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núcleodamatéria Novembro/ Dezembro 2013

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núcleodamatéria Novembro/ Dezembro 2013

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Por Edmario Antonio Guimarães Costa

Entre os pontos que destacamos na

gesta o dessa diretoria, bie nio 2011-

2013, está á lutá pelá regulamenta-

ção da profissão de físico-médico –

pontuada por avanços e alguns retro-

cessos. Depois de ter sido aprovado

no dia 30 de novembro de 2011, pela

Comissa o de Trabalho e Serviço Pu -

blico, da Ca mara dos Deputados, o

projeto teve parecer apresentado pe-

lo deputado federal Mauro Nazif (PSB

-RO). Nos meses que se seguiram

abordamos a questa o de forma mais

efetiva no Congresso Nacional e no

Senado Federal e integramos a comis-

sa o para Regulamentaça o da Profis-

sa o de Fí sico (PL 1025/11), a convite

da Sociedade Brasileira de Fí sica (SBF).

Ainda no to pico das parcerias com outras

associações do setor gostarí amos de agra-

decer pelos chamados que recebemos para

seus inu meros congressos, caso da 43ª Jor-

nada Paulista de Radiologia (JPR’2013),

em que fomos representados por Renato

Dimenstein e Daniel Coiro na sessa o de

fí sica-me dica. Tambe m acompanhamos as

reuniões com a CNEN, o MS, a ANVISA e á

Sociedade Brasileira de Radioterapia

(SBRT) com o propo sito de melhorár o

controle de qualidade dos tratamentos e

dos serviços de radioterapia no Paí s. Ja nas

mesas-redondas que incluí ram esses e ou-

tros o rga os – INCa e Laborato rio de Cie n-

cias Radiolo gicas (LCR/UERJ) – o assunto

foi a regra de proteça o radiolo gica relacio-

nada ao uso de fontes de radiaça o, que

substituiu a norma CNEN-NE-3.06. Falan-

do em mudanças, tambe m promovemos

uma consulta pu blica no segundo trimes-

tre desse ano para propor a revisão do es-

tatuto da entidade, ale m de comemorar-

mos a elevaça o da fí sica-me dica como uma

das a reas da residência multiprofissional

da sau de. Em meio a isso, uma notí cia bas-

tante promissora: o Ministe rio da Sau de

estabeleceu um acordo com a Varian –

vencedora do prega o – para a aquisiça o de

80 soluções de radioterapia (vejá máis ná

pa gina 10). Vale lembrar ainda que o nos-

so colega Carlos Eduardo V. de Almeida,

autor da publicaça o “Bases Fí sicas de um

Programa de Garantia de Qualidade em

IMRT”, foi homenageado pela International

Organization for Medical Physics (IOMP).

Para ele e para todos voce s, muito obriga-

do pelo trabalho. Feliz 2014!

Editorial

Presidente: Edmario Antonio Guimara es Costa [email protected]; Vice-Presidente: Ilo de Souzá Báptistá [email protected]; Secretá rio Gerál: Luiz

Fla vio Kalil Telles [email protected]; Tesouráriá: Josemilson de Menezes Bispo [email protected]; Diretoriá de Rádioterápiá: Aluisio Jose

de Castro Neto [email protected]; Diretoriá de Mediciná Nucleár: Dániel Coiro dá Silvá [email protected]; Diretoriá de Rádiodiágno stico: Rená-

to Dimenstein [email protected]; Secretá rio regionál norte-nordeste: Fráncisco Luciáno Viáná [email protected]; Secretá rio regionál

centro-sudeste: Roberto Salomon de Souza [email protected]; Secretá rio regionál sul: Márcus Vinicius Bortolloto [email protected] SEDE ABFM.

Rua Brigadeiro Galvão, 262, Barra Funda, São Paulo, SP. CEP: 01151-000. ABFM

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013

Núcleo da Matéria - Nu mero 48, Ano VII - Novembro/ Dezembro de 2013. Publicaça o Bimensal

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dução

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Go to the future

Por Fran de Oliveira

Em meados de outubro, a RealView e a Philips anunciaram a conclusa o de um es-

tudo clí nico que demonstrou a viabilidade do uso da tecnologia 3-D para orientar

procedimentos minimamente invasivos em cardiologia.

