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PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS NP013 – PROJETO DE INTERCEPTORES E COLETORES TRONCO DE ESGOTO SANITÁRIO Revisão:02 Mar./2013 Elaboração Revisão Data da revisão Aprovado (ou Aprovação) Data aprovação Luiz Fernando J. Albrecht Carla Rodrigues Silveira e Isabel Neuvald 18/03/2013 Airana R. Canto 27/03/2013 Página 1 de 10 SUMÁRIO 1. Objetivo e campo de aplicação ...........................................................................2 2. Referências .........................................................................................................2 3. Definições ...........................................................................................................2 4. Condições para início do serviço ........................................................................3 5. Métodos e procedimentos de execução..............................................................4 5.1 Estudos Preliminares.......................................................................................4 5.1.1 Atividades Gerais .........................................................................................4 5.1.2 Serviços de Campo......................................................................................4 5.2 Dimensionamento............................................................................................5 5.2.1 Considerações gerais ..................................................................................5 5.2.2 Avaliação das vazões ..................................................................................5 5.2.3 Traçado do Interceptor ou Coletor Tronco ...................................................6 5.2.4 Dimensionamento Hidráulico .......................................................................6 5.2.5 Análise de funcionamento............................................................................6 5.3 Aspectos construtivos......................................................................................6 5.3.1 Tubulações ..................................................................................................7 5.3.2 Poços de Visita ............................................................................................7 5.3.3 Fundações e Estruturas de Embasamento ..................................................7 5.3.4 Ligações ao Interceptor ou Coletor Tronco ..................................................7 5.3.5 Extravasores ................................................................................................8 5.3.6 Caixa Coletora de Vazão de Tempo Seco ...................................................8 5.3.7 Faixa de Servidão Administrativa.................................................................8 5.3.8 Travessias....................................................................................................8 6. Apresentação do Trabalho ..................................................................................9 7. Verificação ........................................................................................................10 8. Medição ............................................................................................................10 9. Observações .....................................................................................................10 10. Registros ...........................................................................................................10 12. Anexos ..............................................................................................................10 IMPRESSÃO NÃO AUTORIZADA

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NP013 – PROJETO DE INTERCEPTORES E COLETORES TRONCO DE ESGOTO SANITÁRIO

Revisão:02 Mar./2013

Elaboração Revisão Data da revisão Aprovado (ou Aprovação)

Data aprovação

Luiz Fernando J. Albrecht

Carla Rodrigues Silveira e Isabel Neuvald

18/03/2013 Airana R. Canto 27/03/2013

Página 1 de 10

SUMÁRIO

1. Objetivo e campo de aplicação ...........................................................................2 2. Referências.........................................................................................................2 3. Definições ...........................................................................................................2 4. Condições para início do serviço ........................................................................3 5. Métodos e procedimentos de execução..............................................................4 5.1 Estudos Preliminares.......................................................................................4

5.1.1 Atividades Gerais.........................................................................................4 5.1.2 Serviços de Campo......................................................................................4

5.2 Dimensionamento............................................................................................5 5.2.1 Considerações gerais ..................................................................................5 5.2.2 Avaliação das vazões ..................................................................................5 5.2.3 Traçado do Interceptor ou Coletor Tronco ...................................................6 5.2.4 Dimensionamento Hidráulico .......................................................................6 5.2.5 Análise de funcionamento............................................................................6

5.3 Aspectos construtivos......................................................................................6 5.3.1 Tubulações ..................................................................................................7 5.3.2 Poços de Visita ............................................................................................7 5.3.3 Fundações e Estruturas de Embasamento..................................................7 5.3.4 Ligações ao Interceptor ou Coletor Tronco..................................................7 5.3.5 Extravasores ................................................................................................8 5.3.6 Caixa Coletora de Vazão de Tempo Seco...................................................8 5.3.7 Faixa de Servidão Administrativa.................................................................8 5.3.8 Travessias....................................................................................................8

6. Apresentação do Trabalho..................................................................................9 7. Verificação ........................................................................................................10 8. Medição ............................................................................................................10 9. Observações.....................................................................................................10 10. Registros...........................................................................................................10 12. Anexos ..............................................................................................................10

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1. Objetivo e campo de aplicação Esta norma trata das especificações para elaboração de Projetos de Interceptores e Coletores Tronco de Esgoto Sanitário do Município de Porto Alegre e se destina a orientar os técnicos do Departamento e de empresas contratadas quanto a aspectos essenciais a serem observados, como: padrões de apresentação, normas aplicáveis e elementos que compõem o projeto.

