núcleo em rede - setembro/2009 - edição 11

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Multiplicadores de cidadania no trânsito Parceria EDIÇÃO 11 Usuários da Ceapa abordam motoristas de Contagem e distribuem carlhas com os temas educação e cidadania sobre quatro rodas NPC Contagem Rua Portugal, 20, Bairro da Glória Contagem [31] 3352-5448 Informativo Mensal do Instituto Elo | Setembro 2009 receosos, com a sensação de que serão punidos mais uma vez, não demoram a parcipar e reagir muito bem frente às avidades. “A blitz tem uma repercussão muito posiva entre os integrantes”, garante. A professora ressalta também que as abordagens são bem alegres, ainda mais com a mascote do projeto – um coração de pelúcia –, que é fotografada junto às pessoas abordadas nas ações. “A blitz foi uma surpresa agradável e excelente. Eu sou um pouco acanhado para abordar as pessoas, mas durante a distribuição dos informavos fui me sendo mais à vontade”, relata Raimundo Fonseca, um dos parcipantes do grupo. Segundo Wanderson de Oliveira, também usuário da Ceapa, a blitz, assim como todo o curso, foi muito proveitosa, pois muitas instruções em relação ao trânsito passam despercebidas. “Meu conceito de trânsito mudou muito. Toda a sociedade devia ter um incenvo como esse”, defende. A avidade de 22 de setembro lembrou também o Dia Mundial sem Carro, além da Semana Nacional do Trânsito, que foi do dia 18 a 25 de setembro. Uma boa pedida, já que o propósito da blitz nos bares frisa que álcool e volante não combinam. Durante as abordagens, os parcipantes distribuem carlhas educavas e interagem Vinte usuários da Central de Apoio às Penas Alternavas (Ceapa), do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) de Contagem, realizaram duas blitzen educavas em 19 e 22 de setembro, próximo ao Big Shopping, no bairro Eldorado, zona oeste de Contagem. No primeiro dia, as abordagens foram no trânsito da Avenida João César de Oliveira. Já no segundo, os usuários conversaram com frequentadores de bares da mesma região. As blitzen fazem parte do projeto Vida Segura – Dirija com o seu coração, desenvolvido pelo Centro de Ensino Técnico Integrado (Centec), em parceria com a Ceapa, desde o início deste ano em Belo Horizonte e região metropolitana. A esmava é de que, até o final de 2009, 580 infratores de trânsito – divididos em 22 grupos – possam cumprir a pena alternava de alguma infração de trânsito, parcipando desse projeto temáco. As avidades de cada grupo têm duração de aproximadamente três meses. Em Contagem, o curso foi desenvolvido na Paróquia Nossa Senhora da Glória, uma das parceiras nas avidades do NPC. De acordo com a psicóloga Márcia Ávila, uma das instrutoras do Centec, no início do curso, apesar dos alunos ficarem com os frequentadores com um jogo educavo: uma roleta que sorteia o “amigo da vez”, que deixa de beber para dirigir e garanr a segurança (e a vida) de todos. Paula Jardim, diretora dos Programas Ceapa e PrEsp, diz que o trabalho desenvolvido no projeto de trânsito traz diversas questões no sendo de adequação do delito, como uma reflexão profunda que influencia diretamente no problema da reincidência e numa questão fundamental: a possibilidade do infrator passar de problema à solução. “Os infratores tornam-se mulplicadores diante da efeva parcipação nas diversas avidades propostas pelos grupos de reflexão, como a blitz educava no trânsito e visitas guiadas em centros de traumatologia”, analisa. Essa foi a terceira vez que o programa, junto ao Centec, promove ações educavas no trânsito. As primeiras blitzen aconteceram durante o sábado de carnaval, na Savassi, em Belo Horizonte, e as demais, em maio, no período noturno, em bares da mesma região. Além dos 580 usuários da Ceapa que parciparão do curso até dezembro, a parceria entre o programa e o Centec será ampliada até março de 2010, com previsão de mais cinco grupos reflexivos com infratores de trânsito. Fotos: Arquivo NPC Ação no dia 19 de setembro no cruzamento da Avenida João César Participantes e a mascote se preparam para a blitz nos bares núcleo em rede_setembro11.indd 1 9/25/09 2:54:59 PM

