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Mensário da Junta de Freguesia | Ano V | Edição N.º 59 | NOVEMBRO de 2009 | Distribuição gratuíta | www.noticiasdafreguesia.blogspot.com | [email protected] Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte ÂNGELA DUARTE DIREITOS RESERVADOS LUÍS CARREIRA Armando Gaspar deixa Junta P.2 20 anos de dedicação 1.º Passeio de Motociclos P.2 Freguesia sobre rodas Em dia de S. Martinho P.2 Castanhas e vinho Acção de sensibilização GNR na freguesia P.3 Recolha na Moita da Roda Dê sangue P.3 Equipa de futsal Santa Bárbara Goleadas P.3 Pequenos e graúdos em festa Outono, Bolinho e S. Martinho P.4 Dias 6, 7 e 8 de Dezembro Arroteia festeja N.ª Sr.ª dos Remédios P.8 A todos um Bom Natal A todos um Bom Natal Que seja um Bom Natal, para todos vós No Natal pela manhã Ouvem-se os sinos tocar E há uma grande alegria, no ar Refrão Nesta manhã de Natal Há em todos os países Muitos milhões de meninos, felizes Refrão Vão aos saltos pela casa Descalças ou com chinelos Procurar suas prendas, tão belas Refrão Depois há danças de roda As crianças dão as mãos No Natal todos se sentem, irmãos Refrão Se isto fosse verdade Para todos os Meninos Era bom ouvir os sinos tocar. Conto e outras mensagens para a quadra P.5/6 A todos um Bom Natal NF/Arquivo

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Edição de Novembro de 2009 do jornal NOTÍCIAS DA FREGUESIA SOUTO DE CARPALHOSA.

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Mensário da Junta de Freguesia | Ano V | Edição N.º 59 | NOVEMBRO de 2009 | Distribuição gratuíta | www.noticiasdafreguesia.blogspot.com | [email protected]

Director José Carlos GomesEditor Ângela Duarte

ÂNG

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DUA

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DIR

EITO

S RE

SERV

ADOS

LUÍS

CAR

REIR

A

Armando Gaspar deixa Junta P.2

20 anos de dedicação1.º Passeio de Motociclos P.2

Freguesia sobre rodasEm dia de S. Martinho P.2

Castanhas e vinho

Acção de sensibilização

GNR na freguesia P.3

Recolha na Moita da Roda

Dê sangue P.3

Equipa de futsal Santa Bárbara

Goleadas P.3

Pequenos e graúdos em festa

Outono, Bolinho e S. Martinho P.4

Dias 6, 7 e 8 de Dezembro

Arroteia festeja N.ª Sr.ª dos Remédios P.8

A todos um Bom Natal A todos um Bom Natal

Que seja um Bom Natal, para todos vós

No Natal pela manhã Ouvem-se os sinos tocar

E há uma grande alegria, no ar

Refrão

Nesta manhã de Natal Há em todos os países

Muitos milhões de meninos, felizes

Refrão

Vão aos saltos pela casa Descalças ou com chinelos

Procurar suas prendas, tão belas

Refrão

Depois há danças de roda As crianças dão as mãos

No Natal todos se sentem, irmãos

Refrão

Se isto fosse verdadePara todos os Meninos

Era bom ouvir os sinos tocar.

Conto e outras mensagens para a quadra P.5/6

A todos um Bom Natal

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2 | NOVEMBRO2009 | NOTÍCIASDAFREGUESIA | SAÚDE . NECROLOGIA . OPINIÃO

FICHA TÉCNICA

Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa

Título anotado na ERCDepósito Legal 282840/08

DirectorJosé Carlos Gomes

EditorÂngela Duarte

Colaboradores Albino de Jesus Silva, Carlos Du-arte, Cidalina Reis, Eulália Crespo, Gastão Crespo, Guilherme Do-mingues, Hugo Duarte, José Bap-tista (Pe.), Luís Carreira, Márcio Santos, Mário Duarte, Orlando

Cardoso, Simão João, Associações e Escolas da Freguesia.

Propriedade Junta de Freguesia Largo Santíssimo Salvador, nº 4482425-522 Souto da Carpalhosa

Telefone 244 613 198Fax 244 613 751

E-mail [email protected]

Website noticiasdafreguesia.blogspot.com

Tiragem 1000 exemplares

Periodicidade Mensal

Distribuição Gratuita

Projecto gráfico www.3do3.blogspot.com

Impressão OFFSETLIS, Marrazes, LeiriaTel.: 244 859 900 Fax: 244 859 910E-mail: [email protected]

AberturaJosé Carlos Gomes

Nós por cá…A recente investigação de-

signada por “Face Oculta” traz de novo à baila o problema da corrupção em Portugal, que mina por completo o Estado de Direito em que vivemos. Pelos nomes envolvidos, e segundo a comunicação social, escutados, muitos são os políticos de topo e administradores de empresas públicas que estão com as ore-lhas a arder.

O cidadão comum, a quem em tempos de crise lhe são exi-gidos sacrifícios e mais sacri-fícios, não compreende como se podem esbanjar milhões de euros em jogos menos claros e que, na maior parte dos casos, pelos nomes envolvidos, con-tinuam a navegar num mar de impunidades.

Não compreende também como, em tempos de crise, em nome do estímulo da econo-mia, de repente há milhões de euros para investir em grandes obras. Este estímulo não será só para a economia das gran-des empresas e, claro está, pelo que estamos a ver, com outras coisas por trás? E as escolas mais pequenas, as EB1 das freguesias que estão em pés-simas condições e os centros educativos projectados e que estão a aguardar verbas, não contribuiriam para estimular a economia das empresas de menor dimensão?

Com tantos milhões de um lado para outro, e pouco ou nada chega às freguesias.

É deveras desmotivante quando nos surgem problemas para resolver e, estes nunca acabam, não termos dinheiro para os solver.

Nós por cá, resta-nos aguar-dar pelas cenas dos próximos capítulos e com a esperança de que melhores dias virão. Mas, pela brisa que nos tem chegado do lado de Leiria, o futuro não será risonho. É preciso não perder a fé.

