noticias - uc.pt · a concepção da divindade nas terras da anatólia e as formas por que passou...

10
NOTÍCIAS 305 NOTICIAS 20

Upload: vanngoc

Post on 18-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

NOTÍCIAS 305

NOTICIAS

20

O TESOURO DE PRIAMO

Desde que o Presidente da República da Rússia anunciou oficialmente, numa visita de Estado à Grécia, em Junho de 1993, que a colecção dos achados de Tróia, conhecida, aliás indevidamente, por "Tesouro de Príamo", se encontrava no seu País e que estava disposto a consentir que fossem exibidos em Atenas, que se desvaneceram quaisquer dúvidas sobre o lugar para onde tinham sido levados de Berlim, não obstante a directora do Museu Puskin de Moscovo, Irina Antonova, ter continuado a negar que se encontrassem à sua guarda.

O grande momento que se segue ocorre quase um ano depois, em 24 de Outubro de 1994, quando um grupo de peritos alemães, acompanhados pelo Prof. Dr. Winfred Mankhin, director do Museu de Pré- e Proto-História de Berlim (ao qual haviam pertencido), foi autorizado a encontrar-se em Moscovo com idêntica delegação russa. Um dos participantes nesse acontecimento histórico, Klaus Goldmann, descreve emocionadamente a cena emAntike Welt 25,4 (1994), num "Sonderbericht Tróia — Gold". A verificação dos objectos um a um pelas listas existentes, com eventuais pequenas correcções, foi acompanhada por uma discussão amigável entre os arqueólogos dos dois países. No dia 26, ambas as partes assinaram um protocolo, em alemão e em russo, subscrito por todos, sobre a verificação científica realizada em comum. Nesse documento figura esta significativa frase: "O estado dos objectos e o arranjo da referida colecção foram reconhecidos como excelentes, pelo que a parte alemã exprime o seu reconhecimento aos colaboradores do Museu". O Director do Museu de Pré- e Proto-História de Berlim propôs ainda a participação da sua instituição no arranj o da anunciada exposição do Tesouro em Moscovo, em 1995. Sobre essa oferta, a Directora do Museu Pushkin limitou-se a dizer que "se iria pensar".

Convém sublinhar que, ao receber no primeiro dia do encontro a delegação alemã, o Conselheiro do Ministério Russo da Cultura afirmara, entre outras coisas, que "a questão do lugar onde finalmente há-de ser guardado [o Tesouro] não era objecto deste encontro de peritos, mas assunto a discutir no plano político".

308 NOTICIAS

Sobre esta mesma questão, o actual director das escavações em Tróia, Mafred Korfmann, escreve, no artigo que se segue no mesmo número da revista, com o título "Die Schatzfunde in Moskau—ein erster Eindruck", as conclusões totalmente imparciais que seriam de esperar de um grande cientista. Delas traduzimos os seguintes passos: "Sem dúvida que o ouro de Tróia pertence, não só à história da Anatólia, mas também à história da Alemanha—é mesmo uma parte de Berlim [...] Cerca de sessenta anos estiveram em Berlim, agora há quase cinquenta que já lá não estão [...] Gostaria de esclarecer frontal e claramente neste lugar que não farei quaisquer declarações ou propostas sobre a futura permanência dos tesouros em Moscovo ou em Berlim, e também não me sinto à altura de o fazer, pois, como estou sempre a repetir, isso é uma problemática fundamentalmente jurídica, propriamente do direito internacional, que portanto está fora da minha competência [...] Se está certo que bens culturais de tal espécie pertencem a todos, porque são testemunhos de "História da Humanidade", especialmente, em todo o caso, do passado da nossa área cul­tural, então uma repartição dessas na verdade não é ideal, mas discutível. Estes objectos não são certamente propriedade em monopólio de uma nação; contudo, o importante é que em cada momento sejam acessíveis".

