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Equipe Professor Rômulo Passos | 2015 CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM P/ CONCURSO - 2015 AULA 21 DOR E CUIDADOS PALIATIVOS

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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015

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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015

Equipe Professor Rômulo Passos | 2015

CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM P/

CONCURSO - 2015 AULA 21 – DOR E CUIDADOS PALIATIVOS

NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015

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Aula nº 21 – Dor e Cuidados Paliativos

Bem-vindo (a) a mais uma aula do nosso curso.

É importante rememorar que a leitura e resolução de questões comentadas são as

melhores ferramentas para alcançar a APROVAÇÃO desejada.

Você é o responsável pela sua VITÓRIA. Estude com afinco todas as aulas deste mega

curso, não deixe de complementar e aprofundar no site www.questoesnasaude.com.br.

Desejamos uma ótima leitura e muita garra .

Profº. Caíque Jordan Ribeiro

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1. CONCEITO

A International Association for the Study of Pain (IASP) definiu a dor como “uma

experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano tissular real ou potencial, ou

descrita em termos de tal dano” (POTTER; PERRY, 2010).

Atualmente, a dor é considerada o 5º SINAL VITAL, ou seja, deve sempre ser avaliada

e registrada de maneira sistemática com o mesmo rigor dos demais sinais vitais (FC, FR, PA e

T) (SOUSA, 2002).

Por se tratar de um fenômeno complexo e multidimensional, diversos fatores estão

implicados na gênese da experiência dolorosa, tornando-a um evento genuinamente único.

Dentre os fatores que a influenciam temos:

Sensoriais;

Cognitivos;

Motivacionais;

Afetivos;

Culturais;

Comportamentais;

Avaliativos;

Emocionais;

Sociais;

Espirituais.

Não é responsabilidade do paciente provar que está com dor, é responsabilidade do

enfermeiro aceitar o relato de dor do paciente, visto que a “dor é qualquer coisa que a pessoa

que está experimentando diz que é, existindo quando ela diz que sente” (POTTER; PERRY,

2010).

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2. CLASSIFICAÇÕES

De acordo com Potter & Perry (2010), a dor pode ser categorizada pela duração (aguda

ou crônica) ou pela condição patológica (p. ex., câncer ou dor neuropática):

Dor aguda: tem uma causa detectável, curta duração (< 3 meses), resposta

limitada de dano tecidual e emocional e eventualmente passa com ou sem tratamento

após a cura da lesão (POTTER; PERRY, 2010);

Dor crônica: não está relacionada com a permanência ou aparecimento de

alterações neurovegetativas (sinais de alerta). É considerada como uma doença que

persiste e não como sintoma; não desaparece após a cura da lesão ou está relacionada

a processos patológicos crônicos um tempo igual ou superior a três meses da

vigência de dor (SALLUM; GARCIA; SANCHES, 2012);

Dor oncológica: geralmente está relacionada à progressão do tumor e ao seu

processo patológico, procedimentos invasivos, toxicidade do tratamento, infecção e

limitações físicas (POTTER; PERRY, 2010);

Dor nociceptiva: deriva de uma lesão tecidual contínua, e neste caso o sistema

nervoso central se mantém íntegro, isto é, ocorre quando há ativação dos

nociceptores. Inclui a dor somática (musculoesquelética) e dor visceral (órgãos

internos) (POTTER; PERRY, 2010);

Dor neuropática: surge de nervos anormais ou danificados (POTTER; PERRY,

2010);

Dor idiopática: é dor crônica na ausência de uma causa física ou psicológica

identificável ou dor percebida como excessiva para a extensão da condição

patológica orgânica (POTTER; PERRY, 2010);

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3. REPERCUSSÕES CLÍNICAS

As principais repercussões provenientes do manejo inadequado da dor aguda estão

relacionadas às alterações neurovegetativas, pois o sistema nervoso autônomo é estimulado

com subsequente resposta do tipo “lute ou fuja” (POTTER; PERRY, 2010). Citaremos

algumas delas abaixo (SALLUM; GARCIA; SANCHES, 2012):

Taquicardia, arritmias, aumento do trabalho cardíaco e aumento da pressão

arterial;

Diminuição da saturação de oxigênio e da oferta de oxigênio aos tecidos

Agitação, ansiedade e medo;

Sudorese;

Risco de sangramento;

Aumento da contração muscular.

