ANO 2 | Nr.24 MENSAL | 2 DE ABRIL | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Ciclovia une Sacavém ao MetroÉ o que acontecerá com a construção da ciclovia, que retomará a já existente em Sacavém, prosseguindo pela Portela e pela urbanização Jardins do Cristo Rei até chegar ao Metro em Moscavide. A obra estará concluída no primeiro trimestre de 2017.

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Distribuído no

Palácio de Valflores excluídoFoi esta a decisão da Europa Nostra, um programa da principal organização europeia do património, que tinha colocado este imóvel na lista de 14 finalistas, sendo um dos sete que ficaram pelo caminho na últi-ma etapa.

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Academia Sénior celebra seis anosA Academia Sénior de São João da Talha, Bobadela e Santa Iria de Azóia comemorou o seu sexto ani-versário. Em entrevista, Nuno Leitão, presidente da freguesia de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, explica o processo de consolidação desta referência para a população mais idosa nestas loca-lidades.

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Conheça os 50 nomeados para a Gala Notícias de Loures 2016, distribuídos por 10 categorias, seleccio-nados de entre 136. Saiba também a quem foi atribuído o Prémio Carreira, como foram elaboradas as nomeações e a forma como pode participar nesta eleição.

Págs. 3 e 11 a 14

GALA NOTÍCIAS DE LOURES 2016

NOMEADOS

Director: Pedro Santos Pereira Gestão de Marketing e Publicidade Patrícia Carretas Colaborações: ACES, Anabela Pereira, André Julião, Florbela Estêvão, Gonçalo Oliveira, João Alexandre, Patrícia Duarte e Silva, Paula Gomes, Pedro Cabeça, Ricardo Andrade, Rui Pinheiro Fotografia: João Pedro Domingos, Miguel Esteves, Nuno Luz Direcção Comercial: geral@ficcoesmedia.pt Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 15 000 Exemplares Periodicidade Mensal Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC: 126 489 Depósito Legal nº 378575/14

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ContactosGeral 219 456 514 | geral@ficcoesmedia.pt

Editorial noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt

Comercial filipe_esmenio@ficcoesmedia

Notícias de Loures

2 EDITORIAL

É assim que eu defino a reunião do Júri, no passado dia 24 de Março, de onde saíram os 50 nomeados para a Gala Notícias de Loures 2016. Creio que todos os presentes saíram a ganhar e, por mim falo, passei a conhecer mais e melhor o Concelho e os seus protagonistas. De entre 136 sugestões!!!!, sim é esse mesmo o número, foram seleccionados 50. Feliz do município que con-segue distribuir 136 sugestões por 10 categorias. É uma prova de grandeza e, acima de tudo, de vitalidade. Sim, somos melhores e maiores que aquilo que pen-

samos. A provar isso mesmo é o Prémio Carreira, um reconheci-mento a uma das grandes perso-nalidades desta Terra, Eduardo Gageiro. Uma proposta aprovada por unanimidade.Queria agradecer aos 11 restan-tes elementos do Júri, que acei-taram o repto. Não escondo a felicidade de ter recebido 11 res-postas positivas aos 11 convites efectuados. Independentemente da visão de cada um, que é sempre de considerar, a verda-de é que este colectivo trouxe tudo aquilo que pretendia quando pensei neles. Conhecedores do

Concelho, heterogéneos, atentos e, muito importante, com orgulho no local onde habitam ou exer-cem a sua profissão, ou ambos. Obrigado.Um agradecimento especial tam-bém para a Câmara Municipal de Loures, que personalizo no seu presidente, Bernardino Soares, pelo apoio dado a este evento, através da cedência do Pavilhão do Macau, onde se vai orga-nizar a Gala. Mais do que a cedência, foi a disponibilidade sempre demonstrada. A exemplo do que aconteceu com a Junta de Freguesia de Moscavide e

Portela, que na pessoa da sua presidente, Manuela Dias, dispo-nibilizou a sua sala de reuniões para que os jurados pudessem reunir. E assim se proporciona um evento, cuja organização é independente destas duas ins-tituições, mas que sem a sua ajuda se tornaria mais difícil. Obrigado.As últimas palavras vão para a Casa do Gaiato, que vive dias complicados com as notícias que envolvem duas pessoas da estrutura. Nestes momentos é comum aparecerem algumas fra-ses feitas de descredibilização

da instituição. Queria apenas referir que, independentemente do que a Justiça decidir, e acre-dito que julgará bem, a Casa do Gaiato vale mais do que qual-quer pessoa. A obra já feita e que continuará a fazer não pode ser esquecida. Nesta altura difícil queria deixar um cumprimento solidário à instituição, que tanta falta faz ao Concelho e a toda a zona da Grande Lisboa, na pessoa da sua directora, Teresa Antunes, que muito me orgulho de ter convidado para fazer parte do Júri e que é alheia a toda esta polémica.

Crónicas Saloias

Pedro Santos PereiraDirector

Partilha

O Notícias de Loures, como tinha sido anunciado na última edição, vai homenagear personalidades e instituições que se destaca-ram no nosso Concelho, durante 2015. Para o efeito será organizada uma Gala que decorrerá no Pavilhão de Macau, em Loures, no dia 13 de Maio às 21 horas. Uma cerimónia que servirá para honrar muitos daqueles que fazem do Concelho um sítio melhor para se viver, ou que exportam os seus conhecimentos e/ou produtos e, desta forma, tornam o Município uma referência extra-portas.Assim, deixamos aqui a forma como tudo foi organizado e irá decorrer, desde o Regulamento, às distinções por categoria, assim como o modo de votação e a Gala propriamente dita.Nas páginas 11, 12, 13 e 14 conheça todos os nomeados e vote naqueles que foram mais relevantes, consoante a área de desempenho.

Regulamento

As nomeações foram envia-das para o Presidente do Júri até ao dia 22 de Março. - Em cada nomeação foi elaborado um pequeno texto a justificar a escolha. - As escolhas recaíram sobre personalidades, institui-ções e iniciativas que mais se tenham destacado durante o ano anterior, 2015, dentro ou fora das fronteiras concelhias. Caso a relevância do destaque seja externo ao Município, os indica-dos deveriam residir ou ter resi-dido no Concelho, durante tempo relevante. Puderam, também, ser sugeridas personalidades ou ins-tituições externas ao Município, mas com obra dentro do mesmo. - Depois de recebidas todas as nomeações, foi agendada uma reunião com todos os membros do Júri, onde foram divulgadas as preferências de cada um. - Estão postas a votação as cinco

nomeações mais sugeridas, excepto no Prémio Carreira. - O Prémio Carreira, em virtude de ser apenas um nomeado, não irá a votação. Foi nomeado pelo Presidente do Júri indo a escru-tínio pelos restantes jurados e aprovado perante maioria, neste caso concreto, por unanimidade. - Nos casos de igualdade coube ao Colégio de Jurados decidir, qual ou quais, as nomeações que foram apresentadas a votação.

Votações

As votações para os nomeados poderão ser efectuadas através do sítio noticias-de-loures.pt, ou então via correio para Rua Júlio Dinis nº 6, R/C - 2685-215 Portela LRS. Por correio será aceite o suplemento original (não serão validadas fotocópias) deste jornal sobre os nomeados, nas páginas 11, 12, 13 e 14, onde à frente de cada nomeado está um quadra-

do para proceder à votação. Na votação on-line apenas é permi-tido um voto por cada endereço de e-mail, de forma a evitar a votação abusiva.As votações estão abertas desde o dia 2 de Abril, às 00:00 horas, até dia 12 de Maio às 23.59 horas. O vencedor de cada categoria será aquele que obtiver mais votos no conjunto das possibilidades, electronicamente e por correio.

A Gala

A Gala Notícias de Loures 2016

será apresentada pela actriz e encenadora Susana Arrais e pelo actor Wilson Rodrigues, que inte-gram, também, o Teatro IBISCO. Uma cerimónia que será anima-do por artistas do Concelho e pela presença do actor Gonçalo Oliveira, colaborador residente do Notícias de Loures.A Gala não será aberta ao públi-co, mas todos aqueles que reve-lem interesse em estar presentes poderão solicitar o seu convite para:

noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt

3MÉRITO

Gala Notícias de Loures 2016No dia 13 de Maio decorrerá no Pavilhão de Macau em Loures, pelas 21 horas, a Gala Notícias de Loures 2016. Uma Gala que servirá para homenagear, nas mais diversas áreas, todos aqueles que se distinguiram no ano de 2015.

Susana Arrais Wilson Rodrigues

PRÉMIO CARREIRA (RECONHECIMENTO)Personalidade que se notabilizou, através da sua obra, por largo período de tempo.

PRÉMIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA (AMBIENTE)Projecto, iniciativa ou obra que melhore o ambiente e, por consequência, a qualidade de vida no Concelho.

PRÉMIO ARTES PLÁSTICAS E IMAGEM (CULTURA)Personalidade que se tenha destacado no desempenho da sua profissão em arquitectura, pintura, escultura, foto-grafia e design.

PRÉMIO ARTES CÉNICAS E AUDIOVISUAL (CULTURA)Personalidade que se tenha destacado nas Artes Cénicas (Teatro, Dança, Coreografia e Escrita), em Teatro, Cinema ou Televisão.

PRÉMIO MÚSICA (CULTURA)Personalidade, grupo ou evento musical que se tenha destacado.

PRÉMIO EQUIPA (DESPORTO)Equipa cuja acção se tenha revelado importante em qual-quer modalidade desportiva.

PRÉMIO INDIVIDUALIDADE (DESPORTO)Atleta, Dirigente ou Treinador, cuja acção se tenha revela-do importante em qualquer modalidade desportiva.

PRÉMIO MÉRITO E INOVAÇÃO (ECONOMIA)Projecto inovador na área empresarial, ou de crescimento sustentado, com relevo.

PRÉMIO ENSINO, FORMAÇÃO E APOIO À EDUCAÇÃO(EDUCAÇÃO)Projecto educacional, em estabelecimento de ensino, de formação ou outro, que se tenha notabilizado, assim como incentivos à Educação.

PRÉMIO ENTRETENIMENTO (LAZER)Evento lúdico que tenha dado visibilidade interna e/ou externa ao Concelho.

PRÉMIO PROJECTO SOCIAL (SOCIAL)Projecto ou iniciativa social que se tenha distinguido, atra-vés da sua implementação.

AS CATEGORIAS

4 CULTURA E AMBIENTE

Palácio Valflores de fora

EGF não está esquecida

O Palácio de Valflores, construído no século XVI e considerado um exemplo da arquitectura residencial renascentista em Portugal, tinha sido candidatado pelo CNC para finalista.Apesar da classificação como Imóvel de Interesse Público, o palácio, propriedade do Município, “encontra-se em avançado estado de degradação e corre o risco de colapso”, indicava a organização, em Dezembro de 2015, aconselhando uma “intervenção prioritária” a “concentrar-se na estabilização e consolidação do edi-fício, a fim de travar a sua deterioração”.Mesmo assim, isto não foi suficiente para convencer a Organização, perdendo Loures e o País uma oportunidade de recuperar tão nobre edifício, que ainda no passado mês de Fevereiro tinha sido visitado pelo ministro da Cultura, João Soares, que demonstrou vontade em colaborar com a Câmara na sua recupe-ração. Um destino afecto à Cultura é o que pretende Bernardino Soares para o Palácio, como referiu na já referenciada visita. Nas duas últimas edições deste programa Portugal tinha sido contemplado com aju-das à recuperação do Convento de Jesus, em Setúbal (2013) e dos Carrilhões do Convento de Mafra em 2014.

Foi esta a decisão da Europa Nostra, um programa da principal organização europeia do património, que tinha colocado este imóvel na lista de 14 finalistas, após proposta do Centro Nacional de Cultura (CNC), o seu representante em Portugal.

Bernardino Soares continua a assu-mir a liderança na contestação à perda de controlo do Estado na Valorsul (empresa que trata dos lixos da Grande Lisboa), que é detida na maioria do capital pela EGF e que foi privatizada pelo Governo de Passos Coelho. Agora, no momento em que se conhece a posição do governo liderado por António Costa, o edil de Loures não esconde o desaponta-mento.

O presidente da Câmara de Loures não concorda com os fundamentos da "suposta legalidade" encontrada pelo ministro João Matos Fernandes. A "decisão do governo não é a mais adequada", revela Bernardino Soares em declarações à TSF.É preciso "reverter e devolver aos municípios o pleno papel que devem ter nesta empresa (Valorsul), que depende deles e presta um serviço indispensável à população", adianta

o autarca de Loures.Por outro lado, as acções em tribunal, nas quais também está envolvida a Câmara de Lisboa, "são para man-ter". Um processo contra o Governo e outra acção contra a Autoridade da Concorrência.Um processo de contestação que começou há dois anos também pela mão de António Costa, então presi-dente da Câmara de Lisboa.