Durante vários anos a alimentação dos portugueses era caracteristicamente uma alimentação tipo mediterrânica. Fundamentalmente à base de vegetais, fruta, peixe (vários tipos), sopa. Actualmente, fruto de uma sociedade cada vez mais consumista e “facilitista”, a tendência é para o aumento do consumo de comida pré-confeccionada, de sumos e doces. Estes são erros alimentares que levam ao aparecimento de doenças cardiovasculares, obesidade, entre outros problemas graves de saúde. Torna-se então, fundamental saber como se come, quando e o que é mais saudável. Os alimentos que são ingeridos diariamente são essenciais para fornecer energia ao organismo e encontrar um equilíbrio vital. Assim sugiro algumas regras básicas para uma alimentação saudável:

Praticar alimentação variada. Nenhum dos alimentos oferece todos os nutrientes. A escolha diária deve incluir produtos à base de cereais (pão), frutas, vegetais, lacticínios, carne, peixe e outros nutrientes proteicos (massa, arroz). A quantidade a comer dependerá das calorias necessárias que variam com o sexo, a idade, a altura, a actividade, o estado de saúde e outros factores inerentes ao indivíduo.

Comer regularmente. Saltar refeições pode levar a um descontrolo da fome, que resulta frequentemente em in-gestão exagerada na refeição seguinte. Quando o indivíduo está com muita fome, facilmente se esquece dos princípios fundamentais da alimentação saudável. Assim sendo, não se deve deixar intervalos entre as refeições superiores a três horas.

Moderar a ingestão de alimentos. Se um indivíduo não exagerar nas porções de cada alimento, será mais fácil comer o que gosta permanecendo com o mesmo peso e saudável.

Reduzir a ingestão de alimentos extra energéticos, mas não os eliminar. O ser humano não come só por necessida-de mas também por prazer. Se o alimento preferido de um indivíduo pertence ao topo da pirâmide, este não o deve eliminar da sua alimentação mas moderar a quantidade e a regularidade do seu consumo.

Equilíbrio nas escolhas alimentares ao longo do tempo. Quando um indivíduo ingerir um alimento rico em algum nutriente “maligno” (como o sal), deve na próxima refeição comer um alimento pobre nesse nutriente

Nunca deixar de tomar o pequeno-almoço. O pequeno-almoço é um factor importante para manter os níveis de glicémia durante a manhã. Tomar o pequeno-almoço faz com que a função da memória, a atenção, o tempo de reacção e o desempenho cognitivo melhorem.

Ingerir água em grande quantidade. O nosso organismo é constituído fundamentalmente por água. Assim devemos ingerir pelo menos 1,5L de água diários. Esta facilita a diges-tão, a circulação sanguínea e assim como a eliminação dos resíduos tóxicos ao nosso organismo.

Espaço Saúde

Enf.º Márcio [email protected]

Alimentação... saudável!

Necrologia

Maria Joaquina de Jesus, de 78 anos, faleceu no dia 20 de Novembro. Resi-dia em Moita da Roda e era viúva de Domingos do Carril. Foi a sepultar no cemitério de Moita da Roda.

Piedade Duarte Carreira, de 90 anos, faleceu no dia 21 de Novembro. Re-sidia em Picoto era casada com João Batista. Foi a sepultar no cemitério de Souto da Carpalhosa.

Clarinda de Jesus Duarte, de 73 anos, faleceu no dia 24 de Novem-bro. Residia em Picoto e era casada com Adelino Gomes Alves. Foi a sepultar dia 26 de Novembro no cemitério de Várzeas.

Maria da Conceição Pereira, de 91 anos, faleceu no dia 26 de Novem-bro. Residia em Arroteia e era casada com Manuel dos Reis. Foi a sepultar no cemitério de Várzeas.

| 3SOCIAL . DESPORTO | NOTÍCIASDAFREGUESIA | NOVEMBRO2009

Trabalhos da Junta

Como de hábito, deixamos aqui a indi-cação de alguns traba-lhos da junta, executa-dos no mês de Novembro. Assim, e durante este mês, procedeu-se ao espalhamento de massa asfáltica por diversos lugares na freguesia, à desmontagem de barraquinhas colocadas no Vale da Pedra, a propósito das festividades no lugar, e limpeza e desentupimento de aquedutos, também em várias localidades.

Ainda neste mês foram colocados vários espelhos parabólicos e executadas limpezas de ruas um pouco por toda a freguesia.

No dia 13 de Dezembro, domingo, irá decorrer uma colheita de sangue nas instalações do salão paroquial da Moita da Roda. A recolha decorrerá de manhã, entre as 9h00 e as 13h00.

Para ser dador basta candidatar-se à dádiva aquando a recolha de sangue. Para além disso, o dador tem de ter mais de 18 anos, pesar pelo menos 50 quilos e ter hábitos de vida saudáveis. No local, o possível dador é avaliado por um médico que lhe dirá se pode dar san-gue. Vai ver que não custa nada e vai estar a ajudar os muitos doentes que, diariamente, precisam de sangue. Dê sangue, dê vida.

AgradecimentoHá dois meses (6 de Outubro) faleceu o che-

fe João Crespo. O João foi dirigente fundador do Agrupamento 1112 Souto da Carpalhosa. Esteve

no activo durante vários anos. Ausentou-se provi-soriamente por motivos familiares (uma vez que, ao casar, passou a morar no Arrabal) e profissionais (horários de início de car-reira) e este ano estava a preparar-se para regressar. Tinha 33 anos. Era casado e pai de dois filhos - a Íris (5 anos) e o Gil (9 meses). Era

perito em orientação e era chamado ao Agrupamento sempre que este assunto era trabalhado mais detalha-damente. O seu sorriso e a sua personalidade ficarão gravados para sempre na nossa memória.

Agrupamento 1112 Souto da Carpalhosa

Data Jogo05 de Dezembro de 2009 Carvide x Várzeas19 de Dezembro de 2009 Várzeas x Vimeiro16 de Janeiro de 2010 Várzeas x Amor30 de Janeiro de 2010 Casal dos Claros X Várzeas

Dino Clube x Santa Bárbara (0-7)Começou, no dia 14 de Novembro, mais uma época

desportiva de futsal para os atletas mais novos da Santa Bárbara. Um início de época que começou da melhor forma com uma goleada fora de casa.

Foi um jogo sempre dominado pela Santa Bárbara, com a equipa muito unida a defender, e eficaz no ataque, construindo o resultado ao longo de todo o jogo, de uma forma muito sólida e até muito madura, tendo em conta a idade dos jogadores – entre os 7 e os 10 anos.

