novas tecnologias no cultivo de tomate

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Este trabalho aborda o cultivo de tomates, com o objetivo de abordar as técnicas convencionais de produção, sobretudo apontando soluções ambientais por meio de novas tecnologias que estabeleçam padrões mais eficientes no processo produtivo do tomate.

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Faculdade de Tecnologia SENAC Gois Curso de Gesto Ambiental

DENISE ALVES DE JESUS ROSAL FERNANDA DE MORAES PENA EDELINE LIMA MARCOS FRANCISCO CABRAL MICHELLY NUNES DA SILVA

PROJETO INTEGRADOR APLICAO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO CULTIVO DE TOMATE

Goinia 2010

DENISE ALVES DE JESUS ROSAL EDELINE LIMA FERNANDA PENA DE MORAES MARCOS FRANCISCO CABRAL MICHELLY NUNES DA SILVA

PROJETO INTEGRADOR APLICAO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO CULTIVO DE TOMATE

Trabalho apresentado unidade curricular de Projeto Integrador II voltado para Diagnstico Ambiental, como requisito parcial para aprovao no II Mdulo do curso de Gesto Ambiental da Faculdade de Tecnologia Senac Gois, sob orientao da professora Katia AlineForville de Andrade.

Goinia 2010

SUMRIO

1 INTRODUO

Este trabalho aborda o cultivo de tomates, com o objetivo de abordar as tcnicas convencionais de produo, sobretudo apontando solues ambientais por meio de novas tecnologias que estabeleam padres mais eficientes no processo produtivo do tomate. muito importante realizar estudos dos impactos gerados na agricultura e de como chegar sustentabilidade. Considerando que o homem esta envolvido com prticas de cultivo e busca pelo desenvolvimento econmico preciso entender que tal prtica deve estar vinculada conservao ambiental. Gomez Orea (1992) diz que o meio ambiente um conjunto de elementos fsicos, biolgicos, econmicos, sociais, culturais e estticos que interagem entre si, com o individuo e com a comunidade em que vive, determinando sua forma, carter, comportamento e sobrevivncia. importante ressaltar que a agricultura responsvel por aproximadamente 80% do comrcio no Brasil segundo (EMBRAPA,1993), sendo assim a busca por novas tecnologias capaz de reduzir os custos gerados com a industrializao das culturas geradas em solo brasileiro, tem se tornado cada vez mais crescente. Analisando os aspectos scio-econmicos, a cultura do tomateiro hoje a mais importante hortalia produzida no Brasil. Com o mercado em expanso as empresas passaram a necessitar de produtos com maior rotatividade e lucratividade. Neste sentido, no Estado de Gois, onde se concentra a maior parte da produo de tomate no Brasil, comeou a implantar sistemas para a produo mais rpida e custo reduzido. Assim, com a implantao desses sistemas a investigao de novas tecnologias passa a ser inevitvel. Por meio da reviso da literatura a partir de consultas realizadas em livros, trabalhos acadmicos e bancos de dados virtuais relacionados ao tema, foi possvel a obteno de informaes mais precisas sobre o assunto a ser abordado que envolve as novas tecnologias no plantio de tomate em Gois. Este trabalho apresentado

2

DA AGRICULTURA A CULTURA DO TOMATE

Como este trabalho aborda a cultura do tomate foi necessrio apresentar nesta parte o histrico da agricultura no mundo, no Brasil e em Gois, a partir da realizao de pesquisas bibliogrficas com base em Linhares (1990), Ferreira e Fernandes Filho (2003) e Estevam (2004). 2.1 A Histria da Agricultura A agricultura utilizada no mundo desde a Pr-histria quando os gros que caiam da alimentao eram coletados pela natureza e produziam novas plantas. Os indivduos desse perodo comearam a perceber que essa prtica permitia aquisio de mais alimentos. Assim, as sementes comearam a ser plantadas prximas umas das outras possibilitando e facilitando o cultivo. Os gros passaram a ser selecionados de acordo com suas caractersticas, tais como: tamanho, produtividade, sabor etc. As reas agrcolas eram localizadas s margens de rios e lagos, facilitando a irrigao. medida que a populao humana aumentava houve uma necessidade de ocupar maiores extenses de terra para o cultivo de plantas. Entretanto, a ocupao de grandes extenses territoriais nem sempre eram bem sucedidas obrigando as pessoas a buscarem novas terras, outras vezes produziam bons rendimentos, obrigando as comunidades a utilizarem novas tcnicas para o plantio de gros selecionados e em maiores quantidades. Naquele perodo iniciou-se a migrao de indivduos para novas terras frteis, o que com a evoluo tecnolgica passou a exigir novas tcnicas para usufruir melhor da terra e dos gros. 2.1.1 Agricultura no Brasil Antes da ocupao do Brasil por Portugal os nativos j faziam uso da terra para sua sobrevivncia. Eles se dedicavam a agricultura cultivando variedades como a mandioca, o amendoim, tabaco, milho entre outras espcies.

Mesmo com a introduo do cultivo de cana-de-acar no nordeste brasileiro no foi suficiente para o desenvolvimento agrcola, tcnico e social. A economia do Brasil passa a ser dependente da exportao do acar, contudo no sculo XVII ocorre um declnio nesta prtica. A agricultura toma um novo rumo, as produes agrcolas se diversificam, comea o cultivo de algodo, tabaco e cacau. As propriedades so divididas dando inicio ao feudalismo1 que gera uma estrutura social arcaica e baixa tecnologia agrcola. No fim do regime monrquico no Brasil o caf introduzido no pas, sendo consolidado somente na regio Sudeste. O mercado de exportao do caf salta de dezenove por cento para cerca de sessenta e trs por cento, ente 1880 e 1890, surgindo assim os chamados Bares do caf. Com a crise econmica internacional de 1930 incrementa-se a industrializao do pas encerrando o ciclo cafeeiro, dando incio a Marcha para o Oeste que caracterizou a ocupao da regio Centro-Oeste brasileira. Em 1938 fundada o Departamento Nacional de Pesquisa Agropecuria (DNPEA), mas s em 1972d-se inicio s pesquisas agropecurias atravs dos Programas de Pesquisas Agropecurias (PEPA) com o objetivo de melhorar os trabalhos com arroz, feijo, milho, sorgo, soja e bovinos. Somente em 1973, com a fundao da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (EMBRAPA), no perodo do regime militar, ocorre o desenvolvimento de novos plantios. As fronteiras agrcolas se expandem tomando outras regies, principalmente do bioma cerrado2, comeando uma fase de produo em escala semi-industrial com o cultivo de soja, algodo e feijo. J na dcada de 1980, o pacote tecnolgico rural inclui maquinrios e insumos, mecanizando o cultivo e reduzindo o trabalho no campo, porm intensificando o xodo rural.

2.1.2 Agricultura em Gois1

Na poca das Capitanias Hereditrias, os donatrios no tinham os mesmos direitos dos senhores feudais. A caracterizao da Colnia como feudal surgia ento por analogia, devido presena do latifndio 2 Bioma Cerrado o segundo maior do pas, ocupando uma rea de 2.036.448, corresponde a mais de 23% do territrio brasileiro.

O desenvolvimento agropecurio do Estado de Gois se deu na era Vargas com a preocupao capitalista na expanso agrcola e crescimento territorial. O Estado passou a ter a responsabilidade de sustentar o desenvolvimento das regies sul e sudeste do pas. Segundo Ferreira e Fernandes Filho (2003) Gois passa a ser fornecedor de alimentos e matrias-primas para o restante das regies industrializadas do pas. Essas transformaes contriburam em muito para o desenvolvimento do Estado, com a transferncia da capital federal para o Centro-Oeste brasileiro, a implementao de eixos rodovirios, projetos e programas de incentivos para agricultura moderna. O solo do Estado de Gois propcio ao desenvolvimento do plantio de diversas culturas por ser um solo rico em nutrientes como o nquel, fosfato, amianto, titnio, mangans. Desta forma, com a expanso agrcola, novas culturas so introduzidas no Estado, como: soja, milho, cana-de-acar, tomate, algodo entre outras. As fronteiras agrcolas se estreitavam possibilitando cada vez mais a consolidao agrcola do Estado de Gois. No perodo de expanso houve um estmulo para aumentar o povoamento dos municpios do Estado. Em 1882, o municpio de Rio Verde se torna cidade de acordo com a Lei Provincial n670, a populao cresce gerando mais mo-de-obra, contudo especializada. At os anos de 1960, a cidade de Rio verde se mantm em primeiro lugar no plo agropecurio tanto na produo bovina como na produo de gros e leguminosas. J a partir de 1970, acentua-se a modernizao da agricultura no Estado. Com o crescimento significativo do mercado agrcola, muitos municpios comearam a expandir seus negcios, distribuindo e adaptando as culturas por regies. Embora alguns produtores que estavam em busca de culturas mais fcies comearam a buscar novas alternativas de plantio, viram no tomate uma escolha plausvel e lucrativa. Em Gois a safra de tomate comeou ganhar espao na dcada de 70, e os produtores comearam a efetuar o plantio por regies em grande escala.

2.2 A Cultura do Tomate O tomate est entre as hortalias mais consumidas no mundo, um fruto originrio dos pases andinos, desde o norte do Chile at a Colmbia. Pertence a famlia das Solanceas, como a pimenta, pimento e berinjela. ( Globo Rural, 2010) Apesar de ser originrio da regio dos Andes, da faixa de terras que vai do norte do Chile at a Colmbia, o tomateiro foi inicialmente cultivado no Mxico. Antes considerado venenoso, por muito tempo o tomate foi utilizado pelos europeus como planta ornamental. Apenas no sculo XIX, seu consumo tornou-se difundido. Atualmente, est presente em vrias receitas culinrias no mundo todo. Os anos 1990 marcam uma nova fase da agroindstria de tomate. Com a queda na produo da regio sudeste surge uma nova fronteira de produo agrcola, a regio de Gois, que se consolida como a maior regio de produo de tomate atualmente. ( Globo Rural, 2010) A produo brasileira de tomate apresenta um crescimento de aproximadamente 43 % no perodo de 2000 a 2010, conforme mostra o grfico 1. Mil/ton.

Grfico 1 Produo Brasileira de Tomate de 2000 a 2010. Fonte: IV Congresso Brasileiro de Tomate (2010)

O aumento da produo brasileira de tomate apresentado no grfico 1 coloca o Brasil como o 5 maior produtor mundial (IV CBT, 2010). De acordo a demanda do mercado e o constante crescimento na linha de produo do tomate industrial (rasteiro) e o tomate de mesa, leva o Estado de Gois e o Distrito Federal a alcanarem juntos a posio de maior produtor nacional em produtividade, conforme dados do quadro 1.

