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O ARAUTO NOVEMBRO/DEZEMBRO/2009 1 ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DA UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS INTERMUNICIPAL DE PIRACICABA (USE) ANO XII – Nº 75 – NOVEMBRO/DEZEMBRO – 2009 O A presença do rico automó- vel diante da residência humil- de, acontecimento inusitado na- quela vila paupérrima e distante, despertou intensa curiosidade. Rostos surgiram nas janelas. Muita gente olhando de longe. Desceram Gumercindo e Maria do Carmo, casal de meia-idade. Sofrida mulher os atendeu, ro- deada por três crianças tímidas grudadas em sua saia. No colo materno chorava um bebê, la- mento ardido de fome… logo apareceu o marido, figura las- timável, barba por fazer, olhar assustado. O visitante quebrou o gelo: – Estamos aqui em tarefa de amizade. Temos recebido incon- táveis bênçãos de Deus, negó- cios prósperos, filhos saudáveis, casa ampla e confortável, muita fartura. No entanto, eu e minha esposa não nos sentimos em paz. O que nos sobra, falta em muitos lares. Isso vem pesando em nosso coração. Decidimos, por isso, ir ao encontro de nos- sos irmãos… – Pois é – completou Maria do Carmo – gostaríamos de saber como vivem, suas dificul- dades e problemas. Como po- deremos ajudá-los. Iniciaremos nosso entendimento neste Na- tal, oferecendo-lhes brinquedos, roupas e alimentos, em nome de Jesus. – Tenho certo de que foi Ele quem os inspirou – interrompeu, emocionado, o dono da casa. – Nossa situação é desespe- radora. Estou desempregado há seis meses… já não temos recursos nem para a comida. A luz foi desligada por falta de pa- gamento… minha esposa está doente. As crianças cobram- -me o presente. Querem saber por que Papai Noel não visita gente pobre. Eu decidira que a situação iria mudar, por bem ou por mal. Planejara assaltar abastada mansão. Enfrentaria a polícia, mataria se preciso, mas não regressaria ao lar de mãos vazias… No entanto, não sou criminoso. Tenho uma exis- tência toda de trabalho honesto, cultivando respeito às leis… Os senhores salvaram-me de um pesadelo. Sufocado pela emoção, derramando-se em lágrimas, o operário ajoelhou-se e beijou as mãos de seus benfeitores, sem que estes pudessem evitar o gesto extremo de humildade e reconhecimento. Após alguns minutos de entendimento fraterno, Gu- mercindo e Maria do Carmo entregaram os presentes e partiram, levando a certeza de que aquela família teria um Natal feliz. Felicidade maior ia em seus corações. Haviam descoberto a insuperável alegria que o exercício da solidariedade proporciona. A violência e o crime são desvios lamentáveis que se oferecem àqueles que transitam pelos caminhos da miséria e do infortúnio. A própria sociedade contribui para tão desastrosas opções ao ignorar a existência desses infelizes. Quando nos dispusermos a superar as barreiras da in- diferença, do comodismo, do apego aos bens transitórios, oferecendo amparo e orientação aos irmãos em dificuldade, a mensagem do Natal começará a ser observada, favorecendo a erradicação do mal. O VERDADEIRO ESPÍRITO DO NATAL Richard Simonetti O Centro Espírita Manoel Augusto Girão, completou 50 anos de fundação em 17 de outubro de 2009. Fundado em 17 de outubro de 1959, por um grupo de espíritas que, independente de uma instituição desse gênero, já trabalhava pela causa da Terceira Revelação. A data foi comemorada em sua sede à Rua Aquilino Pacheco, 1108, no dia 17 de outubro 2009, com uma reunião onde foi apresentado um breve histórico da entidade, seguida de homenagens aos colaboradores antigos na casa, a apresentação do Coral do Girão e uma confraternização. Centro muito atuante no movimento espírita, desde 1987, instituiu a Escola de Médiuns, cujo objetivo é preparar e orientar médiuns para os trabalhos práticos. Hoje esse curso conta com 160 alunos. Atualmente os trabalhos públicos dessa casa espírita refletem bem o quanto ela é procurada. Além disso, muitos outros cursos são ministrados durante a semana. A evangelização da infância e a mocidade espírita são ativas e participantes. Nossos parabéns à diretoria e frequentadores do Centro Espírita Manuel Augusto Girão! CINQUENTENÁRIO DE CENTRO ESPÍRITA * Conheça o site da USE Piracicaba www.usepiracicaba.com.br * * Endereço do Twitter ( http:/twitter.com/usepira ) * Editorial (nossa sociedade está em perigo?) ... pág. 2 Por que Lucien ficou leproso?... pág. 3 Descoberta interior... pág. 3 O caso do trem e a prece (você sabe orar?) pág. 4 Chico Xavier: – Dívida e Resgate... pág. 4 A importância das mocidades Espíritas... pág. 5 Finados – Espíritas diante da morte... pág. 5 Evangelização Infantil (A semente da Verdade)... pág. 6 A Moral do Cristo... pág. 6

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OARAUTONOVEMBRO/DEZEMBRO/2009 1

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DA UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS INTERMUNICIPAL DE PIRACICABA (USE)ANO XII – Nº 75 – NOVEMBRO/DEZEMBRO – 2009

O

A presença do rico automó-vel diante da residência humil-de, acontecimento inusitado na-quela vila paupérrima e distante, despertou intensa curiosidade. Rostos surgiram nas janelas. Muita gente olhando de longe. Desceram Gumercindo e Maria do Carmo, casal de meia-idade. Sofrida mulher os atendeu, ro-deada por três crianças tímidas grudadas em sua saia. No colo materno chorava um bebê, la-mento ardido de fome… logo apareceu o marido, figura las-timável, barba por fazer, olhar assustado. O visitante quebrou o gelo:

– Estamos aqui em tarefa de amizade. Temos recebido incon-táveis bênçãos de Deus, negó-cios prósperos, filhos saudáveis, casa ampla e confortável, muita fartura. No entanto, eu e minha

esposa não nos sentimos em paz. O que nos sobra, falta em muitos lares. Isso vem pesando em nosso coração. Decidimos, por isso, ir ao encontro de nos-sos irmãos…

– Pois é – completou Maria do Carmo – gostaríamos de saber como vivem, suas dificul-dades e problemas. Como po-deremos ajudá-los. Iniciaremos nosso entendimento neste Na-tal, oferecendo-lhes brinquedos, roupas e alimentos, em nome de Jesus.