Essas respostas geram como principais complicadores (SALLUM; GARCIA;

SANCHES, 2012):

Diminuição do sono;

Perda ou diminuição do apetite;

Desidratação;

Dificuldade para deambular e para mexer-se na cama;

Dificuldade para respirar profundamente decorrente da diminuição da

expansibilidade torácica (respiração superficial) e para tossir;

Aumento no tempo de internação;

Aumento dos níveis de cortisol;

Riscos aumentados para processos tromboembólicos e infecciosos.

Os estudos recentes tem demonstrado que os fatores desencadeantes desses problemas

são: subtratamento e subavaliação da dor, o reduzido uso de opioides, a inadequada formação

de profissionais de saúde quanto ao fenômeno álgico e medicamentoso, crenças e valores

errôneos frente à dor e analgesia, a dificuldade em aferir a dor ou a não sistematização da

avaliação (SALLUM; GARCIA; SANCHES, 2012).

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4. MEDIÇÃO DA DOR

O autorrelato de dor é o mais simples e confiável indicador da existência e intensidade

da dor (padrão-ouro). A avaliação de características comuns da dor ajuda a construir uma

compreensão do tipo de dor, padrão e tipos de intervenção que trazem alívio (POTTER;

PERRY, 2010).

Logo, é importante estabelecer a diferença entre mensuração e avaliação do fenômeno

doloroso:

Mensuração: é quantificação de um dos aspectos da dor por meio de escalas

unidimensionais, as quais são de aplicação rápida, prática e simples. Comumente

são empregadas para mensurar a intensidade da dor ou descrever sua localização, a

exemplo das escalas verbal numérica (EVN), visual analógica (EVA), de descritores

verbais (leve, moderada e intensa), de faces do Cebolinha, de Wong-Baker e o

diagrama corporal (OLIVEIRA et al., 2014; SALLUM; GARCIA; SANCHES,

2012).

FONTES: http://www.carlagomes.pt/wp-content/uploads/2014/01/escala-de-dor-a.jpg

http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/html/1188/img/06t6.gif

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Avaliação: é uma tarefa mais complexa, sendo utilizada com maior frequência

nos casos de dores crônicas e procura entender de forma abrangente como a dor

interfere na vida do indivíduo. As escalas mais indicadas para a avaliação são as

multidimensionais como o Questionário de McGill e a Escala Multidimensional da

Dor (EMADOR) (OLIVEIRA et al., 2014; SALLUM; GARCIA; SANCHES, 2012).

Potter & Perry (2010) ainda caracterizam a dor segundo:

Início, duração, localização e intensidade;

Qualidade: pontada, “chuchada”, em facada, em aperto, queimação, choque.

Padrão de dor: período do dia em que a dor piora, se é intermitente,

constante ou uma combinação delas;

Medidas de alívio (atenuantes) e agravantes;

Efeitos da dor no paciente.

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5. MANEJO DA DOR: INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

Os enfermeiros administram e monitoram intervenções prescritas pelos médicos, bem

como usam medidas independentes para o alívio da dor. Assim, tais medidas são classificadas

em (POTTER; PERRY, 2010):

Medidas farmacológicas para o alívio da dor: existem três tipos de analgésicos

- (1) não opioides [anti-inflamatórios não esteroidais (Aines)]; (2) opioides

(narcóticos - morfina, fentanil, sulfentanil, meperidina); (3) analgésicos adjuvantes

(medicamentos que melhoram os analgésicos ou que possuem propriedades

analgésicas que eram desconhecidas) (POTTER; PERRY, 2010). Vale ressaltar que o

conceito de escada analgésica da OMS deve ser seguido, conforme a imagem a

seguir:

Medidas não farmacológicas para o alívio da dor: incluem abordagens

cognitivo-comportamentais e físicas, como biofeedback, relaxamento, imagem

guiada, distração, estimulação cutânea [massagem, banho quente, bolsa de gelo e

estimulação elétrica transcutânea (TENS)] (POTTER; PERRY, 2010).

