notícias medicina laboratorial - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa...

24
Revista Informativa da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - setembro 2014 - edição 64 - ano 6 medicina LABORATORIAL Notícias Nota da SBPC/ML Esclarecimentos sobre exame divulgado na imprensa. Página 14 49º Congresso Integração para o diagnóstico. Página 16 Auditores do PALC Reunião harmoniza condutas nas auditorias. Página 6 A utilização de exames de forma inapropriada tem impacto na segurança do paciente e nos custos do atendimento Página 8 Em busca do uso racional dos recursos laboratoriais

Upload: phamkhuong

Post on 09-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Informativa da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - setembro 2014 - edição 64 - ano 6

medicinaLABORATORIAL

Notícias

Nota da SBPC/MLEsclarecimentos sobre examedivulgado na imprensa.Página 14

49º CongressoIntegração parao diagnóstico.Página 16

Auditores do PALCReunião harmonizacondutas nas auditorias.Página 6

A utilização de exames de forma inapropriada tem impactona segurança do paciente e nos custos do atendimento

Página 8

Em busca do uso racional dos

recursos laboratoriais

Page 2: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Presidente:

Paula Fernandes Tá[email protected]

Vice-presidente:

César Alex de Oliveira [email protected]

Diretora Administrativa:

Lucia Helena Cavalheiro [email protected]

Vice-diretor Administrativo e Presidente do Conselho de Ex-presidentes:

Paulo Sérgio Roffé Azevedo [email protected] ou [email protected]

Diretor Científico:

Nairo Massakazu Sumita [email protected]

Vice-diretora Científica:

Luisane Maria Falci Vieira [email protected]

Diretora Financeira:

Leila Sampaio Rodrigues [email protected]

Vice-diretora Financeira:

Claudia Maria Meira [email protected]

Diretor de Comunicação:

Gustavo Aguiar [email protected]

Diretor de Acreditação e Qualidade:

Wilson [email protected]

Diretor de Defesa Profissional:

Vitor Mercadante [email protected]

Diretor de Eventos:

Armando A. [email protected]

Vice-diretor de Eventos:

Carlos Alberto Franco [email protected]

Diretoria Executiva biênio 2014/2015

Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina LaboratorialRua Dois de Dezembro, 78 sala 909 CEP 22220-040 - Rio de Janeiro - RJTel. (21) 3077-1400 Fax (21) 2205-3386

Impressão:

Grafitto Gráfica e Editora

Editor-chefe

Gustavo Aguiar CampanaJornalista responsável

Roberto Duarte Reg. Prof. RJ23830JP

Criação e diagramação

Rodrigo PaivaColaborou nesta edição

Rede Interação de Comunicação

Assinaturas & Publicidade

[email protected] com a redação:

[email protected]

Sociedade de Especialidade Médi-ca fundada em 1944.

Seus associados são médicos patolo-gistas clínicos e de outras especiali-dades, farmacêuticos-bioquímicos, biomédicos, biólogos, técnicos e ou-tros profissionais de laboratórios clí-nicos, estudantes de nível universi-tário e nível médio.

Também podem se associar laborató-rios clínicos e empresas fabricantes e distribuidoras de equipamentos, pro-dutos e serviços para laboratórios.

Impresso em papel certificado

Sumário

Uso racional dos recursos

laboratoriaisEspecialistas destacam importância

para o paciente, o diagnóstico e

os custos da saúde.página 8

Nota da SBPC/ML sobre examede sangue divulgado em reportagens

Sociedade esclarece questões que não foram abordadas pela imprensa

página 14

Auditores do PALCReunião na SBPC/MLharmoniza condutasnas auditorias.página 6

49º Congresso da SBPC/MLTema central do evento é“Integração para o diagnóstico”página 16

Congresso da Alapac/ML Diretora da SBPC/ML toma possena presidência da AssociaçãoLatino-americana. página 17

6

18

20

21

7

18

20

21

In company PALC faz curso no Hospital das Clínicas

da Faculdade de Medicina da USP.

Lab Tests Online BR Site brasileiro é o segundo no mundoem número de acessos.

Novidade Aplicativo de celular monitora saúdede paciente com doença crônica.

Novidade Dispositivo filtra células paraidentificar marcadores.

Dica do especialista Uso da eTFG junto com o valor

da creatinina sérica.

Audiência pública ANS recebe sugestões sobreregulamentação da Lei 13.003.

NovidadeSistema ótico consegue ver maisfundo nos tecidos.

Novidade Kit de baixo custo para diagnósticode asma.

Reportagem de capa

Agenda de eventos

educaçãocontinuada

Confira o próximo curso

http://ead.sbpc.org.br

Acompanhe a SBPC/ML pela internet

flickr:

flickr.com/sbpcmlyoutube:

youtube.com/sbpcmlfacebook: facebook.com/SBPCML

twitter: twitter.com/sbpcml

website:

sbpc.org.br

Gustavo CampanaEditor [email protected]

Carta ao leitor

Esta é a última edição de Notícias-Medicina Laboratorial veiculada em 2014, um ano bastante atribulado e diferente para nós, brasileiros. Passa-mos por uma Copa do Mundo em território nacional coroada por uma sur-presa nunca imaginada e por uma eleição presidencial com uma competi-ção inédita em todo o período democrático do país. Alguns impactos em nos-so setor foram divulgados, especialmente devido ao menor número de dias úteis no ano, reduzindo o número de exames esperados e pacientes atendi-dos, menor número de licitações etc.

Estimamos que até o final de 2014 cerca de 1,3 bilhão de exames laboratori-ais tenha sido realizado, com o setor privado responsável por 45% destes. Te-mos, portanto, cerca de 5,8 exames per capita, com uma importante dife-rença entre as esferas pública e privada. A reportagem principal desta edi-ção traz um trabalho extremamente interessante de colegas avaliando a ra-cionalidade no uso dos serviços laboratoriais. Acredita-se que a utilização in-devida traz desperdícios de recursos, às vezes para mais, às vezes para me-nos. A reportagem apresente um exemplo interessante da experiência ame-ricana, pontuando os principais desperdícios observados nos EUA. Este as-sunto é uma das mais importantes pautas atuais em Medicina Laboratorial e muito discutido nos congressos nacionais e internacionais, como o encontro anual da AACC, em que tive oportunidade de representar a SBPC/ML.

Divulgamos nesta edição a nota oficial da SBPC/ML com o posicionamento frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos, temas bastante ci-tados na mídia.

Permanecemos com a segunda posição entre todos os países no tráfego ao por-tal Lab Tests Online BR, com mais de 1 milhão de acessos ao longo deste ano, o que demonstra a importância de nossa especialidade no contexto da saúde.

Brindamos o ano de 2014 com a posse de nossa colega Luisane Vieira como presidente da Alapac/ML e a participação de quatro outros diretores da SBPC/ML na diretoria da associação. Desejamos sucesso a todos!

Nos reencontramos em 2015 com muitas novidades e desafios na Medicina Laboratorial.

Uma ótima leitura e um grande abraço.

201549º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial1º Congresso Brasileiro de Informática LaboratorialExposição Técnico-científica29 de setembro a 2 de outubroCentro de Eventos do Ceará Fortaleza - CE

Euromed Lab 2015

21º Congresso da IFCC21 a 25 de junhoParis - França

Congresso da AACC26 a 30 de julhoAtlanta - Georgia - EUA

Congresso da ASCP28 a 31 de outubroLong Beach - Califórnia - EUA

A programação de Ensino a Distância também é divulgada na seção Agenda de Eventos do site da SBPC/MLwww.sbpc.org.br

. Os leitores de Notícias-Medicina Laboratorial

são formadores de opinião,

donos de laboratórios,

pesquisadores, administradores,

gestores da qualidade, estudantes e outros profissionais

deste segmento da Saúde.

Empresário:

Veja como sua empresa pode aparecer para este público.

Solicite o Midia Kit SBPC/ML2014/2015pelo e-mail [email protected], com Maria Fernandes.

Page 3: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Presidente:

Paula Fernandes Tá[email protected]

Vice-presidente:

César Alex de Oliveira [email protected]

Diretora Administrativa:

Lucia Helena Cavalheiro [email protected]

Vice-diretor Administrativo e Presidente do Conselho de Ex-presidentes:

Paulo Sérgio Roffé Azevedo [email protected] ou [email protected]

Diretor Científico:

Nairo Massakazu Sumita [email protected]

Vice-diretora Científica:

Luisane Maria Falci Vieira [email protected]

Diretora Financeira:

Leila Sampaio Rodrigues [email protected]

Vice-diretora Financeira:

Claudia Maria Meira [email protected]

Diretor de Comunicação:

Gustavo Aguiar [email protected]

Diretor de Acreditação e Qualidade:

Wilson [email protected]

Diretor de Defesa Profissional:

Vitor Mercadante [email protected]

Diretor de Eventos:

Armando A. [email protected]

Vice-diretor de Eventos:

Carlos Alberto Franco [email protected]

Diretoria Executiva biênio 2014/2015

Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina LaboratorialRua Dois de Dezembro, 78 sala 909 CEP 22220-040 - Rio de Janeiro - RJTel. (21) 3077-1400 Fax (21) 2205-3386

Impressão:

Grafitto Gráfica e Editora

Editor-chefe

Gustavo Aguiar CampanaJornalista responsável

Roberto Duarte Reg. Prof. RJ23830JP

Criação e diagramação

Rodrigo PaivaColaborou nesta edição

Rede Interação de Comunicação

Assinaturas & Publicidade

[email protected] com a redação:

[email protected]

Sociedade de Especialidade Médi-ca fundada em 1944.

Seus associados são médicos patolo-gistas clínicos e de outras especiali-dades, farmacêuticos-bioquímicos, biomédicos, biólogos, técnicos e ou-tros profissionais de laboratórios clí-nicos, estudantes de nível universi-tário e nível médio.

Também podem se associar laborató-rios clínicos e empresas fabricantes e distribuidoras de equipamentos, pro-dutos e serviços para laboratórios.

Impresso em papel certificado

Sumário

Uso racional dos recursos

laboratoriaisEspecialistas destacam importância

para o paciente, o diagnóstico e

os custos da saúde.página 8

Nota da SBPC/ML sobre examede sangue divulgado em reportagens

Sociedade esclarece questões que não foram abordadas pela imprensa

página 14

Auditores do PALCReunião na SBPC/MLharmoniza condutasnas auditorias.página 6

49º Congresso da SBPC/MLTema central do evento é“Integração para o diagnóstico”página 16

Congresso da Alapac/ML Diretora da SBPC/ML toma possena presidência da AssociaçãoLatino-americana. página 17

6

18

20

21

7

18

20

21

In company PALC faz curso no Hospital das Clínicas

da Faculdade de Medicina da USP.

Lab Tests Online BR Site brasileiro é o segundo no mundoem número de acessos.

Novidade Aplicativo de celular monitora saúdede paciente com doença crônica.

Novidade Dispositivo filtra células paraidentificar marcadores.

Dica do especialista Uso da eTFG junto com o valor

da creatinina sérica.

Audiência pública ANS recebe sugestões sobreregulamentação da Lei 13.003.

NovidadeSistema ótico consegue ver maisfundo nos tecidos.

Novidade Kit de baixo custo para diagnósticode asma.

Reportagem de capa

Agenda de eventos

educaçãocontinuada

Confira o próximo curso

http://ead.sbpc.org.br

Acompanhe a SBPC/ML pela internet

flickr:

flickr.com/sbpcmlyoutube:

youtube.com/sbpcmlfacebook: facebook.com/SBPCML

twitter: twitter.com/sbpcml

website:

sbpc.org.br

Gustavo CampanaEditor [email protected]

Carta ao leitor

Esta é a última edição de Notícias-Medicina Laboratorial veiculada em 2014, um ano bastante atribulado e diferente para nós, brasileiros. Passa-mos por uma Copa do Mundo em território nacional coroada por uma sur-presa nunca imaginada e por uma eleição presidencial com uma competi-ção inédita em todo o período democrático do país. Alguns impactos em nos-so setor foram divulgados, especialmente devido ao menor número de dias úteis no ano, reduzindo o número de exames esperados e pacientes atendi-dos, menor número de licitações etc.

Estimamos que até o final de 2014 cerca de 1,3 bilhão de exames laboratori-ais tenha sido realizado, com o setor privado responsável por 45% destes. Te-mos, portanto, cerca de 5,8 exames per capita, com uma importante dife-rença entre as esferas pública e privada. A reportagem principal desta edi-ção traz um trabalho extremamente interessante de colegas avaliando a ra-cionalidade no uso dos serviços laboratoriais. Acredita-se que a utilização in-devida traz desperdícios de recursos, às vezes para mais, às vezes para me-nos. A reportagem apresente um exemplo interessante da experiência ame-ricana, pontuando os principais desperdícios observados nos EUA. Este as-sunto é uma das mais importantes pautas atuais em Medicina Laboratorial e muito discutido nos congressos nacionais e internacionais, como o encontro anual da AACC, em que tive oportunidade de representar a SBPC/ML.

Divulgamos nesta edição a nota oficial da SBPC/ML com o posicionamento frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos, temas bastante ci-tados na mídia.

Permanecemos com a segunda posição entre todos os países no tráfego ao por-tal Lab Tests Online BR, com mais de 1 milhão de acessos ao longo deste ano, o que demonstra a importância de nossa especialidade no contexto da saúde.

Brindamos o ano de 2014 com a posse de nossa colega Luisane Vieira como presidente da Alapac/ML e a participação de quatro outros diretores da SBPC/ML na diretoria da associação. Desejamos sucesso a todos!

Nos reencontramos em 2015 com muitas novidades e desafios na Medicina Laboratorial.

Uma ótima leitura e um grande abraço.

201549º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial1º Congresso Brasileiro de Informática LaboratorialExposição Técnico-científica29 de setembro a 2 de outubroCentro de Eventos do Ceará Fortaleza - CE

Euromed Lab 2015

21º Congresso da IFCC21 a 25 de junhoParis - França

Congresso da AACC26 a 30 de julhoAtlanta - Georgia - EUA

Congresso da ASCP28 a 31 de outubroLong Beach - Califórnia - EUA

A programação de Ensino a Distância também é divulgada na seção Agenda de Eventos do site da SBPC/MLwww.sbpc.org.br

. Os leitores de Notícias-Medicina Laboratorial

são formadores de opinião,

donos de laboratórios,

pesquisadores, administradores,

gestores da qualidade, estudantes e outros profissionais

deste segmento da Saúde.

Empresário:

Veja como sua empresa pode aparecer para este público.

Solicite o Midia Kit SBPC/ML2014/2015pelo e-mail [email protected], com Maria Fernandes.

Page 4: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

Canal Direto

Aconteceu . . .

Nos últimos anos, reportagens e en-trevistas sobre temas relacionados à saúde têm ocupado grande espaço na imprensa, principalmente quan-do se referem a novos medicamen-tos, terapias e métodos diagnósti-cos. É compreensível que os veículos de comunicação explorem esse ni-cho porque, cada vez mais, a popu-lação procura informar-se sobre co-mo viver mais e melhor.

Infelizmente, não são poucas as ve-zes que, na busca pelo “novo”, a im-prensa comete equívocos. É o que ocorre quando publica como verda-des absolutas resultados de estudos ainda em fase experimental. Igual-mente preocupante é a divulgação de técnicas diagnósticas desenvolvi-das em outros países e apresentadas como a grande solução para nossos problemas, sem considerar que se tratam de realidades diferentes, do ponto de vista científico e legal. Este é o caso de reportagens publicadas recentemente sobre uma tecnologia

para realização de exames laborato-riais apresentada nos Estados Unidos e aplicável, até o momento, à legis-lação daquele país — bem diferente da nossa.

Preocupada com a interpretação equivocada que essas notícias podem ter na população leiga, a SBPC/ML di-vulgou em seus veículos de comuni-cação e enviou para a imprensa leiga e a especializada em Saúde uma No-ta (leia na página 14) que esclarece aspectos importantes não abordados nas reportagens e que se chocam com normativas das agências regula-doras do Brasil. Na Nota, a SBPC/ML também se põe à disposição dos jor-nalistas para contribuir com informa-ções em reportagens que abordam a Medicina Laboratorial. Procuramos, com isso, mais uma vez cumprir nos-so compromisso e responsabilidade como Sociedade Científica e de Espe-cialidade Médica.

Paula Fernandes TávoraPresidente - Biênio 2014/[email protected]

Países diferentes, realidades diferentes

Até o próximo mês!

Em 16 de outubro, diretores da

SBPC/ML reuniram-se em São Paulo

com representantes da Sociedade Bra-

sileira de Patologia (SBP) para reforçar

a aproximação entre as duas socieda-

des de especialidades médicas, con-

versar sobre parcerias e atuação no

mercado diagnóstico e discutir alguns

a s p e c t o s d a Re s o l u ç ã o C F M

2074/2014, que trata das responsabili-

dades dos médicos em relação aos pro-

cedimentos diagnósticos de Anatomia

Patológica. Esta Resolução também foi

o tema de outra reunião, em São Pau-

lo, no dia 31 de outubro, da qual parti-

ciparam representantes da SBPC/ML,

SBP, Abramed, Conselho Federal de Me-

dicina e conselhos regionais.

No dia 5 de novembro foi transmitido, da sede da SBPC/ML, o curso a distância “Gestão de ris-

cos em laboratório clínico”, apresentado pelo farmacêutico-bioquímico Antônio Leitão Tor-

res de Araújo. Com este evento, a SBPC/ML encerra a programação de Ensino a Distância

(EAD) de 2014. O calendário de cursos a distância de 2015 está em elaboração e será divulga-

do oportunamente nos sites da SBPC/ML (www.sbpc.org.br) e do EAD (ead.sbpc.org.br).