– Tenho certo de que foi Ele quem os inspirou – interrompeu, emocionado, o dono da casa. – Nossa situação é desespe-radora. Estou desempregado há seis meses… já não temos recursos nem para a comida. A luz foi desligada por falta de pa-gamento… minha esposa está doente. As crianças cobram- -me o presente. Querem saber por que Papai Noel não visita gente pobre. Eu decidira que a situação iria mudar, por bem ou por mal. Planejara assaltar abastada mansão. Enfrentaria a polícia, mataria se preciso, mas não regressaria ao lar de mãos vazias… No entanto, não sou criminoso. Tenho uma exis-tência toda de trabalho honesto, cultivando respeito às leis… Os

senhores salvaram-me de um pesadelo.

Sufocado pela emoção, derramando-se em lágrimas, o operário ajoelhou-se e beijou as mãos de seus benfeitores, sem que estes pudessem evitar o gesto extremo de humildade e reconhecimento.

Após alguns minutos de entendimento fraterno, Gu-mercindo e Maria do Carmo entregaram os presentes e partiram, levando a certeza de que aquela família teria um Natal feliz. Felicidade maior ia em seus corações. Haviam descoberto a insuperável alegria que o exercício da solidariedade proporciona.

A violência e o crime são desvios lamentáveis que se oferecem àqueles que transitam pelos caminhos da miséria e do infortúnio. A própria sociedade contribui para tão desastrosas opções ao ignorar a existência desses infelizes.

Quando nos dispusermos a superar as barreiras da in-diferença, do comodismo, do apego aos bens transitórios, oferecendo amparo e orientação aos irmãos em dificuldade, a mensagem do Natal começará a ser observada, favorecendo a erradicação do mal.

O VERDADEIRO ESPÍRITO DO NATALRichard Simonetti

O Centro Espírita Manoel Augusto Girão, completou 50 anos de fundação em 17 de outubro de 2009. Fundado em 17 de outubro de 1959, por um grupo de espíritas que, independente de uma instituição desse gênero, já trabalhava pela causa da Terceira Revelação. A data foi comemorada em sua sede à Rua Aqui l ino Pacheco, 1108, no dia 17 de outubro 2009, com uma reunião onde foi apresentado um breve histórico da entidade, seguida de homenagens aos colaboradores antigos na casa, a apresentação do Coral do Girão e uma

confraternização. Centro muito atuante no movimento espírita, desde 1987, instituiu a Escola de Médiuns, cujo objetivo é preparar e orientar médiuns para os trabalhos práticos. Hoje esse curso conta com 160 alunos. Atualmente os trabalhos públicos dessa casa espírita refletem bem o quanto ela é procurada. Além disso, muitos outros cursos são ministrados durante a semana. A evangelização da infância e a mocidade espírita são ativas e participantes. Nossos parabéns à diretoria e frequentadores do Centro Espír i ta Manuel Augusto Girão!

CINQUENTENÁRIO DE CENTRO ESPÍRITA

* Conheça o site da USE Piracicaba – www.usepiracicaba.com.br *

* Endereço do Twitter ( http:/twitter.com/usepira ) *

Editorial (nossa sociedade está em perigo?) ...

pág. 2

Por que Lucien ficou leproso?...

pág. 3

Descoberta interior... pág. 3

O caso do trem e a prece (você sabe orar?)

pág. 4

Chico Xavier: – Dívida e Resgate...

pág. 4

A importância das mocidades Espíritas...

pág. 5

Finados – Espíritas dianteda morte...

pág. 5

Evangelização Infantil (A semente da Verdade)...

pág. 6

A Moral do Cristo... pág. 6

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OARAUTO2 NOVEMBRO/DEZEMBRO/2009

EDITORIAL

PUBLICAÇÃO BIMESTRALÓRGÃO OFICIAL DA USE –

INTERMUNICIPAL DE PIRACICABA

Sede e correspondência:Rua 15 de Novembro, 944

14º andar – sala 14313400-370 – Piracicaba-SP

Telefones: (019) 3402-8022 - Banca do Livro

(019) 3433-1267 - Zildéa, Secretaria

E-mail: [email protected]

CGC 96.508.072/0001-13

Expediente:Redação – Diretoria Executiva

Site: www.usepiracicaba.com.br

Edição: 1.500 exemplares

Produção Gráfica e Editoração Eletrônica:

Uma Editora que leva seu tempo a sério.(Você quer publicar Livros, Jornais e Revistas? Consulte, orçamento sem compromisso).