No projeto piloto, que incluiu oito pacientes e foi realizado com a colaboraça o do

Schneider Children’s Medical Center, em Petách Tikvá, Isráel, os recursos de visuáli-

zaça o hologra fica da RealView exibiram imagens interativas capturadas ao mesmo

tempo em que as pessoas eram submetidas a exames de raios-X e de ultrassom

cardí aco da Philips.

Ale m de ver o coraça o do paciente numa tela 2-D, a equipe me dica foi capaz de ob-

servar as dina micas detalhadas do o rga o a partir de holografias tridimensionais

que “flutuavam no espaço livre”, sem o apoio de o culos especiais. Durante a cirur-

gia eles tambe m conseguiram manipular as estruturas do coraça o, tocando literal-

mente nos volumes daquela informaça o visual. Einat Birk, diretor do Instituto de Cardiologia Pedia trica do Schneider Children’s Medi-

cal Center, comentou que “as projeço es permitiram compreender melhor a anatomia do coraça o do paciente, bem como navegar e

apreciar o comportamento dos tecidos durante o processo”.

Ja Elchanan Bruckheimer, diretor dos laborato rios de cateterismo do hospital, lembrou que a possibilidade de aplicar as marcaço es

sobre a anatomia dos tecidos moles no raio-X e no ultrassom seria absolutamente u til para o sucesso desses tipos de procedimentos.

Os resultados foram apresentados no 25th Annuál Tránscátheter Cárdiovásculár Therápeutics (TCT), orgánizádo pelá Cárdiovásculár

Research Foundation. Confira mais detalhes diretamente no link: www.tctconference.com/agenda/agenda.html

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duçã

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Evoluções em andamento

Núcleo da Matéria - Nu mero 48, Ano VII - Novembro/ Dezembro de 2013. Publicaça o Bimensal

Por Helen Pessoa

Um trabalho publicado no Journal of Pedia-

trics, ássinádo por Eduárdo Mekitárián

Filho, pesquisador da Faculdade de Medi-

cina da USP (FMUSP), apresentou um novo

me todo de sedaça o para crianças submeti-

das a tomografia. Representando uma al-

ternativa para o hidrato de cloral – que

possui muitos efeitos colaterais; tempo

prolongado de recuperaça o e aplicaça o

atrave s de sonda anal – o Midazolam,

ansiolí tico usado nos prontos-socorros pe-

dia tricos, pode ser injetado pelo nariz em

pequenas gotas como uma espe cie de

spray. “Atualmente, o nu mero de pedidos

de TC e cada vez maior e as crianças na o

cooperam para a realizaça o do exame, que

requer total imobilidade do paciente. Uma

vez que a quantidade de radiaça o emitida

e muito alta, equivalente a 150 raios-X em

dois segundos, o ideal e realizar o procedi-

mento o mí nimo de vezes possí vel”, diz.

A pesquisa feita com menores de tre s anos

envolveu o monitoramento do hora rio em

que a droga foi injetada, o tempo levado

para dormir e de realizaça o do exame, o

perí odo para acordar e a condiça o de alta,

freque ncia cardí aca e respirato ria, oxige-

naça o e pressa o. Os resultados deram con-

ta de que a efica cia da substa ncia foi ade-

quada em 93% dos casos, mas que ainda

sera necessa rio diminuir os custos dos dis-

positivos de aplicaça o, cujo valor unita rio

e de R$ 36. Outra boa aça o e optar por

salas customizadas e bem coloridas, o que

acalma os pequenos na hora do exame.