Reuniões em São Paulo

Ensino a Distância

Carlos Ballarati (SBPC/ML), Luis Salomão (SBP),Paula Távora (presidente SBPC/ML), Carlos

Ramos (presidente SBP), Vitor Pariz (SBPC/ML)e Beatriz Hornburg (SBP)

Foto

: div

ulg

açã

o

A vice-diretora Científica, Luisane Vieira, foi uma das juradas do Prêmio Alere Latino-americano em Pesquisa POCT, que selecionou os dois me-lhores trabalhos originais e inéditos na área de Testes Laboratoriais Re-motos (TLR). Houve 1,8 mil inscritos. Em primeiro lugar ficou Evaluación metodológica del equipamiento Pima para la cuantificación de linfoci-tos T CD4, de César J.G. Collino Pérez, da Argentina. O segundo coloca-do foi da brasileira Renata Helena Cándido Pocenta, do Laboratório de Micobactérias do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribe-irão Preto (SP), com Imunoensaio cromatográfico rápido para diagnósti-co diferencial de tuberculose e micobacterioses não tuberculosas em serviço de atenção terciária. A premiação aconteceu na abertura do Con-gresso do Colégio Nacional de Bacteriologia da Colômbia, na cidade de Santa Marta, considerado o maior evento para o setor de laboratórios da-quele país. Os jurados eram de três países e não tinham vínculos com a empresa patrocinadora.

Prêmio Alere

A presidente da SBPC/ML, Paula Távora, representou a Sociedade na abertura

do 4º Workshop Internacional Testes de Diagnóstico com Qualidade Assegurada

e Acessíveis para Programas de Saúde Pública, dia 3 de novembro, em Brasília.

Participaram representantes da Anvisa, Ministério da Saúde, OMS, CDC (dos

EUA), CBDL, Aliança Latino-americana para o Desenvolvimento do Diagnóstico

In Vitro (Aladdiv) e de agências reguladoras de países da América Latina, entre

outras instituições.

O diretor de Acreditação e Qualidade, Wilson Shcolnik, representou a SBPC/ML no

1º Fórum sobre Saúde Suplementar sob a Ótica das Operadoras: Realidade e Pers-

pectiva, realizado em 13 de novembro, no Rio de Janeiro. No evento foram deba-

tidos temas de interesse da classe médica e das operadoras de planos de saúde.

A presidente da SBPC/ML, Paula Távora, representou a Sociedade no 2º Seminário

Anvisa e a Sustentabilidade do Setor de Saúde, dia 18 de novembro, na sede do Grupo

Fleury, em São Paulo. No evento foram apresentadas palestras sobre as ações da Anvi-

sa em relação à resistência microbiana e a RDC 20/2014, que trata de transporte de

material biológico. No final, houve um debate com participação da plateia, mediado

pelo diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML, Wilson Shcolnik

Workshop internacional

Operadoras de planos de saúde

Seminário Anvisa

Representantes da SBPC/ML participaram do 7º Seminário Sind-

hosp/Fleury sobre a regulamentação da Lei 13.003/2014, que regula-

menta a existência de contratos escritos entre operadoras de planos

de saúde e prestadores de serviços. O evento, realizado em 30 de outu-

bro, na sede do Grupo Fleury, em São Paulo, recebeu o apoio instituci-

onal da SBPC/ML.

Seminário Sindhosp/Fleury

César Collino, Renata Pocenta e Luisane Vieira

Wilson Scolnik e Paula Távora

Carlos Ballarati e Vitor Pariz (SBPC/ML), Jeane Tsu Tsui(Fleury), Roberto Natel (Hospital Albert Einstein), Paula Távora, Wilson Shcolnik e Gustavo Campana (SBPC/ML)

e Gastão Rosenfeld (Abramed)

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |4 5

Page 5: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

Canal Direto

Aconteceu . . .

Nos últimos anos, reportagens e en-trevistas sobre temas relacionados à saúde têm ocupado grande espaço na imprensa, principalmente quan-do se referem a novos medicamen-tos, terapias e métodos diagnósti-cos. É compreensível que os veículos de comunicação explorem esse ni-cho porque, cada vez mais, a popu-lação procura informar-se sobre co-mo viver mais e melhor.

Infelizmente, não são poucas as ve-zes que, na busca pelo “novo”, a im-prensa comete equívocos. É o que ocorre quando publica como verda-des absolutas resultados de estudos ainda em fase experimental. Igual-mente preocupante é a divulgação de técnicas diagnósticas desenvolvi-das em outros países e apresentadas como a grande solução para nossos problemas, sem considerar que se tratam de realidades diferentes, do ponto de vista científico e legal. Este é o caso de reportagens publicadas recentemente sobre uma tecnologia

para realização de exames laborato-riais apresentada nos Estados Unidos e aplicável, até o momento, à legis-lação daquele país — bem diferente da nossa.

Preocupada com a interpretação equivocada que essas notícias podem ter na população leiga, a SBPC/ML di-vulgou em seus veículos de comuni-cação e enviou para a imprensa leiga e a especializada em Saúde uma No-ta (leia na página 14) que esclarece aspectos importantes não abordados nas reportagens e que se chocam com normativas das agências regula-doras do Brasil. Na Nota, a SBPC/ML também se põe à disposição dos jor-nalistas para contribuir com informa-ções em reportagens que abordam a Medicina Laboratorial. Procuramos, com isso, mais uma vez cumprir nos-so compromisso e responsabilidade como Sociedade Científica e de Espe-cialidade Médica.

Paula Fernandes TávoraPresidente - Biênio 2014/[email protected]

Países diferentes, realidades diferentes

Até o próximo mês!

Em 16 de outubro, diretores da

SBPC/ML reuniram-se em São Paulo

com representantes da Sociedade Bra-

sileira de Patologia (SBP) para reforçar

a aproximação entre as duas socieda-

des de especialidades médicas, con-

versar sobre parcerias e atuação no

mercado diagnóstico e discutir alguns

a s p e c t o s d a Re s o l u ç ã o C F M

2074/2014, que trata das responsabili-

dades dos médicos em relação aos pro-

cedimentos diagnósticos de Anatomia

Patológica. Esta Resolução também foi

o tema de outra reunião, em São Pau-

lo, no dia 31 de outubro, da qual parti-

ciparam representantes da SBPC/ML,

SBP, Abramed, Conselho Federal de Me-

dicina e conselhos regionais.

No dia 5 de novembro foi transmitido, da sede da SBPC/ML, o curso a distância “Gestão de ris-

cos em laboratório clínico”, apresentado pelo farmacêutico-bioquímico Antônio Leitão Tor-

res de Araújo. Com este evento, a SBPC/ML encerra a programação de Ensino a Distância

(EAD) de 2014. O calendário de cursos a distância de 2015 está em elaboração e será divulga-

do oportunamente nos sites da SBPC/ML (www.sbpc.org.br) e do EAD (ead.sbpc.org.br).

Reuniões em São Paulo

Ensino a Distância

Carlos Ballarati (SBPC/ML), Luis Salomão (SBP),Paula Távora (presidente SBPC/ML), Carlos

Ramos (presidente SBP), Vitor Pariz (SBPC/ML)e Beatriz Hornburg (SBP)

Foto

: div

ulg

açã

o

A vice-diretora Científica, Luisane Vieira, foi uma das juradas do Prêmio Alere Latino-americano em Pesquisa POCT, que selecionou os dois me-lhores trabalhos originais e inéditos na área de Testes Laboratoriais Re-motos (TLR). Houve 1,8 mil inscritos. Em primeiro lugar ficou Evaluación metodológica del equipamiento Pima para la cuantificación de linfoci-tos T CD4, de César J.G. Collino Pérez, da Argentina. O segundo coloca-do foi da brasileira Renata Helena Cándido Pocenta, do Laboratório de Micobactérias do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribe-irão Preto (SP), com Imunoensaio cromatográfico rápido para diagnósti-co diferencial de tuberculose e micobacterioses não tuberculosas em serviço de atenção terciária. A premiação aconteceu na abertura do Con-gresso do Colégio Nacional de Bacteriologia da Colômbia, na cidade de Santa Marta, considerado o maior evento para o setor de laboratórios da-quele país. Os jurados eram de três países e não tinham vínculos com a empresa patrocinadora.

Prêmio Alere

A presidente da SBPC/ML, Paula Távora, representou a Sociedade na abertura

do 4º Workshop Internacional Testes de Diagnóstico com Qualidade Assegurada

e Acessíveis para Programas de Saúde Pública, dia 3 de novembro, em Brasília.

Participaram representantes da Anvisa, Ministério da Saúde, OMS, CDC (dos

EUA), CBDL, Aliança Latino-americana para o Desenvolvimento do Diagnóstico

In Vitro (Aladdiv) e de agências reguladoras de países da América Latina, entre

outras instituições.

O diretor de Acreditação e Qualidade, Wilson Shcolnik, representou a SBPC/ML no

1º Fórum sobre Saúde Suplementar sob a Ótica das Operadoras: Realidade e Pers-

pectiva, realizado em 13 de novembro, no Rio de Janeiro. No evento foram deba-

tidos temas de interesse da classe médica e das operadoras de planos de saúde.

A presidente da SBPC/ML, Paula Távora, representou a Sociedade no 2º Seminário

Anvisa e a Sustentabilidade do Setor de Saúde, dia 18 de novembro, na sede do Grupo

Fleury, em São Paulo. No evento foram apresentadas palestras sobre as ações da Anvi-

sa em relação à resistência microbiana e a RDC 20/2014, que trata de transporte de

material biológico. No final, houve um debate com participação da plateia, mediado

pelo diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML, Wilson Shcolnik

Workshop internacional

Operadoras de planos de saúde

Seminário Anvisa

Representantes da SBPC/ML participaram do 7º Seminário Sind-

hosp/Fleury sobre a regulamentação da Lei 13.003/2014, que regula-

menta a existência de contratos escritos entre operadoras de planos

de saúde e prestadores de serviços. O evento, realizado em 30 de outu-

bro, na sede do Grupo Fleury, em São Paulo, recebeu o apoio instituci-

onal da SBPC/ML.

Seminário Sindhosp/Fleury

César Collino, Renata Pocenta e Luisane Vieira

Wilson Scolnik e Paula Távora

Carlos Ballarati e Vitor Pariz (SBPC/ML), Jeane Tsu Tsui(Fleury), Roberto Natel (Hospital Albert Einstein), Paula Távora, Wilson Shcolnik e Gustavo Campana (SBPC/ML)

e Gastão Rosenfeld (Abramed)

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |4 5

Page 6: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

Reunião anual de auditores PALC

Nos dias 7 e 8 de novembro, sexta-feira e sábado, aconteceu, na se-de da SBPC/ML, no Rio de Janeiro, a reunião anual de auditores do Programa de Acreditação de Labo-ratórios Clínicos (PALC).

Esse tipo de encontro tem como principais objetivos harmonizar e atualizar condutas de auditoria, es-clarecer dúvidas, trocar informa-ções e experiências entre os audi-tores e discutir detalhes sobre a Nor-ma PALC e sua aplicação. Também houve uma palestra sobre citome-tria de fluxo e os aspectos que de-vem ser observados durante uma au-ditoria apresentada pela patologis-ta clínica e hematologista Nydia Ba-cal e pela biomédica Sonia Nozawa,

Participaram cerca de 50 auditores e membros da Comissão de Acredi-tação de Laboratórios Clínicos (CALC), da SBPC/ML, dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Gran-

de do Sul, Rio de Janeiro, Santa Cata-rina, São Paulo e do Distrito Federal. Na sexta à noite houve uma confra-ternização entre os presentes.

Os auditores do PALC são profissio-nais com conhecimento e vivência na área de laboratórios clínicos, o que possibilita a troca de experiên-cias entre auditores e a equipe do la-boratório auditado. Após a audito-ria, a CALC avalia a documentação e as informações coletadas pelos audi-tores e aprova a acreditação.

No site da SBPC/ML, página www.sbpc.org.br/palc, estão dispo-

níveis para consulta e download gra-tuitos a Norma PALC 2013, o Regula-mento do Laboratório (versão 04), além de artigos sobre acreditação.

Entre os dias 22 e 24 de outubro, o Programa de Acreditação de Labo-ratór ios C l ín icos (PALC) da SBPC/ML realizou um curso in com-pany para formação de auditor in-terno da qualidade para profissio-

nais do Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da Universida-de de São Paulo (HC FMUSP). Cursos in company são aqueles oferecidos exclusivamente para profissionais de uma determinada empresa, or-ganização ou instituição.

No curso do HC FMUSP participaram 25 pessoas. As instrutoras foram a gerente Técnica do PALC, Carla Cha-ves, e a auditora do Programa Heli-nete Filgueiras.

A programação dos cursos de audi-tor interno do PALC é intensa e abor-da o processo de acreditação PALC, organização geral e gestão, audito-ria da qualidade (conceitos, tipos de auditorias, perfil e capacitação de auditores, plano de auditoria, condução e relatórios), além de di-

versos itens relacionados à gestão: sistema da qualidade, documenta-ç ã o e r e g i s t r o s , n ã o -conformidades, reclamações de cli-entes e melhoria contínua, labora-tórios de apoio, fase pré-analítica, testes laboratoriais remotos (TLR), fase analítica, equipamentos, ga-rantia da qualidade, fase pós-analítica e dos laudos, informação técnica, pessoal, ambiental e da se-gurança, riscos e da segurança do paciente, sistema de informações laboratoriais.

A programação de cursos de forma-ção de auditor interno PALC é divul-g a d a n o s i t e d a S B P C / M L (www.sbpc.org.br) e na seção Agen-da de Notícias-Medicina Laborato-rial.

À frente do grupo: Carla Chaves, Helinete Filqueiras e o diretor científico da SBPC/ML,

Nairo Sumita (em primeiro plano)

Carla Chaves (gerente técnica do PALC), SoniaNozawa, Nydia Bachal e Wilson Shcolnik (diretor

de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML)

PALC faz curso em São Pauloin company

Foto

: Robert

o D

uart

e |

SBPC/M

LFoto

: Robert

o D

uart

e |

SBPC/M

L

Foto

: div

ulg

açã

o

Verde: baixo risco (sem nenhum marcador de doença renal, sem DRC); Amarelo: risco moderadamente aumentado; Laranja: alto risco; Vermelho: altíssimo risco.

Prognóstico de DRC por categorias de eTFG e de albuminúria(KDIGO: 2012)

Categorias de Albuminúria Persistente - Descrição e Limites

A1 A2 A3

Normal a levemente aumentado

Aumento moderado Aumento severo

< 30 > 30 < 300 > 300

> 90

60 a 89

45 a 59

30 a 44

15 a 29

<15

Normal ou Aumentada

Discreta diminuição

Moderada diminuição

Moderada a Severa diminuição

Severa diminuição

Falência renal

G1

G2

G3a

G3b

G4

G5

Cate

gori

as

de

2eT

FG

(m

L/m

in x

1,7

3m

")D

esc

rição e

Lim

ites

Flavio AlcântaraMédico patologista clínico, diretor Médico Associado do Instituto de Análises Clínicas de Santos

Dica do especialistaUso da eTFG junto com o valor da creatinina sérica

A prevalência da doença renal crônica (DRC) tem aumentado em todo o mundo e atinge 10% da po-pulação. No Brasil, os gastos com diálise e trans-plante consomem até 20% dos recursos do siste-ma de saúde.

Em resposta a esta epidemia, a Fundação Nacio-nal do Rim (NKF), dos EUA, iniciou um programa de prevenção da doença e, em 2002, produziu a nova definição de DRC, classificando-a em cinco categorias de eTFG (estimativa da Taxa de Fil-tração Glomerular, derivada da análise da crea-tinina sérica), com grandes repercussões para clí-nicos e para laboratórios.

Em seguida, a Federação Internacional de Quí-mica Clínica e Medicina Laboratorial (IFCC) e a Associação Mundial das Sociedades de Patologia e Medicina Laboratorial (WASPaLM) criaram uma primeira força tarefa (FT) conjunta IFCC-WASPaLM em DRC (IFCC-WASPaLM Task Force on Chronic Kidney Disease) e lideraram o projeto de padronização dos ensaios de creatinina para cri-ar padrões calibradores, definir o método de re-ferência (ID-MS) de análise e produzir recomen-dações específicas para os laboratórios médicos, como a fórmula recomendada para eTFG, a for-ma de relato dos resultados, entre outros. Atual-mente, a FT em DRC é coliderada pelos médicos Flavio Alcantara (Brasil), pela WASPaLM, e Gra-ham Jones (Austrália), pela IFCC.

A SBPC/ML e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) logo endossaram e reforçaram essas reco-mendações e publicaram o “Passo a passo da im-plantação da estimativa da taxa de filtração glo-merular (eTFG)”, disponível no site da SBPC/ML (www.sbpc.org.br) e na Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br).

Em 2012, a definição de DRC foi ampliada para seis categorias de TFG (incluindo a 3a e a 3b), e

foi incorporada a classificação de três categorias de albumina urinária — idealmente, expressas como “relação albumina urinária/creatinina uri-nária” (rAlbU/creaU ou rAC) A1 < 30mg/gr; A2 = 30 a 300mg/gr e A3 > 300mg/gr. A insuficiência re-nal é definida apenas quando a alteração labora-torial (eTFG < 60 mL/min x 1,73m² ou a rAC > 30mg/g) persiste por um prazo superior a três meses (ver tabela).

Hoje, o laboratório clínico tem um papel central na definição, classificação, prognóstico e moni-toramento da DRC, apoiando decisões clínicas embasadas e padronizadas. A maioria dos médi-cos não nefrologistas ainda não conhece vários aspectos que cercam o uso da eTFG e precisam do apoio do colega no laboratório.

Este deve, portanto, estar bem informado acer-ca de como relatar os resultados e quando não re-latá-los. Deve saber qual a fórmula recomenda-da para adultos e para crianças e precisa enten-der a interpretação da unidade do resultado em “mL/min x 1,73m²”. É importante conhecer a in-fluência dos principais interferentes para eTFG (massa muscular, dieta, medicações, limites de idade em crianças e idosos, influência da raça em negros, não negros e orientais etc), e para a “Relação Album Ur/creat Ur” (ITU, menstrua-ção, febre, proteinúria ortostática e massa mus-cular, entre outros).

O laboratório deve, também, conhecer o desem-penho desses ensaios (precisão e exatidão) para saber quando e como confirmar resultados altera-dos e quais os testes alternativos recomendados para casos específicos (clearance ou cistatina C).

Fundamentalmente, a DRC exige do laboratório o papel de educar os clínicos em suas duvidas quanto à importância e a interpretação desses resultados.

Foto

: div

ulg

açã

o

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 | 7776

Page 7: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

Reunião anual de auditores PALC

Nos dias 7 e 8 de novembro, sexta-feira e sábado, aconteceu, na se-de da SBPC/ML, no Rio de Janeiro, a reunião anual de auditores do Programa de Acreditação de Labo-ratórios Clínicos (PALC).