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Informativo mensal produzido pelo Instituto Elo pelo Termo de Parceria celebrado com a Superintendência de Prevenção à Criminalidade (Spec), da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

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Page 1: Núcleo em Rede - Setembro/2009 - Edição 11

Multiplicadores de cidadania no trânsito

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EDIÇÃO 11

Usuários da Ceapa abordam motoristas de Contagem e distribuem carti lhas com os temas educação e cidadania sobre quatro rodas

NPC ContagemRua Portugal, 20, Bairro da Glória

Contagem [31] 3352-5448

Informativo Mensal do Instituto Elo | Setembro 2009

receosos, com a sensação de que serão punidos mais uma vez, não demoram a parti cipar e reagir muito bem frente às ati vidades. “A blitz tem uma repercussão muito positi va entre os integrantes”, garante. A professora ressalta também que as abordagens são bem alegres, ainda mais com a mascote do projeto – um coração de pelúcia –, que é fotografada junto às pessoas abordadas nas ações.

“A blitz foi uma surpresa agradável e excelente. Eu sou um pouco acanhado para abordar as pessoas, mas durante a distribuição dos informati vos fui me senti do mais à vontade”, relata Raimundo Fonseca, um dos parti cipantes do grupo. Segundo Wanderson de Oliveira, também usuário da Ceapa, a blitz, assim como todo o curso, foi muito proveitosa, pois muitas instruções em relação ao trânsito passam despercebidas. “Meu conceito de trânsito mudou muito. Toda a sociedade devia ter um incenti vo como esse”, defende.

A ati vidade de 22 de setembro lembrou também o Dia Mundial sem Carro, além da Semana Nacional do Trânsito, que foi do dia 18 a 25 de setembro. Uma boa pedida, já que o propósito da blitz nos bares frisa que álcool e volante não combinam. Durante as abordagens, os parti cipantes distribuem carti lhas educati vas e interagem

Vinte usuários da Central de Apoio às Penas Alternati vas (Ceapa), do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) de Contagem, realizaram duas blitzen educati vas em 19 e 22 de setembro, próximo ao Big Shopping, no bairro Eldorado, zona oeste de Contagem. No primeiro dia, as abordagens foram no trânsito da Avenida João César de Oliveira. Já no segundo, os usuários conversaram com frequentadores de bares da mesma região.

As blitzen fazem parte do projeto Vida Segura – Dirija com o seu coração, desenvolvido pelo Centro de Ensino Técnico Integrado (Centec), em parceria com a Ceapa, desde o início deste ano em Belo Horizonte e região metropolitana. A esti mati va é de que, até o fi nal de 2009, 580 infratores de trânsito – divididos em 22 grupos – possam cumprir a pena alternati va de alguma infração de trânsito, parti cipando desse projeto temáti co. As ati vidades de cada grupo têm duração de aproximadamente três meses. Em Contagem, o curso foi desenvolvido na Paróquia Nossa Senhora da Glória, uma das parceiras nas ati vidades do NPC.

De acordo com a psicóloga Márcia Ávila, uma das instrutoras do Centec, no início do curso, apesar dos alunos fi carem

com os frequentadores com um jogo educati vo: uma roleta que sorteia o “amigo da vez”, que deixa de beber para dirigir e garanti r a segurança (e a vida) de todos.

Paula Jardim, diretora dos Programas Ceapa e PrEsp, diz que o trabalho desenvolvido no projeto de trânsito traz diversas questões no senti do de adequação do delito, como uma refl exão profunda que infl uencia diretamente no problema da reincidência e numa questão fundamental: a possibilidade do infrator passar de problema à solução. “Os infratores tornam-se multi plicadores diante da efeti va parti cipação nas diversas ati vidades propostas pelos grupos de refl exão, como a blitz educati va no trânsito e visitas guiadas em centros de traumatologia”, analisa.

Essa foi a terceira vez que o programa, junto ao Centec, promove ações educati vas no trânsito. As primeiras blitzen aconteceram durante o sábado de carnaval, na Savassi, em Belo Horizonte, e as demais, em maio, no período noturno, em bares da mesma região.

Além dos 580 usuários da Ceapa que parti ciparão do curso até dezembro, a parceria entre o programa e o Centec será ampliada até março de 2010, com previsão de mais cinco grupos refl exivos com infratores de trânsito.