Fone/Fax: (19) 3491-7000/3491-5449

Capivari-SP E-mail: [email protected]

O ARAUTO ENFOQUES ESPÍRITASCENTENÁRIO DE CHICO

XAVIER - Em 2010, Brasília co-memorará 50 anos de fundação. A cidade que é um marco de modernidade celebrará a data com várias comemorações e o Espiritismo fará parte desse espe-táculo. Em reunião com o vice-go-vernador do Distrito Federal, Paulo Otávio, o presidente da FEB, Nes-tor Masotti e o diretor João Pinto Rabelo, obtiveram a notícia que o III Congresso Espírita Brasileiro fará parte das comemorações dos 50 anos de Brasília, no ano que vem. O III Congresso, que ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de abril de 2010, e celebrará o centenário de Chico Xavier, já conta com mais de mil inscritos. Para garantir seu lugar, inscreva-se pelo site www.100anoschicoxavier.com.br e faça parte de um marco na história de Brasília e do Espiritis-mo. (Fonte: Jornal Verdade e Luz

da Use Ribeirão Preto)VII FEIRA DO LIVRO ESPÍRI-

TA EM IRACEMÁPOLIS – A União Espírita de Iracemápolis realizará sua VII Feira do Livro Espírita nos dias 6, 7 e 8 de novembro, sexta-feira, sábado e domingo, respec-tivamente nos seguintes horários: dia 6, das 19:00 às 22:00 horas; dia 7, das 9:00 às 22:00 horas e dia 8, das 9:00 às 18:00 horas. O local é o Centro de Lazer do Trabalhador de Iracemápolis, que fica atrás do prédio da Prefeitura. Juntamente com a feira do livro, haverá uma exposição e vendas de orquídeas. Os livros serão ven-didos, como sempre, com des-contos especiais, pois o objetivo é a divulgação da Doutrina Espírita. A Feira vale pelos preços dos livros e pela beleza das orquídeas, que contribuem para um ambiente harmonioso. Vamos prestigiar? Vale a pena comparecer!

SEMINÁRIO FALANDO COM OS ESPÍRITOS - Encerrando seus eventos em 2009, a Use Intermu-nicipal de Piracicaba, apresentará no dia 28 de novembro, sábado, das 14:00 às 18:00 horas, no Grupo Espírita Fora da Caridade não há Salvação, Rua Tiradentes, 840, o seminário Falando com os Espíritos, por Américo Sucena de Almeida. Não é fácil conduzir um diálogo quando não sabemos quem está do outro lado. Vamos então aproveitar a oportunidade, para fazermos uma reciclagem, pois somos todos aprendizes no conhecimento doutrinário e no atendimento aos nossos irmãos desencarnados. Embora o as-sunto seja específico para diri-gentes de trabalhos mediúnicos e médiuns, o seminário é aberto a futuros dirigentes e demais in-teressados.

[email protected]

Os jornais e televisões através de suas manchetes sensacionalistas têm trazido notícias muitas vezes avassaladoras sobre a degradação moral em todos os segmentos de nossa sociedade. Indivíduos guinda-dos aos mais altos postos da nação assim como lideranças de vários se-tores produtivos de nossa sociedade, aparecem envolvidos em corrupção e acontecimentos lamentáveis no campo moral. Associado a isto, a im-punidade pelos crimes perpetrados é uma constante na nossa sociedade. Portanto, é comum o homem de bem questionar sobre a presença Divina na Terra. Estaria realmente a nossa sociedade, fadada a corrup-ção crescente e sem limites? Aonde iremos parar com tanta violência e impunidade?

As diferentes religiões trazem as explicações possíveis à sociedade, apresentando Deus como Pai bo-níssimo, e a possibilidade das penas eternas para aqueles que recalcitram no mal. A moral de Jesus é comum a todas as religiões. Mas o homem moderno, em plena era das viagens

espaciais, transplantes de órgãos, mapeamento cromossômico, etc. deseja bem mais que isto. Com o nível de comunicação já existente, todos os fatos relevantes que ocor-rem no planeta, informam a todos instantaneamente. A internet, a TV, etc., vêm trazendo uma quantidade de informações gigantescas para o homem moderno. Este avanço tecnológico faz o homem racionar de forma mais intensa. Ele neces-sita de respostas rápidas, simples, sensatas, e lógicas.

O Espiritismo, apresentado como a Terceira Revelação, consegue agre-gar todas as conquistas científicas, a filosofia e religião. Resgata a Fé raciocinada. Ao explicar a transição dos planetas, a evolução do homem e das sociedades através da reen-carnação, as Leis Divinas através dos mecanismos de ação e reação, transfere então ao homem tecnoló-gico de hoje, a responsabilidade de seus atos. Não mais penas eternas após a morte com um tribunal Di-vino a sua espera. As Leis de Deus operam incessantemente, de acordo

com as nossas atitudes na Terra ou na erraticidade.

O fato de estarmos vivendo um período de transição, mundo de provas e expiação para regeneração, etapa esta conhecida como o ““ final dos tempos “”, certos valores morais necessitam de serem aferidos. As-sim como em uma escola temos o ““ exame de final de ano “” para a aprovação ou reprovação dos alunos, o nosso planeta vive a etapa de se-paração dos espíritos, onde aqueles com uma conduta moral equivocada (corrupção, violência, egoísmo, etc.) serão transferidos para um mun-do em estágio inferior à Terra. No Evangelho temos este evento como a “’separação do joio do trigo, ou a separação dos lobos das ovelhas. Na Terra ainda predomina o mal sobre o bem. Mas, neste processo, temos tido um recrudescimento temporário de todos os desvios morais, como elemento catalisador no processo de separação. Apenas aqueles que tiverem uma forte determinação moral de persistirem no caminho reto do Evangelho de Jesus, terão

permissão para continuarem re-encarnando na Terra. Os demais espíritos, vivenciando a atmosfera de degradação moral temporária da sociedade, têm agido conforme a sua índole interior. Estes, ao longo dos anos, terão de migrar para um orbe inferior, podendo regressar apenas quando modificarem a sua conduta. Após esta ““ higienização “”, a Terra estará livre desta carga negativa de tantos espíritos recalci-trantes no mal, e como planeta de Regeneração permitirá à sociedade uma vivência mais fraterna entre todos.