2. Referências Na aplicação desta norma é necessário consultar:

NP 012 – Norma DMAE - Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário; NS 035 - Norma DMAE – Construção de PV tipo 1; NS 036 - Norma DMAE – Construção de PV tipo 2; NS 037 - Norma DMAE – Construção de PV tipo 3; NBR 7362 - Sistemas enterrados para condução de esgoto; NBR 7968 - Diâmetros nominais em tubulações de saneamento nas áreas de rede de

distribuição, adutoras, redes coletoras de esgoto e interceptores; NBR 8161 - Tubos e conexões de ferro fundido para esgoto e ventilação - Formatos e

dimensões; NBR 8890 - Tubo de concreto armado, de seção circular, para esgoto sanitário; NBR 9651 - Tubo e conexão de ferro fundido para esgoto; NBR 9814 - Execução de rede coletora de esgoto sanitário; NBR 9648 - Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário; NBR 9649 - Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário; NBR 9914 - Tubos de aço ponta e bolsa, para junta elástica; NBR 10158 - Tampão circular de ferro fundido – Dimensões; NBR 10160 - Tampão circular de ferro fundido; NBR 12207 - Projeto de interceptores de esgoto sanitário; NBR15420 - Tubos, conexões e acessórios de ferro dúctil para canalizações de esgotos

– Requisitos;

3. Definições BANQUETA: Correspondente à área do fundo não ocupada pelas calhas com declividade no sentido das calhas. CAIXILHO E TAMPÃO: colocado diretamente sobre a laje excêntrica ou chaminé, com tampa articulada, em ferro, nos diâmetros 600mm, 1000mm e 1200mm. A cota superior do tampão deve coincidir com o greide e suportar as cargas acidentais do tráfego. CÂMARA DE TRABALHO (BALÃO): parte do PV de maior dimensão em planta, onde situam-se as canaletas e almofadas ou banquetas CANALETAS: Canais em meia-seção circular de diâmetro equivalente aos das tubulações que se ligam ao PV, destinados a propiciar o escoamento do esgoto no interior do mesmo; podendo ser retas ou curvas COLETOR DE FUNDOS: Rede coletora de esgoto normalmente executada no interior dos lotes para coleta do esgoto aproveitando a declividade natural do terreno. COLETOR TRONCO: Canalização de diâmetro maior ou igual a 400 mm que recebe contribuição somente de redes coletoras, não recebendo ligações domiciliares diretamente.

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CONTRIBUIÇÃO DE TEMPO SECO: Descarga de cursos d’água ou do sistema de drenagem superficial recebida no sistema de esgoto sanitário, não incluídas as águas da precipitação pluvial da bacia correspondente. CONTRIBUIÇÃO PUVIAL PARASITÁRIA: Vazão extra de origem pluvial resultante de ligações clandestinas ou infiltração por poços de visita e caixas de calçada de difícil correção. DIÂMETRO NOMINAL (DN): Simples número que serve para classificar em dimensões os elementos de tubulações (tubos, juntas, conexões e acessórios) e que corresponde aproximadamente ao diâmetro interno do tubo em milímetros, não deve ser objeto de medição e tampouco para cálculos hidráulicos. EMPOLAMENTO: É o aumento do volume sofrido por um determinado material do seu Estado Natural para o Estado Solto ao ser transportado, ou seja, ocorre o aumento do Índice de vazios entre as partículas sólidas. INTERCEPTOR: Canalização, no sistema separador de esgotos cuja função precípua é receber e transportar o esgoto sanitário coletado, caracterizada pela defasagem das contribuições, da qual resulta o amortecimento das vazões máximas. Para melhor caracterizar esses condutos, outras finalidades devem ser acrescidas àquela definida pela norma, são elas:

a) Quanto à finalidade – canalização que recebe contribuição de coletores, coletores-tronco e outros interceptores em pontos determinados providos de poços de visita (PV) e não recebe contribuição ao longo do comprimento de seus trechos.

