novo regime de segurança contra incêndios em edifícios (rg … · 2011. 7. 14. · culto...
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3.º Congresso Nacional dos Engenheiros TécnicosPonta Delgada, 7 e 8 de Julho de 2011
O Exercício da Profissão de Engenheiro Técnico – Reabilitação Urbana
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O Novo Regime de Segurança Contra Incêndios em Edifícios – Fernando Nunes
Novo Regime de Segurança contra
Incêndios em Edifícios (RG-SCIE).
Sumário:
Principais diferenças em relação ao regime
anterior;
O quadro regulamentar do RGSCIE na óptica da
avaliação e controlo dos riscos de incêndio;
Principais implicações nas operações de
reabilitação urbana.
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O Novo Regime de Segurança Contra Incêndios em Edifícios – Fernando Nunes
Novo Regime de Segurança contra
Incêndios em Edifícios (RG-SCIE).
Sumário:
Principais diferenças em relação ao regime
anterior;
O quadro regulamentar do RGSCIE na óptica da
avaliação e controlo dos riscos de incêndio;
Principais implicações nas operações de
reabilitação urbana.
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O Novo Regime de Segurança Contra Incêndios em Edifícios – Fernando Nunes
Em Portugal o primeiro diploma a falar em SCIE é o
RGEU - Regulamento Geral das Edificações Urbanas
(Decreto-Lei n.º 38382, de 7 de Agosto de 1951)
-> Título V – Capítulo III com 20 Artigos.
Entretanto, após o 25 de Abril foram criados:
SERVIÇO NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL
(planeamento e prevenção)
SERVIÇO NACIONAL DE BOMBEIROS (operação
e intervenção)
…que vieram impulsionar a produção legislativa.
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Panorama legislativo imediatamente antes do novo
RG-SCIE (Regulamentos de Segurança contra
Incêndio, Medidas de Segurança contra Incêndio e
Normas de Segurança contra Incêndio na exploração
de Edifícios):
7 Decretos-Lei,
3 Decretos Regulamentares,
1 Resolução de Conselho de Ministros,
5 Portarias;
…num total de mais de 1000 artigos.
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… e no entanto, ainda não havia regulamentação de
SCI para: Museus, Bibliotecas, Arquivos, Lares de
idosos, Locais de culto, Armazéns, Oficinas,
Industrias…
Também:
Não havia exigências sobre condições de gestão
e de organização da segurança, na fase da
exploração para os edifícios existentes;
Só existiam normas de segurança para a
exploração de alguns edifícios novos
(administrativos, escolares, hospitalares).
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Panorama legislativo actual com o RG-SCIE
(Decreto-Lei com o RJ-SCIE, Portaria com o
RT-SCIE, 4 Portarias e 1 Despacho
complementares):
1 Decreto-Lei,
5 Portarias,
2 Despachos.
…menos de 1/3 dos artigos da regulamentação
anterior que se distribuía por 16 diplomas.
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Regulamento Geral de SCIE (RG-SCIE):
Decreto-lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro
Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndio
em Edifícios (RJ-SCIE);
Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro
Regulamento Técnico de Segurança Contra
Incêndio em Edifícios (RT-SCIE);
Despacho n.º 2074/2009, de 15 de Janeiro
Critérios técnicos para determinação da
densidade de carga de incêndio modificada
prevista no RJ-SCIE.
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Portarias e Despacho complementares:
Portaria n.º 64/2009, de 22 de Janeiro - Regime de
credenciação de Entidades para emissão de pareceres,
realização de vistorias e de inspecções das condições de SCIE;
Portaria n.º 610/2009, de 8 de Junho – Regulamentação do
Sistema Informático para a tramitação desmaterializada dos
procedimentos administrativos de SCIE;
Portaria n.º 773/2009, de 21 de Julho - Registo de Entidades de
comércio e instalação de equipamentos em SCIE;
Portaria n.º 1054/2009, de 16 de Setembro - Valor das taxas a
cobrar por serviços prestados pela ANPC, no âmbito do RG-
SCIE;
Despacho n.º 5533/2010, de 26 de Março – Cria a Comissão de
acompanhamento da aplicação do Regime Jurídico de SCIE.
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Um dos princípios base que orientaram a
elaboração do RG-SCIE foi o de não introduzir
roturas com as principais disposições de segurança
já aplicáveis em Portugal.
Justificação - a regulamentação existente:
Estava, em geral, bem elaborada;
Já tinha sido assimilada pela maioria da
comunidade técnica de SCIE, que a aplicava
com relativa facilidade.
