notícias de castro marim #17
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Revista Notícias de Castro Marim #17TRANSCRIPT
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CAPA.ai 2 24/11/14 13:55CAPA.ai 2 24/11/14 13:55
ÍNDICE
MENSAGEM DO PRESIDENTE
NOVOS AUTARCAS TOMAM POSSE
EM CASTRO MARIM
PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS
O MINISTRO MIGUEL POIARES MADURO VISITA
CASTRO MARIM
EUROCIDADE DO GUADIANA COMEMORA
1º ANIVERSÁRIO COM A APRESENTAÇÃO DA MASCOTE
OBRAS MUNICIPAIS
CASA DO SAL DE CASTRO MARIM INAUGURADA NO
DIA DO MUNICÍPIO
CASTRO MARIM COMEMORA FERIADO MUNICIPAL
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REVISTA MUNICIPALDA CÂMARA MUNICIPALDE CASTRO MARIM
Rua Dr. José Alves Moreira, n.º 108950-138 CASTRO MARIM
Tel: 281 510 740 # Fax: 281 510 743e-mail: [email protected]
Direção: Francisco Augusto Caimoto AmaralTiragem: 5 mil exemplaresPeriodicidade SemestralDistribuição gratuita
Depósito Legal: 313047/10Novembro 2014
FICHA TÉCNICA
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PASTEL DE NATA E EMPADA DE CARACOL
NO FESTIVAL INTERNACIONAL DO CARACOL
SABORES E SABERES NA 7ª EDIÇÃO
DA TERRA DE MAIO
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO MARIM
É UMA ESCOLA INTERCULTURAL
6ª EDIÇÃO DAS FÉRIAS ATIVAS EM CASTRO MARIM
FESTAS EM ALTURA EM HONRA DO IMACULADO
CORAÇÃO DE MARIA
ODELEITE CELEBRA AS FESTAS EM HONRA
DE NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO
ROBERTO LEAL NAS FESTAS EM HONRA DE
NOSSA SENHORA DOS MÁRTIRES
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XVII EDIÇÃO DOS DIAS MEDIEVAIS
CASTRO MARIM DEBATE 40 ANOS
DO 25 DE ABRIL
BIBLIOTECA MUNICIPAL
APOIA CRIAÇÃO LITERÁRIA
BANDA MUSICAL CASTROMARINENSE
COMEMORA 90 ANOS DE VIDA
CENTENAS DE IDOSOS DE CASTRO MARIM
PARTICIPAM EM ALMOÇO DE NATAL
GRAFFITIS VALORIZAM CASA DO SAL DE
CASTRO MARIM
UM MILHAR DE PESSOAS ASSISTE AO
CONCERTO DE GISELA JOÃO
ENTREVISTA A CARLOS MANUEL RODRIGUES
COELHO, SÓCIO-GERENTE DA REAL INFANTE
CASTRO MARIM PREPARA NOVO QUADRO
COMUNITÁRIO (2014-2020)
TERRAS DE SAL CONQUISTA
MEDALHAS DE OURO
SAL DE CASTO MARIM À MESA
NA TERTÚLIA DE FARO
CASTRO MARIM COMBATE O DESEMPREGO
APRESENTAÇÃO PÚBLICA DA UNIDADE MÓVEL
DE SAÚDE DE CASTRO MARIM EM ODELEITE
A DOENÇA DE ALZHEIMER
CRÓNICA DA MÉDICA ISABEL VALENTE
DEBATE SOBRE A RESERVA NATURAL DO SAPAL
ENTREVISTA A JOSÉ CARLOS TRINDADE
NUNES, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE
PESCA DESPORTIVA DE CASTRO MARIM
ARCA INAUGURA SEDE SOCIAL
RODACTIVA PROMOVE PROVA DE RESISTÊNCIA
NOTURNA DE BTT EM CASTRO MARIM
AUTARQUIA APOIA ASSOCIAÇÕES LOCAIS
LEITURAS
A VOZ DOS POETAS
RECEITA DE GASPACHO
MENSAGEM DO PRESIDENTE
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PALAVRAS NECESSÁRIAS
Caros castromarinenses
Um agradecimento por me terem dado a honra de
ser o vosso Presidente nos próximos anos. Creiam-
-me que darei o meu melhor, com a minha maneira
de ser e de estar, na vida e na política, e com a minha
experiência adquirida nestes 20 anos de autarca.
Nunca escondi o meu gosto pelo exercício do Poder
Local, como uma maneira de ajudar os outros. Esse
é o meu único desígnio. Não me motivam quaisquer
outros interesses. Sempre me orientei ouvindo as pes-
soas, os seus problemas e anseios, procurando con-
sensos e decidindo com bom senso. Este tem sido o
meu “truque” na vida política, que me tornou o au-
tarca do país, no ativo, com mais anos de confi ança
expressa pelo povo.
E aqui estou, de mangas arregaçadas, para trabalhar
por Castro Marim e pelos castromarinenses, do mar
à serra, procurando encontrar soluções para tantos
problemas que afl igem as pessoas, como é o caso do
abastecimento de água ao domicílio. São mais de 50
povoações sem água potável, quase mil pessoas, esta
é agora uma das minhas principais prioridades.
O estado de alguns arruamentos, como as estradas e
caminhos agrícolas, também me preocupa e requer
tratamento urgente.
O desemprego é um fl agelo que procuramos comba-
ter, nomeadamente colaborando e facilitando a vida
aos empresários e à iniciativa privada.
O apoio social às famílias mais carenciadas, em maio-
res difi culdades (e são tantas hoje em dia), é uma prio-
ridade absolutíssima.
Espero, nestes quatro anos, ir ao encontro das neces-
sidades e dos anseios da maioria dos castromarinen-
ses e deixar este concelho, com os parcos recursos
fi nanceiros que dispõe - respeitando a sua história,
cultura e as suas gentes - com mais qualidade de vida,
mais desenvolvido e mais solidário.
Francisco Caimoto Amaral
POLÍTICA
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executivo autárquico. O Dr. Francisco Augusto
Caimoto Amaral foi empossado como Presidente
da Câmara Municipal, seguindo-se a tomada de
posse dos vereadores Drª. Filomena Pascoal Sin-
tra (PSD) e Nuno Miguel Gonçalves Pereira (PSD),
Carlos José Muge Nóbrega (PS) e Enf. Célia Paula
O AUDITÓRIO da Biblioteca Municipal foi peque-
no para receber os mais de duzentos convidados
que marcaram presença na Tomada de Posse dos
novos Órgãos Autárquicos de Castro Marim para o
mandato 2013/2017, no dia 18 de outubro. A ceri-
mónia iniciou-se com a Tomada de Posse do novo
NOVOS AUTARCAS TOMAM POSSE EM CASTRO MARIM
POLÍTICA
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Palmeiro de Brito (PS). Após a tomada de posse dos
deputados municipais, teve início a 1ª Sessão da
Assembleia Municipal. De imediato procedeu-se
à eleição da Mesa da Assembleia, que fi cou com
a seguinte composição: Presidente da Assembleia
Municipal, Eng. José Luís Afonso Domingos (PS),
1º Secretário, Dr. João Alfredo Fernandes Teixeira
(PSD) e 2ª Secretária Drª. Maria José Pereira Sal-
gueiro do Carmo (PS).
José Luís Domingos, o novo Presidente da Assem-
bleia Municipal, realçou na sua intervenção a im-
portância daquele Órgão Autárquico para a vida
dos castromarinenses, tendo sublinhado a ação
positiva dos seus antecessores no cargo, em es-
pecial a presidência do General Lino Dias Miguel,
que considera ter prestigiado e dignifi cado a as-
sembleia. Referiu ainda que os deputados munici-
pais irão cooperar com a Câmara Municipal, sem
contudo deixarem de exercer a ação fi scalizadora
do executivo para a qual foram mandatados atra-
vés do sufrágio. A encerrar a cerimónia da Tomada
de Posse, o Presidente da Assembleia Municipal
deu a palavra ao novo Presidente da Câmara Mu-
nicipal de Castro Marim. Confi ante e esperançado
no futuro do concelho, Francisco Amaral iniciou o
seu discurso deixando uma palavra de reconheci-
mento ao Dr. José Estevens pelo trabalho desen-
volvido neste concelho onde “com grande mestria
soube aumentar substancialmente o nível de vida
dos seus concidadãos com a realização de gran-
des obras e tantas iniciativas e ações, assim como
catapultar o bom nome de Castro Marim por esse
mundo fora. Bem haja Dr. José Estevens por de-
zasseis anos de bom serviço público que os muní-
cipes de Castro Marim souberam reconhecer em
sucessivos atos eleitorais”. Crente de que Castro
Marim vai continuar na senda dos sucessos, fa-
zendo jus à sua história, o novo autarca lembrou
“que as empresas geradoras de riqueza e criação
de emprego têm que ser acarinhadas pelos pode-
res políticos vigentes, seja o poder central, regional
ou local. Os municípios não devem obstaculizar
o investimento, mas antes pelo contrário, devem
ser agentes facilitadores e apoiantes, no âmbito do
POLÍTICA
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escrupuloso cumprimento da lei.” De modo mui-
to assertivo, o autarca social democrata fez uma
radiografi a completa sobre as difi culdades e as ca-
rências do concelho em matéria de abastecimen-
to de água e saneamento básico, as quais “devem
ser uma preocupação primeira de todos nós”, isto
sem esquecer o turismo enquanto atividade princi-
pal económica da região, que não se deve resumir
aos meses de julho e agosto, pois “há que ter ima-
ginação, vontade e meios para atrair turistas todo
ano”, assegurou. A requalifi cação da frente de mar
do concelho, a requalifi cação da rua da Alagoa em
Altura ou uma intervenção urgente na Estrada Re-
gional 125 na área do concelho, tendo em vista a
segurança e o bem estar das pessoas, apresentam-
-se como prioritárias. Mas também a qualidade do
ambiente, da educação, da cultura e a preservação
histórica de Castro Marim, com a requalifi cação do
Castelo da vila, são outras das preocupações que
Francisco Amaral fez questão de salientar.
Outra das áreas que lhe é particularmente querida
é a saúde, tendo salientado os graves cortes orça-
mentais operados, que se traduzem num aumento
inaceitável nos tempos de espera para consultas
de especialidade para cirurgias e até tratamentos
oncológicos ou o encerramento das extensões do
Centro de Saúde de Castro Marim, Azinhal e Ode-
leite. “Uma Câmara Municipal deve estar na primei-
ra linha da defesa dos direitos básicos da popula-
ção, como o direito à saúde. E tudo esta Câmara
fará para melhorar os cuidados de saúde da nossa
gente. A ação social deve ser ativa, isto é, deve ir ao
encontro das famílias para constatar as suas difi cul-
dades” asseverou.
O Presidente da Câmara Municipal de Castro Ma-
rim, quase a terminar, falou da necessidade de aca-
bar com as assimetrias que são responsáveis pelo
despovoamento e envelhecimento do concelho,
dando como exemplo as freguesias de Azinhal e
Odeleite, onde é necessário que haja uma atenção
redobrada às políticas locais para que o concelho
seja mais harmonioso. “Costumo dizer que sou um
descentralista convicto e praticante. As parcerias
com as associações, com os clubes, com as IPSS e
com as Juntas de Freguesia são essenciais para o
desenvolvimento local”, disse.
Muito aplaudido pelos convidados da cerimónia,
Francisco Amaral concluiu o seu discurso, afi rman-
do: “Quero transportar para Castro Marim a minha
maneira de ser e estar na vida e na política. Con-
tinuarei a fazer o que durante 20 anos fi z em Al-
coutim. À porta do salão nobre serão expostos a
declaração dos meus bens imóveis, dos meus ren-
dimentos e do meu saldo bancário. Aprendi que
na política, tão mais importante que ser, é parecer.
Este é um pequeno e humilde contributo para ten-
tar credibilizar a vida política que neste país está
tão desacreditada.”
DESENVOLVIMENTO
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de vulnerabilidade, nomeadamente com a perda
dos seus postos de trabalho.
A Câmara Municipal de Castro Marim está deter-
minada em desenvolver uma política social ati-
va, que vá ao encontro das pessoas, no apoio à
concretização e reestruturação das suas vidas,
tanto nos domínios da saúde, da educação ou do
emprego, de forma a termos um concelho mais
efi ciente, dinâmico e solidário. O Orçamento do
Município de Castro Marim atinge o valor global
de € 23.929.448,00 com o investimento a situar-
-se nos € 12.164.200,00 - o equivalente a 51 % do
orçamento aprovado.
As Grandes Opções do Plano (GOP) espelham de
forma inequívoca a perda de receitas municipais,
A CONCLUSÃO da Estrada Municipal Altura-Fur-
nazinhas e da Casa do Sal de Castro Marim, assim
como a construção do Pólo Incubador de Empre-
sas em Castro Marim são algumas das priorida-
des do Orçamento para 2014, a par do especial
enfoque dado às políticas sociais delineadas pelo
novo executivo. A Assembleia Municipal aprovou
a proposta de orçamento para 2014, a qual refl ete
de modo claro um novo paradigma, em virtude da
alteração do executivo, mas essencialmente devi-
do às questões sociais, que se colocam hoje com
grande acuidade no concelho. Cada vez mais,
é necessário apoiar socialmente as famílias que
mais precisam e todos aqueles que, de um mo-
mento para o outro, fi caram em situação de gran-
PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS PARA 2014
DESENVOLVIMENTO
10
em linha com o que acontece na maioria dos con-
celhos algarvios, em grande medida pela reces-
são verifi cada no mercado imobiliário, até aqui a
principal fonte da receita municipal. Acresce ainda
o facto do novo Quadro Comunitário de Apoio
(QCA) 2014 – 2020, em negociação, não trazer
nada de bom para o fi nanciamento das autarquias.