Esse tipo de encontro tem como principais objetivos harmonizar e atualizar condutas de auditoria, es-clarecer dúvidas, trocar informa-ções e experiências entre os audi-tores e discutir detalhes sobre a Nor-ma PALC e sua aplicação. Também houve uma palestra sobre citome-tria de fluxo e os aspectos que de-vem ser observados durante uma au-ditoria apresentada pela patologis-ta clínica e hematologista Nydia Ba-cal e pela biomédica Sonia Nozawa,

Participaram cerca de 50 auditores e membros da Comissão de Acredi-tação de Laboratórios Clínicos (CALC), da SBPC/ML, dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Gran-

de do Sul, Rio de Janeiro, Santa Cata-rina, São Paulo e do Distrito Federal. Na sexta à noite houve uma confra-ternização entre os presentes.

Os auditores do PALC são profissio-nais com conhecimento e vivência na área de laboratórios clínicos, o que possibilita a troca de experiên-cias entre auditores e a equipe do la-boratório auditado. Após a audito-ria, a CALC avalia a documentação e as informações coletadas pelos audi-tores e aprova a acreditação.

No site da SBPC/ML, página www.sbpc.org.br/palc, estão dispo-

níveis para consulta e download gra-tuitos a Norma PALC 2013, o Regula-mento do Laboratório (versão 04), além de artigos sobre acreditação.

Entre os dias 22 e 24 de outubro, o Programa de Acreditação de Labo-ratór ios C l ín icos (PALC) da SBPC/ML realizou um curso in com-pany para formação de auditor in-terno da qualidade para profissio-

nais do Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da Universida-de de São Paulo (HC FMUSP). Cursos in company são aqueles oferecidos exclusivamente para profissionais de uma determinada empresa, or-ganização ou instituição.

No curso do HC FMUSP participaram 25 pessoas. As instrutoras foram a gerente Técnica do PALC, Carla Cha-ves, e a auditora do Programa Heli-nete Filgueiras.

A programação dos cursos de audi-tor interno do PALC é intensa e abor-da o processo de acreditação PALC, organização geral e gestão, audito-ria da qualidade (conceitos, tipos de auditorias, perfil e capacitação de auditores, plano de auditoria, condução e relatórios), além de di-

versos itens relacionados à gestão: sistema da qualidade, documenta-ç ã o e r e g i s t r o s , n ã o -conformidades, reclamações de cli-entes e melhoria contínua, labora-tórios de apoio, fase pré-analítica, testes laboratoriais remotos (TLR), fase analítica, equipamentos, ga-rantia da qualidade, fase pós-analítica e dos laudos, informação técnica, pessoal, ambiental e da se-gurança, riscos e da segurança do paciente, sistema de informações laboratoriais.

A programação de cursos de forma-ção de auditor interno PALC é divul-g a d a n o s i t e d a S B P C / M L (www.sbpc.org.br) e na seção Agen-da de Notícias-Medicina Laborato-rial.

À frente do grupo: Carla Chaves, Helinete Filqueiras e o diretor científico da SBPC/ML,

Nairo Sumita (em primeiro plano)

Carla Chaves (gerente técnica do PALC), SoniaNozawa, Nydia Bachal e Wilson Shcolnik (diretor

de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML)

PALC faz curso em São Pauloin company

Foto

: Robert

o D

uart

e |

SBPC/M

LFoto

: Robert

o D

uart

e |

SBPC/M

L

Foto

: div

ulg

açã

o

Verde: baixo risco (sem nenhum marcador de doença renal, sem DRC); Amarelo: risco moderadamente aumentado; Laranja: alto risco; Vermelho: altíssimo risco.

Prognóstico de DRC por categorias de eTFG e de albuminúria(KDIGO: 2012)

Categorias de Albuminúria Persistente - Descrição e Limites

A1 A2 A3

Normal a levemente aumentado

Aumento moderado Aumento severo

< 30 > 30 < 300 > 300

> 90

60 a 89

45 a 59

30 a 44

15 a 29

<15

Normal ou Aumentada

Discreta diminuição

Moderada diminuição

Moderada a Severa diminuição

Severa diminuição

Falência renal

G1

G2

G3a

G3b

G4

G5

Cate

gori

as

de

2eT

FG

(m

L/m

in x

1,7

3m

")D

esc

rição e

Lim

ites

Flavio AlcântaraMédico patologista clínico, diretor Médico Associado do Instituto de Análises Clínicas de Santos

Dica do especialistaUso da eTFG junto com o valor da creatinina sérica

A prevalência da doença renal crônica (DRC) tem aumentado em todo o mundo e atinge 10% da po-pulação. No Brasil, os gastos com diálise e trans-plante consomem até 20% dos recursos do siste-ma de saúde.

Em resposta a esta epidemia, a Fundação Nacio-nal do Rim (NKF), dos EUA, iniciou um programa de prevenção da doença e, em 2002, produziu a nova definição de DRC, classificando-a em cinco categorias de eTFG (estimativa da Taxa de Fil-tração Glomerular, derivada da análise da crea-tinina sérica), com grandes repercussões para clí-nicos e para laboratórios.

Em seguida, a Federação Internacional de Quí-mica Clínica e Medicina Laboratorial (IFCC) e a Associação Mundial das Sociedades de Patologia e Medicina Laboratorial (WASPaLM) criaram uma primeira força tarefa (FT) conjunta IFCC-WASPaLM em DRC (IFCC-WASPaLM Task Force on Chronic Kidney Disease) e lideraram o projeto de padronização dos ensaios de creatinina para cri-ar padrões calibradores, definir o método de re-ferência (ID-MS) de análise e produzir recomen-dações específicas para os laboratórios médicos, como a fórmula recomendada para eTFG, a for-ma de relato dos resultados, entre outros. Atual-mente, a FT em DRC é coliderada pelos médicos Flavio Alcantara (Brasil), pela WASPaLM, e Gra-ham Jones (Austrália), pela IFCC.

A SBPC/ML e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) logo endossaram e reforçaram essas reco-mendações e publicaram o “Passo a passo da im-plantação da estimativa da taxa de filtração glo-merular (eTFG)”, disponível no site da SBPC/ML (www.sbpc.org.br) e na Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br).

Em 2012, a definição de DRC foi ampliada para seis categorias de TFG (incluindo a 3a e a 3b), e

foi incorporada a classificação de três categorias de albumina urinária — idealmente, expressas como “relação albumina urinária/creatinina uri-nária” (rAlbU/creaU ou rAC) A1 < 30mg/gr; A2 = 30 a 300mg/gr e A3 > 300mg/gr. A insuficiência re-nal é definida apenas quando a alteração labora-torial (eTFG < 60 mL/min x 1,73m² ou a rAC > 30mg/g) persiste por um prazo superior a três meses (ver tabela).

Hoje, o laboratório clínico tem um papel central na definição, classificação, prognóstico e moni-toramento da DRC, apoiando decisões clínicas embasadas e padronizadas. A maioria dos médi-cos não nefrologistas ainda não conhece vários aspectos que cercam o uso da eTFG e precisam do apoio do colega no laboratório.

Este deve, portanto, estar bem informado acer-ca de como relatar os resultados e quando não re-latá-los. Deve saber qual a fórmula recomenda-da para adultos e para crianças e precisa enten-der a interpretação da unidade do resultado em “mL/min x 1,73m²”. É importante conhecer a in-fluência dos principais interferentes para eTFG (massa muscular, dieta, medicações, limites de idade em crianças e idosos, influência da raça em negros, não negros e orientais etc), e para a “Relação Album Ur/creat Ur” (ITU, menstrua-ção, febre, proteinúria ortostática e massa mus-cular, entre outros).

O laboratório deve, também, conhecer o desem-penho desses ensaios (precisão e exatidão) para saber quando e como confirmar resultados altera-dos e quais os testes alternativos recomendados para casos específicos (clearance ou cistatina C).

Fundamentalmente, a DRC exige do laboratório o papel de educar os clínicos em suas duvidas quanto à importância e a interpretação desses resultados.

Foto

: div

ulg

açã

o

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 | 7776

Page 8: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

Em busca do uso racional de recursos laboratoriaisA realização de exames de laboratório sem indicação

clínica consistente ou de forma inapropriada pode

ter impacto na segurança do paciente, no raciocínio

diagnóstico e nos custos do atendimento

Estudos realizados pela Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DLC-HC FMUSP) apontam uma tendência preocupante: nos últimos anos, alguns testes de laboratório realiza-dos nessa instituição têm sido usa-dos em uma frequência acima daquela descrita na literatura pelas universidades no exterior. De acordo com Alberto José da Silva Duarte, professor titular da disciplina de Patologia Clínica da Faculdade de Medicina da USP e diretor da DLC-HC FMUSP, isso tem levado ao abandono da primazia lógica do raciocínio clí-nico de diagnóstico em investiga-ções e acompanhamentos, o que aumenta as chances de erros cogni-tivos. Além disso, coletas de sangue excessivas podem expor os pacien-tes hospitalizados a riscos, como a expoliação sanguínea e manipula-ções desnecessárias. Outro fator importante é o desperdício de recur-sos financeiros envolvidos na cadeia de um exame laboratorial.

Para tentar combater essa tendên-cia, o HC FMUSP criou o comitê “Uso Racional do Laboratório Clínico”, for-mado pelos médicos Alberto José da Silva Duarte, Arnaldo Lichtenstein, Francisco de Aguiar, Luiz Augusto Mar-condes Fonseca, Leandro Tanigushi, Maria Mirtes Sales, Mario Ferreira e Nairo Sumita. Seus principais objeti-

vos são estimular o uso racional dos recursos laboratoriais e apresentar propostas para melhoria da qualida-de da assistência médica, com utili-zação adequada de recursos humanos e financeiros. Um exemplo é a suges-tão de regras para a solicitação do cál-cio iônico e proteína C-reativa em uni-dades de terapia intensiva, pronto-socorro, enfermarias e ambulatórios.

A proposta é promover mais conforto e segurança aos pacientes e eliminar desperdícios decorrentes de indica-ções desnecessárias. Os membros do comitê acreditam que, dessa forma, conseguirão aperfeiçoar a qualidade da assistência médica no hospital. Eles avaliam que é uma tarefa bas-tante complexa e delicada, uma vez que o uso excessivo de exames labo-ratoriais tem se mostrado uma ten-dência mundial.

“Trata-se de um projeto inédito e ambicioso coordenado pelo Prof. Alberto Duarte, com vistas a integra-ção do corpo clínico com os patolo-gistas clínicos da Divisão de Labora-tório Central visando mudança de paradigmas e a conscientização acer-ca da necessidade de utilizar de for-ma criteriosa e racional os recursos diagnósticos disponíveis. Entende-mos que este projeto será de grande valia para a melhoria na qualidade do ensino de graduação e na residên-cia médica, bem como resultará num incremento significativo à segurança

do paciente”, acrescenta Nairo Sumita, diretor cientí-fico da SBPC/ML e membro do comitê.

“Sabemos que o aumento da expectativa de vida da população, o advento de novos testes e a realização de exames na área da medicina preventiva estão contribu-indo para esse aumento. Também temos claro que exis-te o entendimento entre pacientes e médicos de que recursos diagnósticos disponíveis se associam a uma medicina mais resolutiva e segura. Por tudo isso, demonstrar que uma solicitação de exame foi inade-quada é algo muito difícil sem que se contextualize o caso”, explica Maria Mirtes Sales, médica assistente da DLC-HC FMUSP e coordenadora do comitê.

Custos desnecessários

Outro fator relevante são as implicações econômicas. Segundo o patologista clínico Stanley Nigro, diretor do Laboratório Central da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e associado da SBPC/ML, as solicitações excessivas de testes laboratoriais geram custos desnecessários tanto para quem executa o exa-me como para quem paga por esta prática.

“De um lado, está o Estado, as operadoras ou o próprio paciente que gastam recursos que poderiam ser empregados em procedimentos ou exames com melhor poder diagnóstico. E, no que se refere ao labo-ratório clínico, as glosas pertinentes a tais exames que geram prejuízos e retrabalho para as equipes de cobrança”, avalia Nigro.

Ele relaciona também vários motivos que levam o médico a pedir exames, como dados insuficientes na história clínica, modismo, confirmação diagnóstica, decisão terapêutica, acompanhamento evolutivo e amparo judicial. “Dentre esses, considero dois de gran-de importância: a história clinica mal feita e o amparo judicial”, observa.

De acordo com Nigro, a história clínica acompanhada de um exame físico incompleto pode interferir no diag-nóstico do profissional de saúde. “Quando bem feitas, com princípios éticos e técnicos, além de colaborarem para 80% das informações necessárias para o correto diagnóstico, contribuem também para o bom relacio-namento entre o médico e o paciente. Quando esse relacionamento é valorizado, cria-se um círculo de confiança. A quebra deste relacionamento faz com que o segundo motivo seja importante: o amparo judi-cial”, afirma.

Diferentes realidades

Embasado por vasta literatura médica e por dados clí-nicos e laboratoriais coletados, o comitê do HC FMUSP está em funcionamento desde 2011, e seus membros vêm preparando material com alternativas para rever-ter o quadro atual. Mas, na opinião de Mirtes Sales, o sistema de saúde brasileiro pode ainda não estar pron-to para implementar essas soluções.

“Temos universos paralelos em nosso país e, às vezes, o maior risco a que um paciente pode ser submetido não é o excesso de exames, mas a falta de acesso a

Francisco José Bueno de Aguiar, Leandro Taniguchi, Luiz Augusto Marcondes Fonseca, Alberto José da Silva Duarte, Maria Mirtes Sales, Arnaldo Lichtenstein, Mario Ferreira Junior e Nairo M. Sumita

Foto

: div

ulg

açã

o

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |888 999

Page 9: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

Em busca do uso racional de recursos laboratoriaisA realização de exames de laboratório sem indicação

clínica consistente ou de forma inapropriada pode

ter impacto na segurança do paciente, no raciocínio

diagnóstico e nos custos do atendimento

Estudos realizados pela Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DLC-HC FMUSP) apontam uma tendência preocupante: nos últimos anos, alguns testes de laboratório realiza-dos nessa instituição têm sido usa-dos em uma frequência acima daquela descrita na literatura pelas universidades no exterior. De acordo com Alberto José da Silva Duarte, professor titular da disciplina de Patologia Clínica da Faculdade de Medicina da USP e diretor da DLC-HC FMUSP, isso tem levado ao abandono da primazia lógica do raciocínio clí-nico de diagnóstico em investiga-ções e acompanhamentos, o que aumenta as chances de erros cogni-tivos. Além disso, coletas de sangue excessivas podem expor os pacien-tes hospitalizados a riscos, como a expoliação sanguínea e manipula-ções desnecessárias. Outro fator importante é o desperdício de recur-sos financeiros envolvidos na cadeia de um exame laboratorial.

Para tentar combater essa tendên-cia, o HC FMUSP criou o comitê “Uso Racional do Laboratório Clínico”, for-mado pelos médicos Alberto José da Silva Duarte, Arnaldo Lichtenstein, Francisco de Aguiar, Luiz Augusto Mar-condes Fonseca, Leandro Tanigushi, Maria Mirtes Sales, Mario Ferreira e Nairo Sumita. Seus principais objeti-

vos são estimular o uso racional dos recursos laboratoriais e apresentar propostas para melhoria da qualida-de da assistência médica, com utili-zação adequada de recursos humanos e financeiros. Um exemplo é a suges-tão de regras para a solicitação do cál-cio iônico e proteína C-reativa em uni-dades de terapia intensiva, pronto-socorro, enfermarias e ambulatórios.

A proposta é promover mais conforto e segurança aos pacientes e eliminar desperdícios decorrentes de indica-ções desnecessárias. Os membros do comitê acreditam que, dessa forma, conseguirão aperfeiçoar a qualidade da assistência médica no hospital. Eles avaliam que é uma tarefa bas-tante complexa e delicada, uma vez que o uso excessivo de exames labo-ratoriais tem se mostrado uma ten-dência mundial.

“Trata-se de um projeto inédito e ambicioso coordenado pelo Prof. Alberto Duarte, com vistas a integra-ção do corpo clínico com os patolo-gistas clínicos da Divisão de Labora-tório Central visando mudança de paradigmas e a conscientização acer-ca da necessidade de utilizar de for-ma criteriosa e racional os recursos diagnósticos disponíveis. Entende-mos que este projeto será de grande valia para a melhoria na qualidade do ensino de graduação e na residên-cia médica, bem como resultará num incremento significativo à segurança

do paciente”, acrescenta Nairo Sumita, diretor cientí-fico da SBPC/ML e membro do comitê.

“Sabemos que o aumento da expectativa de vida da população, o advento de novos testes e a realização de exames na área da medicina preventiva estão contribu-indo para esse aumento. Também temos claro que exis-te o entendimento entre pacientes e médicos de que recursos diagnósticos disponíveis se associam a uma medicina mais resolutiva e segura. Por tudo isso, demonstrar que uma solicitação de exame foi inade-quada é algo muito difícil sem que se contextualize o caso”, explica Maria Mirtes Sales, médica assistente da DLC-HC FMUSP e coordenadora do comitê.

Custos desnecessários

Outro fator relevante são as implicações econômicas. Segundo o patologista clínico Stanley Nigro, diretor do Laboratório Central da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e associado da SBPC/ML, as solicitações excessivas de testes laboratoriais geram custos desnecessários tanto para quem executa o exa-me como para quem paga por esta prática.

“De um lado, está o Estado, as operadoras ou o próprio paciente que gastam recursos que poderiam ser empregados em procedimentos ou exames com melhor poder diagnóstico. E, no que se refere ao labo-ratório clínico, as glosas pertinentes a tais exames que geram prejuízos e retrabalho para as equipes de cobrança”, avalia Nigro.

Ele relaciona também vários motivos que levam o médico a pedir exames, como dados insuficientes na história clínica, modismo, confirmação diagnóstica, decisão terapêutica, acompanhamento evolutivo e amparo judicial. “Dentre esses, considero dois de gran-de importância: a história clinica mal feita e o amparo judicial”, observa.

De acordo com Nigro, a história clínica acompanhada de um exame físico incompleto pode interferir no diag-nóstico do profissional de saúde. “Quando bem feitas, com princípios éticos e técnicos, além de colaborarem para 80% das informações necessárias para o correto diagnóstico, contribuem também para o bom relacio-namento entre o médico e o paciente. Quando esse relacionamento é valorizado, cria-se um círculo de confiança. A quebra deste relacionamento faz com que o segundo motivo seja importante: o amparo judi-cial”, afirma.