FONTE: http://rmmg.org/content/imagebank/imagens/v22s7a04-fig02.jpg

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De acordo com a situação, as ações de enfermagem podem englobar diversas técnicas,

que podem ser desenvolvidas de forma direta ou indireta através de (RIGOTTI; FERREIRA,

2005):

Aproveitamento de um relacionamento confiante;

Criação de um ambiente calmo;

Criação de uma sensação de conforto geral;

Mudanças de posição;

Distração para desviar a sua atenção da dor;

Alteração na condução do estímulo;

Técnicas de modificação comportamental;

Promoção da autoconfiança;

Estabelecimento de uma boa comunicação-empatia;

Apoio emocional ao doente e família.

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6. CLÍNICAS DE DOR, CUIDADOS PALIATIVOS E HOSPICES

O Cuidado Paliativo se confunde historicamente com o termo Hospice. Esta palavra

data dos primórdios da era cristã quando estas instituições fizeram parte da disseminação do

cristianismo pela Europa. Hospices eram abrigos (hospedarias) destinados a receber e cuidar

de peregrinos e viajantes, cujo relato mais antigo remonta ao século V (ANCP, 2012).

Atualmente, Hospices são programas para o cuidado de pacientes com doenças crônicas no

fim da vida que os ajudam a viver em casa com conforto e privacidade (POTTER; PERRY,

2010).

Segundo a definição da OMS (2002), “Cuidado Paliativo é uma abordagem que

promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que

ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a

identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física,

psicossocial e espiritual”. Ainda de acordo com a OMS (2002), os princípios dessa

abordagem são os seguintes:

1. Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis

2. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida

3. Não acelerar nem adiar a morte

4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente

5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente quanto

possível, até o momento da sua morte

6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e

a enfrentar o luto

7. Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus

familiares, incluindo acompanhamento no luto

8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença

9. Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas de

prolongamento da vida, como a quimioterapia e a radioterapia e incluir todas as

investigações necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas

estressantes.

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7. QUESTÕES COMENTADAS

1. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) No que se refere à assistência de Enfermagem

ao paciente que sente dor, assinale a alternativa correta.

a) As estratégias de tratamento da dor no campo da Enfermagem são muito restritas, uma vez

que as medidas para alívio da dor são estritamente farmacológicas.

b) Os placebos devem ser usados para testar a verdade da pessoa em relação à dor, sendo

considerado a primeira linha de tratamento.

c) As prostaglandinas são substâncias que diminuem a sensibilidade à dor, sendo indicada a

administração deste medicamento no tratamento da dor crônica.

d) Como a dor é considerada uma reação fisiológica subjetiva, o uso de escalas de avaliação

para identificar sua intensidade é contra indicado.

e) O enfermeiro deve ensinar estratégias adicionais ao paciente para aliviar a dor e o

desconforto como a distração, o relaxamento e a estimulação cutânea.

COMENTÁRIOS:

Os enfermeiros administram e monitoram intervenções prescritas pelos médicos, bem

como usam medidas independentes para o alívio da dor:

Medidas não farmacológicas para o alívio da dor: incluem abordagens

cognitivo-comportamentais e físicas, como biofeedback, relaxamento, imagem

guiada, distração, estimulação cutânea [massagem, banho quente, bolsa de gelo e

estimulação elétrica transcutânea (TENS)] (POTTER; PERRY, 2010).

Logo, a resposta correta é a letra E.

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2. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) Sobre a Dor é correto afirmar que

a) a dor referida acontece quando o paciente já não apresenta mais um membro, por ocasião

de amputação, e o mesmo percebe um estímulo em uma região que já não existe.

b) endorfinas são substâncias químicas que aumentam a sensibilidade dos receptores de dor

por estimular o efeito de geração da dor das catecolaminas.

c) como não existem instrumentos para avaliação da dor, o enfermeiro deve ter habilidade de

tirar suas próprias conclusões de acordo com os sinais apresentados pelos pacientes.

d) o uso de medicamentos placebos é indicado para pacientes que referem quadros dolorosos

para o enfermeiro ter certeza de que o mesmo está sentindo dor.

e) a experiência dolorosa de uma pessoa é influenciada por inúmeros fatores, incluindo

experiências pregressas com a dor, ansiedade, idade e expectativas a respeito do alívio da dor.