De facto, a questão tem sido discutida ao mais alto nível político, até mesmo entre os chefes das duas nações em causa, quer em relação a um sem--número de obras de arte, quer em relação ao Tesouro de Príamo, que concentra as maiores atenções. Em 1996, surgiu mesmo uma proposta do Chanceler Helmut Kohl de se convencionar que os objectos considerados bens culturais da Humanidade estivessem alguns anos em cada um dos países (cf. Antike Welt

27,5 (1996) (414).

Entretanto, no plano científico, o entendimento fez grandes progressos. Em Novembro de 1996 realizou-se a exposição do Tesouro de Príamo no Museu Pushkin e, entre 25 e 28 desse mês, teve lugar um simpósio internacional subordinado ao tema "Tróia e os seus tesouros", no qual participaram espe­cialistas provenientes da Alemanha, Bélgica, Canadá, Estados Unidos, Grécia, Inglaterra e Rússia. As diversas comunicações, cujo resumo figura em Antike

Welt 18,1 (1997) 69-71, serão publicadas no decurso deste ano.

Μ . H. ROCHA PEREIRA

NOTÍCIAS 309

NOVOS FRAGMENTOS DE EMPÉDOCLES

A Biblioteca Nacional e Universitária de Estrasburgo, uma das mais ricas e monumentais de França, tem proporcionado novidades papirológicas sensa­cionais. Dos chamados Epodos de Estraburgo, publicados há pouco mais de um século, e da polémica que suscitaram quanto à sua autoria, todos os helenistas se lembram. Mas existem ainda outros não menos notáveis por identificar. O caso a que nos reportamos é o de um grupo de cerca de trinta fragmentos de tamanhos variados (máximo de 10 cm2), adquiridos no Egipto em 1905, em tempos da dominação alemã da cidade alsaciana. Ora é esse grupo que foi agora identificado pelo professor belga Alain Martin como parte extensa (cerca de 300 versos) de um texto de Empédocles. Inédito na sua maior parte, contém no entanto alguns versosjá conhecidos do filósofo de Agrigento, que lhe corroboram a autoria. Outro facto digno de nota é a data relativamente recuada que os papirólogos lhe atribuem: o séc. IV d.C.

M.H.R.P.

O ALTAR DE PERGAMO

Famoso na Antiguidade como uma das Sete Maravilhas do Mundo, o escritor latino Lucius Ampelius descreveu-o no Líber Memorialis (Miracula

mundi 14), como um grande altar de mármore, ornamentado com soberbas esculturas, entre elas uma Gigantomaquia. Redescoberto nas últimas décadas do séc. XIX, foi levado para o Museu de Berlim que ainda hoje dele tira o nome {Pergamonmuseum), não obstante o valor e importância de muitas outras antiguidades que lá se contêm. Na margem esquerda do Mar Egeu, ficaram os alicerces e alguns degraus perto do que resta da Biblioteca de Pérgamo e de muitas outras provas da grandeza da cidade na época helenística e romana, entre as quais sobressai o mais íngreme dos teatros.

Os arqueólogos e os historiadores da Arte Grega não deixam porém de prosseguir as suas investigações sobre esta soberba realização da escultura helenística. Ainda recentemente algumas alterações foram feitas na disposição dos frisos guardados em Berlim. Outra questão que neste momento se discute é a da identidade do deus ao qual tão magnífica construção era dedicada. Como se sabe, na luta contra os gigantes, duas figuras divinas aí se destacam em espe-

310 NOTICIAS

ciai: Zeus e Atena. Por isso, breve se formou o hábito de supor que era o deus

supremo o destinatário da construção ordenada por Êumenes II.