Jogaram: André, Wilson, Daniel, Miguel Ângelo, Leandro, Gonçalo

Marcadores: Gonçalo(3) , Lean-dro(2) , Daniel(1) , Wilson(1)

Santa Bárbara x Barreiros (9-1)No domingo, dia 22, realizou-se a segunda jornada

de futsal do campeonato de escolas, no pavilhão da Carreira.

Um jogo que se previa muito difícil, pela qualidade da formação reconhecida na Associação dos Barreiros, mas em que os jogadores da Santa Bárbara mostraram que é com golos que os jogos se ganham, e aí foram claramente superiores, mesmo na fase em que jogaram os atletas que começaram esta época. Os golos foram surgindo natu-ralmente, através de jogadas combinadas, e outros com

jogadas de insistência, com uma pressão defensiva muito forte sobre o portador da bola, e que permitia

ataques rápidos que culminavam em golo.Jogaram: André, Daniel, Miguel, Wilson, Ricar-

do, José Carlos, Leandro, GonçaloMarcaram: Daniel(3), Leandro(1), Ricardo(2),

Gonçalo(1), Wilson(1), Miguel(1)

ACD Santa Bárbara

No dia 12 de Dezem-bro, sábado, pelas 20h00, a Guarda Nacional Republica-na (GNR) promove uma ac-ção de sensibilização sobre medidas de prevenção de apoio ao idoso. A acção, que decorrerá nas instalações da Junta de Freguesia, surge no âmbito do programa Idosos em Segurança, um programa no qual a GNR desenvolve diversas acções de sensibilização à popula-ção idosa com a finalidade de lhes comunicar os pro-cedimentos de segurança a observar em situações de tentativa de burla ou de burla consumada.

A nível local procura-se que esta acção contribua para uma melhoria dos canais de ligação da GNR à população, potenciando também desta forma o

sentimento de segurança junto de todos os que são afectados por este tipo de criminalidade.

Com estas acções pre-tende-se ainda privilegiar a visibilidade do programa “Apoio 65 – Idosos em Se-gurança”, implementando o contacto pessoal com

os idosos, nos locais de residência, sobretudo nos mais isolados, e ainda nos locais habituais de concen-tração, sensibilizando-os e alertando-os para a adopção de medidas preventivas, ou para os procedimentos a se-guir aquando da ocorrência deste género de crimes.

Numa altura em que presenciamos tantos casos de roubo, violência e burla na nossa freguesia, importa a presença de todos nesta acção.

Recomeçou a época para as equipas da freguesia

Santa Bárbara com goleadasCalendário de jogos

Veteranos das Várzeas

Recolha de sangue na Moita da Roda

GNR na freguesia

Cuidado com as burlas

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4 | NOVEMBRO2009 | NOTÍCIASDAFREGUESIA | FESTIVIDADES

Freguesia comemora S. MartinhoNo passado dia 15 de Novembro, come-

morou-se o S. Martinho um pouco por toda a freguesia. E, apesar do domingo chuvoso, nada foi impedimento.

As Várzeas organizou uma festa em honra do seu padroeiro, S. Martinho, com uma missa solene, seguindo-se uma procissão pelas ruas do lugar. E mesmo com o dia cinzento e chu-voso, o santo saiu à rua.

Nos Conqueiros, a comissão de festas organizou um almoço de confraternização e, durante a tarde, seguiu-se o convívio acompa-nhado de castanhas e água-pé.

À semelhança dos Conqueiros, também a Associação do Picoto organizou um almoço, na sede, com a já conhecida paella. O convívio du-rante a tarde também foi ao sabor de castanhas e água-pé, e, ao cair da noite e com o frio que fazia sentir, ainda houve um caldo verde para aconchegar o estômago.

Deixamos aqui algumas fotografias que re-tratam uma tradição que ainda é muito vivida por toda a freguesia.

Pré Souto da Carpalhosa

A “pequenada” e o OutonoO Outono já chegou! E, relacionado com esta

época, os alunos da Pré do Souto da Carpalhosa de-cidiram partilhar, com os amigos leitores, os trabalhos que foram realizando. Aqui ficam algumas fotos de trabalhos.

Beijinhos dos meninos, da educadora e da au-xiliar.

Bolinhos de batataIngredientes4,5 Kg de batata2,250 Kg de açúcar4,5 Kg de farinha10 ovos1 Kg de nozes4,5 Kg de batata1 colher de sopa de erva doce1 colher de sopa de canelaRaspa de limão.

Modo de fazerDescascam-se as batatas, cozem-se e esmagam-se. Mistu-

ra-se o puré de batata com o açúcar. Acrescenta-se a farinha, os ovos e as nozes. Junta-se à massa a erva-doce, a canela e a raspa de limões. Tendem-se os bolinhos com a ajuda da farinha. Deixam-se repousar e vão ao forno a cozer.

Trabalho de colagem sobre a Pirâ-mide dos Alimentos (1); Meninos a comerem salada de fruta, a propósito do Dia da Alimentação (2); Boneco feito com colagem de folhas secas, bolotas e cascas (3); Árvore feita com colagem de folhas secas, bolotas e cascas (4); Saca do bolinho (5).

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Escola primária das Várzeas comemora Dia do BolinhoNo dia 30 de Outubro, comemorámos

o Dia do Bolinho, na nossa escola, EB1 de Várzeas.

Começámos por decorar uma saquinha de tecido com folhas de papel. Cada aluno enfeitou uma saca. As sacas ficaram muito bonitas.

Nesse dia, fomos até uma confeita-ria fazer os bolinhos. Todos os alunos, professoras e auxiliar se equiparam com avental, touca e luvas. De seguida, vimos a preparação da massa numa batedeira industrial. Com a ajuda de farinha, todos os alunos tenderam os bolinhos. Estes iam sendo colocados em tabuleiros. Enquanto os bolos ficaram na estufa e foram ao forno, nós fomos almoçar. Ao final da tarde, nós fomos com as saquinhas buscar os nossos bolinhos.

Os bolos estavam muito bonitos e deliciosos.

Partilhamos aqui, a nossa receita.