Quadro1- Distribuio da Produo Brasileira 2010Regies Gois/DF So Paulo Outros Estados Total Produo mil/ton. 1.291 325 98 1.714

Fonte: IV Congresso Brasileiro de Tomate (2010).

2.2.1 Municpios goianos produtores de tomate Gois reconhecido como maior produtor nacional de tomate (GCEA/LSPA/IBGE 2009 ) O crescimento da procura nacional por produtos oriundos do tomate e seus derivados traz boas notcias a Gois. Reconhecido como maior produtor de tomate do Brasil, o Estado tem rea plantada de 7.546 hectares e produo total de cerca de 660 mil toneladas. Alm dos dividendos econmicos que representa, esta cultura gera benefcios sociais, uma vez que emprega muita mo-de-obra, ao mesmo tempo em que representa matria-prima para a indstria. Segundo dados de pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), em 2009, no Estado existem 44 municpios produtores de tomate, as dez principais cidades produtoras so elencadas na tabela 1.Municpios rea Colhida (ha) Produo(t) Rendimento Mdio(kg/ha) 55.000 55.000 55.000 55.000 45.000 45.000 60.000 45.000 60.000 80.000

1 SILVNIA 2 LEOPOLDO DE BULHES 3 GAMELEIRA DE GOIS 4 BONFINPOLIS 5 PIRENPOLIS 6 CORUMB DE GOIS 7 INHUMAS 8 GOIANPOLIS 9 TRINDADE 10 CATALO

280 250 250 200 180 100 60 80 50 30

15.400 13.750 13.750 11.000 8.100 4.500 3.600 3.600 3.000 2.400

Tabela 1 - Municpios goianos com maior produo de tomate de mesa no ano de 2009 Fonte: GCEA/LSPA/IBGE 2009

MAPA DO ESTADO DE GOIAS COM OS MAIORES PRODUTORES DE TOMATE 2.2.2 Organizao dos produtores de tomate

Independe do aumento da demanda de mercado do crescimento da linha de produo do tomate industrial (rasteiro) e o tomate de mesa, os produtores de tomate no Estado de Gois ainda carecem de representatividade de classe, como discutido no IV Congresso Brasileiro de Tomate IV CBT realizado na cidade de Goinia no ms de novembro de 2010. Isto com exceo da linha industrial, que conta com uma subcomisso de criadores de mudas/viveiros, produtores e indstria ligada Federao da Agricultura e Pecuria de Gois FAEG, rgo gestor e representativo da classe agropecuria, que busca resultados junto ao mercado nacional e o devido reconhecimento internacional junto ao Conselho Mundial do Tomate para Processamento Industrial - WPTC (IV CBT, 2010). Esta ao, sem dvidas nenhuma, tem trazido resultados positivos com referncia a produo de tomate industrial no cenrio internacional, alavancando negcios e dando maior visibilidade para o mercado, captando linhas de crdito para a classe produtiva. Mesmo assim, pode-se afirmar a importncia de outras aes de promoo, a exemplo do IV Congresso Brasileiro de Tomate Industrial e o II Seminrio Nacional de Tomate de Mesa, no perodo de 17 a 19 de novembro de 2010, em Goinia (GO). O evento, que j realizou sua quarta edio, busca motivar para a necessidade do real envolvimento das classes produtivas e organizao interna de suas representatividades, vindo, portanto, a despertar, a real necessidade de se criar associaes institucionais de forma legal, em busca do fortalecimento das classes produtivas do tomate, em toda sua cadeia produtiva. 2.2.3 Caractersticas do tomate

Segundo (Mari, 2009), A propagao do tomate feita por sementes. A germinao ocorre de 5 a 7 dias aps a semeadura. A planta inicia o florescimento aos 45 a 50 dias da semeadura, e o incio da maturao dos frutos de 45 a 60 dias depois. O perodo de colheita do tomateiro conduzido por estaqueamento pode-se estender por mais de dois meses porque, medida que as plantas crescem, ocorrem florescimento e frutificao. As vrias espcies de tomateiro para processamento industrial, principalmente aquelas para colheita mecanizada, onde mais de 95% de frutos ficam maduros, fazem uma ou duas colheitas. A planta hermafrodita, isto , tem os dois sexos na mesma flor. A haste flexvel e no suporta o peso dos frutos na posio vertical, a menos que a mantenha presa num suporte. O tomateiro de rpido desenvolvimento e, dependendo da variedade, o crescimento da planta pode chegar a mais de 1 metro de comprimento para tomate conduzido por estaqueamento, ou menos de 50 centmetros para tomate para processamento industrial. (Mari, 2009) As condies climticas favorveis para o bom desenvolvimento vegetativo e produo dos frutos so: temperatura amena e boa disponibilidade de gua no solo. Quanto ao efeito de altas temperaturas, hoje, depois de extensos programas de melhoramento gentico, h variedades ou hbridos tolerantes a essas condies. H tambm frutos que apresentam cor alaranjada e contam com boa presena de beta-caroteno, precursor da vitamina A. O tomate ainda possui vitamina C, vitaminas do complexo B, fsforo e potssio, composto tambm principalmente de gua, possuindo aproximadamente 14 calorias em 100 gramas. Alguns estudos comprovam sua influencia positiva no tratamento de cncer, pois o licopeno, pigmento que d cor ao tomate, considerado eficiente na preveno do cncer de prstata e no fortalecimento do sistema imunolgico, (Joo Mathias, 2008). Segundo (Davies, 1981), O fruto do tomateiro possui em sua composio de 93% a 95% de gua. Nos 5% a 7% restantes, encontram-se compostos inorgnicos, cidos orgnicos, acares, slidos insolveis em lcool e outros compostos. 2.2.4 Espcies de tomate

Existem mais de 80 espcies cultivadas e uma grande segmentao, devido os diferentes tipos de produto e formas de oferec-lo ao mercado, nas quais pode-se destacar algumas delas: Caqui/maa/Gacho, Italiano, Salada, SweetGrape, Santa Cruz e Cereja (quadro 2). ( Takii ,2010) Quadro 2- Espcies de tomate mais consumidas no BrasilNome Comercial Tomate Caqui/Gacho Caractersticas Uso Usado na culinria para saladas em geral.

I.II. III. IV.

Cor vermelho rosado. Poupa Grossa e pouco cida. Possui 10 cm de dimetro. Peso mdio 140-250g.

Tomate Salada

1 2

Cor vermelho rosado. Formato redondo, achatado. 3 Possui dimetromaior que 75 mm.

Usado na culinria para saladas em geral.

Tomate Cereja

Cor vermelho brilhante. Possui crescimento Por possuir um grau Brix* que precoce e indeterminado. varia 9-10. Pode ser Frutos arredondados e uniformes. consumido como fruto devido Peso mdio 15-20g. seu sabor adocicado. Tolerante a oscilaes de temperatura.

Tomate SweetGrape

Ciclo de vida de 60 dias Cor vermelho rosado. Cultivo protegido por estufas. Peso mdio 12g. Grau Brix de no mnimo 6. Cor vermelha. Comprimento de 0,7 cm Dimetro 0,5 cm Peso mdio de 90g. Possui cor vermelho intensa. Comprimento de 7-10 cm. Dimetro de 3 e 5 cm. Poupa espessa.

fruto menos cido do que o tomate salada devido seu grau Brix. Possui caractersticas similares ao tomate cereja. Usado na culinria em geral. Usado na culinria em geral, principalmente em saladas. Devido possuir uma poupa espessa ele usado na culinria para o preparo de molhos.

Tomate Santa Cruz

Tomate Italiano

Refratometria na escala Brix: Constitui em um mtodo fsico para medir a quantidade de slidos solveis presentes em uma amostra. Baseia-se em um sistema de graduao de aparelhos especialmente para ser utilizado na indstria aucareira, mais precisamente na anlise de acares em geral que estejam em soluo. (Scielo,

2010)

3 PROCESSOS E INSUMOSNesta parte so abordados insumos e processos envolvidos no processo produtivo convencional do tomate. Primeiramente so identificados os insumos e posteriormente os processos existentes. 3.1 Insumos Os insumos so apresentados o solo, as sementes, gua e, por fim, equipamentos e mo-de-obra. 3.1.1 Solo O solo constitui-se em um corpo e material inconsolidado que recobre a superfcie terrestre imersa, entre a litosfera e a atmosfera o solo a camada na qual se desenvolve vida vegetal e estes so constitudos de trs fases: (EMBRAPA,1993) a) Slida - que perfazem os minerais e matria orgnica; b) Lquida - que so as solues do solo; c) Gasosa - caracterizada pelo ar. Estas podem ser encontradas em diferentes propores dependendo de fatores como tipo de solo e forma de utilizao. (Espinosa, 1991) Um solo um produto de uma ao combinada e concomitante de diversos fatores. So fatores da formao do solo: clima, material de origem, organismos, tempo e relevo. (id) O solo tem a funo de ser o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminao, tem a funo de reciclagem e armazenamento de nutrientes e detritos orgnicos, controle do fluxo da gua e ao protetora da qualidade da gua subterrnea, pois serve de habitat para a fauna do solo. (id)

A primeira camada rica em hmus, detrito de origem orgnica, o solo. Essa camada tambm chamada de camada frtil, sendo a melhor para o plantio, pois nela as plantas encontram alguns sais minerais e gua para se desenvolver. (id) 3.1.2 Sementes Segundo o dicionrio Michaelis Uol (2010) sementes substantivo feminino que vem do latim semente, que na botnica representa um vulo fecundado, maduro e desenvolvido, constitudo geralmente de amndoa e tegumento, ou qualquer substncia ou gro que se semeia ou que se lana terra para se fazer germinar; ou ainda as partes propagativas de uma planta, preservadas para o prximo plantio. Para o sucesso da cultura a idoneidade das sementes deve ser levada em considerao o acondicionamento em latas ou envelopes de papel alumnio, com todas as informaes necessrias como, maneira de cultivar, percentagem de germinao e de pureza e data de validade. (EMBRAPA, 1993)

3.1.3 gua O que ? Como encontrada e uso na agricultura. 3.1.4 Adubo Orgnico Pode-se utilizar adubo orgnico, composto por materiais orgnicos como estercos, tortas, cascas, lodo de esgoto, composto orgnico, hmus, dentre outros, podem ser utilizados para compor substratos isolados ou em misturas em diversas propores. Para se definir o adubo ideal para uma determinada cultura, deve-se avaliar a quantidade de nutrientes presentes no referido adubo e essencial ao crescimento e desenvolvimento das plantas, apresentar baixa densidade, condutividade eltrica, elevada capacidade de infiltrao e reteno de umidade e iseno de patgenos, plantas daninhas e metais pesados.