Fora do Carreiro

Abril de estrelas ou de “futuros”?Abril é por natureza (pelo menos de há 41 anos a esta parte) um mês de reflexão e balanços da democracia. Mas é de um Abril de Primavera, do nascimento de ideias novas, que gostaríamos de ouvir falar neste ano de 2016, um novo futuro para o Concelho, o despontar de novas ideias para podermos sonhar o futuro. Uma política sem sonhos, sem metas para o futuro, não é projectar o futuro e realizar em pleno o que deve ser a política. Sinto que no Concelho temos sonhado pouco, temos esquecido os rasgos e temo-nos limitado demais à gestão corrente. Talvez, admito, até posso estar a ser injusto mas, sinceramente, penso que não, eu pelo menos não tenho visto qualquer rasgo executivo que me permita sonhar com um Concelho diferente. O que quero aqui chamar à reflexão é exactamente a questão do “rasgo”, do que deve ser a actividade política, porque se é importante gerir razoavelmen-te o dia-a-dia de um Município, não deixa de ser ainda mais importante que os políticos sonhem o futuro. Com a gestão corrente não conseguiremos mais do que manter o “status quo” do presente. O que os verdadeiros munícipes desejam para o seu Concelho é a construção de uma realidade melhor, e se assim não pensarmos este Concelho seria apenas necessário deixar na mão dos técnicos a gestão corrente, deixando cair o poder político. Se os políticos se recusarem a pensar uma estratégia para o Concelho, pensar e traçar um caminho para executar o Futuro que se deseja, então para que é que querem ser eleitos?Efectivamente para a população não adianta ter “estrelas” que pessoalizem eleições autárquicas, se as mesmas se ficam apenas por essa pessoaliza-ção sem rasgos de projecto. Também não adianta para a população que as “estrelas” se façam pro-jectar na incompetência de terceiros, para cumprir apenas estratégias de obtenção do poder, o que as pessoas querem, ou deveriam querer, era gente que apresentasse projectos e, aí sim, podiam ser as estrelas que chegam ao espaço, impulsionados pela execução dos seus sonhos. Não é segredo para ninguém a desilusão (pelo menos descrença) que se vai sentindo pela activi-dade política, e é preciso, pelo exemplo, contrariar este virar de costas às conquistas de uma demo-cracia. Urge que as pessoas acreditem que os sonhos podem ser realizáveis, mas que a chegada à realidade desse sonho só é possível se alguém o sonhar. Em Loures basta pensar que, já neste século, se concretizaram os sonhos que alguém defendeu há mais de um século (veja-se o Hospital de Loures). Por vezes parece difícil, mas como se diz no lema da SURF addict, que aqui pretendo homenagear: “Não queremos saber se é difícil, apenas se é pos-sível”. (A Surf addict é uma associação, dirigida por Nuno Vitorino um sonhador (ex-atleta paralímpico da Gesloures), que ajuda a realizar sonhos e a fabricar sorrisos e que no passado mês fez a sua Gala Anual).

Pedro CabeçaAdvogado

OS ELEITOS

Os sete monumentos que integram a lista anunciada no dia 16 de Março, em Veneza, são o Sítio Arqueológico de Ererouyk e Aldeia de Ani Pemza (Arménia), a Fortaleza de Patarei, em Talin (Estónia), o Aeroporto Helsinki-Malmi (Finlândia), a Ponte Móvel de Colbert, em Diepe, Normandia (França), os Campos de Chios (Grécia), o Convento de Santo António de Pádua, na Extremadura (Espanha) e a Cidade Antiga de Hasankeyf e Arredores (Turquia).

5TRANSPORTES

Rui PinheiroSociólogo

Fora do Carreiro

Loures, também tem TejoA afirmação, será óbvia e inequívoca para uns, estranha e questionável, por outros, estou em crer. Especialmente, depois do inenarrável negócio gol-pista de António Costa (enquanto Presidente da Câmara de Lisboa) com Carlos Teixeira (enquanto Presidente da Câmara de Loures), com ensur-decedores silêncios das Juntas de Freguesia de Sacavém e Moscavide, que levaram à usurpação do território do Parque Tejo e Trancão a Loures, por Lisboa.Na verdade a zona da foz do Trancão era o único óbvio acesso de Loures ao Tejo, após a EXPO-98. Continua a ter-se acesso, só que o território já não é Loures, mas território ocupado ilegitimamente, sem consulta às populações.E o que resta? A frente ribeirinha do Tejo em Loures, nas freguesias da Bobadela, S. João da Talha e Santa Iria de Azóia é uma verdadeira cebola de obstáculos, camada a camada. Desde os aglomerados populacionais até à margem do rio sucedem-se a EN 10 e as faixas “industrializadas” (mais armazenais que industriais) que a ladeiam. O caminho de ferro, a plataforma ferroviária da boba-dela e os monumentais parques de contentores que lhes estão associados, a incineradora da Valorsul, a Fima e a Cavan, também transformada, em parque de contentores e, ainda, o Bairro da Cortiça, agora também parque de contentores. Na zona sul desta faixa, avulta ainda o terreno da Petrogal onde esti-veram os depósitos de reserva de combustível e, a norte, o terreno dos Salgados, para onde a gestão de Carlos Teixeira na Câmara de Loures, autorizou uma inacreditável mega-urbanização em cota de cheia. Numa camada seguinte, apresenta-se o IC2 e, finalmente, a faixa protegida do sapal, entre o IC2 e o rio. Ou seja, o que resta, neste momento, é paisagem. Não desconhecemos a iniciativa municipal, indicia-da no Loures em Congresso, onde parece vislum-brar-se a vontade de valorizar a frente ribeirinha, mas que, tal como foi configurada, não responde, não incita, não projecta, nada de crucial. É preci-so saber o que se pretende para os terrenos da Petrogal e que vão fazer quanto a isso as autori-dades, locais regionais e nacionais. É preciso (re)olhar a urbanização dos Salgados e procurar evitar o disparate. É preciso conter, nos termos do estudo de impacto ambiental, os contentores na plataforma ferroviária da Bobadela e iniciar o estudo da sua re-localização. É preciso travar e desmobilizar os terrenos adjacentes como parques de contentores. É preciso desencadear medidas ambientais e pai-sagísticas mitigadoras das actividades, instaladas na frente ribeirinha. É preciso bloquear novas activi-dades desqualificadoras do território. É preciso um Plano de Ordenamento que comprometa e respon-sabilize entidades públicas e privadas com o futuro da zona. É preciso envolver os partidos políticos, as organizações da sociedade civil e as populações na defesa do território, na sua qualificação e usufruto. A zona do Parque Tejo e Trancão e os limites da Freguesia do Parque das Nações tem de voltar a debate sério.Loures também quer ter Tejo a sério !

Loures quer estar na Linha do Oeste

Uma linha férrea que melhor sirva a zona Oeste do País é uma re-invidicação antiga. O objectivo principal é tor-nar este meio de transporte uma alternativa real a toda a população desta zona, que permita uma maior e melhor ligação ao Norte e Sul do País. Apesar do con-senso político, a verdade é que a tarefa não se afi-gura fácil. Loures pretende estar incluída nessa Linha, através de uma ligação Malveira-Lisboa, que permi-tirá encurtar a duração da viagem.

A Assembleia Municipal em Loures

A notícia de que o Governo só pretende modernizar metade da linha do Oeste (entre Meleças e Caldas da Rainha) tem gerado protestos dos municípios envolvidos. Na dia 24 de Fevereiro realizou-se uma reunião promovida pela Assembleia Municipal de Loures, na qual estiveram representantes autárqui-cos das Caldas da Rainha, Torres Vedras, Marinha Grande, Figueira da Foz, Leiria, Mafra, Nazaré, Óbidos, Sintra, Soure e Lisboa. Ou seja, quase todos os municípios servi-dos pela linha do Oeste, com excepção de Alcobaça, Bombarral, Montemor-o-Velho e Pombal. Nessa reunião houve con-senso em que o investi-mento de 106,8 milhões de euros, anunciado pelo Governo, para electrificar os 84 Km entre Meleças e Caldas só será potenciado, se a modernização da via prosseguir até ao Louriçal

(mais 87 Km), de modo a que este último troço não seja uma “ilha” não electri-ficada na rede ferroviária nacional. Com este prolon-gamento ganha maior força a reivindicação para a aber-tura do aeroporto militar de Monte Real ao tráfego civil,

o que provocaria uma inter-modalidade entre os modos aéreo e ferroviário.Foi ainda referida a van-tagem de se construir um “atalho” para Lisboa, por uma variante entre Malveira e Lisboa (Gare do Oriente), que passasse por Loures,

o que encurtaria a viagem de comboio entre o Oeste e a capital. Uma possibi-lidade que teve em Sintra um opositor, pois prefere o actual traçado, mas que contou com o apoio dos outros municípios.Os autarcas decidiram produzir um documento, que vai ser elaborado pela Assembleia Municipal de Leiria, a fim de ser aprova-do pelas restantes assem-bleias municipais dos con-celhos servidos pela linha do Oeste. Ficou ainda deci-dido que a próxima reunião será realizada na Marinha Grande.

Municípios do Oeste unem-se em torno da linha ferroviária, numa reunião promovida pela Assembleia Municipal de Loures, que permita uma maior e melhor ligação ao Norte e Sul do País. Uma luta transversal a todos os partidos políticos.

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6 TRANSPORTES

Sacavém e Metro unidos por ciclovia

No dia 9 de Março mais de meia centena de pes-soas discutiram o percur-so da Ciclovia que ligará Sacavém à estação de Metro de Moscavide. A sessão de esclarecimento realizou-se nas instalações da junta de freguesia de Moscavide e Portela, tendo contado com a presença na mesa do presidente da Câmara, Bernardino Soares, do vice-presidente Paulo Piteira, que condu-ziu o debate, da anfitriã, Manuela Dias, de Carlos Gonçalves, vogal da Junta de Freguesia de Sacavém, do vereador Fernando Costa e de João Félix, do Departamento de Obras Municipais do Município e responsável pela equipa que elaborou o projecto.

Apresentação do Projecto

A abertura da Sessão coube a Paulo Piteira que começou por realçar a importância da obra, num Concelho onde este tipo de vias é praticamente inexis-tente. Como tal, este é um

primeiro passo para que, no futuro, todo o Município possa estar interligado, unindo todas as freguesias. Sublinhou ainda as vanta-gens de uma obra deste tipo para a população, com destaque para o Ambiente e Saúde. Aproveitou ainda para anunciar que esta obra estará finalizada no primeiro trimestre de 2017.Seguiu-se Carlos Gonçalves que se congratulou com a importância de Sacavém ficar ligado ao Metro de Moscavide através desta obra. Destacou ainda que, com esta obra, a ciclovia já existente em Sacavém passou a fazer sentido, pois era “uma ciclovia que começava e terminava em lado nenhum”.Manuela Dias aproveitou a deixa para dizer que em Moscavide e na Portela falta tudo nesta área e não apenas um bocadinho. Revelou que esta obra é um desejo antigo, que vem desde 2008 e que servi-rá para unir a Freguesia e fazer ligação com Sacavém. Destacou ainda a excelente cooperação de

João Félix e a sua equipa, que se mostraram recep-tivos a todas questões e sugestões provenientes da Junta de Freguesia.Para finalizar a apresen-tação do Projecto e com dados mais técnicos, falou João Félix. Explicou o tra-jecto e aventou a possibi-lidade de, no futuro, existir uma ligação às escolas Gaspar Correia e Arco-Íris. A complementaridade entre o percurso ciclável e o Rodinhas foi outro dos pontos referidos, assim como a perda de 5 ou 6 lugares de estacionamen-to, um número insignifican-te para uma obra desta dimensão. Por fim reve-lou o custo da obra, que está orçamentada em 230 mil euros e estar aberto para responder a suges-tões e dúvidas, pois só assim aquela Sessão só fazia sentido, sublinhando que não era uma proposta fechada.O debate, contrariamen-te ao que se poderia pre-ver, não foi de aclamação uníssona. Muitas foram as dúvidas e sugestões

levantadas, sempre bem fundamentadas, numa ver-dadeira lição de civismo. Foi uma Sessão rica a que a Mesa ia respondendo, aceitando algumas suges-tões e justificando o porquê de, pelo menos para já, não poderem ser satisfei-tas outras.

Encerramento

Coube a Bernardino Soares encerrar a Sessão salientando que a Câmara está a tentar inaugurar um caminho nesta área, onde o Concelho está atrasado. Salientou ainda que, futu-ramente, se pretende ligar a zona oriental e ociden-tal do Concelho através da várzea e a ligação com Vila franca de Xira e Lisboa, através de vias pedonais e ciclovias. Com tudo isto referiu que, apesar de ligar localidades e transportes públicos, a ciclovia não abrandará a luta da edili-dade por melhores trans-portes.

Pedro Santos Pereira

No primeiro trimestre de 2017 Sacavém e a estação de Metro de Moscavide estarão ligados por uma ciclovia, foi a garantia dada pelo vice-presidente Paulo Piteira. Um tra-jecto que atravessará a Portela e passará pela Urbanização dos Jardins do Cristo Rei, até chegar ao destino final.

Em alguns ombros... os sonhos de todos!!