COMENTÁRIOS:

A dor é considerada o 5º SINAL VITAL, isto é, sua avaliação e registro deve ser

sempre de maneira sistemática com o mesmo rigor dos demais sinais vitais (FC, FR, PA e T)

(SOUSA, 2002). Por se tratar de um fenômeno complexo e multidimensional, diversos fatores

estão implicados na gênese da experiência dolorosa, tornando-a um evento genuinamente

único. Logo, “não há duas pessoas que sintam a dor da mesma maneira, e não há dois eventos

dolorosos que gerem sentimentos ou respostas idênticos em uma pessoa” (POTTER; PERRY,

2010). Dentre os fatores que influenciam a dor, temos:

Sensoriais;

Cognitivos;

Motivacionais;

Afetivos;

Culturais;

Comportamentais;

Avaliativos;

Emocionais;

Sociais;

Espirituais.

Diante do exposto, a o gabarito da questão é a letra E.

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3. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) Nas UTIs são comuns os tratamentos de dor. A

dor pode ser classificada em aguda, crônica, neuropática e nociceptiva e a sua avaliação

compreende: o exame clínico, a caracterização da dor , sua repercussão nas atividades de vida

diária e a investigação de elementos psíquicos e socioculturais significativos. Com

sustentáculo neste âmbito, analise as alternativas a seguir e identifique a CORRETA:

a) A avaliação do doente compreende a realização do exame físico geral, com atenção aos

sistemas neurológico e músculo-esquelético. A inspeção deve identificar áreas e pontos

dolorosos, contraturas, atrofias, flacidez e limitações de movimento articular.

b) Alterações de sensibilidade dificilmente acompanham as dores neuropáticas.

c) A descrição das características da dor não é essencial como o local, início, intensidade,

qualidade, assim como os comportamentos de dor como a vocalização, expressão facial e

movimento corporal.

d) A mensuração de parâmetros biológicos é mais utilizada para a dor aguda, devido à

adaptação das respostas neurovegetativas que ocorre na dor crônica.

e) Importante avaliar as inabilidades, incapacidades e prejuízo social advindos da síndrome

dolorosa, bem como o humor que pode ficar comprometido pela dor; as alterações do humor

podem interferir na interpretação e no relato da dor. A emoção mais comumente associada

à dor crônica é a ansiedade e a dor aguda, é a depressão

COMENTÁRIOS:

Prezados concurseiros, após o estímulo álgico, o sistema nervoso simpático é ativado

gerando uma resposta ao estresse do tipo “luta ou fuga” da síndrome geral de adaptação. Tal

estimulação resulta em resposta fisiológicas com alterações vegetativas como (SALLUM;

GARCIA; SANCHES, 2012):

Taquicardia, arritmias, aumento do trabalho cardíaco e aumento da pressão

arterial;

Diminuição da saturação de oxigênio e da oferta de oxigênio aos tecidos

Agitação, ansiedade e medo;

Sudorese;

Risco de sangramento;

Aumento da contração muscular.

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Todavia, alterações de sinais vitais, frequentemente são mais indicativas de outros

problemas do que de dor (drogas vasoativas e doenças de base). Logo, os clientes com dor

nem sempre evidenciarão mudanças nos sinais vitais, sobretudo pacientes com dor crônica,

nos quais dificilmente tais alterações podem não existir devido à adaptação às respostas

neurovegetativas (POTTER; PERRY, 2012).

Diante do exposto, a resposta correta é a letra D.

4. (Secretaria de Saúde do Distrito Federal-DF/UNIVERSA/2011) A Organização

Mundial de Saúde (OMS) conceitua cuidados paliativos como uma abordagem que tem por

objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, que enfrentam

problemas associados a doenças que põem em risco a vida. A respeito desse assunto, assinale

a alternativa correta.

a) A assistência paliativa é voltada ao controle dos sintomas e à busca da cura, com vistas a

preservar a qualidade de vida até o final.

b) A fadiga é um sinal muito prevalente em cuidados paliativos e, por se limitar a questões

físicas, devem ser instituídas medidas exclusivamente farmacológicas para o alívio do

cansaço e da dispneia.