3.1.5 Equipamentos e Mo-de-Obra As quantidades de mo-de-obra, mquinas e insumos necessrios para a cultura so definidos a cada 1 ha de tomateiro tutorado (15 mil plantas). Com base nesses dados, cada produtor pode fazer sua prpria previso de custo, tomando como referncia os preos unitrios de cada fator em sua regio, por ocasio do plantio. ( ESPINOSA, 1991) No quadro 3 a necessidade de mo-de-obra na cultura do

tomate(ESPINOSA,1991) Quadro 3 Emprego de mo-de-obra e maquinrios da cultura do tomateiroOperaes Limpeza da rea Arao, (2) Gradagem, (2) Aplicao de calcrio Marcao do sulco Sulcamento Distribuio da matria orgnica Distribuio da matria orgnica Distribuio dos adubos Incorporao M.O + adubos Produo de mudas Transplantio Tutoramento Irrigao Irrigao Aplicao de defensivos Aplicao de defensivos Cultivos Adubao em cobertura Amarrao e desbrota Colheita Seleo, classificao e acondicionamento Transporte interno Legenda: d-h - homem-dia (8hs); h-t hora-trator Fonte: Com dados obtidos Espinosa, 1991 Unidade d-h h-t h-t h-t d-h h-t h-t d-h d-h d-h d-h d-h d-h d-h h-motor bomba d-h h-mquina d-h d-h d-h d-h d-h h-t Quantidade (1 ha) 20 8 6 3 1 3 8 10 4 10 25 20 30 70 70 15 30 10 5 100 80 100 60

Como se observa no quadro 3 a unidade de mo-de-obra dia-homem (d-H), ou seja, a quantidade de dias na jornada de 8 horas, que um homem leva para realizar o trabalho igual a quantidade de dirias que tem de ser paga para a

execuo do servio. J a unidade de trabalho de mquina definida por hora-trator (h-t), isto , a quantidade de hora que um trator leva para realizar o trabalho. 3.2 Processo de Plantio O cultivo do tomateiro tem maior adaptao em clima tropical de altitude subtropical, fresco e seco com alto ndice de luz. . (EMBRAPA, 1993) A temperatura favorvel a germinao na faixa de 20 a 25C, j no desenvolvimento vegetativo o ambiente ideal para a florao e a frutificao e o crescimento, esta entre 18 a 25C diurnos e de 13 a 24C noturnos. Contudo, temperaturas acima dos 28C, com ventos quentes e fortes, alm de colocar em risco a queda das flores, prejudica a firmeza e a cor dos frutos, que podem ficar amarelados e ocos devido a inibio do licopeno, responsvel pela colorao vermelha tpica, dentre outros.(EMBRAPA, 1993) Em regies brasileiras onde as temperaturas podem chegar a 0, so recomendados o plantio da fruta entre os meses de Agosto a Janeiro, pois este tipo de ambiente faz com que haja a queima dos fololos, podendo ocorrer a morte da planta em casos de geadas intensas. . (id) Enquanto, chuvas fortes e alta umidade relativa do ar favorecem a incidncia de doenas e pragas. (id) 3.2.1 Escolha da rea de plantio Qualquer tipo de solo presta-se para o cultivo do tomateiro, uma vez que se pode adequ-lo quanto fertilidade, porm solos leves, ricos em matria orgnica, baixo ndice de acidez e alta fertilidade, reduzem as exigncias de correo e fertilizao, ento para melhor desenvolvimento e produo da planta tomateiro, preciso escolher com antecedncia de 4 a 5 meses do plantio, reas em que apresentem solos profundos, permeveis de fcil drenagem, boa estrutura e de preferncia onde no haja o cultivo de plantas solanceas nativas (como a jurubeba, o ju, a berinjela, pimento, jil, fumo e batata) pois estas culturas so mais susceptveis a presena de fungos e bactrias, transmissveis ao tomateiro. . (EMBRAPA, 1993)

No havendo outra opo, admite-se o uso deste tipo de rea, desde que a ltima plantao no tenha sido o cultivo das solanceas e principalmente no tenham havido problemas com infeco de fungos e bactrias, dentre outros. . (EMBRAPA, 1993) Vale lembrar que, a rea escolhida, dever ser bem exposta ao sol, com pequena declividade no terreno para uma melhor sistematizao para utilizao da irrigao por sulco. (id) Numa mesma rea recomendvel tambm, evitar plantios sucessivos de tomate a fim de impedir uma maior proliferao de pragas e doenas. (id) 3.2.2 poca de plantio A melhor poca para o plantio do cultivo do tomateiro aquela em que oferece melhores condies para todo o ciclo da planta. Em Gois, os agricultores utilizam os meses de Fevereiro a Junho, poca em que as temperaturas, umidades relativas do ar e o baixo ndice de chuvas, so favorveis ao cultivo do tomateiro. Em condies adversas, h a opo de se instalar a cultura sob cobertura de plstico ou em estufa. . . (EMBRAPA, 1993) 3.2.3 O preparo do solo Aps a definio da rea o prximo passo a coleta de amostras do solo a fim de se realizar anlises em laboratrio especfico, para serem conhecidas as suas condies qumicas primrias e estabelecer as operaes bsicas de aplicao de calcrio, matria orgnica e fertilizantes. (EMBRAPA, 1993) Caso ocorra a infestao da rea por ervas daninhas aps o preparo do solo a eliminao das plantas invasoras, poder ser feita com uma gradeao ou aplicao de uma mistura de herbicidas, antes do transplantio.(EMBRAPA, 1993) 3.2.4 Limpeza da rea Mediante a operao de roagem, elimina-se o excesso de cobertura vegetal e demais materiais capazes de causar empecilho ao plantio a fim de visualizao da eficincia s atividades subsequentes. . (EMBRAPA, 1993)

3.2.5 Calagem Em regies tropicais onde h a presena de acidez no solo e falta de nutrientes, a prtica da adubao atravs do processo de calagem, tem-se tornado indispensvel na agricultura. . (EMBRAPA, 1993) A calagem a preparao do solo utilizando o calcrio pra melhorar o solo aumentar o teor de clcio e magnsio, neutralizar o alumnio e corrigindo o ph. O calcrio em contato com as partculas do solo promove a sua correo e posteriormente a fertilizao com maior rapidez e eficincia na produtividade agrcola. . (EMBRAPA, 1993) A quantidade de calcrio determinada com base nos resultados da anlise do solo e havendo necessidade, esta dever ser corrigida de acordo com o poder relativo de neutralizao total do material a ser empregado. (id) Aps determinar a quantidade de calcrio a ser aplicado, inicia-se o processo de calagem atravs de equipamentos disponveis, acoplado ao trator agrcola, onde distribui-se uniformemente o fertilizante na rea, em duas etapas: (id) 1 etapa - distribui-se a metade do produto recomendado, uniformemente na rea escolhida. Revolve-se a terra at a profundidade de 25 a 30 cm, para uma melhor incorporao do calcrio nas camadas inferiores do solo. 2 etapa - novamente distribui-se uniformemente a outra metade do calcrio restante, em toda a rea. 3.2.6 Uso de adubo orgnico O processo de correo do solo com o uso de adubo orgnico, pretende colocar a disposio das plantas nutrientes necessrios s suas exigncias nutricionais, tendo sempre presente o aspecto econmico. (EMBRAPA, 1993)

Para produzir o adubo ideal, o produtor deve selecionar alguns materiais orgnicos disponveis em sua regio e misturar uma fonte de matria orgnica rica em alguns nutrientes com outra fonte que a complemente. (EMBRAPA, 1993)

O uso de adubos orgnicos permite a reciclagem de nutrientes, o aproveitamento de resduos slidos e reduo dos impactos ambientais provocados pelo acmulo destes materiais no ambiente, reduo da acidez e salinizao do solo pela diminuio da utilizao de fertilizantes minerais, melhoria das propriedades qumicas, fsicas e biolgicas do solo e consequente aumento em sua fertilidade, alm de reduo nos custos de produo e aumento na receita do produtor.( Campo & Negocio, 2010) A partir da existncia de alguns materiais em abundncia, na prpria rea de cultivo ou na propriedade rural como: cascas de cereais, esterco de animais, cinzas de madeira, tortas de oleaginosas (mamonas), vinhaa, resduos de curtume, dentre outros, possvel baratear o curso da aquisio do adubo, pois se estes fertilizantes estiverem nas proximidades da propriedade no haver gastos desnecessrios com o transporte e manuseio, objetivando minimizando os custos de obteno. ( Campo & Negocio, 2010) A relao de custos x benefcios, muito estreita e por esta razo muito difcil mensur-la, uma vez que a aplicao de adubos orgnicos aumenta a rentabilidade das culturas, melhora a fertilidade do solo e a atividade microbiana, alm de reduzir a poluio ambiental e a degradao do ambiente provocada pelo uso abusivo de fertilizantes qumicos. (ESPINOSA, 1991) 3.2.7 Adubao em Cobertura efetuado de acordo com o desenvolvimento e as necessidades da planta, de modo geral aplicam-se por cova de 25 a 30 g de mistura preparada com 10 kg de nitrognio e 20 kg de potssio, aos 30 a 5 dias e aos 60 a 70 dias do transplantio. (EMBRAPA, 1991) 3.2.8 Plantio / Propagao Aps a escolha da rea, adubao e correo do PH do solo, inicia-se o processo de sulcagem (abertura de valas), com auxlio de sulcador, entre uma fileira e outra, para melhor irrigao da cultura. (EMBRAPA, 1993)

Para a produo de mudas em canteiros as covas so abertas com o auxlio de equipamentos como enxado, sulcador ou encanteirador, que vem acoplado ao tratar especfico. As covas so preparadas com as dimenses de 1 metro de largura e 25 cm de abertura. (id.:) 3.2.9 Produo de Mudas Existem vrias maneiras de se produzir mudas do tomateiro, dentre elas destacamos a produo em sementeira, copinho de papel ou em bandejas de isopor. O mtodo de sementeira e o menos utilizado, devido ser mais trabalhoso e demorado, pois por esse mtodo, as sementes so lanadas nas sementeiras e as mudas obtidas, repicadas para canteiros e da para o local definitivo com um torro aderido s razes. ( EMBRAPA, 1993 ; Espinosa, 1991) Estas sementeiras (viveiros) devem ser instaladas em rea com baixa exposio ao sol, sem problema de drenagem e perto de fonte de gua para uma melhor irrigao e prximo ao local do plantio definitivo, contendo 1 m de largura, 25 cm de altura e comprimento de acordo com as condies locais. Para um melhor monitoramento o espao entre uma fileira e outra dever se de 30 a 40 cm. ( EMBRAPA, 1993 ; Espinosa, 1991) Para a produo de mudas em canteiro, as covas so abetas com o auxlio de equipamento adequado e os canteiros devem seguir as seguintes dimenses: de 1,0 a 1,20m de largura e sobra de 10 cm de cada lado, e altura em torno de 15 cm, pois alturas ou acima ou abaixo do recomendado podem ressecar com mais facilidade na poca da seca ou encharcar na poca chuvosa ou at mesmo no processo de irrigao por sulcos. (id.:) Com o auxlio do sulcador faz-se dois sulcos paralelos com distncias de 1,40m de centro a centro completando a preparao com enxado, enxada e rastelo. ( id) A semeadura nos sulcos feita com o auxlio de marcador ou riscador de madeira, transversalmente ao comprimento do canteiro com intervalos de 10 cm e profundidade de 1,0 a 1,5 cm. Em cada clula efetua-se ento a semeadura com 3 ou 4 sementes, em duas etapas distintas: a primeira semeia-se 2/3 da sementeira e na 2 parte, somente aps a germinao da primeira, este processo permite o replantio com mudas de boa qualidade. ( id.:)