Diferentes realidades

Embasado por vasta literatura médica e por dados clí-nicos e laboratoriais coletados, o comitê do HC FMUSP está em funcionamento desde 2011, e seus membros vêm preparando material com alternativas para rever-ter o quadro atual. Mas, na opinião de Mirtes Sales, o sistema de saúde brasileiro pode ainda não estar pron-to para implementar essas soluções.

“Temos universos paralelos em nosso país e, às vezes, o maior risco a que um paciente pode ser submetido não é o excesso de exames, mas a falta de acesso a

Francisco José Bueno de Aguiar, Leandro Taniguchi, Luiz Augusto Marcondes Fonseca, Alberto José da Silva Duarte, Maria Mirtes Sales, Arnaldo Lichtenstein, Mario Ferreira Junior e Nairo M. Sumita

Foto

: div

ulg

açã

o

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |888 999

Page 10: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

pre ouvi dos meus mestres, 'A clínica é soberana', cada vez se tornou mais importante”.

Segundo ele, um exame laboratorial somente gera incerteza do clínico quando ele é indevidamente soli-citado, isto é, quando a história clínica e o exame físi-co são mal feitos.

Mas também pode ser resultado do desconhecimento sobre exames mais adequados, na opinião do patolo-gista clínico. “Não é raro nos depararmos com pedidos de exames como mucoproteínas, células LE e Waaler Rose. Muitos testes antigos para auxílio diagnóstico de doenças já foram substituídos por testes com maior sensibilidade e especificidade.”

Para os membros do comitê, a ação balizadora é forta-lecer o ensino da patologia clínica na graduação do cur-so de medicina. O acesso a protocolos padronizados dentro do seu local de trabalho também pode contri-buir para melhorar a atuação dos novos profissionais. Diretrizes técnico-científicas elaboradas por reconhe-cidas sociedades médicas, em conjunto com os especi-alistas do laboratório, podem educar e auxiliar médi-cos e pacientes.

Mirtes Sales chama a atenção para a necessidade de se melhorar aspectos de tecnologia da informação para armazenamento e compartilhamento de dados. “Muitos exames são solicitados em duplicidade porque não exis-

te compartilhamento de dados entre as diversas institui-ções de saúde públicas e privadas. Entramos no século 21 e, em geral, a cada novo atendimento temos de come-çar do zero, pois o histórico clínico e laboratorial encon-tra-se disperso nos diversos centros de saúde nos quais o paciente foi avaliado. Isso é um atraso em termos de ges-tão de recursos humanos e financeiros”, observa.

Segundo Stanley Nigro, algumas vezes não se consulta adequadamente a evolução clínica do paciente para saber se o exame foi ou não solicitado.

Residência médica

Um dos desafios da patologia clínica no HC FMUSP é for-matar um programa de residência médica suficiente-mente abrangente e consistente para formar profissio-nais capacitados em todas as áreas diagnósticas. O pri-meiro ano seria em clínica médica, seguindo-se dois de estágios em diversas áreas do conhecimento laborato-rial. Posteriormente, haveria a possibilidade de subes-pecialização em áreas específicas. Isso contribuiria tanto para aumentar a interação com usuários do labo-ratório quanto para fortalecer uma visão de medicina mais personalizada e alicerçada em evidências.

A inclusão do ensino da Patologia Clínica na graduação em medicina certamente evoluiria essa questão, já que, para melhorar a prática médica assistencial nessa área é preciso investir na formação do médico e banir

Exames em dobradinha

Exames em dobradinha

O patologista clínico Stanley Ni-gro participou de uma mesa re-donda sobre uso racional do labo-ratório clínico, realizada no 48º Congresso da SBPC/ML, em se-tembro de 2014, no Rio de Janei-ro. Em sua palestra ele citou al-guns exames “em dobradinha” que considera desnecessária, co-mo AST/ALT, fosfatase alcali-na/gama GT e creatinina/ureia. Segundo Nigro, quando um médi-co solicita um exame laboratorial ele precisa ter em mente algumas considerações: em quais tecidos o analito encontra-se presente; quais condições clínicas que alte-ram seus valores séricos; e qual analito é mais sensível/específico para o órgão envolvido na condi-ção clínica pesquisada.

“Com base nessas informações, observamos que muitos exames são solicitados em dobradinhas. É justamente neste aspecto que o patologista clínico torna-se im-portante”, afirma.

Como exemplo, ele cita a fosfata-se alcalina, que muitos clínicos as-sociam a quadros de colesterol, mas esquecem que condições co-mo estirão do crescimento, ges-tação no terceiro trimestre e le-sões na mucosa gastrointestinal podem ser responsáveis por seus aumentos.

“Daí a importância da gama GT por-que, além de ser a enzima mais sen-sível do fígado, não está elevada nas condições citadas acima. Quan-do analisamos AST/ALT, sabemos que a ALT é a enzima mais específi-ca do fígado. A AST está presente não somente no fígado, mas nas he-mácias, no tecido muscular estria-do e liso. Pacientes com disfunção renal são melhor diagnosticados com a dosagem de creatinina quan-do comparada à dosagem de ureia. Condições como sangramentos in-testinais volumosos podem elevar isoladamente os valores de ureia”, explica Stanley Nigro.

Foto

: div

ulg

açã

o

eles. Sabemos que o laboratório apoia a maioria das decisões médicas e temos alguns cenários nacionais em que o médico atua quase completamente desam-parado dessa infraestrutura”, reconhece a médica.

Segundo ela, alguns pacientes absorveram o concei-to “quanto mais exames melhor” e desconhecem que realizar exames sem indicação aumenta a fre-quência de resultados falsos positivos. O reflexo dis-so pode ser a adoção de uma sequência de condutas médicas desnecessárias.

“Esse é um momento muito delicado da consulta médi-ca. Estamos vivenciando a era dos exames de sequen-ciamento do genoma humano, e não é raro o paciente desejar saber se possui mutações — ou outras altera-ções no seu DNA — que possam lhe conferir risco de desenvolver doenças no futuro. No entanto, essa asso-ciação nem sempre é verdadeira. Um resultado positi-

vo nessa área pode não ter nenhum significado clínico e causar sérios agravos psicológicos para o paciente e sua família”, alerta Mirtes Sales.

Consideradas todas essas questões e particularidades, os membros do comitê acreditam que a solução para o uso racional dos testes de laboratório está nas mãos de cada instituição e que o número de exames coletados vai depender do perfil do serviço de saúde. A institui-ção que atende casos de alta complexidade, por exem-plo, terá pacientes com várias morbidades e, algumas vezes, múltiplos diagnósticos. Seguramente, esses pacientes serão mais monitorados laboratorialmente que outros atendidos na rede básica. Os dados numéri-cos são muito importantes, pois o que a equipe médica pretende não é apenas correlacionar o número de exa-mes com patologias específicas, mas estudar padrões de repetição desses exames em diagnósticos firmados e em cenários de normalidade.

Educação

Outro problema apontado pelos médicos diz respeito à educação que, segundo eles, precisa ser revista para que essa situação seja minimizada ou solucionada. Segundo Nigro, a importância da patologia clinica no ensino está em mostrar aos médicos que um resultado pode ser decorrente de várias outras situações, não somente das condições clinicas mais corriqueiras.

“O laboratório sempre foi tratado em muitas escolas como um complemento do ensino médico. No entanto, é um complemento importante. Quando terminei minha residência em patologia clínica, a frase que sem-

Em época de constante avanço tecnológico na área médica, é necessário investir

constantemente em inovação para manter o laboratório clínico funcionando com

qualidade e confiabilidade. No entanto, equilibrar a balança nessa área é ainda

bastante complicado, como demonstram as informações levantadas pelo comitê

“Uso Racional do Laboratório Clínico”.

Segundo os médicos, é preciso chegar a um modelo mais justo, que recompense os

constantes investimentos em incrementos tecnológicos.

“É um absurdo que exames que sofreram grandes atualizações metodológicas

continuem sendo remunerados como se estivéssemos nos anos 1990. Adicionalmente,

muitos custos são gerados para a adequada operação dos bons laboratórios clínicos,

como investimentos em programas de certificação de qualidade, em sistemas de

informática — que conferem mais segurança na liberação dos resultados — e na

contratação de profissionais com alto grau de especialização”, pondera Mirtes Sales.

AVA N Ç O AVA N Ç O AVA N Ç O AVA N Ç O AVA N Ç O AVA N Ç O V E R S U S REMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃO

A solução para o uso racional

dos testes de laboratório está

nas mãos de cada instituição.

O número de exames

coletados vai depender do

perfil do serviço de saúde

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |101010 111111

Page 11: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

pre ouvi dos meus mestres, 'A clínica é soberana', cada vez se tornou mais importante”.

Segundo ele, um exame laboratorial somente gera incerteza do clínico quando ele é indevidamente soli-citado, isto é, quando a história clínica e o exame físi-co são mal feitos.

Mas também pode ser resultado do desconhecimento sobre exames mais adequados, na opinião do patolo-gista clínico. “Não é raro nos depararmos com pedidos de exames como mucoproteínas, células LE e Waaler Rose. Muitos testes antigos para auxílio diagnóstico de doenças já foram substituídos por testes com maior sensibilidade e especificidade.”

Para os membros do comitê, a ação balizadora é forta-lecer o ensino da patologia clínica na graduação do cur-so de medicina. O acesso a protocolos padronizados dentro do seu local de trabalho também pode contri-buir para melhorar a atuação dos novos profissionais. Diretrizes técnico-científicas elaboradas por reconhe-cidas sociedades médicas, em conjunto com os especi-alistas do laboratório, podem educar e auxiliar médi-cos e pacientes.

Mirtes Sales chama a atenção para a necessidade de se melhorar aspectos de tecnologia da informação para armazenamento e compartilhamento de dados. “Muitos exames são solicitados em duplicidade porque não exis-

te compartilhamento de dados entre as diversas institui-ções de saúde públicas e privadas. Entramos no século 21 e, em geral, a cada novo atendimento temos de come-çar do zero, pois o histórico clínico e laboratorial encon-tra-se disperso nos diversos centros de saúde nos quais o paciente foi avaliado. Isso é um atraso em termos de ges-tão de recursos humanos e financeiros”, observa.

Segundo Stanley Nigro, algumas vezes não se consulta adequadamente a evolução clínica do paciente para saber se o exame foi ou não solicitado.

Residência médica

Um dos desafios da patologia clínica no HC FMUSP é for-matar um programa de residência médica suficiente-mente abrangente e consistente para formar profissio-nais capacitados em todas as áreas diagnósticas. O pri-meiro ano seria em clínica médica, seguindo-se dois de estágios em diversas áreas do conhecimento laborato-rial. Posteriormente, haveria a possibilidade de subes-pecialização em áreas específicas. Isso contribuiria tanto para aumentar a interação com usuários do labo-ratório quanto para fortalecer uma visão de medicina mais personalizada e alicerçada em evidências.

A inclusão do ensino da Patologia Clínica na graduação em medicina certamente evoluiria essa questão, já que, para melhorar a prática médica assistencial nessa área é preciso investir na formação do médico e banir

Exames em dobradinha

Exames em dobradinha

O patologista clínico Stanley Ni-gro participou de uma mesa re-donda sobre uso racional do labo-ratório clínico, realizada no 48º Congresso da SBPC/ML, em se-tembro de 2014, no Rio de Janei-ro. Em sua palestra ele citou al-guns exames “em dobradinha” que considera desnecessária, co-mo AST/ALT, fosfatase alcali-na/gama GT e creatinina/ureia. Segundo Nigro, quando um médi-co solicita um exame laboratorial ele precisa ter em mente algumas considerações: em quais tecidos o analito encontra-se presente; quais condições clínicas que alte-ram seus valores séricos; e qual analito é mais sensível/específico para o órgão envolvido na condi-ção clínica pesquisada.

“Com base nessas informações, observamos que muitos exames são solicitados em dobradinhas. É justamente neste aspecto que o patologista clínico torna-se im-portante”, afirma.

Como exemplo, ele cita a fosfata-se alcalina, que muitos clínicos as-sociam a quadros de colesterol, mas esquecem que condições co-mo estirão do crescimento, ges-tação no terceiro trimestre e le-sões na mucosa gastrointestinal podem ser responsáveis por seus aumentos.

“Daí a importância da gama GT por-que, além de ser a enzima mais sen-sível do fígado, não está elevada nas condições citadas acima. Quan-do analisamos AST/ALT, sabemos que a ALT é a enzima mais específi-ca do fígado. A AST está presente não somente no fígado, mas nas he-mácias, no tecido muscular estria-do e liso. Pacientes com disfunção renal são melhor diagnosticados com a dosagem de creatinina quan-do comparada à dosagem de ureia. Condições como sangramentos in-testinais volumosos podem elevar isoladamente os valores de ureia”, explica Stanley Nigro.

Foto

: div

ulg

açã

o

eles. Sabemos que o laboratório apoia a maioria das decisões médicas e temos alguns cenários nacionais em que o médico atua quase completamente desam-parado dessa infraestrutura”, reconhece a médica.

Segundo ela, alguns pacientes absorveram o concei-to “quanto mais exames melhor” e desconhecem que realizar exames sem indicação aumenta a fre-quência de resultados falsos positivos. O reflexo dis-so pode ser a adoção de uma sequência de condutas médicas desnecessárias.

“Esse é um momento muito delicado da consulta médi-ca. Estamos vivenciando a era dos exames de sequen-ciamento do genoma humano, e não é raro o paciente desejar saber se possui mutações — ou outras altera-ções no seu DNA — que possam lhe conferir risco de desenvolver doenças no futuro. No entanto, essa asso-ciação nem sempre é verdadeira. Um resultado positi-

vo nessa área pode não ter nenhum significado clínico e causar sérios agravos psicológicos para o paciente e sua família”, alerta Mirtes Sales.

Consideradas todas essas questões e particularidades, os membros do comitê acreditam que a solução para o uso racional dos testes de laboratório está nas mãos de cada instituição e que o número de exames coletados vai depender do perfil do serviço de saúde. A institui-ção que atende casos de alta complexidade, por exem-plo, terá pacientes com várias morbidades e, algumas vezes, múltiplos diagnósticos. Seguramente, esses pacientes serão mais monitorados laboratorialmente que outros atendidos na rede básica. Os dados numéri-cos são muito importantes, pois o que a equipe médica pretende não é apenas correlacionar o número de exa-mes com patologias específicas, mas estudar padrões de repetição desses exames em diagnósticos firmados e em cenários de normalidade.

Educação

Outro problema apontado pelos médicos diz respeito à educação que, segundo eles, precisa ser revista para que essa situação seja minimizada ou solucionada. Segundo Nigro, a importância da patologia clinica no ensino está em mostrar aos médicos que um resultado pode ser decorrente de várias outras situações, não somente das condições clinicas mais corriqueiras.

“O laboratório sempre foi tratado em muitas escolas como um complemento do ensino médico. No entanto, é um complemento importante. Quando terminei minha residência em patologia clínica, a frase que sem-

Em época de constante avanço tecnológico na área médica, é necessário investir

constantemente em inovação para manter o laboratório clínico funcionando com

qualidade e confiabilidade. No entanto, equilibrar a balança nessa área é ainda

bastante complicado, como demonstram as informações levantadas pelo comitê

“Uso Racional do Laboratório Clínico”.

Segundo os médicos, é preciso chegar a um modelo mais justo, que recompense os

constantes investimentos em incrementos tecnológicos.

“É um absurdo que exames que sofreram grandes atualizações metodológicas

continuem sendo remunerados como se estivéssemos nos anos 1990. Adicionalmente,

muitos custos são gerados para a adequada operação dos bons laboratórios clínicos,

como investimentos em programas de certificação de qualidade, em sistemas de

informática — que conferem mais segurança na liberação dos resultados — e na

contratação de profissionais com alto grau de especialização”, pondera Mirtes Sales.

AVA N Ç O AVA N Ç O AVA N Ç O AVA N Ç O AVA N Ç O AVA N Ç O V E R S U S REMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃOREMUNERAÇÃO

A solução para o uso racional

dos testes de laboratório está

nas mãos de cada instituição.

O número de exames

coletados vai depender do

perfil do serviço de saúde

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |101010 111111

Page 12: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |121212 131313

Faça download dos livros lançados no Faça download dos livros lançados no

48º Congresso da SBPC/ML48º Congresso da SBPC/MLFaça download dos livros lançados no

48º Congresso da SBPC/MLFaça download dos livros lançados no Faça download dos livros lançados no

48º Congresso da SBPC/ML48º Congresso da SBPC/MLFaça download dos livros lançados no

48º Congresso da SBPC/ML

Apoio:Realização:

www.sbpc.org.br/timlDisponível para download em

Tecnologia da Informação em Medicina Laboratorial

interoperabilidade 2014de sistemas

Posicionamento da

Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): Boas Práticas em Microbiologia Clínica

A microbiologia clínica é uma das grandes áreas do laboratório clínico cuja atividade laboratorial, com vistas à elucidação diagnóstica. Pode ser caracterizada como de alta complexidade e se constituindo em um processo que desafia os profissionais dessa área de atuação.Esta obra tem como objetivo apresentar as Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), discutir as boas práticas em microbiologia clínica, com os tópicos relevantes e as dúvidas e questionamentos mais frequentes da rotina diária.O projeto contou com a participação de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais formadores de opinião e com grande expe-riência na área de microbiologia clínica.Este livro utiliza uma linguagem simples e direta para todos os profissionais do laboratório clínico da área de microbiologia e estudantes.