Fotos: Arquivo N

PC

Ação no dia 19 de setembro no cruzamento da Avenida João César

Participantes e a mascote se preparam para a blitz nos bares

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Page 2: Núcleo em Rede - Setembro/2009 - Edição 11

Emprego e Renda

Projeto de Lei Estadual

Regina Bragatto, supervisora do PrEsp, acrescenta que o projeto de lei municipal complementará o projeto de lei estadual que já foi aprovado em 2° turno na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

O projeto estadual prevê incentivo fiscal para empresas que contratarem egressos do sistema prisional. Serão oferecidas 300 vagas em 36 empresas no Estado. O incentivo será feito por meio do projeto Regresso, parceria entre o governo de Minas, por meio do programa PrEsp, e o Instituto Minas Pela Paz. No projeto, o instituto ficará responsável pela sensibilização das

empresas e o PrEsp encaminhará os egressos para as possíveis vagas.

As instituições receberão o equivalente a dois salários mínimos por egresso contratado e terão que estar em dia com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a Fazenda Estadual. O número de contratados por empresa não deverá exceder 5% do total de trabalhadores. Os egressos, para concorrerem às vagas, terão que estar em liberdade condicional ou definitiva e participarem do programa por um período mínimo de três meses. A equipe do PrEsp irá acompanhá-los durante o primeiro ano no emprego.

Trabalho para um recomeçoAudiência Pública em Governador Valadares discute a importância do trabalho para os egressos do sistema prisional e ações para diminuir o preconceito

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No dia 8 de setembro, a equipe do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) de Governador Valadares, egressos do sistema prisional e seus familiares, vereadores e autoridades do judiciário estiveram presentes na audiência pública na Câmara Municipal para discutirem a inserção do egresso no mercado de trabalho.

O objetivo da discussão foi sensibilizar a sociedade e o empresariado sobre o assunto e criar oportunidades de trabalho para egressos, que sofrem discriminação por causa dos seus antecedentes criminais. De acordo com Rosa Antônio dos Anjos, técnica social do Programa de Reintegração Social do Egresso do Sistema Prisional (PrEsp), o emprego formal é essencial para garantir a renda familiar e a não reincidência do egresso.

Rosa conta que a principal carência desse público é não conseguirem emprego quando saem da prisão. ”Eles precisam comer, vestir, sustentar suas famílias”, comenta. E sem alternativas, seguem para o trabalho informal, bicos e, em alguns casos, voltam para o crime. Por isso, a equipe do programa tenta há mais de quatro anos parcerias com as empresas da cidade para a contratação de egressos.

Diante dessa situação, os técnicos do PrEsp mobilizaram várias instâncias à favor da causa. A Câmara de Vereadores propôs a audiência pública e pretende estudar um projeto de lei, junto à sociedade civil, que garanta incentivo fiscal para as empresas que contratarem egressos do sistema prisional. De acordo com a técnica, existem outros projetos de lei no âmbito municipal como esse. No começo deste mês, foi aprovado um projeto de lei estadual que assegura esse incentivo.

Para atingir o empresariado, principal foco, e discutir ações relacionadas ao tema, foi montada uma comissão no município. Entre os planos do grupo, estão visitas às empresas e a produção de uma cartilha para explicar aos empresários a importância de contratarem egressos e os projetos de lei engajados na causa.

NPC Governador ValadaresRua Prudente de Morais, 79, Centro

Governador Valadares [33] 3272-5095

Fotos: Arquivo N

PC

Sociedade e poder público reuniram-se para discutir a importância do trabalho para os egressos

Participantes ressaltaram a necessidade de se acabar com o preconceito

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Page 3: Núcleo em Rede - Setembro/2009 - Edição 11

Papagaios colorem o céu de SabaráFestival reuniu jovens do bairro Nossa Senhora de Fátima em torno da brincadeira e enfeitou o céu da cidade

Diversão

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da rede parceira. A tenente Virgínia Pacheco, do Grupo Especializado em Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR), da Polícia Militar, uma das juradas da competição de pipas, disse que o festival é um excelente acontecimento, pois resgata uma brincadeira de gerações e proporciona o contato entre as crianças. “Espero que a iniciativa seja permanente aqui no bairro e que seja realizado um concurso para os adultos”, almeja.