Aps depositadas as sementes, cobre-se a mesma com terra fina ou areia lavada, peneirando com estrume de animal (adubo orgnico) para que a mesma adquira nutrientes necessrios ao seu desenvolvimento e crescimento. ( id.:) O excesso de sementes deve ser evitado, pois muitas plantas competindo pelo mesmo espao acaba enfraquecendo uma a outra. Aps a semeadura os canteiros devem ser cobertos com palha de arroz, capim seco, ramos verdes de malva ou ouros similares e aps germinao, estes devem ser retirados fim de no danificarem a planta, porm se for utilizado a compostagem (capim seco picado triturado com casca de feijo ou palha de arroz) estes materiais podem permanecer sobre o canteiro sem a necessidade de serem retirados na germinao, pois este processo ajuda no controle de ervas daninhas e na reteno da umidade. ( id.:) Quando as mudas tiverem 2 folhas definitivas, faz-se a raleao, deixando 2 mudas em cada clula. ( id.:) Em todos os sistemas, faz-se necessrio a irrigao da cultura com maior frequncia durante o perodo de crescimento at o transplante que vai de 20 a 30 dias. ( id.:) 3.3 Manejos 3.3.1 Irrigao da Cultura A sulcagem o uso do mtodo de irrigao por superfcie onde a distribuio da gua se d atravs da gravidade que contem a superfcie do solo. O custo fixo e operacional menor, pois consome menos energia que os mtodos por asperso, em geral o mtodo ideal para cultivos em fileiras. Por ser um mtodo que se exige investimento de mo-de-obra, possui baixa eficincia, que em torno de 30 a 40%, no mximo. ( EMBRAPA, 1993 ; Espinosa, 1991) Atualmente devido a escassez de gua no mundo e problemas ambientais, esse mtodo tem recebido vrias crticas devido a sua baixa eficincia. ( EMBRAPA, 1993 ; Espinosa, 1991) A irrigao se far com o uso de aspersores, esguicho, regadores ou micro asperso. As irrigaes devem ser constantes at alguns dias aps a germinao, passando a duas vezes por dia e mais tarde uma vez. ( id.:)

O sistema por sulcos o mais utilizado para o tomateiro, pois embora exija a sistematizao do solo para sua implantao, reduz a possibilidade de ocorrncia de doenas fungicidas em comparao com o sistema de asperso. ( id.:) O volume de gua a aplicar e a frequncia de irrigao, variam de acordo com o tipo de solo, topografia da rea, condies de clima e estgio de desenvolvimento da planta. O perodo crtico ocorre no incio da florao at o incio da maturao, compreendendo, portanto, toda a fase de desenvolvimento do fruto. ( id.:) Irrigaes menos frequentes no estgio do crescimento das plantas, suas razes se desenvolvem melhor, j durante a fase da florao, frutificao e maturao, irrigaes leves e frequentes favorecem o desenvolvimento do fruto e aumentam-se o teor de suco. ( id.:) A irrigao de ser suficiente para manter mida a camada de solo explorada pelo sistema radicular do tomateiro, que de modo geral, atinge at 40 cm de profundidade. Salienta-se ainda que o excesso de irrigao poder apresentar vrios fatores negativos como: (id.:) - Crescimento exagerado da planta e retarde da maturao dos frutos; - Remoo de nutrientes, como o nitrognio, para longe do alcance das razes; - Queda de flores; - Favorecimento a ocorrncia de podrido, apical, aparecimento de doenas; - Aumento de gastos com energia e mo-de-obra; - Desgaste do equipamento, dentre outros.

3.3.2 Transplantio Para o plantio definitivo das mudas, preciso que o terreno esteja devidamente preparado, com os sulcos abertos em fileiras duplas e as linhas (ruas) devem ter em mdia 1.20 m de largura. Nos sulcos coloca-se o adubo e em seguida efetua-se plantio, seguido de nova rega, favorecendo a pega da muda. (id.:) No transplantio a muda deve ficar enterrada no sulco, na mesma profundidade em que se encontrava no canteiro, copinho ou na bandeja. (id.:)O espaamento para o transplante varia de 50 a 70 cm e as mudas que so transferidas para o local definitivo devem apresentar de 4 a 5 folhas definitivas. Este

processo dever ser realizado em horrios mais frescos do dia e com o solo mido. (id.:) O plantio pode ser feito em linhas simples ou duplas utilizando-se uma ou duas plantas por cova, neste processo devem ser observados alguns fatores como variedade da planta, poca do plantio, sistema de irrigao, tratos culturais e tratos fitossanitrios. Ao transplantar as mudas preciso segurar com firmeza a base das plantas para evitar o seu estrangulamento, enterrando-as at a altura das duas primeiras folhas da base. O replante dever ser feito logo aps a ocorrncia de falhas, no perodo mximo de 8 (oito) dias, para evitar grandes diferenas de idade entre as plantas. (id.:) Uma vez transplantadas para o local definitivo, o tomateiro necessita de cuidados para que a planta encontre as melhores condies possveis para o seu desenvolvimento. (id.:) 3.3.3 Tutoramento O tutoramento utilizado para evitar que a planta cresa apoiada ao solo, neste processo o sistema mais utilizado a instalao de um fio de arame altura de 1,70 a 1,80 m entre duas linhas de plantio, onde junto a cada muda de tomate so fincadas uma estaca que ficar apoiada e amarrada ao fio para que a planta cresa verticalmente. (id.:) Na falta de estacas o tomateiro pode ser conduzido apoiado em corso, onde uma das pontas amarrada na haste da planta e a outra no arame. Outro modo a colocao de 3 ou 4 fios de arame espaados de 30 0 cm, em forma de cerca. (id.:) medida que as plantas crescem, so amarradas nas estacas ou no arame. No caso de se usar o cordo a haste enrolada nele. Se o costume plantar uma muda por cova, o usual deixar o primeiro broto e eliminar os demais conduzindo a planta com duas hastes. (id.:)Quando se plantam duas mudas por cova, eliminam-se todos os brotos e se conduz a planta com uma haste. (id.:) 3.3.4 Controle de plantas invasoras A interferncia de plantas invasoras, afeta o rendimento do tomateiro e a qualidade de seus frutos, essa interferncia sentida nos primeiro 30 a 35 dias do

transplante ento, mantm-se a cultura ate o incio da colheita, livre de plantas invasoras que concorrem em gua, luz e nutrientes com o tomateiro ou so hospedeiras de pragas e doenas. A necessidade de controle do mato depende do grau de sua infestao e da agressividade das plantas presentes. (; Espinosa, 1991) A eficincia de cada um depende da espcie invasora, da poca de execuo do controle, estgio da cultura, condies climticas, tipo de solo, tratos culturais, manejo da rotao de culturas, disponibilidade de herbicidas, mo-de-obra e equipamentos. ( Espinosa, 1991) 3.3.5 Controle fitossanitrio e Preveno de Doenas O manejo para o controle de doenas consta de um conjunto de medidas que incidem determinadas prticas culturais (mtodos no qumicos) e, em certos casos, pelo controle qumico. Enquanto as prticas culturais preventivas so sempre recomendadas, os agrotxicos no so eficazes em muitos dos casos. (Espinosa, 1991) impossvel controlar totalmente uma doena, o que se faz manejar a cultura de forma a reduzir ao mnimo os danos causados pela doena. (Espinosa, 1991) Desta forma, a plantao deve ser inspecionada diariamente, a fim de se verificar a eventual ocorrncia de doenas e pragas e adotar o mtodo de controle mais adequado a cada situao. (id.:) As plantas, a exemplo dos animais e do homem, so sujeitas a doenas. Que d mesma forma associa-se a idia de doena a organismos causadores, os patgenos, tais como vrus, bactrias, fungos e nematides. De fato, a maior parte das doenas causada por estes organismos; neste caso, diz-se que as doenas so de origem bitica (REIFSCHNEIDER e COBBE, 1989). Entretanto, existem doenas causadas por outros fatores no vivos, ou abiticos. Por exemplo, a queima dos frutos pela exposio ao sol, o fundo preto do tomate, resultante da deficincia de clcio etc. (4CBT, 2010) Faz-se ressalvas de que a ocorrncia de doenas depende da prpria existncia de um ambiente cclico (clima, solo, sistema de irrigao, entre outros) favorvel de uma planta suscetvel doena e, em alguns casos, de um vetor

(insetos: vaquinha, pulgo, cigarrinha etc.) que levam o verdadeiro causador da doena de uma planta para a outra. (4CBT, 2010) Muitas das doenas so controladas eliminando-se o vetor e no diretamente o organismo que as causa. O tomateiro atacado por vrios fungos, bactrias e vrus, cuja intensidade de danos depende das condies climticas e culturais. Todas as partes da planta podem ser atacadas. (id.:) Dentre as doenas fungicas e bacterianas de importncia econmica destacam-se as seguintes: Phytophthorainfestans (requeima), Alternaria solani (pinta-preta), Septoriose (septorialycopersici), Xanthomonasvesicatora (manchabacteriana), entre outras. (EMBRAPA,1993) A tentativa de controlar as doenas exclusivamente pelos agrotxicos tem como conseqncia (Espinosa, 1991) o controle deficiente e s vezes nulo das doenas porque a maioria delas, como j foi dito, exige outras medidas alm do controle qumico; o prejuzo econmico porque, neste caso, o investimento em agrotxicos no d resultados e h queda na produo.