1.Área física do laboratório de microbiologia e legislação vigente2.Biossegurança3.Rotinas em microbiologia: 3.1. Urocultura 3.2. Hemocultura 3.3. Cultura de líquidos cavitários 3.4. Cultura de secreções e catéter 3.5. Cultura de fungos 3.6. Cultura para Candida 3.7. Cultura de líquor 3.8 .Cultura para micobactérias

O que você encontra neste livro:

Apoio: BD — BIOMÉRIEUX — PLASTLABOR — PROBAC — ROCHERealização: SBPC/ML — AMB

4. Antibiograma5. Controle interno da qualidade6. Ensaios de proficiência7. Biologia molecular no laboratório de microbiologia8. Espectrometria de massas MALDI-TOF em laboratório de microbiologia clínica: parâmetros conceitos pré e pós-analíticos úteis para a rotina.9. Infecções bacterianas emergentes10.Automação em microbiologia

11.Verificação e validação de procedimentos no laboratório de microbiologia clínica12.Treinamento e desenvolvimento13.Gestão de equipamentos no laboratório de microbiologia14.Indicadores da qualidade em microbiologia clínica

www.sbpc.org.br

Exemplo dos Estados Unidos

“Choosing wisely” (www.choosingwisely.org) é um programa criado pela Fundação ABIM, dos EUA, com o objetivo de promover o diálogo entre pagadores e pacientes e ajudá-los a tomar decisões baseadas em evidências, evitar a duplicidade de exames ou sua repetição e fa-zer somente os testes que são realmente necessários.Seguindo as recomendações desse programa, a American Society for Cli-nical Pathology (ASCP) relacionou cinco questões que devem ser deba-tidas entre médico e paciente antes de solicitar um teste laboratorial.

Não solicite triagem populacional para deficiência de Vitamina D 25-OHA deficiência de vitamina D é comum em muitas populações, especial-mente das altas latitudes nos meses de inverno e naquelas com limitada exposição ao sol. Aumentar o uso de suplementos de vitamina D e a expo-sição ao sol no verão são suficientes para a maioria dos pacientes saudá-veis. Exames laboratoriais são adequados para pacientes de maior risco quando os resultados forem utilizados para instituir uma terapia mais agressiva, como no caso de osteoporose, doença renal crônica, má absor-ção, algumas infecções e obesidade.

Não solicite exames para HPV em pacientes de baixo riscoAs diretrizes nos Estados Unidos recomendam exames para HPV em paci-entes com resultados anormais de Papanicolau e com outras indicações clínicas. Nos casos de HPV de alto risco é necessário fazer exames mais fre-quentes ou investigações mais aprofundadas (por exemplo, colposcopia e biópsia). Não há indicação médica para exames em casos de HPV de baixo risco (tipos de HPV que formam verrugas genitais ou alterações muito pe-quenas nas células do colo do útero) porque a infecção não está associada à progressão da doença e não há terapia recomendada para esses casos.

Evite solicitar exames de rotina pré-operatórios para cirurgias de baixo risco quando não há indicação clínicaMuitos testes pré-operatórios (geralmente, hemograma, tempo de pro-trombina, tempo de tromboplastina parcial, painel metabólico e urináli-se) realizados em pacientes de cirurgias eletivas dão resultados normais. Os achados que influenciam as decisões ocorrem em menos de 3% dos paci-entes testados. Na maioria dos casos não há eventos adversos em pacien-tes clinicamente estáveis submetidos a cirurgias eletivas, mesmo que se-ja identificado um resultado anormal. Testes pré-operatórios são reco-mendados em pacientes sintomáticos e naqueles com fatores de risco em que os resultados dos exames podem indicar paciente com classificação de risco cirúrgico.

Somente solicite teste de septina 9 para triagem de câncer de có-lon nos pacientes em que não é possível usar métodos diagnósti-cos convencionaisSeptina 9 é um exame de sangue para triagem de pacientes com câncer co-lorretal. Tem sensibilidade e especificidade semelhantes ao teste de san-gue oculto nas fezes e aos testes imunológicos fecais. Sua vantagem é que pode ser realizado em pacientes que recusam fazer outros exames ou colo-noscopia, mesmo quando há recomendação médica. Esse teste não deve ser usado como método diagnóstico padrão quando é possível adotar ou-tros procedimentos.

Não use o tempo de sangramento como referência para cuidados no pacienteO tempo de sangramento é um exame obsoleto e foi substituído pelos tes-tes de coagulação. Não há uma relação real entre o teste de sangramento e o risco real de sangramento do paciente. Além disso, esse teste deixa uma cicatriz no antebraço. Existem outros exames confiáveis de coagula-ção disponíveis para avaliar os riscos de sangramento.

1

2

3

4

5

completamente iniciativas de cer-ceamento da profissão que não contribuem em nada no relacio-namento com o paciente. “Temos que dar ao médico condições para exercer uma medicina moderna, resolutiva e sustentável”, defen-de Mirtes Sales.

A experiência já está em curso na Faculdade de Medicina da USP, onde um módulo de Patologia Clí-nica é ministrado no segundo e quarto anos. Na primeira vez em que aparece na grade curricular, o assunto é parte integrante do conteúdo da disciplina Patologia Geral e conta com atividades prá-ticas no laboratório e com a dis-cussão de casos clínicos reais. Já no quarto ano, o assunto se inte-gra a um conjunto formado por dez especialidades clínicas e dis-ponibiliza estações laboratoriais referentes a temas complemen-tares ao conteúdo que está sendo abordado na especialidade clíni-ca. A diferença é o desenvolvi-mento de atividades em grupos pequenos, de, no máximo, 12 alu-nos, o que possibilita mais intera-ção entre professor e alunos, segundo Maria Mirtes Sales.

“Considero este tema um dos mais importantes na medicina laboratorial atualmente, pois abrange as pautas científicas e de prática médica, as questões mer-cadológicas, tais como o modelo de remuneração e, principalmen-te, os tópicos relacionados à edu-cação”, diz Gustavo Campana, diretor de comunicação da SBPC/ML e editor chefe de Notíci-as-Medicina Laboratorial.

“A SBPC/ML contribui para a melhoria da medicina laboratorial disponibilizando diferentes servi-ços e produtos de informação, como revistas e jornais especiali-zados, publicações técnicas, qua-lidade — por meio do Programa de Acreditação de Laboratórios Clíni-cos — além de educação continua-da em cursos e eventos, como con-gressos e jornadas científicas”, conclui Campana.

Page 13: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |121212 131313

Faça download dos livros lançados no Faça download dos livros lançados no

48º Congresso da SBPC/ML48º Congresso da SBPC/MLFaça download dos livros lançados no

48º Congresso da SBPC/MLFaça download dos livros lançados no Faça download dos livros lançados no

48º Congresso da SBPC/ML48º Congresso da SBPC/MLFaça download dos livros lançados no

48º Congresso da SBPC/ML

Apoio:Realização:

www.sbpc.org.br/timlDisponível para download em

Tecnologia da Informação em Medicina Laboratorial

interoperabilidade 2014de sistemas

Posicionamento da

Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): Boas Práticas em Microbiologia Clínica

A microbiologia clínica é uma das grandes áreas do laboratório clínico cuja atividade laboratorial, com vistas à elucidação diagnóstica. Pode ser caracterizada como de alta complexidade e se constituindo em um processo que desafia os profissionais dessa área de atuação.Esta obra tem como objetivo apresentar as Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), discutir as boas práticas em microbiologia clínica, com os tópicos relevantes e as dúvidas e questionamentos mais frequentes da rotina diária.O projeto contou com a participação de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais formadores de opinião e com grande expe-riência na área de microbiologia clínica.Este livro utiliza uma linguagem simples e direta para todos os profissionais do laboratório clínico da área de microbiologia e estudantes.

1.Área física do laboratório de microbiologia e legislação vigente2.Biossegurança3.Rotinas em microbiologia: 3.1. Urocultura 3.2. Hemocultura 3.3. Cultura de líquidos cavitários 3.4. Cultura de secreções e catéter 3.5. Cultura de fungos 3.6. Cultura para Candida 3.7. Cultura de líquor 3.8 .Cultura para micobactérias

O que você encontra neste livro:

Apoio: BD — BIOMÉRIEUX — PLASTLABOR — PROBAC — ROCHERealização: SBPC/ML — AMB

4. Antibiograma5. Controle interno da qualidade6. Ensaios de proficiência7. Biologia molecular no laboratório de microbiologia8. Espectrometria de massas MALDI-TOF em laboratório de microbiologia clínica: parâmetros conceitos pré e pós-analíticos úteis para a rotina.9. Infecções bacterianas emergentes10.Automação em microbiologia

11.Verificação e validação de procedimentos no laboratório de microbiologia clínica12.Treinamento e desenvolvimento13.Gestão de equipamentos no laboratório de microbiologia14.Indicadores da qualidade em microbiologia clínica

www.sbpc.org.br

Exemplo dos Estados Unidos

“Choosing wisely” (www.choosingwisely.org) é um programa criado pela Fundação ABIM, dos EUA, com o objetivo de promover o diálogo entre pagadores e pacientes e ajudá-los a tomar decisões baseadas em evidências, evitar a duplicidade de exames ou sua repetição e fa-zer somente os testes que são realmente necessários.Seguindo as recomendações desse programa, a American Society for Cli-nical Pathology (ASCP) relacionou cinco questões que devem ser deba-tidas entre médico e paciente antes de solicitar um teste laboratorial.

Não solicite triagem populacional para deficiência de Vitamina D 25-OHA deficiência de vitamina D é comum em muitas populações, especial-mente das altas latitudes nos meses de inverno e naquelas com limitada exposição ao sol. Aumentar o uso de suplementos de vitamina D e a expo-sição ao sol no verão são suficientes para a maioria dos pacientes saudá-veis. Exames laboratoriais são adequados para pacientes de maior risco quando os resultados forem utilizados para instituir uma terapia mais agressiva, como no caso de osteoporose, doença renal crônica, má absor-ção, algumas infecções e obesidade.

Não solicite exames para HPV em pacientes de baixo riscoAs diretrizes nos Estados Unidos recomendam exames para HPV em paci-entes com resultados anormais de Papanicolau e com outras indicações clínicas. Nos casos de HPV de alto risco é necessário fazer exames mais fre-quentes ou investigações mais aprofundadas (por exemplo, colposcopia e biópsia). Não há indicação médica para exames em casos de HPV de baixo risco (tipos de HPV que formam verrugas genitais ou alterações muito pe-quenas nas células do colo do útero) porque a infecção não está associada à progressão da doença e não há terapia recomendada para esses casos.

Evite solicitar exames de rotina pré-operatórios para cirurgias de baixo risco quando não há indicação clínicaMuitos testes pré-operatórios (geralmente, hemograma, tempo de pro-trombina, tempo de tromboplastina parcial, painel metabólico e urináli-se) realizados em pacientes de cirurgias eletivas dão resultados normais. Os achados que influenciam as decisões ocorrem em menos de 3% dos paci-entes testados. Na maioria dos casos não há eventos adversos em pacien-tes clinicamente estáveis submetidos a cirurgias eletivas, mesmo que se-ja identificado um resultado anormal. Testes pré-operatórios são reco-mendados em pacientes sintomáticos e naqueles com fatores de risco em que os resultados dos exames podem indicar paciente com classificação de risco cirúrgico.

Somente solicite teste de septina 9 para triagem de câncer de có-lon nos pacientes em que não é possível usar métodos diagnósti-cos convencionaisSeptina 9 é um exame de sangue para triagem de pacientes com câncer co-lorretal. Tem sensibilidade e especificidade semelhantes ao teste de san-gue oculto nas fezes e aos testes imunológicos fecais. Sua vantagem é que pode ser realizado em pacientes que recusam fazer outros exames ou colo-noscopia, mesmo quando há recomendação médica. Esse teste não deve ser usado como método diagnóstico padrão quando é possível adotar ou-tros procedimentos.

Não use o tempo de sangramento como referência para cuidados no pacienteO tempo de sangramento é um exame obsoleto e foi substituído pelos tes-tes de coagulação. Não há uma relação real entre o teste de sangramento e o risco real de sangramento do paciente. Além disso, esse teste deixa uma cicatriz no antebraço. Existem outros exames confiáveis de coagula-ção disponíveis para avaliar os riscos de sangramento.

1

2

3

4

5

completamente iniciativas de cer-ceamento da profissão que não contribuem em nada no relacio-namento com o paciente. “Temos que dar ao médico condições para exercer uma medicina moderna, resolutiva e sustentável”, defen-de Mirtes Sales.

A experiência já está em curso na Faculdade de Medicina da USP, onde um módulo de Patologia Clí-nica é ministrado no segundo e quarto anos. Na primeira vez em que aparece na grade curricular, o assunto é parte integrante do conteúdo da disciplina Patologia Geral e conta com atividades prá-ticas no laboratório e com a dis-cussão de casos clínicos reais. Já no quarto ano, o assunto se inte-gra a um conjunto formado por dez especialidades clínicas e dis-ponibiliza estações laboratoriais referentes a temas complemen-tares ao conteúdo que está sendo abordado na especialidade clíni-ca. A diferença é o desenvolvi-mento de atividades em grupos pequenos, de, no máximo, 12 alu-nos, o que possibilita mais intera-ção entre professor e alunos, segundo Maria Mirtes Sales.

“Considero este tema um dos mais importantes na medicina laboratorial atualmente, pois abrange as pautas científicas e de prática médica, as questões mer-cadológicas, tais como o modelo de remuneração e, principalmen-te, os tópicos relacionados à edu-cação”, diz Gustavo Campana, diretor de comunicação da SBPC/ML e editor chefe de Notíci-as-Medicina Laboratorial.

“A SBPC/ML contribui para a melhoria da medicina laboratorial disponibilizando diferentes servi-ços e produtos de informação, como revistas e jornais especiali-zados, publicações técnicas, qua-lidade — por meio do Programa de Acreditação de Laboratórios Clíni-cos — além de educação continua-da em cursos e eventos, como con-gressos e jornadas científicas”, conclui Campana.

Page 14: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |141414 151515

www.sbpc.org.brwww.sbpc.org.brwww.sbpc.org.br

Rua Dois de Dezembro, 78, sala 909 - Rio de Janeiro - RJ - 22220-040Tel (21) 3077-1400 - Fax: (21) 2205-3386 - DDG 0800-023-15-75

[email protected]

NOTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL

Recentemente tem sido divulgada em diferentes veículos de imprensa uma nova tecnologia de realização de exames laboratori-ais disponível nos EUA, de propriedade da empresa Theranos.

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Sociedade de Especialidade Médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e afiliada à Associação Médica Brasileira que representa o profissional médico de laboratório — o Patologista Clínico — vê com satisfação as inovações tecnológicas que resultam em maior segurança aos pacientes e que auxi-liam o diagnóstico clínico. Neste caso, no entanto, ressaltamos que não foram publicados, até o momento, informações em veí-culos científicos que apresentem uma avaliação criteriosa dessa tecnologia e que nos permitam endossá-la ou desaprová-la.

A habilitação dos laboratórios clínicos no Brasil segue normativas definidas por agências reguladoras, tais como a Resolução RDC 302/2005 da ANVISA, que define as normas de funcionamento dos exames de laboratórios no país. Ela pontua as questões de qua-lidade e segurança necessárias nas unidades de coleta e nas áreas de processamento de exames.

A SBPC/ML entende que as farmácias brasileiras não atendem às normas vigentes para a coleta de materiais biológicos, não estan-do, portanto, no momento, habilitadas a realizar coletas e exames laboratoriais e oferecer serviços relacionados a esses exames.

As normativas das agências reguladoras destacam, entre outros aspectos, a necessidade de uma Responsabilidade Técnica assu-mida por profissional habilitado e a necessidade do gerenciamento da garantia da qualidade dos Testes Laboratoriais Remotos (TLR) por um laboratório clínico, incluindo validação e controles internos e externos da qualidade. São considerados Testes Labo-ratoriais Remotos os exames realizados fora do ambiente do laboratório clínico (à beira do leito do paciente, por exemplo) e que utilizam equipamentos portáteis e/ou semiportáteis para essa finalidade.

Nos veículos de imprensa também foram veiculadas notícias comparando preços dessa nova tecnologia com os exames feitos em laboratórios clínicos atualmente. Destacamos que os preços médios divulgados nessas reportagens referem-se aos valores prati-cados nos Estados Unidos para compra direta pelo consumidor. Além disso, esses preços são superiores aos praticados no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no pagamento dos mesmos exames, o que elimina uma das supostas vantagens apresentadas no noticiário.

No Brasil, os laboratórios clínicos respondem por apenas 5% dos gastos com saúde mas são responsáveis por 70% das informações para decisão médica. Em sua maioria, os laboratórios clínicos privados possuem relação comercial com as operadoras de saúde, que atuam como intermediárias, e cujas tabelas de preços são bastante defasadas e não sofrem reajustes há mais de dez anos.

Outra suposta vantagem divulgada nas notícias sobre o método da empresa Theranos — o uso de poucas gotas de sangue para ob-ter o resultado — não tem fundamento porque a quantidade de sangue colhida nos exames laboratoriais realizados atualmente em todo o mundo é pequena e não prejudica de modo algum a saúde do paciente.

O crescimento da utilização dos exames laboratoriais, desde que baseado em evidências científicas, é desejável e tem como causa principal as mudanças demográficas e tecnológicas que estamos vivendo, tais como o envelhecimento populacional, maior acesso à saúde suplementar pelo maior poder de compra da população, novas tecnologias com metodologias cientifica-mente comprovadas e a medicina preventiva.

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) representa 1.148 médicos especialistas em exercí-cio, distribuídos em parte das cerca de 15 mil unidades laboratoriais existentes no país. É de grande importância que, ao publicar matérias sobre nossa especialidade, sejamos convidados a participar e contribuir.

Criamos e mantemos, desde 1998, o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), que avalia sistematicamente os fluxos de exames e a qualidade dos laboratórios participantes, o que resulta em maior segurança ao paciente e garantia de confi-abilidade nos resultados dos exames solicitados pelos médicos.

A SBPC/ML também realiza diversos eventos e cursos de educação continuada para os profissionais de saúde relacionados ao labo-ratório clínico, com o objetivo de mantê-los atualizados em relação às novas técnicas e conhecimentos científicos.

Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2014

Paula Távora Presidente da SBPC/ML Biênio 2014/2015

Page 15: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |141414 151515

www.sbpc.org.brwww.sbpc.org.brwww.sbpc.org.br

Rua Dois de Dezembro, 78, sala 909 - Rio de Janeiro - RJ - 22220-040Tel (21) 3077-1400 - Fax: (21) 2205-3386 - DDG 0800-023-15-75

[email protected]

NOTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL

Recentemente tem sido divulgada em diferentes veículos de imprensa uma nova tecnologia de realização de exames laboratori-ais disponível nos EUA, de propriedade da empresa Theranos.

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Sociedade de Especialidade Médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e afiliada à Associação Médica Brasileira que representa o profissional médico de laboratório — o Patologista Clínico — vê com satisfação as inovações tecnológicas que resultam em maior segurança aos pacientes e que auxi-liam o diagnóstico clínico. Neste caso, no entanto, ressaltamos que não foram publicados, até o momento, informações em veí-culos científicos que apresentem uma avaliação criteriosa dessa tecnologia e que nos permitam endossá-la ou desaprová-la.