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Efeitos especiais

Núcleo da Matéria - Nu mero 48, Ano VII - Novembro/ Dezembro de 2013. Publicaça o Bimensal

Por Sandi Dias

O Hospital de Ca ncer de Barretos, localizado no interior do estado de Sa o Paulo, e

a primeira unidade de sau de do Paí s a adquirir o pacote midia tico SensorySuite,

desenvolvido pela GE Healthcare para as pacientes submetidas a mamografia. A

soluça o traz recursos de realidade virtual para estimular os sentidos da mulher,

por meio de experie ncias olfativas, visuais e sonoras que proporcionam relaxa-

mento, desviando a atença o do exame e ajudando a reduzir o desconforto. Assim,

ao chegar a sala de exame, e possí vel escolher ambientes que simulam jardins ou

cachoeiras, com som ambiente, telas de projeça o e aspersa o de fragra ncias relacio-

nadas ao tema. Silvia Prioli Souza Sabino, radiologista da entidade, explica que “e

comum que as pacientes relatem para outras mulheres a dor sentida durante o

exame, disseminando assim o medo da mamografia. E com o SensorySuite com-

provamos que das 160 pacientes entrevistadas, 93% recomendariam a s amigas e

98% retornáriám párá reálizár um novo exáme”.

É para marcar mesmo, oras! Hemátologistás

reiteram que os exames de marcadores tumorais

ja sa o considerados uma tende ncia para a

detecça o de inu meros tipos de ca ncer. Selmo

Minucelli, oncologista do Lavoisier Medicina

Diagno stica, explica que esses marcadores sa o,

em sua maioria, proteí nas ou pedaços de proteí -

nas produzidas diretamente pelo organismo em

resposta a presença das ce lulas tumorais. Essas

substa ncias, relata, sa o encontradas principal-

mente no exame de sangue e servem de apoio

para o rastreamento da doença e de possí veis

recidivas e ajudam na escolha do tratamento.

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O Jornal Núcleo da Matéria é uma publicação da Associação Brasileira de Física Médica [ABFM], distribuída gratuitamente entre profissionais e empresas do setor, com periodicidade

bimensal, em formato digital. Site: www.abfm.org.br. Caixa Postal: 72.002. CEP: 05508-970, São Paulo, SP. Expediente - Supervisão: Edmario Costa; Jornalistas Responsáveis: Adriana

Sanches, MTB: 34.872 e Patrícia Favalle, MTB: 33.548. Reportagens: Ariana Brink, Daniel Froes, Helen Pessoa, Sandi Dias, Fran de Oliveira e Sérgio Martins. Estagiária: Lia Almeida.

Fotos: Divulgação. Projeto gráfico: 7ervas. ** Grupo Em Pauta Assessoria de Comunicação Ltda. Tel./Fax: (11) 3031-6033. Fale conosco: [email protected]

Núcleo da Matéria - Nu mero 48, Ano VII - Novembro/ Dezembro de 2013. Publicaça o Bimensal

Agenda

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dução

Por Fran Oliveira

IV Curso de Verão: Pesquisa em Oncologia – De acordo com os organizadores do evento o objetivo esta em “difundir o conhecimen-

to da pesquisa em oncologia para alunos de graduaça o, atrave s de conceitos e pra ticas utilizadas nas linhas de pesquisa do INCa”. As

aulas sa o voltadas para estudantes de Cie ncias em Sau de e a coordenaça o sera de Luis Felipe Ribeiro Pinto e Suse Dayse Silva Barbo-

sa. De 3 a 14 de fevereiro, na sede do Instituto Nacional de Ca ncer Jose Alencar Gomes da Silva, Rio de Janeiro. inscricaoonli-

ne.inca.gov.br/ie_eventos

European Congress of Radiology (ECR’2014) – No encontro ánuál dá entidáde será o discutidos os te-

mas mais relevantes do setor, como radiologia intervencionista, imagem molecular e contrastes, atrave s

de atividades educacionais, apresentaça o de pesquisas e outras publicaço es. Na ediça o desse ano estive-

ram presentes mais de 20 mil participantes, de 101 paí ses. De 6 a 10 de março de 2014, Viena, A ustria.