Algumas medidas preventivas podem minimizar a ocorrncia das doenas fngicas e bacterianas e facilitar o controle: (EMBRAPA, 1993) a) Na formao de mudas Produzir mudas em copinho de papel jornal ou em bandejas de isopor; Usas sementes tratadas de firmas idneas; Esterilizar o substrato para enchimento dos copinhos; Fazer sementeira e o viveiro em local de boa exposio ao sol; Evitar alta densidade de plantas; Evitar excesso de adubo nitrogenado; Evitar excesso de irrigao;

Eliminar plantas hospedeiras de pragas e doenas no canteiro e ao redor da sementeira ou viveiro;

b) No campo Escolher reas que no tenham sido cultivadas nos ltimos anos com batata, pimento, berinjela ou outra solancea. Dar preferncia a reas cuja cultura anterior tenha sido pastagem ou cultivada com milho, arroz, trigo, cevada, sorgo, cana-de-aucar; Escolher reas que tenham boa exposio ao sol, de fcil frenagem e no sejam de acmulo de ar frio ou umidade; Evitar rea cuja vegetao ou cultura anterior tenha sido atacada por nematides, fungos ou bactrias do solo; Fazer arao profunda; Fazer a correo e adubao do solo de acordo com anlise; Evitar o plantio em poca chuvosa ou em perodos longos de temperaturas baixas; No utilizar gua contaminada; No irrigar em excesso; Evitar o plantio prximo de outras culturas de tomate ou batata, principalmente se estas j estiverem em fase mais avanadas de crescimento; Eliminar restos de cultura prximos da rea cultivada; Aplicar fungicidas ou outros defensivos agrcolas somente com orientao de um engenheiro-agronmo.

3.3.6 Controle de insetos

Como as demais culturas, a cultura do tomateiro no pode ser estabelecida sem que sejam adotadas medidas de segurana contra as pragas. Desde o momento em que as sementes so colocadas no solo, iniciam as preocupaes dos produtores, pois comum a presena de insetos. (Espinosa, 1991) Que alm de danificarem as plantas para delas se alimentarem, os insetos pode inocular viroses, algumas tidas como fatais para o tomateiro. Como esta cultura exige vultosos investimentos e o produtor no pode colocar em risco seu capital, o emprego de defensivos torna-se uma prtica obrigatria. (id.:) Dentre os insetos de importncia econmica destacam-se na produo do tomate:Pulges (02 espcies: Macrosiphumeuphorbiae e Myzuspersicae), Tripes (Frankliniellaschulzei), Mosca branca (Bemisiatabaci)o principal vetor do Geminivrus, Cigarrinhas (02 espcies: Agalliaalbidula e Agallianasticticollis), Traa do tomateiro (Tuta absoluta), Acaro do bronzeamento (Aculopslycupersici), Acaro rajado (Tetranychusurticae), Broca grande do tomateiro (Helicoverpazea), Broca pequena do tomateiro (Neoleucinodeselegantallis).( 4 CBP,2010 ; EMBRAPA, 1193) A cultura do tomateiro pode provir da semeadura direta ou do transplante de mudas. Quando se faz a semeadura no local definitivo, a aplicao de herbicidas pode preced-la, ms ser feita sempre antes da emergncia das plantas, que logo aps a germinao so extremamente sensveis competio por parte das plantas daninhas. (Espinosa, 1991) Quando a cultura provm do transplante de mudas, os herbicidas podem ser aplicados antes e depois deste, Quando aplicados aps o transplante, a operao deve ser feita depois da recuperao da turgescncia das mudas, ou seja, quando elas no mais murcham durante horas mais quentes do dia.A aplicao dos herbicidas de uma forma, ou de outra vai depender das caractersticas do produto, principalmente da sua seletividade, e tambm do local de absoro pelas plantas e do comportamento delas. (Espinosa, 1991) O produto aplicado aps a emergncia das plantas quando ele absorvido pelas folhas e quando a cultura o tolera nas folhas. O estgio de desenvolvimento da cultura e da planta daninha muito importante porque ambas, com idade, adquirem rapidamente tolerncia aos herbicidas (EMBRAPA-CPATSA, 1989). (id.:)

3.3.7 Uso de Agrotxicos

O manejo para controle de doenas e pragas e um conjunto de medidas que inclui determinadas prticas de cultivo, uso de variedades resistentes e em certos casos o controle biolgico, mtodos fsicos e o controle qumico. ( 4 CBP,2010) Um conjunto de medidas, quando adotado de forma planejada, constitui o chamado manejo integrado de doenas e pragas. Enquanto as prticas culturais preventivas e o uso de variedades resistentes so sempre recomendados, as demais medidas, inclusive o uso de agrotxicos, no so eficazes em muitos casos.( 4 CBP,2010)

Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado das pragas, envolvendo todos os princpios e medidas disponveis e viveis de controle. (id.:) Manejo integrado a associao de medidas de controle que visa atender os aspectos econmicos, ecolgicos e sociolgicos. Dentre os princpios de manejo integrado, podemos destacar as seguintes prticas: utilizar sementes/material de propagao sadios, trabalhar com materiais resistentes ou tolerantes sempre que possvel, realizar adubao adequada, praticar sempre rotao de culturas e utilizar o tratamento fitossanitrio, quando recomendado atravs de diagnose correta do problema. (id.:) Agrotxicos mais vendidos para a cultura do tomate nas cidades de Goinia (GO) e Goianpolis (GO), e seus respectivos grupos qumicos e ingredientes ativos so apresentados no quadro 4. Quadro 4 Agrotxicos Mais Vendidos para a Cultura do TomateMARCA (cml*) Decis25 CE TamaronBr Lorsban 480 Br Folido0l 600 CartapBr 500 Meothrin 300 Pounce 384 Ce ElsanEc Daconil 500 DithanePm Recop FORMULAO EC Sl Ec Ec Sp Ec Ec Ec Sc Wp Wp INGREDIENTE ATIVO Deltamethrin Methamidofos Chlorpyrifos Parathion-Methyl Cartap Fenpropathryn Permethrin Phenthoate Clorothalonil Mancozeb Oxicloreto de GRUPO QUMICO Piretroide Organofosforado Organofosforado Organofosforado Ditiocarbamato Piretroide Piretride Organofosforado Isoftalonitrila Ditocarbamato Isoftalonitrila CLASSE Inseticida Inseticida Inseticida Inseticida Fungicida/Inseticida Inseticida Inseticida Inseticida Fungicida Fungicida Fungicida

cobreFonte: Estabelecimentos comerciais de referncia nascidades de Goinia-GO e Goianpolis-GO, 2003. Marca comercial dos agrotxicos que foram citados duas oumais vezes como mais vendidos para a cultura do tomate.

Segundo Latorraca et al (2008), observou-se que os pesticidas mais vendidos nos estabelecimentos comerciais, so os das classes inseticidas e fungicidas. A maioria possui permisso para uso na cultura, com exceo do inseticida de nome comercial Folidol 600 de ingrediente ativo parathion-methyl, que no tem registro para uso no cultivo do tomate. Mas o que mais chama a ateno, que nesta cultura percebido presena de substncias proibidas, a exemplo dos monocrotofs, ingrediente ativo proibido em 2006 (com denncia junto a Polcia Federal e ao Ministrio da Agricultura), em razo de sua toxidade. Tambm foi detectada a presena de metamidofs no tomate de mesa, mesmo que em teores que no ultrapassam os limites aceitveis para a alimentao, sendo permitido somente seu uso na cultura do tomate industrial (plantio rasteiro), por permitir sua aplicao via area, e por manuseio.( Espinosa, 1991) Uma anlise realizada pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA, em parceria com as secretarias estaduais de sade indica que o tomate, o morango e a alface so os alimentos com maior ndice de resduos de agrotxicos.

3.3.8 Conservao do Solo As prticas de conservao do solo so entendidas, na maioria das vezes, como tecnologia de controle eroso, que requer altos investimentos sua implantao e somente produzindo resultados em longo prazo. (POZATI et al. 2007). Conservao do solo "o processo ativo de seleo de sistemas de uso e de manejo da terra, que funcionam sem perda de estabilidade, produtividade ou utilidade para o uso escolhido". (id.:)Com as prticas conservacionistas, pode-se cultivar o solo sem depauper-lo significativamente, quebrando assim um aparente conflito ecolgico que existe entre a agricultura do homem e o equilbrio do meio ambiente. Essas prticas fazem parte da tecnologia moderna e permitem controlar a eroso,

ainda que no a anulem completamente, mas reduzindo-a a propores insignificantes. (LEPSCH, 2002, p. 160)

Considerando a realidade de pas tropical, como o Brasil, onde predominam solos de baixa fertilidade natural e potencial, fundamental que se preserve a sua camada superficial e tambm se promova a sua melhoria, visando ao uso agropecurio. (POZATI et al. 2007). As tcnicas a serem utilizadas no manejo e na conservao dos solos devem encarar os diversos fatores de produo (sementes, fertilizantes, defensivos) como um conjunto sistmico e rotativo, que visa no s a promover o aumento de produo, como tambm melhorar as propriedades desejveis do solo, atravs de processos biolgicos, sem promover a degradao e a poluio do agroecossistema. (POZATI et al. 2007). importante salientar que qualquer tipo de explorao do solo deve ser efetuado por meio de critrios que permitam a continuidade, em longo prazo, do processo produtivo, visando o bem-estar das geraes futuras e, principalmente, em curto prazo, do uso racional do solo, em suas atividades agropecurias. A conservao do solo tem o objetivo de aumentar a produtividade e a resistncia do solo e diminuir a degradao do solo com prticas sustentveis. (POZATI et al. 2007). Antes de iniciar o plantio, se faz a preparao do solo, e deve ser feita seguindo todas as recomendaes tcnicas, uma vez que o preparo do solo pode ter influncia decisiva na intensidade do uso de agrotxicos na cultura, principalmente em relao s doenas, pois um preparo bem feito normalmente proporciona um timo vigor na fase de desenvolvimento inicial da planta. Um plantio bem planejado pode, ainda, reduzir bastante as fontes de surgimento de patgenos na rea e, por consequncia, diminuir a necessidade de pulverizao com agrotxicos no perodo inicial da cultura. (REIS FILHO et al. 2009). A adubao de cobertura frequentemente utilizada, em solos de maior fertilidade normalmente os produtores fazem adubao de quinze em quinze dias, e em solos mais pobres, de oito em oito dias. (REIS FILHO et al, 2009)

3.4 Colheita A durao do ciclo desde o plantio at a 1 colheita de 90 (noventa) dias e desde que o fruto tenha completado o seu desenvolvimento fisiolgico (germinao da semente, crescimento da muda, desenvolvimento vegetativo, fixao e amadurecimento), poder ser colhido, mesmo que externamente se apresente com a colorao verde-clara. Referncia? Para identificar o fruto fisiologicamente desenvolvido, faz-se o seu corte transversal, onde a lmina no deve cortar nenhuma semente e a placenta exibe aspecto gelatinoso. Nessas condies, mesmo colhido verde, o tomate completar sua maturao, adquirindo cor vermelha, caracterstica. Referncia? O ponto de colheita determina a maior ou menor resistncia do fruto ao manuseio, sua capacidade de completar a maturao, sua aparncia e qualidade. A escolha do ponto depende do destino a ser dado ao tomate e da preferncia do mercado. Para mercados prximos, os tomates podem ser colhidos j maduros, enquanto pra mercados distantes convm que ainda apresentem colorao verdeclara. Referncia? Normalmente inicia-se a colheita quando o pice do tomate comea a mudar de cor: de verde-clara para avermelhada. Embora o tomate seja resistente ao manuseio, toma-se todo o cuidado a sua colheita, a fim de minimizar os danos mecnicos, capazes de comprometer sua qualidade e aparncia. A colheita no avental ou na sacola pode evitar esses danos. Toma-se tambm bastante cuidado no manejo das caixas cheias por ocasio de sua carga e descarga. Referncia? O tomate colhido deixando-se o clice e a base do pednculo, tanto nas variedades para consumo, completamente limpo, quanto no caso das variedades para fins industriais. Referncia? Uma planta bem cuidada produz em mdia de 10 a 15 kg par consumo fresco ou de 1 a 2 kg para uso industrial, podendo a colheita, neste caso, processa-se em duas etapas, espaadas entre 7 e 10 dias. Referncia?