Se a sugestão da tenente acontecer, a família de Thalita Diovana vai gostar e, certamente, participar. “Minha família inteira solta papagaio”, garante a jovem, que está nas oficinas de pintura e capoeira do Fica Vivo!.

O dia 29 de agosto amanheceu entre nuvens em Sabará, mas não tardou para o sol apontar e deixar o céu azul para receber um colorido bonito no I Festival de Papagaio do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do bairro Nossa Senhora de Fátima. Mais de 50 jovens do Fica Vivo! e outros meninos e meninas da comunidade levaram seus papagaios, de diversas formas e tamanhos, até o campo de futebol do bairro onde ocorreu o festival.

“Participei da aula e aprendi a fazer o papagaio de seda, que eu não sabia, a fazer desenhos e cortar o papel para fazer ele com mais de uma cor”, contou Jonathan Gustavo, de 12 anos. Sua irmã, Karen, de 11 anos, também com um papagaio, estava ansiosa pelos prêmios do festival. Ambos os irmãos não frequentam as oficinas do Fica Vivo!, mas também eram público-alvo do evento. Eles souberam do festival através dos colegas da escola.

O objetivo foi aproximar os adolescentes e jovens da comunidade do NPC e do programa. De acordo com Patrícia Souza, técnica do Fica Vivo!, o evento foi pensado com a intenção de acessar jovens que não integram o programa e despertar a atenção dos mais novos, que ainda não podem participar por terem menos de 12 anos, mas que já rondam as oficinas. “Nosso objetivo, também, é poder transformar uma prática corriqueira deles em uma festa, trazer uma opção de lazer saudável, além de aproximar a rede parceira”, explica.

A felicidade estava estampada no rosto de Rafael Faria, oficineiro que promoveu os workshops de papagaio em várias regiões da comunidade a convite do Fica Vivo!. Ele contou que as oficinas foram muito produtivas, pois os participantes conversaram sobre questões como o uso proibido do cerol e os perigos em empinar papagaios em cima de lajes e próximo à rede de energia elétrica. “É gratificante ver a participação dos jovens com a família. Olhe à volta: tem pais, mães e avós. É muito importante um sábado de lazer com a família e os amigos”, narra Rafael.

As palestras sobre os cuidados na hora de soltar papagaio contaram com o apoio da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, do Programa Saúde da Família e das escolas locais. Outra questão abordada durante os encontros foi a do meio ambiente. Os jovens receberam instruções para não fazer seus papagaios com sacos plásticos e com tipos de papéis que prejudicam a natureza.

PremiaçãoO festival premiou os três primeiros colocados com uma bicicleta, um MP3 e uma bola de futsal, respectivamente. No ato da inscrição, durante as palestras e workshops – que aconteceram até momentos antes do início do festival –, os meninos conheceram as regras para participar da competição.

O júri foi composto por oficineiros do NPC, técnicos do Mediação de Conflitos, líderes comunitários e demais membros

Núcleo Sabará – N. Sra. de FátimaRua Minas Novas, 235ª, N. Sra. de Fátima

Sabará [31] 3672-2221

Fotos: Paulo Proença

Jovens do Fátima reuniram-se para empinar seus papagaios e colorir o céu azul da manhã de sábado

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Page 4: Núcleo em Rede - Setembro/2009 - Edição 11

ExpedienteInstituto EloDiretor-Presidente: Kris Brettas - Diretor Administrativo-Financeiro: Gleiber GomesInformativo Núcleo em RedeAssessora de Comunicação: Liliane Lessa - Jornalista Responsável: Ana Paula Ferreira (12606/MG) Reportagem e redação: Ana Carolina Jácome, Ana Paula Ferreira e Paulo Proença Design Gráfico: Henrique Cardinali e Sônia Silva Tiragem: 2.000 exemplares - Impressão: Gráfica 101 - Publicado em 30 de setembro de 2009Rua Guajajaras, 40, 10o andar, sala 3 - Belo Horizonte - MG - 30.180-100www.institutoelo.org.br/ Contatos: (31) 3309-5617 / [email protected]

O Instituto Elo é uma associação privada sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) pelos governos federal e estadual, que atua na gestão de projetos sociais e culturais em parceria com as iniciativas pública e privada. Nos Núcleos de Prevenção à Criminalidade, o objetivo do Instituto é desenvolver, em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social, ações relativas à prevenção social da criminalidade e da violência por meio da implantação, desenvolvimento e consolidação dos NPCs.