Ora é esta atribuição que ultimamente foi posta em causa por diversos

autores—entre os quais o actual director das escavações emPérgamo, Wolfgang

Radt —, que, depois de verificarem que ninguém na Antiguidade a sugeriu,

acumularam indícios a favor de Atena: a relação com o templo da deusa, que a

acidentada topografia não tinha tornado evidente; algumas inscrições e bases; e

ainda a possibilidade de os ornatos com o motivo do touro não apontarem

necessariamente para Zeus, mas poderem pertencer também, na Ásia Menor,

ao culto de grandes divindades femininas. Uma moeda helenística de Pérgamo

ajuda a confirmar a hipótese do predomínio dessa deusa e da relação do animal

com o seu culto, porquanto exibe a cabeça de Atena no anverso e duas cabeças

de touro simétricas no reverso1.

A concepção da divindade nas terras da Anatólia e as formas por que

passou até atingir o sincretismo com as gregas são ainda um enigma não

totalmente resolvido. Pode ser que à estranha Artemis de Efeso venham a juntar-

-se as particularidades do culto de Atena naquelas regiões.

M.H.R.P.

A RETÓRICA GRECO-LATINA Ε A SUA PERENIDADE

Por iniciativa do Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras

da Universidade de Coimbra, realizou-se, entre 11 e 14 de Março de 1997, o

congresso internacional subordinado ao tema A retórica greco-latina e a sua

perenidade, com a colaboração de especialistas nacionais e estrangeiros e com

a presença de um número elevado de participantes. Era propósito deste encontro

motivar a reflexão e a discussão sobre a função e arte da palavra, avaliando-lhe

a capacidade de intervenção humana e social, para além do processo técnico

que fez dela um verdadeiro género literário. Desejou-se que o fenómeno fosse

apreciado numa perspectiva diacrónica, desde a antiguidade grega e latina até

aos nossos dias, e dentro de um plano de utilização o mais alargado possível.

1 Alguns destes dados foram recolhidos no artigo de Gerard Seiterle, "Riickgabe des Zeusaltars-an Athena", Antike Welt 1997, 2, 201-208.

NOTÍCIAS 311

Na amplitude residiu o atractivo principal da proposta, a sua interdisciplinaridade,

a evidência da sua riqueza, tradição e actualidade.

Foi nos primórdios da literatura grega, na épica homérica, que Maria

Helena da Rocha Pereira (Universidade de Coimbra) procurou, antes de mais, a

raiz do fenómeno, com uma comunicação sobre Os caminhos de persuasão na

Ilíada; fenómeno que, ao longo de séculos, se definiu tecnicamente com

contributos decisivos, entre os quais avulta o de Aristóteles, que António López

Eire (Universidade de Salamanca) avaliou num texto sobre Innovación y

modernidade de la retórica aristotélica. Manuel Alexandre Júnior (Universidade

de Lisboa), com uma reflexão sobre a Complementaridade e expansão na

retórica helenística, encarregou-se da articulação entre a última fase do trajecto

da retórica na Grécia, repositório de todas as experiências anteriores, e a herança,

a partir dela, assimilada por Roma. Dos Latinos, foram distinguidos os nomes

sonantes de Cícero, de que se ocupou Alain Michel (Universidade de Paris-

Sorbonne), Cicéron et la rhétorique, e de Quintiliano, a cargo de Colette Nativel

(Universidade de Paris-Sorbonne), Quintilien, lecteur de Cicéron. E, dentro de

uma perspectiva de aplicação literária da retórica, Walter de Medeiros (Univer­

sidade de Coimbra) ponderou o tema A retórica do naufrágio e da morte no

romance de Petrónio.

Através de Roma, sondou-se a permanência do processo na Idade Média,

testemunha ainda da polivalência inesgotável da arte do discurso. Ε o que ressalta

da significativa divergência dos temas apresentados por Luciana Sparisci

(Universidade da Costa Rica), Recursos retóricos de los Carmina Burana, e de

Henrique Pinto Rema (O. F. Μ.), A retórica em Santo António de Lisboa no

contexto português e europeu da Idade Média.

