 semanas de idade.
Tratamento Produção ovos Peso ovos Aproveitamento Eclosão
10% PB 69.4 58.3 90.9 87.5
12% PB 72.5 60.3 91.3 87.7
14% PB 74.3 60.6 91.6 88.2
16% PB 73.0 61.2 91.3 87.5
Adaptado Delgado (2001).
24 a 64 semanas de idade.
PB g/ave/dia Fertilidade %
23.0 97.2
22.1 95.0
21.4 93.7
20.6 94.3
19.9 95.2
WILSON & HARMS (1984).
24 to 64 weeks of age
.Proteín
g/bird/d
Fertility %
16 98.06
18 99.16
20 97.87
22 96.38
24 96.67
26
28
97.22
97.62
LEE et al. (1985).
26 a 60 sem.
Características 13.7 % de PB 16.8 % de PB
Fertilidade 93.2 92.4
WHITEHEAD et al. (1985).
30 to 64 weeks of age.
Protein % Fertility %
16 82.6b
14 85.2b
12
10
87.1a
88.6a
LOPEZ & LEESON (1995).
26 to 52 weeks of age.
CP g/b/d Fertility %
18 86.7
20 86.5
22 82.4
24 84.5
Couto (1988).
24 to 64 weeks of age
CP g/bird/d Fertility, %
26 to 60 weeks of age
Fertility
CP CP
Indicações das Linhagens
Níveis % COBB ROSS HUBBARD
PB 15.5-16.0 15.0-15.5 15.5-16.0
LIS 0.70-0.75 0.65 0.75
MET 0.30-0.33 0.30 0.35
MET + CIS 0.60-0.65 0.59 0.60
Consumo: 165 g/ave/dia Cons.de PB: 24.8-26.5 g/ave/dia
Curva de Crescimento
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
STD
Leves
Pesados
Ovos incubáveis/Ave
114
117
114
112111
110 110109
100
102
104
106
108
110
112
114
116
118
Leve
12%
Leve
14%
Leve
16%
Leve
18%
Pesadas
12%
Pesadas
14%
Pesadas
16%
Pesadas
18%
90,2
88,287,4
82,3
78
80
82
84
86
88
90
92
12% 14% 16% 18%
87,4
86,6
85,8
81,9
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
12% 14% 16% 18%
Pintos/ave Eclosão
Proteína Bruta
Efeito dos níveis de proteína bruta para matrizes de corte de 26 a
60 semanas.
Perdigão Agroindustrial (2003).
Proteína para Galos
Tabela 17. Efeito do consumo de proteína no desempenho reprodutivo de galos reprodutores de 27 à 61 semanas de idade
Proteína (g/ave/dia)
Volume Sêmen
(ml)
Concentração espermática
Motilidade (%)
Vigor Fertilidade (%)
12.0 0.22 0.74 45.0 2.2 44.0 14.2 0.27 0.91 55.0 2.8 53.0 16.4 0.28 1.14 83.0 4.2 75.0 18.6 0.26 0.97 75.0 3.8 55.0 20.8 0.24 0.86 68.0 3.4 41.0
BORGES (2001)
PROTEÍNA IDEAL
Formular uma dieta com base na proteína ideal
significa suprir o mínimo, mas com equilibrada
quantidade de aminoácidos na dieta para obter o
melhor crescimento.
Esse balanço naturalmente depende da
disponibilidade dos aminoácidos nos ingredientes e
deve ser considerado na formulação das dietas.
Por que até hoje usa-se proteína bruta para formular
dietas para matrizes?
Segundo alguns autores não existe tabelas de
composição de alimentos com digest. de Aas para
matrizes em produção.
Qual a digestibilidade de uma dieta com ingredientes
alternativos (F. de arroz, F. de trigo).
Alimentos alternativos ricos em fibras apresentam
fatores anti-nutricionais como polissacarídeos não
amiláceos (PNA).
PNA aumentam a viscosidade da dieta dificultando a
digestão e a absorção dos nutrientes.