A habilitação dos laboratórios clínicos no Brasil segue normativas definidas por agências reguladoras, tais como a Resolução RDC 302/2005 da ANVISA, que define as normas de funcionamento dos exames de laboratórios no país. Ela pontua as questões de qua-lidade e segurança necessárias nas unidades de coleta e nas áreas de processamento de exames.

A SBPC/ML entende que as farmácias brasileiras não atendem às normas vigentes para a coleta de materiais biológicos, não estan-do, portanto, no momento, habilitadas a realizar coletas e exames laboratoriais e oferecer serviços relacionados a esses exames.

As normativas das agências reguladoras destacam, entre outros aspectos, a necessidade de uma Responsabilidade Técnica assu-mida por profissional habilitado e a necessidade do gerenciamento da garantia da qualidade dos Testes Laboratoriais Remotos (TLR) por um laboratório clínico, incluindo validação e controles internos e externos da qualidade. São considerados Testes Labo-ratoriais Remotos os exames realizados fora do ambiente do laboratório clínico (à beira do leito do paciente, por exemplo) e que utilizam equipamentos portáteis e/ou semiportáteis para essa finalidade.

Nos veículos de imprensa também foram veiculadas notícias comparando preços dessa nova tecnologia com os exames feitos em laboratórios clínicos atualmente. Destacamos que os preços médios divulgados nessas reportagens referem-se aos valores prati-cados nos Estados Unidos para compra direta pelo consumidor. Além disso, esses preços são superiores aos praticados no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no pagamento dos mesmos exames, o que elimina uma das supostas vantagens apresentadas no noticiário.

No Brasil, os laboratórios clínicos respondem por apenas 5% dos gastos com saúde mas são responsáveis por 70% das informações para decisão médica. Em sua maioria, os laboratórios clínicos privados possuem relação comercial com as operadoras de saúde, que atuam como intermediárias, e cujas tabelas de preços são bastante defasadas e não sofrem reajustes há mais de dez anos.

Outra suposta vantagem divulgada nas notícias sobre o método da empresa Theranos — o uso de poucas gotas de sangue para ob-ter o resultado — não tem fundamento porque a quantidade de sangue colhida nos exames laboratoriais realizados atualmente em todo o mundo é pequena e não prejudica de modo algum a saúde do paciente.

O crescimento da utilização dos exames laboratoriais, desde que baseado em evidências científicas, é desejável e tem como causa principal as mudanças demográficas e tecnológicas que estamos vivendo, tais como o envelhecimento populacional, maior acesso à saúde suplementar pelo maior poder de compra da população, novas tecnologias com metodologias cientifica-mente comprovadas e a medicina preventiva.

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) representa 1.148 médicos especialistas em exercí-cio, distribuídos em parte das cerca de 15 mil unidades laboratoriais existentes no país. É de grande importância que, ao publicar matérias sobre nossa especialidade, sejamos convidados a participar e contribuir.

Criamos e mantemos, desde 1998, o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), que avalia sistematicamente os fluxos de exames e a qualidade dos laboratórios participantes, o que resulta em maior segurança ao paciente e garantia de confi-abilidade nos resultados dos exames solicitados pelos médicos.

A SBPC/ML também realiza diversos eventos e cursos de educação continuada para os profissionais de saúde relacionados ao labo-ratório clínico, com o objetivo de mantê-los atualizados em relação às novas técnicas e conhecimentos científicos.

Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2014

Paula Távora Presidente da SBPC/ML Biênio 2014/2015

Page 16: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

A vice-diretora Científica da SBPC/ML, Luisane Viei-ra, tomou posse na presidência da Associação Latino-americana de Patologia Clínica/Medicina Laborato-rial (Alapac/ML) para o período 2014/2016. Também fazem parte da diretoria da Associação os diretores da SBPC/ML Armando Fonseca, Gustavo Campana, Claudia Meira e Wilson Shcolnik e a ex-presidente da SBPC/ML Marilene Melo.

A cerimônia de posse aconteceu no dia 8 de novembro, na sessão de encerramento do 22º Congresso Latino-americano de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e do 15º Congresso Uruguaio de Patologia Clínica, rea-lizados em Punta del Leste, Uruguai.

Durante o congresso também foi comemorado o 38º aniversário da Alapac/ML. Luisane Vieira substituiu na presidência Walter Alallón Villero, do Uruguai. Ela já participou de congressos anteriores da Alapac/ML no Uruguai, Peru, Equador e Cuba, apresentando cursos sobre acreditação.

“A principal missão deste mandato é organizar o próxi-mo congresso da Alapac/ML, que será no Rio de Janeiro, junto com o 50º Congresso da SBPC/ML, de 27 a 30 de se-tembro de 2016. Realizaremos também a 11ª Jornada Latino-americana de Residentes em Patologia Clínica, que será organizada pelo colega Nairo Sumita, diretor Científico da SBPC/ML. Neste evento esperamos contri-buir para a união dos futuros especialistas em torno das associações da especialidade e em prol do intercâmbio científico e cultural entre os países”, conta Vieira.

Qualidade e acreditaçãoOutra meta de sua gestão, acrescentou, é fortalecer o papel das sociedades de especialidade nos países da América Latina como autoridades em gestão da quali-dade e da acreditação de laboratórios clínicos, como ocorre com a SBPC/ML e com o PALC, que são reconhe-cidos pela comunidade laboratorial no Brasil e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Pre-tendemos contribuir compartilhando essa experiência com a comunidade laboratorial do continente”, diz a patologista clínica.

Em seu discurso de posse, Luisane Vieira aproveitou pa-ra convidar os presentes para o 49º Congresso da SBPC/ML, que será de 29 de setembro a 2 de outubro de 2015, em Fortaleza.

Participação brasileira desde o começo

Fundada oficialmente em 23 de setembro de 1976, na cida-de de Lima, Peru, a ata de criação da então Sociedade Lati-no-americana de Patologia Clínica — ainda sem a expressão “Medicina Laboratorial” em seu nome — foi assinada por re-presentantes do Brasil (Evaldo Melo, presidente da SBPC/ML em 1973/1975 e 1993/1995), Colômbia (Nora Merino), Equa-dor (Héctor Vintimilla Bravo), México (Guillermo Santos-coy), Peru (Guillermo Contreras), República Dominicana (Vi-cente de D'Sanctis) e Venezuela (José Gutiérrez Alfaro). Pa-ra a presidência Evaldo Melofoi eleito por aclamação.

Diretora da SBPC/ML assume presidência da Alapac/MLMandato é para o período 2014/2016. Outros membros da SBPC/ML também fazem parte da nova diretoria

Diretoria da Alapac/ML para 2014/2016

Presidente:

Luisane Vieira (Brasil)

Vice-presidente:

José Luis León Vega (Peru)

Secretário permanente:

José Carreón Moldíz (Bolívia)

Secretário:

Armando Fonseca (Brasil)

Vice-secretário substituto:

Gustavo Campana (Brasil)

Tesoureira:

Claudia Meira (Brasil)

Vice-presidências:

Atividades gremiais e coordenação:

Pedro Cladera Antúnez (Uruguai) e Enrique Abraham Marcel (Cuba)

Controle de qualidade e acreditação:

Klever Sáenz Flor (Equador) e Blanca Steffano (Uruguai)

Relações industriais:

Luis Narváez Grijalva (Equador), José Luis Hernández Montiel (México) e Edgar Muñóz Atahualpa (Peru)

Planos futuros:

Julio Sempértegui Vega (Equador), Wilson Shcolnik (Brasil) e Manuel Leiva Beraun (Peru)

Atividades científicas e educação:

Rosa García Escamilla (México) e Walter Alallón Villero (Uruguai)

Relações internacionais:

Marilene Melo (Brasil), Guillermo Aguilar Arenas (México) e Armando Moreno (Peru)

Editor da Revista Latino-americana de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial:

Enrique Navarrete Cadena (México)

Representante da WASPaLM:

Roberto Ruíz Arenas (México)

Membros aderentes:

Representante da Associação Bioquímica Argentina: Silvia Morilla

Representante da Sociedade Venezuelana de Bioanalistas Especialistas: Yaniska Franquiz

Nairo Sumita, Luisane Vieira e Paula Távora (SBPC/ML),José Gilberto Vieira (Unifesp), Alicia Olascoaga (Sociedade Uruguaia

de Patologia Clínica) e Wilson Shcolnik (SBPC/ML)

Luisane Vieira, Walter Alallón Villero (Uruguai) e o secretário permanenteda Alapac/ML, José Carreón Moldiz (Bolívia)

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

161616 171717

49° Congresso Brasileiro de

Patologia Clínica Medicina Laboratorial

1° Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial

e

Exposição Técnico-Científica

Fortaleza - CECentro de Eventos do Ceará

29 de setembroa 2 de outubro de

2015www.cbpcml.org.br

Sob o tema central “Integração para o diagnóstico” serão realizados, de 29 de setembro a 2 de outubro de 2015, em Fortaleza, o 49º Congres-so Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e o 1º Congres-so Brasileiro de Informática Laboratorial. O local é o Centro de Eventos do Ceará.

“A escolha deste tema reflete a visão atual da medicina laboratorial, na qual a integração com os clínicos e especialistas se faz prioritária em nossa prática. A medicina laboratorial não existe sem a interação com o médico assistente do paciente, pois não podemos separar o que separa-do não existe”, explica o presidente do 49º Congresso, o patologista clí-nico Tadeu Sobreira, presidente Regional da SBPC/ML no Ceará.

Ele acrescenta que o tema também reflete a crescente integração en-tre os vários meios diagnósticos, como os exames de imagem e anato-mopatológicos, nos chamados laudos integrados.

Tecnologia da informação

Tadeu Sobreira destaca que as diversas modalidades de integração tornam-se possíveis graças ao auxílio e a aplicação dos recursos da tecnologia da informação, fundamental para o bom funcionamento dos laboratórios.

“Isso trouxe a oportunidade de realizarmos o 1º Congresso de Informá-tica Laboratorial, simultaneamente ao 49º Congresso Brasileiro de Pato-logia Clínica/Medicina Laboratorial, o que representa um marco nos eventos da SBPC/ML”, afirma.

Simultaneamente aos dois congressos haverá a Exposição Técnico-científica, onde será apresentado o que há de mais moderno no merca-do de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios clínicos.

Integração para o diagnósticoTema central do 49º Congresso da SBPC/ML

Conforto e modernidadeA sede do 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e do 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial é o Centro de Eventos do Ce-ará, considerado um dos locais mais modernos, bem equipados e espaçosos atual-mente em uso para eventos de grande porte. Com 76 mil metros quadrados de área útil e estacionamento com 3,2 mil vagas — 1,76 mil cobertas —, destaca-se por ter sido projetado e construído segundo mo-dernos padrões e técnicas que visam a sustenta-bilidade e o respeito ao meio ambiente em seu funcionamento, que incluem o sistema de ar con-dicionado, iluminação “inteligente”, acessibili-dade aos portadores de necessidades especiais, além de outros recursos.

Centro de Eventos do Ceará Av. Washington Soares, bairro Edson Queiroza 8 km do Aeroporto Internacional de Fortaleza Pinto Martins

Foto: Divulgação

Page 17: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

A vice-diretora Científica da SBPC/ML, Luisane Viei-ra, tomou posse na presidência da Associação Latino-americana de Patologia Clínica/Medicina Laborato-rial (Alapac/ML) para o período 2014/2016. Também fazem parte da diretoria da Associação os diretores da SBPC/ML Armando Fonseca, Gustavo Campana, Claudia Meira e Wilson Shcolnik e a ex-presidente da SBPC/ML Marilene Melo.

A cerimônia de posse aconteceu no dia 8 de novembro, na sessão de encerramento do 22º Congresso Latino-americano de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e do 15º Congresso Uruguaio de Patologia Clínica, rea-lizados em Punta del Leste, Uruguai.

Durante o congresso também foi comemorado o 38º aniversário da Alapac/ML. Luisane Vieira substituiu na presidência Walter Alallón Villero, do Uruguai. Ela já participou de congressos anteriores da Alapac/ML no Uruguai, Peru, Equador e Cuba, apresentando cursos sobre acreditação.

“A principal missão deste mandato é organizar o próxi-mo congresso da Alapac/ML, que será no Rio de Janeiro, junto com o 50º Congresso da SBPC/ML, de 27 a 30 de se-tembro de 2016. Realizaremos também a 11ª Jornada Latino-americana de Residentes em Patologia Clínica, que será organizada pelo colega Nairo Sumita, diretor Científico da SBPC/ML. Neste evento esperamos contri-buir para a união dos futuros especialistas em torno das associações da especialidade e em prol do intercâmbio científico e cultural entre os países”, conta Vieira.

Qualidade e acreditaçãoOutra meta de sua gestão, acrescentou, é fortalecer o papel das sociedades de especialidade nos países da América Latina como autoridades em gestão da quali-dade e da acreditação de laboratórios clínicos, como ocorre com a SBPC/ML e com o PALC, que são reconhe-cidos pela comunidade laboratorial no Brasil e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Pre-tendemos contribuir compartilhando essa experiência com a comunidade laboratorial do continente”, diz a patologista clínica.

Em seu discurso de posse, Luisane Vieira aproveitou pa-ra convidar os presentes para o 49º Congresso da SBPC/ML, que será de 29 de setembro a 2 de outubro de 2015, em Fortaleza.

Participação brasileira desde o começo

Fundada oficialmente em 23 de setembro de 1976, na cida-de de Lima, Peru, a ata de criação da então Sociedade Lati-no-americana de Patologia Clínica — ainda sem a expressão “Medicina Laboratorial” em seu nome — foi assinada por re-presentantes do Brasil (Evaldo Melo, presidente da SBPC/ML em 1973/1975 e 1993/1995), Colômbia (Nora Merino), Equa-dor (Héctor Vintimilla Bravo), México (Guillermo Santos-coy), Peru (Guillermo Contreras), República Dominicana (Vi-cente de D'Sanctis) e Venezuela (José Gutiérrez Alfaro). Pa-ra a presidência Evaldo Melofoi eleito por aclamação.

Diretora da SBPC/ML assume presidência da Alapac/MLMandato é para o período 2014/2016. Outros membros da SBPC/ML também fazem parte da nova diretoria

Diretoria da Alapac/ML para 2014/2016

Presidente:

Luisane Vieira (Brasil)

Vice-presidente:

José Luis León Vega (Peru)

Secretário permanente:

José Carreón Moldíz (Bolívia)

Secretário:

Armando Fonseca (Brasil)

Vice-secretário substituto:

Gustavo Campana (Brasil)

Tesoureira:

Claudia Meira (Brasil)

Vice-presidências:

Atividades gremiais e coordenação:

Pedro Cladera Antúnez (Uruguai) e Enrique Abraham Marcel (Cuba)

Controle de qualidade e acreditação:

Klever Sáenz Flor (Equador) e Blanca Steffano (Uruguai)

Relações industriais:

Luis Narváez Grijalva (Equador), José Luis Hernández Montiel (México) e Edgar Muñóz Atahualpa (Peru)

Planos futuros:

Julio Sempértegui Vega (Equador), Wilson Shcolnik (Brasil) e Manuel Leiva Beraun (Peru)

Atividades científicas e educação:

Rosa García Escamilla (México) e Walter Alallón Villero (Uruguai)

Relações internacionais:

Marilene Melo (Brasil), Guillermo Aguilar Arenas (México) e Armando Moreno (Peru)

Editor da Revista Latino-americana de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial:

Enrique Navarrete Cadena (México)

Representante da WASPaLM:

Roberto Ruíz Arenas (México)

Membros aderentes:

Representante da Associação Bioquímica Argentina: Silvia Morilla

Representante da Sociedade Venezuelana de Bioanalistas Especialistas: Yaniska Franquiz

Nairo Sumita, Luisane Vieira e Paula Távora (SBPC/ML),José Gilberto Vieira (Unifesp), Alicia Olascoaga (Sociedade Uruguaia

de Patologia Clínica) e Wilson Shcolnik (SBPC/ML)

Luisane Vieira, Walter Alallón Villero (Uruguai) e o secretário permanenteda Alapac/ML, José Carreón Moldiz (Bolívia)

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

161616 171717

49° Congresso Brasileiro de

Patologia Clínica Medicina Laboratorial

1° Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial

e

Exposição Técnico-Científica

Fortaleza - CECentro de Eventos do Ceará

29 de setembroa 2 de outubro de

2015www.cbpcml.org.br

Sob o tema central “Integração para o diagnóstico” serão realizados, de 29 de setembro a 2 de outubro de 2015, em Fortaleza, o 49º Congres-so Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e o 1º Congres-so Brasileiro de Informática Laboratorial. O local é o Centro de Eventos do Ceará.

“A escolha deste tema reflete a visão atual da medicina laboratorial, na qual a integração com os clínicos e especialistas se faz prioritária em nossa prática. A medicina laboratorial não existe sem a interação com o médico assistente do paciente, pois não podemos separar o que separa-do não existe”, explica o presidente do 49º Congresso, o patologista clí-nico Tadeu Sobreira, presidente Regional da SBPC/ML no Ceará.

Ele acrescenta que o tema também reflete a crescente integração en-tre os vários meios diagnósticos, como os exames de imagem e anato-mopatológicos, nos chamados laudos integrados.

Tecnologia da informação

Tadeu Sobreira destaca que as diversas modalidades de integração tornam-se possíveis graças ao auxílio e a aplicação dos recursos da tecnologia da informação, fundamental para o bom funcionamento dos laboratórios.

“Isso trouxe a oportunidade de realizarmos o 1º Congresso de Informá-tica Laboratorial, simultaneamente ao 49º Congresso Brasileiro de Pato-logia Clínica/Medicina Laboratorial, o que representa um marco nos eventos da SBPC/ML”, afirma.

Simultaneamente aos dois congressos haverá a Exposição Técnico-científica, onde será apresentado o que há de mais moderno no merca-do de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios clínicos.