Começou ontem, primeiro dia de Abril, o 36º Congresso do PPD/PSD. Passados alguns anos, este evento magno da Social-Democracia volta a realizar-se fora da área metropolitana de Lisboa (o último congresso Nacional em outra área geográ-fica teve lugar em Guimarães, no ano de 2008). Decorridos vários anos, o órgão máximo do PPD/PSD leva, todos os militantes e simpatizantes, Social-Democratas a ficarem de olhos postos um pouco mais a Norte do que vinha sendo hábito em Congressos.Esta escolha de localização fará, naturalmente, com que muitos Social-Democratas do concelho de Loures façam várias horas de caminho, para repre-sentar o nosso Concelho nesta reunião da maior organização política portuguesa. Com eles irão, naturalmente, muitas ideias, propostas ou reivindi-cações do PSD Loures para o futuro do País e do concelho de Loures. Este Congresso será, obvia-mente e nos moldes adoptados desde a introdução da Eleição Directa para Presidente do PSD, uma oportunidade de debater com franqueza, lealdade e honestidade o futuro do PPD/PSD mas, acima de tudo, o futuro de Portugal.Não posso esconder que, nestes moldes, a res-ponsabilidade que recai sobre os ombros de quem dirige os destinos do PSD no Concelho é enorme. Não posso deixar de admitir que cabe, aos repre-sentantes de Loures neste Congresso, fazer com que todos escutem os desejos dos munícipes do nosso Concelho para o futuro da nossa Nação, mas também da nossa Terra. Não posso escamotear que sobre todo o PSD Loures pesam os sonhos de mais de 200 mil habitantes. Por isso houve, há quase um mês, a escolha de levar a este importante lugar de discussão uma equipa heterogénea, nas pessoas que a constituem, mas também coesa nos objectivos de defesa de Loures e do futuro de todos os Lourenses. Por isso temos vindo, cada vez mais, a escutar o que Loures pretende dizer ao País. Por isso haverá, naturalmente, uma participação atenta e activa, dos representantes de Loures no Congresso do PSD, no debate franco de ideias, sobre todo e qualquer assunto, que seja relevante para aqueles que são e sempre serão o foco primor-dial do PSD Loures: todos os Lourenses. Cada vez mais se torna importante os agentes políticos e as estruturas partidárias não estarem fechados sobre si mesmos e assumirem, perante todos os que neles depositam o seu futuro, o que vão fazendo em prol de todos. Por isso, mais uma vez, a opção por trazer aqui nestas linhas um pouco do que é a minha actuação e do PSD Loures é, não apenas, uma questão de escolha, mas também de obrigação para com valores e princípios. Hoje, mais do que nunca, os Lourenses sabem que não são apenas umas dezenas de militantes do PSD que estão em Espinho.Hoje, mais do que nunca, toda a população de Loures está representada no XXXVI Congresso da Social-Democracia portuguesa.

Ricardo AndradeComissário de Bordo

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ExclusivoDe 29/03 a 22/04/2016

8 EDUCAÇÃO

Com seis anos feitos «de fres-co», a Academia Sénior foi uma ideia da Junta de Freguesia de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela para fazer face ao envelhecimento da população numa localidade muito dispersa. Nuno Leitão, presidente da Junta de Freguesia, explicou ao NL o porquê deste projecto e quais os seus principais objectivos.

O que é e como nasceu a Academia Sénior?A Academia Sénior nasceu há seis anos atrás, da necessidade de dar uma resposta a quem passava de uma situação activa para uma situação de reforma. Sabíamos que muitas pessoas não conhe-ciam bem o território, fruto do vai-vém diário e do facto desta locali-dade ser, na altura, um dormitório de quem trabalhava em Lisboa. Havia, por isso, a necessidade de dar alguma vida a quem, de repen-te, chega a velho e não tem nada para fazer.Surgiu por isso a oportunidade de criar um projecto que permitisse o envelhecimento activo, com estra-tégias como a actividade física e o conhecimento. Tendo em conta que não havia nenhuma estrutura física para albergar o projecto, pen-sámos que poderíamos envolver a comunidade. Daí que o projecto tivesse avançado para a Escola Secundária, com o apoio dos pro-fessores, e que tivesse avançado também para as instituições do movimento associativo, para que elas se sentissem também envolvi-das nesta questão. Foi uma forma de darmos uma resposta positiva e também de ligarmos as pessoas à comunidade.Na altura, falava-se no facto de existir uma grande quantidade de pessoas isoladas em casa, muito fruto do facto de haver muitos casais envelhecidos. Quando um dos cônjuges morria, o outro ficava refém de casa, sobretudo porque não conhece a realidade em volta. Muitas pessoas não têm como cha-mar a esta a sua terra, porque vêm de fora, do Alentejo, do Algarve, das Beiras ou de Trás-os-Montes. Por isso, o projecto acabou tam-bém por ser uma forma de ligar as pessoas, criando laços entre elas. Conseguimos aos poucos que as pessoas se conhecessem umas às outras, criando proximidade e

envolvendo-as nas actividades.

Onde funciona a Academia?Funciona nos três agrupamentos de escolas das três freguesias e junto das várias instituições. Em termos de alfabetização, temos um professor voluntário, que é aluno e ao mesmo tempo professor, que ensina um pouco daquilo que sabe às pessoas. Temos ainda o Rancho Folclórico do Bairro da Fraternidade, os Corações de Vale Figueira, o Clube Recreativo Bobadelense, ou seja, sempre na perspectiva de utilizar os tempos mortos das associações como uma mais-valia para as pessoas. A sede física é nas juntas de freguesia, de onde parte a alavancagem de todo o projecto. A Academia Sénior vive, por isso, em vários espaços físicos e os professores são todos voluntários.

A quem se destina?A pessoas com mais de 50 anos, algumas delas reformadas, outras desempregadas. Temos também situações, em articulação com as Unidades de Saúde Familiar, de utentes encaminhados pelos médi-cos, que já perceberam que esta dinâmica é uma mais-valia no ter-ritório, dado tratar-se de uma res-posta de intervenção local.

Quais as principais actividades da Academia Sénior?Temos a actividade física, que envolve a ginástica, o reiki, o ioga e o tai-chi, temos uma parte dedica-da às artes decorativas, incluindo bijuteria, estanho, feltro e pintura, temos ainda disciplinas do conhe-cimento, como história universal, inglês, francês, italiano, temos tea-tro, temos informática, abrangendo redes sociais e muitos outros. As pessoas pagam oito mensalidades por ano, no valor de cinco euros.

Quais as entidades envolvidas no projecto?Os agrupamentos de escolas de São João da Talha, Santa Iria de Azóia e Bobadela, institui-ções do movimento associativo, nomeadamente o Clube Recreativo Bobadelense, os Corações de Vale Figueira, o Rancho Folclórico do Bairro da Fraternidade, a Curpi de São João da Talha, o Pólo Comunitário «Os Amigos de Sempre» e as várias instalações

da Junta de Freguesia.

Há iniciativas especiais no âmbito da Academia Sénior?Sim, ao longo do ano, os profes-sores balizam os conteúdos com uma determinada função. Dão-lhe um envolvimento, de forma a que, no final do ano, seja possível aos utentes fazerem uma excursão temática, como uma viagem de finalistas. Estamos ainda a arran-car com novas disciplinas, como o «Gangue da Malha», um projecto que surgiu este ano e que consiste num grupo de senhoras que se jun-tam em torno do que é fazer malha e crochet. No final, as peças de roupa que as senhoras produzem são entregues a uma instituição de solidariedade social. A vantagem é que damos roupas novas a entida-des que normalmente só trabalham com roupa usada. É uma forma de dar um envolvimento diferente à solidariedade humana.

Em que consistiu o sexto ani-versário da Academia Sénior?Tivemos, ao longo do mês de Março, um conjunto de actividades diversas, temos uma exposição dos trabalhos de artes manuais que esteve exposta nas três fre-guesias, tivemos um evento para assinalar a data, que contou com a presença de representantes da Câmara Municipal e do patrono da iniciativa, Rui Nabeiro, da Delta Cafés.

Este projecto insere-se numa aposta estratégica da Junta de Freguesia?Sim, é um dos pilares de actua-ção no nosso contexto territorial e é uma das formas que temos de apoiar uma população cada vez mais próxima desta maiorida-de. Trata-se de uma resposta que a Junta de Freguesia tem para essas pessoas. Apoiamos quase 400 alunos e estamos a crescer ao nível da dimensão territorial, sem-pre numa perspectiva de valores como a solidariedade, o respeito mútuo, o conhecimento e o enve-lhecimento activo. Tem sido um enorme desafio tirar as pessoas de casa, colocá-las a conviver e a confraternizar e a criar laços de amizade, que é o mais importante no contexto.

André Julião

Criada há seis anos, a Academia Sénior de São João da Talha, Bobadela e Santa Iria de Azóia ajuda mais de 400 utentes, com mais de 50 anos, a criar laços e a conviver. Há actividades para todos os gostos, das redes sociais ao tai-chi, passando pelo reiki, ioga ou aulas de italiano.

Academia Sénior seis anos a promover o envelhecimento activo

Nuno Leitão

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10 CULTURA

Aconteceram nos dias 14 e 15 de Março. O Teatro Nacional D. Maria II abriu as suas portas às Jornadas de Teatro pela mão de Eugénia Vasques, Gonçalo Amorim, Joana Craveiro e Tiago Rodrigues.

As Jornadas de Teatro trouxe-ram ao D. Maria II criadores e profissionais de teatro de todo o País. Neste encontro de dois dias, foram debatidos temas que inquietam o meio teatral. Com painéis de debate, onde estive-ram representados artistas, com-panhias, estruturas e investiga-dores da área, foram abordados temas como o apoio às artes, as condições de produção, circula-ção e internacionalização teatral, a precariedade laboral e as políti-cas culturais, entre muitos outros.Estes encontros dividiram-se por dois dias e cada um dividido por dois painéis.No primeiro dia após a recep-ção e boas vindas apresentadas pelo director artístico do Teatro Nacional, Tiago Rodrigues, seguiram-se as intervenções de Paulo Garcia do Teatro Viriato, Inês Maio do FITEI e FIMP e Thomas Walgrave do Alkantara Festival, que fizeram as respecti-vas apresentações sobre “Apoios À Criação, Financiamento e Políticas Culturais”. A modera-ção foi de Maria João valente do Teatro da Garagem.Aqui vários pontos foram foca-dos nas intervenções por parte

da plateia (cheia!) do Teatro Nacional. Ao falar-se da tão bati-da “política cultural”, impunha-se definir o seu significado, a que se propõe. Centrar a Política Cultural na pessoa foi basta-mente referido como importante e fundamental. João Brites do Teatro O Bando, relembrou os já inúmeros “Encontros” inter-pares realizados durante anos infindos, o que já se tornariam repetitivos e com resultados sem fim à vista. E, mesmo antes dos últimos atentados em Bruxelas, lembrou que a guerra, verdadeira e real, já estava aí!!! Para outros inter-venientes referir o Orçamento para a Cultura, é falar de como desorçamentar a Cultura. Até porque os tão almejados 1% para a Cultura ainda estão longe!

O Teatro

Após o almoço todos os inter-venientes foram distribuídos por pequenos grupos para que atra-vés do painel “Trocando Peças”, fosse possível aos fazedores de teatro discutirem o que fazem, como o fazem, onde o fazem e para quem o fazem. Aqui de tudo se falou: de arte, de pro-

cessos, de dinheiro, de trabalho, de precaridade e de colectivos. Como moderadores estiveram Cristina Carvalhal, Eugénia Vasques, Francisco Salgado, Jorge Louraço Figueira, Luís Lima Barreto, Martim Pedroso, Mikaël de Oliveira, Miguel Graça, Miguel Loureiro e Sofia Marques.Sensivelmente a meio desta acti-vidade rebentam as lágrimas do inacreditável, através de um sms no meu telemóvel: MORREU O NICOLAU BREYNER! Que fazer? Como dizer? Quando dizer? Tinha desaparecido mais um dos nossos! Impossível de acreditar, mas… “the show must go on”! O “espectáculo” tinha de continuar e o Nico assim quereria que acontecesse! E continuou! Com um nó em cada garganta, mas o dia prosseguiu.

Os direitos

Dia 15, o dia seguinte, seria dividido em mais dois painéis: “Teatros Municipais, circulação e território “Estatuto do trabalhador do espectáculo, recibos verdes e segurança social”.No primeiro painel intervie-ram Pompeu José (ACERT),

João Pedro Vaz (Comédias do Minho) e Miguel Seabra (Teatro Meridional) moderados por Gabriela Lourenço (Teatro do Vestido).Pompeu José falou sobre a gran-de e forte ligação à realidade social da área de Tondela por parte da ACERT, assim como a interligação a outras entidades, tais como, por exemplo, o Teatro Viriato, Teatro de Montemuro, Teatro O Bando…Miguel Seabra do Teatro Meridional olha-nos como Bombeiros da Alma, afirma que somos a Urgência… que “temos urgência em salvar o mundo”! E continua: o Excel rouba-nos o sonho!!! Mas também cita Samuel Beckett: “…falhar, falhar cada vez mais e falhar cada vez melhor”! Temos de ser capa-zes de falhar cada vez melhor, reafirma. Acusa arquitectos e engenheiros que deveriam ser processados pela construção de muitos equipamentos culturais, feitos sem pensar nos espectá-culos que por lá irão passar. E eu próprio conheço alguns, afirmo eu! E sobre os cachets que uns e outros vão baixando para pode-rem ser eles a trabalhar (contin-

gências da concorrência, será?), termina: “Podemos desapertar o cinto, mas nunca baixar as cal-ças!”João Pedro Vaz das Comédias do Minho colocou o dedo na feri-da: “Descentralizar não é copiar o “centro”, mas sim “centralizar” na região”!No painel da tarde desde os “falsos” recibos verdes, à carteira profissional que não existe, estas foram algumas das questões levantadas por Carlos Mota de “visões Úteis; a diferença entre contrato de trabalho e presta-ção de serviços, de que nos falou o realizador e representante dos Precários Inflexíveis, Bruno Cabral; Joana Manuel, actriz e activista sindical no CENA, levou-nos todos a compreender a utili-dade e a necessidade de se ser sindicalizado.No final foi feita a leitura dos tex-tos das relatoras das Jornadas, Cláudia Galhós do Expresso, Gabriela Lourenço da Visão e Ana Cristina Pereira do Público.Aqui fica a necessidade destes encontros. As próximas Jornadas Teatrais serão no Porto em tem-pos de FITEI.