O tomate industrial colhido no estado de vermelho maduro. A colheita manual em todos os permetros irrigados, constituindo-se numa importante fonte de emprego. A colheita mecanizada do tomate feita por grandes mquinas que cortam e levantam a planta inteira, para posterior separao dos frutos que vo caindo nas caixas. O material vegetal devolvido ao solo. Referncia? A uniformidade de maturao pode ser conseguida com o manejo da gua e a pulverizao com Ethefon (hormnio vegetal com capacidade de liberar o gs etileno responsvel por induzir o florescimento antecipando o amadurecimento do fruto), de 14 a 16 dias antes da colheita, isto , quando 15 a 30% dos tomates estiverem vermelhos. Referncia? O preparo do tomate para vende compreende as seguintes operaes: Referncia? 1) Seleo - Consiste em eliminar os frutos imprestveis, ou seja, os que apresentam danos mecnicos, fisiolgicos os causados pelo ataque de pragas e doenas, e separar os bons pelo estgio de maturao. 2) Classificao - o agrupamento dos frutos pelo seu formato, tamanho e qualidade de acordo com as normas oficiais, estabelecidas pelo ministrio da agricultura do abastecimento e da reforma agrria. A portaria ministerial n 76 de 1975, estabeleceu parmetros para a classificao do tomate de mesa. Considerando o formato do fruto, os tomates so classificado em 4 classes, subdivididas por 2 grupos, conforme o quadro 5. Quadro 5- Classificao do tomate para comercializaoTipo transversal embalagem-padro 33 a 40 mm Mido 40% Segunda 40 a 47 mm Pequeno 25% Primeira GRUPO I 47 a 52 mm Mdio 15% Especial 52 mm Grado 7% Extra 50 a 80 mm Mido 40% Segunda GRUPO II 80 a 120 mm Mdio 25% Primeira >120mm Grado 15% Especial Nota: As variedades do grupo santa cruz, formam o GRUPO I e os do grupo salada, GRUPO II. Fonte: Grupo Dimetro Porte % defeitos por

3) Acondicionamento - aps a classificao, os frutos so acondicionados em caixas de madeira, conforme padronizao do Ministrio da Agricultura. A organizao deve ser feita ordenadamente na caixa com enchimento feito

pelo fundo de maneira a ocupar todo o espao, evitando a formao de vazios pela acomodao interna dos frutos durante o manuseio da caixa. Todas estas operaes de preparo devem ser executadas ao abrigo do sol. Ao finalizar esta etapa o fruto est pronto para a comercializao, que envolve a participao do produtor e do comerciante, nas dependncias das Centrais de Abastecimento - CEASA onde se concentram a maior parte da produo, de l tambm so feitas as redistribuies para outros mercados. Essas situaes, associadas aos cultivos em diferentes regies do pas e em diferentes pocas, permite o abastecimento durante o ano todo. Referncia?

4 RISCOS E IMPACTOS

4.1 Riscos

A anlise de riscos e impactos uma ferramenta muito importante para identificar os pontos mais vulnerveis de uma instalao no caso de empresas ou at mesmo em um processo produtivo, permitindo adotar antecipadamente as medidas preventivas que protegero o meio ambiente e o homem, na eventualidade de um acidente e identificar tambm, entre os aspectos ambientais, aqueles capazes de causar impactos que modifiquem o meio ambiente (VALLE, 2006). H os riscos causados por contaminao, sobretudo quando so atingidos o solo e os corpos dgua, provocadas por falhas operacionais persistentes e no corrigidas, como exemplo, os diversos tipos de agrotxicos utilizados na plantao de tomate, alm de causar intoxicao ao aplicador do agrotxico, se no tiver utilizando EPI (equipamento de proteo individual), o consumidor tambm esta sujeito a intoxicao se no tiver passado o perodo de carncia necessrio para a ingesto do tomate (VALLE, 2006). O cultivo do tomate uma das culturas que mais causam impactos ao meio ambiente, devido a explorao desordenada dos solos, aliada destruio da cobertura vegetal, que intensifica, a eroso e, consequentemente, a perda da

fertilidade dos mesmos, o que resulta no abandono, mais tarde, das reas por parte dos produtores(CARVALHO, et al,1998). Outro fator agravante a diversidade e quantidade de agrotxicos que so utilizadas para o controle de pragas e doenas que geralmente assolam esse tipo de cultura. As reas onde so desenvolvidas as culturas de tomate caracterizam-se por uma intensa produtividade, o ano inteiro ininterrupto, com um ciclo que varia de 3 a 4 anos (RAMALHO et al, 2000). O uso abusivo e de forma indiscriminada dos agrotxicos, principalmente na agricultura, o principal fator de desequilbrio e impacto dos agroecossistemas. Estes desequilbrios so os mais diversos possveis, seja pela contaminao das comunidades de seres vivos que o compem, seja pela 4.1.1 Degradao do solo

O solo sofre com diversas aes que resultam em impactos que trazem consequncias ambientais, sociais e econmicas de grandes significados. Com o aumento da populao a cada ano que se passa, surge a necessidade de cada vez mais aperfeioar o processo de produo de alimentos no campo, tentando-se alcanar ndices de produtividade cada vez maiores, com o propsito de evitar abrir novas reas de plantio, invadindo muitas vezes reas protegidas ou preservadas. No entanto, juntamente com a busca de produtividade surge a necessidade de tomar medidas cada vez mais preservacionistas, adotando-se exploraes sustentveis em relao s diversas culturas (REIS FILHO et al. 2009). Devido grande incidncia das degradaes que ocorrem com o solo, cerca de dois teros das reas cultivveis acabam se tornando improdutivas para a explorao agrcola (REIS FILHO et al. 2009). Isso pode ser ocasionado por fatores qumicos (perda de nutrientes, acidificao, 2007). A perda de produtividade do solo, ocasionada pela administrao inadequada das culturas, do uso excessivo de fertilizantes, da explorao vegetal (desmatamento), essas atividades destroem a cobertura vegetal natural do solo, acaba sendo responsvel pela desertificao do solo, o aparecimento de terrenos arenosos, salinizao etc), fsicos (perda de estrutura, diminuio de permeabilidade etc) ou biolgicos (diminuio de matria orgnica). (POZATI et al.

amplamente vulnerveis aos processos de lixiviao, assoreamento e perda da capacidade de armazenamento de gua. (POZATI et al. 2007). Ocorre tambm a degradao por Contaminao, o uso da terra para centros urbanos, para as atividades agrcolas, pecuria e industrial tem tido como conseqncia, elevados nveis de contaminao. Geralmente, a contaminao interfere no ambiente global da rea afetada (solo, guas superficiais e subterrneas, ar, fauna e vegetao), podendo mesmo estar na origem de problemas de sade pblica como, por exemplo, descargas acidentais ou voluntrias de poluentes no solo e guas, deposio no controlada de produtos que podem ser resduos perigosos, aterros sanitrios no controlados, deposies atmosfricas resultantes das vrias atividades etc. (POZATI et al. 2007). Assim, ao longo dos ltimos anos, tm sido detectados numerosos casos de contaminao do solo em zonas urbanas e rurais. (POZATI et al. 2007).

4.1.2 Degradao do solo no plantio de tomate O tomate exige grandes investimentos fitossanitrios, chegando a se fazer, pulverizaes a cada trs dias, desde a emergncia das plantas at a colheita. Este fato, alm de promover um maior custo na produo, pode acarretar desequilbrio no ecossistema do tomateiro devido aos prejuzos sobre a fauna benfica. (REIS FILHO et al. 2009). Tal desequilbrio pode ser detectado pelo reaparecimento de pragas, o surgimento de novas pragas, at ento consideradas secundrias, ou, ainda, pela resistncia de algumas dessas pragas aos produtos utilizados. (REIS FILHO et al. 2009). O controle de pragas atravs do uso intensivo e indiscriminado de inseticidas qumicos (agrotxicos), de largo espectro de ao e grandes perodos de carncia, representa um componente significativo na formao do custo de produo, alm de oferecer riscos de contaminao aos trabalhadores, consumidores e meio ambiente em geral. Os inseticidas recomendados para o controle das pragas do tomateiro chegam a ter perodo de carncia de 14 a 30 dias (REIS FILHO et al. 2009).

Em funo do uso intensivo, inclusive na colheita, inevitvel a presena de resduos txicos nos alimentos, pois muitas vezes os produtores no respeitam esse perodo de carncia especfico para cada produto, levando a produo para os locais de venda antes do perodo recomendado. (REIS FILHO et al. 2009). 4.1.3 Problemas da irrigao Para a conduo e a explorao da cultura do tomate, muitas vezes necessita-se de um sistema de irrigao para que se tenha uma produo regular durante todo o ano. O sistema de irrigao mais utilizado por meio de sulcos. (REIS FILHO et al. 2009). Esse sistema de irrigao causa alguns problemas ambientais, tais como: aumenta a exigncia e consumo de gua; quando mal dimensionado, ocasiona eroso nos carreadores e sulcos, podem ocasionar em alguns casos a lixiviao do solo, levando resduos para os cursos dgua existentes prximos da lavoura, alm de muitas vezes criar um micro-clima favorvel proliferao de doenas, na parte inferior da planta, tornando-se eficiente veculo condutor de determinados patgenos. (REIS FILHO et al. 2009). No entanto, h uma tendncia de substituir o sistema de sulcos pelo gotejamento. O gotejamento reduz alguns dos problemas ambientais ocasionados pelo sistema de irrigao por sulcos, principalmente em relao ao menor consumo de gua e a no formao de eroses. Alm do mais, pode-se fazer a ferti-irrigao atravs deste sistema, o que diminui a perda de nutrientes aplicados ao solo, podendo ainda diminuir da incidncia de geminivrus na cultura, uma vez que possvel adicionar produtos via gua, que, com isso, ficariam disponveis para a planta de forma mais direta e rpida, inibindo a presena de insetos vetores da virose. (REIS FILHO et al. 2009). Atribui-se tambm ao gotejamento, a vantagem da capacidade de se bombear a gua para uma parte mais alta do terreno. (REIS FILHO et al. 2009).