Assim, devemos entender o momento atual como uma transição difícil, mas necessária. Jesus perma-nece vigilante, de modo a permitir que todos tenham a oportunidade de renovarem as suas atitudes. Mas esta decisão é pessoal e intransfe-rível. Que dentro dos ensinamentos do Mestre, no ““ Orai e Vigiai “” en-contremos o abrigo e motivação para uma permanente ação no bem.

(AATV)

COMO CONHECER O ESPIRITISMO?

FELIZ NATAL E ANO NOVO“Jesus nasceu há vinte séculos.

Mas o seu natalício, com tudo o que com Ele se relaciona, reveste-se de perpetuidade. O Natal do Divino Enviado é um fato que se repete todos os dias, foi de ontem, é de

hoje, será de amanhã e de sempre. Os que ainda não sentiram em seu interior a influência do espírito do Cristo ignoram em realidade, que ele nasceu. Só sabemos das coisas de Jesus por experiência própria. Só

após Ele haver nascido em nosso co-ração, é que chegamos a entendê-lo, assimilando, em espírito e verdade, o seu Verbo incomparável”. (Vinicius – Na seara do Mestre)

A equipe da redação de O Arauto

e a Comissão Executiva da Use Inter-municipal de Piracicaba, agradecem a vocês, queridos leitores, que sem-pre nos incentivam no trabalho da divulgação da Doutrina Espírita.

FELIZ NATAL! FELIZ 2010!

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OARAUTONOVEMBRO/DEZEMBRO/2009 3

[email protected]

POR QUE LUCIEN FICOU LEPROSO?

Jovem, che io de v ida, sensível, músico de futuro; de família rica e muitos sonhos... Mas, ainda jovem estranha enfermidade apareceu-lhe. Sentia as mãos enfermas, inflamações nas articulações e dores; ligeira despigmentação nos pés e inchaços. Fora diagnosticado: – era lepra. Sua vida mudou completamente. Sua famí l ia para não ser discriminada pela sociedade que frequentava o internou e pediu que a esquecesse. Dias e anos de sofrimentos, solidão e muitas dores. Até o seu desencarne numa colônia de leprosos, antes de completar 30 anos. Mas, por quê? Por que esse sofrimento, por que essa doença? O Espírito Victor Hugo, escritor francês, pela psicografia de Divaldo Franco, nos conta no livro Sublime Expiação(FEB) a história de Lucien. Nessa história vemos que as provas e expiações às vezes se demoram a concluírem e o motivo da prova de Lucien com a lepra começou 400 anos antes. Ele viveu no ano de 1500 na Itália, seu nome era Giuliano, moço forte, alto, loiro, olhos azuis,

corpo atlético, grande músico obteve da espiritualidade a oportunidade de reencarnar para liberar-se de velhas tramas infelizes que no passado se enredara. Mas não aproveitou a oportunidade de melhorar- -se. Desnorteado pela luxúria e embriagado pelos excessos perdeu-se nos descaminhos da vida. Com sua aparência, capacidade, juventude e sua força atlética conseguia a simpatia da aristocracia de Roma e de suas autoridades. Tornou-se corrupto qual muitos da época. Sentia-se superior, era arrogante, achava que tudo podia. Queria conquistar o poder, as mulheres e a riqueza. E para isso até conduzia-se pelos caminhos do crime. Sua vida foi contrária ao que a espiritualidade esperava dele. E num momento de sua existência tumultuada pelas ilusões do mundo e pelos erros que cometia para conquistá-las, Lucien conheceu uma Condessa, viúva, rica e mãe de uma jovem de 15 anos. Atraído por sua beleza e riqueza quis por toda forma conquistá-la. Mas a Condessa não quis seus galanteios e o

recusou. Não se conformando com a rejeição e ferido em seu orgulho jurou que ela pagaria por ofendê-lo e que a possuiria de qualquer jeito. Passado não muito tempo, contratou dois mercenários e raptou a Condessa e sua filha. E numa de suas visitas às prisioneiras, por haver sido novamente recusado, começou a bater e machucá- -las furiosamente. Até que as apunhalou ferindo gravemente a Condessa. E em seu último suspiro de vida a vítima falando sobre sua vida fê-lo descobrir que ela era sua mãe. Ele havia sido tirado da mãe quando pequeno porque era f i lho bastardo. E o choque foi tão grande que desequilibrou-se e apunhalou seu próprio coração, suicidando-se. Fora do corpo fora violentamente atacado por espíritos obsessores que já o acompanhavam e por muito tempo foi vampirizado por eles no Umbral. Por que demorou tanto para ele passar por essa prova da lepra? Ficou muito tempo sob o domínio dos obsessores. Quando teve as primeiras oportunidades de reencarnar, perdeu várias

oportunidades por ser abortado devido a graves desequilíbrios e fluidos tóxicos acumulados em seu perispírito. Até que muito mais tarde, 400 anos depois retornaria pela hanseníase, para sua depuração e recomeçar a luta renovatória com o nome Lucien. Então, queridos amigos, nada acontece por acaso e ninguém sofre inocente. Jesus confirma a Lei de Causa e Efeito quando dizia... ”Colhemos o que semeamos!”. Victor Hugo nos diz, “Não recueis ante o testemunho mais assustador, nem fujais às aflições do dia a dia. Erguei-vos, tristes e desconsolados da Terra, pela oração, impregnada de confiança. Concluída a áspera provação, saireis do corpo, qual borboletas coloridas, libertadas pela transformação das lagartas vaga rosas e ras te jan tes , voejando no leve ar do dia em luz. Bendireis, então, haverdes sofrido, e louvareis o corpo generoso que vos serviu de casulo. Esperai, portanto, almas que chorais sem nada possuirdes além da consolação da fé e do murmúrio das próprias orações. Jesus vos conhece e sabe das vossas agonias".