Gonçalo Oliveira

Jornadas de Teatro

Júri

Pedro Santos PereiraPresidente do Júri

Fernanda Santos

António Augusto Carlos Candeias

Florbela Estêvão Luísa Cabral Teixeira

Filipe Esménio Pedro Cabeça

Márcia Mendes Teresa Antunes

Ricardo Andrade Rui Pinheiro

ALLIANZ OFERECE 1 000 ÁRVORES AO CONCELHOA companhia de seguros Allianz Portugal ofe-receu ao Município de Loures, um total de mil árvores para acções de arborização no Concelho, no âmbito do projecto ProNatura, da ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente. Em Dezembro de 2015, 75 dessas árvores foram plantadas no Parque Municipal do Cabeço de Montachique, pelas mãos de cerca de duas dezenas de jovens do curso vocacional do 3.º ciclo do ensino básico de Jardinagem e Ambiente, da Escola Básica e Secundária D. João V, da Damaia.

DEBATES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA COMO BEM PÚBLICOConjunto de debates, promovidos pela Câmara Municipal de Loures, que realçaram a importân-cia da água como um bem público e o perigo da sua privatização. Vários foram os especialistas nacionais, dentro desta área, que deram o seu contributo, para um maior esclarecimento do tema, o que foi sobejamente alcançado, atra-vés de uma linguagem simples e directa, que não deixaram dúvidas a todos os que tiveram oportunidade de assistir.

LIMPEZA DO TRANCÃO EM BUCELASA limpeza do rio Trancão, na zona de Bucelas, foi feita em estreita colaboração entre a Junta de Freguesia de Bucelas, Câmara Municipal de Loures, Associação de Beneficiários de Loures, empresários da região e proprietários dos terre-nos contíguos à linha de água, numa parceria que envolveu a sociedade civil. O objectivo foi desobstruir o rio de forma a prevenir as cheias, com especial destaque para o envolvimento de instituições e sociedade civil.

PARQUE DA QUINTA DOS REMÉDIOSO novo parque da zona oriental, localizado na Bobadela e que permite “olhar o horizonte, ver o Tejo, ouvir o canto dos pássaros, tocar na terra, saborear um chá, passear por caminhos rodeados de oliveiras, ler um livro e sentir o esplendor da natureza. Tudo, e muito mais, para fazer num novo parque, que é um hino aos sentidos.” – A verdade disto tudo muito perto de muitas casas. Repitam-se estas experiências.

PLANO DIRECTOR MUNICIPAL (PDM)O novo PDM prevê a diminuição da área urba-nizável, a reserva de espaço-canal para con-cretização das novas vias rodoviárias, a possi-bilidade de legalização futura de habitações em mais Áreas Urbanas de Génese Ilegal (AUGI), a criação de novas áreas destinadas a pólos de actividades económicas e a ampliação de espaços públicos de lazer. Este tipo de medi-das permitirão ao Concelho a possibilidade de uma maior qualidade de vida.

PRÉMIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA (AMBIENTE)

EDUARDO GAGEIRO - FOTOJORNALISTA

Nasceu em Sacavém a 16 de Fevereiro de 1935. Empregado de escritório na Fábrica de Loiça de Sacavém de 1947 a 1957, con-viveu diariamente com pintores, escultores e operários fabris, que o influenciam na sua decisão de fazer fotojornalismo.Com 12 anos publica no Diário de Notícias, com honras de primeira página, a sua pri-meira fotografia.Começa a sua actividade de repórter foto-gráfico no Diário Ilustrado em 1957.Foi fotógrafo do Diário Ilustrado, O Século Ilustrado, Eva, Almanaque, Match Magazine, editor da revista Sábado, Associated Press (Portugal), Companhia Nacional de Bailado, da Assembleia da República e da Presidência da República. Trabalhou, nomeadamente, para a Deustche Gramophone - Alemanha, Yamaha - Japão e para a Cartier. Actualmente é freelancer.É membro de honra do Fotokluba Riga (ex-URSS), Fotoclube Natron (ex-Jugos-lávia), Osterreichisdhe Fur Photographie, O.G.Ph Viena (Áustria), Gold Year de Honra (Novi Sad, ex-Jugoslávia) e Excellence F.I.A.P. (Fédération Internationale de l’art Photographique - Berna, Suíça).Fotografou o mundo e conta 300 prémios dos cinco continentes.No II Congresso Internacional de Repórteres Fotográficos, realizado em S. Paulo, Brasil, em 1966, foi nomeado vice-presidente.Mestre Fotógrafo Honorário da Associação de Fotógrafos Profissionais – 2009.Cavaleiro da Ordem de Leopoldo II - BélgicaComendador da Ordem do Infante D. Henrique.

PRÉMIO CARREIRA(RECONHECIMENTO)

BORDALO II – ESCULTOR (GROU)Artur Bordalo ou Bordalo II, como é conhecido, usa lixo urbano e muita cor para criar grandes instalações de rua, que representam animais ou cenas urbanas. Neto do pintor Bordalo, cresceu a ver o avô a representar Lisboa. Com as suas obras pretende chamar a atenção para as problemáticas do consumismo exagerado e dos desperdícios fruto do mesmo. São a tradu-ção plástica da frase o lixo de um Homem é o tesouro de outro. A sua arte é tridimensional, carregada de vida, de cor e movimento, como é o caso de “Grou”, a obra que deixou na Quinta do Mocho.

DANIEL MALHÃO - FOTÓGRAFOFrequentou a Faculdade Belas Artes da Universidade de Lisboa. Frequentou e concluiu o Curso Completo de Fotografia no Ar.Co entre 1995 e 2000 tendo participado no programa de intercâmbio com The School of the Art Institute of Chicago, para o qual contou com Bolsa da FLAD. Em 2005, participou no Programa Gulbenkian: Criatividade e Criação Artística—Fotografia. Tem exibido o seu trabalho em diver-sas exposições, individuais e colectivas, nacio-nais e internacionais, estando representado em diversas colecções particulares e institucionais, tendo sido nomeado para edição de 2007 do prémio Bes-Foto. Desde 2008 tem exercido actividade docente em diversas instituições de ensino cooperativo artístico e superior.

PATRÍCIA MARQUES E J. PAULO COSTA – ARQUITECTOS (BIBLIOTECA DE S. PAULO)A Biblioteca de São Paulo, na Apelação, na categoria de Design de Interiores, nos prémios FAD (Fomento de las Artes y del Diseño). Os prémios FAD de Arquitectura e Interiores são concedidos pela associação ArquinFAD, do Fomento das Artes e do Desenho, a pessoas e entidades que tenham apresentado obras terminadas durante o ano anterior na Península Ibérica e ilhas. Este é um dos mais relevantes galardões de arquitectura da Península Ibérica. Esta reabilitação foi efectuada pelos arquitec-tos Patrícia Marques (vencedora do prémio de arquitectura do JOV’ARTE 1997) e J. Paulo Costa, do gabinete Site Specific.

RUI BAPTISTA – ARQUITECTO (AEROPORTO DE ISTAMBUL)Arquitecto responsável pelo desenho do maior aeroporto do Mundo em Istambul, na Turquia. Referência mundial na arquitectura de aero-portos, tendo anteriormente desenhado o de Larnaca, no Chipre e tido acções de remo-delação em outros, como o de Heathrow, em Londres e os de Abu Dhabi e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Também foi arquitec-to auxuliar nos estádios da Luz, do Algarve e do Arsenal.

SMILE – PINTOR (SENTINELLA)“Sentinella” é uma das obras mais aclama-das da Galeria de Arte Pública da Quinta do Mocho, cuja autoria pertence a Ivo Santos, mais conhecido por Smile no meio artístico. A sua projecção nacional acontece em 2004, quando virtualmente desconhecido para a comunidade em geral, vence categoricamente o Concurso de Graffiti de Oeiras, o mais importante cer-tame àquela data, tendo atingindo o estatuto internacional em 2009, ao vencer um concurso em Barcelona, frente a nomes consagrados do graffiti mundial.

PRÉMIO ARTES PLÁSTICAS E IMAGEM (CULTURA)

BRUNO SEMEDO – ACTOR EM “A ÚNICA MULHER”Bruno Semedo, de 12 anos, interpretou a per-sonagem de “Kandimba” na novela “A Única Mulher”. Oriundo da Quinta da Fonte, na Apelação, começou a aprender a arte de repre-sentar no Teatro IBISCO, que o levou até ao mundo da televisão, onde teve um excelente desempenho na já referida telenovela. Jogar à bola e esperar que os conflitos terminem são os seus maiores desejos.

LAURA SEIXAS - REALIZADORADepois de ter participado no Flickers: Rhode Island International Film Festival, nos Estados Unidos e no Festival de Cannes, em França, "Belonging", a curta-metragem realizada por Laura Seixas, marcou presença também no New York City Indie Film Festival. Esta curta-metragem portuguesa baseia-se em factos reais ocorridos durante a II Guerra Mundial. Em 2014, a curta-metragem venceu a competição Shore Scripts na categoria de Short-Film (curta-metragem), um prémio atribuído anualmente a argumentos de longas e curtas metragens em que o júri é composto por grandes nomes do cinema mundial, com vencedores e nomeados para Óscares, BAFTAs, Palmas de Ouro e Globos de Ouro.

LUÍS PANIÁGUAFaz Teatro de Amadores desde 1986 e a partir desse ano nunca mais parou, passando por vários grupos. Neste momento integra o TIL – Teatro Independente de Loures. Já fez cerca de 50 trabalhos teatrais diferentes passando por montagens teatrais, recriações, jograis, leituras encenadas, animações, montagem e operação de luz e som. A nível profissional teve um punhado de experiências entre teatro e publicidade. É Licenciado em Animação Sócio Cultural pelo ISCE. Fez várias formações em áreas técnicas do Teatro. Dirigiu o Grupo de Teatro do Centro de Dia de Loures em 1995 e 1996 e a Turma de Teatro do Pólo de Loures da Academia dos Saberes entre 2010 e 2013, onde está neste ano lectivo. Na última década recente, nomeadamente até 2014, teve no TIL a oportunidade de trabalhar de muito perto com o fundador e encenador Carlos Paniágua Féteiro.

MIGUEL BARROS - ENCENADOREncenador e mentor do Teatro Ibisco, Miguel Barros é um dos grandes responsáveis pelo êxito artístico deste Teatro, que já levou dois actores do IBISCO às novelas. A crescente melhoria nas representações dos actores tem sido notada, demonstrando o trabalho desenvol-vido, em que a mesma peça ao longo do tempo se vai apurando. O objectivo está centrado na formação artística e cívica de jovens oriundos de bairros sensíveis de Loures. Miguel é ainda actor, stand up comedian e dramaturgo e ence-nador.

TIAGO R. SANTOS - ARGUMENTISTATiago R. Santos, nascido e criado no nosso Concelho, recebeu o Prémio Sophia 2015 na categoria de melhor argumento original, do filme “Os Gatos não têm Vertigens”. Depois de uma passagem por Nova Iorque, onde estudou guionismo, assinou, em 2007, o argumento de "Call Girl", vencedor do Globo de Ouro nesse mesmo ano. Depois disso, já escreveu "A Bela e o Paparazzo" e as séries "Conta-me como Foi" e "Liberdade 21".

ARTES CÉNICAS E AUDIOVISUAL (CULTURA)

ANTÓNIO SAIOTE – MAESTROAntónio Manuel Correia Saiote (nascido a 14 de Julho de 1960) é maestro e clarinetista enraizado em Loures. Desde 1985 que leciona na Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo (Porto), Escola Superior de Música de Lisboa e posteriormente na ESMAE. Em 2015 trouxe até ao Concelho alguns dos melhores clarinetistas mundiais, através do Meeting Internacional de Clarinete. Fez um curso de Repertório Tradicional, em Inglaterra, com Georges Hurst – que aliás o considerou um dos alunos mais brilhantes da Academia de Canford. Obteve o Mestrado em Direcção de Orquestra, pela Universidade de Sheffield. Foi nomeado Membro de Honra da Associação Internacional de Clarinete, por unanimidade.

KIKA - CANTORAAna Paula Cardoso, mais conhecida por Kika, foi a grande vencedora do Factor X, impressionando Portugal com uma voz poderosíssima. De Sacavém vem esta força da Natureza a quem Sónia Tavares, dos The Gift, apelidou de Diva. Numa altura em que lançou o seu pri-meiro álbum, esta cantora não pára de surpreender, revelando dotes artísticos surpreendentes e que auspiciam um futuro prometedor.

ORQUESTRA GERAÇÃOProjecto Musical inovador, referido como um case study na União Europeia, situado “entre as 50 melhores práticas de inclusão e desenvolvimento “segun-do o último relatório da Direcção-Geral para as Políticas Regionais e Urbanas. Um projecto que toca as vidas, como afirma o Maestro Walter Diniz, promotor e responsável pela sua implantação em Portugal, cujo sucesso é indiscutível, sendo Loures um desses casos.

RITA REDSHOES - CANTORACantora e compositora, Rita Redshoes lançou o seu primeiro álbum a solo em 2008. Desde então acrescentou mais dois álbuns de originais à sua discografia, o último dos quais “Life is a second of love”, em 2014, que a levou a diversos concertos em 2015. Em 2012 foi agraciada pela revista Portugal Protocolo com o Prémio Femina, por mérito nas Artes Musicais, um galardão que visa premiar as mulheres portu-guesas que se tenham distinguido na sociedade Portuguesa.