www.myESR.org/registration2014

Emerging Issues in Head and Neck Cancer – A Comissa o Organizadora convida estudantes, acade mi-

cos e profissionais da a rea para participar do workshop sobre ca ncer de cabeça e pescoço, em que sera o

compartilhadas as descobertas de tre s to picos relacionados ao tema: a geno mica dos tumores rastrea-

dos na regia o, o papel do papiloma ví rus (HPV) nesses casos e os avanços da detecça o precoce da doen-

ça. Organizado pela International Agency for Research on Cancer (IARC). Diás 2 e 3 de junho de 2014, em Sán Pietro di Bevágná, Itá liá.

www.iarc.fr/en/meetings/index.php

A Livraria da Vila do Shopping Pa tio Higieno polis, localizada na capital paulistana, rece-

beu no dia 3 de dezembro os autores da segunda ediça o do livro Câncer – Uma Visão

Multiprofissional (Editorá Mánole), todos especiálistás do Instituto Páulistá de Cáncero-

logia. Disponí vel tambe m em versa o e-book, o material reu ne temas atuais, caso da

oncogene tica e da onco-hematologia. Cada um dos articulistas discorreu sobre um capí -

tulo diferente, utilizando linguagem clara e objetiva para o pu blico leigo que tambe m

busca informaço es e esclarecimentos sobre o assunto. A psico-oncologista Vera Anita

Bifulco, coordenadora da obra, disse que “Continuamos o trabalho iniciado no primeiro

volume, pore m ampliamos sua atuaça o, intensificando uma revisa o sistema tica e atuali-

zada dos avanços cientí ficos, sem deixar de lado a sensibilidade que o tema exige”.

www.institutoipc.com.br

Nas prateleiras

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Núcleo da Matéria - Nu mero 48, Ano VII - Novembro/ Dezembro de 2013. Publicaça o Bimensal

Ampla e irrestrita

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Por Sérgio Martins

Dada no iní cio de novembro, a notí cia do acordo entre o Ministe -

rio da Sau de e a Varian Medical Systems para a obtença o de 80

aceleradores lineares simboliza um passo importante na amplia-

ça o da oferta do tratamento contra o ca ncer no Paí s. De acordo

com o ministro Alexandre Padilha, o Sistema U nico de Sau de

(SUS) contá átuálmente com 248 equipámentos, distribuí dos em

155 serviços, responsá veis por 9,6 milho es de sesso es de rádiote-

rapia por ano. Com a nova aquisiça o, a populaça o passara a con-

tar com 13 milho es de sesso es no mesmo perí odo, representando

um acre scimo de 25%.

A parceria preve tambe m a criaça o de 41 serviços de radioterapia

em cidades que na o disponibilizam esse tipo de estrutura, bem

como a ampliaça o de 39 serviços existentes. A partir da assinatu-

ra do contrato, a empresa norte-americana tera 90 dias para

apresentar o primeiro lote de projetos – ao todo sera o quatro.

Apo s cada uma dessas etapas, o MS abrira concorre ncia para a

contrataça o de empresas de engenharia que ficara o responsa veis

pela execuça o das obras fí sicas onde sera o instalados os apare-

lhos. Padilha lembrou que o grande volume de produtos adquiri-

dos possibilitou a economia de R$ 176 milho es, com o valor final

cravado em R$ 119,9 milho es. E, por fim, destacou a contraparti-

da cientí fica: “Ja que estamos fazendo a maior compra de

equipamentos de radioterapia que o mundo inteiro esta vendo,

exigimos que quem ganhasse o prega o construí sse uma fa brica de

aceleradores lineares no Brasil. Queremos a transfere ncia da

tecnologia deste equipamento para pesquisadores brasileiros,

para gerar emprego aqui e informaça o tecnolo gica para nossos

pesquisadores”.