DESCOBERTA INTERIOROrson Peter Carrara

Por timidez, medo, condicio-namentos, traumas e mesmo comodismo deixamos de des-cobrir nossos próprios talentos, potencialidades e perspectivas. Muita gente verdadeiramente se trava pela ausência dessa iniciativa de autovalorização. Não há o que temer. Todos somos capazes! É preciso rea-gir às ideias de derrotismo ou baixa-estima. É preciso parar de se considerar vítima de pessoas e circunstâncias, reagindo de nossas imaginárias fraquezas e incapacidades para alçar voos de realização pessoal. Como conseguir isso? – perguntarão muitos. O processo é simples. Basta o exercício da viagem inte-rior. Conversar consigo mesmo. Entrevistar-se! Parece estra-nhos, mas é real. Isso inclui a indagação das razões de nossa

reações. Qual a razão de nossas alegrias, de nossas tristezas, angústias e ímpetos de agressi-vidade ou irritação?

O que é que nos deixa feli-zes? O que nos irrita? O que nos empolga?

Como são nossas reações diante das adversidades e cir-cunstâncias difíceis?

Ao mesmo tempo, analisemos nosso próprio comportamento no relacionamento com os ou-tros. Alguém tem algo a reclamar de nós? Somos inconvenientes? Respeitamos pessoas, opções, instituições? Somos facilitado-res ou complicadores?

Estamos em paz com a consciência? Tememos algum olhar?

E conosco mesmo? Temos nos agredido com desânimos e pessimismo?

Como está nosso palavrea- do? Grotesco, animador ou vulgar?

O que nos incomoda inte-riormente? O que tememos verdadeiramente?

Como enxergamos o su-cesso alheio? E as dificuldades alheias, como enxergamos?

E o relacionamento com Deus, como está? Note o leitor que tais perguntas podem se estender ao inesgotável. São muitas as indagações interiores. Se não bastasse, o que dizer, dos questionamentos advin-dos dos relacionamentos, nem sempre saudáveis, muitas vezes tensos e desafiadores. Por isso, uma entrevista pessoal conosco mesmo é uma dica de descober-ta interior. Descoberta que nos trará com clareza nossas poten-cialidades, nossas habilidades,

nossas virtudes e também nos-sas sombras. Estas, aguardando nossa renovação. Afinal, estare-mos frente a frente com nossas tolas vaidades, com nosso ego-ísmo feroz e orgulho dominador. Mas encontraremos também nossas virtudes, perspectivas e potencialidades. Aí surge a opor-tunidade de investir nas virtudes e lutar contra as imperfeições. E também de usar as poten-cialidades. Quem de nós não possui virtudes? Todos possuí-mos. Não há o que argumentar contra. Então, comecemos hoje mesmo a descobrir os valores que possuímos, para utilizá-los em nosso favor e em favor dos outros e a descobrir aquilo que ainda é preciso aprimorar em nós mesmos. Estaremos mais felizes e fortalecidos.

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OARAUTO4 NOVEMBRO/DEZEMBRO/2009

Ano de 1987. Era um domingo de muito sol e calor. Resolvemos eu e a família fazer uma viagem de trem. Iríamos de Rio Claro para Limeira.

Entramos no trem, estava lotado, não havia lugar para sentar...Corredor cheio, muita gente em pé. Estávamos quase chegando a Limeira quando, de repente, um jovem começou a esbra-vejar, gesticular, falar alto, mostrando--se muito inconformado. Chamou a atenção de todos. Dizia “– como pode? Essa senhora ao seu lado, está há três horas em pé, com uma criança no colo balançando para cá e para lá, segurando com dificuldade, quase caindo, e ele está ali lendo a Bíblia o tempo todo, como se nada tivesse acontecendo à sua volta!" Um senhor bem vestido, paletó e gravata, sentado confortavelmente lia a bíblia. O jovem indignado acrescentava “– do que adianta ler a bíblia? E não ser solidário, esquecer o próximo, a caridade? “Em

Rio Claro, um dia, após terminar uma palestra sobre a prece, uma senhora me procurou e disse: – Moço posso falar com o senhor? E, enquanto o povo saía, ela falou : “– Sabe moço, eu orava todos os dias 40 minutos, ali contados no relógio e não sabia... não sabia que orar é viver! As palavras são só complementos de nossas atitudes na vida!”. Fiquei feliz em saber que ela havia entendido o recado da palestra.

Muitas pessoas fazem preces, até muitas vezes ao dia. Mas suas vidas não correspondem aos ensinos de Je-sus. Alex Carrell argumentava “ Não há sentido em orar-se pela manhã como um santo e viver-se como um bárbaro o resto do dia”. O verdadeiro fermento da prece, para que ela se eleve, são os bons sentimentos que devemos cultivar no dia a dia. O sentimento do perdão, da solidariedade, do amor, da compre-ensão, da paciência, da caridade...Se não construímos e praticamos esses

sentimentos como vamos tê-los impul-sionando as nossas preces a Deus? Elas serão apenas palavras. Por isso Jesus dizia: – quando orar, faça primei-ro as pazes com o seu irmão se quer que sua oração seja agradável a Deus. Perdoa o seu irmão se quer o perdão de Deus. Queria dizer, oração precisa de ação! Ela tem que ter o suporte do

seu merecimento, da sinceridade, dos bons sentimentos. Sem a prática do bem em nossas vidas, a prece terá pou-co sentido. Dizia o pensador Wladimir Lindemberg ”Quem se abriga em Deus por suas boas ações, pouco necessita de palavras, basta um suspiro dirigido a Deus e Deus ouve.”