4.2 Resduos

A definio proposta pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) define os resduos como materiais decorrentes de atividades antrpicas, gerados como sobras de um processo qualquer, ou os que no possam ser utilizados com a finalidade para qual foram originalmente produzidos. (VALLE, 2006). Os resduos resultam, via de regra, do uso imprprio de materiais ou decorem de processos produtivos inadequados ou mal conduzidos. Como os resduos agrcolas so considerados, resduos perigosos em razo de suas caractersticas, podem apresentar riscos sade publica, provocando ou contribuindo para um aumento de mortalidade ou incidncia de doenas e ainda trazer efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada (VALLE, 2006) Os agrotxicos so considerados resduos perigosos (significa grau de nocividade que representa para o homem e o meio ambiente), por sua vez tm seu papel importante na agricultura, mas por outro lado so responsveis pela contaminao do solo, ar e gua e por diversas interaes danosas a biodiversidade e ao meio ambiente. Uma grande parte dos agrotxicos que so aplicados nas plantaes para o controle de pragas, acaba atingindo o solo e a guas, alem disso, resduos destes produtos atingem esses meios por conta de embalagens vazias de agrotxicos descartadas inadequadamente, descarte inadequado de sobras de misturas ou a percolao destes resduos pelo solo atingindo os lenis subterrneos (PERES,1999;SILVA,et al.,2001;MORAES & JORDO,2002).

5 - LEGISLAO AMBIENTAL Segundo a constituio federal de 1988, artigo 225: Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder pblico e Coletividade o deve de defende-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. So inmeras as formas como o homem agride a natureza, inclusive a sua prpria alimentao, com o uso intensivo de agrotxicos, mudando o ambiente natural pelo extermnio de espcies animais e vegetais.

O planeta Terra esta em perigo, e isso tem provocado a ateno de vrios pases que vem demonstrando sua preocupao com a ecologia. A isso temos a Instruo Normativa (IN) n 24 de 15 de Abril de 2003, artigo 1 onde diz: Implantar o Manejo Integrado de Pragas do Tomateiro, cultivado paraprocessamento industrial, nas microrregies produtoras das Unidades da Federao, com a finalidade de reduzir os nveis de infeco e de infestao provocados pelas pragas do Tomateiro. Pargrafo nico. Caracteriza-se como Manejo Integrado de Pragas do Tomateiro -Lycopersiconesculentum Mill - a aplicao racional e integrada de vrias aes/prticas de controle de pragas, no contexto do ambiente em que a praga se encontra, levando-se em conta os aspectos econmicos, toxicolgicos, ambientais e sociais. Art. 2 O rgo de Defesa Fitossanitria na Unidade da Federao dever estabelecer um calendrio de plantio anual, definindo um perodo mnimo entre 60 a 120 dias consecutivos livres de cultivo de tomate. Art. 4 Tornar obrigatria a eliminao de restos culturais at 10 dias aps a colheita de cada talho. Art. 5 A produo de mudas se dar em viveiros com pedilvio, antecmaras e telados com malha mxima de 0,239 mm (zero vrgula duzentos e trinta e nove. Art. 7 Caber aos rgos executores de defesa fitossanitria, em cada Unidade da Federao: I ouvir os representantes dos rgos oficiais de pesquisa agropecuria, as representaes de produtores rurais, indstrias de processamento de tomate e a Comisso de Defesa Sanitria Vegetal com a finalidade de regulamentar o preconizado nesta Instruo Normativa para as microrregies produtoras de tomate, por meio de legislao estadual apropriada;

II definir, em funo das suas peculiaridades, pela cao ou no das medidas preconizadas nesta Instruo Normativa para os cultivos de tomateiro com a finalidade de consumo de "mesa"; e III no caso de microrregio que pertena a mais de uma Unidade da Federao, a determinao das datas favorveis para plantio, escalonamento adequado e perodos de cultivo livre de tomateiro devem ser tomadas em conjunto. 15.1 Legislao quanto aos Agrotxicos De acordo a Instruo Normativa Conjunta n 20 do Mapa, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA e da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA. A Instruo Normativa diz que representativas so as culturas eleitas dentro de um grupo de culturas em funo de sua importncia econmica, rea de cultivo, consumo humano, disponibilidade de agrotxicos registrados ou similaridade de problemas fitossanitrios.

Segundo a norma, so culturas para as quais falta ou h nmerosreduzidos de agrotxicos e afins registrados, o que acarreta impacto scio-econmico negativo, em funo das demandas fitossanitrias (MinorCrops: Culturas com suporte fitossanitrio insuficiente; Falta ou h nmero reduzido de agrotxicos e afins registrados necessidade de registro de agrotxicos para essas culturas; Uso irregular de agrotxicos; Uso de produtos em desacordo ao recomendado pelo MIP (Manejo Integrado de Pragas). Que pela Lei Estadual n 12.280, de 24 de Janeiro de 1994- Vide a Lei n

9.614 de 17/12/1984 e Regulamentada pelo Decreto n 4.580 de 20/10/1995. Dispe sobre o controle de agrotxicos, seu componente e afim, a nvel estadual e da outras providncias. Como tambm pelo registro de agrotxicos, seus componentes e afins uma condio obrigatria para toda e qualquer atividade que os utilize no pas. Lei n 9.974, de 6 de junho de 2000. Altera a Lei n 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispes sobre a pesquisa, a experimentao, a produo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercializao a propaganda

comercial a utilizao, a importao, a exportao, o destino final dos resduos e embalagens, o registro, a classificao, o controle, a inspeo e a fiscalizao de agrotxicos, seus componentes e afins, e d outras providncias Lei 7.802/89 art. 3, Agrotxicos s podero ser produzidos, importados, manipulados, comercializados e utilizados, se previamente, registrados em rgo federal, de acordo com as diretrizes e exigncias dos rgos federais responsveis pelos setores da sade, do meio ambiente e da agricultura. Decreto 4.074/02, art. 7 - Cabe ao Ministrio do Meio Ambiente: I avaliar os agrotxicos e afins destinados ao uso em ambientes hdricos, na proteo de florestas nativas e de outros ecossistemas, quanto eficincia do produto; II realizar a avaliao ambiental quanto ao potencial de periculosidade ambiental; III realizar a avaliao ambiental preliminar quando destinados pesquisa e experimentao; IV conceder o registro quando destinados ao uso em ambientes hdricos, na proteo de florestas nativas e outros ecossistemas. Resoluo n 334, de 3 de abril de 2003 Dispe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotxicos. Agncia Nacional de Transportes Terrestres ANTT, a Diretoria da Agncia Nacional de Transportes Terrestres, no uso de suas atribuies legais, fundamenta nos termos do Relatrio DNO 036/2004, de 11 de fevereiro de 2004.

6 TECNOLOGIAS AMBIENTAIS

Nesta seo so abordadas as tecnologias usadas como solues no manejo ambiental, em busca de resoluo de problemas ambientais advindos de processos produtivos, gerindo riscos e tratando impactos causados (VALLE, 2006). Para que as solues ambientais resolvam adequadamente os problemas causados pela poluio ambiental deve adotar uma sequncia lgica e natural, a qual inclui (VALLE, 2006): a) preveno da gerao, b) reduzir a gerao; c) reaproveitamento; d) tratamento; e) disposio. Ver quadro 8

Problema Proposto

Aes em 5 Fases: 1. Caracterizao do Problema e de suas consequncias. 2. Identificao de solues convencionais. 3. Busca de solues no convencionais 4. Comparao das Alternativas de solues. 5. Implantao da soluo escolhida.

Soluo OperandoFigura1: Engenharia de solues. Fonte: Valle, 2006

6.1 Tecnologias Limpas

mtodo de prevenir problemas e minimizar impactos ambientais negativos que so causados pela sobra de resduos e no caso da agricultura reverter problemas ambientais como, por exemplo: a infiltrao da gua, reteno de agrotxicos no solo, preservao da paisagem rural e outros. (VALLE, 2010) O principal objetivo da tecnologia limpa utilizada na agricultura e ressaltar a sustentabilidade. E como propsito final utilizar melhor as matrias-primas e a produo obtida, incitando o desenvolvimento e assegurar a qualidade dos produtos considerando as exigncias do mercado. Para uma produo mais limpa h mtodos que devem ser seguidos e observados destacando maneiras e etapas para melhorar a produo. So geralmente prticas, mtodos e estratgias econmicas e ambientais e vo trazer benefcios para um desenvolvimento sustentvel. (VALLE, 2010)

6.2 Novas Tcnicas Empregadas no Cultivo do Tomate

Nesta parte so abordadas novas tcnicas j utilizadas no plantio de tomate como sugesto ao processo produtivo do fruto.