b) Quanto à localização - canalização situada nas partes mais baixas das bacias de esgotamento geralmente às margens de cursos d´água, lagos e mares, evitando as descargas diretas do esgoto nessas águas.

LAJE DE FIXAÇÃO DO TAMPÃO: laje de cobertura dos Poços de Visita, possui moldura para fixação do Tampão de dimensões variáveis POÇO DE VISITA (PV): Elemento de inspeção da rede coletora; REDE AUXILIAR: Rede coletora lançada paralelamente ao Interceptor ou Coletor Tronco com o objetivo de receber as ligações domiciliares e conduzir o esgoto sanitário destas até o PV do Interceptor ou Coletor Tronco mais próximo. REDE COLETORA: Tubulação, ou malha de tubos, de diâmetro interno situado entre 150mm e 300mm, destinada à coleta do esgoto sanitário produzido nas edificações de um logradouro, bairro ou região. Tem por função o transporte destes efluentes até o destino final ou local de tratamento. TUBO DE QUEDA: dispositivo instalado no PV de modo a permitir que o trecho de coletor a montante deságüe no fundo do poço. C-OBRAS:Coordenação de Obras. C-PROJ:Coordenação de Projetos. EQ-DOCGEO:Equipe de Documentação Técnica e Geoprocessamento. EQ-ORÇAMEN:Equipe de Orçamento. GEPO:Gerência de Projetos e Obras. GPLA:Gerência de Planejamento.

4. Condições para início do serviço Para início da elaboração do projeto são necessários os seguintes documentos e procedimentos:

a) Conhecer as Diretrizes Técnicas estabelecidas para o Projeto em questão; b) Efetuar visita técnica ao local com acompanhamento da equipe técnica do DMAE

envolvida no projeto; c) Proposta e cronograma de execução do projeto, aprovados pelo DMAE; d) Ordem de Início específica para o Projeto em questão emitida pelo DMAE;

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e) Equipe de profissionais da empresa contratada envolvida no projeto, formalmente responsabilizada através de emissão de ART’s (Anotação de Responsabilidade Técnica) que deverá ser emitida logo após a Ordem de Início do Serviço;

5. Métodos e procedimentos de execução O projeto de Interceptor ou Coletor Tronco deverá ser desenvolvido conforme as

Diretrizes da Equipe Técnica do DMAE e contemplará as seguintes etapas de execução: - Estudos Preliminares; - Dimensionamento; - Aspectos construtivos;

5.1 Estudos Preliminares

5.1.1 Atividades Gerais a) Deverá ser efetuada consulta ao PDE (Plano Diretor de Esgotos) e Caderno de Encargos

do DMAE em vigência; b) Avaliação dos cadastros existentes de água, esgoto cloacal, drenagem pluvial, telefone,

gás, fibra ótica e demais redes existentes no local; c) Relatório de Estudo de Concepção elaborado de acordo com a NBR 9648 e relatórios de

projeto das redes coletoras afluentes, elaborados conforme Norma Técnica DMAE - NP 012.

d) Consulta a projetos existentes tanto do DMAE, como de outros órgãos e de loteamentos e ou empreendimentos privados que estejam em fase de aprovação e/ou já aprovados na área de Influência do Projeto em execução;

e) Consulta a previsão de alterações em vias públicas na área em estudo; f) Verificar a documentação necessária para inicio do processo de licenciamento

ambiental; g) Verificar demais licenças necessárias para a execução de intervenção na área de

influência (Daer, Concepa, Prefeitura, etc.)