(jc)

O CASO DO TREM E A PRECE( VOCÊ SABE ORAR ? )

Chico XavierDÍVIDA E RESGATE

Uma das cunhadas do Chico teve um filho anormal. Braços e pernas atro-fiadas. Os olhos, cobertos por uma es-pessa névoa, mantinham-no mergulhado na mais completa escuridão. Inspirava medo às pessoas que o viam. Era tão deformado que a mãe ao vê-lo teve um choque e foi internada num hospital de doentes mentais.

O Chico ficou com o sobrinho.Cuidar dele não era fácil. Medicá-

-lo, banhá-lo e aplicar-lhe um clister diariamente. O menino não deglutia e para alimentá-lo, o Chico tinha que for-mar uma pequena bola com a comida, colocar em sua garganta e empurrar com o dedo.

Isto, durante doze anos aproxima-damente.

Quando o sobrinho piorava, o Chico rezava muito para que ele não desencar-nasse. Já o amava como um filho.

Um dia o Espírito Emmanuel lhe disse:

— Ele só vai desencarnar quando o pulmão começar a desenvolver e não encontrar espaço. Aí, então, qualquer resfriado pode se transformar numa pneumonia e ele partirá.

Quando estava próximo dos doze

anos, foi acometido de uma forte gripe e começou a definhar.

Na hora do desencarne, seus olhos voltaram a enxergar. Ele olhou para o Chico e procurou traduzir toda a sua gratidão naquele olhar.

Emmanuel, presente, explicou: — Graças a Deus. É a primeira vez,

depois de cento e cinquenta anos, que seus olhos se voltam para a luz. As suas dívidas do passado foram liquidadas. Louvado seja Jesus.

(do livro “Chico, de Francisco, de Adelino da Silveira, Ceu, 1987).

É preciso estudar para não aceitar tudo o que se ouve. Guia recomenda orar com um olho fechado, outro aberto?

Pergunta – O guia de nosso Centro recomendou que para orar e vigiar, conforme ensinou Jesus, devemos, na oração, fechar um olho e manter o outro aberto. É assim mesmo?

Resposta – Seria conveniente vigiar esse “guia”. Palpiteiros do Além costu-mam gerar confusão. Quando não passamos pelo crivo da razão as orientações que chegam pelo processo mediúnico, resvalamos para a fantasia. ( Richard Simonetti )

Imprimimos seu livro, jornal ou revista: Gráfi ca EMETelefone: (19) 3491-7000www.editoraeme.com.br • [email protected]

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Renascer 2010Belos pensamentos e

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Espiral R$ 24,00Brochura R$ 24,00

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OARAUTONOVEMBRO/DEZEMBRO/2009 5

MOCIDADE

Associação Espírita Urubatão 3as feiras 20hCasa Espírita Francisco de Assis domingos 9hCasa Espírita Sementes de Luz 2as feiras 20hCentro E. João Moreira-Capivari sábados 9h30 Centro E. Caminho de Damasco sábados 9hCentro E. Dr Alfredo Cardoso sábados 15h30Centro E. Dr Bezerra de Menezes 2as feiras 20hCentro E. Manuel Augusto Girão 2as feiras 20hGrupo E. Aprendiz do Evangelho domingos 9hG.E. Fora da Caridade não há Salvação 6as feiras 20hGrupo Espírita Luz e Verdade 2as feiras 20hSeara Espírita Renascer sábados 9h30Sociedade E. Casa do Caminho 4as feiras 20h Sociedade E. Missionários da Luz 6as feiras 20hUnião Espírita de Charqueada domingos 9hUnião Espírita de Piracicaba domingos 10h 4as feiras 20h sábados 14h30União Espírita de São Pedro 2as feiras 9h

EVANGELIZAÇÃO DA INFÂNCIA

A IMPORTÂNCIA DAS MOCIDADES ESPÍRITAS FINADOS – ESPÍRITAS

DIANTE DA MORTEAs mocidades espíritas tornam-se cada vez mais importantes na Seara do Mestre. Quando questionamos aos frequentadores de um centro espírita se eles chegaram a ele pela dor ou pelo amor, a resposta é quase unânime: pela dor! Concordo que isso seja reflexo de uma doutrina recente na história da humanidade, mas os centros espíritas não podem esperar sempre por frequentadores que ve-nham pelo sofrimento moral, físico ou espiritual.

Eles também podem optar por ações preventivas que garantem equi-líbrio entre trabalhadores e assistidos, fornecendo à casa voluntários aptos e com muita força de vontade de colaborar.

Uma ação que pode ser tomada pelos dirigentes para garantir ao cen-tro espírita pessoas que já tenham despertado para o ideal da caridade, é a criação de mocidades. Mocidades ativas, participantes e com o apoio e incentivo da sua casa de oração.

Eu poderia estar apresentando inúmeros argumentos para validar a presença da mocidade dentro de um centro, mas não podemos nos esque-cer que uma mocidade guarnece a família e fornece aos jovens subsídios para protegerem-se de males que estão de fácil acesso a todos

Mas o leitor amigo deve estar imaginando: como reunir jovens para um centro espírita e como fazer para estes não criarem problemas? Afinal jovem é jovem em qualquer lugar! E mais: para que “meu” centro precisa de uma mocidade?

Esses são realmente os pensa-mentos da maioria, mas quando o centro resolve abraçar esse investi-mento em seu futuro, a mocidade rende trabalhos grandiosos na Seara do Mestre.

Vamos começar a analisar como os jovens podem ajudar.