Veio o Renascimento trazer fulgor novo à tradição clássica e mergulhar

com entusiasmo inexcedível nos padrões da antiguidade. Dessa actividade

fervilhante deram testemunho A. Costa Ramalho (Universidade de Coimbra),

Entre a gramática e a retórica: "asfiguras" no séc. XVI, e E. Sánchez Salor

(Universidade da Extremadura), La retórica em Francisco Sánchez, elBrocense.

Por fim, não menos relevantes para o desenvolvimento pleno da tradição

retórica foram as comunicações que progressivamente se encaminharam para a

modernidade, encarando as áreas onde o fenómeno tem actuação dominante.

Em primeiro lugar a literatura, nas suas facetas teórica e prática, tratadas com

brilho por A. Pinto de Castro (Universidade de Coimbra), Do Renascimento ao

Barroco — de Cícero a Aristóteles, e por V. Aguiar e Silva (Universidade do

Minho), A retórica e as teorias formalistas da literatura do século XX. Depois

312 NOTICIAS

na jurisprudência, de que se ocupou F. J. Pinto Bronze (Universidade de Coimbra), As margens e o rio (da retórica jurídica à metodonomologia), e no jornalismo, de que tratou Mário Mesquita (Universidade de Coimbra), Retóricas

da televisão cerimonial. Por fim, a experiência, a reflexão e a palavra do político, asseguradas pela intervenção de António Almeida Santos, que encerrou os trabalhos com uma interessante comunicação sobre O uso da retórica na vida

política e parlamentar.

Assim constituída na sua linha de força, a análise da actuação da retórica redimensionou-se através de um conjunto muito alargado de comunicações breves, que abriram múltiplos tópicos complementares de reflexão.

O balanço final deste encontro apontou para a noção, sempre reforçada, da presença vital da cultura greco-latina nas várias disciplinas do saber contemporâneo, como termo de uma tradição ininterrupta, mas sobretudo para o seu poder inspirador em práticas totalmente assimiladas pela existência so­cial do nosso século.

MARIA DE FáTIMA SILVA

LES TROYENS DE HECTOR BERLIOZ

No dia 28 de Maio do corrente ano, o Instituto de Estudos Clássicos e a Associação Portuguesa de Estudos Clássicos organizaram uma sessão de esclarecimento dedicada à ópera Les Troyens de Hector Berlioz, com particular incidência sobre a primeira parte ("La prise de Troie"). O Doutor Sebastião Tavares de Pinho, docente de Literatura Latina, reflectiu sobre o libretto desta ópera de assunto clássico, salientando quer os ecos virgilianos quer a vertente mais original das opções tomadas por Berlioz, relativamente ao texto e contexto do momento épico retratado. Sobre a música e a forma se debruçou o Dr. José Maria Pedrosa Cardoso, docente de História da Música, fazendo uma integração do compositor dentro do panorama musical do tempo e facultando a audição prévia de algumas da árias mais interessantes, que enriqueceu com notas críticas.

O objectivo desta sessão consistia em preparar a deslocação ao Teatro Nacional de S. Carlos, a fim de se poder assistir à estreia em Portugal daquela ópera, propósito que se viria a concretizar a 2 de Junho. A excursão foi integrada maioritariamente por professores e alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. O espectáculo vincou pela qualidade e contou com a

NOTÍCIAS 313

conivência do espaço privilegiado que é o Teatro S. Carlos. De salientar, ainda, a utilização de imagens projectadas sobre tela colocada no fundo da cena, expediente que permitiu efeitos muito interessantes, bem como a resolução de certos problemas de encenação, como eram o caso da entrada do conhecido "Cavalo de Tróia" — que se foi agigantando à medida que o coro dos Troianos o puxava—e a cena final da cidade em chamas, que ganhou em brilho e em poder de sugestão.

DELFIM FERREIRA LEãO

PERMANÊNCIA DA CULTURA CLÁSSICA

Encontros com escritores

A cultura clássica criou valores intrínsecos de grande relevância que, transmitidos ao longo dos tempos, estão na base do viver e sentir do homem moderno: em especial deram forma à cultura ocidental e nela permaneceram pujantes e vivos.