SHOUT – BANDA DE MÚSICAGrupo constituído por 12 vozes com origem na sonoridade pop/gospel, das quais várias oriundas do concelho de Loures, e comemoraram, em 2015, 20 anos de carreira. Apesar desses quase 20 anos e dos trabalhos editados, a grande visibilidade pública do grupo advém, maioritariamente, das colabora-ções que têm feito com grandes nomes da música portuguesa: Rui Veloso, Sara Tavares, Boss AC, Ala dos Namorados, são apenas alguns exemplos.

MÚSICA (CULTURA)

ATLÉTICO CLUBE DE MOSCAVIDE - BASQUETEBOL – SENIORESA equipa sénior de basquetebol do Atlético Clube de Moscavide conquistou a primeira edição da taça nacional sénior masculina. Na final, que se realizou no dia 30 de Maio de 2015, venceu a formação do Famalicense por 68-76, trazendo a taça para o Concelho. Num Concelho onde o basquetebol não é uma moda-lidade muito praticada, o Atlético de Moscavide continua a remar contra a maré e a proporcionar a todos os amantes da modalidade um local para a praticarem.

GESLOURES – NATAÇÃO ADAPTADAPresentes em todos os Jogos Paralímpicos, Campeonatos da Europa e do Mundo desde 2000, David Grachat, Leila Marques, Mannie NG e Nuno Vitorino tornaram-se atletas de referência em Portugal e levaram mais longe o nome do Concelho e do País. Um percurso feito de muito trabalho, esforço, dedicação mas, sobretudo, de determinação, só possível com a ajuda de todos os que fazem parte da “família” GesLoures. Outra das figuras importantes é Carlos Mota, técnico da GesLoures, distinguido pela Associação de Técnicos de Natação com o galardão de Treinador do Ano, que aceitou o desafio de treinar, exclusivamente, atletas para-límpicos, na modalidade de natação adaptada, ajudando-os a transformar-se em desportistas de excelência, de nível nacional, europeu e mundial.

GESLOURES - NATAÇÃO SINCRONIZADAA Gesloures conquistou o título nacional de Verão de natação sincronizada nos campeonatos que se realizaram em Julho, na Piscina Municipal de Felgueiras. A Equipa de Natação Sincronizada da GesLoures conquistou, em 2015, o título de campeã nacional no Campeonato Nacional de Verão de Natação Sincronizada, que se realizou na Piscina Municipal de Felgueiras. Integrando 25 nadadoras, entre os 10 e os 36 anos, a equipa da Gesloures, mais uma vez, traduziu em resultados de excelência o bom trabalho desenvolvido em prol do desporto no município de Loures. A equipa de Loures somou 259 pon-tos e venceu ainda os escalões de Absolutos, Juniores e Juvenis.

GRUPO DESPORTIVO DE LOUSA - CICLISMOActualmente a equipa de Lousa, conta com cerca de 30 atletas, divididos pelas catego-rias de benjamins, iniciados, infantis, juvenis, cadetes, juniores, passando a designar-se por MoveFree/Ferrindal/GD Lousa, depois de algu-mas mudanças ao nível dos patrocinadores.Na categoria de juniores, o grupo quer manter os bons resultados das últimas épocas, onde conseguiu diversas vitórias, individuais e colec-tivas.

GRUPO SPORTIVO LOURES - FUTEBOL – JUNIORES AO Grupo Sportivo de Loures, no escalão de juniores, sagrou-se campeão nacional da II Divisão vencendo na final o Feirense. Um empate em Santa Maria da Feira, a um golo, foi o suficiente para o tão almejado título, após a vitória caseira por 2-1. Depois de uma primeira fase de cortar a respiração a equipa carrilou, tendo feito a 2ª fase de uma forma irrepreensí-vel, alcançando 27 pontos em 30 possíveis, o que significou nove vitórias em 10 jogos.

EQUIPA (DESPORTO)

BÁRBARA COSTA - NADADORABárbara Costa começou a aprender a nadar aos seis meses no Sport Lisboa e Benfica. Em 2004 ingressou na Gesloures na natação pura. Com 9 anos optou pela natação sincronizada. Desde a temporada 2009/2010, a atleta do clube de Loures sobe regularmente ao pódio em solo, dueto, equipa e combinado, tendo sido campeã nacional nos dois últimos anos. Em 2015 foi considerada, pela Federação portuguesa de Natação, a melhor nadadora de natação sincronizada.

CARLOS MOTA - TREINADOR DE NATAÇÃOO trabalho do treinador da GesLoures, Carlos Mota, foi reconhecido no Congresso Técnico e Científico da Associação Portuguesa de Treinadores de Natação, onde foi considerado o Treinador do Ano. Carlos Mota é treinador da GesLoures desde 1992, onde desenvolve um trabalho específico na natação adaptada. Conta no seu currículo com participações nas últimas cinco edições dos Jogos Paralímpicos – Atlanta, Sidney, Atenas, Pequim e Londres – acompanhando sempre nadadores da GesLoures. O próximo desafio é a prepara-ção dos nadadores para a participação nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, que se realiza este ano.

DAVID GRACHAT - NADADORDavid Grachat vai, pela terceira vez, par-ticipar nos Jogos Paralímpicos, em 2016. O “passaporte” para o Rio de Janeiro foi adquirido nos 50 e 400 livres, durante a sua participação no British Para-Swimming International Meet, em Glasgow, precisa-mente o palco do próximo Mundial do IPC, onde o nadador da Gesloures, da clas-se 9, representará as cores portuguesas. Com várias medalhas internacionais no currículo, David Grachat foi eleito em 2015, pela Federação Portuguesa de Natação, o melhor nadador de natação adaptada masculina.

DANIEL RAYKOV - CICLISTACom apenas oito anos, Daniel Raykov já vai fazendo furor no ciclismo de estrada. No ano passado, em 2015, o Daniel alcan-çou 16 vitórias e dois segundos lugares, em 18 provas disputadas. Uma prestação de elevado nível que faz dele uma pro-messa regional e uma certeza no Grupo Desportivo de Lousa.

SÍLVIA SAIOTE – GINASTASílvia Saiote começou o ano de 2015 da melhor maneira, ao vencer, em Janeiro, o Torneio José António Marques de Ginástica de Trampolins. Em Março, em equipa com Ana Rente, conquistou a medalha de bronze no Open do Azerbaijão, em Baku. Depois de ter sido reserva olímpi-ca de trampolim individual feminino nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, actualmente integra o projecto olímpico Rio 2016. Possuidora de um enorme sentido de esforço e dedicação, aliou os treinos e competição à sua vida académica e licenciou-se em Economia pela Faculdade de Economia do Porto, com Mestrado em Gestão pelo Instituto.

INDIVIDUALIDADE (DESPORTO)

CONFRARIA DO QUEIJO FRESCO DA REGIÃO SALOIAA Confraria do Queijo Fresco da Região Saloia nasceu do desejo de duas das autarquias da região, com o objectivo de impulsionar, promover e mostrar o que de melhor se faz nos concelhos de Loures e Mafra. A Confraria do Queijo Fresco da Região Saloia é composta por representantes da Montiqueijo, Fresqueijo, Lactidarte, Lactifeita, Lactimonte, Lactinovo, Queijos Miguel Frade, Queijos Santiago, Requeijoeste e Tété.

LOURES INOVAO Loures Inova é um centro de negócios e de capa-citação empresarial dos sectores Agroalimentar e de Logística. Pretende fomentar a fixação de novas empresas no concelho de Loures, permi-tindo a (re)qualificação do tecido empresarial, num novo paradigma de apoio à inovação e ao empreendedorismo de base tecnológica, funcio-nando como âncora de recursos humanos quali-ficados e de projectos empresariais com impacto internacional. A Câmara de Loures inaugurou, em Março de 2015, no Mercado Abastecedor de Lisboa (MARL) e projecto resulta de uma parceria entre a Câmara de Loures, o MARL e a Associação Parque de Ciência e Tecnologia Almada/Setúbal (Madan-Parque).

MONTIQUEIJONo último ano, a empresa cresceu 22% numa prova de que a aposta na grande distribuição, que começou nos últimos anos, está a dar fru-tos. Mas a Montiqueijo não vende apenas a sua marca para as grandes superficies. A empresa é responsável, também, por queijo fresco e requei-jão de algumas marcas próprias. A internacionali-zação e a aposta no retalho vão fazer a empresa crescer 15% nas vendas deste ano para seis milhões de euros, em parte devido à entrada no mercado chinês, onde conseguiu acordo a Dah Chong Hong Food Mart, um dos maiores distri-buidores asiáticos.

RENASCIMENTO, GESTÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS LDA.Vocacionada para a gestão global de resíduos, de forma ambientalmente correcta, a Renascimento é uma referência nesse mercado. Constituída em 1995, é composta por 175 colaboradores e parceiros, que continuamente recebem formação na área da qualidade, ambiente (nomeadamente ao nível de gestão de resíduos), saúde, higiene e segurança no trabalho de forma a garantir a eficácia e eficiência dos serviços. Estatuto PME Excelência em 2010, 2011 e 2012, e PME Líder em 2013, 2014 e 2015. O Centro de Abate e Desmantelamento de Viaturas da Renascimento, situado em Loures, foi o único centro da REDE VALORCAR a obter a classificação A++ em 2015.

SCIENCE4YOUA fábrica da portuguesa Science4you, que produz brinquedos educativos e científicos em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, vai mudar de instalações para o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL). A mudança vai implicar um investimento de 3 milhões de euros. A mudança vai ser feita nos próximos três anos: a nova fábrica vai ter cerca de 8 mil m2 e tem como objectivo respon-der às necessidades de produção da empresa. Actualmente, a empresa vende mais de 300 modelos de brinquedos didácticos em 18 países do mundo.

MÉRITO E INOVAÇÃO (ECONOMIA)

ENSINO, FORMAÇÃO E APOIO À EDUCAÇÃO (EDUCAÇÃO)

ENTRETENIMENTO(LAZER)

PROJECTO SOCIAL (SOCIAL)

ACADEMIA DOS SABERESProjecto municipal que está no centro da inter-venção junto da população sénior. Local de partilha de saberes, experiências e convívio para residentes no Concelho, com mais de 50 anos. Com dois pólos – em Loures e Sacavém – conta com a colaboração da Casa do Professor do Concelho de Loures e de profes-sores voluntários. Promover o envelhecimento activo e saudável, o conhecimento, a melhoria da qualidade de vida, a saúde e o bem-estar social da população sénior e minimizar os impactes negativos mais frequentes nesta fase da vida das pessoas – como o isolamento, a exclusão social e a depressão – são alguns dos objectivos do projecto.

CAMPUS TECNOLÓGICO E NUCLEAR DO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICOA Bobadela tem um laboratório para testar a reentrada de veículos espaciais na atmosfera terrestre, um projecto financiado pela Agência Espacial Europeia (ESA), que irá funcionar no Campus Tecnológico e Nuclear do Instituto Superior Técnico (IST). Trata-se da maior ins-talação de pesquisa espacial em Portugal e do maior investimento da ESA num equipamento no nosso País. O IS Técnico e a Bobadela tor-nam-se assim, não só uma referência nacio-nal, mas também europeia na investigação espacial.

CONSERVATÓRIO D’ARTES DE LOURESAo longo de sete anos tem sido uma instituição cuja qualidade no ensino da música e na sua execução tem melhorado substancialmente, levando o nome do Concelho a vários pontos do País e sendo reconhecida a sua qualida-de. Desenvolve vários projectos e programas inovadores na área da educação artística e cultural, destacando-se, entre eles, “ABC da Música”, “Musicando”, “Bebéthoven”, “Músicos de Palmo e Meio” e “Música pela Vida”. Possui 14 “ensembles”, seis orquestras de sopro, uma “big band”, um “brass ensemble”, mais de 70 coros infantis e mais de 60 orquestras Orff, uma orquestra de câmara, quatro orquestras Suzuki, um grupo de percussão tradicional, diversos grupos de música de câmara, três grupos de teatro e um de teatro musical.

ESCOLA SECUNDÁRIA ARCO-ÍRISA Escola Secundária Arco-Íris, na Portela, é a 26ª escola secundária pública do País, segundo o ranking de médias nacionais do 12º ano. Se incluirmos as escolas privadas, este estabelecimento de ensino ocupa o top-100, localizando-se na 84ª posição, sendo a melhor escola pública do Concelho, perante este item de avaliação. Uma boa parte dos alunos esteve, mais uma vez, de parabéns no Concurso de Acesso ao Ensino Superior Público. Mais de 75% dos alunos candidatos conseguiu um lugar num estabelecimento do ensino superior público e mais de 53% deles conseguiram entrar na primeira opção. Um posicionamento que vem sendo consolidado ao longo dos anos.

MARIA CLARA MACEDO – PROFESSORA DE GEOGRAFIAA Escola Secundária de Sacavém foi a Melhor Escola Pública de 2015 na disciplina de Geografia (6.º lugar a nível nacional), com resultados anuais sistematicamente acima da média nacional, num contexto educativo sem-pre difícil. Tudo isto graças à determinação, rigor, exigência e disponibilidade profissional de Maria Clara Macedo, em fazer acreditar junto dos seus alunos que o esforço e estudo compensam, fazendo deles melhores cida-dãos. Mais habilitados. Mais capazes. E mais valorizados.