Integração para o diagnósticoTema central do 49º Congresso da SBPC/ML

Conforto e modernidadeA sede do 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e do 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial é o Centro de Eventos do Ce-ará, considerado um dos locais mais modernos, bem equipados e espaçosos atual-mente em uso para eventos de grande porte. Com 76 mil metros quadrados de área útil e estacionamento com 3,2 mil vagas — 1,76 mil cobertas —, destaca-se por ter sido projetado e construído segundo mo-dernos padrões e técnicas que visam a sustenta-bilidade e o respeito ao meio ambiente em seu funcionamento, que incluem o sistema de ar con-dicionado, iluminação “inteligente”, acessibili-dade aos portadores de necessidades especiais, além de outros recursos.

Centro de Eventos do Ceará Av. Washington Soares, bairro Edson Queiroza 8 km do Aeroporto Internacional de Fortaleza Pinto Martins

Foto: Divulgação

Page 18: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

No dia 11 de novembro, a Agência Nacional de Saúde Su-

plementar realizou uma audiência pública para discutir

a regulamentação da Lei nº 13.003, que trata da contra-

tualização entre operadoras de planos de saúde e pres-

tadores de serviços. Segundo a ANS, as sugestões, co-

mentários e debates que ocorreram na audiência podem

ajudar na proposta de uma resolução normativa.

A SBPC/ML tem participado ativamente do Grupo Téc-

nico de Regulamentação da Lei 13.003/14, criado pela

ANS, e que reúne representantes de diversos setores

que atuam na área de Saúde Suplementar.

Entre os temas prioritários para debate e regulamen-

tação da lei estão os critérios de equivalência para

substituição de prestadores, cláusulas obrigatórias

dos contratos estabelecidos entre as partes, definição

do ano-calendário para reajuste dos prestadores de

serviço, modo pelo qual se dará o cálculo e utilização

do índice de reajuste definido pela ANS, formas de co-

municação com os beneficiários para a substituição de

prestadores pelos planos e necessidade de adaptação

dos contratos vigentes à nova lei.

A Lei 13.003 foi sancionada em junho de 2014 e torna

obrigatória a existência de contratos escritos entre as

operadoras e seus prestadores de serviços. A nova le-

gislação altera a Lei 9.656/98, que dispõe sobre os pla-

nos e seguros privados de assistência à saúde.

Lab Tests Online BR (LTO BR) é o segundo em número de acessos dentre todos os 17 sites Lab Tests Online em operação no mundo. Em primeiro lugar está a versão dos EUA. As informações são de Ellen O'Connel, editora sênior do grupo Lab Tests Online.

Desde que foi lançado, em setembro de 2010, LTO BR tem crescido em volume de tráfego. Em abril deste ano ele superou o então segundo colocado, do Reino Unido, no total de acessos e vem mantendo essa posi-ção ao longo de 2014.

Em setembro, o primeiro colocado foi o site dos EUA, com 1.353.508 visitantes. LTO BR registrou 101.715 acessos, seguido do Reino Unido (83.665), Espanha (79.413) e Turquia (74.008).

LTO BR é mantido e atualizado pela SBPC/ML, sob li-cença da American Association for Clinical Chemistry (AACC), dos EUA, que coordena a rede Lab Tests Online em todo o mundo. Além do Brasil, estão em operação sites na Alemanha, Austrália, China, Coreia do Sul, Espanha, EUA, França, Grécia, Hungria, Itália, Polô-nia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia e Turquia.

Lab Tests Online BR não se propõe a substituir a consul-ta ou a orientação médica. O objetivo é ser uma fonte

isenta e não comercial para informar a população leiga e os profissionais de saúde sobre exames laboratoriais e as doenças e estados clínicos relacionados.

Os laboratórios podem incluir gratuitamente em seu site o link para Lab Tests Online BR como uma forma de ajudar na orientação a seus clientes. Basta entrar em contato com a SBPC/ML pelo e-mail [email protected].

Lab Tests Online BR é o 2º no mundo em acessosSite brasileiro mantém crescimento ao longo de 2014

ANS faz audiência pública sobre regulamentação da Lei nº 13.003Sugestões podem ajudar em proposta de resolução normativa

181818 191919

Page 19: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

No dia 11 de novembro, a Agência Nacional de Saúde Su-

plementar realizou uma audiência pública para discutir

a regulamentação da Lei nº 13.003, que trata da contra-

tualização entre operadoras de planos de saúde e pres-

tadores de serviços. Segundo a ANS, as sugestões, co-

mentários e debates que ocorreram na audiência podem

ajudar na proposta de uma resolução normativa.

A SBPC/ML tem participado ativamente do Grupo Téc-

nico de Regulamentação da Lei 13.003/14, criado pela

ANS, e que reúne representantes de diversos setores

que atuam na área de Saúde Suplementar.

Entre os temas prioritários para debate e regulamen-

tação da lei estão os critérios de equivalência para

substituição de prestadores, cláusulas obrigatórias

dos contratos estabelecidos entre as partes, definição

do ano-calendário para reajuste dos prestadores de

serviço, modo pelo qual se dará o cálculo e utilização

do índice de reajuste definido pela ANS, formas de co-

municação com os beneficiários para a substituição de

prestadores pelos planos e necessidade de adaptação

dos contratos vigentes à nova lei.

A Lei 13.003 foi sancionada em junho de 2014 e torna

obrigatória a existência de contratos escritos entre as

operadoras e seus prestadores de serviços. A nova le-

gislação altera a Lei 9.656/98, que dispõe sobre os pla-

nos e seguros privados de assistência à saúde.

Lab Tests Online BR (LTO BR) é o segundo em número de acessos dentre todos os 17 sites Lab Tests Online em operação no mundo. Em primeiro lugar está a versão dos EUA. As informações são de Ellen O'Connel, editora sênior do grupo Lab Tests Online.

Desde que foi lançado, em setembro de 2010, LTO BR tem crescido em volume de tráfego. Em abril deste ano ele superou o então segundo colocado, do Reino Unido, no total de acessos e vem mantendo essa posi-ção ao longo de 2014.

Em setembro, o primeiro colocado foi o site dos EUA, com 1.353.508 visitantes. LTO BR registrou 101.715 acessos, seguido do Reino Unido (83.665), Espanha (79.413) e Turquia (74.008).

LTO BR é mantido e atualizado pela SBPC/ML, sob li-cença da American Association for Clinical Chemistry (AACC), dos EUA, que coordena a rede Lab Tests Online em todo o mundo. Além do Brasil, estão em operação sites na Alemanha, Austrália, China, Coreia do Sul, Espanha, EUA, França, Grécia, Hungria, Itália, Polô-nia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia e Turquia.

Lab Tests Online BR não se propõe a substituir a consul-ta ou a orientação médica. O objetivo é ser uma fonte

isenta e não comercial para informar a população leiga e os profissionais de saúde sobre exames laboratoriais e as doenças e estados clínicos relacionados.

Os laboratórios podem incluir gratuitamente em seu site o link para Lab Tests Online BR como uma forma de ajudar na orientação a seus clientes. Basta entrar em contato com a SBPC/ML pelo e-mail [email protected].

Lab Tests Online BR é o 2º no mundo em acessosSite brasileiro mantém crescimento ao longo de 2014

ANS faz audiência pública sobre regulamentação da Lei nº 13.003Sugestões podem ajudar em proposta de resolução normativa

181818 191919

Page 20: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Enxergar mais a fundo nos tecidos é um dos desafios en-

contrados por dispositivos óticos porque a luz se espa-

lha e a imagem torna-se confusa e embaralhada. Equi-

pes das universidades Jaume I (ujiapps.uji.es) e de Va-

lência (www.uv.es), na Espanha, apresentaram uma

técnica que, segundo os pesquisadores, vai melhorar

as imagens obtidas. Consiste de um sistema ótico que

possui somente um pixel e trabalha usando a técnica

de detecção de compressão, o que permite superar as

limitações impostas pela dispersão da luz. Foram utili-

zados vários microespelhos digitais de um projetor de

vídeo comercial (foto) para criar um conjunto de pa-

drões de luz microestruturadas que são sobrepostas se-

quencialmente em uma amostra.

Em seguida, a energia transmitida é medida com um fo-

todetector que identifica a presença ou ausência de

luz, porém, sem oferecer uma boa resolução. O próxi-

mo passo é a aplicação de uma técnica de processa-

mento de sinal, chamada sensor de compressão, que é

usada para comprimir grandes arquivos de dados à me-

dida que estes são mensurados. Isso permite recons-

truir a imagem.

“A maioria das pessoas acredita que mais pixels é igual

a uma melhor definição de imagem. No entanto, em al-

guns casos pode ser melhor integrar toda a luz disponí-

vel em um único sensor. Se a luz se divide em milhões

de pixels, cada sensor recebe uma fração mínima de

luz, criando ‘ruído’ e destruindo a imagem”, explica

Jesús Lancis, coautor do trabalho, .

O artigo Image transmission through dynamic scatte-

ring media by single-pixel photodetection foi publicado

online na edição nº 14 do volume 22 de Optics Express.

Fonte: Medical News Today

Pacientes que sofrem de doenças crônicas poderão con-tar com um recurso em seu celular que avisará ao usuá-rio do aparelho e ao médico quando sua saúde estiver em risco. Esta é a proposta de um aplicativo para smartphone desenvolvido na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (www.illinois.edu), nos EUA, que usa oito parâmetros de movimento para analisar o padrão de marcha de uma pessoa.

Segundo um dos pesquisadores, o professor de ciência da computação Bruce Schatz, a marcha de um indiví-duo é considerada o “sexto sinal vital”, depois da tem-peratura, pressão sanguínea, taxas cardíacas e respira-tórias e nível de oxigênio no sangue. Sua velocidade de-pende do trabalho conjunto e coordenado de diversos sistemas do corpo. Dessa forma, uma mudança na mar-cha pode ser sinal de problema.

Para comprovar a eficácia do aplicativo, batizado de GaitTrack, a equipe realizou testes de caminhada de seis minutos em 30 pacientes com doença pulmonar crônica. O resultado mostrou que o programa monitora de forma mais precisa e com menor custo que os acele-rômetros médicos geralmente usados para esse fim.

“O GaitTrack trabalha em segundo plano no celular e, periodicamente, recolhe e análisa dados, mantendo o controle sobre o estado de saúde do usuário. Sempre que for detectada qualquer alteração, paciente ou mé-dico serão notificados para poder ajustar o tratamen-to”, explica Schatz.

O artigo Health Monitors for Chronic Disease by Gait Analysis with Mobile Phones foi publicado em 2 de abril de 2014, em Telemedicine and e-Health.

Fonte: Medical News Today

Aplicativo de celular monitora saúde do usuário

Novidades

Sistema ótico usa apenas um pixel para ver mais fundo

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

Diagnosticar asma mesmo que o paci-

ente ainda não esteja apresentando

os sintomas da doença. Esta é a pro-

posta de um estudo feito na Universi-

d a d e d e W i s c o n s i n - M a d i s o n

(www.wisc.edu), nos EUA. A equipe

desenvolveu um kit simples e barato

que utiliza uma base de plástico, que

pode ser a tampa de um frasco, con-

tendo uma substância química que re-

age com a amostra de sangue do paci-

ente — basta uma gota, segundo os

pesquisadores.

“A técnica se baseia na medida da fun-

ção celular dos neutrófilos. O corpo hu-

mano emite sinais químicos em respos-

ta a inflamações. Os neutrófilos detec-

tam esses sinais e migram para o local,

a fim de auxiliar no processo de cura.

Partindo do princípio que pacientes as-

máticos apresentam quimiotaxia signi-

ficativamente reduzida, observar a ve-

locidade da migração dos neutrófilos é

essencial para diferenciar pacientes sa-

dios dos asmáticos”, explica o profes-

sor de engenharia biomédica e coautor

da pesquisa David Beebe.

A substância química presente no kit

reage com o sangue e força a migra-

ção dos neutrófilos. Um software es-

pecial permite rastreá-los e medir a

velocidade de quimiotaxia.

Beebe avalia que os resultados po-

dem até mesmo prever se um deter-

minado indivíduo vai desenvolver as-

ma. Segundo ele, essa técnica é bara-

ta e simples e pode permitir que o mé-

dico em seu consultório faça um diag-

nóstico preliminar da doença.

O artigo Characterizing asthma from a

drop of blood using neutrophil chemo-

taxis foi publicado online em Procee-

dings of the National Academy of Sci-

ences (PNAS), em 7 de abril de 2014.

Fonte: Science Daily

Uma possível alternativa na detecção de biomarcardo-res de doenças como câncer e malária foi desenvolvida no Instituto Real de Tecnologia da Suécia (www.kth.se). Trata-se de um dispositivo que “filtra” as células com base em suas propriedades físicas, como a elasticidade, por exemplo. Segundo os pesquisadores esta é uma diferença fundamental porque outros méto-dos de separação de células costumam basear-se nas di-ferenças entre suas propriedades químicas.

“Ao fazer isso eles não mostram uma imagem completa porque duas células podem ter propriedades químicas muito semelhantes, mas diferentes propriedades físi-cas”, explica o líder da pesquisa, Luca Brandt.

“Quando uma pessoa está infectada com malária, a na-tureza física de suas células vermelhas muda. Elas se tornam mais duras e encontram dificuldades para se-rem filtradas pelo baço, que age como uma peneira, en-quanto as que ainda são mais mais elásticas passam”, explica Dhrubaditya Mitra, coautor do estudo.

Brandt conta que a equipe usou várias simulações em computador até chegar ao modelo proposto. O disposi-tivo consiste de um duto no qual é colocado um obstá-culo semicilíndrico e um difusor (ver ilustração). Se-

gundo ele, existem diversos dispositivos que trabalham com a técnica de microfluidos, mas o grande desafio é conseguir a geometria certa que permita a separação eficiente das células.

O artigo A microfluidic device to sort capsules by de-formability: A numerical study foi publicado online em 20 de junho de 2014 em Soft Matter.

Fonte: Medical News Today

Dispositivo filtra células para identificar biomarcadores

Kit de baixo custo para diagnóstico de asma

Div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

202020 212121

Page 21: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Enxergar mais a fundo nos tecidos é um dos desafios en-

contrados por dispositivos óticos porque a luz se espa-

lha e a imagem torna-se confusa e embaralhada. Equi-

pes das universidades Jaume I (ujiapps.uji.es) e de Va-

lência (www.uv.es), na Espanha, apresentaram uma

técnica que, segundo os pesquisadores, vai melhorar

as imagens obtidas. Consiste de um sistema ótico que

possui somente um pixel e trabalha usando a técnica

de detecção de compressão, o que permite superar as

limitações impostas pela dispersão da luz. Foram utili-

zados vários microespelhos digitais de um projetor de

vídeo comercial (foto) para criar um conjunto de pa-

drões de luz microestruturadas que são sobrepostas se-

quencialmente em uma amostra.

Em seguida, a energia transmitida é medida com um fo-

todetector que identifica a presença ou ausência de

luz, porém, sem oferecer uma boa resolução. O próxi-

mo passo é a aplicação de uma técnica de processa-

mento de sinal, chamada sensor de compressão, que é

usada para comprimir grandes arquivos de dados à me-

dida que estes são mensurados. Isso permite recons-

truir a imagem.

“A maioria das pessoas acredita que mais pixels é igual

a uma melhor definição de imagem. No entanto, em al-

guns casos pode ser melhor integrar toda a luz disponí-

vel em um único sensor. Se a luz se divide em milhões

de pixels, cada sensor recebe uma fração mínima de

luz, criando ‘ruído’ e destruindo a imagem”, explica

Jesús Lancis, coautor do trabalho, .

O artigo Image transmission through dynamic scatte-

ring media by single-pixel photodetection foi publicado

online na edição nº 14 do volume 22 de Optics Express.

Fonte: Medical News Today

Pacientes que sofrem de doenças crônicas poderão con-tar com um recurso em seu celular que avisará ao usuá-rio do aparelho e ao médico quando sua saúde estiver em risco. Esta é a proposta de um aplicativo para smartphone desenvolvido na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (www.illinois.edu), nos EUA, que usa oito parâmetros de movimento para analisar o padrão de marcha de uma pessoa.

Segundo um dos pesquisadores, o professor de ciência da computação Bruce Schatz, a marcha de um indiví-duo é considerada o “sexto sinal vital”, depois da tem-peratura, pressão sanguínea, taxas cardíacas e respira-tórias e nível de oxigênio no sangue. Sua velocidade de-pende do trabalho conjunto e coordenado de diversos sistemas do corpo. Dessa forma, uma mudança na mar-cha pode ser sinal de problema.

Para comprovar a eficácia do aplicativo, batizado de GaitTrack, a equipe realizou testes de caminhada de seis minutos em 30 pacientes com doença pulmonar crônica. O resultado mostrou que o programa monitora de forma mais precisa e com menor custo que os acele-rômetros médicos geralmente usados para esse fim.

“O GaitTrack trabalha em segundo plano no celular e, periodicamente, recolhe e análisa dados, mantendo o controle sobre o estado de saúde do usuário. Sempre que for detectada qualquer alteração, paciente ou mé-dico serão notificados para poder ajustar o tratamen-to”, explica Schatz.

O artigo Health Monitors for Chronic Disease by Gait Analysis with Mobile Phones foi publicado em 2 de abril de 2014, em Telemedicine and e-Health.

Fonte: Medical News Today

Aplicativo de celular monitora saúde do usuário

Novidades

Sistema ótico usa apenas um pixel para ver mais fundo

Foto

: div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

Diagnosticar asma mesmo que o paci-

ente ainda não esteja apresentando

os sintomas da doença. Esta é a pro-

posta de um estudo feito na Universi-

d a d e d e W i s c o n s i n - M a d i s o n

(www.wisc.edu), nos EUA. A equipe

desenvolveu um kit simples e barato

que utiliza uma base de plástico, que

pode ser a tampa de um frasco, con-

tendo uma substância química que re-

age com a amostra de sangue do paci-

ente — basta uma gota, segundo os

pesquisadores.

“A técnica se baseia na medida da fun-

ção celular dos neutrófilos. O corpo hu-

mano emite sinais químicos em respos-

ta a inflamações. Os neutrófilos detec-

tam esses sinais e migram para o local,

a fim de auxiliar no processo de cura.

Partindo do princípio que pacientes as-

máticos apresentam quimiotaxia signi-

ficativamente reduzida, observar a ve-

locidade da migração dos neutrófilos é

essencial para diferenciar pacientes sa-

dios dos asmáticos”, explica o profes-

sor de engenharia biomédica e coautor

da pesquisa David Beebe.

A substância química presente no kit

reage com o sangue e força a migra-

ção dos neutrófilos. Um software es-

pecial permite rastreá-los e medir a

velocidade de quimiotaxia.