c) Os quadros de delírio, demência, ansiedade e depressão são reflexos de alterações

emocionais e afetivas no paciente com câncer, devendo ser detectados precocemente, a fim de

se intervir rápida e adequadamente.

d) Efeitos adversos de algumas medicações para o tratamento do câncer, como os opioides e

antidepressivos tricíclicos, bem como as mudanças orgânicas decorrentes do câncer

avançado, provocam a sintomatologia gastrintestinal mais frequente em cuidados paliativos,

que é a diarreia.

e) A hipodermóclise representa uma via alternativa para suporte clínico de pacientes em

cuidados paliativos, em que há infusão de fluidos isotônicos e (ou) medicamentos por via

subcutânea. Tem como vantagens o baixo custo, a possibilidade de alta precoce e o risco

mínimo de complicações locais ou sistêmicas.

COMENTÁRIOS:

De acordo com o INCA (2009), a infusão de fluidos isotônicos e/ou medicamentos por

via subcutânea é denominada hipodermóclise ou terapia subcutânea e tem como objetivo a

reposição hidroeletrolítica e/ou terapia medicamentosa.

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As principais indicações para o uso da hipodermóclise são:

1. Impossibilidade de ingestão por via oral;

2. Impossibilidade de acesso venoso;

3. Possibilidade de permanência do paciente em domicílio.

Suas principais vantagens são:

1. Baixo custo;

2. Possibilidade de alta hospitalar precoce;

3. Risco mínimo de desconforto ou complicação local;

4. Risco mínimo de complicações sistêmicas.

Portanto, a resposta correta é a letra E.

5. (Secretaria de Saúde do Distrito Federal/IADES/SES-DFA/2014) Assinale a alternativa

relacionada à assistência de enfermagem nos cuidados paliativos.

a) Hospitalização.

b) Reanimação a qualquer custo.

c) Assistência exclusivamente médica.

d) Assistência domiciliar com equipe multidisciplinar.

e) Uso de materiais e equipamentos de ponta.

COMENTÁRIOS:

Prezados concurseiros, vejamos o conceito de CUIDADOS PALIATIVOS Gegundo a

definição da OMS (2002): “é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e

seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da

prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da

dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”.

Diante do exposto, podemos perceber que a única alternativa que vai ao encontro do

conceito elucidado é a alternativa D.

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6. (Prefeitura de Carandaí-MG/REIS & REIS/2014) Hipodermóclise é uma técnica antiga,

que teve seu primeiro relato em 1913, mas deixou de ser utilizada devido à maneira incorreta

de uso. Hoje, essa técnica esta sendo novamente utilizada em pacientes que estão em cuidados

paliativos, marque a alternativa correta em relação a via de administração desta técnica:

a) Intramuscular

b) Subcutânea

c) Endovenosa

d) Oral

COMENTÁRIOS:

De acordo com o INCA (2009), a infusão de fluidos isotônicos e/ou medicamentos por

via subcutânea é denominada hipodermóclise ou terapia subcutânea e tem como objetivo a

reposição hidroeletrolítica e/ou terapia medicamentosa.

As principais indicações para o uso da hipodermóclise são:

1. Impossibilidade de ingestão por via oral: pacientes em cuidados paliativos que

apresentem embotamento cognitivo, náuseas e vômitos incoercíveis, obstrução do trato

gastrintestinal por neoplasia.

2. Impossibilidade de acesso venoso: pacientes com difícil acesso venoso e que tenham

o seu sofrimento aumentado pelas constantes tentativas de punção; pacientes cujo acesso

venoso represente impossibilidade ou limitação para a administração de medicamentos e

fluidos decorrentes de flebites, trombose venosa e sinais flogísticos.

3. Possibilidade de permanência do paciente em domicílio: por ser um método seguro,

sem graves complicações e facilmente manipulado pelo paciente ou familiar/cuidador, está

indicada a terapia subcutânea para o uso em domicílio.

Portanto, a resposta correta é a letra B.

7. (Prefeitura de Parnaíba-PI/COPESE/ 2010) Durante o exame físico, a dor é avaliada,

sendo importante que o enfermeiro considere que:

a) dor é apenas um fenômeno subjetivo.

b) dor crônica e dor aguda são frequentemente expressas da mesma forma.

c) ocorre um desvio característico nos sinais vitais para todos os clientes sentindo dor.

d) dor crônica pode ser expressa de forma muito diferente da dor aguda.

e) a dor deve ser avaliada apenas uma vez.