5.1.2 Serviços de Campo Compreendem os levantamentos topográficos, geotécnicos e de interferências com vegetação, estruturas e canalizações subterrâneas, bem como de resistividade do solo, quando necessário ao tipo da obra.

5.1.2.1 Levantamento Topográfico O levantamento topográfico do traçado previsto para o projeto, deve atender Norma Técnica DMAE – NP 001 – Levantamentos Topográficos;

5.1.2.2 Levantamento Geotécnico O reconhecimento das características do subsolo deve ser feito por sondagens a percussão, a trado ou rotativas, conforme a necessidade técnica. O plano de sondagens, incluindo seu tipo, espaçamento e profundidade, deve ser submetido à aprovação da Supervisão e objetiva determinar um perfil geológico contínuo provável do traçado do Interceptor ou Coletor Tronco. O relatório dos serviços deve conter:

- o título do projeto; - a data de execução (início e término); - a locação dos pontos através de coordenadas e amarrações;

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- a cota do terreno no local do furo. no caso de sondagem a trado: a classificação das camadas do subsolo e o nível do

lençol freático. no caso de sondagem a percussão: - o número de golpes para penetração de metro em

metro; o número da amostra; a classificação das camadas do subsolo; a profundidade do avanço a trado e lavagem; o nível do lençol freático.

no caso de sondagem rotativa: % de recuperação (RQD); grau de alteração e grau de fraturamento da rocha.

Qualquer que seja o tipo de sondagem executada, o seu boletim deve, obrigatoriamente, ter a “Assinatura do Responsável” e a respectiva ART.

5.1.2.3 Levantamento de Interferências Deve ser executado um levantamento detalhado da locação das estruturas e dutos subterrâneos das diversas concessionárias e órgãos públicos de serviços de energia elétrica, gás encanado, telefonia, oleodutos, galeria de águas pluviais, etc. Devem ser encaminhadas à Supervisão as minutas das cartas para envio às concessionárias, acompanhadas das respectivas plantas de localização, com indicação da área de interesse do projeto. Dos dutos subterrâneos, devem ser registrados as cotas das geratrizes superiores, os diâmetros ou dimensões principais, os materiais de que são compostos e o uso a que se destinam. Dos abrigos e poços de visita, devem ser determinadas as dimensões e as cotas do tampão e do fundo. Das canalizações, devem ser levantadas as cotas das geratrizes inferiores, o diâmetro e o material de que são feitas.

5.2 Dimensionamento

5.2.1 Considerações gerais Para a elaboração do traçado preliminar do interceptor ou coletor tronco deverá ser

considerado:

a) O traçado da rede não deve estar inserido em áreas particulares, sendo que quando não houver outra alternativa possível pode ser avaliada a possibilidade de desapropriação ou definição de faixa de servidão, com encaminhamento desta proposta no início do prazo de execução do projeto. Neste caso a contratada deverá proceder no levantamento desta área, constituindo memorial descritivo e croqui com os limites físicos da área a ser desapropriada, indicação de distâncias, curvas de nível, ângulos e orientações, além das informações dos proprietários e respectivos lindeiros;

b) Deverá ser lançado o traçado preliminar do interceptor ou coletor tronco, considerando os pontos necessários para interligação das redes coletoras contribuintes, adotando-se preferencialmente o menor percurso e a menor profundidade aproveitando-se ao máximo a declividade natural do terreno;

c) Com o traçado preliminar deverá ser providenciado o Laudo de Cobertura Vegetal elaborado conforme norma DMAE NP 003;

5.2.2 Avaliação das vazões Para cada trecho do interceptor ou coletor tronco devem ser estimadas as vazões inicial e final conforme NBR 12207 partindo das vazões dos coletores afluentes calculadas conforme Norma DMAE NP 012.

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Podem ser consideradas ainda, para dimensionamento dos emissários e coletores tronco, as vazões parasitárias pluviais estabelecidas através de medições locais nos coletores contribuintes ao trecho estudado. Em casos especiais onde existem coletores de fundo pluviais e por critérios técnico-econômicos não seja viável a execução de coletores de fundo tipo separador absoluto é admitida a contribuição de tempo seco dos coletores pluviais estabelecidas através de medições locais.