Tabela 2- Conteúdo de PNA em diferentes cereais
Cereal
Glucanos
g/kg ms
Arabinoxila
nos
Total
F. de Arroz
6
62
68
Sorgo
1
28
29
Milho
1
43
44
Trigo
5
61
66
Colza
7
70
77
Cevada
33
76
109
Centeio
12
89
101
Adaptado de Choct e Annison (1990)
Além de diminuir a absorção de nutrientes aumenta a
quantidade de fezes úmidas.
Fezes úmidas⇨ cama úmida ⇨ ovos sujos ⇨
problemas sanitários no lote e nos pintinhos
Com o uso de alimentos alternativos (trigo, arroz,
cevada) há uma mudança na composição e atividade
da microflora intestinal das aves.
Aumenta a população de bactérias patogênicas e
diminui a população de bactérias benéficas.
Enzimas
O uso de enzimas podem amenizar os problemas
ocasionados pelos PNA.
Uso de um complexo enzimático com xilanases,
celulases e glucanases diminui a viscosidade da
dieta ⇨ melhorando a digestibilidade dos nutrientes
Com as enzimas poderemos aumentar a inclusão de
alimentos alternativos sem prejudicar o resultado do
lote.
As enzimas modificam a população bacteriana do
intestino das aves
Tabela 2- % de DNA bacteriano coletado no ceco de frangos alimentados
com dietas à base de trigo suplementados com xilanase.
Gênero
Controle
Adição de enzima
Peptostreptococcus
10
12
Bacteróides
10
16
Eubacterium
8
11
Bifidobacterium
2
4
Clostridium
15
10
Enterobacteriacaea
12
6
Campylobacter
9
5
Adaptado de Apajalahti (1999)
Comparativo dos coeficientes de digestibilidade ileal
Aminoácido Milho
Perus
Milho
Frango
s
F. Soja
Perus
F. Soja
Frangos
Lisina 84 84 82 86
Metionina 92 89 82 87
Treonina 71 65 72 69
Valina 84 82 77 81
Arginina 89 87 87 88
Leucina 93 91 78 82
Adaptado Ravindran et al. (1999)
Digestibilidade de Lis das Linhagens
COBB- 87% dig. da lisina;
ROSS- 90% dig. da lisina;
HUBBARD- 84% dig. da lisina
Existem poucos trabalhos disponíveis sobre as exigências
de aminoácidos para matrizes pesadas no período de
produção. E a grande maioria foi feito com base em
aminoácidos totais e não, como deveria ser, em
aminoácidos digestíveis.
A proposta de proteína ideal é que cada aminoácido
essencial seja expresso como relação ou percentagem da
lisina. É possível estimar rapidamente a exigência de todos
os aminoácidos conhecendo com exatidão a exigência de
lisina.
Qual a exigência de lisina para matrizes?
Fontes Lisina mg/ave/dia
COBB 1200
ROSS 1080
HUBBARD 1240
SOARES (1988) 915
BOWMAKER (1991) 1270
HARMS e IVEY (1992 824
NRC (1994) 765
FISHER (1998) 1080
LESSON (2000) 1150
COON (2006) 890
Efeito de diferentes níveis de proteína bruta e lisina na ração sobre o
peso e a produção de ovos de matrizes pesadas
61,6
63,863,463,1
67,0
73,1 72,771,6
60
62
64
66
68
70
72
74
76
78
80
18 20 22 24 0,79 0,915 1,04 1,165
g Proteína Bruta g Lisina
Peso de Ovo (g) Produção de Ovos (%)
Como poderemos formular rações para matrizes pesadas
nas diferentes fases de produção sem conhecermos as reais
exigências de lisina?
Excesso de aminoácidos
Lisina e Isoleucina ( 40%)
Muscle deposition
Fertility
Lisina e isoleucina estão diretamente relacionados com
a fertilidade de matrizes.
O que acontece com dietas de matrizes
formuladas com proteína bruta?