CARNAVAL DE LOURESCom longa tradição, o Carnaval Saloio de Loures assumiu, nos últimos anos, papel de destaque na promoção turística do Concelho, sendo hoje um dos carnavais mais populares da Área Metropolitana de Lisboa. Na edição de 2015, sob o tema O Cinema, mais de 90 mil pessoas visitaram a cidade de Loures para assistir ao tradicional desfile, Os Bailes e animação noturna contaram com a pre-sença de milhares de pessoas, assumindo-se ano após ano Loures como destino dos foliões quer de dia, quer de noite.

FEIRA SETECENTISTA DE SANTO ANTÃO DO TOJALUma reconstituição histórica setecentista que decorre em Santo Antão do Tojal, local onde se situam o Palácio dos Arcebispos, a Igreja Matriz e a Fonte Monumental. A iniciativa tem como objectivo assinalar o Dia Mundial do Turismo, celebrado a 27 de Setembro e conta, todos os anos, com a participação de centenas de figurantes que remetem os visitantes para o reinado de D. João V e para a construção do Convento de Mafra. Feira e desfile setecentista com malabaristas, gaitei-ros, contadores de histórias, jogos tradicio-nais, danças palacianas, bancas de venda de petiscos, churrasco popular, recitais de música e poesia e espectáculos musicais, são algumas das atracções.

FESTA DO VINHO E DAS VINDIMASA Festa do Vinho e das Vindimas é um dos maiores acontecimentos de cariz associativo do concelho de Loures, atraindo todos os anos milhares de visitantes. Na edição de 2015, a vila de Bucelas recebeu a Festa do Vinho e das Vindimas entre os dias 9 e 11 de Outubro. Um concerto com Vitorino, o desfile etnográfico e uma mostra vitivinícola e de produtos regionais foram alguns dos destaques. A programação inclui ainda um desfile etnográfico, constituído por 26 carros alegóricos que representam todo o processo de produção do vinho, sendo este o ponto alto da Festa do Vinho e das Vindimas.

FESTIVAL DO CARACOL SALOIOEvento de características únicas, que pro-porciona aos apreciadores de caracóis e caracoletas a oportunidade de saborearem um leque variado de pratos confeccionados com este petisco, desde o caracol cozido ao prato mais elaborado. Trata-se de um festi-val com grande notoriedade em todo o País, como comprova o número de visitantes, que tem vindo a subir de ano para ano e o con-sumo registado durante o evento. O Festival do Caracol Saloio conta com a participação de cerca de uma dezena de tasquinhas em representação dos restaurantes do concelho de Loures. Em Loures, é o evento que mais visitantes traz ao Concelho, cerca de cem mil na edição de 2015, nacionais e estrangeiros e, directa e indirectamente, gera um conjunto de receitas de 600 mil euros.

SUNSET MOSCAVIDEO evento decorre na Vila de Moscavide e proporciona um dia sem trânsito, de pleno convívio e animação. Entre as 16 e as 24 horas, a Avenida de Moscavide é transfor-mada num centro comercial de céu aberto com lojas, tasquinhas, espaços de saúde, espaços infantis, entre muitas outras activi-dades. A música também não falta e inclui também dois palcos, colocados nos pontos opostos da avenida para acolher espectá-culos.

ASSOCIAÇÃO LUÍS PEREIRA DA MOTA – 100 ANOSCom sede em Loures foi fundada em 30 de Dezembro de 1915 esta Associação, que muito tem feito e conti-nuará a fazer pela população do Concelho, em espe-cial os mais idosos e as crianças. Ao longo da 1ª e 2ª República e até ao 25 de Abril de 1974, desenvolveu a sua acção apoiando os “desvalidos da sorte”, através da distribuição de alimentos quando “a fome grassava em Loures”, medicamentos, guarida e garantindo um funeral digno, quando nem isso era possível garantir por parte das famílias. Após o 25 de Abril e ao longo destes últimos 40 anos, foi capaz de se adaptar à realidade social, criando respostas para o combate à pobreza e exclusão social, contribuindo para a criação de uma sociedade mais justa e solidária.

AYLAN KURDI CARAVANO projecto, que nasceu no seio da sociedade civil, com o epicentro em Loures, juntou várias instituições deste Concelho e mobilizou centenas de voluntários. Assumiu o nome da criança síria que morreu por afo-gamento, na tentativa da travessia do Mediterrâneo e cuja fotografia foi amplamente mediatizada. Com a adesão à iniciativa surgiram mais de 20 pontos de recolha, por todo o País, sendo o de Loures nas ins-talações da CSEPDC. Foi dos armazéns da Urbanos, em Loures, que saíram, em Setembro de 2015, os três camiões TIR, com mais de 60 toneladas, carregados de bens para ajudar os refugiados do Médio Oriente, que se encontravam na fronteira com a Croácia.

CASA DO GAIATODurante o ano de 2015 a Casa do Gaiato começou a proceder a alguns ajustes na missão da Casa do Padre Américo, para uma resposta às questões sociais mais prementes na Igreja de Lisboa (desde carências económicas à destruturação familiar e abandono). Projecto pedagógico redefinido pelas três valências (Lar de Infância e Juventude, Residência Autónoma e Apartamentos de Autonomização). Redefinição do modelo de organização e gestão (regulamento interno e estatutos). Dinamização de projectos de sustentabilidade quer para viabilização da missão da instituição, quer para promover novas oportunidades de apoio/re-integração. Constituição de um Conselho de Curadores para apoio às diversas áreas da intervenção.

O BAIRRO I O MUNDO E VISITAS GUIADAS À GALERIA DE ARTE PÚBLICAO Bairro i o Mundo já extravasou fronteiras e foi um dos cinco finalistas do "Diversity Advantage Challenge", um concurso europeu que visa premiar as melhores práticas no âmbito da diversidade cultural. Teve o seu início na Quinta da Fonte, na Apelação e continuou na Quinta do Mocho, em Sacavém. Foi nesta localidade que a popularidade cresceu e assumiu contornos nunca vistos, devolvendo à sua população orgulho, para o qual muito contribuíram as pinturas nas fachadas, mas também as visitas guiadas, que trouxeram pessoas todos os meses para visitar esta verdadeira galeria.

TEATRO IBISCOA Associação Teatro IBISCO, Teatro Inter-Bairros para a Inclusão Social e Cultura do Optimismo, surge como corolário de um processo pioneiro de Inclusão pela Arte, que juntou jovens de seis bairros sensí-veis de Loures e que, através do Teatro, os levou a compreender os valores da disciplina, do trabalho em equipa e da Arte como ferramenta para a capacitação, emancipação e autoestima. O grupo de Teatro nasceu em 2009, fruto de um desafio do Programa Escolhas e do trabalho em rede dos projectos Escolhas de Loures. Aquilo que começou por ser “apenas” um workshop de teatro para minimizar conflitos entre bairros de Loures, tornou-se a prova viva de que o Teatro, enquanto expressão artística de um trabalho de equipa, é uma arma contra o preconceito e uma poderosa ferramenta para a capacitação e formação dos jovens e das comunidades.

15ARTISTAS DA QUINTA DO MOCHO

CENA7Biografia do Autor

Natural de São Paulo - Ipiranga e foi pelas ruas de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que desenvolveu grande parte de sua produção. Em meados de 2000, na época com 15 anos, dividia paixões entre as artes plás-ticas e a poesia. Hoje, com 30 anos, já participou em variadíssimas exposições, nas mais diversas cidades do estado de São Paulo, na capital e em outros países como, EUA, Austrália e Londres. Participou de antologias poéticas e tem poemas publicados em revistas e sites do género.Em 2011 inicou o projecto murais, que já foi contemplado em espaços como a Pinacoteca da cidade de São Bernardo do Campo, Céus e SESC Santana.Desde 2006 trabalha com oficinas culturais, cujo foco é a juventude e, actualmente, segue empenhado as orga-nizações das quais faz parte, actuando também como produtor cultural no coletivo Fórum de Hip Hop de SBC, onde é um dos idealizadores do SARAU DO FÓRUM. Faz parte da - organização POVO – uma ideia, uma luta.

Formação Académica

2012- Ilustrator CS5 – Ilustração digital – SENAC - São Paulo/SP2005- 6º semestre de Bacharelado em Artes Visuais - ênfase em pintura escultura e gravura – Unicentro Belas Artes de São Paulo.2000- Curso de Desenho Artístico - Escola Oficina de Arte/São Bernardo do Campo/SP

Conceito da Obra

“...Quando a Arte se torna maior que a criação, muitas a chamam de obra, e quando a obra se torna maior que o homem ela se chama cidade...” (Marcelo Yuka)O fundamento do meu trabalho é uma apropriação de alguns materiais usuais na linguagem dos graffiti: látex e spray.Escolho como temática do meu trabalho nós, as contradições que vivemos, representando de forma simbólica. O nosso mundo que privilegia o acto de possuir e consumir, subvertendo os valores humanos de amar e conviver, assim nos fragmentando e (sobre)vivendo como determina a actual sociedade em que vivemos. As imagens tam-bém carregam forte expressão ancestral dos povos de nossa terra, numa tentativa de colocar-nos nas situações universais da existência humana.Quanto aos aspectos formais de minhas obras utilizo símbolos do universo pessoal e colectivo na tentativa de universalizá-los, também, explorando a força expressiva existente nas cores.

Tendo como inspiração os eventos Cowparade, realizado em vários países e a Chairparade 2015, em Paredes, o Agrupamento de Escolas Eduardo Gageiro vai organizar uma parada de chávenas de chá, a T-Parade.O evento pretende valorizar a tradição cerâ-mica de Sacavém e criar laços entre as várias escolas, além de alargar os horizontes cultu-rais dos alunos. O Concurso abriu durante o 2º Período, sendo aberto a todas as escolas do Concelho e culmina no próximo dia 18 de Abril, com a festa do Agrupamento, onde serão entregues os prémios e inaugurada a Exposição dos trabalhos.O Júri será composto pelo director do Agrupamento de Escolas Eduardo Gageiro, Carlos Candeias, um técnico do Museu da Cerâmica e um artista a designar brevemente, que deliberará até dia 11 de Abril. Serão atri-buídos prémios a todas as escolas participan-tes e por cada escalão. Todos os concorrentes receberão um certificado de participação e um voucher família, que dá acesso aos Museus do concelho de Loures.

T-Parade

Bob Mould, guitarrista, vocalista e compositor nascido em Nova Iorque no ano de 1960, per-tenceu à formação original dos Husker Du, banda muito influen-te dos anos 80 pela ponte que faz do punk hardcore para o rock alternativo (quase um pai da sonoridade grunge), definindo a arquitectura e princípios sonoros

deste último. Após o final das actividades dos Husker Du, em 1988, Bob Mould acabaria por assinar um contrato a solo com a Virgin Records. No ano seguinte é lançado o álbum estreia “Workbook” que apre-senta uma grande mudança na direcção musical, relativamente ao que havia feito anteriormen-te e que inclui teclados, guitar-ras acústicas e até cordas numa abordagem bastante introspec-tiva. O álbum recebeu excelen-tes críticas, manteve-se nos tops durante quatro meses, tendo o tema “See a little light” atingido destaque e tornado-se hit do rock moderno na América.

Anos 90 e viragem do século

Mould regressa à distorção característica do seu trabalho, no segundo álbum “Black sheets of rain”, editado em 1990, perante uma crítica nem por isso tão unânime quanto havia sido no primeiro.Frustrado com a forma de tra-balho das grandes editoras, Bob Mould acaba por deixar a Virgin criando a sua própria editora SOL (Singles only label), que apenas editava singles de 45 rpm de ban-das novas, em crescimento ou de

bandas de culto.Em 1992 formou um novo trio, os Sugar, com o baixista David Barbe e o baterista Malcolm Travis. A banda assinou contrato na America com a Rykodisc e com a Creation no Reino Unido, tendo editado de seguida o exce-lente “Copper Blue”, que recebeu as mais entusiastas críticas da imprensa e culminando como o projecto de maior sucesso até aquela data de Bob Mould. O trabalho foi nomeado álbum do ano em 1992, pelo New Musical Express, tendo vendido 300 mil cópias. Entretanto, a assumida orienta-ção sexual de Mould levou a que diversas publicações gay o pressionassem para abraçar as causas políticas inerentes, algo a que o músico acabou por nunca aceder, apesar do seu contribu-to em discos e espectáculos de apoio aos direitos homossexuais.Na primavera de 1993 os Sugar editaram o mini lp “Beaster”, com as sobras de “Copper Blue” e em 1994 foi lançado o segundo de originais “File under easy lis-tening”, que teve várias peripé-cias como gravações apagadas e regravações posteriores em curtíssimo espaço de tempo. O álbum ficou longe dos resul-tados anteriores, o que basica-

mente conduziu ao fim dos Sugar e dando lugar à continuação do trabalho a solo de Bob Mould.Em 1996 realiza o seu terceiro trabalho a solo, auto-intitulado Bob Mould, onde toca todos os instrumentos, seguindo-se “The Last dog and pony show” em 1998, “Modulate” em 2002, numa abordagem de electrónica pesa-da, “Body of song” em 2005, “District line” em 2008, “Life and times” em 2009 e uma autobio-grafia em 2011 “See a little light: The trail of rage and Melody”. Tendo o wrestling como paixão acabou por escrever alguns epi-sódios para este desporto espec-táculo, tendo participado em fil-mes e séries televisivas.As colaborações com outros músicos são extensas e vão desde os Foo Fighters, às Throwing Muses e Interpol entre muitos.Em 2012 uma longa tournée reúne os Sugar para apresentar o álbum estreia na sua totalidade, entretanto reeditado.Com a actual banda formada, além de Bob Mould por Jon Wurster baterista dos Superchunk e por Jason Narducy baixista dos Split Single, há mais 2 trabalhos a assinalar, em 2012 “Silver age” e em 2014 “Beauty ruins” ambos aclamados pela crítica.