Contudo, o executivo prosseguirá a linha de rumo
traçada para o futuro do concelho, como eviden-
cia o investimento de € 7.817.649,00 nas funções
sociais e como o provam o ordenamento do terri-
tório, o abastecimento de água e saneamento bá-
sico e as acessibilidades, que representam 33 % do
investimento total.
Mais do que nunca, temos a consciência que os
recursos fi nanceiros colocados à disposição do
executivo para a execução de todos os projetos
planeados, desenvolvidos e consensualizados nos
últimos anos, além de muito mais limitados , exi-
gem outra hierarquização de prioridades. Assim
sendo, alguns dos equipamentos e obras inscritos
em anteriores Planos Plurianuais de Investimento
continuam a ser projetos estruturantes, mas sem
compromisso fi nanceiro. Este é um exercício que
se afi gura necessário face à atual conjuntura, mas
também por força da nova Lei das Finanças, pu-
blicada em setembro último, que determina uma
lógica de construção e gestão orçamental com-
pletamente distinta, cuja aplicação plena se fará
no orçamento de 2015.
Considerando o volume do investimento a realizar
e a importância social e económica para a vida
municipal, destacamos algumas das obras inscri-
tas nas Grandes Opções do Plano para 2014, tais
como a 1ª fase do Subsistema Central, destinada a
servir água a 11 localidades das freguesias de Azi-
nhal e Odeleite, cuja execução aguarda decisão
da candidatura apresentada ao POVT; a conclusão
da Estrada Municipal Altura-Furnazinhas, numa ex-
tensão de 34 Km, com a construção em curso do
troço Eira Verde-Monte Novo/Furnazinhas; a Casa
do Sal de Castro Marim; a construção do Pólo In-
cubador de Empresas, a conclusão da habitação
social na Urbanização das Laranjeiras, em Altura,
DESENVOLVIMENTO
11
ou as obras de remodelação e requalifi cação nos
mercados de Altura e Castro Marim.
Ainda no âmbito das Grandes Opções do Plano
as atividades mais relevantes consagram um con-
junto de políticas sociais e culturais que absorvem
uma fatia do orçamento na ordem dos 16 % das
despesas correntes. A recuperação e requalifi ca-
ção de habitações degradadas de idosos do con-
celho, os subsídios de incentivo à natalidade, o
Cartão do Idoso, o transporte para consultas ao
médico, a rede de transportes coletivos e escola-
res do município são algumas das atividades mais
relevantes inscritas no orçamento.
Igualmente a cultura e o desporto têm nesta ru-
brica do orçamento um papel de relevo, como
a realização do evento Dias Medievais, o Progra-
ma Férias Ativas, a atribuição de bolsas de estu-
do, a assinatura de Contratos-Programa com as
associações locais e a celebração de protocolos
com as juntas de freguesia e as IPSS do concelho.
Quanto à proteção civil e combate a incêndios,
é de realçar a continuidade do Protocolo de Co-
laboração com os Bombeiros Voluntários de Vila
Real de Santo António.
Uma das áreas de intervenção do município à qual
as Grandes Opções do Plano dedicam especial
atenção é à dinamização de diversos equipamen-
tos, designadamente o Castelo da vila, a Colina
do Revelim de Santo António, o Centro Multiusos
do Azinhal, o Moinho das Pernadas ou a Casa de
Odeleite, cuja gestão está a cargo da Empresa
Municipal – NOVBAESURIS, com a fi nalidade de
captar novos públicos e criar rotas turísticas.
O Plano Plurianual de Investimentos para 2014
tem como desiderato criar no concelho de Castro
Marim as condições básicas de vivência civiliza-
da, como se espera dos territórios que integram
a Europa Ocidental. O abastecimento de água a
toda a população é um desígnio deste executivo,
tal como a manutenção da rede viária, a higiene
e limpeza das ruas e a requalifi cação dos espaços
urbanos. Não menos importante é a criação de in-
fraestruturas qualifi cadas de apoio ao desporto, à
educação, à saúde, à cultura ao lazer e à 3ª Idade.
DESENVOLVIMENTO
12
O MINISTRO MIGUEL POIARES MADURO VISITA CASTRO MARIM
NA SEQUÊNCIA de um périplo por regiões de
baixa densidade no país, entre elas o Algarve, o
ministro-adjunto e do desenvolvimento regional,
Dr. Miguel Poiares Maduro, visitou no passado mês
de julho o Centro de Interpretação do Território, a
Cooperativa Terras de Sal e a Casa do Sal, na vila
de Castro Marim.
Particularmente satisfeito com o que viu em Castro
Marim, Poiares Maduro, realçou a importância para
o Governo de projetos públicos diferenciadores,
com resultados na valorização do território e da
sua riqueza patrimonial. Instado pela Revista “Notí-
cias de Castro Marim” sobre a importância da Casa
do Sal para o desenvolvimento económico e social
de Castro Marim, afi rmou “Valorizar o sal através
de uma capacidade de comercialização diferente,
da criação de novos produtos, aquilo que tem vin-
do a ser feito aqui, e é isso que o Governo quer
potenciar em termos de fundos europeus. Apoiar
uma competitividade económica em função dos
recursos deste território, inovando, comercializan-
do, internacionalizando, criando oportunidades de
emprego e crescimento económico. Nós não po-
demos ter um país a duas velocidades, temos de
ter um país que é coeso territorialmente”.
Mais à frente, a propósito das expetativas do Algar-
ve quanto ao novo Quadro de Apoio Comunitário
(QCA), recordou que “O Algarve tem um desafi o
importante que é uma limitação que resulta das
regras europeias. Sendo uma região de transição,
não tem o mesmo volume de fundos que outras
regiões do país onde os índices de desenvolvi-
DESENVOLVIMENTO
13
mento económico e social são ainda mais baixos.
Mas dentro daquilo que é a capacidade de fi nan-
ciamento que existe para Portugal, nós apostámos
bastante na região, transferimos verbas de outras
regiões para o Algarve, dentro daquilo que é per-
mitido pela União Europeia e, no âmbito do pro-
grama operacional regional do Algarve o que está
a ser feito é uma aposta muito grande na valoriza-
ção, inovando naquilo que é tradicional”.
POR seu turno, o Presidente da Câmara, Francisco
Amaral agradeceu a vinda do governante ao con-
celho, sublinhando a utilidade destas visitas do Go-
verno ao país real. Na ocasião, manifestou o dese-
jo que a deslocação de Poiares Maduro contribua
para projetar, regionalmente, Castro Marim - “que-
remos criar as condições necessárias para atrair os
turistas ao nosso território, que estão nas unidades
hoteleiras do Algarve litoral”, afi rmou.
DESENVOLVIMENTO
14
NO PASSADO dia 9 de maio, cumpriu-se um ano
de Eurocidade do Guadiana. As comemorações
decorreram ao longo do mês nos três municípios
que constituem a Eurocidade do Guadiana: Aya-
monte, Castro Marim e Vila Real de Santo António,
com uma programação cultural bastante diversifi -
cada. As comemorações ofi ciais do 1º aniversário
desta cadeia de união, que liga Portugal a Espanha
através do grande Rio do Sul fi caram marcadas
pela apresentação do desenho vencedor do Con-
curso “Mascote da Eurocidade do Guadiana”, com
a presença de autarcas dos três municípios. Entre
os 400 desenhos postos a concurso, provenientes
das escolas dos três municípios da Eurocidade, foi
selecionado o desenho do aluno André Serafi m, da
Escola de Castro Marim. Ainda durante o primeiro
dia das comemorações do 1º aniversário da Euroci-
dade do Guadiana, 9 de maio, os autarcas dos três
EUROCIDADE DO GUADIANA COMEMORA 1º ANIVERSÁRIO COM A APRESENTAÇÃO DA MASCOTE
municípios participaram numa emissão especial da
Rádio Eurocidade do Guadiana e na abertura da
Feira Andaluza. Também em Ayamonte, foi apre-
sentado o vídeo “Eurocidade do Guadiana: um ano
de vida”. Em Castro Marim, a 7ª Edição da Terra de
Maio integrou o programa das comemorações do
aniversário da Eurocidade do Guadiana.
Uma das ações que marcam o primeiro ano de vida
da Eurocidade é a criação de uma rede de trans-
portes entre Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de
Santo António. A nova linha de transportes designa-
da por “Linha Regular Intercity Eurocidade do Gua-
diana” será assegurada pela Cooperativa Espanõla
de Movilidad Internacional de Viajeros Soc. Coop.
And.). O serviço regular internacional de transporte
rodoviário de passageiros, que irá ligar diariamente
os três municípios, transportará os passageiros às
principais localidades e núcleos turísticos.
OBRAS MUNICIPAIS
15
REPAVIMENTAÇÃO DO ACESSO À PRAIA VERDE
A CÂMARA MUNICIPAL de Castro Marim procedeu
à repavimentação do acesso à Praia Verde, de modo
a garantir a melhoria das condições de circulação e
segurança aos residentes e turistas que se deslocam
àquela estância balnear. A intervenção contemplou a
repavimentação do piso danifi cado e a remoção das
raízes das árvores existentes junto às bermas das fai-
xas de rodagem, que são em grande parte responsá-
veis pela degradação acentuada do mesmo. O custo
desta intervenção no acesso a uma das praias mais
frequentadas do sotavento algarvio, que recuperou o
galardão Bandeira Azul em 2014, foi de 90 mil euros.
OBRAS MUNICIPAIS
16
ÁGUA POTÁVEL A MAIS 50 LOCALIDADES DO CONCELHO COM O PROPÓSITO de garantir água de qualida-
de a um milhar de pessoas, num universo de 50 lo-
calidades do concelho, a Câmara Municipal tem em
curso a obra de abastecimento de água através da
rede pública por fontanário. A obra executada por
administração direta, com uma redução signifi cati-
va de custos para o município, iniciou-se nos luga-
res do Cerro do Enho e Campeiros na freguesia de
Castro Marim, cujas intervenções estão concluídas.
As obras de abastecimento de água prosseguem
agora na freguesia de Azinhal, no lugar de Alcarias
Grandes. Relativamente ao Cerro do Enho foram
instaladas condutas de abastecimento, uma estação
elevatória e construídos 24 ramais, disponibilizando
água potável a todas as casas da localidade. Para o
Presidente da Câmara Municipal, Francisco Amaral,
“garantir o abastecimento de água de qualidade às
populações é antes de mais uma necessidade bá-
sica, mas também um compromisso eleitoral, que
se cumpre. Quando a obra for concluída nestes 50
aglomerados, teremos assegurado uma rede de dis-
tribuição de água potável em todo o concelho. Re-
fi ra-se ainda, o facto destas localidades se tronarem
mais atrativas, e por via disso fi xarem mais pessoas
num futuro próximo”, disse.
OBRAS MUNICIPAIS
17
OBRAS MUNICIPAIS
18
NUM INVESTIMENTO total de 2,8 milhões de eu-
ros, a Câmara Municipal tem em construção o úl-
timo troço da Estrada Municipal Altura-Furnazinhas
(Eira Verde-Monte Novo), numa extensão de 8 Km. A
obra em curso vai assegurar a ligação entre o litoral
e a serra do concelho, passando pelo barrocal - a
Norte com a localidade de Furnazinhas na fregue-
sia de Odeleite e a Sul com a sede da freguesia de
Altura, num total de 34 Km. As obras neste troço da
via rápida, que garantem a ligação do limite do con-
celho com Alcoutim, incluem a construção de uma
ponte com 135 metros de comprimento assente em
cinco pilares na localidade de Fortes, que irá assegu-
TROÇO DA ESTRADA MUNICIPAL ALTURA-FURNAZINHAS (EIRA VERDE/MONTE NOVO) EM CONSTRUÇÃO
rar a travessia da ribeira de Odeleite naquele local.
A infraestrutura contempla igualmente a criação de
dois troços: o ramal de ligação à povoação de Fortes
e a ligação a Furnazinhas, com cerca de 2 Km de
extensão, com a construção de duas rotundas, uma
na interseção com a via principal e outra no entron-
camento com a EM 505, a nascente da localidade.
Com a construção do troço Eira Verde/Monte Novo
e, por consequência, a conclusão da Estrada Munici-
pal Altura-Furnazinhas, Castro Marim vai passar a dis-
por da maior obra rodoviária alguma vez construída
no concelho, assegurando assim a consolidação da
rede de transportes e comunicações existente.
OBRAS MUNICIPAIS
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AVENIDA 24 DE JUNHO EM ALTURA COM REGULADORES DE FLUXO LUMINOSOCOM O OBJETIVO de potenciar medidas que vi-
sem a efi ciência e a redução de custos energéticos
para o município, a Câmara Municipal instalou regu-
ladores de fl uxo luminoso na Avenida 24 de Junho,
em Altura. Com um custo de 44 mil euros, a inter-
venção levada a cabo contemplou a colocação de
quatro conjuntos de reguladores de fl uxo luminoso
na Avenida 24 de Junho, permitindo assim a redu-
ção da intensidade da iluminação pública durante a
noite, num período em que a circulação de trânsito
naquele local é reduzida ou mesmo inexistente.
EXECUÇÃO DO ARRUAMENTO DO LOTEAMENTO MUNICIPAL DO AZINHALA CÂMARA MUNICIPAL tem em execução a 1ª fase
da empreita do Arruamento do Loteamento Munici-
pal do Azinhal.
Os trabalhos, que incluem a construção de passeios
com a colocação de pavimentos, rede de drenagem
de águas pluviais e sinalização vertical e horizon-
tal, destinam-se a criar condições à circulação au-
tomóvel no local, bem como garantir a segurança
de peões que se deslocam na zona circundante à
Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal. Esta
intervenção contempla ainda a instalação de ilumi-
nação pública no Loteamento Municipal do Azinhal,
entretanto já concluída.