Beer (2011)
Recomendação
Rações EM PB % Lis % Met % Met+Cis Ac. Linol
Post. Inc. 2800 15.0 0.75 0.35 0.65 2.00
Post. I 2750 14.5 0.70 0.32 0.63 1.50
Post II 2750 14.0 0.65 0.30 0.60 1.50
Recomendações de níveis de nutrientes para galos
reprodutores em fase de reprodução.
Nutrientes Níveis
Proteína Bruta 12-12.5%
Energia Metabolizável 2650-2700 kcal
Cálcio 0.85-0.95%
Fósforo Disponível 0.40-0.45%
Lisina 0.55%
Metionina 0.25%
Metionina+cistina 0.45%
* 135 g/galo/dia
Vitaminas
Potência da Vitamina
As vitaminas são sensíveis a diversos fatores ambientais de graus variados, mas pode-se afirmar que as principais causas de perda de potência das vitaminas são o tempo, a temperatura e a umidade de armazenamento do premix antes da mistura, e da ração, após a mistura.
Uma outra perda importante de vitaminas ocorre quando elas são pré-misturadas com minerais e armazenadas por um período de tempo, antes de ser incorporado à ração
Para um premix vitamínico, existe uma perda em torno de 3% ao mês, enquanto que em um premix vitamínico-mineral as perdas por armazenamento estão ao redor de 7% ao mês.
Shurson et al. (1997) afirma que o uso de fontes de minerais orgânico em um premix vitamínico-mineral minimiza significativamente a destruição das vitaminas
Vitaminas Premix
vitamínico
Vitamínico-
mineral
inorgânico
Vitamínico-
mineral
orgânico
A 3.50 8.98 3.05
D 3.02 4.50 2.67
E 1.61 1.16 1.38
K 6.01 10.15 2.23
B1 2.65 7.90 4.05
B6 5.88 8.65 4.96
B12 2.03 5.45 2.32
Niacina 3.50 3.30 1.08
Perda mensal da atividade das vitaminas
Shurson et al. (1997)
Vitamina D
Apresenta um importante papel no metabolismo de cálcio
e fósforo.
Ela auxilia na transferência do cálcio para a casca do ovo
e para o embrião.
Um dos principais locais de atuação da Vit. D é no
intestino onde a absorção do cálcio é maior.
7–dehidrocolesterol
Vitamina D3
25–Hidroxicolecalciferol
Fígado
Luz solar
24,25–dihidroxicolecalciferol 1,25–dihidroxicolecalciferol
Intestino Rins Osso Excretada Homeostase do Osso
Hy•D
OH
HO
25–OH–D3
Metabolismo da Vitamina D3
Tabela 17- Potencial da 25-OH-D3 em comparação D3 em diferentes critérios
Critérios
Slope-ratio
Produção de ovos
138
Eclodibilidade
134
Mortalidade embrionária
122
Peso da cinza da progênie
112
Média do potencial 25-OH-
D3
128
.
Adaptado Atencio et al. (2005)
Controle 25-OH-D3
Produção 60,25 62,75
% postura 79,5 82,5
CA/dúzia de ovos 6,85 6,75
25-OH-D3 PARA MATRIZES
Hargis, 2000
Vitamina E
Existe uma diferença muito grande entre as diferentes
recomendações Vit E.
Esta diferença torna-se mais gritante quando comparamos
a recomendação do NRC (10mg/kg) contra as
recomendações da linhagem ROSS (100 mg/kg).
Sabemos que a exigência de Vit E para suprir as
necessidades da fêmea é diferente das necessidades de
produz pintos em quantidade e qualidade.
Isto esta relacionado com a eficiência da matriz em
transferir nutrientes da ração para progênie.
Surai (2000), afirma que Vit E é efetivamente transferida
do alimento para a gema do ovo.
Entretanto, existe trabalhos indicando que a eficiência da transferência depende da idade da matriz.