5.2.3 Traçado do Interceptor ou Coletor Tronco Deve ser apresentada amarração, em planta, dos PVs, através de coordenadas e por triangulação, quando possível (áreas urbanizadas). Em áreas inundáveis, não urbanizadas, os tampões dos PVs devem ser posicionados numa cota mais alta que a do terreno, ficando acima do nível de inundação. Para se determinar a distância máxima entre PVs, devem ser seguidas as recomendações tabeladas, a seguir:

Diâmetro do coletor (mm) Distância máxima entre PVs (m) < 400 100

De 400 a 1200 120 > 1200 200

5.2.4 Dimensionamento Hidráulico Conforme NBR 12207, cada trecho do interceptor deve ser dimensionado para a

vazão final avaliada pela forma prescrita em 5.2.2 e verificado pelo critério de tensão trativa média, de valor mínimo σ = 1,0 Pa, conforme a NBR 9649.

No caso de lançamento de contribuição de tempo seco ao interceptor ou coletor tronco, o valor mínimo da tensão trativa média deve ser de 1,5 Pa para a vazão inicial e coeficiente de Manning n = 0,013. A declividade que satisfaz esta condição pode ser calculada pela expressão aproximada:

47,0

0 00035,0 iQmínI , sendo l0, mín. em m/m e Qi em m³/s

5.2.5 Análise de funcionamento Após o dimensionamento dos trechos, deve-se proceder à verificação do comportamento

hidráulico do interceptor e de seus órgãos complementares, para as condições de vazão final acrescida da vazão de contribuição pluvial parasitária e quando for o caso vazão de tempo seco. Os efeitos de agitação excessiva devem ser sempre evitados, não sendo permitidos degraus e alargamentos bruscos; quando necessários devem ser projetados dispositivos especiais de dissipação de energia e estudadas a formação de sulfetos, suas conseqüências, medidas de proteção do conduto e a utilização de materiais resistentes à sua ação. Trecho com grande declividade (escoamento supercrítico) deve ser interligado ao de baixa declividade (escoamento subcrítico) por um segmento de transição com declividade crítica para a vazão inicial.

5.3 Aspectos construtivos Após o dimensionamento e análise de funcionamento devem ser explicitados os aspectos

construtivos a seguir:

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5.3.1 Tubulações Nos interceptores e coletores tronco, como regra geral, devem ser utilizadas tubulações de concreto armado especificadas de acordo com a NBR 8890. Em caso de travessias são admitidas tubulações de ferro ou aço com revestimento interno de proteção contra corrosão. O diâmetro mínimo dos interceptores e coletores tronco deve ser DN 400 mm. O recobrimento mínimo para tubulações lançadas na caixa de rolamento deve ser de 1,00m e redes no passeio 0,65. O recobrimento no entanto, depende de outros fatores como interferências, profundidade da rede existente à interligar e a necessidade de ligar os domicílios que estejam abaixo da linha de greide evitando a inconveniência do coletor de fundos. O projetista deve priorizar a viabilidade das ligações devendo utilizar profundidades mínimas quando estiver garantida a viabilidade de todas as ligações do trecho projetado.

5.3.2 Poços de Visita

5.3.2.1 Procedimentos para utilização do Poço de Visita no projeto Uma vez definido o traçado da rede e conhecido o perfil do terreno onde será lançada a tubulação são definidos preliminarmente os Poços de Visita decorrentes das seguintes situações:

mudança de direção das tubulações interligação de tubulações mudanças de declividade da tubulação

Após o dimensionamento hidráulico da rede, das verificações de interferências e confirmação do traçado inicial são agregados novos poços de visita conforme o aparecimento das seguintes situações:

desvio de interferências subterrâneas constatadas mudança do material e do diâmetro da tubulação para interromper trechos longos, criando trechos menores

5.3.2.2 Escolha do tipo de PV Os poços de visita para os interceptores e coletores tronco devem ser definidos de acordo com as Norma DMAE NS 035, NS 036 e NS 037. No corpo do projeto deve ser indicado o tipo de PV a ser construído, tanto na planta baixa quanto no perfil.