DESENVOLVIMENTO
20
INSTALADA no antigo Edifício da Balalaica, proprie-
dade do ICNF, na vila de Castro Marim,a Casa do Sal
dispõe de um espaço de merchandising associado
ao sal de Castro Marim, o melhor sal do mundo,
uma área de exposições e um espaço multimédia,
que integrará uma rede de circuitos de visita à Re-
serva Natural do Sapal de Castro Marim/Vila Real de
Santo António. “Além de promover e associar Castro
Marim ao sal, pretendemos que este espaço mul-
timédia seja, acima de tudo, uma casa de cultura.
Queremos que esta casa sirva para promover novos
artistas”, assegurou Filomena Sintra, vice-presidente
da Câmara Municipal. Para o arquiteto José António
Pacheco, diretor do Departamento de Conservação
da Natureza e das Florestas do Algarve, congratu-
lou-se com a concretização deste projeto, afi rman-
do ser “sempre um prazer ver que quando se cede
algo a terceiros, neste caso a parceiros de confi an-
ça, como são a câmara municipal e a associação
de produtores, os projetos têm o seu curso, têm
a sua vida, ganham forma e tornam-se realidade”.
Recorde-se que a construção deste equipamento
conheceu algumas vicissitudes que condicionaram
CASA DO SAL DE CASTRO MARIM INAUGURADA NO DIA DO MUNICÍPIO
o desenvolvimento da 1ª fase, as quais se prende-
ram com a insolvência da empresa construtora,
tendo levado o Município a fazer a tomada da posse
administrativa da obra, afi m de poder concretizar o
projeto. Para a Câmara Municipal, a construção da
Casa do Sal de Castro Marim reveste-se de grande
importância para a valorização do futuro da ativida-
de salineira e da biodiversidade das salinas, sendo
conhecido o empreendedorismo do executivo no
processo de certifi cação deste produto agroalimen-
tar que conquista novos mercados nacionais e es-
trangeiros, afi rmando Castro Marim como marca.
DESENVOLVIMENTO
21
COM UM CUSTO de 400 mil euros, a Câmara Mu-
nicipal tem em fase de conclusão a obra do Pólo In-
cubador de Empresas, na vila de Castro Marim, que
é constituído por um edifício multifuncional com
dois pisos distribuídos por uma área de 324 m2. Os
materiais utilizados na construção são característi-
cos da região, bem como a cobertura, que respeita
as técnicas milenares da arquitetura vernacular do
Gharb-al-Andaluz. O Pólo Incubador de Empresas,
construído no centro histórico da vila de Castro Ma-
rim, destina-se a apoiar a constituição de empresas
que pretendam iniciar ou dar continuidade a uma
atividade profi ssional, tendo como fi nalidade incen-
tivar a iniciativa privada, em especial por parte dos
jovens, proporcionando-lhes as condições favorá-
veis para um crescimento sustentado e com maio-
res probabilidades de sucesso no início de atividade.
A existência deste Pólo, dotado de autonomia fun-
cional e orgânica, tem no seu horizonte a promo-
ção e consolidação de novas empresas, com pro-
jetos viáveis do ponto de vista técnico e fi nanceiro
e geradoras de desenvolvimento nas áreas social,
económica e tecnológica na sub-região do Baixo
Guadiana.
PÓLO INCUBADOR DE EMPRESAS NASCE EM CASTRO MARIM
EVENTOS
22
FORAM muitos os fi éis que assistiram no passado dia
5 de Outubro à cerimónia de inauguração da obra de
restauro dos retábulos da Igreja de Nossa Senhora da
Visitação, em Odeleite. A cerimónia que foi presidida
pelo Bispo do Algarve, D. Manuel Neto Quintas, con-
tou com a presença do Presidente da Câmara Muni-
cipal, Dr. Francisco Amaral, do Presidente da Junta de
Freguesia de Odeleite, Eng. Valter Matias e dos Padres
das Paróquias do concelho.
Na sua intervenção, o Bispo do Algarve, D. Manuel
Neto Quintas, não escondeu a alegria que sentia pela
recuperação dos três altares da Igreja de Odeleite,
afi rmando que a obra realizada constitui um orgulho
para todos e que não há obstáculos que não se ven-
çam. “Esta recuperação só foi possível graças aos fun-
dos comunitários, à vontade da comunidade local e
ao esforço fi nanceiro exemplar da Câmara Municipal,
que quis valorizar este valioso património religioso. Os
altares agora recuperados são mais do que elemen-
tos de decoração são a expressão da fé do povo. Esta
obra é um sinal de gratidão é um sinal de fé”, referiu.
O Presidente da Câmara Municipal, Dr. Francisco
Amaral, referindo-se à obra realizada na igreja mais
antiga do concelho, cuja construção data do século
XVI, disse tratar-se de uma justa aspiração das gen-
tes de Odeleite, que assim veem valorizados alguns
dos mais belos exemplares da arte sacra existente no
concelho. Referiu igualmente o papel da igreja na co-
munidade, lembrando que esta pode cuidar da saúde
espiritual das pessoas.
Com um investimento total de € 108.141,60, esta in-
tervenção, da responsabilidade da Fábrica da Igreja
Paroquial de Odeleite, contemplou a conservação e
restauro de três dos cinco retábulos da Igreja, nomea-
damente os retábulos de Nossa Senhora do Rosário,
de São Miguel e de São Pedro), cuja reparação era
urgente devido ao elevado grau de degradação. Os
retábulos apresentavam problemas estruturais e esté-
ticos, designadamente fendas e fi ssuras nos suportes
de madeira e infestação de insetos, descolagem e
abertura de juntas e perda signifi cativa de policromia,
estando o conjunto das peças de tal forma degrada-
do que os trabalhos implicaram a desmontagem total
das peças assim como a substituição parcial ou nal-
guns casos total dos elementos estruturais.
O projeto da Fábrica da Igreja Paroquial de Odeleite
foi fi nanciado em 60% pelo Programa PRODER (num
total de € 58.818,48), cabendo ao Município custear
o investimento não elegível pela candidatura no valor
de € 49.323,12.
BISPO DO ALGARVE INAUGURA A OBRA DE RESTAURO DOS RETÁBULOS DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO EM ODELEITE
EVENTOS
23 23
CASTRO MARIM COMEMORA FERIADO MUNICIPAL
“APÓS 20 ANOS à frente dos destinos de Alcoutim,
e sendo, no país, o autarca com mais anos de exer-
cício no cargo de presidente de câmara, quis Castro
Marim, que fosse eu a dirigir esta terra nos próximos
4 anos. Estou aqui com honra e entrega total. Coloco
ao serviço dos castromarinenses a minha experiên-
cia acumulada e maneira de ser e de estar, na vida e
na política. Ouvir as pessoas e tratar condignamente
as suas preocupações, procurar consensos e decidir
com bom senso”. Foi com entusiasmo e confi ança
no futuro, que o presidente da Câmara Municipal,
Francisco Amaral, se dirigiu aos castromarinenses e
convidados presentes na Sessão Solene, das Come-
morações do Feriado Municipal. Na sua intervenção,
sublinhou as políticas setoriais do executivo para
Castro Marim e o esforço fi nanceiro da Autarquia,
no desenvolvimento de ações sociais para ajudar os
que mais precisam, referindo que “o emprego é e
continuará a ser uma prioridade do município, assim
como o apoio ao licenciamento das empresas, ge-
radoras de emprego e de riqueza. Por exemplo, em
colaboração com o IEFP e algumas IPSS, já retirámos
do desemprego uma centena de pessoas”.
Numa palavra de agradecimento aos funcionários
da Autarquia, que com o seu trabalho são elementos
essenciais para a construção de um concelho mais
fraterno e solidário, Francisco Amaral terminou o seu
discurso, destacando “a sociedade civil organizada,
as instituições particulares de solidariedade social,
as associações de caçadores e clubes culturais e
desportivos, onde os seus dirigentes, sem serem re-
munerados e, às vezes, com muita incompreensão,
tudo fazem pelos seus concidadãos nas mais diver-
sas áreas. Em nome do município, o meu respeito, a
minha admiração e o meu reconhecimento”.
Na abertura da Sessão Solene, o presidente da As-
sembleia Municipal, José Luís Domingos, saudou os
castromarinenses, fazendo uma leitura do estado
atual do país, em que não deixou de realçar o legado
histórico do concelho, para centrar a sua intervenção
EVENTOS
24 24
na revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), avisan-
do que este instrumento do planeamento municipal
tem que ser adaptado à realidade e ao futuro da vida
municipal.
A sessão comemorativa terminou com o presiden-
te da Câmara Municipal a agraciar com a medalha
de honra do município grau ouro, José Guilhermino
Anacleto, a título póstumo, pelos relevantes serviços
prestados ao poder local no município e com a me-
dalha de mérito municipal grau ouro, o Eurotel Altu-
ra da Empresa Gracer, S.A pelos relevantes serviços
prestados ao concelho na área da hotelaria e a em-
presa Real Infante Exploração Lda, pelos relevantes
serviços na área da restauração.
O presidente da câmara municipal distinguiu, ain-
da, os funcionários da Autarquia com mais de trinta
anos de serviço, através da atribuição de diplomas
individuais. A encerrar as comemorações ofi ciais, o
autarca Francisco Amaral, descerrou no Pavilhão Mu-
nicipal, uma placa com o nome de José Guilhermi-
no Anacleto, que desde então ostenta o seu nome.
Por último, foi inaugurada a Casa do Sal de Castro
Marim, um espaço dedicado à cultura, localizada no
antigo Edifício da Balalaica. O programa das come-
morações do Feriado Municipal encerrou com um
grande concerto pelos “Os Azeitonas”, que encheu
por completo o anfi teatro da Colina do Revelim de
Santo António.
EVENTOS
25 25
José Guilhermino Anacleto nasceu em Sentinela,
freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim,
a 24 de agosto de 1940. Após a instrução primá-
ria, prosseguiu os estudos no Liceu Nacional de
Faro, tendo concluído o curso Geral dos Liceus,
para depois realizar o curso de Técnico Sanitário
do Instituto Ricardo Jorge, em Lisboa. Cumprido
o serviço militar em Tavira, na qualidade de 2º
Sargento Miliciano do Exército, José Guilhermi-
no Anacleto entrou na vida ativa como funcioná-
rio da Direção Geral de Finanças e Impostos na
Repartição de Finanças de Castro Marim. Anos
mais tarde, o curso de Técnico Sanitário levou-o
a exercer o cargo nos Centros de Saúde de Faro,
Vila Real de Santo António e Castro Marim. Aten-
to e preocupado com a melhoria das condições
de vida da sua terra e dos seus concidadãos, este
castromarinense de rija têmpera travou o seu
primeiro combate político em 1976, quando nas
primeiras eleições democráticas para o poder lo-
cal, se candidatou à Câmara Municipal de Castro
Marim, onde ganhou sucessivas eleições para
o Partido Socialista, mantendo-se como Presi-
dente até 1997. No plano social, uma das mar-
cas indeléveis da sua ação foi o trabalho desen-
volvido na Santa Casa da Misericórdia de Castro
Marim, entre 1980 e 2003, enquanto Provedor
da Irmandade. Foi um dos principais impulsiona-
dores da construção do Lar e Centro de Dia de
Castro Marim, em 1989. No aniversário dos 523
anos de existência da Santa Casa da Misericórdia
de Castro Marim, dia 13 de abril de 2014, foi ho-
menageado pelo Provedor José Manuel Cavaco
Cabrita, com a atribuição do seu nome ao Lar e
Centro de Dia.
Ao longo de 27 anos de vida pública, desempe-
nhou diversos cargos e funções dos quais se des-
tacam:
BIOGRAFIA DE JOSÉ GUILHERMINO ANACLETO
• PRESIDENTE do Partido Socialista de Castro
Marim
• MEMBRO da Federação Distrital do Partido
Socialista
• PRESIDENTE da Comissão Venatória Conce-
lhia
• MEMBRO do Conselho de Administração da
Associação de Municípios do Sotavento Algar-
vio
• MEMBRO do Conselho Regional de Seguran-
ça Social de Faro
• MEMBRO do Conselho da Região da CCDR/
Algarve
E REPRESENTANTE do Agrupamento do Gabine-
te de Apoio Técnico de Tavira (GAT).
FALECEU em setembro de 2003, vítima de doen-
ça prolongada, deixando um sentimento de per-
da entre os que o conheceram e admiravam.
A CÂMARA Municipal distinguiu José Guilhermi-
no Anacleto, a título póstumo, com a Medalha de
Honra do Município, Grau Ouro, pelos relevantes
serviços prestados ao poder local no Município,
tendo a sua viúva, Maria Bárbara Afonso Anacleto,
recebido a distinção das mãos do Senhor Presi-
dente da Câmara Municipal, Dr. Francisco Amaral.
EVENTOS
26 26
Quando o fenómeno do turismo começou a
despontar no mapa da região do Algarve, o em-
presário Luís Fernando Carvalho Cerqueira des-
cobriu Altura, local onde habitualmente passava
férias, para em 1973 construir nessa localidade
o Eurotel Altura, a primeira unidade hoteleira do
concelho de Castro Marim, que foi inaugurada
em 1978. Animado pelo sucesso do Eurotel em
Tavira, o primeiro hotel que mandou edifi car,
Luís Cerqueira, um visionário do turismo no So-
tavento algarvio, num rasgo de grande alcance
e de não menos empreendedorismo, arriscou
construir um hotelapartamentos de três estrelas,
em Altura, uma terra muito diferente daquela
que hoje conhecemos, que era um casario com
arruamentos em terra batida, sem abastecimen-
to de água nem esgotos. Nas últimas três déca-
das, o Eurotel Altura, resultado de uma estratégia
bem delineada, devidamente enquadrada nas
novas exigências da oferta do mercado turístico,
modernizou-se e é hoje por mérito próprio um
hotel de 4 estrelas e uma das melhores unidades
turísticas do Sotavento Algarvio.