E que matrizes jovens são menos eficientes quando comparadas com matrizes mais velhas.
Neste sentido se aceitaria a justificativa de aumentarmos a suplementação de Vit E na dieta materna para termos um concentração maior na gema e conseqüentemente uma resposta melhor dos pintinhos oriundos destas matrizes.
Hossein et al. (1998), testaram níveis crescentes de Vit. E
(25, 50, 75, 100 mg/kg), em dietas de matrizes de corte.
Os autores, afirmam que não houve diferença significativa para resultados de incubabilidade.
Não obstante existir uma tendência de melhores resultados com níveis de 50 mg/kg de Vit. E.
Entretanto, as respostas imunes da progênie continua aumentando com níveis de 100 mg/kg
Desempenho de matrizes de corte, de acordo com os
níveis de vitamina E na dieta
Vit E
(mg/kg)
Produção
de ovos %
Peso
ovo (g)
N. de
ovos/ave
Fertilidade
(%)
25 69.3 62.0 145.7 95.5a
250 68.4 62.3 144.4 93.5b
Adapt. Barreto et al. (1999)
Combination: Canthaxantine + Vit 25(OH)D3 for heavy breeders
%
92,4
91,6
91,291,491,691,8
9292,292,492,6
Controle Cantaxantina +
25(OH)D3
%
Rosa al (2010), Pereira al (2010) Fertilidade % Eclodibilidade %
Motilidade % Concentração
Minerais para Aves
Microminerais
Os microminerais atuam como componentes de estruturas
protéicas ou como cofatores em processos enzimáticos
Os microminerais como zinco, selênio, iodo, ferro, cobre e
manganês são nutrientes essenciais, em pequenas
quantidades, no crescimento e desenvolvimento
embrionário
Todos os animais estão
sujeitos a deficiência mineral
Quantidade subótima na ração
Aumento no peristaltismo
Antagonista
Interação mineral no intestino
NRC COBB ROSS LEESON
Iodo (mg) 0.35 0.60 2.00 1.00
Cobre (mg) 6.0 6.0 10.0 10.0
Ferro (mg) 60 50 60 70
Manganês (mg) 30 90 70 80
Zinco (mg) 35 75 100 80
Selênio (mg) 0.10 0.15 0.20 0.30
Exigência de Minerais para Reprodutoras
Deficiência de microminerais em dietas de matrizes
pesadas acarreta em um aumento na mortalidade
embrionária e em um retardo no crescimento e
desenvolvimento do embrião.
Esta deficiência também apresenta reflexos negativos no
sistema imune (Suttle e Jones, 1989).
Distribuição dos microminerais em ovos de matrizes de corte
Microminerais
Gema
Albúmem
Ferro
1017
53
Zinco
570
5
Cobre
37
10
Iodo
32
2
Manganês
10
0.05
Selênio
10
2
Adaptado de Richards (1997)
Absorção dos microminerais
As fontes de microminerais atualmente usadas em nutrição animal são as inorgânicas (óxidos, sulfatos, cloretos etc).
Sais⇛Estômago⇛↓pH ⇛dissociação ⇛íons
No intestino delgado os íons (Zn++Mn++) são transportados para o interior da célula por transporte ativo ou difusão passiva
Para ocorrer a absorção os íons devem estar ligados a um carreador (Aas, Dipep.)
Fatores que Afetam a Absorção dos
Minerais
Os fitatos reduzem a absorção;
O cálcio reduz a absorção de cobre e zinco;
O cobre e o molibdênio apresentam forte antagonismo
O manganês e o ferro podem competir por mecanismo de
absorção.
Minerais Orgânicos
Leeson e Summers (1997) definem minerais quelatados
como sendo uma mistura de elementos minerais que se
ligam a algum tipo de carreador que pode ser um
aminoácido, um peptídeo ou um polissacarídeo que tenham
a capacidade de ligar o metal através de ligações
covalentes.