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Aspectos diferenciadores:
Cobertura de todo o ciclo de vida dos edifícios e
recintos;
Conceito de utilização-tipo (UT);
Caracterização do risco de incêndio;
Clarificação das responsabilidades;
Simplificação dos processos administrativos;
Aplicação de contra-ordenações e coimas;
Adopção de Eurocódigos e Euroclasses;
Abertura a disposições de tipo exigencial ou de
desempenho.
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Por se tratar de um Regulamento Geral:
Cobertura da totalidade dos usos - aplica-se ,na
prática, a todos os espaços existentes em edifícios e
a muitos recintos ao ar livre;
Simplicidade na abordagem dos edifícios e recintos
de utilização mista (várias UT’s);
Eliminação das incoerências existentes entre
algumas disposições da regulamentação anterior;
Redução significativa do volume de artigos nos
diploma legais.
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O RG-SCIE aplica-se, na totalidade, a:
Novos edifícios, partes de edifícios e recintos, a
construir, montar ou implantar
Reconstruções e ampliações de edifícios e
recintos já existentes ou de suas partes (*)
Mudanças de uso permanente de edifícios e
recintos já existentes ou de suas partes
(*) – Sujeito a disposições legais mais recentes.
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Garante a cobertura de todo o ciclo de vida dos
edifícios e recintos e, designa um Responsável
pela Segurança contra Incêndio (RS).
O RG-SCIE contém disposições que se aplicam na
concepção, construção e na exploração de
edifícios e recintos.
As medidas de auto-protecção e de gestão de
segurança aplicam-se também aos edifícios e
recintos já existentes.
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O RG-SCIE não se aplica:
Estabelecimento prisionais;
Espaços classificados de acesso restrito das
instalações de Forças Armadas ou de Segurança (por
exemplo: centros de comunicações, comando e
controlo);
Paióis de munições ou de explosivos;
Carreiras de tiro;
Estabelecimentos industriais e armazenamento de
matérias perigosas abrangidos pelo D-L n.º 254/2007
(Acidentes graves);
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O RG-SCIE não se aplica (cont.):
Espaços afectos à indústria de pirotecnia e
extractiva;
Estabelecimentos que transformem ou armazenem
substâncias e produtos explosivos ou radioactivos;
Postos de abastecimento e combustíveis (D-L
267/2002 e 302/2001) - só se aplica aos edifícios de
apoio;
Espaços interiores de cada habitação – aplicam-se
apenas as condições de segurança das instalações
técnicas.
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Conceito de utilização-tipo (UT):
No que se refere ao seu uso, os espaços dos
edifícios e recintos são agrupados em 12 UT;
Portanto, cada edifício e cada recinto poderá
possuir apenas uma ou várias UT;
As disposições do RG-SCIE são estabelecidas
para cada utilização-tipo, sendo definidas as
condições de coexistência entre UT num mesmo
edifício (ou recinto).
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I. Habitação
II. Parques de estacionamento em edifícios (A>200 m2) ou em
recintos ao ar livre (A>1000 m2)
III. Estabelecimentos administrativos, de atendimento ao público e
de serviços (excluindo oficinas)
IV. Estabelecimentos escolares (onde se ministrem acções de
educação, ensino e formação ou exerçam actividades lúdicas ou
educativas para crianças e jovens)
V. Estabelecimentos hospitalares, centros de saúde, clínicas,
consultórios, lares de idosos e similares
VI. Estabelecimentos destinados a espectáculos, reunião pública,
culto religioso, exposições (excepto UT X), conferências, em
edifícios, recintos itinerantes ou ao ar livre
Utilizações-tipo (UT):
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VII. Estabelecimentos hoteleiros e de restauração e bebidas
(excepto parques de campismo)
VIII. Estabelecimentos comerciais e gares de transportes
IX. Recintos destinados a actividades desportivas e de lazer, em
edifícios e ao ar livre (ginásios, health clubs, pavilhões
desportivos, estádios, campos de jogos, parques de campismo,
etc.)
X. Museus e galerias de arte
XI. Bibliotecas e arquivos
XII. Estabelecimentos industriais, oficinas e armazéns
Utilizações-tipo (UT):
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Espaços complementares:
Consideram-se parte integrante das utilizações-tipo III
a XII, determinados espaços (administrativos,
arquivos, armazenamentos, reuniões, formação,
desporto ou lazer, restauração e bebidas, oficinas, de
exposição e postos médicos), que são geridos sob a
responsabilidade das entidades que exploram as
utilizações-tipo onde se inserem, desde que não
ultrapassem determinadas áreas e efectivos, não
recebam público, e ainda, as garagens de área não
superior a 200 m2.
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Novo Regime de Segurança contra
Incêndios em Edifícios (RG-SCIE).
Sumário:
Principais diferenças em relação ao regime
anterior;
O quadro regulamentar do RGSCIE na óptica
da avaliação e controlo dos riscos de incêndio;
Principais implicações nas operações de
reabilitação urbana.