O Eurotel Altura, que constitui um dos bons
cartões de visita do concelho de Castro Marim,
recebe anualmente oitenta mil turistas, na sua
maioria portugueses, mas também muitos es-
trangeiros, nomeadamente alemães, holande-
ses, ingleses e espanhóis, dispondo para o efeito
de restaurantes, bares, spa, campo de ténis, mini
golfe, concessão de praia e amplo jardim com
piscinas. Como forma de reconhecimento da
excelência e qualidade dos seus serviços, o Eu-
rotel Altura tem conquistado inúmeros prémios
de operadores internacionais, tais como:
• Excellence award do TRIPADVISER durante
os últimos 4 anos, na categoria de melhor hotel
de 4,5 estrelas
• Redstar do operador alemão ITS em 2012 e
2013
• Melhor hotel de 4 estrelas do Algarve, 2012 e
2014 atribuído pela EC TRAVEL de Faro
• Classifi cação na Bookings 8,5 (ótimo)
• Várias menções honrosas da Thomas Cook
e Zoover
e Hotel mais bem classifi cado (8,7) no importan-
te site de viagens inglês TRAVEL REPUBLIC.
A Câmara Municipal de Castro Marim distinguiu
o Eurotel Altura da Empresa Gracer, S.A. na pes-
soa do Senhor Dr. Luís Manuel Granadeiro de
Carvalho Cerqueira, pelos relevantes serviços
prestados ao concelho na área da hotelaria, com
a Medalha de Mérito do Município Grau Ouro.
BIOGRAFIA DO EUROTEL ALTURA
EVENTOS
27 27
BIOGRAFIA DA REAL INFANTE
Tudo começou com o regresso de João Ma-
nuel Gomes Coelho, vindo da Suíça, onde foi
emigrante, trabalhou e fez formação em hote-
laria, para cumprir o sonho de criar um restau-
rante no concelho que o viu nascer.
Em julho de 1992 tomou a decisão de criar o seu
restaurante, O Infante, em Altura, numa home-
nagem ao Infante Dom Henrique, fi gura central
dos descobrimentos portugueses. A qualidade
gastronómica e o crescimento sustentável do
restaurante foram de tal modo galvanizado-
res, que levaram João Coelho a expandir a sua
ação no mundo da restauração, fundando para
o efeito, em 2006, a empresa Real Infante, que
administra conjuntamente com o seu fi lho Car-
los Coelho. Com o aparecimento da Real In-
fante foi possível expandir a atividade económi-
ca através do lançamento de novos projetos,
como é o caso das festas temáticas. Um ano
depois, alargou a sua área de intervenção com
a exploração do restaurante “CopaCabana”, na
baia de Monte Gordo, renovando e conferindo
uma imagem bem mais atrativa a este estabe-
lecimento.
2010 foi o ano de viragem para a Real Infante,
ao abraçar um projeto desafi ante, que foi a ex-
ploração do Restaurante Panorâmico na praia
Verde. Este novo espaço, que engloba restau-
rante, bar e piscina, do qual entretanto se tor-
nou proprietária, permite garantir uma oferta
ainda mais qualifi cada, reforçando a imagem
de marca da empresa Real Infante. 2014 está a
ser um ano de afi rmação e consolidação para
o grupo Real Infante, como provam as interven-
ções nos diferentes espaços, de que é um bom
exemplo a criação da nova empresa “Wedding
planners”, direcionada a eventos estrangeiros
como casamentos. A Real Infante, que garante
dezenas de postos de trabalho efetivos como
forma de reconhecimento da sua excelência e
qualidade, além da vasta carteira de clientes,
tem vindo a receber algumas distinções honro-
sas tais como Restaurante recomendado pelos
júris “Prestige Recommended” e PME líder no
ano de 2012, estatuto que mantém atualmente.
A Câmara Municipal de Castro Marim distinguiu
a empresa Real Infante Exploração Lda, na pes-
soa do Senhor João Manuel Gomes Coelho,
pelos relevantes serviços prestados na área da
restauração, com a Medalha de Mérito do Mu-
nicípio Grau Ouro.
EVENTOS
28
EVENTOS
28
NO MÊS DE JUNHO, milhares de visitantes pu-
deram saborear ao longo de três dias, no Festival
Internacional do Caracol de Castro Marim, nas tas-
quinhas espalhadas pelo recinto, os melhores ca-
racóis confecionados no Algarve e no país, assim
como por chefes de cozinha espanhóis, franceses,
italianos e marroquinos, que surpreenderam com
novas receitas deste afamado petisco, como o pas-
tel de nata e empada de caracol. Além dos caracóis
e da cerveja, os visitantes que se deslocaram à Coli-
na do Revelim de Santo António fi caram deliciados
com o melhor da doçaria regional, desde as tradi-
cionais fi lhós até ao dom Rodrigo, passando pela
torta de alfarroba.
Outro dos destaques do Festival Internacional do
Caracol, que decorreu de 6 a 8 de junho, foi o
cartaz musical rico e diversifi cado com os sons e
os ritmos da música popular portuguesa e do fl a-
menco, tais como “Us Sai de Gatas”, a fadista Elsa
Jerónimo e o Grupo “Raices Flamencas de Inês Ro-
mero con Pape de la Punta”. Afi rmar Castro Marim
como destino dos melhores caracóis do Algarve
e potenciar os produtos tradicionais, a cozinha e
a cultura mediterrânicas, são o grande objetivo da
Autarquia com a realização do Festival Internacio-
nal do Caracol.
PASTEL DE NATA E EMPADA DE CARACOL NO FESTIVAL INTERNACIONAL DO CARACOL
EVENTOS
29
GASTRONOMIA, produtos tradicionais, o sal de
Castro Marim, uma mostra de vinhos, artesanato,
equitação, folclore e música tradicional portuguesa
constituíram o programa da 7ª Edição da Terra de
Maio, que decorreu entre 9 e 11 de maio no Centro
Multiusos do Azinhal.
Este certame, que tem como divisa promover os
sabores e os saberes da terra e o incremento da Ca-
bra da Raça Algarvia, iniciou-se com uma arruada
pela Banda Musical Castromarinense pelo recinto
da Terra de Maio, seguida da inauguração da ex-
posição Tampas de lata de conserva, da coleção
particular de José Alexandre Pires e da abertura do
Laboratório de Gostos, pela Escola de Hotelaria de
V.R.S.A.
Os primeiros sons chegaram ao palco da 7ª Edição
da Terra de Maio através do espetáculo de Fado &
SABORES E SABERES NA 7ª EDIÇÃO DA TERRA DE MAIO
EVENTOS
30
Flamenco de Miguel Drago e Virgílio Lança com
Inês Graça & Pepe de La Punta. Mais tarde, realizou-
-se uma mostra de vinhos do Algarve pela Confraria
dos Enófi los do Algarve, a par da confeção de uma
cataplana de frutos do mar, da responsabilidade do
Chef Abílio Catarina, que agradou ao palato dos vi-
sitantes. O primeiro dia da Terra de Maio terminou
com um espetáculo do humorista Marco Horácio
com o projeto “Rouxinol Faduncho”.
No sábado, a jornada foi dedicada às coisas da ter-
ra com o seminário “O regresso ao Mundo Rural,
numa nova trajetória económica”, com a participa-
ção da Direção Regional de Agricultura e Pescas do
Algarve (DRAP). A fechar o dia, houve folclore com
o Grupo Folclórico de Faro e a atuação da Banda
“Diapasão”. O último dia da 7ª Feira Terra de Maio fi -
cou marcado pelo 1º Passeio TT turístico Por Terras
de Maio, organizado pela Casa do Povo do Azinhal
e ARCA, e com um espetáculo de stand-up do hu-
morista Serafi m. Terra de Maio foi uma organização
da Câmara Municipal de Castro Marim, Junta de
Freguesia de Azinhal, Associação Nacional de Cria-
dores de Caprinos de Raça Algarvia (ANCCRAL) e
teve a colaboração da Eurocidade do Guadiana, da
Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algar-
ve (DRAP), da Região de Turismo do Algarve (RTA),
da Escola de Hotelaria do Algarve e da Confraria de
Enófi los e Gastrónomos do Algarve.
EDUCAÇÃO
31 31
FOI COM VISÍVEL entusiasmo que o reitor da Uni-
versidade do Algarve, António Branco, falou da
importância da ligação do meio académico aos
municípios e às empresas, na visita de trabalho que
realizou ao concelho de Castro Marim, no passado
dia 25 de março. “Tenho vindo a constatar que a
Universidade do Algarve está em todo o lado, não
só através de licenciados que já formou, como atra-
vés de projetos que são desenvolvidos por jovens
empreendedores e cooperativas. A verdade é que,
onde vou, a sociedade faz-me sentir a utilidade que
a universidade tem”. Também o Presidente da Câ-
mara Municipal, Francisco Amaral, mostrou-se sen-
sibilizado pelo facto da Universidade vir a terras de
Castro Marim, inteirar-se dos problemas do poder
local, afi rmando: “Eu louvo esta atitude. É inédita,
nunca tinha visto algo assim. É importante que os
membros da reitoria venham ao país real. E este são
as autarquias e o dia-a-dia das pessoas. É bom que
se realce os aspetos positivos que os municípios
têm, em particular a ligação entre a vida social, eco-
nómica e a universidade, afi rmou.
A deslocação do reitor António Branco ao concelho
de Castro Marim insere-se num conjunto de visitas
que está a realizar pelos concelhos algarvios, afi m
de aproximar a universidade dos vários interlocuto-
res que trabalham afi ncadamente para que tenha-
mos uma região mais dinâmica e mais competitiva,
seja nas autarquias, nas empresas, nas escolas ou
nas associações locais. A visita começou no edifício
dos Paços do Concelho com uma sessão de cum-
primentos do reitor ao executivo municipal, onde
ouviu algumas das preocupações do presidente da
câmara, seguindo-se um conjunto de visitas a em-
“A UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESTÁ EM TODO O LADO”, AFIRMOU O SEU REITOREM CASTRO MARIM
EDUCAÇÃO
32 32
presas e explorações agrícolas que são já hoje um
exemplo do empreendedorismo e uma expressão
da força da livre iniciativa no concelho. Entre elas
encontra-se a Atlantik Fish, em plena Reserva Natu-
ral do Sapal, nos esteiros da Carrasqueira e Lezíria,
que produz anualmente 360 toneladas de pescado
e bivalves, entre robalos, douradas e ostras, estas
últimas maioritariamente exportadas para França. A
comitiva, incluindo elementos da reitoria e da câ-
mara municipal, seguiu para a Cooperativa Terras
de Sal que produz Sal marinho e Flor de Sal, num
total de 1000 toneladas por ano. A jornada pros-
seguiu na Escola E.B 2,3 de Castro Marim, onde o
diretor José Manuel Nunes falou sobre o Agrupa-
mento de Escolas do Concelho que integra 700
alunos. No Monte Francisco, foi visitado um dos
cinco empreendimentos turísticos do concelho em
desenvolvimento, o Castro Marim Golf and Country
Club, um investimento de 46 milhões de euros, que
dispõe de um campo de golfe de 27 buracos e um
milhar de camas turísticas. Nesta visita de trabalho
do reitor da Universidade do Algarve foram ainda
visitadas a exploração de produção de morangos
através da técnica de hidroponia e uma plantação
de 30 hectares de dióspiros, na Quinta do Sobral de
Baixo, em Castro Marim. A deslocação do reitor da
Universidade do Algarve terminou com uma visita à
Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal, um
equipamento de saúde inaugurado em agosto de
2013, pelo ministro da saúde, Paulo Macedo.
A CÂMARA MUNICIPAL terminou com êxito o ano
letivo 2013/2014 da Universidade do Tempo Livre
(UTL), após a realização de um conjunto de cursos
sócio educativos e atividades dos quais se destaca o
programa “Põe-te em forma”. Tratou-se de um pro-
grama destinado aos castromarinenses com idades
compreendidas, entre os 17 e os 45 anos, que teve
por fi nalidade a promoção de hábitos de vida sau-
dáveis, através de aulas de ginástica de manutenção,
para exercitar todos os grupos musculares e contri-
buir para o fortalecimento e prevenção da perda de
massa óssea. A Universidade do Tempo Livre (UTL)
criada em 2008 disponibilizou ainda outras ofertas
formativas aos munícipes tais como: artes decora-
tivas, o patchwork, a tapeçaria de arraiolos, os bor-
dados à mão e a informática. É ainda de sublinhar
a realização do Ateliê Medieval, uma atividade mui-
to acarinhada em Castro Marim, que ao longo do
ano letivo confeciona novos trajes medievais. Os 18
cursos sócio educativos, em que participaram 300
alunos, são ministrados por professores credencia-
dos em várias áreas do conhecimento, funcionando
em Altura, São Bartolomeu do Sul, Rio Seco, Castro
Marim, Monte Francisco, Junqueira, Azinhal, Furnazi-
nhas e Alta Mora.
A Câmara Municipal de Castro Marim entende que a
UTL tem dado contributos muito válidos para a reali-
zação de atividades culturais, recreativas e de conví-
vio, divulgando a história, as ciências, as tradições e as
artes, valorizando intelectual e culturalmente os seus
formandos e desenvolvendo igualmente as relações
interpessoais e sociais entre as diversas gerações.
“PÕE-TE EM FORMA” MARCA O ANO DA UNIVERSIDADE DO TEMPO LIVRE EM CASTRO MARIM
EDUCAÇÃO
33 33
TENDO em vista partilhar com os mais novos va-
lores como a amizade, a fraternidade e o desejo
de paz no mundo, a Câmara Municipal festejou o
Natal com a oferta de livros às crianças do ensino
pré-escolar e 1º ciclo do concelho. Durante três
dias, a equipa da seção infantil da Biblioteca Mu-
nicipal deslocou-se às escolas do concelho para
apresentar aos mais pequenos um belo e maravi-
lhoso conto alusivo à quadra festiva designado “A
magia do Natal”. Quanto aos alunos do 1º ciclo,
foram convidados a participar num desafi o que
apela ao desenvolvimento das suas capacidades
cognitivas com a realização do jogo “Adivinha o
que traz o Natal?”, a partir do qual descobriram a
magia e a beleza da época natalícia. E porque o
Natal é tempo de receber presentes, a Câmara Mu-
nicipal ofereceu aos alunos do ensino pré-escolar
e do 1º ciclo 500 exemplares do livro infantojuvenil
“Adivinha, Sabichão!”, da escritora Márcia Trabulo,
baseado em adivinhas tradicionais, uma forma de
ginástica mental onde, como num jogo educativo,
a vitória e o prazer conquistam-se pelo descobri-
mento do sentido das palavras. Para o executivo
municipal, o livro constitui sempre um excelente
presente pelos benefícios que a leitura tem na for-
mação do ser humano, tendo uma dupla missão
lúdica e pedagógica que, difi cilmente se encontra
tão bem sintetizada noutro objeto.