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Dia do BolinhoEscola primária das Várzeas comemora Dia do BolinhoDia do Bolinho

| 5NATAL | NOTÍCIASDAFREGUESIA | NOVEMBRO2009

O executivo da Junta de Freguesia de Souto da Carpalhosa

deseja a todos um Santo e Feliz

Natal!

Afinal, parece que o ve-lhinho de barbas brancas não anda pelas terras lon-gínquas e frias da Lapónia. Consta que o Pai Natal anda bem pertinho…

No dia 28 de Novembro arrancou mais uma edição da Aldeia de Natal de Leiria, no jardim Luís de Camões. Até 22 de Dezembro, esta Aldeia mágica vai estar em Leiria para animar peque-nos e graúdos com anima-ção permanente, espaços temáticos – como o Recreio dos Duendes e a Fábrica do

Pai Nata – e, ainda, anima-ções pontuais com vários espectáculos. Este ano há uma nova grande atracção: a pista de gelo.

A Aldeia de Natal está patente todos os dias das 10h00 às 18h00, prolon-gando-se, por mais uma hora, aos fins-de-semana e feriados.

Um pouco mais longe, em Óbidos, está a Vila Na-tal. À semelhança de Leiria, a Vila Natal arrancou ainda em Novembro. Contudo, esta irá prolongar-se até

3 de Janeiro de 2010. A magia do Natal é o tema da quarta edição, que aposta fortemente nos espectácu-los, num total de uma cen-tena durante todo o evento. Apresentações de magia, dança, teatro infantil… a animação está garantida e não falta o carrossel e uma rampa de sky

Portanto, sugestões para um dia de Natal em família, não lhe faltam. E sem ter de sair para longe.

Conto de Natal

A BotaCaíra a noite. A chuva continuava a cair, fria e abor-

recida. A fogueira, desperta, ajudava a manter os olhos abertos. Esperávamos, com a ansiedade prolongada pelos dias anteriores. Atentos aos menores ruídos, lutávamos

contra o sono que teimava em amodorrar-nos bem contra a nossa vontade.

A avó, a matriarca da família, vestida de preto desde que o avô morrera noutra noite de Natal havia alguns anos, de repente le-

vantou-se, olhou-nos com sorriso trocista e brincalhão e mandou-nos para a cama. “É tarde.

Como vêem, o menino Jesus esqueceu-se de vocês e já não vem. Ele só gosta de vir pelas chaminés desde que ninguém o veja”. Ora essa! Mas afinal não era o Pai Natal que travava as renas no telhado, amarrando-as ao pára-raios e, descendo pela chaminé, distribuía as desejadas prendas pelas botas alinhadas, lembrando soldadinhos de chumbo, afivelando os óculos para ler o rol dos que mereciam a recompensa de um ano de bom comportamento? Mas a avó, nós sabíamos, não costumava enganar-se.

Calados, o meu irmão e eu fomos para a cama do quarto ao fundo da casa, bem longe da cozinha onde os esperados acontecimentos fantásticos deveriam ter lugar. Decidimos manter-nos alerta para quando sentíssemos anormal movimento junto da lareira seguir pé-ante-pé para vermos o menino Jesus aquecer os pezinhos no brasido adormecido.

Mas, ainda hoje o sinto, o menino não esteve pelos ajustes e mandou cair sobre nós um sono tão pesado que nada ouvimos, ou sentimos, para além da chuva caindo dos beirais com um ruído cada vez mais distante, distante…

Ao longe o relógio sineiro bateu as horas acordando as corujas da torre. Foram seis, contei-as eu todas uma a uma. Chamei o meu irmão e dispusemo-nos a espe-rar a repetição das badaladas. Uma, duas, três, quatro, cinco e seis. Contara-as bem da primeira vez. Abri um pouco a janela de madeira. A chuva acabara e nada nem ninguém bulia na estrada, para além do ruído das águas na valeta arrastando tudo na sua passagem. “É a hora!”, disse. A esta hora o menino já passou, deixou o que quis deixar, ou o que pôde porque ele é pequenino, não tem forças e nunca irá en-velhecer. “Mas sabe tudo, oh se sabe!”. A avó tem razão e ele não gosta de ser visto por ninguém. Prefere mesmo que pensem que as suas prendas são trazidas pelo tal Pai Natal, que ninguém sabe quem é e nunca fez milagres na vida. A modéstia, todos o sabem, é uma das suas qualidades. Não precisa da ajuda de ninguém, nem mesmo das lojas onde compra os brinquedos que faz surgir por encanto.

Lentamente, percorremos o corredor que se abria como uma boca negra até à cozinha. Distinguimos a respiração baixa e pausada que saía do quarto da avó. Do quarto em frente o padrinho ressonava com altos e baixos num som tão nosso co-nhecido. Nada a temer, pois então, que só por acaso poderiam acordar.

Abrimos a porta da cozinha, o brasido escondido pela cinza ainda soltava um calor manso e distinguimos, depois de habituar os olhos à penumbra das primeiras horas da manhã, as botas alinhadas. Os presentes já tinham chegado, avisaram-nos as fitas prateadas que transbordavam do calçado ali colocado. Aproximámo-nos temendo mexer para não acordar a avó e o tio. A noite não estava perdida. Santa noite! Abençoado menino Jesus, pensei, agradecendo em silêncio à imagem nua deitada nas palhinhas da manjedoura do presépio junto da lareira. Pareceu-me, quase o juro, que sorria.

Deixámos tudo sem mexer para que a avó não adivinhasse a nossa visita. De manhã fingiríamos a surpresa, abriríamos os presentes e correríamos pela estrada fora a caminho de casa dos nossos pais, onde outro menino Jesus certamente não se teria esquecido de deixar outros brinquedos e guloseimas, amaciando-nos a boca e os olhos sequiosos de aventuras.

Os pais dormiam ainda quando chegámos. O frio enregelava os ossos. Com-preendíamos agora por que razões as gravuras de Natal surgiam quase sempre enfeitadas pela neve que nunca víramos. Acendemos a luz da cozinha e aí estava a solução de mais um mistério. Os nossos sapatos e botas resplandeciam enfeitadas pelos embrulhos que o menino trouxera, num trabalho ciclópico de que só ele é capaz de cumprir a preceito.