Kolleen Kennedy, presidente para Sistemas Oncolo gicos da

Varian, revelou que alguns locais ja esta o em avaliaça o. Por ra-

zo es logí sticas estara pro ximo a um aeroporto internacional, uma

vez que o futuro Centro Educacional devera ser acessí vel para

cerca de mil profissionais por ano. “Este complexo faz parte da

estrate gia global de investimentos da Varian e nos ajudara a en-

frentar a crescente incide ncia de ca ncer no mundo. A empresa >>

11

investe anualmente 7% de seus lu-

cros – mais de US$ 170 milho es – em

pesquisa e desenvolvimento (P&D).

O Brasil agora fara parte da nossa

organizaça o global de engenharia,

participando diretamente em progra-

mas estrate gicos que apoiara o a cria-

ça o de novas e inovadoras ferramen-

tas de software”.

Localize no mapa

Os aceleradores sera o distribuí dos

em 63 municí pios, de 22 estados –

Alagoas, Bahia, Ceara , Maranha o,

Paraí ba, Pernambuco, Piauí , Sergipe,

Acre, Amapa , Amazonas, Rondo nia,

Roraima, Tocantins, Goia s, Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul, Parana ,

Rio Grande do Sul, Santa Catarina,

Sa o Paulo e Rio de Janeiro – e o Dis-

trito Federal. O crite rio de escolha

incluiu to picos como necessidade de

radioterapia, nu mero estimado de

casos anuais de ca ncer, oferta de

serviços existentes e percentuais

estaduais de cobertura do sistema de

sau de suplementar.

Parte do Programa de Fortalecimen-

to do Combate ao Ca ncer de Mama e

de Colo de U tero, o investimento foi

somado aos R$ 2,2 bilho es destina-

dos aos recursos para assiste ncia on-

colo gica pelo ministe rio no ano pas-

sado. Para o representante da pasta e

preciso expandir fortemente nos ser-

viços de radioterapia, especialmente

no Norte, Nordeste e interior das re-

gio es Sul e Sudeste, uma vez que as

estimativas do INCa apontam para o

aparecimento de 580 mil novos casos

apenas no pro ximo ano.

Direto no alvo

Durante a Jornada Paulista de Mastologia, realizada entre os dias 21 e 23 de novembro, em

Sa o Paulo, a Carl Zeiss, empresa que atua no setor o ptico, optoeletro nico e ciru rgico, apresen-

tou o Intrabeam – um sistema de radioterapia intraoperato ria que e ideal para o controle de

tumor localizado, com ra pida mobilidade na integraça o do fluxo de trabalho. Representantes

da empresa alema explicaram que, ale m das intervenço es feitas nas mamas, o equipamento

podera ser empregado em meta stases epidurais da coluna vertebral e em ca nceres gastroin-

testinais, do endome trio, da pele e da boca. “Este equipamento traz ao mercado latino uma

te cnica ja bastante utilizada na Europa e nos Estados Unidos. Ele e porta til e realiza a radiote-

rapia no momento da cirurgia. Para o caso de tumores de mama, onde o seio e preservado,

ele permite realizar radioterapia em dose u nica ou como irradiaça o parcial, favorecendo es-

pecialmente as mulheres no tratamento, sendo diferente das te cnicas tradicionais de radiote-

rapia”, destacou Luciana Pinheiro de Lima, fí sica e gerente de desenvolvimento e nego cios de

radioterapia da Carl Zeiss. http://meditec.zeiss.com e www.spmastologia.com.br

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Monte o seu cardápio!

Núcleo da Matéria - Nu mero 48, Ano VII - Novembro/ Dezembro de 2013. Publicaça o Bimensal