CÂMARA MUNICIPAL CELEBRA O NATAL COM A ENTREGA DE LIVROS ÀS CRIANÇAS
EDUCAÇÃO
34 34
NO PASSADO dia 10 de dezembro, Dia Interna-
cional dos Direitos Humanos, o Agrupamento de
Escolas de Castro Marim foi uma das dez escolas/
agrupamentos do país distinguidos com o Selo
Escola Intercultural, numa cerimónia que decor-
reu no Centro Ismaili, da Fundação Aga Khan. A
cerimónia de entrega do distintivo Selo Escola
Intercultural contou com a presença do Diretor-
-Geral da Educação, Fernando Egídio Reis, do
Secretário de Estado do Ensino Básico e Secun-
dário, João Grancho, do Secretário de Estado Ad-
junto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento
Regional, Pedro Lomba, da Alta Comissária para
a Imigração e Diálogo Intercultural, Rosário Far-
mhouse, do CEO da Fundação Aga Khan – Portu-
gal, Karim Merali e ainda de alunos e professores
de todo o país que participaram na iniciativa. O
Selo Escola Intercultural tem por fi nalidade distin-
guir as escolas que se destacam na promoção de
projetos com vista ao reconhecimento e valori-
zação da diversidade como uma oportunidade e
fonte de aprendizagem para todos. Para o Diretor
do Agrupamento de Escolas de Castro Marim, Dr.
José Manuel Nunes, esta distinção é o reconhe-
cimento do trabalho realizado pelo Agrupamento
no sentido de “promover, desenvolver e aperfei-
çoar práticas educativas que se apoiem em ações
culturais, afi rmando a diversidade como uma
oportunidade e fonte de aprendizagem para to-
dos e, ao mesmo tempo, contribuir para o desen-
volvimento de práticas pedagógicas mais inclusi-
vas e interculturais”.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO MARIM É UMA ESCOLA INTERCULTURAL
EDUCAÇÃO
35
COM UMA PINTURA mural da turma do 4º L –
“Queremos crescer com honestidade”, o 1º ciclo
do Centro Escolar de Altura venceu o Concurso
“Imagem Contra a Corrupção 2013/14”, organi-
zado pelo Conselho de prevenção da Corrupção
em colaboração com o Ministério da Educação.
Numa cerimónia no mês de maio em Lisboa, no
Tribunal de Contas, presidida pelo Dr. Guilherme
D’Oliveira Martins, foram atribuídos os prémios
às sete escolas premiadas a nível nacional com
trabalhos que privilegiaram a criação de imagens
e realização de vídeos, com o objetivo de eluci-
dar e promover o combate à corrupção.
CENTRO ESCOLAR DE ALTURA VENCE “CONCURSO IMAGEM CONTRA A CORRUPÇÃO”
EDUCAÇÃO
36
CASTRO MARIM CELEBRA O DIA MUNDIAL DA CRIANÇA NA PRAÇA 1º DE MAIO
COM O PROPÓSITO de celebrar o Dia Mundial da
Criança, 1 de junho, a Câmara Municipal realizou um
conjunto de atividades destinadas às crianças do con-
celho que, entre tropelias, sorrisos e com uma ima-
ginação sem limites, recordaram festivamente os 14
direitos que constituem a Declaração Universal dos
Direitos da Criança.
EM Castro Marim, centenas de crianças fi zeram trans-
bordar de alegria a Praça 1º de Maio, através das brin-
cadeiras nos insufl áveis, das pinturas faciais, do ateliê
de artes plásticas, da modelação de balões animados
e do passeio no veículo ecológico pelas ruas da vila,
numa viagem pelo reino do sonho e da fantasia. Para
o Presidente da Câmara Municipal, Francisco Amaral,
mais do que comemorar o Dia Mundial da Criança, é
fundamental que a comunidade internacional conti-
nue a lutar, tenazmente, pela defesa dos Direitos da
Criança, reprovando e condenando todas as práticas
de violência física ou psicológica sobre crianças que,
infelizmente, em diversas partes do mundo, ainda
não podem sonhar e crescer livremente.
2ª GALA DE DANÇA NA COLINA DO REVELIM DE SANTO ANTÓNIO ATRAI CENTENAS DE PESSOASNO PASSADO mês de julho, centenas de pessoas
assistiram, com carinho e entusiasmo, à 2ª edição
da Gala de Dança, na Colina do Revelim de Santo
António, onde centena e meia de crianças e jovens
mostraram o gosto e o talento pela magia da dan-
ça. Neste espetáculo de música, luz e movimento
participaram quatro escolas de dança dos conce-
lhos de Vila Real de Santo António e Castro Marim
– Companhia de Dança “A Idade de Ouro”, “Aca-
demia Gracia Diaz”, “Arutla” e “Splash”, que durante
algumas horas em palco, apresentaram de modo
sublime diferentes estilos de dança tais como se-
vilhanas, fl amenco, hip pop, dança clássica e dan-
ça contemporânea. Com esta Gala de Dança, a
Câmara Municipal pretende incutir nos mais novos
o gosto por esta expressão artística, promovendo
os benefícios físicos e mentais desta atividade e,
ao mesmo tempo, valorizar o trabalho de qualida-
de que estas escolas desenvolvem no território da
Baixo Guadiana ao serviço dos jovens e da dança.
EDUCAÇÃO
37
COM A FINALIDADE DE propiciar às crianças e
jovens do concelho momentos de diversão, esti-
mulando aprendizagens e promovendo hábitos de
vida saudável, a Câmara Municipal, em colaboração
com a Empresa Municipal NovBaesuris, realizou de
junho a setembro e pelo 6º ano consecutivo, o
Programa “Férias Ativas”, destinado aos alunos do
1º, 2º e 3º ciclo do concelho. Durante três meses,
mais de duas centenas de alunos, com idades com-
preendidas entre os 6 e os 15 anos, desenvolveram
atividades culturais e desportivas em espaços tão
diferentes como o rio Guadiana, a Casa do Sal em
Castro Marim, a Biblioteca Municipal, a ribeira de
Odeleite, a Quinta da Fornalha ou o Pavilhão Mu-
nicipal. Nesta 6ª edição da operação “Férias Ativas”,
os participantes usufruiram de um leque diversifi -
cado de ações de natureza lúdica e pedagógica,
6ª EDIÇÃO DAS FÉRIAS ATIVAS EM CASTRO MARIM
EDUCAÇÃO
38
que potenciam o seu desenvolvimento cognitivo,
das quais se destacam: expressão plástica, jogos
tradicionais, judo, canoagem, vela, dança, ateliê das
artes, visualização de fi lmes ou idas à praia.
Para a Autarquia, as “Férias Ativas” constituem um
bom exemplo, da atenção que o município dedica
à educação e à formação dos seus jovens. Além de
garantirem uma ocupação dos tempos livres, que-
brando rotinas e potenciando um desenvolvimen-
to harmonioso com equilíbrio das vertentes física,
psicológica e social, permite ainda sensibilizar os
mais novos para a importância da prática desporti-
va, educação para a cidadania, questões cívicas de
defesa e preservação do meio ambiente.
EDUCAÇÃO
39 39
BEBÉS NA PISCINA MUNICIPAL DE CASTRO MARIM
CONSCIENTE da importância da socialização
entre os bebés e os benefícios da natação a ní-
vel muscular e psicológico para os mesmos, a
Câmara Municipal realizou, entre janeiro e maio,
a 3ª edição de “Encontros para Bebés”, na Pisci-
na Municipal. Este programa com periodicidade
mensal, para o qual não existe qualquer outra
oferta no concelho, destina-se a bebés entre os
9 e os 36 meses. Os “Encontros para Bebés” são
monitorizados por técnicos credenciados da Au-
tarquia, exigindo a presença de acompanhante,
permitindo assim demonstrar as vantagens e o
prazer inerente à prática conjunta da modalidade
entre bebés e pais.
EDUCAÇÃO
40 40
1º ENCONTRO DO BEBÉ E DA FAMÍLIA EM CASTRO MARIM
ESPECIALISTAS em saúde infantil e pais participa-
ram, em grande número, nos dias 28 e 29 de março,
no “1º Encontro do Bebé e da Família – ACES Algarve
III – Sotavento”, que teve lugar no auditório da Bi-
blioteca Municipal. O encontro, da responsabilidade
do Agrupamento de Centros de Saúde do Sotavento
(ACES), foi subordinado às etapas do desenvolvimen-
to do bebé, bem como os momentos de crise que
as famílias enfrentam junto dos seus fi lhos, assim
como às questões transversais ao crescimento das
crianças, nomeadamente o aleitamento materno, o
sono, a alimentação, o choro, as cólicas, os sinais
comportamentais e os refl exos, que são a linguagem
mais primitiva do bebé. Na cerimónia de abertura,
a Vice-Presidente da Câmara Municipal, Filomena
Pascoal Sintra, na qualidade de anfi triã do “1º Encon-
tro do Bebé e da Família”, agradeceu ao ACES do
Sotavento por ter escolhido a vila de Castro Marim
para a realização deste fórum, realçando a utilidade
destas ações, quer pela troca de experiências entre
os profi ssionais da saúde infantil, mas também pela
participação dos pais, que assim fi cam mais aptos e
preparados para melhor compreender os seus fi lhos
nesta fase importante do seu desenvolvimento.
Presente no encontro, o Presidente da Administra-
ção Regional de Saúde (ARS) do Algarve, Moura Reis,
sublinhou a importância da iniciativa, afi rmando que
a “ARS tem dado particular atenção ao desenvolvi-
mento da criança e à necessidade de um maior
apoio à natalidade”. Por seu turno, o pediatra João
Gomes Pedro e Presidente da Fundação Brazelton
apresentou uma das comunicações mais consegui-
das neste encontro sobre o bebé e a família, intitu-
lada «O valor da paixão no bebé e na família para a
ciência da felicidade», tendo entusiasmado os parti-
cipantes ao afi rmar que “para haver mudança é pre-
ciso haver sonhos no coração”. Outros temas como
“Para uma ciência da felicidade aplicada à clínica”,
“Biopsicologia da Maternidade; A construção do vín-
culo”, “Touchpoint e Educação no ciclo de vida do
bebé, da criança e da família” ou “O projeto trans-
fronteiriço Janela Aberta – ARS Algarve” dominaram
os painéis do “1º Encontro do Bebé e da Família” que
decorreu em Castro Marim.
EVENTOS
41 41
NOS DIAS 1 E 2 DE MARÇO, a Junta de Freguesia
de Altura realizou a 13ª edição do Carnaval que, en-
tre carros alegóricos, grupos de mascarados, matra-
fonas, confetis, serpentinas e rebuçados, contagiou
de alegria as centenas de foliões que encheram de
cor e animação a rua da Alagoa. O desfi le decorreu
sábado e domingo e teve a participação de nove
carros alegóricos da Junta de Freguesia de Altura,
de Castro Marim e de Odeleite, do Clube Recreativo
Alturense, da Associação Desportiva e Cultural de
Altura, do Campesino Recreativo Futebol Clube, da
Associação das Amendoeiras em Flor, dos Amigos
do Bairro Quente e do Intermarché. “Algarve, usos e
costumes” foi o tema escolhido para esta edição do
Carnaval de Altura, a partir do qual os participantes
NOVE CARROS ALEGÓRICOS ANIMARAM CARNAVAL DE ALTURA
no corso recriaram algumas das tradições culturais
mais características da região, salpicadas com a sá-
tira política e social, enquanto os grupos de anima-
ção, entre os quais as “Arutla” e o grupo de zumba
“Alturaemforma” divertiram as centenas de fi guran-
tes e os populares que se juntaram à folia. Na terça-
-feira de Carnaval realizou-se o enterro do entrudo,
no qual os populares seguiram atrás de um boneco
de palha transportado numa padiola que percorreu
a rua da Alagoa, perante os gritos dos acompanhan-
tes que choraram o morto. O Carnaval de Altura
teve a organização da Junta de Freguesia de Altura,
o apoio da Câmara Municipal de Castro Marim e a
colaboração das Juntas de Freguesia de Castro Ma-
rim e Odeleite e das associações locais.
EVENTOS
42
NUMA MANIFESTAÇÃO onde o espírito da fé se
conjugou com os saberes tradicionais e a música,
realizaram-se em Altura, no fi nal do mês de junho,
as Festas em Honra do Imaculado Coração de
Maria. As festas tiveram início no dia 27 de junho,
com uma arruada pela Banda Musical Castroma-
rinense e a abertura da 17ª Feira de Artesanato de
Altura, certame que mostrou as artes e os ofícios
tradicionais, bem como o melhor da doçaria re-
gional. Também foram inaugurados os “Mercadi-
nhos d’Altura”, uma iniciativa conjunta da Câmara
Municipal e da Junta de Freguesia de Altura, que
teve como propósito a promoção e a comerciali-
zação de produtos locais durante os meses de ve-
rão. A primeira noite das festas terminou com um
espetáculo de Dança Quizomba/Latina, com Bem
Pedrosa. As celebrações prosseguiram no sábado,
dia dedicado às manifestações religiosas que in-
cluiram a recitação do Terço Mariano e a celebra-
ção da Eucaristia na Igreja de Altura. Ao cair da tar-
de, realizou-se a procissão em Honra do Coração
Imaculado de Maria, que percorreu as ruas da lo-
calidade. O segundo dia das festas encerrou com
um concerto dos “Expensive Soul & Jaguar Band”.