Já no passado mês de Março do corrente ano foi editado “Patch the sky”.Este power trio apresenta-se poderoso, como nos primórdios dos Husker Du e tão ágil quanto os mais apurados Sugar. Se a morte do pai havia alimentado, em certa medida, o álbum ante-rior, a recente morte da mãe não faz mergulhar “Patch the sky” num lamento e numa melancolia sem saída. O apoio da secção rítmica, a quem Bob Mould se mantém fiel, ajuda-o a explodir e a expandir-se numa afirmação de vida brilhante. “Patch the sky” é um álbum com 12 temas que remetem ao pas-sado musical de Bob Mould, nos seus riffs distorcidos e psicadé-licos (por vezes a fazer lembrar uns REM dos primeiros tempos, com mais distorção), mas que o ultrapassa por mais dor e des-conforto que as vicissitudes da meia-idade possam trazer.Segundo o próprio, sempre teve como objectivo, durante muitos anos, o equilíbrio entre melodias iluminadas e histórias obscuras. Desta vez procurou um alto con-traste entre ambas. “Patch the sky” is the darkest one!Temas chave do álbum: “Voices in my head”, “The end of things” “Losing sleep” e “Monument”.

Ninho de Cucos

João AlexandreMúsico e Autor

Bob MouldPatch the sky

Trail LousaCapital do Queijo FrescoA Junta de Freguesia de Lousa e a Associação de Atletismo de Lisboa, com o apoio de várias empresas locais, levam a efeito no próximo dia 9 de Abril, pelas 15 horas, o II Trail “Lousa Capital do Queijo Fresco”. Este evento é composto por duas provas e uma caminhada, a prova K23 terá 25 km e a K12 será de 12 km. A concentração dos participantes será feita no jardim público da Freguesia a partir das 13 horas. Os atletas terão tempos cronometrados no final da corrida e os participantes terão direito a seguro. O valor da inscrição é de 12 euros para a prova de K23 até dia 4 de Abril e de 10 euros para a prova de K12. A caminhada tem um valor de 5 euros.

17MÚSICA

Florbela EstêvãoArqueóloga e museóloga

Retábulo da Santíssima Trindade em Bucelas

Paisagens e Patrimónios

No passado dia 13 de Março tive a oportunidade de assistir em Bucelas a mais um excelente con-certo do programa “À Descoberta da Música em Loures”, com solis-tas da Orquestra Metropolitana de Lisboa que, no interior da magnífica Igreja Matriz, nos envolveram com a música de Fernando Lopes-Graça e de Heitor Villa-Lobos. Recomendo vivamente aos nossos leitores esta iniciativa; para saber mais sobre a calendarização basta estar atento à agenda municipal e escolher o concerto e o local, estando assim assegurado um momento de fruição musical em espaços excepcionais, com intér-pretes de reconhecida notorieda-de. Além da música, foi impossí-vel não ficar mais uma vez emo-cionada com o interior da igreja de Bucelas, não só pelos altares barrocos com as suas imagens, como pelos frescos vibrantes que revestem as abóbodas, assim como pelo conjunto de pinturas e de objectos que constituem o núcleo de arte sacra daquele templo, todos eles motivos para uma visita mais demorada a este espaço. Mas, nesta crónica, gos-taria de deter o nosso olhar sobre uma peça em particular: um con-junto escultórico quatrocentista, mais precisamente um Retábulo da Santíssima Trindade, de pedra calcária policromada, de inegável importância artística e patrimonial, que ali se encontra.

Retábulo da Santíssima Trindade

Efectivamente, os retábulos de altar, em pedra, não são muito abundantes entre o conjunto da escultura medieval portuguesa, realidade que aliás é comum a outros países da Europa, o que torna este conjunto ainda mais valioso. O tema represen-ta a descida do Espírito Santo, o Pentecostes e podemos dizer que a organização da compo-sição artística, de algum modo, resume a visão cósmica da men-sagem cristã. Com efeito, este retábulo representa o universo para um católico do século XV; é uma metáfora do mundo, o símbolo da cosmologia da men-

sagem católica. As figuras repre-sentadas e o modo como estão distribuídas na composição é muito revelador e constitui um meio eficaz de comunicação. Os artistas medievais encontraram uma solução iconográfica para fixar o “invisível”, tornar material o que era para os fiéis, muitos deles iletrados, de certo modo imaterial. Neste espaço de representação a entidade divina é constituída por uma tríade, a Santíssima Trindade, ou seja, Deus, Pai e o Espírito Santo. Ocupando uma posição central e de des-taque está a figura de Deus Pai, criador do mundo, que segura o seu Filho, Jesus, cruxifica-do, sacrificado para salvação da Humanidade. Entre ambos, mais concretamente por cima da cabeça de Jesus (infelizmen-te danificada), está a figura do Espírito Santo sob a forma de uma pomba (parcialmente dete-riorada). O Espírito Santo é a palavra de Deus, é a fé que une todos os cristãos numa mesma comunidade. Ainda no centro da composição, mas numa posição secundária, podemos observar a representação da Virgem, que olha de frente para os fiéis e assim detém uma relação com o observador idêntica às das figuras da Santíssima Trindade. A Virgem, centro unificador da comunidade apostólica, no seu papel de mãe de Jesus Cristo, é também a mãe simbólica dos apóstolos. A ladear estas figuras sagradas estão igualmente representados os 12 apóstolos, o colégio apos-tólico, desta feita de perfil, em adoração à Santíssima Trindade. Mais uma vez, a necessidade de tornar eficaz a comunicação da arte religiosa com os fiéis levou a que as figuras representadas possuam determinados atributos, que possibilitem a sua fácil iden-tificação. Por exemplo, próximo da Virgem, do lado esquerdo, podemos observar São Pedro que sustenta uma grande chave; a ladear as pernas de Deus Pai, pela direita, está o apóstolo Santiago Maior, que transporta uma vieira na aba da capa e um bordão. Os olhares dos vários

apóstolos dirigidos à Santíssima Trindade estabelecem a ligação entre as figuras da parte inferior do retábulo com as da parte superior do mesmo.A separação do mundo celeste do mundo terreno é marcada pelo tratamento dado ao fundo que envolve as várias figuras. Podemos observar que, na parte inferior da composição do retá-bulo não existe qualquer cená-rio a integrar os apóstolos e a Virgem, apenas um fundo liso. Por contraste, o fundo das figu-ras superiores é tratado à manei-ra de tapete vegetal, com ramos serpenteantes, largas folhas, fru-tos e flores, que simbolicamen-te remetem para as árvores do Paraíso. Finalmente há a alusão ao tempo, aos seus ciclos, com a lua e o sol a ladearem Deus Pai como Ancião dos Dias. Segundo a tradição, uma vez que não se encontrou documen-tação sobre a sua encomenda, este precioso retábulo medieval da Santíssima Trindade ou de Pentecostes terá pertencido à antiga Capela do Espírito Santo de Bucelas, entretanto destruída, que se localizava no largo do mesmo nome e da qual, apenas, restam algumas fotos antigas. Esta capela deve ter sido edifi-cada nos inícios do século XIV e teve, desde cedo, associada uma Confraria, possivelmen-

te responsável pela encomen-da. Por análise comparativa dos valores estilísticos com outros conjuntos escultóricos e imagens da mesma época, a historiadora Carla Varela Fernandes aponta, como hipótese, que o retábulo em questão foi obra da oficina de João Afonso. Alguns estu-diosos referem que a formação deste escultor, João Afonso, terá ocorrido no estaleiro de Santa Maria da Vitória, local para onde convergiram os melhores

escultores nacionais na época, bem como alguns estrangeiros, fundamentais para levar a bom termo tão avultada construção. Algumas das suas obras estão bem identificadas e é com base nelas, e por comparação, que se aponta como hipótese a autoria no nosso retábulo da Santíssima Trindade da Capela do Espírito Santo de Bucelas. Sem dúvida, só por si, uma peça que merece visita.

18 CULTURA

Retábulo da Santíssima Trindade, Igreja Matriz de Bucelas

20 SAÚDE

A Saúde Ocupacional (por vezes denominada como Saúde e Segurança do Trabalho) tem por finalidade a prevenção dos riscos profissionais e a protecção e pro-moção da saúde do trabalhador. Através de estratégias de identi-ficação, avaliação e controlo dos riscos existentes no local de tra-balho, ou deles emergentes, de acções de vigilância da saúde dos trabalhadores e de promoção da saúde no local de trabalho, a Saúde Ocupacional visa garantir ambientes de trabalho saudáveis que: • Evitem ou minimizem a expo-sição profissional a factores de risco, susceptíveis de comprome-ter a saúde do trabalhador; • Assegurem uma elevada quali-dade de vida no trabalho; • Permitam alcançar elevados níveis de conforto, saúde e bem-estar físico, mental e social a todos os trabalhadores.

Sendo um domínio vasto, a actuação em Saúde Ocupacional requer interdisciplinaridade entre profissionais especializados e, consequentemente, uma matriz de complementaridade de conhe-cimento e de competências que convirjam em duas principais ver-tentes: a “Saúde do Trabalho” e a “Segurança do Trabalho”.

As situações de risco profissional ao envolverem a complexidade inerente ao indivíduo (o trabalha-dor), às condições de trabalho e à actividade desenvolvida, exi-gem, desta forma, a participa-ção de diversas disciplinas (ex.: Medicina do Trabalho, Segurança do Trabalho, Enfermagem, Ergonomia, Psicologia, entre outras) e uma abordagem holís-tica e integrada no processo de diagnóstico, avaliação e gestão do risco, adaptada a cada situa-ção e ao trabalhador. Só desta forma se consegue obter uma intervenção rigorosa e de quali-dade que efectivamente salva-guarde a saúde e o bem-estar do trabalhador quanto ao risco profissional identificado e permita a este prestar um contributo posi-tivo para a produtividade e para o desenvolvimento sustentável da empresa.

Saúde Ocupacional

A acção da Saúde Ocupacional ganha especial relevância e importância quando constatamos que os trabalhadores represen-tam metade da população mun-dial e são os principais contribuin-tes e intervenientes do desen-volvimento económico e social.

Assim como quando observamos que a saúde, a segurança e o bem-estar dos trabalhadores são condições essenciais ao “desen-volvimento socio-económico equitativo e sustentável” de qual-quer país. Neste sentido, a Saúde Ocupacional ao privilegiar a “pre-venção primária de factores de risco profissional” e o “desenvol-vimento de ambientes de traba-lho saudáveis”, fomenta a exis-tência de um maior número de trabalhadores saudáveis. Estes trabalhadores saudáveis esta-rão, “com maior probabilidade, mais motivados para o trabalho, sentir-se-ão mais realizados nas suas tarefas e contribuirão para a produção de bens e serviços de melhor qualidade, melhorando dessa forma, em termos gerais, a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade”. Por este moti-vo, é crescente a evidência da associação entre condições de trabalho, saúde e produtividade. Ressalve-se que a saúde da população trabalhadora é deter-minada não só pelos riscos pro-fissionais a que está exposta, mas também por factores sociais e individuais, assim como pelo acesso aos serviços de saúde, aspectos que devem ser consi-derados na avaliação do esta-do de saúde dos trabalhadores. Acresce ainda que as preocu-pações quanto à segurança e bem-estar no local de trabalho e as relacionadas com desigualda-des sociais, de género ou etnia, a situação de emprego, o rendi-mento, entre outras, que também afectam a saúde e o bem-estar do trabalhador, poderão esten-der-se à saúde da sua família e da comunidade, constituindo também uma problemática da esfera de actuação da saúde pública.

A Evolução

Embora nas últimas décadas se tenham realizado avanços signi-ficativos em saúde e segurança do trabalho, observa-se que “uma parte substancial da morbilidade geral da população trabalhadora está relacionada com o trabalho”. Apesar da evolução do trabalho e da maior disponibilidade de intervenções eficazes no âmbito da Saúde Ocupacional, muitos trabalhadores continuam “expos-tos a níveis inaceitáveis de fac-tores de risco profissional, sendo vítimas de doenças profissionais e de acidentes de trabalho”, que conduzem à perda da capacida-de de trabalho e a um “enorme custo humano e financeiro”. Esta

situação é agudizada quando se verifica que apenas uma “peque-na minoria da força de trabalho mundial tem acesso a Serviços

de Saúde Ocupacional”, os quais deveriam estar assegurados a todos os trabalhadores. Apesar de se constatar nas últi-mas décadas um decréscimo da mortalidade laboral mundial e o declínio do número de aciden-tes graves, a “carga global de acidentes de trabalho e doenças profissionais continua inaceitavel-mente alta”. Considerando a pro-porção mundial, estima-se que em Portugal ocorram 4 a 5 mor-tes diárias “ligadas” ao trabalho.

O alcance deste direito exige que, a nível nacional, sejam criados Serviços de Saúde Ocupacional nas empresas/estabelecimentos e nas entidades da Administração Pública que ainda não tenham estes Serviços organizados. Impõe ainda que os Serviços de

Saúde Ocupacional já instituídos aumentem a cobertura prestada junto da população trabalhadora, assim como melhorem a qualida-de da intervenção. Mostra-se ainda indispensá-vel uma maior intervenção dos Serviços de Saúde Pública no domínio da Saúde Ocupacional, o que implicará, obrigatoriamente, uma melhor organização e articu-lação a nível nacional, regional e local, nomeadamente pela cons-tituição de equipas apropriadas em recursos humanos e outros.