Neles, são executados os programas Fica Vivo!, que atende jovens em situação de risco social; Central de Apoio às Penas Alternativas, responsável por monitorar o cumprimento de penas e medidas alternativas; Reintegração Social do Egresso do Sistema Prisional, que trabalha para a reinserção das pessoas que deixaram o sistema penitenciário; e Mediação de Conflitos, voltado para a resolução extrajudicial de problemas.

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Teatro

Mediação através da arte

Jovens atores no palco prendem a atenção da platéia, que não quer perder nenhum detalhe da história. Essa foi a forma escolhida pela equipe do programa Mediação de Conflitos, do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) de Ipatinga, para divulgar o programa entre os moradores do bairro Bethânia. A intenção do projeto, que ganhou o nome de Mediarte, é fazer com que mais pessoas da comunidade procurem pela mediação para resolver problemas que surgem no cotidiano, como questões previdenciárias, acesso aos serviços públicos essenciais, direitos do trabalhador e relações familiares (pensão, separação, divórcio, investigação de paternidade).

De acordo com a técnica social Ana Maria Brandão, a equipe do NPC percebeu, durante os atendimentos, que muitas pessoas ainda não sabiam da existência do programa. A equipe resolveu, então, convidar a oficineira de teatro do Fica Vivo! para criar, junto com os jovens da oficina, uma apresentação que explicasse o que é a resolução extrajudicial de conflitos.

As apresentações aconteceram durante os meses de agosto e setembro e foram realizadas em sete escolas do bairro, nos períodos da manhã e da noite, contemplando alunos do ensino fundamental e médio. Na platéia, também estavam presentes pais de alunos,

professores e demais funcionários das escolas. “Em todas as apresentações houve a presença de bastante gente. Em uma delas, havia cerca de 200 espectadores”, conta. Ana acredita que o projeto Mediarte pode ser uma das causas do aumento do número de atendimentos realizados pelo programa em agosto (veja gráfico). “Sempre perguntamos às pessoas como elas ficaram sabendo e muitos têm dito que assistiram à peça de teatro na escola”, relata. Outra resposta recorrente, segundo a técnica, é de que as próprias escolas fizeram o encaminhamento, assim como outras instituições da rede parceira também fazem. A história encenada mostra uma família conflituosa e as diversas formas encontradas pelos seus membros para resolver os conflitos que vivenciam. Durante a apresentação são explicados os conceitos e a metodologia do programa através da fala e atuação dos personagens. O texto e o roteiro foram construídos pelos jovens e pela oficineira, além da equipe do programa Mediação, que orientou quanto às informações que deveriam ser transmitidas.

Após as apresentações, os técnicos explicaram brevemente o que é o programa, repassaram o endereço e os telefones do Núcleo e entregaram folhetos para os presentes. Segundo Ana, as apresentações aproximaram as escolas ainda mais do NPC. “Elas fazem parte da nossa rede parceira. Sempre apoiam o nosso trabalho”, comenta. Os técnicos do Fica Vivo! também aproveitam a oportunidade para apresentar o programa e convidar os jovens presentes a participarem das oficinas.

Segunda turnêEssa é a segunda vez que o projeto Mediarte promove apresentações nas escolas do bairro Bethânia. No ano passado, alunos dos turnos matutino e vespertino e professores também assistiram à peça. O projeto foi retomado esse ano a pedido da própria comunidade escolar, com apresentações para os pais e também para os alunos que estudam à noite.

Peça de teatro encenada por jovens do Fica Vivo! apresenta aos moradores do bairro Bethânia, em Ipatinga, o programa Mediação de Conflitos

Núcleo Ipatinga – BethâniaAvenida Gerasa, 3.251, Bethânia

Ipatinga [31] 3827-3795

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Mar Abr Mai Jun Jul AgoFev

100

80

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Evolução do número de atendimentos realizados pela Mediação de Conflitos no bairro Bethânia, em Ipatinga. Fonte: Relatórios mensais de acompanhamento

Auditório cheio na apresentação realizada na Escola Municipal Zélia Duarte Passos

Foto: Arquivo N

PC

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