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Avaliação e Controlo dos Riscos de Incêndio
O risco de incêndio é uma função de:
Probabilidade de ocorrência (Po)
Severidade das consequências (Sc)
Ri = f (Po, Sc)
Medidas de prevenção Medidas de protecção
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O risco de incêndio deve então ser
controlado através da concepção,
implementação e manutenção de
medidas de prevenção e de protecção
(materiais e humanas) que visam a
limitação desse risco a um nível
aceitável.
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No essencial, as medidas de prevenção e de
protecção contra incêndio em edifícios, visam:
Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios;
Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios,
dentro dos próprios edifícios e destes para a
vizinhança, circunscrevendo e minimizando os seus
efeitos;
Possibilitar a evacuação dos ocupantes dos
edifícios em condições de segurança;
Permitir a intervenção eficaz e segura dos meios de
socorro.
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Condicionantes do risco de incêndio em edifícios:
A - Características do edifício (altura, pisos abaixo do
nível de referência)
B - Ocupantes:
Número
Conhecimento do edifício (público)
Capacidade de percepção, reacção e mobilidade
Organização da segurança e preparação para a
emergência
C - Materiais, produtos, equipamentos e instalações
técnicas que contém
D - Tipo de actividade
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Assim, no RG-SCIE o risco de incêndio
dos edifícios e recintos é caracterizado
(avaliado) em duas vertentes:
Locais de Risco (independentemente da
utilização-tipo onde se inserem);
Categorias de Risco de cada uma das
utilização-tipo.
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LOCAL DE RISCO A B C D E F
Efectivo total ≤ 100 >100 - - - -
Efectivo - público ≤ 50 > 50 - - - -
Efectivo com limitações ≤10% ≤10% ≤10% >10% ≤10% ≤10%
Efectivo - locais de dormida 0 0 0 - > 0 0
Risco agravado de incêndio - - Sim - - -
Continuidade de
actividades socialmente
relevantes
- - - - - Sim
6 LOCAIS DE RISCO
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ESTABELECIMENTO DAS 4 CATEGORIAS DE RISCO
Utilização-tipoI II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
Hab Est Adm Esc Hosp Espec Hotel Comerc Desp Mus Bibl Ind
Altura X X X X X X X X X X X
Área bruta X
Saída directa ao
exterior: locais D e E X X X
Coberto/ar livre X X X X
Efectivo total X X X X X X X X X
Efect. locais D e E X X X
N.º pisos abaixo
plano de referênciaX X X X X X X
Carga de incêndio
modificadaX X
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A cada uma das 4 Categorias de Risco
corresponderão:
Distintas exigências de segurança;
Distintos agentes encarregues das
acções de fiscalização.
Nos estabelecimentos que recebem público (ERP), o tipo e
as condições dos respectivos ocupantes são determinantes
para a atribuição da respectiva categoria.
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Medidas de Controlo do Risco de Incêndio:
Concepção e dimensionamento, construção,
utilização e manutenção de: edifícios e instalações,
equipamentos e sistemas, materiais e produtos.
Inspecção, avaliação e controlo da aplicação das
medidas de segurança contra incêndio, por iniciativa:
do Estado, das próprias entidades avaliadas ou de
outras entidades (seguradoras, por exemplo).
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Medidas de Controlo do Risco de Incêndio:
Organização, Gestão e Planeamento de Segurança:
Identificação dos cenários de risco;
Os procedimentos de prevenção;
Os procedimentos de intervenção em caso de
emergência.
Principais intervenientes:
Empresas e organismos públicos;
Bombeiros, outros agentes e Serviços de
Protecção Civil.
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Novo Regime de Segurança contra
Incêndios em Edifícios (RG-SCIE).
Sumário:
Principais diferenças em relação ao regime
anterior;
O quadro regulamentar do RGSCIE na óptica da
avaliação e controlo dos riscos de incêndio;
Principais implicações nas operações de
reabilitação urbana.
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Reconstruções - obras de construção subsequentes à demolição total
ou parcial de uma edificação existente, das quais resulte a manutenção ou
a reconstituição da estrutura das fachadas, da cércea e do número de pisos
e; ampliações - obras de que resulte a modificação das características
físicas de uma edificação existente ou sua fracção, designadamente a
respectiva estrutura resistente, o número de fogos ou divisões interiores, ou
a natureza e cor dos materiais de revestimento exterior, sem aumento da
área de pavimento ou de implantação ou da cércea;
de edifícios e recintos já existentes ou de suas partes,
são parcialmente isentadas do RG-SCIE pelo Regime
Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE),
Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a
redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de
Março (10.ª alteração do RJUE).