Eva Miriam RasteiroTécnica de Saúde Ambiental

Unidade de Saúde Pública ACES Loures – Odivelas

Elvira Martins Médica Coordenadora

Saúde Ocupacional

21NUTRIÇÃO

A ortorexia é um novo tipo de transtorno alimentar. O proble-ma surge quando se desenvol-ve um comportamento obses-sivo por ingerir comida sau-dável. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 28% da população dos países ocidentais sofra desta doença. É mais prevalente em adoles-centes e mulheres.Contrariamente à anorexia e à bulimia, em que a quantidade é o foco, aqui a qualidade assu-me o destaque. Os ortoréxicos preocupam-se excessivamente com o que comem, passando a examinar a origem de todos os alimentos e em pormenor todos os rótulos. Frequentemente recusam fazer refeições em

casa de amigos ou familiares por não conseguirem contro-lar o que irá ser servido. São capazes de percorrer longas distâncias para seleccionar os seus alimentos. Não se trata de uma preocu-pação normal em fazer uma alimentação saudável. Trata-se de um comportamento radi-cal, que acaba por interferir na qualidade de vida destas pessoas. A alimentação passa a controlar o seu dia-a-dia. Esta obsessão interfere com a capacidade de desempenhar uma actividade profissional ou de estudar, com as activida-des de lazer e prejudica as relações afectivas conduzindo ao isolamento social. Quando

não conseguem seguir as suas regras alimentares desenca-deiam processos de frustra-ção, podendo mesmo chegar a depressão. As fronteiras que separam a saúde da doença, por vezes, são mais ténues do que pos-samos julgar. A chave para ter uma alimentação saudável, sem se tornar numa obsessão, é a MODERAÇÃO. Comer de uma forma saudável tem efei-tos verdadeiramente positivos na saúde, desde que não se torne no epicentro da nossa vida, interferindo na capacida-de de desfrutarmos o nosso quotidiano, trabalharmos ou nos relacionarmos com os outros.

Ortorexia Quando a alimentação saudável é uma obsessão

Anabela PereiraNutricionista

22 PSICOLOGIA

A palavra empatia tem origem no termo grego empatheia, que significa “paixão” e pressu-põe uma comunicação afectiva com outra pessoa. É um dos fundamentos da identifi-cação e compreensão psicológica entre indi-víduos. Com certeza já sentiu uma conexão imediata ao conhecer uma determinada pes-soa; por outras palavras, sentiu um grande envolvimento emocional, uma identificação imediata, uma empatia.O que aconteceu então neste processo? Segundo Carl Rogers, “ver o mundo com os olhos do outro e não o (seu) mundo refletido nos olhos dele”. Basicamente, a ideia não é ver o mundo pelos olhos do outro, é tentar descolar-nos da nossa perspectiva, das nos-sas convicções, valores e vivências e usar o campo de visão do outro, compreendermos os seus sentimentos, emoções e preocupa-ções. O facto de sairmos da nossa zona de conforto, o tomarmos consciência das neces-sidades do outro não significa que as nossas sejam menos importantes do que as do outro. A empatia é por isso essencial à regulação das necessidades do outro, como é o caso da relação mãe/filho ou terapeuta/pacien-te numa relação terapêutica. Como afirma Goleman, sentimos os outros no sentido mais lato do termo: sentindo os seus sentimentos, as suas sensações e emoções enquanto eles actuam dentro de nós.Deste modo, ser empático não nos torna iguais ao outro, mas ajuda-nos a compreen-der as suas particularidades. É através da capacidade empática que nos tornamos receptivos às diferenças, que percebemos o que outra pessoa pensa sobre determina-do problema e as emoções que lhe estão associadas. Quando reconhecemos os senti-mentos do outro, as nossas respostas adap-tativas às situações são mais adequadas ao momento, o que nos torna emocionalmente mais disponíveis.

É importante percebermos que quando nos colocamos no lugar do outro, transportamos connosco os nossos valores e formas de agir, logo esta mudança de perspectiva tem de ser feita sem julgamentos e com apreço.A maturidade emocional está estreitamente relacionada com a capacidade de sentir empatia. É a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro que faz com que tenhamos a capacidade para não vermos apenas uma resposta para uma pergunta, percepcionando assim que não há respostas erradas, nem verdades absolutas.Ao treinarmos valores como a empatia, desenvolvemos relações interpessoais mais harmoniosas e ricas, o que nos irá permitir identificar as oportunidades comunicativas que as outras pessoas nos oferecem.Mas, atenção, a mudança começa de peque-nino! A empatia, tal como outras caracte-rísticas pessoais, pode não ser inata, mas desenvolvida através da aprendizagem. A partir dos sete anos, as crianças já possuem a capacidade de se colocar no lugar do outro, logo valores como a empatia devem ser fomentados. Os pais e a escola devem incentivar a criança a compreender o outro e a expor e expressar os seus sentimentos. É esta capacidade que lhe dará competências para compreender a realidade alheia, seja dentro da família, da escola, do trabalho e do mundo.

Mostra de talentoFoi inaugurada na Bobadela, no passado dia 23 de Março, a Exposição Colectiva da Academia Sénior local. O evento mostra alguns dos trabalhos efectuados no decorrer deste ano lectivo.

A sala da Assembleia de Freguesia da Bobadela foi pequena para tanto orgulho e talento. Foi inaugurada, no passado dia 23 de Março, a exposição colectiva da Academia Sénior da Freguesia de Santa Iria de Azóia, S. João da Talha e Bobadela, com a presença do presi-dente da freguesia, Nuno Leitão. A iniciativa é uma forma de assinalar a comemoração dos seis anos desta Academia, que tem vindo a crescer de dia para dia. Actualmente, já conta com mais de 300 inscritos, empenhados em trocar as voltas à idade e explorar talentos que, até então, desconheciam. E são várias as disciplinas que os senio-res podem frequentar: actividades desportivas, artísticas e outras.

A exposição colectiva mostra alguns dos muitos trabalhos que têm vindo a ser efectuados. A veia artística dos seniores locais é espelhada em telas, arte decorativa, trabalhos em crochet, feltro e estanho, bijuteria, malhas e cake design. Uma exposi-ção que vale a pena visitar, não só pelo empenho e arte, mas também pela vertente humana, onde alunos e professores se ajudam mutua-mente e estabelecem laços de ami-zade. Mas há mais, o "Gang das Malhas" é uma iniciativa solidária, que consiste em ofertar as peças produzidas nas aulas a instituições de solidariedade social.

Paula Gomes

Patrícia Duarte e SilvaPsicóloga Clínica

EMPATIA ou a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro.

Deixo-lhe aqui algumas dicas:

- Interesse-se verdadeiramente pelas pessoas;- Seja um bom ouvinte;- Sorria;- Faça um elogio honesto;- Respeite a opinião do outro.

23SOCIAL

A precisar da nossa ajudaHerdeira histórica, da quase lendária e quase mile-nar, presença templária a Igreja Matriz de Loures é hoje um magnífico exemplar da arquitectura quinhentis-ta portuguesa, que guarda dentro de si peças de arte de autores nacionais e num estado de conservação, que apenas nos permite imagi-nar o que terá sido o esplen-dor da vivência e da celebra-ção da fé neste templo. Urge compreender que mecenas e que encomendadores existiram e que papel deter-minante tiveram, não ape-nas nas campanhas suces-sivas na Igreja Matriz, como no contexto de toda a vida social de Loures expressa através das quintas e dos palacetes e palácios e de outras igrejas e capelas, que hoje fazem de Loures um concelho muito rico no seu património edificado e artísti-co. É assim, nesta consciên-cia do que temos em mãos,

que nos encontramos na segun-da fase do restauro que irá incidir sobre as colunas, intradorsos dos arcos, janelas, tímpanos sobre o arco triunfal e ainda sobre os tectos das naves lateral direita (chamada da Epístola) e central. Depois destas intervenções con-tamos poder avançar para o res-tauro do arco triunfal e de toda a capela-mor. Mas, como sempre, só o poderemos fazer se tivermos quem se associe connosco nesta campanha de restauro, que mar-cará uma nova página na forma como o nosso património edifica-do quer ser vivido, tratado, cuida-do e deixado aos que nos suce-derem. Contamos consigo, com a sua ajuda, mesmo que pequena e simples, mas certamente a pos-sível. Tem sido assim até agora e acreditamos que só assim, jun-tos, poderemos alcançar o objec-tivo de restituir a Igreja Matriz de Loures à sua glória de outrora, abrindo-se assim aos visitantes num convite à contemplação do belo, ao exercício de sairmos de nós para irmos ao encontro das

formas e das cores, que definem espaços sagrados e distinguem o comum do excepcional. Se todos ajudarmos então mais possível será concretizarmos este sonho de gerações. Quantos não se casaram, foram baptizados ou crismados, rezaram pelos seus defuntos ou simplesmente apren-deram a viver a sua fé na Igreja Matriz de Loures? Quantas histó-

rias e quantas teias poderíamos estabelecer entre todos os que a visitaram e dela falaram a tantos outros? É por isso que pertence a cada um de nós ajudar, seja em nome da sua história pessoal ou em nome da arte e da cultura do nosso povo.

P. Duarte Morgado (Padre Coadjutor de Loures)

COMO AJUDARPara quem quiser dispomos de uma conta específica para esta causa: IBAN PT 50 0046 0044 0060 0156 59792 (Banco Popular). Se pretender ser sócio dos Amigos da Matriz (a quota anual mínima é de 12€) basta que nos envie um e-mail com os seus dados para: amigosdama-trizdeloures@gmail.com. Se quiser marcar alguma visita pode contactar: Pe. Duarte Morgado – 916844626 | Centro Paroquial de Loures – 219831782. Visite a sua Igreja Matriz e conheça um pouco da história do nosso concelho e da nossa cultura artística nacional. Certamente terá orgulho de pertencer a este projecto que é de todos e para todos!

Separar para ganharCAL salvo por farmacêutica Sensibilizar os mais jovens

para a importância da reci-clagem tem sido uma preocu-pação da Valorsul, empresa responsável pelo tratamento e valorização de resíduos urba-nos, produzidos na região de Lisboa e Oeste. Inserido no programa Ecovalor 2015/2016, está a decorrer o concurso "Separa e Ganha", que consiste numa competição entre esco-

las. Os estabelecimentos serão premiados de acordo com a quantidade de embalagens do Ecoponto Amarelo recolhidas. Este ano, a Valorsul irá premiar todos os participantes e o pré-mio pode mesmo chegar aos 1000 €. Loures não poderia ficar de fora deste desafio e a comuni-dade escolar já "arregaçou as mangas". A recolha de emba-

lagens teve início em Fevereiro e irá decorrer até Maio. Em Fevereiro foram as escolas EB1/JI de Santo Antão do Tojal e a EB2,3 da Bobadela (Quinta da Parreirinha), que lideraram a tabela do Município, com 27 e 21 sacos respectivamente.

Paula Gomes

O Conservatório d’Artes de Loures está a mudar... As obras de remodelação já começaram, graças ao apoio da empresa far-macêutica Hovione e, com elas, a garantia de que esta escola de ensino artístico vai continuar a subir a importantes palcos, como o Coliseu dos Recreios, Centro Cultural de Belém, entre outros."Depois da tempestade veio a bonança " é um velho ditado que assenta, que nem uma luva, na história do Conservatório d’Ar-tes de Loures. Alunos, famílias e professores viveram, durante mais de um ano, momentos de grande ansiedade e incerteza. O futuro daquela instituição de ensi-no artístico esteva em risco. As dificuldades financeiras faziam de facto prever o pior, apesar da qualidade de ensino e da opor-tunidade única que tem vindo a ser dada a muitos jovens do Concelho, através do ensino arti-culado gratuito. Chegou mesmo a ser feita uma petição pública, no sentido de manter as portas do CAL abertas. Mas os esfor-ços pareciam em vão. De refe-rir que o Conservatório d’Artes de Loures já actuou em palcos

de renome como a Aula Magna, Coliseu dos Recreios, Centro Cultural de Belém e até na Casa da Música, no Porto. Mas esta é uma história com final feliz. A empresa Hovione foi conhecer o CAL, em Janeiro do corrente ano, e não ficou indiferente ao trabalho e necessidades deste estabelecimento. Em Fevereiro tornou-se mecenas do CAL. E tudo mudou. O apoio financeiro disponibilizado permitiu o arran-que de obras indispensáveis ao funcionamento desta esco-la. Concluídos os trabalhos de remodelação, a instituição verá as suas instalações legalizadas e receberá a autorização definitiva de escola por parte do Ministério da Educação e da Ciência. Começa assim uma nova fase na "vida" do Conservatório d’Ar-tes de Loures. Com muito traba-lho, por parte dos professores do estabelecimento e voluntários, no dia 23 de Março, foi colocada a nova cobertura nas instalações do CAL. Seguem-se outros traba-lhos de remodelação.

Paula Gomes

Apartamento 3 assoalhadas em bom estado de conservação. Recentemente remodelado. Com boa vista, boa acessibilidade a auto-es-tradas e transportes. Junto a zonas comerciais, hospital, escolas e zonas verdes. Cert.Energé-tico – Classe D

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