Tinha deixado uma das botas na lareira da avó e guardara a outra para minha casa, desejando que o menino Jesus de casa conseguisse fazer os milagres que os santos não fazem. E aí estava, implante, o grande embrulho dourado chamando por mim, numa ténue vozinha que ouvia dentro do peito agitado pela emoção. Um pouco a medo rasguei o cordão que envolvia a caixa. Lá de dentro surgia, finalmente, o presente. Umas botas novas para combater o frio e a chuva a caminho da escola.

Ao virar a caixa um pequeno papel esvoaçou e caiu. Tinha alguma coisa escrita. Uma mensagem, claro, que a madrugada era de prodígios. Soletrei, que a aprendi-zagem da escola não dava para mais. Em letra desenhada, que de tão bela só podia vir dos céus, li:

“Não gosto da bota rota que aqui deixaste. Atira-a fora. Só te quero ver com estas novas!”

Orlando Cardoso ([email protected])

Sugestões

Aldeia e Vila Natal aqui tão perto

CML

6 | NOVEMBRO2009 | NOTÍCIASDAFREGUESIA | OPINIÃO

Natal com sentido

Pe. José BaptistaAs palavras do senhor prior

“São trocas baldrocas, altas engenhocas que eles sabem inventar! São pala-vras ocas, faz orelhas mo-cas, não te deixes enganar!” Há anos que já lá vão, que com estas palavras, a Cândi-da Branca Flor ia cantando e dizendo pedindo que as mulheres tivessem cuidado com os namorados porque era tudo conversa de en-cantar o que eles diziam. Não é por isso, nem pouco mais ou menos, que para aqui trago hoje o refrão da música que é desconhecida desta geração mais nova. Veio-me à memória porque quando há dias passei por casa a primeira coisa em que pensei foi que estaria próximo o tempo oportuno para podar as roseiras que por lá vão crescendo pelo “serrado”. No giro que nor-malmente faço por entre plantas e arbustos que lá se desenvolvem parou-se-me o olhar numas roseiras que já tinha visto a perder folhagem e murchas pelo cansaço de produzirem rosas apesar da sede que foram forçadas a passar. As folhas não retomaram vigor, mas nasceram novas folhas, e os botões que en-tretanto brotaram estão já a abrir. Parei para pensar o que é que estaria mal no meio disto tudo, se eu se elas. Optei por concluir que eram elas pois este é tempo de “morte”, adormecimento da natureza, não de rejuve-nescimento. Entretanto reparei que outras plantas deviam estar sem folhas já, mas elas continuam firme-mente presas à planta que lhes dá a seiva. Com toda a certeza, isso deve-se às alte-rações climáticas que a pas-sos largos se vão operando e de cujos sinais todos nos vamos dando conta: verões chuvosos ou extremamente quentes, invernos menos frios que o que seria bom e de esperar, água que vem de enxurrada e destrói o que encontra pelo caminho… Aquelas roseiras terão simplesmente sido “enga-nadas” pelo tempo quente e pelos pingos de chuva que lhes caíram em cima, factores que as terão levado a “pensar” que o tempo era de primavera.

Mais tarde, e já com aquela natureza fora de vista, quando pensava na época natalícia que está aí a chegar, aflorou-se-me a ideia de que é de trocas a natureza em que vivemos e de baldrocas a sociedade em que estamos metidi-nhos: as palavras de hoje já não são as de amanhã, as afirmações que num

dia se proferem com toda a clareza no dia seguinte “foram simplesmente má interpretação por parte de quem as escutou”. Recordo o tempo, e não me conside-ro propriamente velho, em que era de honra a palavra que se dava, em que muitos contractos não precisavam de assinaturas porque tinham a garantia do que se tinha dito por boca. São chuva enganadora para roseiras desprevenidas a verdade que se pode ver nas palavras de mentira que muito nos saem da boca. A desconfiança vai ganhando raízes em nós ficando soter-rada a confiança que outro-ra púnhamos nas pessoas e nas instituições.

Não ousarei tentar ex-primir o que, nos dias de hoje, se entende quando se diz a palavra Natal ou se quer definir o que é o “Espí-rito de Natal”, não seria ca-paz de dizer em poucas pa-lavras o que penso, embora o fizesse com facilidade se quisesse dizer o que é para mim o Natal. Para que cada um possa pensar e enten-der o que mais facilmente lhe vier à mente, compa-ro-nos, a nós humanos, a viver nesta época e nesta sociedade, àquelas roseiras que, enquanto o tempo não for verdadeiramente de Inverno, continuarão “feitas tolas” a dar rosas sem se aperceberem que a geada que lhes vai cair em cima, esperamos que assim aconteça, as vai queimar de frio de um momento para o outro. Não protestarão nem defenderão direitos desnecessários e sem sen-tido porque são natureza pura, são só roseiras e não ambicionam mais que cres-cer defendendo-se, por isso criam espinhos, e produzir flores e sementes que darão novas plantas.

Como roseiras incons-cientes continuamos nós, supostos inteligentes, a bater com a cabeça uma, duas e três vezes no mes-mo sítio porque, embora sabendo que nunca podere-mos alcançar tudo, não nos decidimos a mudar o rumo que dêmos ao caminho inicial. Já percebemos que

as seguranças e garantias de felicidade que as coisas, e muitas das pessoas, nos dão não são muito mais que grossos pingos de água que nos tapam os olhos da desenfreada sede de poder que nos remove as entra-nhas; que, depois desses pingos de engano que be-bemos, nos resta o sabor amargo da desilusão de não termos conseguido chegar onde, de facto, nunca che-garemos. Somos criaturas, seremos sempre imperfei-tos; somos imperfeitos, te-remos sempre sofrimento; temos sempre sofrimento, não deixaremos de gemer e gritar por socorro. Resta-nos a opção de querer sempre mais, qualquer criatura o quer, mas sem deixarmos de saber que, por muito que alcancemos, seremos eternos insatisfeitos. Bas-ta-nos ser o que somos, humanos, sem exigir viver como deuses.

E o Natal pode ser isso mesmo: momento para criar em nós a falsa ima-gem de bem-estar trazida pelo aconchego familiar e pela desnecessária troca de presentes materiais para depois, repentinamente percebermos que, afinal, a família está destroçada e não nos pode dar seguran-ça; está fria nas relações entre marido e esposa, entre pais e filhos, entre irmãos, e não nos pode dar calor; está desfeita e cada elemento vive, volunta-riamente ou não, vergado sobre si mesmo e não nos pode acolher porque, como um bicho de conta, escon-deu os braços e não é capaz de os estender.