6.2.1 Plantio direto A prtica de usar o plantio direto com o tomate comeou nos anos 1990. O plantio direto foi cada vez mais inserido e avaliado continuamente na regio Centro Oeste. Esse sistema tem como vantagens: ( Hirata, 2009) Melhor conservao do solo; Menor uso de mquinas na lavoura; O Cultivo, levando em considerao a regio centro-oeste feito em sucesso s culturas comerciais, como milho e arroz de sequeiro, ou de cobertura de solo, como o milheto e sorgo-forrageiro. ( Hirata, 2009)

O milheto para a formao da palha deve der semeados 55 dias antes do transplantio. O herbicida visando a dessecao feita 45 dias aps a germinao de 10 dias antes do transplantio. (Id.:) O plantio direto no tomate industrial regula a reduo na quantidade de gua de irrigao e aumento na produo do fruto. Esse benefcio de maior conservao da gua se d devido a manuteno dos restos da cobertura continua dos restos sobre a superfcie do solo, reduzindo a evaporao da gua. Outro beneficio alcanado e a diminuio das perdas do fruto pela podrido. (Id.:) J no tomate de mesa destaca-se um maior armazenamento de gua no solo e menor amplitude trmica, favorecendo um desenvolvimento uniforme do tomateiro. Outros benefcios so alcanados como: ( IAC, 2005) Diminuio da eroso; Reduo das perdas de nutrientes e matria orgnica do solo; Melhoria na qualidade das caractersticas fsica, qumica e biolgica do solo; Diminuio das infestaes de plantas daninhas; E reduo da mecanizao e uso de insumos agrcolas;

A implantao do sistema de plantio direto requer um bom planejamento. Erros podem colocar em risco toda produo desde o desenvolvimento da planta at a diminuio da qualidade e produtividade. (IAC, 2005) O produtor deve fazer um monitoramento do histrico da rea, providenciando a correo do pH e da fertilidade do solo, de acordo com a analise do solo e a recomendao para cultura. ( IAC, 2005) Caso seja identificadas problemas e necessitam de correes devem ser feita escarificao da rea: o terreno deve ser limpo, corrigindo ondulaes do solo e removendo pedras e outros materiais que possam dificultar o plantio. Aps esse processo e que o produtor dar inicio a produo da palhada. ( IAC, 2005) A utilizao do plantio direto do tomateiro associado a outras boas prticas, como o manejo integrado de doenas, insetos pragas e plantas daninhas (Controle Biolgico) e a irrigao por gotejamento e fertirrigao proporcionam redues nos custos de produes e aumentos na produtividade e qualidade de frutos.(Hirata, 2009)

6.1.2 Controle biolgicoEm culturas hortcolas, as prticas culturais envolvem grande distrbio no solo, como arao, gradagem, enxada rotativa e baixo nvel de estresse com uso de adubaes qumicas e orgnicas, irrigaes frequentes e abundantes, facilitando a ocorrncia de elevadas populaes de plantas daninhas e insetos pragas na rea (PITELLI, 1984; PEREIRA, 1987).

Controle biolgico uma estratgia em que se usa um organismo (predador, parasita ou patgeno) que ataca outro que est causando danos econmicos s lavouras, sendo muito utilizada em sistemas agroecolgicos, assim como na agricultura convencional que se vale do Manejo Integrado de Pragas (MIP). ( Planeta orgnico) O primeiro passo pra fazer o manejo integrado de pragas (MIP) monitorar o plantio desde inicio. Fazer o controle de densidade da praga que ataca a lavoura, onde ela comea a atacar primeiro fazendo esse monitoramento possvel isolar a praga. ( Planeta orgnico) A praga sendo isolada comea a ser estuda, nesse estagio os laboratrios especializados em controle biolgico consegue produzir um predador para praga. Esse predador tem caractersticas prprias como: Somente atacar a praga que foi estudada, seu ciclo de vida poder ser curto ou o tempo previsto para a lavoura. Atravs do Controle biolgico e feito tambm o uso mais sustentvel de inseticidas, de baixa toxicidade e de excelente ao no controle de pragas. ( Planeta orgnico) O Brasil possui o maior programa mundial de uso de um vrus contra uma praga. O uso do baculovrusAnticarsiagemmatalisnucleopolyhedrovirus (AgMNPV) contra a lagarta da soja (A. gemmatalis) j usado em mais de 1 milho de hectares de soja no pas e constitui uma alternativa real ao controle qumico dessa praga. (Planeta orgnico) Considerando que o plantio de tomate de grande risco, por causa da infestao de diversas pragas. Dentre ela podemos citar: os Lipidpteros (Traa-dotomateiro, Broca-grande, Largata-militar e Broca-pequena) so registrados essas pragas em todo territrio nacional.Geralmente esses insetos se manifestam durante todo cultivo, danificando todas as partes da planta, com exceo das razes.. ( Palline,2009)

Visando o controle de pragas na plantao a produo de um organismo vivo requer um controle de qualidade rigoroso para alcanar um agente de controle livre de deformao, contaminao, anomalias etc. ( Palline,2009) O controle feito com liberaes semanais na lavoura logo nas primeiras infestaes. Geralmente no incio do plantio de tomate. Em se tratando da traa do tomateiro as infestaes se manifestam muito cedo ainda em ramos e folhas novas, ento as liberaes do predador devem der iniciadas logo na primeira semana do cultivo. ( Palline,2009) As liberaes devem ser associadas aplicao de inseticidas biolgicos para ser obtido xito na aplicao do controle pragas. ( Palline,2009) Agentes de controle biolgicos so muito promissores no combate a pragas, mais sempre levando em considerao que o manejo eficiente pode evitar o uso desnecessrio do controle biolgico e qumico. (Alvino et al.,2009) Segundo, Alvinoet al. (2009), so necessrias algumas medidas como: Adotar rotao de culturas. Destruir os restos culturais imediatamente aps a colheita. Manter a lavoura livre de plantas daninhas e outras hospedeiras de insetos ecaros. Utilizar cultivares mais adaptadas regio. Essas medidas requerem uma mudana de atitude dos produtores que, emconjunto e de forma organizada devem: Concentrar,os plantios em cada microrregio, no mais curto espao de tempo. Utilizar os insumos recomendados de maneira racional, coordenada e articulada,de modo que os problemas comuns cultura sejam enfrentados por todos aomesmo tempo. Desinfetar sistematicamente os vasilhames e os meios de transporte, parareduzir as condies de disseminao das pragas entre regies. Fazer inspees peridicas das reas de produo, dando especial ateno sbordas dos campos e aos locais onde h maior incidncia de plantas daninhas,pulverizando essas reas. Obedecer s recomendaes de controle dos insetos e caros quanto ao produto,dosagem, horrio e freqncia de pulverizaes.

Atendendo a estas exigncias o cultivo do tomate ter qualidade e alcanara xito ate a ps colheita, evitando gastos desnecessrios e resultados negativos. (Alvino et al,2009) Para que o sucesso do controle biolgico seja completo, necessrio, entre outros, que os inimigos naturais liberados encontrem condies de se manterem e se multiplicarem no interior da casa de vegetao ou na lavoura-alvo. Para que isso ocorra, deve-se fornecer ambiente e recursos adequados para os inimigos naturais. A adio de plen nas plantas no incio do ciclo da cultura, por exemplo, pode possibilitar o aumento e o estabelecimento da populao dos predadores liberados antes que a praga surja na cultura. ( Palline,2009) 6.1.3 Gotejamento e a fertirrigao no plantio de tomate O gotejamento vem se tornando, com a reduo do custo do sistema nos ltimos anos, uma opo vivel para a irrigao do tomateiro. A viabilidade econmica, todavia, est condicionada a um manejo racional da gua de irrigao e da fertirrigao. ( Campo & Negocio, 2010) As principais vantagens do gotejamento, comparativamente asperso, so: (Campo & Negocio, 2010) a. Maior produtividade: 20-40% de incremento de produtividade (110-140 t/ha). b. Menor gasto de gua: por no molhar toda a superfcie do solo e apresentar maior eficincia de irrigao, utiliza at 30% a menos de gua. c. Menor incidncia de doenas foliares: por no molhar a folhagem e os frutos, favorece menor incidncia de doenas da parte area, reduzindo perdas na produo e na qualidade de frutos d. Maior flexibilidade no uso da fertirrigao: os fertilizantes so aplicados via gua, junto s razes das plantas, em regime de alta freqncia conforme as necessidades das plantas. Para obter resultados satisfatrio e necessrio um planejamento para o manejo do gotejamento e da fertirrigao como: ( EMBRAPA,2010) Sistema de Plantio

Deve ser realizado em fileira, com uma lateral de gotejadores por linha de plantio. H um aumento de 10% na produtividade. Espaamento Entre Gotejadores Para solos do cerrado, o espaamento deve variar de 10-40 cm, acima de 50 cm ocorre uma diminuio na produtividade. Profundidade dos Gotejadores De maneira geral os gotejadores so instalados na superfcie, mais evitando prejuzos com roedores e danos mecnicos, bem como facilitar as prticas da colheita, os gotejadores pode ser instalados entre 5-10 cm de profundidade. Manejo da gua de irrigao Deve considerar o volume e carga da gua que ser utilizada. Quando o plantio apresentar mais de 70% de fruto maduro deve ser paralisado a irrigao. 6.1.4 Fertirrigao A finalidade da fertilizao e do monitoramento do solo no tomateiro est no controle dos nutrientes disponveis s plantas, que serve de indicativo para as dosagens a aplicar nas fertirrigaes seguintes. (Campo & Negocio, 2010) A fertirrigao, em solos de cerrado, pode ser realizada com freqncia semanal. Tambm no se faz necessrio o fornecimento de todos os fertilizantes via gua. Assim, 100% do fsforo (P), magnsio (Mg) e micronutrientes, 70% do clcio (Ca), e 15% do nitrognio (N) e potssio (K) podem ser aplicados diretamente ao solo por ocasio do plantio. ( EMBRAPA, 2010) Devido ao menor custo, a fertirrigao pode ser realizada utilizando-se principalmente: uria, cloreto de potssio e cloreto de clcio. Outros fertilizantes recomendados so o nitrato de amnio, sulfato de amnio, nitrato de potssio e nitrato de clcio. Os fertilizantes utilizados devem ser especficos para fertirrigao, para se evitar problemas de entupimento. (Campo & Negocio, 2010) Para que a irrigao por Gotejamento e a Fertirrigao seja eficiente dever desde o principio haver um monitoramento e manuteno do sistema de forma continua e preventiva. (EMBRAPA, 2010)

7 CONSIDERAES FINAIS

Muitas so as prticas utilizadas no cultivo do tomateiro que tem se mantido eficiente e benfica para obter resultados satisfatrios na produo. Hoje h uma maior necessidade de buscar no campo de pesquisa solues para diminuir os prejuzos ambientais caudados pelos agricultores no plantio de tomate. Toda essa tecnologia do desenvolvimento sustentvel envolve, basicamente, a anlise das opes de tcnicas feitas pelos produtores rurais e seus efeitos sobre a eficincia da produo e os benefcios ambientais gerados no processo. Conclui-se que as tecnologias so essenciais, embora no tm como serem utilizadas isoladamente, requer uma integrao de varias prticas. Neste trabalho foi estudado o plantio direto, irrigao por gotejamento e fertirrigao e o controle biolgico. Quando essas prticas so utilizadas de forma sustentvel visvel a reduo da degradao, diminuio do uso de agrotxico e maquinrios. A incorporao de novas tecnologias tem mantido a produtividade nacional de 75 t/h. O produtor est mais preocupado em cultivar tomates de forma sustentvel fazendo assim uso de monitoramento e tecnologias para diminuir impactos no meio ambiente. As tecnologias aqui apresentadas tm sua grande significncia na agricultura, pois quando aplicadas contribuem para minimizar os impactos ambientais nos solos, referentes ao uso abusivo de agrotxicos, reduzindo o consumo de gua aumentando a eficcia no cultivo da planta.

REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

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