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Edificações existentes (Art.º 60.º)
1 - As edificações construídas ao abrigo do direito
anterior e as utilizações respectivas não são afectadas
por normas legais e regulamentares supervenientes.
2 - A licença ou admissão de comunicação prévia de
obras de reconstrução ou de alteração das edificações
não pode ser recusada com fundamento em normas
legais ou regulamentares supervenientes à construção
originária desde que tais obras não originem ou agravem
desconformidade com as normas em vigor ou tenham
como resultado a melhoria das condições de segurança
e de salubridade da edificação.
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Edificações existentes (Art.º 60.º)
3 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores,
a lei pode impor condições específicas para o
exercício de certas actividades em edificações já
afectas a tais actividades ao abrigo do direito anterior,
bem como condicionar a execução das obras
referidas no número anterior à realização dos
trabalhos acessórios que se mostrem necessários
para a melhoria das condições de segurança e
salubridade da edificação.
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Não isenta da submissão das medidas
de autoprotecção à apreciação da ANPC:
No caso de obras de construção nova, de
alteração, ampliação ou mudança de uso, até 30
dias anteriores à entrada em utilização;
No prazo máximo de um ano, após a data de
entrada em vigor do RJ-SCIE (1/Jan/2009), para o
caso de edifícios e recintos existentes àquela data.
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Medidas de Autoprotecção do RG-SCIE:(função da UT e da categoria de risco)
Plano de Segurança Interno:
o Registos de segurança (sempre);
o Procedimentos de prevenção ou Plano de
Prevenção;
o Procedimentos de intervenção em caso de
emergência ou Plano de Emergência Interno.
Acções de Sensibilização e Formação em SCIE;
Simulacros.
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Dificuldades (factores de ordem urbanística) às
condições de segurança contra incêndios em
centros urbanos antigos:
Vias de acesso às diferentes áreas urbanas (as ruas
estreitas dificultam o acesso das viaturas dos bombeiros),
distância dos bombeiros à área atingida e ainda a
existência de mobiliário urbano;
Trânsito de veículos e a presença de instalações e
equipamentos provisórios na via pública (vendedores
ambulantes, por exemplo);
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Indisponibilidade de água para combate ao incêndio
(Inexistência de hidrantes ou pressão do sistema de
abastecimento no local insuficiente para elevar os jactos
de água);
Ausência de compartimentação horizontal e vertical;
Número reduzido de saídas para a evacuação das
pessoas;
Proximidade entre as fachadas dos edifícios que
favorece a transmissão do calor por radiação e o início de
novos focos de incêndio;
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Materiais construtivos altamente combustíveis (estruturas
internas em madeira) e ainda a presença de materiais
combustíveis nas fachadas;
Elevada carga térmica acumulada nos edifícios, por
exemplo, utilizações de escritórios (documentação em
papel), bares e restaurantes (utilização de GLP);
Instalações eléctricas (ou partes delas)
clandestinas/precárias e/ou com cargas muito superiores às
dimensionadas para as instalações originais existentes;
Carência de alarmes de incêndio eficazes.
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Execução de trabalhos
“Os trabalhos em obras que envolvam a utilização de
substâncias, materiais, equipamentos ou processos que
apresentem riscos de incêndio ou de explosão,
nomeadamente pela produção de chama nua, faíscas ou
elementos incandescentes em contacto com o ar, associados
à presença de materiais facilmente inflamáveis, carecem de
autorização expressa do Responsável de Segurança, devendo
a zona de intervenção ser convenientemente isolada e dotada
dos meios de intervenção e de socorro suplementares
apropriados ao risco em causa”. Essa autorização pode
mesmo “obrigar a ajustamentos porventura necessários dos
procedimentos de prevenção”.
(do art. 197.º do RT-SCIE)
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3.º Congresso Nacional dos Engenheiros TécnicosPonta Delgada, 7 e 8 de Julho de 2011
O Exercício da Profissão de Engenheiro Técnico – Reabilitação Urbana
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O Novo Regime de Segurança Contra Incêndios em Edifícios – Fernando Nunes
Trabalhos de soldadura
Sempre que não for possível executar as soldaduras ou cortes
em locais específicos e especialmente organizados para esse
efeito, deve garantir-se:
A não presença de líquidos inflamáveis (gasolina, tintas,
solventes, etc.), sólidos combustíveis (papel, materiais de
embalagem, madeira, etc.) ou gases inflamáveis (oxigénio,
acetileno, hidrogénio, etc.) ou a sua manutenção a pelo menos
12 m de distância do ponto de trabalho;
A instalação de biombos metálicos ou protecções não
inflamáveis para evitar que o calor, as fagulhas, os respingos ou
as escórias possam atingir materiais inflamáveis;
Equipamento de combate a incêndio (extintores ABC, areia, …
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Muito obrigado pela atenção
dispensada