5.3.3 Fundações e Estruturas de Embasamento Com base no perfil geológico local definido pelas sondagens o deve der elaborado o projeto das estruturas de embasamento ou fundações das tubulações e PVs do Interceptor ou Coletor Tronco.

5.3.4 Ligações ao Interceptor ou Coletor Tronco As ligações ao interceptor ou Coletor Tronco devem ser sempre através de dispositivo especialmente projetado para evitar conflito de linhas de fluxo e diferença de cotas de que resulte agitação excessiva. Os Interceptores e Coletores Tronco de Esgoto Sanitário não admitem ligações domiciliares de forma direta devendo o projetista prever redes auxiliares ao longo deste caso seja necessária a coleta de esgoto nos respectivos trechos. Estas redes auxiliares deverão ser dimensionadas de acordo com a Norma DMAE NP 012.

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5.3.5 Extravasores Ao longo do interceptor devem ser dispostos extravasores com capacidade conjunta que permita o escoamento da vazão final relativa ao último trecho. Nos extravasores deve ser previsto dispositivo para evitar refluxo. No caso de uso de extravasores ao longo do interceptor, devem ser estudados meios capazes de minimizar e mesmo eliminar a contribuição pluvial parasitária. Alternativamente as instalações finais devem ser dimensionadas para a capacidade total do sistema, acrescida da contribuição pluvial parasitária total ou parcial, conforme indicar o estudo de extravasão.

5.3.6 Caixa Coletora de Vazão de Tempo Seco A admissão da contribuição de tempo seco no interceptor deve ser através de dispositivo que evite a entrada de material grosseiro, detritos e areia. O dispositivo de admissão de água no interceptor deve limitar esta contribuição, de modo a não superar 20% da vazão final do trecho a jusante do ponto de admissão. Este dispositivo deve permitir a supressão temporária ou definitiva da contribuição.

5.3.7 Faixa de Servidão Administrativa Nos casos em que o traçado dos Interceptores e Coletores Tronco de Esgoto Sanitário incidirem sobre área interna de lotes, a largura da faixa de servidão administrativa é calculada em função do diâmetro da tubulação e de sua profundidade, conforme equação:

e

DhL

2

32

Onde: L : largura da faixa de servidão administrativa (m); h : profundidade da canalização, acima da geratriz superior externa (m); D : diâmetro interno da tubulação (m); e : espessura da parede da tubulação (m). A faixa de servidão administrativa deve ser levantada e apresentada em forma gráfica e descritiva de forma a viabilizar as providencias legais relativas a cada lote individualmente. As faixas devem ser numeradas seqüencialmente, detalhadas em desenhos à parte, indicando as amarrações necessárias para sua exata localização, nomes dos proprietários, delimitação dos lotes e respectiva matrícula no Registro de Imóveis.

5.3.8 Travessias As travessias de rodovias, ferrovias, dutos, avenidas, etc. devem ser detalhadas em desenho à parte. Para as travessias enterradas, de cursos d’água, deve ser prevista laje de fechamento de vala, ou envelopamento do duto, em concreto. Para travessias de córregos e arroios, a projetista deve verificar junto à Prefeitura Municipal a existência de projeto de canalização. O espaçamento entre a geratriz superior da tubulação e a cota de fundo prevista no projeto de canalização do córrego ou aroio deve ser maior ou igual a 1,00m. Nos casos onde não existirem projetos de canalização, deve ser previsto um espaçamento mínimo de 2,00m, a partir da cota de fundo do córrego. O projeto deve detalhar, ainda, as obras necessárias para o desvio das águas (ensecadeira).