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COMENTÁRIOS:

A dor é definida como “uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada

a dano tissular real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano” e é considerada o quinto

sinal vital (POTTER; PERRY, 2010). Vejamos abaixo as principais diferenças entre dor

aguda e crônica:

Dor aguda: tem uma causa detectável, curta duração (< 3 meses), resposta limitada de

dano tecidual e emocional e eventualmente passa com ou sem tratamento após a cura da lesão

(POTTER; PERRY, 2010);

Dor crônica: não está relacionada com a permanência ou aparecimento de alterações

neurovegetativas (sinais de alerta). É considerada como uma doença que persiste e não como

sintoma; não desaparece após a cura da lesão ou está relacionada a processos patológicos

crônicos um tempo igual ou superior a três meses da vigência de dor (SALLUM; GARCIA;

SANCHES, 2012).

Logo, a resposta correta é a letra D.

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REFERÊNCIAS

ANCP. Manual de Cuidados Paliativos ANCP. 2. ed. Rio de Janeiro: Diagraphic, 2012.

BUDÓ et al. A cultura permeando os sentimentos e as reações frente à dor. Rev Esc

Enferm USP. 2007;41(1):36–43.

POTTER; PERRY. Fundamentos de enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier.

RIGOTTI; FERREIRA. Intervenções de enfermagem ao paciente com dor. Arq Ciênc

Saúde 2005 jan-mar;12(1):50-4

SALLUM; GARCIA; SANCHES. Dor aguda e crônica: revisão narrativa da literatura.

Acta Paul Enferm. 2012;25(Número Especial 1):150-4.

SILVA; DELIBERATO. Análise das escalas de dor: revisão de literatura. Revista

Brasileira de Ciências da Saúde, ano VII, nº 19, jan/mar 2009.

SOUSA. Dor: o quinto sinal vital. Rev Latino-am Enfermagem, 2002 maio-junho;

10(3):446-7.

OLIVEIRA et al. Measurement of pain in clinical nursing practice: integrative review.

Rev enferm UFPE Online. 2014;8(8):2872–82.

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LISTA DE QUESTÕES

1. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) No que se refere à assistência de Enfermagem

ao paciente que sente dor, assinale a alternativa correta.

a) As estratégias de tratamento da dor no campo da Enfermagem são muito restritas, uma vez

que as medidas para alívio da dor são estritamente farmacológicas.

b) Os placebos devem ser usados para testar a verdade da pessoa em relação à dor, sendo

considerado a primeira linha de tratamento.

c) As prostaglandinas são substâncias que diminuem a sensibilidade à dor, sendo indicada a

administração deste medicamento no tratamento da dor crônica.

d) Como a dor é considerada uma reação fisiológica subjetiva, o uso de escalas de avaliação

para identificar sua intensidade é contra indicado.

e) O enfermeiro deve ensinar estratégias adicionais ao paciente para aliviar a dor e o

desconforto como a distração, o relaxamento e a estimulação cutânea.

2. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) Sobre a Dor é correto afirmar que:

a) a dor referida acontece quando o paciente já não apresenta mais um membro, por ocasião

de amputação, e o mesmo percebe um estímulo em uma região que já não existe.

b) endorfinas são substâncias químicas que aumentam a sensibilidade dos receptores de dor

por estimular o efeito de geração da dor das catecolaminas.

c) como não existem instrumentos para avaliação da dor, o enfermeiro deve ter habilidade de

tirar suas próprias conclusões de acordo com os sinais apresentados pelos pacientes.

d) o uso de medicamentos placebos é indicado para pacientes que referem quadros dolorosos

para o enfermeiro ter certeza de que o mesmo está sentindo dor.

e) a experiência dolorosa de uma pessoa é influenciada por inúmeros fatores, incluindo

experiências pregressas com a dor, ansiedade, idade e expectativas a respeito do alívio da dor.