Beebe avalia que os resultados po-

dem até mesmo prever se um deter-

minado indivíduo vai desenvolver as-

ma. Segundo ele, essa técnica é bara-

ta e simples e pode permitir que o mé-

dico em seu consultório faça um diag-

nóstico preliminar da doença.

O artigo Characterizing asthma from a

drop of blood using neutrophil chemo-

taxis foi publicado online em Procee-

dings of the National Academy of Sci-

ences (PNAS), em 7 de abril de 2014.

Fonte: Science Daily

Uma possível alternativa na detecção de biomarcardo-res de doenças como câncer e malária foi desenvolvida no Instituto Real de Tecnologia da Suécia (www.kth.se). Trata-se de um dispositivo que “filtra” as células com base em suas propriedades físicas, como a elasticidade, por exemplo. Segundo os pesquisadores esta é uma diferença fundamental porque outros méto-dos de separação de células costumam basear-se nas di-ferenças entre suas propriedades químicas.

“Ao fazer isso eles não mostram uma imagem completa porque duas células podem ter propriedades químicas muito semelhantes, mas diferentes propriedades físi-cas”, explica o líder da pesquisa, Luca Brandt.

“Quando uma pessoa está infectada com malária, a na-tureza física de suas células vermelhas muda. Elas se tornam mais duras e encontram dificuldades para se-rem filtradas pelo baço, que age como uma peneira, en-quanto as que ainda são mais mais elásticas passam”, explica Dhrubaditya Mitra, coautor do estudo.

Brandt conta que a equipe usou várias simulações em computador até chegar ao modelo proposto. O disposi-tivo consiste de um duto no qual é colocado um obstá-culo semicilíndrico e um difusor (ver ilustração). Se-

gundo ele, existem diversos dispositivos que trabalham com a técnica de microfluidos, mas o grande desafio é conseguir a geometria certa que permita a separação eficiente das células.

O artigo A microfluidic device to sort capsules by de-formability: A numerical study foi publicado online em 20 de junho de 2014 em Soft Matter.

Fonte: Medical News Today

Dispositivo filtra células para identificar biomarcadores

Kit de baixo custo para diagnóstico de asma

Div

ulg

açã

o

Foto

: div

ulg

açã

o

202020 212121

Page 22: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

?

$ Cla ssi fica d o s

Aqui você vende e compra produtos e serviços, oferece e procura empregos e estágios.

É fáci! É grátis!

Para anunciar nos Classificados SBPC/ML:sbpc.org.br/classificados

Esta seção é reservada

para esclarecer suas dú-

vidas com nossos espe-

cialistas. As perguntas

serão publicadas por or-

dem de chegada e po-

dem ser editadas por

motivo de espaço.

Envie sua pergunta pe-lo Fale Conosco do site da SBPC/ML:

www.sbpc.org.br

MICROBIOLOGISTA CLÍNICO; COM REQUISITOS QUE SEGUEM. BIOQUÍMICO OU BIOMÉDICO, COM EXPE-RIÊNCIA MÍNIMA INDISPENSÁVEL DE 3 ANOS NA ÁREA DE MICROBIOLOGIA CLÍNICA. PREFERENCIAL-MENTE, COM PÓS GRADUAÇÃO EM MICROBIOLOGIA E ATUAÇÃO ANTERIOR COMO LÍDER DE EQUIPE DE MI-CROBIOLOGIA. PREFERENCIALMENTE, COM EXPE-RIÊNCIA ANTERIOR EM ROTINAS DE MICROBIOLOGIA EM HOSPITAIS, INCLUINDO APOIO À CCIH. CVS, PARA [email protected] / JOINVILLE, SC.

VENDE-SE EQUIPAMENTOS DE ANÁLISES CLÍNICASANALISADOR BIOQUÍMICO ADVIA 1650 SIEMENS, CA 500 SYSMEX DE COAGULAÇÃO, ANALISADOR DE IMU-NOENSAIOS IMMULITE 1000, ANALISADOR HEMATO-LÓGICO CELL-DYN 3500, ANALISADOR BIOQUÍMICO COBAS MIRA, SEMI AUTOMAÇÃO PARA IDENTIFICA-ÇÃO DE MICROORGANISMOS MICROSCAN SIEMENS.SANDRA [email protected](47)3043-7016 / 8412-9838

VENDE-SE EQUIPAMENTOS DE ANÁLISES CLÍNICASANALISADOR BIOQUÍMICO ADVIA 1650 SIEMENS, CA 500 SYSMEX DE COAGULAÇÃO, ANALISADOR DE IMU-NOENSAIOS IMMULITE 1000, ANALISADOR HEMATO-LÓGICO CELL-DYN 3500, ANALISADOR BIOQUÍMICO COBAS MIRA, SEMI AUTOMAÇÃO PARA IDENTIFICA-ÇÃO DE MICROORGANISMOS MICROSCAN SIEMENS. [email protected](47) 3043-7016 / 8412-9838

VENDO EQUIPAMENTO IMMULITE 2000-SIEMENSO IMMULITE 2000 É UM ANALISADOR AUTOMATIZA-DO DE IMUNOENSAIOS. DE ACESSO RANDÔMICO É DE-DICADO À REALIZAÇÃO DE IMUNOENSAIOS QUIMILU-MINESCENTES. O IMMULITE 2000 FOI DESENVOLVIDO PARA DETERMINAÇÕES DIAGNÓSTICAS DE ANALI-TOS IN VITRO DO SORO, PLASMA E URINA. R$

55.000,00SUSANA [email protected](98) 3133-3304 / 9125-0642

VENDO EQUIPAMENTOS DE ANÁLISES CLÍNICASSIEMENS/MICROSCAN AUTOSCAN 4(AUTOMAÇÃO NO ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGA-NISMOS), IMMMULITE2000 (QUIMIOLUMINESCÊN-CIA), GASÔMETRO, FANEM/ESTUFA DE ESTERILIZA-ÇÃO 515, TURB QUICK-VITAL E DIAGNOSTICS(SEMI AUTO PARA TURBIDIMETRIA). PREÇOS A COMBINARSUSANA LIMA - LAB. GEMMA [email protected](98)3133-3304 / 9125-0642

GESTOR DA QUALIDADEADMITE-SE PROFISSIONAL COM EXPERIÊNCIA EM GESTÃO DA QUALIDADE DE LAB. CLÍNICOS. QUE TE-NHA PARTICIPADO DE PROCESSO DE ACREDITA-ÇÃO, AUDITORIAS INTERNAS E TENHA FAMILIARI-DADE COM OS INDICADORES E A PROBLEMÁTICA DO [email protected] CLAROAUGUSTO(19) 3522-4922

VENDO MINI VIDAS BIOMERIEUX SEMI NOVOUM ANO DE USO MANUTENÇÃO EM DIA VALOR: R$ 40.000,00 ACEITO PROPOSTA MOTIVO DE VENDA: COMPRAR UM APARELHO DE MAIOR PORTE. NONATO [email protected](91) 9133-2266 / 8314-7066

COMPRA-SE CORADOR DE LÂMINAS HEMOGRAM SLITENHO INTERESSE EM UM CORADOR HEMATOLÓGI-CO, DE PREFERÊNCIA DA HEMOGRAM SLIDEINK.FERNANDO

Pergunte à SBPC/MLComo faço para publicar um artigo no Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial?P.L.

Acho muito interessante e útil o conteúdo disponibilizado por Lab Tests Online BR. Gostaria de colocar no site do laboratório que sou gestor o link para Lab Tests Online BR para que nossos clientes tenham informações sobre os exames que realizamos. Isso é possível?M.A.

O Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial é um publicação cien-tífica da SBPC/ML em parceria com as Sociedades Brasileiras de Patologia e de Citopatologia, indexada em instituições e bases de dados do Brasil e do exterior. No site da SBPC/ML, na página www.sbpc.org.br/jbpml você encontra as instru-ções aos autores e como submeter artigos.

Obrigado por seu interesse em Lab Tests Online BR. Para receber o link basta enviar um e-mail para [email protected], informar qual é o nome do laboratório e solicitar o link.

[email protected](11) 3286-8989

VENDA LAB. ANÁLISES CLÍNICAS E ANATOMIA PATO-LOGICALABORATÓRIO COM 28 ANOS NO MERCADO DE SAL-VADOR. POSSUI ANÁLISES CLÍNICAS, ANATOMIA PA-TOLÓGICA. APARELHOS PRÓPRIOS. POSSUI CERTIFI-CAÇÃO, TEM TODOS OS PLANOS DE SAÚDE E 17 POS-TOS DE COLETA ESPALHADOS POR TODA A CIDADE. R$ 800.000,00 (NEGOCIO)DRA. [email protected](71) 8870-5828

OFERECIMIENTO LABORALSOY TECNICO EN HISTOTECNOLOGIA: GUSTARIA TRA-BAJAR EN EL TERRITORIO DE BRASÍL,DISPONGO DE MICRÓ[email protected] - MISIONES( REP. ARGENTIEDMUNDO RUIZ DIAZ0054-3764542506

VAGA PARA MÉDICO PATOLOGISTACIDADE: CAXIAS DO SUL / RS LOCAL: HOSPITAL GE-RAL – CAXIAS DO SUL CARGA HORÁRIA: 120 HORAS (HOSPITAL). TAMBÉM HÁ O INTERESSE DE QUE O PRO-FISSIONAL ATUE EM DUAS CLÍNICAS PARTICULARES. REMUNERAÇÃO: EM TORNO DE 10 000.00LUCIANA [email protected](54) 3218-7349

VENDE-SE CIBA CORNING EXPRESS 550 PLUS BAYERVENDE-SE UM ANALISADOR BIOQUÍMICO AUTOMÁTI-CO DA BAYER: CIBA CORNING EXPRESS 550 PLUS, VA-LOR 19.000,00. COUTO DE MAGALHAES DE MINASISAIAS [email protected] (38) 3533-1436

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |222222 232323

49° Congresso Brasileiro de

Patologia Clínica Medicina Laboratorial

1° Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial

e

Fortaleza - CECentro de Eventos do Ceará

Exposição Técnico-Científica

29 de setembro a 2 de outubro de 2015Realizaçãowww.cbpcml.org.br

Page 23: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

?

$ Cla ssi fica d o s

Aqui você vende e compra produtos e serviços, oferece e procura empregos e estágios.

É fáci! É grátis!

Para anunciar nos Classificados SBPC/ML:sbpc.org.br/classificados

Esta seção é reservada

para esclarecer suas dú-

vidas com nossos espe-

cialistas. As perguntas

serão publicadas por or-

dem de chegada e po-

dem ser editadas por

motivo de espaço.

Envie sua pergunta pe-lo Fale Conosco do site da SBPC/ML:

www.sbpc.org.br

MICROBIOLOGISTA CLÍNICO; COM REQUISITOS QUE SEGUEM. BIOQUÍMICO OU BIOMÉDICO, COM EXPE-RIÊNCIA MÍNIMA INDISPENSÁVEL DE 3 ANOS NA ÁREA DE MICROBIOLOGIA CLÍNICA. PREFERENCIAL-MENTE, COM PÓS GRADUAÇÃO EM MICROBIOLOGIA E ATUAÇÃO ANTERIOR COMO LÍDER DE EQUIPE DE MI-CROBIOLOGIA. PREFERENCIALMENTE, COM EXPE-RIÊNCIA ANTERIOR EM ROTINAS DE MICROBIOLOGIA EM HOSPITAIS, INCLUINDO APOIO À CCIH. CVS, PARA [email protected] / JOINVILLE, SC.

VENDE-SE EQUIPAMENTOS DE ANÁLISES CLÍNICASANALISADOR BIOQUÍMICO ADVIA 1650 SIEMENS, CA 500 SYSMEX DE COAGULAÇÃO, ANALISADOR DE IMU-NOENSAIOS IMMULITE 1000, ANALISADOR HEMATO-LÓGICO CELL-DYN 3500, ANALISADOR BIOQUÍMICO COBAS MIRA, SEMI AUTOMAÇÃO PARA IDENTIFICA-ÇÃO DE MICROORGANISMOS MICROSCAN SIEMENS.SANDRA [email protected](47)3043-7016 / 8412-9838

VENDE-SE EQUIPAMENTOS DE ANÁLISES CLÍNICASANALISADOR BIOQUÍMICO ADVIA 1650 SIEMENS, CA 500 SYSMEX DE COAGULAÇÃO, ANALISADOR DE IMU-NOENSAIOS IMMULITE 1000, ANALISADOR HEMATO-LÓGICO CELL-DYN 3500, ANALISADOR BIOQUÍMICO COBAS MIRA, SEMI AUTOMAÇÃO PARA IDENTIFICA-ÇÃO DE MICROORGANISMOS MICROSCAN SIEMENS. [email protected](47) 3043-7016 / 8412-9838

VENDO EQUIPAMENTO IMMULITE 2000-SIEMENSO IMMULITE 2000 É UM ANALISADOR AUTOMATIZA-DO DE IMUNOENSAIOS. DE ACESSO RANDÔMICO É DE-DICADO À REALIZAÇÃO DE IMUNOENSAIOS QUIMILU-MINESCENTES. O IMMULITE 2000 FOI DESENVOLVIDO PARA DETERMINAÇÕES DIAGNÓSTICAS DE ANALI-TOS IN VITRO DO SORO, PLASMA E URINA. R$

55.000,00SUSANA [email protected](98) 3133-3304 / 9125-0642

VENDO EQUIPAMENTOS DE ANÁLISES CLÍNICASSIEMENS/MICROSCAN AUTOSCAN 4(AUTOMAÇÃO NO ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGA-NISMOS), IMMMULITE2000 (QUIMIOLUMINESCÊN-CIA), GASÔMETRO, FANEM/ESTUFA DE ESTERILIZA-ÇÃO 515, TURB QUICK-VITAL E DIAGNOSTICS(SEMI AUTO PARA TURBIDIMETRIA). PREÇOS A COMBINARSUSANA LIMA - LAB. GEMMA [email protected](98)3133-3304 / 9125-0642

GESTOR DA QUALIDADEADMITE-SE PROFISSIONAL COM EXPERIÊNCIA EM GESTÃO DA QUALIDADE DE LAB. CLÍNICOS. QUE TE-NHA PARTICIPADO DE PROCESSO DE ACREDITA-ÇÃO, AUDITORIAS INTERNAS E TENHA FAMILIARI-DADE COM OS INDICADORES E A PROBLEMÁTICA DO [email protected] CLAROAUGUSTO(19) 3522-4922

VENDO MINI VIDAS BIOMERIEUX SEMI NOVOUM ANO DE USO MANUTENÇÃO EM DIA VALOR: R$ 40.000,00 ACEITO PROPOSTA MOTIVO DE VENDA: COMPRAR UM APARELHO DE MAIOR PORTE. NONATO [email protected](91) 9133-2266 / 8314-7066

COMPRA-SE CORADOR DE LÂMINAS HEMOGRAM SLITENHO INTERESSE EM UM CORADOR HEMATOLÓGI-CO, DE PREFERÊNCIA DA HEMOGRAM SLIDEINK.FERNANDO

Pergunte à SBPC/MLComo faço para publicar um artigo no Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial?P.L.

Acho muito interessante e útil o conteúdo disponibilizado por Lab Tests Online BR. Gostaria de colocar no site do laboratório que sou gestor o link para Lab Tests Online BR para que nossos clientes tenham informações sobre os exames que realizamos. Isso é possível?M.A.

O Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial é um publicação cien-tífica da SBPC/ML em parceria com as Sociedades Brasileiras de Patologia e de Citopatologia, indexada em instituições e bases de dados do Brasil e do exterior. No site da SBPC/ML, na página www.sbpc.org.br/jbpml você encontra as instru-ções aos autores e como submeter artigos.

Obrigado por seu interesse em Lab Tests Online BR. Para receber o link basta enviar um e-mail para [email protected], informar qual é o nome do laboratório e solicitar o link.

[email protected](11) 3286-8989

VENDA LAB. ANÁLISES CLÍNICAS E ANATOMIA PATO-LOGICALABORATÓRIO COM 28 ANOS NO MERCADO DE SAL-VADOR. POSSUI ANÁLISES CLÍNICAS, ANATOMIA PA-TOLÓGICA. APARELHOS PRÓPRIOS. POSSUI CERTIFI-CAÇÃO, TEM TODOS OS PLANOS DE SAÚDE E 17 POS-TOS DE COLETA ESPALHADOS POR TODA A CIDADE. R$ 800.000,00 (NEGOCIO)DRA. [email protected](71) 8870-5828

OFERECIMIENTO LABORALSOY TECNICO EN HISTOTECNOLOGIA: GUSTARIA TRA-BAJAR EN EL TERRITORIO DE BRASÍL,DISPONGO DE MICRÓ[email protected] - MISIONES( REP. ARGENTIEDMUNDO RUIZ DIAZ0054-3764542506

VAGA PARA MÉDICO PATOLOGISTACIDADE: CAXIAS DO SUL / RS LOCAL: HOSPITAL GE-RAL – CAXIAS DO SUL CARGA HORÁRIA: 120 HORAS (HOSPITAL). TAMBÉM HÁ O INTERESSE DE QUE O PRO-FISSIONAL ATUE EM DUAS CLÍNICAS PARTICULARES. REMUNERAÇÃO: EM TORNO DE 10 000.00LUCIANA [email protected](54) 3218-7349

VENDE-SE CIBA CORNING EXPRESS 550 PLUS BAYERVENDE-SE UM ANALISADOR BIOQUÍMICO AUTOMÁTI-CO DA BAYER: CIBA CORNING EXPRESS 550 PLUS, VA-LOR 19.000,00. COUTO DE MAGALHAES DE MINASISAIAS [email protected] (38) 3533-1436

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |222222 232323

49° Congresso Brasileiro de

Patologia Clínica Medicina Laboratorial

1° Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial

e

Fortaleza - CECentro de Eventos do Ceará

Exposição Técnico-Científica

29 de setembro a 2 de outubro de 2015Realizaçãowww.cbpcml.org.br

Page 24: Notícias medicina LABORATORIAL - sbpc.org.br · frente a assuntos de relevância para nossa atuação, como novas metodolo-gias e regulamentação dos testes laboratoriais remotos,

| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6| Revista Notícias-Medicina Laboratorial| Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |

Revista Notícias-Medicina Laboratorial |Setembro 2014 - Edição 64 - Ano 6 |