Se não encontrarmos o verdadeiro sentido do Natal, como os botões de rosa extemporâneos, o frio da falta de humanidade e humanismo secar-nos-ão o gosto e o sentido de viver.

Queira Deus que o Natal se torne Verdadeiro.

O meu desejo de Natal!Albino de Jesus Silva

Vai desta vez com um voto de muitas felicidades para o “Notícias da Fregue-sia”, prestes a concluir o seu 5.º aniversário.

Queria dizer-lhe que sinto muito orgulho com o progresso feito, da maneira como evoluiu e se mostrou nos últimos tempos, e pela mesma ocasião agradecer a publicação dos meus escri-tos. Felicito, igualmente, a Junta de Freguesia que se empenhou pelo seu man-timento e fez dele uma preciosidade, um valor relevante que a população bem merece!

Porém, não vou es-quecer, ou melhor, quero relembrar a tomada das “rédeas” nos seus princí-pios, as duas senhoras de mérito, respectiva e respei-tosamente a D. Susana Silva e a saudosa Laurinda, que

tão cedo e tristemente nos deixou…!

Desde o pedido que formulei há seis após a extinção do “SOUTO”, foram estas senhoras que corajosamente se dedica-ram à elaboração do órgão informativo, este que feliz-mente hoje conhecemos, e muita satisfação nos traz. Para elas, o meu reconhe-cimento.

Quanto ao meu apeten-te desejo para este Natal 2009 é o seguinte: - Que todos os residentes no es-trangeiro da nossa freguesia solicitem o envio do nosso jornal, agora que já é possí-

vel, sendo este o modo de divulgar as nossas origens, mostrando ao mundo que a nossa terra existe e pro-gride!

Ao mesmo tempo, uma aproximação maior junto das crianças que frequen-tam as escolas da nossa freguesia. Eu diria que te-mos muito a aprender com nossa petizada, além do estimulante valorizado ver as suas expressões, poemas e outros no nosso jornal… Vamos, força! Que seja de todos e para todos!

Um santo e feliz Natal.

Gastão Crespo com Simão João (ilustração)

O valor da solidariedade

A época do ano mais mágica, na minha humilde opinião, é a época natalícia e está mesmo a chegar. Já bateu à porta de muitos e quase todos a deixaram en-trar. A decoração tradicional é visível em muitas casas. E, a emoção espelhada no rosto de tantas crianças também é bem notória.

Entramos numa época, por excelência, de grande festividade, período geral-mente associado a grande generosidade para com os outros, período de partilha de bens e encontro com os mais carenciados e so-litários.

O princípio da solida-riedade é, felizmente, mui-to característico no povo português. Mas, pode estar comprometido. A tão falada “crise” que estamos a atra-vessar pode ser usada como desculpa. No entanto, se é crise também é oportunida-de. Eu explico: quando en-contramos alguém que tem uma necessidade especial, encontramos também uma oportunidade de ajudar.

Mas pensamos nós… será que vale a pena ajudar? Somam-se depois desculpas e mais desculpas, do tipo: se está assim é porque quer, vá trabalhar, o governo que ajude, etc., etc. e etc.…

A generosidade vale a pena! Se pensarmos bem, sem a solidariedade de uns a sobrevivência de muitos outros estaria em causa. Quantas pessoas sofrem de enfermidades, de deficiências, de azares e de outras contrariedades que impedem o alcance

do mínimo essencial para sobreviver? Quantas são as pessoas que pelo seu traba-lho, pela sua inteligência ou pela sorte de terem nascido numa família abastada, têm tudo o que querem? Muito menos do que imaginamos. E, se amanhã somos nós a estar nessa situação? Gosta-ria que alguém o ajudasse?

Uma das grandes qua-lidades socialmente reco-nhecida pela população é a generosidade, pois todos aqueles que abdicam de si próprios e dos seus bens a favor daqueles que mais necessi-tam são socialmen-te reconhecidos.

Neste sentido ape-lo à população que se associe a uma asso-ciação da freguesia ou individualmente e apadrinhe uma família carenciada. Promova uma campanha de angariação de fundos ou de alimentos e os entregue a essa família.

A época mágica que chega permite sem-pre a multiplicação. Do pouco faz-se

muito e do muito divide-se e partilha-se. Acredite! Quando damos, recebemos sempre em dobro.

E, se aqueles que me rodeiam estão bem, eu com toda a certeza também estarei bem!

Sejam felizes! Sejam so-lidários para com o outro.

| 7OPINIÃO . ENTREVISTA | NOTÍCIASDAFREGUESIA | NOVEMBRO2009

Esta é a primeira crónica neste jornal. Espero continuar a ocupar-vos com outras, cujos comentários e reclamações receberei com agrado.

Escolhi um tema em que não sou es-pecialista, pelo que espero que relevem os erros que cometer. A história que passo a contar não é real, e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Passa-se num Tribunal de Inspecção Criminal.

Juiz – Então o Senhor Professor é teste-munha no caso da morte da funcionária do posto de abastecimento. Conte o que viu, por favor.

Professor – Meritíssimo, nessa manhã, pelas 10 horas, estava marcado para ir levar a vacina da gripe A. Para faltar na escola, conforme regra do director, pedi a dispensa com cinco dias de antecedência. Quando es-tava à espera para ser atendido, soube pela televisão de mais problemas nos vacinados, e resolvi então não aceitar a vacina. Pedi a declaração de presença para tentar justificar a falta, e regressei à escola.

Juiz – Quer então dizer que a falta não será justificada.

Professor – Tinha uma aula das 12h00 às 13h00, que acabei por não dar, e essa falta não foi justificada. Como consequência já não terei BOM na Avaliação de Desempe-nho, meio caminho para não renovar o contrato. Mas adiante. Pelas 11h30, esta-cionei no posto de abastecimento, que fica ao lado da GNR, para comer qualquer coisa, que àquela hora já nada vendem no bar da escola. Mal parei, ouvi um tiro. O arguido saiu com a arma numa mão e algum dinhei-ro na outra, e arrancou.