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3. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) Nas UTIs são comuns os tratamentos de dor. A

dor pode ser classificada em aguda, crônica, neuropática e nociceptiva e a sua avaliação

compreende: o exame clínico, a caracterização da dor , sua repercussão nas atividades de vida

diária e a investigação de elementos psíquicos e socioculturais significativos. Com

sustentáculo neste âmbito, analise as alternativas a seguir e identifique a CORRETA:

a) A avaliação do doente compreende a realização do exame físico geral, com atenção aos

sistemas neurológico e músculo-esquelético. A inspeção deve identificar áreas e pontos

dolorosos, contraturas, atrofias, flacidez e limitações de movimento articular.

b) Alterações de sensibilidade dificilmente acompanham as dores neuropáticas.

c) A descrição das características da dor não é essencial como o local, início, intensidade,

qualidade, assim como os comportamentos de dor como a vocalização, expressão facial e

movimento corporal.

d) A mensuração de parâmetros biológicos é mais utilizada para a dor aguda, devido à

adaptação das respostas neurovegetativas que ocorre na dor crônica.

e) Importante avaliar as inabilidades, incapacidades e prejuízo social advindos da síndrome

dolorosa, bem como o humor que pode ficar comprometido pela dor; as alterações do humor

podem interferir na interpretação e no relato da dor. A emoção mais comumente associada

à dor crônica é a ansiedade e a dor aguda, é a depressão

4. (Secretaria de Saúde do Distrito Federal-DF/UNIVERSA/2011) A Organização

Mundial de Saúde (OMS) conceitua cuidados paliativos como uma abordagem que tem por

objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, que enfrentam

problemas associados a doenças que põem em risco a vida. A respeito desse assunto, assinale

a alternativa correta.

a) A assistência paliativa é voltada ao controle dos sintomas e à busca da cura, com vistas a

preservar a qualidade de vida até o final.

b) A fadiga é um sinal muito prevalente em cuidados paliativos e, por se limitar a questões

físicas, devem ser instituídas medidas exclusivamente farmacológicas para o alívio do

cansaço e da dispneia.

c) Os quadros de delírio, demência, ansiedade e depressão são reflexos de alterações

emocionais e afetivas no paciente com câncer, devendo ser detectados precocemente, a fim de

se intervir rápida e adequadamente.

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d) Efeitos adversos de algumas medicações para o tratamento do câncer, como os opioides e

antidepressivos tricíclicos, bem como as mudanças orgânicas decorrentes do câncer

avançado, provocam a sintomatologia gastrintestinal mais frequente em cuidados paliativos,

que é a diarreia.

e) A hipodermóclise representa uma via alternativa para suporte clínico de pacientes em

cuidados paliativos, em que há infusão de fluidos isotônicos e (ou) medicamentos por via

subcutânea. Tem como vantagens o baixo custo, a possibilidade de alta precoce e o risco

mínimo de complicações locais ou sistêmicas.

5. (Secretaria de Saúde do Distrito Federal/IADES/SES-DFA/2014) Assinale a alternativa

relacionada à assistência de enfermagem nos cuidados paliativos.

a) Hospitalização.

b) Reanimação a qualquer custo.

c) Assistência exclusivamente médica.

d) Assistência domiciliar com equipe multidisciplinar.

e) Uso de materiais e equipamentos de ponta.

6. (Prefeitura de Carandaí-MG/REIS & REIS/2014) Hipodermóclise é uma técnica antiga,

que teve seu primeiro relato em 1913, mas deixou de ser utilizada devido à maneira incorreta

de uso. Hoje, essa técnica esta sendo novamente utilizada em pacientes que estão em cuidados

paliativos, marque a alternativa correta em relação a via de administração desta técnica:

a) Intramuscular

b) Subcutânea

c) Endovenosa

d) Oral

7. (Prefeitura de Parnaíba-PI/COPESE/ 2010) Durante o exame físico, a dor é avaliada,

sendo importante que o enfermeiro considere que:

a) dor é apenas um fenômeno subjetivo.

b) dor crônica e dor aguda são frequentemente expressas da mesma forma.

c) ocorre um desvio característico nos sinais vitais para todos os clientes sentindo dor.

d) dor crônica pode ser expressa de forma muito diferente da dor aguda.

e) a dor deve ser avaliada apenas uma vez.

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GABARITO

1. E

2. E

3. D

4. E

5. D

6. B

7. D