No domingo, além da Feira de Artesanato, houve
uma demonstração de cozinha alusiva à “Festa da
Cataplana”. As Festas em Honra do Imaculado Co-
ração de Maria tiveram a organização da Câmara
Municipal, da Paróquia de Altura e a colaboração
do Clube Recreativo Alturense.
FESTAS DE ALTURA EM HONRA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
EVENTOS
43
CUMPRINDO as tradições religiosas seculares da
aldeia de Odeleite, a Junta de Freguesia e a Asso-
ciação Social da Freguesia de Odeleite celebraram
as Festas em Honra de Nossa da Visitação, no mês
de agosto, com um programa rico e diversifi cado
onde o espírito da fé e a cultura deram as mãos.
As Festas iniciaram-se dia 23 de agosto, com um
Torneio de Futebol 5, que teve como vencedor
uma equipa da vila de Castro Marim. Nas tardes
de sábado e domingo realizou-se o mercadinho
“Sabores do Campo”, onde foram vendidos pro-
dutos tradicionais. Também não faltaram os jogos
tradicionais do porco ensebado e pau de sebo. A
noite de sábado terminou com a música de bai-
le com Fábio Lagarto, seguido de um espetáculo
do artista Sérgio Rossi e ainda da música de dis-
coteca com o DJ VG. A encerrar as festividades,
foi celebrada missa na Igreja Matriz no dia 24 de
agosto. Uma hora depois, realizou-se a procissão
com a veneranda imagem de Nossa Senhora da
Visitação, que reuniu centenas de fi éis. As Festas
em Honra de Nossa Senhora da Visitação tiveram
o apoio da Câmara Municipal e da Paróquia de
Odeleite.
ODELEITE CELEBRA AS FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO
EVENTOS
44
NUMA ROMARIA que se repete, ano após ano,
como a eterna fé no coração dos crentes, reali-
zaram-se de 14 a 17 de agosto, na vila de Castro
Marim, as Festas em Honra de Nossa dos Mártires,
nas quais participaram milhares de pessoas. Com
um programa diversifi cado, os festejos incluíram as
manifestações religiosas, o artesanato e a música,
com o concerto do artista Roberto Leal. As come-
morações tiveram início no dia 14 de agosto, com a
abertura da Feira de Etnografi a e Artesanato de Cas-
tro Marim, uma mostra dos saberes tradicionais na
qual participaram artesãos que, trabalhando ao vivo,
produziram algumas das mais emblemáticas peças
que constituem o nosso artesanato. Uma hora e
meia depois, foi a vez da dança estar em palco com
o grupo “Arutla”, a Associação de Dança Espanhola
Gracia Diaz e o Quizomba com Ben Pedrosa. No
dia 15 de agosto, dia principal das festas, às 20.00
ROBERTO LEAL NAS FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DOS MÁRTIRES
horas, quando os sinos da torre da Igreja matriz to-
caram em uníssono, a veneranda imagem de Nossa
Senhora dos Mártires iniciou a procissão pelas ruas
da vila, sendo acompanhada e saudada por milhares
de fi éis devotos que, numa sublime manifestação
de fé, homenagearam a Santa padroeira de Castro
Marim. A anteceder o concerto de um dos grandes
nomes da música portuguesa, Roberto Leal, o fado
marcou presença com a fadista Elsa Jerónimo e os
acompanhantes Mário Saraiva, Virgílio Lança e Mi-
guel Drago. As Festas em Honra de Nossa Senhora
das Mártires, que foram organizadas pela Câmara
Municipal e pela Paróquia de São Tiago, tendo o
apoio das Associações Locais, encerraram com a
9ª edição de “Castro Marim – Palco do Acordeão”,
espaço de divulgação da Escola de Acordeão de
Castro Marim e de acordeonistas internacionalmen-
te galardoados.
EVENTOS
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EVENTOS
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XVII EDIÇÃO DOS DIAS MEDIEVAIS
DE ANO PARA ANO, os Dias Medievais em Cas-
tro Marim aumentam a fasquia da qualidade e
desafi am a imaginação, sendo cada vez mais vi-
sitados por todos aqueles que mergulham com
os olhos abertos de espanto nessa verdadeira
aventura que constitui a visita de quatro dias e
quatro noites à misteriosa Idade Média, recriada
com todo o rigor. Presente de forma histórica no
passado do concelho, a Idade Média tem como
cenário deste sonho o Castelo de Castro Ma-
rim, magnífi co monumento da época e ex-libris
do concelho. Situado no cimo da colina, domina
todo o território envolvente e as suas imponentes
muralhas transportam-nos para longe do nosso
século, fazendo-nos recuar a tempos longínquos,
a uma época em que reis e rainhas, princesas en-
cantadas, torneios de cavalaria e serões no caste-
lo eram a realidade desses dias. No entanto, há já
algumas edições e porque o espaço começou a
fi car pequeno para tantos visitantes, os Dias Me-
dievais extravasaram as muralhas do castelo, con-
tagiando não apenas as ruas e os restaurantes da
vila, assim como a Praça 1º de Maio e o Forte de
S. Sebastião. Seguindo a tradição, a XVII Edição
dos Dias Medievais iniciou-se com um grandioso
desfi le histórico pelas ruas de Castro Marim, onde
participaram centenas de fi gurantes. A população
local e os visitantes trajaram-se a rigor, exibindo
roupas com tecidos, cortes e adornos represen-
tativos das diferentes classes sociais de então: o
clero, a nobreza, a burguesia e o povo. As ruas da
vila foram estreitas para a multidão que assistiu à
passagem do desfi le que assinalou a abertura ofi -
cial do evento, assim como às performances dos
cavaleiros, espadachins, falcoeiros, malabaristas,
bobos, cuspidores de fogo, encantadores de ser-
pentes, contadores de histórias e contorcionistas
que animaram os quatro dias com os seus espetá-
culos e representações ao ar livre. As companhias
de teatro encenaram peças e histórias da época e
juntamente com a música medieval, recriada pelos
trovadores, jograis e menestréis, transportaram os
presentes para os espetáculos de entretenimento
e serões musicais de outrora com os seus alaúdes,
violas e harpas. Os banquetes, um dos momentos
sempre aguardados com grande expetativa, reu-
EVENTOS
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EVENTOS
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instrumentos de Punição e Tortura. No interior
das muralhas, as artes e ofícios existentes na Ida-
de Média foram recriados com demonstrações ao
vivo pelos mais habilidosos artesãos, que se trans-
formaram em barbeiros, ferreiros, latoeiros, cor-
doeiros, sapateiros, tanoeiros e peleiros, ourives,
picheleiros, tosadores, cirieiros, e telheiros. No
mercado, que reconstituiu o ambiente da época,
os visitantes tiveram ocasião de adquirir produtos
e experimentar sabores medievais. O quotidiano
de uma guarnição AL-Andaluz, onde não faltaram
cimitarras e odaliscas, lanças e soldados, assim
como o quotidiano de uma caravana árabe foram
outros espetáculos que motivaram o interesse dos
visitantes. Esta viagem ao mundo misterioso e fas-
cinante que foi a Idade Média, classifi cada por al-
guns historiadores como “uma longa noite de mil
anos”, terminou na noite de domingo, chaman-
do os participantes de volta à realidade. O sonho
medieval tinha chegado ao fi m, mas permanece-
rá para sempre na memória de quem o viveu, de
olhos bem abertos, este agosto em Castro Marim.
niram centenas de comensais à mesa no interior
do Castelo Velho, deliciando todos aqueles que
provaram a gastronomia da época e as suas igua-
rias. À luz misteriosa das tochas e ao som da gui-
tarra clássica, os convidados deleitaram-se com
uma ementa medieval onde não faltam deliciosas
entradas, sopas aromatizadas, pratos da época e
sobremesas irresistíveis, devidamente acompa-
nhadas de vinho, cerveja preta e cidra. Mas porque
nem só de paz viveu a Idade Média, durante os
Dias Medievais em Castro Marim foram recriados
os torneios medievais na Liça do Castelo, onde os
cavaleiros demonstraram toda a sua coragem e
destreza no manejo das várias armas que então
tinham ao seu dispor, tanto na luta a cavalo como
na luta corpo a corpo. Estes torneios realizavam-
-se constantemente e tinham, além da função de
entretenimento, o objetivo de exercitar os cavalei-
ros na arte da Guerra. O jogo do pau, a esgrima
antiga e a coreografi a de bandeiras e o manusea-
mento de espadas foram igualmente recriados,
para deleite dos espetadores, que inevitavelmente
se deixaram impressionar com a exposição dos
EVENTOS
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EVENTOS
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EVENTOS
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CULTURA
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CENTRO DE CULTURA E DESPORTO DO PESSOAL DA CÂMARA MUNICIPAL APOSTA NA CRIAÇÃO DE UM GRUPO DE TEATRO
COM O PROPÓSITO de contribuir para o desen-
volvimento da arte cénica e da dinamização cultural
como forma de interagir com a comunidade local,
o Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Au-
tarquia (CCD) criou, no mês de fevereiro, um Grupo
de Teatro Amador em Castro Marim. Após alguns
meses de ensaios, o grupo de teatro do CCD fez a
sua estreia em público, com a farsa “Quem Tem Fa-
relos? de Gil Vicente, numa adaptação e encenação
de Francisco Braz e a coreografi a de Paula Sabino,
sendo vista por largas dezenas de pessoas, no pas-
sado dia 20 de setembro, no Auditório da Biblioteca
Municipal de Castro Marim. A Farsa “Quem Tem Fa-
relos?”, do mestre Gil Vicente, data do século XVI e é
uma crítica contundente à sociedade de então, não
poupando nenhum dos segmentos da pirâmide so-
cial, desde a nobreza até ao povo, passando pelo
clero. Narra a história de um escudeiro em deca-
dência e que, à semelhança dos seus criados, passa
por grandes difi culdades, chegando mesmo a fi car
esfomeados. A peça de caráter burlesco “Quem
Tem farelos?” é apimentada pelo tom esfarrapado
e grosseiro das necessidades das personagens, que
entre outros dilemas têm de conviver com os latidos
dos cães e os miados dos gatos. O Centro de Cul-
tura e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal
de Castro Marim (CCD) existe há 22 anos, reunindo
90% dos funcionários da Autarquia que, enquanto
sócios, benefi ciam do apoio social na aquisição de
medicamentos nas farmácias, na mensalidade do
infantário e no pagamento de propinas em estabe-
lecimentos de ensino.
CULTURA
53
CASTRO MARIM DEBATE “40 ANOS DO 25 DE ABRIL”
PARA COMEMORAR os 40 anos do 25 de Abril, a
Câmara Municipal assinalou a efeméride com um
vasto programa cultural e desportivo, que decorreu
de 21 a 27 de abril. As comemorações da Revolução
dos Cravos tiveram início no dia 21, no auditório da
Biblioteca Municipal, com um grande debate sobre
os “40 Anos do 25 de Abril”, no qual participaram
Carlos Brito, um dos protagonistas de abril, ex-di-
rigente do Partido Comunista Português e Teresa
Rita Lopes, professora catedrática na Universidade
Nova de Lisboa e uma das maiores especialistas de
Fernando Pessoa. Também a música marcou pre-
sença neste debate com os “Cantos de Liberdade”,
da autoria de Afonso Dias. No dia dos 40 anos do
25 de abril, as celebrações começaram cedo na
sede do concelho com a alvorada pela Banda Mu-
sical Castromarinense e o lançamento de mortei-
ros, seguindo-se o hastear da Bandeira Nacional no
edifício dos Paços do Concelho e uma largada de
pombos. Ao longo do dia, os sons de abril chega-
ram às principais localidades do concelho através
da atuação da fi larmónica castromarinense, com
a distribuição de cravos em cartão pintados pelas
crianças do concelho.
CULTURA
54
BIBLIOTECA MUNICIPAL APOIA A CRIAÇÃO LITERÁRIA
NUMA APOSTA clara no apoio à criação cultural
e à produção literária, enquanto elementos de afi r-
mação da nossa identidade cultural, a Biblioteca
Municipal tem vindo a promover a apresentação de
diversos livros, dos quais se destacam: “Porquê eu?”
de Hugo Pena; “Olho Ubíquo”, “A vida de Eric Lobo”
de Ana Amorim Dias; “O Valor das Coisas” de João
Caldeira Romão; “Romance Depois dos 50” de
Isabel Vila Pery e “Marés Travessas” de José Cruz.
“Porquê eu?” de Hugo Pena corresponde ao géne-
ro literário do romance policial e a sua história gira à
volta de uma arquiteta de sucesso: Maria Nóbrega.
A protagonista “sempre tivera um desejo enorme de
ter fi lhos e o seu casamento parecia inabalável. Até
que, após alguns exames médicos realizados, fi ca a
saber que o seu marido é estéril e o mesmo reage
mal e não aceita essa situação. Posteriormente, co-
meça a desconfi ar de uma relação extra conjugal
entre ele e Carla, a sua melhor amiga, jornalista de
profi ssão”.
Para Ana Amorim Dias, a biografi a “Olho Ubíquo”,
“A vida de Eric Lobo” constitui um novo desafi o lite-
rário para quem, sob o signo da alquimia das emo-
ções, vai desvendar todos os segredos do aventu-
reiro francês Eric Lobo. «Em março de 2013, Ana
depara-se com uma imagem que a intriga: um au-
toretrato de Eric Lobo. Uma curiosidade inexplicá-
vel nasce dessa visão e a história começa a ganhar
forma desde o primeiro contacto. Ela descobre o
empreendedor, o fotógrafo, o aventureiro/escritor e
entende que a sua busca terminou.»