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: Repro

dução

Por Adriana Sanches

Durante o XVII Congresso Brasileiro de

Nutrologia, organizado pela Associaça o

Brasileira de Nutrologia (ABRAN), o

cardiologista e pesquisador da Harvard

University, John Michael Gaziano, apresen-

tou um estudo que comprova a eficie ncia

do uso de multivitamí nicos na prevença o

do ca ncer. Entre os anos de 1997 e 2011,

14.641 me dicos sáudá veis do sexo máscu-

lino com mais de 50 anos, escolhidos pela

American Medical Association, usárám o

complemento Centrum Silver (Pfizer) dia-

riamente. Ao final do processo, disse Gazi-

ano, as investigaço es apontaram uma re-

duça o de 8% na incide ncia de todos os ti-

pos de ca ncer entre os participantes. E, se

excluí dos os tumores localizados na pro s-

tata, a queda chega a 12%. O especialista

lembrou tambe m de outros pontos impor-

tantes para o sucesso do experimento, ca-

so da qualidade e da procede ncia do pro-

duto ingerido, “o resultado e va lido apenas

para multivitamí nicos completos e na o pa-

ra suplementos formulados com altas do-

ses de poucas vitaminas e minerais especí -

ficas, que poderiam ate aumentar o risco

de sofrer com a doença, se na o forem pres-

critos corretamente”. www.aacr.org

Mudaram as estações. Depois dá bem sucedidá párce-

ria da marca de eletrodome sticos KitchenAid com a

aça o Outubro Rosa - em prol da detecça o precoce do

ca ncer de mama - a batedeira mais fashion do circuito

desfilou pelas prateleiras

brasileiras tingida de azul

-claro. A cor faz parte da

inciativa batizada de No-

vembro Azul, que visa

conscientizar os homens

sobre a necessidade do

diagno stico ra pido do

ca ncer de pro stata.

O que é Notícia

As imagens contam tudo. No caso do conceito

que vem sendo testado pelas gigantes Philips e

Accenture, elas podera o aprimorar a efica cia

de procedimentos ciru rgicos. A demonstraça o

veiculada recentemente trouxe o Google

Glass™, um tipo de o culos capaz de enviar men-

sagens e realizar videoconfere ncias, conectado

ao Philips IntelliVue Solutions, para fornecer a

equipe me dica informaço es clí nicas do pacien-

te atrave s apenas de comandos de voz. Para

explorar o potencial desse recurso foi criado o

Digital Accelerator Lab, umá plátáformá de ino-

vaça o intersetorial com laborato rios localiza-

dos na Holanda e na I ndia. De acordo com

especialistas envolvidos na pesquisa, outras

questo es sera o respondidas para saber, por

exemplo, como obter dados do paciente de

qualquer local dentro do hospital; se sera pos-

sí vel gravar cirurgias para fins de treinamento

e de que maneira o me dico podera recorrer a

assiste ncia de profissionais de outras localida-

des. Conexa o em estado bruto.

13

Por Sergio Martins

Mesmo com a queda do nu mero de casos de ca ncer de ova rio apo s os 60 anos,

segundo dados do INCa e da American Cancer Society, em 75% dos episo dios o

diagno stico e feito quando a doença ja esta em fase avançada – o que reforça a im-

porta ncia da prevença o. De acordo com o me dico radiologista Osmar Saito, do Cen-

tro de Diagno sticos Brasil, o ultrassom feito regularmente e ideal para rastrear tu-

mores de tamanhos pequenos. “O cisto ginecolo gico simples geralmente e formado

por lí quido de aspecto homoge neo, sem vegetaço es so lidas nas suas paredes inter-

nas. Por outro lado, o tumor e uma massa anormal de tecido, geralmente so lida,

mas que podera conter alguma quantidade de lí quido tambe m. Vale ressaltar que

nem todos os no dulos com vegetaço es sa o malignos”. A endometriose e os terato-

mas, lembra, acometem mulheres mais jovens e tambe m podem ser vistos nesse e

em outros exames de imagem. Dor pe lvica ou durante a relaça o sexual, aumento

progressivo do volume da barriga e alteraço es do ritmo alimentar e da freque ncia

urina ria esta o entre os sintomas que levam a investigaça o do ca ncer de ova rio.