Uma vez que a maioria das pes-

soas chega ao Espiritismo pela dor, o processo para que essa atinja o equilíbrio e assuma tarefas dentro da casa é razoavelmente longo; sem falar no tempo de escola de desenvolvi-mento mediúnico. Contudo, com uma mocidade, todos estariam sempre em estudo evitando darem cabeçadas na vida.

E ao invés de procurarem uma casa de oração somente para aliviar suas dores, os jovens serão agentes multiplicadores na sociedade, que for-marão uma família já dentro da condu-ta espírita. Com uma disponibilidade de horário totalmente diferente dos outros trabalhadores do centro, que normalmente são casados, possuem família e que participam durante as noites da semana, os jovens podem ser uma extensão dessas atividades nos fins de semana, criando assim grupos de estudos onde há a possibili-dade de ampliar seu conhecimento na Doutrina Espírita e no comportamento social e familiar.

Ao invés de um jovem rebelde, sem rumo, teremos ajudado a cons-truir uma personalidade voltada à reflexão e à compreensão do mundo em que vivemos.

CRIAR E MANTER UM GRUPO DE MOCIDADE É TAREFA DAS MAIS IMPORTANTES PARA OS DIRIGENTES DE UM CENTRO ESPÍRITA. INVESTIR E ACREDITAR NOS JOVENS É UM MEIO DE ESTABELECER A PAZ NOS LARES E GARANTIR O FUTURO DO ESPIRITISMO.

Frederico G. Costa

Toda religião procura confor-tar os homens, ante a esfinge da morte. A Doutrina Espíri-ta não apenas consola, mas também alumia o raciocínio dos que indagam e choram na grande separação. Toda religião admite a sobrevivência.

A Doutrina Espírita não ape-nas patenteia a imortalidade da vida, mas também demonstra o continuísmo da evolução do ser, em esferas diferentes da Terra. Toda religião afirma que o mal será punido, para lá do sepulcro. A Doutrina Espírita não apenas informa que todo delito exige resgate, mas tam-bém destaca que o inferno é o remorso, na consciência culpa-da, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação. Toda religião ensina que a alma será expurgada de todo o erro, em regiões inferiores. A Doutri-na Espírita não apenas explica que a alma, depois da morte, se vê mergulhada nos resultados das próprias ações infelizes, mas também esclarece que, na maioria dos casos, a estação terminal do purgatório é mesmo a Terra, onde reencontramos as consequências de nossas faltas, a fim de extingui-las, através da reencarnação. Toda religião fala

do céu, como sendo estância de alegria perene. A Doutrina Espírita não apenas mostra que o céu existe, por felicidade suprema no espírito que subli-mou a si mesmo, mas também elucida que os heróis da virtude não se imobilizam em paraísos estanques, e que, por mais elevados, na hierarquia moral, volvem a socorrer os irmãos da Humanidade ainda situados na sombra. Toda religião encarece o amparo da Providência Divi-na às almas necessitadas. A Doutrina Espírita não apenas confirma que o amor infinito de Deus abraça todas as criaturas, mas também adverte que todos receberemos, individualmente, aqui ou além, de acordo com as nossas próprias obras. Os espíritas, pois, realmente não podem temer a morte que lhes sobrevém, na pauta dos desígnios superiores. Para to-dos eles, a desencarnação em atendimento às ordenações da Vida Maior é o termo de mais um dia de trabalho santificante, para que se ponham, de novo, a caminho do alvorecer.

Emmanuel (Livro: Justiça Divina,Psicografia: Francisco Cândido Xavier-Feb)

Banca do Livro Espírita “Allan Kardec"

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Rua Treze de Maio, 555 - centroPraça Tibiriçá - Piracicaba - SP 13400-000

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OARAUTO6 NOVEMBRO/DEZEMBRO/2009

Casa Espírita Francisco de Assis Sábados 14h C. Esp. Luz e Verdade Sábados 15hC. Esp. Manuel Augusto Girão 2as feiras 20hGrupo Esp. Aprendizes do Evangelho 6as feiras 20hInstituto de Cultura Espírita Domingos 9hSociedade Espírita Casa do Caminho 2as feiras 20hSoc. Esp. Missionários da Luz (S.Pedro) 6as feiras 20hUnião Espírita de Iracemápolis Domingos 10h União Espírita de Piracicaba Domingos 10h

MOCIDADES

RELAÇÃO DOS LOCAIS E HORÁRIOS DAS REUNIÕES PÚBLICAS DAS CASAS ESPÍRITAS ADESAS À U.S.E. INTERMUNICIPAL DE PIRACICABA

ENTIDADE DIAS HORÁRIO

Associação Espírita Urubatão Terças-feiras 20h

Rua Fernando Febeliano da Costa, 1828 - Piracicaba Domingos 18h

Associação E. Bento do Amaral França Segundas-feiras 19 às 19h45 Praça Guerino OrianI, 1011 (Ant.Pç Bandeira) - Piracicaba Quintas-feiras 20h

Casa Espírita Francisco de Assis Terças-feiras 14h/19h30 Rua Território do Acre, 40 - V. Prudente - Piracicaba Quartas-feiras 19h

Centro Espírita Allan Kardec Segundas-feiras 20hRua Pedro Turatti, 287 - Rafard

Centro Espírita Caminho de Damasco

Terças-feiras 20hTravessa Padre Paiva, 197 - V. Rezende - Piracicaba

Centro Espírita Manuel Augusto Girão Segundas-feiras 20hRua Aquilino Pacheco, 1108 - Piracicaba

Centro Espírita Dr. Alfredo Cardoso Quartas-feiras 20hRua Mário Tavares, 236 - Rio das Pedras

Centro Espírita O Bom Caminho Terças-feiras 20hAv. Fioravante Cenedese, 1455 - Ártemis - Piracicaba