Juiz – Identificou o arguido?Professor – Sim. Até conheço a casa dele

que fica na saída da povoação...Juiz – Agradeço o seu tempo, mas o seu

depoimento não é válido e não será consi-derado. A essa hora, o Professor devia estar nas aulas ou estar no centro de saúde, não devia ter presenciado os factos. Lamento, mas é a Lei.

Professor – Mas meritíssimo, o argui-do será condenado. Estava lá o rapaz da lavagem, e sei que nas bombas gravam imagens.

Juiz – Senhor Professor, o caso está em segredo de justiça, e nada posso revelar. Mas atendendo ao seu interesse, posso informar o que apuramos. Esse rapaz estava cá ilegal pelo que não podia ser uma testemunha válida, e foi já enviado para o país de ori-gem. Quanto às imagens existentes, apesar de serem nítidas, não são prova porque o sistema de gravação não estava legalizado. A única testemunha válida é o Cabo da GNR que saiu à rua e tomou nota da matrícula, mas não conseguiu identificar o condutor. Como o arguido participou depois o roubo da viatura, não temos provas que o impli-quem. O caso não está em condições para chegar a julgamento e deve ser arquivado. Peço, naturalmente, que nada divulgue.

* Gestor de empresas

inJUSTIÇA

Carlos Duarte*DaTerra

Armando da Silva Gaspar, 58 anos, residente no Vale da Pedra, gerente de uma empresa de movimentação de terras, casado, quatro filhas e três netos. Conheça um pouco do homem que esteve 20 anos ligado à junta, e, no fundo, toda a vida ligado à freguesia de Souto da Carpalhosa.

Entrevista de Ângela Duarte

Como é que entra na vida política, e, em particular, na vida política do Souto da Carpalhosa?

Por convite da pessoa que se candidatou à junta, na altu-ra, o candidato da lista do CDS, que me convidou para integrar a lista e fazer parte do executi-vo. Este convite surge nos anos 80, salvo erro, 1986. Foi aqui que iniciei a minha vida polí-tica, na altura, como primeiro secretário da Assembleia. De-pois deste mandato, fiz um interregno de quatro anos e, posteriormente, fui convidado pelo PSD, com o Armindo Ben-to. Este ganha e eu fico a fazer parte do executivo, enquanto tesoureiro. É depois deste mandato que me candidato, como cabeça-de-lista pelo PSD, em 1998, e ganho as eleições. No fim desse mandato, em 2002, passo para Presidente da Assembleia, durante dois mandatos, o da Susana Silva e o primeiro do José Carlos.

Eu sempre gostei, e talvez seja um dom que tenho, de fa-zer parte da vida social e ajudar as pessoas. Sempre fui assim e sempre gostei de ajudar os outros, e foi isso que me le-vou a estar tanto tempo ligado à freguesia. Mesmo durante a paragem de quatro anos nunca me desliguei por completo. Se não estava directamente liga-do à Junta de Freguesia, estava ligado a outras actividades na

freguesia, nomeadamente a associação do Vale da Pedra. Digamos que a minha vida, nos últimos anos, tem girado em torno do interesse da fre-guesia. Estive em comissões de capela, em associações, jardins de infância… E claro que implica também muito amor e dedicação ao que se faz. Uma pessoa quando gosta de colaborar e ajudar está sempre presente.

Com tudo isso, a vida pessoal e familiar não se recente um bocado?

Digamos que a minha vida profissional e familiar foi muito prejudicada pela minha passagem aqui na Junta de Fre-guesia, porque estar na Junta de Freguesia só se pode estar por gosto, e claro que estar por gosto implica também muita perda de tempo e às vezes não podemos estar e dar à família o que gostaríamos. E claro que se perde muito tempo com isto, porque ou se está com gosto e com vontade de que as coisas andem para a frente ou então é melhor não estar e dar pos-sibilidades a quem tem tam-bém vontade de que as coisas andem para a frente.

Esteve dois mandatos en-quanto Presidente da Assem-bleia de Freguesia. Alguma vez sentiu alguma tentativa de manipulação ou coacção por parte dos diferentes exe-cutivos?

Não. Nunca senti, nem aceitava. O lugar do Presidente da Assembleia tem de ser um lugar isento e pensar sempre no bem-estar das pessoas e do desenvolvimento da freguesia. Não podemos pensar em estar a fazer a favores a A, B ou C. Temos de trabalhar no global, pensar no todo. Quem está como Presidente da Assem-bleia tem de ser apartidário, isento… Não está ali para favo-recer, isso é imprescindível.

São muitos anos a ouvir críticas?

As críticas que muitas vezes ouvia, faziam com que eu tivesse estímulo para traba-lhar mais e fazer melhor. Por vezes as críticas ajudam-nos a que nós façamos melhor. Sem isso as coisas não andam, não mexem, não desenvolvem. Às vezes uma crítica de alguém era o ponto que faltava para nos pôr a pensar… ou, como está na moda, para nos pôr a

esmiuçar uma ideia. São im-portantes para nos fazerem parar, ver e escutar….

Qual é o momento que assi-nala como a maior dificulda-de enfrentada?

A maior dificuldade que senti estava ligada à parte social. Todos somos humanos e sentir que as pessoas pedem ajuda e nós não podemos co-laborar… era aí que eu me ressentia mais. Ter pessoas a pedir ajuda e a junta não ter meios para poder ajudar. Em-bora se recorresse à câmara, ou outros meios, era aí que eu me sentia mais frágil. Eram dificuldades que hoje, pela situação que atravessamos, se agravaram. Já se sentiam dificuldades, mas não com tanta força.

Qual a sua maior vitória?A maior conquista, e da

qual eu me sinto mais orgu-lhoso, foi a aquisição da par-cela de terreno da Charneca do Nicho. É um património que enriqueceu a freguesia, embora a população não tenha conhecimento, ou não liga… mas, para mim, enquanto fui presidente de junta, foi a maior conquista. Falamos de um enorme património natural e de uma área de um valor muito elevado. E mais do que uma vitória, foi uma conquista.

E um insucesso?É a frustração de não con-

seguir aquilo que se idealizou. Ter um projecto e, nalgumas situações, não se conseguir concretizar aquilo que nós pretendíamos e tínhamos idealizado.

Como é que tem visto o pro-gresso no Souto da Carpa-lhosa? Acha que tem havido evolução?