Com uma escrita emotiva, povoada de sentimentos
antagónicos entre a perda e o devir da esperança,
Isabel Vila Pery, ao longo das 129 páginas, do seu
romance. “Romance Depois dos 50” conduz o lei-
tor num enredo em que “uma mulher de meia idade
enfrenta perdas dolorosas recentes como o rompi-
mento de um noivado e a morte do pai, registando
as suas emoções num diário, enquanto acompanha
o crescimento da sua fi lha, adolescente na primeira
década do século XXI, não desistindo da reconstru-
ção da sua vida, e do que o futuro ainda tem para
CULTURA
55
lhe oferecer”.
Em “O Valor das Coisas” de João Caldeira Romão o
autor presenteia o leitor com um conjunto de cró-
nicas escritas durante as duas últimas décadas no
Jornal do Algarve. No livro de crónicas agora publi-
cado, João Caldeira Romão convoca-nos para uma
refl exão cuidada e atenta acerca de temas transver-
sais à sociedade portuguesa, que vão desde a vida
social à cultural, passando pela economia até à polí-
tica. A cidadania ativa é a marca impressiva dos seus
textos, como bem espelham crónicas como: “O
valor da ética”, “Narcisismo e liderança”, “Em busca
da disciplina perdida” ou “Os adeptos de Maquiavel”.
Numa escrita livre, mas simultaneamente apaixo-
nante, José Estevão Cruz em “Marés Travessas”
desfi a onze belos contos como: “As angústias do
homem que ganhou a primitiva em Espanha”; “O di-
retor de hotel que cortou o lanche da tarde aos tra-
balhadores”; “Uma oportunidade perdida por deslei-
xo”; “O menino que atravessou o Bojador do medo”;
“A menina que quis bater no pai, porque ele batia na
mãe” ou “A ingratidão da gente simples”.
55
CULTURA
56 56
ALDEIA DE ODELEITE COMEMORA O 1º DE MAIO
NUMA INICIATIVA da Junta de Freguesia de Ode-
leite, em colaboração com a Associação Social da
Freguesia e o apoio da Câmara Municipal, as come-
morações do 1º de Maio no concelho realizaram-se
na ribeira de Odeleite. As comemorações iniciaram-
-se com um Torneio de Futebol de Salão, que opôs
3 equipas do concelho. Uma hora depois, foi a vez
dos mais pequenos brincarem alegremente nos in-
sufl áveis em plena ribeira até ao pôr do sol. Os parti-
cipantes no 1º de Maio saborearam uma sardinhada
com pão e vinho tinto, onde não faltou a música
de baile com o grupo + 2. Outro dos destaques
das comemorações do “Dia do Trabalhador” foi o V
Concurso “Aldeia Florida”, que mostrou o gosto e o
engenho das pessoas de Odeleite na plantação de
fl ores em vasos que adornam e encantam as pla-
tibandas, as janelas e os pátios da aldeia presépio
e ainda a exposição dos “Maios”. A jornada come-
morativa do 1º de Maio em Odeleite encerrou com
um espetáculo da artista Rosinha, que interpretou
temas bem conhecidos da música popular portu-
guesa.
ALTURA RECEBE O Iº ENCONTRO ETNOGRÁFICO AMENDOEIRAS EM FLOR
NO PASSADO mês de agosto, a Associação Cul-
tural Amendoeiras em Flor de Castro Marim organi-
zou o I Encontro Etnográfi co Amendoeiras em Flor,
em Altura, que através das danças e dos cantares
mostraram a grande riqueza do património etno-
gráfi co português. Após a realização de um desfi le
etnográfi co, que percorreu a Rua da Alagoa, no es-
paço contíguo ao Polidesportivo de Altura subiram
ao palco do I Encontro Etnográfi co Amendoeiras
em Flor dois ranchos folclóricos: o Rancho Folcló-
rico Etnográfi co Infantil da Carregueira e Rancho
Folclórico Regional dos Foros de Salvaterra e tam-
bém três grupos etnográfi cos: o Grupo Etnográfi co
Samora e o Passado, Grupo Etnográfi co da Serra
do Caldeirão (Cortelha) e o anfi trião Grupo Etno-
gráfi co Amendoeiras em Flor, que fez a sua estreia
em público. O I Encontro Etnográfi co Amendoeiras
em Flor reuniu centenas de pessoas, tendo conta-
do com o apoio da Câmara Municipal, da Junta de
Freguesia de Altura, da Junta de Freguesia de Ode-
leite e do Clube Recreativo Alturense.
CULTURA
57 57
BANDA MUSICAL CASTROMARINENSE COMEMORA 90 ANOS DE VIDA
NO PASSADO dia 4 de maio, a Sociedade Re-
creativa e Popular Banda Musical Castromarinense
assinalou o 90º aniversário com um conjunto de
manifestações alusivas à efeméride da instituição
cultural mais antiga do concelho de Castro Marim,
com destaque para a realização de um concerto,
na Praça 1º de Maio, que teve a participação dos
alunos da Escola de Música. A encerrar o programa
das comemorações dos 90 anos da Banda Musical
Castromarinense, que tem desempenhado um pa-
pel muito relevante na democratização do ensino
da música e na elevação do nível cultural das pes-
soas, realizou-se um jantar com a participação das
entidades locais, nomeadamente o Presidente da
Assembleia Municipal e a Vice-Presidente da Autar-
quia. Na sua intervenção, o Presidente da Direção,
José Silva, mostrou-se orgulhoso pelos 90 anos de
vida da fi larmónica. Agradecendo o apoio de to-
dos aqueles que se associaram à data, lembrou a
evolução técnica e o crescimento instrumental da
mesma, para afi rmar que “a Banda Musical Castro-
marinense dispõe de grupo de músicos bastante
jovens em crescimento e é por isso hora de pedir
ajuda para a construção da sede social, que permi-
ta dar condições à Escola de Música e conseguir
uma sala de ensaio para todos os seus executan-
tes”, assegurou. Mais à frente, o Presidente da As-
sembleia Municipal, Eng. José Luís Domingos, deu
os parabéns à Banda Musical, homenageando os
seus músicos e referiu a sua importância para a
identidade e a cultura de Castro Marim.
A concluir, interveio a Vice-Presidente da Câmara
CULTURA
58
Municipal, Drª Filomena Sintra, que, congratulan-
do-se pelos anos 90 anos da Banda Musical Cas-
tromarinense, ao serviço da cultura, referiu a im-
portância da música na sua vida, pois tocou trompa
da harmonia durante 13 anos e, por isso, sabe bem
a avaliar o papel das fi larmónicas no crescimento
artístico das comunidades. Sensível às preocupa-
ções manifestadas pela banda, sublinhou o apoio
da Câmara Municipal, com a cedência da Casa da
Música, em 2003, à fi larmónica castromarinense,
mas também os apoios fi nanceiros concedidos,
que têm sido preciosos para a sua evolução. Ainda
assim, e não obstante as restrições fi nanceiras do
município, mostrou a disponibilidade da Autarquia
para continuar a ajudar a banda musical, visto que
ela representa um dos grandes patrimónios da cul-
tura de Castro Marim.
58
FLASH MOB DA BANDA MUSICAL CASTROMARINENSE ANIMA BANHISTAS NAS PRAIAS DO CONCELHO
O VERÃO nas praias da Alagoa/Altura, Praia Verde e
Cabeço foi mais alegre e divertido com os fl ash mobs
da Banda Musical Castromarinense que, em pleno
mês de agosto, irrompeu pelos areais com os seus
músicos a executarem algumas melodias, surpreen-
dendo positivamente os milhares de turistas que se
encontravam a tomar banhos de sol ou de mar nas
praias do concelho. Pelo êxito alcançado e pela satis-
fação manifestada pelos veraneantes, a Autarquia e a
Banda Musical Castromarinense propõem-se no pró-
ximo ano voltarem a realizar a 2ª edição do fl ash mob.
PARA o Presidente Francisco Amaral, “esta ação in-
vulgar de animação da fi larmónica patrocinada pela
Câmara Municipal teve como propósito promover
as praias do concelho, que são das melhores do
país, como atesta a atribuição dos galardões ban-
deira azul, bandeira praia acessível e praia com qua-
lidade de ouro e, ao mesmo tempo, divulgar a qua-
lidade e o trabalho meritório realizado pela Banda
Musical Castromarinense.”
CULTURA
59 59
10º CONVÍVIO DO DIA DE SÃO MARTINHO NA CUMEADA DA ALTA MORA
NUMA INICIATIVA da Associação Recreativa,
Cultural e Desportiva dos Amigos da Alta Mora
(ARCDAA), dia 10 de novembro, o Dia de São Mar-
tinho, centenas de pessoas participaram no 10º
convívio que comemora o «Santo do inverno que
traz o verão», na Cumeada da Alta Mora. O conví-
vio iniciou-se pela manhã, com a realização da 3ª
edição do Passeio de BTT e o tradicional Passeio
Pedestre de S. Martinho pelos montes e vales da
Alta Mora, num percurso de 8 Km que incluiu a
descida à ribeira do Beliche e passagem por lo-
calidades da freguesia, terminando num almoço
para os participantes. O convívio prolongou-se ao
longo da tarde com o tradicional Magusto de São
Martinho, onde as castanhas assadas, a jeropiga
e o vinho novo tiveram presença assegurada, na
companhia da música de baile. As Comemora-
ções do São Martinho, na Cumeada da Alta Mora
também fi caram marcadas por uma rica e diver-
sifi cada mostra de artesanato e produtos locais,
tais como as tradicionais fi lhós, o saboroso pão
caseiro, o mel de rosmaninho, os frutos secos, e a
cestaria fi na, uma das mais belas expressões dos
saberes tradicionais da freguesia de Odeleite, na
sede social da associação. O 10º Convívio de São
Martinho contou com os apoios da Câmara Muni-
cipal de Castro Marim e da Junta de Freguesia de
Odeleite.
CULTURA
60 60
CASA DE NATAL DE CASTRO MARIM ANIMADA COM PRESÉPIO GIGANTEPELO 5º ANO consecutivo, a Junta de Freguesia de
Castro Marim realizou a Casa de Natal, que foi com-
posta por um Presépio Gigante e centenas de fi guras
em cerâmica, ocupando uma área de 40 metros qua-
drados, no qual foram recriadas cenas do nascimento
do Menino Jesus. A inauguração da Casa de Natal de
Castro Marim teve lugar no passado dia 7 de dezem-
bro, com o desfi le de pais Natais pela vila, na presen-
ça de centenas de pessoas que não esconderam o
contentamento e o entusiasmo pela iniciativa desta
Autarquia que, de modo afetivo, festejou a época na-
talícia. Um dos atrativos da Casa de Natal foi a bela
exposição de árvores de Natal, cuja decoração esteve
a cargo dos alunos do pré-escolar da EB1 de Castro
Marim que quiseram dar a sua colaboração para que
o concelho tivesse a árvore de Natal mais bonita. A
iniciativa contou com o apoio da Câmara Municipal,
terminando no dia de Reis com o tradicional desfi le
dos Reis Magos, que ligou o Monte Francisco à vila de
Castro Marim.
«NATAL NA ALDEIA» EM ODELEITE
NUMA INICIATIVA conjunta da Associação Odia-
na, da Associação Social da Freguesia de Odeleite,
da Associação Terras do Baixo Guadiana e com os
apoios da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia
local, a aldeia de Odeleite foi palco do presépio de
Natal, entre 16 de dezembro e 6 de janeiro. Neste
«Natal na Aldeia», o tradicional presépio construído
pela comunidade local, que recorrendo à utilização
de materiais tradicionais, sem esquecer o musgo e o
azevinho, conferiu beleza artística e rigor histórico à
recriação do nascimento do Menino Jesus. Um dos
encantos deste «Natal na Aldeia» foi o Mercadinho da
Filhó e Empanadilha, no qual as centenas de visitantes
do evento puderam adquirir os doces típicos do Baixo
Guadiana, os doces tradicionais da época na Casa de
Odeleite e tiveram ainda oportunidade de participar
num ateliê de pão, tudo isto muito bem polvilhado
com cantares da época. A iniciativa «Natal na Aldeia»
visou promover o território do Baixo Guadiana e as
atividades tradicionais da aldeia de Odeleite, que en-
cerra um enorme potencial turístico, assente na va-
lorização dos recursos endógenos e na atração de
novos visitantes.
SOCIEDADE
61 61
CENTENAS DE IDOSOS DE CASTRO MARIM PARTICIPAM EM ALMOÇO DE NATAL
“CONSTITUI para mim um enorme orgulho,
enquanto Presidente da Câmara Municipal de Castro
Marim, poder oferecer aos castromarinenses este
almoço de Natal que sela a união e a solidariedade
que existe nesta terra”. Foi desta forma carinhosa e
afetuosa que o Presidente da Câmara, Francisco
Amaral, se dirigiu às centenas de idosos participantes
na Festa de Natal, no passado dia 22 de dezembro, no
Pavilhão Municipal. Mais à frente, na sua intervenção
sob o olhar atento e feliz dos comensais, o autarca
afi rmou: “Estou determinado em prosseguir as
políticas sociais levadas a cabo pela Câmara
Municipal nos últimos anos, em articulação com
as juntas de freguesia e as instituições particulares
de solidariedade social (IPPS) do concelho, para
que os castromarinenses e os idosos em particular
possam ter uma vida com dignidade, pois a eles se
deve o engrandecimento desta comunidade.” Com
a Festa de Natal dos Idosos, a Câmara Municipal
quis promover um momento de alegre convívio,
mas também de esperança num futuro melhor,
para que a comunidade castromarinense fortaleça
valores alicerçados na amizade, na solidariedade e na
fraternidade.