Minerais Orgânicos
São absorvidos pelos carreadores intestinais de Aas e pept.
e não pelos transportadores intestinais clássicos de
minerais.
Não sofrem competição por já possuírem seu próprio
aminoácido ao entrar no trato digestivo.
Devido à sua forma de ligação, o mineral metálico é
quimicamente inerte, assim também não interage com os
íons metálicos livres.
Desta forma é absorvido, passando diretamente para o
plasma através das células da mucosa intestinal e sua
ligação permanece inalterada.
↑Se, Zn e Mn, podem impactar + o ganho de peso da
progênie ou sobre sua viabilidade, principalmente sobre o
sistema imune.
Kidd et al. (2000) afirmam que a exigência nutricional de
Zn para crescimento e reprodução é diferente dos
parâmetros que medem imunidade. Os autores afirmam
que esta exigência é maior.
Hoje, na prática, usa-se níveis muito mais altos do que as
recomendações.
Talvez isto esteja prejudicando o uso rotineiro de fontes
com >biodisp.⇛ MO
Leeson (2003), avaliando o uso de um complexo de
microminerais orgânicos para frangos de corte, relatou a
possibilidade de redução de até 30% da fração mineral sem
alterar o desempenho zootécnico das aves.
Matrizes de Corte:
Melhora a qualidade da casca
Aumenta o tamanho do ovo e do pinto
Aumenta a concentração de minerais no ovo
Transfere mais minerais para o embrião
Aumenta a fertilidade e eclosão do lote
Melhora a resposta imune da progênie
Se orgânico
Segundo Surai (2000), Se é um importante elemento na
eficiência do sistema antioxidante das aves.
A suplementação de Se na dieta de matrizes é importante
para atender as exigências de mantença, crescimento e
produção
Paton et al. (2002), quando Se org. é incorporado a dieta de
matrizes há↑na concentração de Se no ovo.
Este ↑ ñ ocorre quando se usa Se inorg. para suplementar
as dietas de matrizes.
Fonte de selênio x
Conteúdo de Se no ovo, ppm
0
0,05
0,10,15
0,2
0,25
0,3
0,1 0,2 0,3
Se na dieta (ppm)
Co
nte
úd
o d
e S
e n
o o
vo
,
pp
m
Se Orgânico
Selenito
Paton et al, (2002)
Selênio orgânico para matrizes pesadas
vs mortalidade e descarte de pintos aos 10
dias de idade
Lanninge e Ayres (2000)
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
Total (mortalidade e
descarte)
Mortalidade Descarte
(%
)
Selênio orgânico
Controle
Sources of selenium
vs
spermatozoal abnormalities (%)
Basal Selenite Organic Selenium
Normal sperm 57.9c 89.4b 98.7a
Bent midpiece 18.7a 6.2b 0.7c
Swollen midpiece 1.6a 0.4b 0.1c
Ruptured midpiece 0.9a 0.1b 0.0b
Swollen head 1.3a 0.2b 0.2b
Corkscrew head 15.4a 1.8b 0.2c
Coiled 3.2a 0.8b 0.0c
Fragment/other 1.0a 1.1a 0.1b
Edens (2002)
Considerações Finais
A cada dia que passa estamos observando uma evolução
na seleção genética das aves, por isso é importante que a
nutrição acompanhe sempre esta evolução.
O excesso de Proteína e Energia para matrizes afetam a
fertilidade do lote.
MO para MP além de melhorar o desempenho da matriz,
melhora também o desempenho e a resposta imunológica
da progênie.
As deficiencias de vitaminas em matrizes pesadas além de
comprometerem a fertilidade aumentam a mortalidade
embrionaria.
Atualmente, justifica-se o uso de uma ração específica para
machos reprodutores que atendam às exigências
nutricionais de energia, proteína e aminoácidos na fase de
produção.
A falta ou excesso de proteína para galos reprodutores no
período de produção afeta, principalmente, a qualidade do
sêmen (motilidade e vigor) e diminui a fertilidade do lote.
OBRIGADO!