Eu não acho que a fre-guesia tenha crescido assim

tanto… Estamos inseridos na parte rural, apesar de pró-ximos da cidade e acabamos quase por ser o dormitório… mesmo as indústrias não sen-tem atractividade. É certo que a crise também não favorece. Mas em termos de qualidade de vida e na apresentação da imagem da freguesia, acho que estamos muito bem. E quando temos uma junta dinâmica e com vontade de ir para a frente, é obvio que as pessoas sentem-te com força também de ajudar. Acho que a fregue-sia está bem entregue nestes próximos quatro anos.

O que é que lhe parece que ainda faz falta aqui, na fre-guesia?

Talvez ter aqui mais ser-viços na sede de freguesia. É verdade que a parte geográfica não ajuda muito e se vai fazen-do o que se pode.

Que recordações leva con-sigo?

A maior recordação é ter conseguido alcançar alguns objectivos e ter ajudado a freguesia e as pessoas no que pude. Sinto muito orgulho em ter feito parte desta junta todos estes anos.

E claro que deixo algumas saudades. E é óbvio que não me desliguei das pessoas.

Fechou a porta, ou apenas a encostou?

Nunca direi nunca! (risos). Politicamente, nunca se dirá nunca, mas o meu tempo acho que terminou e saí na altura certa. A freguesia também está entregue em boas mãos.

Sai feliz?Felizmente saio. E com

muito orgulho. Porque saí quando entendi que tinha de sair e nunca fui forçado a nada. Entrei de livre vontade, saí de livre vontade, embora contra a vontade de alguns.

Armando Gaspar, 20 anos ao serviço da freguesia

“Tenho muito orgulho em ter feito parte desta junta”

NOV09 Sinto-me nascido a cada momento / Para a eterna novidade do Mundo... Fernando Pessoa, poeta português [1888-1935]

N.ª Sr.ª dos Remédios

Arroteia em festa dias 6, 7 e 8 de Dezembro

São três dias de festa em Arro-teia, em honra da padroeira, N.ª Sr.ª dos Remédios. As festivida-des começam no domingo, dia 6 de Dezembro, com a realização da missa solene às 12h30 na capela do lugar. Durante a tarde decorrerão jogos tradicionais e actuará o Rancho da Velha Guarda da Carreira e, a partir das 20h00, a animação musical fica a cargo da organista Raquel Santos.

No dia 7, segunda-feira, o gru-po musical Zé Café e Guida sobe ao palco pelas 21h00 e, em véspe-

ra de feriado, a animação musical será dedicada aos mais jovens com a actuação das bandas de garagem, a partir da meia-noite, A Step To Fall, Iodine e Eak.

No feriado, e último dia de festejos, a missa solene em honra da padroeira realizar-se-á pelas 12h30, seguida de procissão. Às 16h00 actua o Ran-cho Etnográfico do Souto da Carpalhosa e, à noite, actua o acordeonista Vergílio Pereira acompanhado de Manuel Ribeiro.

No decorrer dos festejos, haverá ainda serviço de bar e restaurante.

“Notícias da Freguesia” em sua casa

Muitas têm sido as pessoas da nossa terra que procuram receber o NOTÍCIAS DA FREGUESIA, co-modamente, em sua casa.

Uma vez que se trata de uma publicação gratuita, e sem qualquer fonte de receita, torna-se insuportável proceder ao envio da publicação e até mesmo, mui-tas das vezes, fazer a sua distribuição pela freguesia, deixando exemplares em lugares públicos.

É por tudo isto que solicitamos que procurem a publicação junto da sede de Junta de Freguesia, todos os meses, e a possam também distribuir em locais públicos da freguesia, seja numa associação, num café, num estabelecimento comercial…

Contudo, lembramos a incapacidade de custear a sua distribuição, deixamos aqui a tabela de preços para a assinatura anual (12 edições) do NOTÍCIAS DA FREGUESIA.

A assinatura pode ser feita contactando a junta de freguesia.

Pedreira n.º 6184 “Picotas n.º1”

Avaliação de impacto ambiental em consulta

Encontra-se disponível, na Junta de Freguesia, o estudo de impacte ambiental relativo ao projecto de exploração da ampliação da pedreira n.º 6184, Picotas. Relativamente a este projecto, a consulta pública está patente até dia 30 de Dezembro de 2009.

Segundo informa a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, “no âmbito do procedimento de Consulta Pública, todas as opiniões e sugestões, apresentados por escrito, serão conside-radas, desde que relacionadas, especificamente, com o projecto em avaliação”.

O domingo estava meio chuvoso, mas nem isso os impediu de sair de moto. Foram cerca de cem par-ticipantes que aderiram à ideia de um grupo de nove amigos das Várzeas que promoveu o Primeiro Pas-seio de Motociclos 50cc, e que contou com o apoio da ACDR Várzeas, co-organiza-do com o clube Motabout, da Vieira de Leiria.

“Um grupo de amigos, em conversa, pensou em or-ganizar isto”, afirma Carlos Maia, defendo também que esta era uma forma diferen-te de convívio, para além de permitir é também uma for-ma de se conhecer mais um pouco da freguesia.

Quanto à aceitação por parte da população, não se assinalaram quaisquer transtornos. “O pessoal foi civilizado. Respeitaram-nos na estrada e até nos ajuda-ram… foram mesmo bons colaboradores”, afirma um dos participantes.

E, num passeio de mo-tos que se preze tem de ter avarias. Claro está que estas não faltaram.

Neste passeio também se destacou a presença feminina. Eram poucas, mas ainda houve algumas mulheres a pegarem no guiador. Eulália Crespo, membro do executivo da Junta de Freguesia, par-ticipou neste passeio e, pela primeira vez, aos 45 anos, assumiu o comando de uma moto. “Adorei! Não tinha mudanças, era só de acelerar… foi sempre a andar! (risos)”, contou. Questionada sobre se iria adoptar o meio de trans-porte, Eulália respondeu, entre gargalhadas, que “há a possibilidade de ir para o atendimento na Junta de Freguesia de acelera”.

No fim, o balanço do passeio foi positivo e, se-gundo adiantaram os orga-nizadores, “ é possível que se sigam outros passeios como este”.

Ângela Duarte

Várzeas promove primeiro Passeio de Motociclos

Freguesia sobre rodas

País PreçoPortugal 10 eurosEuropa 15 eurosResto do Mundo 25 euros

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