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Travessias aéreas devem estar acima do nível máximo de enchente verificado e devem respeitar eventuais espaços para possível tráfego ou passagem de pedestres, sendo exigido dimensionamento estrutural: memorial de cálculo e desenhos, com detalhes. Para travessias sob avenidas, rodovias ou ferrovias deve ser considerado o método não destrutivo. O método construtivo da travessia deve ser estudado e proposto pelo projetista, em função das facilidades construtivas de cada caso, considerando-se os custos totais e o tempo necessário à realização da obra.

6. Apresentação do Trabalho O Relatório de apresentação do projeto deverá contemplar conforme NBR 12207: a) apreciação comparativa em relação ás diretrizes da concepção básica; b) memória da avaliação de vazões, do dimensionamento e da análise de

funcionamento; c) memória do dimensionamento dos órgãos complementares; d) aspectos construtivos; e) especificações de materiais, serviços e equipamentos; f) orçamentos, cotações de preços e composições unitárias; g) aspectos de operação e manutenção; h) aspectos de Licenciamento da Obra, contendo laudo de cobertura vegetal e

outros documentos relativos ao licenciamento junto a outros órgãos e os que se fizerem necessários conforme descritos na Norma Técnica DMAE de Licenciamento Ambiental;

i) peças gráficas Os documentos que constituem o projeto devem ser apresentados conforme padrões do

DMAE. Os desenhos devem ser executados em AUTOCAD, versão 2000 com extensão DWG,

gravados em meio magnético (CD) baseados nos arquivos fornecidos pelo DMAE, não compactados.

A formatação dos textos deverá obedecer a norma NBR 10719/1989. Após a aprovação da Equipe Técnica do DMAE, o trabalho completo deverá ser entregue

em 2 vias encadernadas e uma via em meio magnético (CD). Os CDs deverão ser identificados através de selo indicando o nome da área em questão,

o nome dos arquivos e a data em que foram produzidos. Deverá ser apresentada a ART – Anotação de Responsabilidade Técnica preenchida com os códigos adequados para os respectivos serviços.

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7. Verificação Para o recebimento do Projeto serão verificados os seguintes itens: Item Método Critério Responsável

Atendimento às Diretrizes de Projeto

Análise Diretrizes para a Execução GEPO-C-PROJ

Lançamento das Redes

Check List Atendimento item 5.2 desta Norma GEPO- C-PROJ

Análise de Funcionamento

Simulação Atendimento as NBR’s e critérios

desta Norma GEPO- C-PROJ

Aspectos construtivos

Check list Atendimento item 5.3 desta Norma GEPO-C-PROJ

Memorial Descritivo e Especificações

Técnicas Análise e Check list

Atendimento as NBR’s e critérios desta Norma

GEPO,G-MAN,GATE

Orçamento Análise

Atendimento às Diretrizes, utilização dos padrões de

composição, verificação custos conforme curva ABC de insumos

GEPO-EQ-ORÇAMEN

Peças Gráficas Análise Norma DMAE NP 005 GPLA- EQ-DOCGEO Todos os itens desta verificação serão registrados na Ficha de Acompanhamento do

Projeto; Gerências envolvidas na Verificação do Projeto: -GEPO-Gerência de Projetos e Obras, responsável pelos Projetos e fiscalização de obra; -GPLA-Gerência de Planejamento,responsável pela documentação técnica e

geoprocessamento. -G-MAN:Gerência de Manutenção,responsável pela manutenção. -GTAG:Gerência de Tratamento de Água-área operacional.

8. Medição Os Interceptores e Coletores Tronco são medidos por metro de extensão de rede

projetada conforme composições do sistema de orçamento do DMAE.

9. Observações Não se aplica.

10. Registros Ficha de Acompanhamento do Projeto de Interceptor e Coletor Tronco – Esg. Sanit. – Mod. 8.32.

11. Histórico das Alterações 00 - 18/08/2008 – Criação do documento. 01 - 17/04/2012 – Atualização de layout e validação. 03 - Atualização de acordo com nova estrutura e alteração nos itens 3 e 7

12. Anexos Não se aplica.

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