Centro Espírita João Moreira Segundas-feiras 20hRua Padre Haroldo, 314 - CapivariRua Tamoios 210 –Vila Balan Sábados 19h Centro Espírita Bezerra de Menezes

Segundas-feiras 20hTravessa Bezerra de Menezes, 90 - São Pedro

Grupo Espírita Luz e Verdade Segundas-feiras 20hRua Angelo Furlan, 110 - Sta. Terezinha - Piracicaba

Gr. E. Fora da Caridade Não Há Salvação Sextas-feiras

20hRua Tiradentes, 840 - Piracicaba Terças-feiras 19h30

Grupo Esp. Aprendiz do Evangelho Segundas-feiras 20h

Rua Coronel Barbosa, 36 - Piracicaba Quartas-feiras 14h

Domingo 9h

União Espírita de São Pedro Segundas-feiras 20hRua Maria F. M. Matarazzo, 174 - V. Nova - São Pedro

União Espírita de Charqueada Terças-feiras

20hRua 1º de Maio, 134 - Charqueada

União Espírita de Piracicaba Segundas-feiras

20hRua Regente Feijó, 933 - Piracicaba

Quartas-feiras Quintas-feiras Sábados 14h30 Domingos 10h

União Espírita de Iracemápolis Terças-feiras 20hAv. Claudia Maria Gandolpho Rodrigues de Souza, 315

Jd. Lázaro Honório de Oliveira, Iracemápolis Sociedade Espírita Casa do CaminhoCentro Espírita Manoel Ramos Quartas-feiras

20h

Av. Alexandre Petta, 1086 - Vila Rezende - Piracicaba Domingos 19h

Instituto de Cultura Espírita Sábado 14h30h Rua Bom Jesus, 1559 - Centro - Piracicaba

Casa Espírita Allan Kardec Terças-feiras 19h30Av. Osvaldo Cruz, 288 - Jd. São Luis - Piracicaba

Sociedade Espírita Missionários da Luz Sextas-feiras 20hRua João Teixeira da Frota, 1050 - São Pedro

Seara Espírita Renascer

Quartas-feiras 20hRua Cel. Manoel Inacio da Mota Pacheco, 551 - V Rezende - Piracicaba

Casa Espírita Sementes de Luz Segundas-feiras 19h45Rua Santos Dumont, 408 - Vila Independência. - Piracicaba

Associação Beneficente Nossa Casa Quintas-feiras 20h Rua Benjamim Constant, 1405 - Piracicaba

Inst. de Assistência e Orientação Espírita Leonel Giovanini Terças-feiras 20h Rua 9 de Julho, 28 - Rio das Pedras

Centro Espírita Lázaro José. Rua Conselheiro Gavião Peixoto, 431 - Rafard

Sextas-feiras 20h

O CANTINHO DOS PENSAMENTOS

ARAUTO INFANTOJUVENIL

Um imperador precisava achar um sucessor. Como não tinha filhos nem parentes decidiu chamar todas as crianças do reino e uma delas foi Thai.

Thai era excelente jardineiro e toda planta que tocava crescia forte e viçosa.

Reunidas as crianças, o imperador entregou-lhes algumas sementes para que cultivassem por um ano e seu trono seria daquele que trouxesse a mais bela flor.

Thai plantou a semente com carinho e dedicação mas, por mais que se esforçasse a semente não brotava. Fez tudo o que podia, mas nada adiantou, e no dia da apresentação Thai não queria ir ao palácio, mas seu avô aconselhou:

Você é honesto. Vá até o imperador e diga a verdade. Não se envergonhe. Devemos sempre agir com honestidade, buscando a felicidade, sem que a nossa alegria faça alguém infeliz.

Então Thai foi até o palácio e chegando lá viu que todas as crianças traziam consigo belíssima planta, mas viu também que o imperador olhava cada uma delas sem nenhum contentamento.

Chegando a sua vez Thai não se

conteve e começou a chorar. Com a cabeça baixa mostrou o vaso ao imperador e pediu-lhe perdão, pois por mais que se esforçasse a semente não brotou. Então o imperador falou-lhe:

— Não se envergonhe criança, você fez o certo. SUA GRANDE VIRTUDE FOI DIZER A VERDADE. Eu havia queimado todas as sementes, portanto nenhuma poderia germinar.

— Você foi o único que de fato plantou a semente da verdade.

“Algumas vezes a verdade não é tão bonita quanto uma flor, mas precisamos encará-la com coragem para vencer os grandes desafios”

( Fundação Educa r DPasc ) [email protected]

A SEMENTE DA VERDADE

“Quando não desejarmos ser melhor, a vida nos melhorará através da dor”. Emmanuel

“Toda vez que a tentação da censura conduzir-te à acusação, coloca-te no lugar do outro”.

Marco Prisco

“Quem dá o bem é o primeiro beneficiado;quem acende uma luz é o que se ilumina em primeiro lugar”.

André Luiz

“Só a educação liberta”. Epicteto

O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangé-lico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os co-rações a caridade e o amor ao próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma moral que

há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a Natureza está submetida, que se cumpre...São chegados os tempos em que se hão de desenvolver as ideias, para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus... Não se acredi-te, porém, que esse desenvolvimento se efetue sem lutas. Não; aquelas ideias precisam, para atingirem a maturidade, de abalos e discussões, a fim de que atraiam a atenção das massas. Uma vez isso con-seguido, a beleza e a santidade da moral tocarão os espíritos, que então abraçarão uma ciência que lhes dá a chave da vida futura e descerra as portas da felicidade eterna. Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a conclui-rá. (o Ev.Seg.O Espiritismo Cap.I).

A MORAL DO CRISTO

Domingo 10h

Quinta-feira 20h