Parte importante da cultura e literatura modernas, os temas e mitos da cultura antiga ora, retomados e reescritos, informam ou dão corpo a obras inteiras, ora aparecem em alusões fugidias ou mais extensas. Os mitos clássicos continuam hoje vivos e a serem constantemente utilizados pelos autores contemporâneos para darem corpo a valores e ideais do homem da actualidade.

Tendo em conta tal realidade, o Instituto de Estudos Clássicos promoveu, para o ano lectivo de 1996/1997, com o título genérico de Permanência da cultura clássica, um conjunto de encontros com escritores portugueses, poetas e ficcionistas, que mostram convivência ou contacto com a cultura clássica. No âmbito dessas actividades culturais, realizaram-se as seguintes sessões:

— 26 de Outubro de 1996: José Augusto Seabra. Apresentação pelo Dr. José Carlos Seabra Pereira.

— 26 de Novembro de 1996: Manuel Alegre. Apresentação pela Doutora Maria Helena da Rocha Pereira.

— 15 de Janeiro de 1997: João Aguiar, apresentado pela Dr.a Ana Paula Arnault.

- 2 4 de Janeiro de 1997: Hélia Correia, apresentada pela Doutora Maria Fernanda Abreu.

314 NOTICIAS

—23 de Abril de 1997: Fernando Guimarães. Apresentação pelo Doutor Carlos Reis.

José Augusto Seabra é um poeta que compreende bem a Grécia, onde passa regularmente férias. Várias das suas obras publicadas o revelam, em es­pecial a Gramática grega, um livro constituído por três partes, que vive da emoção que a Grécia motiva, sobretudo a Grécia clássica nas suas manifestações culturais: os sítios arqueológicos, sobretudo Atenas e Delfos, com todo o seu peso cultural e histórico; figuras míticas e crenças da Grécia antiga; a terra, o mar, com o seu azul profundo.

Manuel Alegre é um poeta que recorre com alguma frequência a tais dados e elementos culturais e cujo convívio com os autores greco-latinos é assíduo, sobretudo com Homero e Virgílio. Manifesta uma particular predilecção pelo mito e figura de Ulisses, que apresenta como elemento essencial a prudência e a astúcia, o espírito de aventura e o gosto de tudo experimentar, a fidelidade e o desejo de retomo à sua ilha e para junto dos seus.

João Aguiar é um romancista que, a cada passo, elege a história e cultura romanas para temas de obras suas, escolhendo em especial episódios e acontecimentos relacionados com a região da Hispânia em que Portugal nascerá. Assim acontece nos romances A voz dos deuses e A hora de Sertório, em que trata da resistência de Viriato e Sertório à conquista e domínio dos Romanos; e no Trono do Altíssimo no qual elege a região de Braga que, no séc. IV, se vê invadida pela heresia priscilianista.

Hélia Correia, além da sua atracção pela cultura grega e ligação afectiva à Grécia, é autora de uma peça de teatro sobre a figura de Antígona, Perdição

(exercício sobre Antígona) e de Casa Eterna, onde o tema de Ulisses se encontra presente.

Também Fernando Guimarães recorre com frequência aos mitos e aos temas da cultura clássica. Por exemplo, o mito de Orfeu e Eurídice, símbolos do poeta e da poesia que seduzem pelo poder do canto; o mito de Narciso, o jovem que ficou fascinado pela sua imagem e na sua própria contemplação se definhou e destruiu; a lenda de Ulisses, o herói que se tomou modelo do homem aventuroso e astucioso, que vive várias aventuras e delas sempre consegue desenvencilhar-se, mas que também, apesar dessa insatisfação e ânsia de partida, sente uma grande saudade e desejo de regresso à sua ítaca e à sua casa.

A iniciativa, pensada para os estudantes da Faculdade de Letras, cumpriu perfeitamente os seus objectivos e despertou considerável interesse e adesão.