Recall periódico Foto

: Repro

dução

Eu quero é ser feliz! Procedimento indicado para pacientes com ca nceres mama rios de

estadiamento avançado, a mastectomia pode prejudicar a autoestima feminina. Uma das

dicas para reverter esse processo esta na pra tica de exercí cios leves e de impacto redu-

zido, como o pilates. A empresa ria Va nia Teixeira, aluna do Maha Studio, sediado em Sa o

Paulo, conta que a atividade a ajudou de inu meras formas. “Eu estava com a musculatura

muito encolhida por causa da dor da quimioterapia. Com o andamento das aulas a minha

postura voltou ao normal e estou mais relaxada”. Os professores do espaço lembram que

todo treinamento fí sico deve ser acompanhado por um profissional.

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É preciso ter ciência

Núcleo da Matéria - Nu mero 48, Ano VII - Novembro/ Dezembro de 2013. Publicaça o Bimensal

Foto

: Repro

dução

Por Adriana Sanches

Terceiro tipo de ca ncer mais comum no

Paí s, com 25 casos para cada 100 mil habi-

tantes em Sa o Paulo e no Rio de Janeiro, o

ca ncer colorretal tem chance de cura de

98% quándo o tumor áindá e detectádo ná

parte superficial do intestino. Essa e ou-

tras informaço es foram compartilhadas

com o pu blico – e inu meros convidados –

na ediça o especial da se rie Encontro com

Especialistas, orgánizádo pelo A.C. Cámár-

go Cancer Center. Durante o bate-papo,

oncologistas do Nu cleo de Tumores Color-

retais esclareceram as principais du vidas

dos participantes, como os sintomas mais

comuns e as te cnicas de rastreamento.

Os profissionais lembraram, por exemplo,

que a maior parte dos tumores começa na

forma de po lipos – leso es benignas que

podem crescer na parede interna do intes-

tino grosso. Ja nos episo dios de maior gra-

vidade (estadiamento IV), que correspon-

dem a 75% dos casos, os abscessos ultra-

passam os limites do o rga o e chegam ao

fí gado, pulma o e perito nio. Samuel Aguiar

Ju nior, cirurgia o-oncologista e chefe do

Nu cleo de Tumores Colorretais, destacou

que ha estudos que mostram que a colo-

noscopia pode reduzir em mais de 50% as

mortes ligadas a doença, mas faltam ao pu -

blico informaço es sobre quando fazer e

como ter acesso ao exame.

Aguiar disse tambe m que e o problema e

agravado por duas situaço es: a neglige ncia

de sintomas como sangramentos e altera-

ço es do ha bito intestinal e a falta de polí ti-

cas eficazes de informaça o sobre a impor-

ta ncia da colonoscopia e da conversa com

o me dico quando o sangue oculto nas fezes

e observado. Mesmo tendo um custo consi-

derado alto – e sofrer resiste ncia de parte

dos homens –, o procedimento e indicado

para pessoas acima dos 50 anos, com repe-

tiça o a cada 5 ou 10 anos, e para aqueles

com mais de 40 anos que tenham casos na

famí lia. Para esse grupo o retorno e anual.

www.accamargo.org.br

Agenda positiva

O A.C. Camargo foi um dos vencedores do

VIII Pre mio Sau de, promovido pela revista

Saúde (Grupo Abril), especiálizádá em nu-

triça o, atividade fí sica e bem-estar. Vilma

Regina Martins, superintendente de Pes-

quisa, representou a entidade durante a

cerimo nia com outros profissionais da ca-

sa. saude.abril.com.br/premiosaude/2013

Acompanhe. Apo s o diágno stico de cá ncer de esto mágo feito pelá equipe me dicá que átendeu o deputádo

federal Homero Pereira (PSD-MT), morto em 20 de outubro, o assunto ganhou espaço na imprensa. Dados

do INCa sugerem que os tre s tipos da doença – adenocarcinoma, linfoma e leiomiossarcoma – sa o preva-

lentes em homens acima dos 50 anos, caso do parlamentar. Diretor da Oncomed de Belo Horizonte, o me -

dico Ama ndio Soares lembra que o histo rico familiar somado a falta de vitaminas A e C, o consumo de ali-

mentos com corantes, bebidas alcoo licas e o cigarro aumentam o risco de desenvolver tumores na regia o.