SOCIEDADE
62 62
MAIS DE TRÊS MIL PEÇAS DE CERÂMICA COMPÕEM A “SEMANA DA PAIXÃO” NO CASTELO DA VILA
NUMA INICIATIVA da Associação Cultural das
Amendoeiras em Flor e com a colaboração da
Câmara Municipal, decorreu nos meses de março
e abril a exposição “Semana da Paixão”, na Igreja
do Castelo da vila. Nesta exposição, o visitante foi
convidado a descobrir minuciosamente os ritos
da Semana Santa, período compreendido entre
o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa,
através de uma maquete de três mil peças de
cerâmica pintada à mão que recria a paixão de
Cristo, quando Jesus se entrega voluntariamente,
para ser cruxifi cado a fi m de pagar pelos pecados
do seu povo. A valorizar a exposição também es-
teve patente ao público uma mostra de arte sacra,
com diversas peças ligadas à religião cristã e uma
maquete da via sacra. A exposição teve os apoios
da Direção Regional de Cultura do Algarve, das
Juntas de Freguesia de Altura, Castro Marim e
Odeleite, da Paróquia de São Tiago de Castro
Marim, da Santa Casa da Misericórdia de Castro
Marim e da Escola de Hotelaria e Turismo de Vila
Real de Santo António.
CULTURA
63 63
MITO ALGARVIO COMEMORA O 2º ANIVERSÁRIO EM CASTRO MARIM
NO PASSADO mês de novembro, a Mito Algarvio
– Associação de Acordeonistas do Algarve – assi-
nalou o 2º aniversário, no salão de festas da Quinta
do Sobral, cujo espaço foi pequeno para acolher os
mais de seiscentos participantes na grande festa de
comemoração e homenagem ao acordeão e aos
acordeonistas algarvios.
Numa tarde em que o acordeão dominou por com-
pleto as atenções, além dos sócios da Mito Algarvio
(acordeonistas e alunos de acordeão), vindos um
pouco de todo o Algarve mas também de outras
regiões do país, marcaram presença o executivo da
câmara municipal de Castro Marim, a diretora re-
gional da cultura, Alexandra Gonçalves e a delega-
da regional da fundação Inatel, Adília Guerreiro. Na
abertura do almoço comemorativo, o professor de
música e presidente da Mito Algarvio, João Perei-
ra, manifestamente orgulhoso por conseguir sentar
tanta gente à mesma mesa, agradeceu a gratidão e a
disponibilidade demonstradas no crescimento e na
afi rmação da associação e na conquista dos jovens
pelo acordeão, sublinhando o papel das entidades
ofi ciais, nomeadamente da câmara municipal de
Castro Marim, na defesa da cultura e do acordeão.
A sua intervenção terminou de modo emocionado,
com a referência à diva do acordeão e musa inspira-
dora de gerações de acordeonistas, Eugénia Lima, a
madrinha da Mito Algarvio. O Presidente da Câmara
Municipal de Castro Marim afi rmou que tudo fará
para que a Mito Algarvio seja o esteio do acordeão
no Algarve, apoiando-a com a cedência já efetuada
da antiga Escola do 1º ciclo do Barrocal, em Altura
para sede social, um presente de aniversário muito
útil para o seu funcionamento.
CULTURA
64 64
XX FESTIVAL DE FOLCLORE DO AZINHAL
A CASA DO POVO do Azinhal realizou no pas-
sado dia 19 de julho, em parceria com o Rancho
Folclórico do Azinhal, a XX edição do Festival de
Folclore do Azinhal, no Centro Multiusos daque-
la freguesia do nordeste Algarvio. Durante várias
horas e assinalando as duas décadas de existên-
cia do festival, estiveram em palco alguns dos
melhores ranchos do folclore português: o Ran-
cho Folclórico Ceifeiras e Campinos da Azambu-
ja, o Rancho Folclórico Flor do Alto Alentejo de
Évora, o Rancho Folclórico de Penha Garcia de
Idanha- a- Nova e o Grupo Etnográfico de Quel-
fes “Dança dos Velhos” de Olhão, os quais mos-
traram as danças, cantares e instrumentos musi-
cais, os trajes e adereços, assim como os usos,
costumes e as tradições típicas das suas regiões.
A abertura desta manifestação de arte tradicional
popular esteve a cargo do Rancho Folclórico do
Azinhal, que deu as boas vindas aos ranchos par-
ticipantes, proporcionando bons momentos de
folclore e etnografia aos espetadores que nesta
noite de julho se deslocaram à aldeia do Azinhal,
tão conhecida pelas rendilheiras da renda a bil-
ros. O XX Festival de Folclore do Azinhal teve a
organização da Casa do Povo do Azinhal e do
Rancho Folclórico do Azinhal e contou com os
apoios da Câmara Municipal e da Junta de Fre-
guesia local.
CULTURA
65 65
MATO BRAVO ANIMA MERCADO MENSAL DE CASTRO MARIM
A NOVA temporada dos Serões de Acordeão
em Castro Marim teve início no mês de maio,
prolongando-se até novembro, com os sons da
música do grupo Mato Bravo que, festivamente,
anima as freguesias do concelho. Num total de
dezasseis serões de acordeão, este grupo musi-
cal propôs-se redescobrir a magia e o gosto dos
SERÕES DE ACORDEÃO EM CASTRO MARIM
COM O INTUITO de tornar mais festivo e atrati-
vo o Mercado Mensal de Castro Marim, a Câmara
Municipal assegura a participação de acordeonis-
tas que, no segundo sábado de cada mês, se des-
locam às tendas de comes e bebes espalhadas
pelo recinto do mercado para tocar acordeão,
animando de modo descontraído visitantes e co-
merciantes. O Mercado Mensal de Castro Marim,
criado em julho de 2000, é hoje um dos principais
espaços de comércio ao ar livre do sotavento al-
garvio, trazendo todos os meses milhares de pes-
soas à sede do concelho, em especial espanhóis,
que aqui vêm fazer as suas compras. As mercado-
rias comercializadas são diversas, desde as alfaias
agrícolas aos atoalhados e loiças, passando pelo
calçado até aos produtos alimentares e de doça-
ria. A iniciativa da Autarquia em trazer a música de
acordeão ao Mercado Mensal revelou-se muito
positiva, na medida em que permite uma maior
convivência e interação das pessoas que visitam
este espaço comercial de grande importância
para a economia do concelho.
antigos tocadores que entusiasmaram sucessivas
gerações, com modinhas de outros tempos que,
ainda hoje despertam a atenção de novos e ve-
lhos para um pé de dança. Os Serões de Acor-
deão, destinados aos castromarinenses e turistas
que nos visitam, pretendem preservar a cultura
e o património do concelho, quebrando o iso-
lamento das zonas do interior e assim conferir
bem-estar e qualidade de vida às populações lo-
cais. Os Serões de Acordeão e os bailes, em par-
ticular, têm efeitos terapêuticos muito positivos
ao nível osteomuscular, transmitindo conforto e
bem-estar aos seus praticantes, sendo também
um ótimo antídoto no combate a estados de-
pressivos. Esta iniciativa conta com a organiza-
ção da Câmara Municipal de Castro Marim e o
apoio das Juntas de Freguesia e das Associações
Locais.
CULTURA
66 66
MICHEL SAPATEADO NA 9ª EDIÇÃO DE “CASTRO MARIM – PALCO DO ACORDEÃO”
INTEGRADO no programa das Festas em Hon-
ra de Nossa Senhora dos Mártires, o Centro de
Cultura e Desporto da Câmara Municipal (CCD)
realizou no mês de agosto e pelo 9º ano conse-
cutivo, o Festival “Castro Marim – Palco do Acor-
deão”, na vila de Castro Marim, com o apoio da
Autarquia. A primeira parte do festival foi total-
mente preenchida pela atuação dos alunos da
Escola de Acordeão de Castro Marim, que toca-
ram peças musicais de categorizados acordeo-
nistas, resultado da aprendizagem e do trabalho
dedicados ao estudo da música e do acordeão.
A Gala Internacional de Acordeão, que ocupou a
segunda parte de “Castro Marim, Palco do Acor-
deão” teve a participação de reputados acordeo-
nistas nacionais e estrangeiros, como o moldavo
Dorin Chiforisin, Tino Costa, o romeno N Miros-
lav, Jéssica Guerreiro (vencedora do Concurso
da RTP – A rainha do Acordeão), João Frade
(campeão do mundo), João Filipe Guerreiro (vice
campeão do mundo na classe de juniores) e o
notabilíssimo acordeonista francês Michel Sapa-
teado, que propiciaram aos espetadores magis-
trais momentos de acordeão.
CULTURA
67 67
XVIII FESTIVAL DE BANDAS EM CASTRO MARIM
PELO 18º ANO consecutivo, a Banda Musical Cas-
tromarinense realizou o Festival de Bandas na Pra-
ça 1º de Maio, com as participações da Filarmónica
Pampilhosense e da Banda Musical de Tavira. O fes-
tival iniciou com o tradicional desfi le pelas ruas da
vila das bandas convidadas, seguindo-se a execução
dos respetivos hinos, incluindo o da Banda Musical
Castromarinense, na qualidade de anfi triã. Um dos
momentos mais emblemáticos do festival e sem-
pre aguardado com expetativa por parte do público
aconteceu quando as três bandas subiram ao palco
para tocar em conjunto a peça “Filarmonia”. O festi-
val encerrou com um concerto na Praça 1º de Maio,
pelas bandas participantes, no qual os espetadores
puderam ouvir peças musicais, de grandes autores.
O XVIII Festival de Bandas, que teve os apoios da
Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Castro
Marim, visa preservar a tradição secular das fi larmó-
nicas em Portugal e, ao mesmo tempo, incentivar o
aparecimento de novos músicos.
CULTURA
68 68
CAMPESINO RECREATIVO FUTEBOL CLUBE COMEMORA OS 20 ANOS DA FESTA DO EMIGRANTE NO MONTE FRANCISCO
NUMA ORGANIZAÇÃO do Campesino Recrea-
tivo Futebol Clube, no mês de julho, decorreu
no Monte Francisco a 20ª Festa do Emigrante
com música popular portuguesa, a realização de
uma feira de produtos tradicionais e um pique-
nique. O primeiro dos três dias desta festa única
no concelho, que há já duas dezenas de anos
homenageia a comunidade emigrante, teve iní-
cio no dia 1 de agosto com a música do Grupo
+ 2 & Nelson Ramiro. No sábado, a festa abriu as
portas com o “Mercadinho”. Esta feira de produ-
tos tradicionais constituiu um excelente pretexto
para reunir os emigrantes e as suas famílias que
nesta altura do ano nos visitam para uns mere-
cidos dias de férias. Durante a tarde, solteiros e
casados calçaram as chuteiras para um jogo de
futebol, com ambas as equipas a evidenciarem o
gosto pela bola e o espírito da partilha. A fechar
o segundo dia das festas subiu ao palco a Banda
Musical “Os Baile a Baile”. A 20ª Festa do Emi-
grante, que contou com o apoio da Câmara Mu-
nicipal e da Junta de Freguesia de Castro Marim,
terminou no dia 3 de agosto com um piquenique
ao ar livre para sócios e comunidade emigrante,
que simbolizou um momento de amizade e con-
vívio das gentes do Monte Francisco.
CULTURA
69 69
GRAFFITIS VALORIZAM CASA DO SAL DE CASTRO MARIM
INAUGURADA no passado dia 24 de junho, a
Casa do Sal de Castro Marim, espaço vivo da me-
mória do Sal, que apoia e divulga os Artistas de
Cá, apresenta desde o passado dia 12 de setem-
bro uma pintura mural dedicada à atividade sa-
lineira. Numa expressão artística surpreendente,
Abel Justo Viegas, um jovem estudante de Belas
Artes na Universidade Complutense de Madrid,
encontrou nas paredes da Casa do Sal de Castro
Marim a tela para uma pintura mural, onde atra-
vés dos graffi tis presta tributo aos homens do sal.
Bastaram três dias e algumas dezenas de latas de
spray para que este graff er castromarinense desse
uma dimensão espacial e com estética urbana a
alguns dos homens que são parte integrante da
história e da revitalização do sal tradicional desta
terra. Com 20 anos de idade e um talento admi-
rável, Abel Justo Viegas, natural de Castro Marim,
quis deixar a sua marca na terra que o viu nascer
com esta pintura mural. No futuro, quer desen-
volver a sua capacidade criativa, dominar novas
técnicas na área da pintura e desenho e sonha
vir a trabalhar como artista plástico ou criativo de
videojogos, animação e ilustração.
CULTURA
70 70
INTEGRADO no Festival Caixa Sul, da Caixa Ge-
ral de Depósitos (CGD) e contando com o apoio
da Câmara Municipal, realizou-se no dia 23 de
agosto, em Altura, um concerto com a fadista
portuguesa Gisela João e a Orquestra Clássica
do Sul. Este evento da Caixa Geral de Depósitos,
que promoveu diversos concertos com fadistas
no Algarve e no Alentejo, reuniu um milhar de
pessoas que aplaudiu entusiasticamente a jo-
vem fadista. A Orquestra Clássica do Sul, anti-
ga Orquestra do Algarve, comemorou este ano
o seu 1º aniversário, atuando ao lado da artista
revelação no Fado português, tendo estado em
palco 31 músicos dirigidos pelo Maestro Cesário
Costa.
UM MILHAR DE PESSOAS ASSISTE AO CONCERTO DE GISELA JOÃO
ENTREVISTA
71 71
CARLOS MANUEL RODRIGUES COELHOSÓCIO - GERENTE DA EMPRESA REAL INFANTE
NUMA BUSCA incessante na procura da perfei-
ção, o sócio-gerente da Real Infante, o jovem Car-
los Coelho, licenciado em Gestão Hoteleira pela
Universidade do Algarve, em entrevista à “Notícias
de Castro Marim”, fala-nos com um entusiasmo ca-
tivante e uma paixão sem limites sobre a empresa
que, em 2006, criou com o seu pai, o empresário
João Coelho.
Carlos Coelho dá-nos a conhecer dois dos espaços
mais conceituados da restauração no Sotavento Al-
garvio, “O Infante” em Altura e o “Panorâmico” na
Praia Verde, cujo êxito passa pela exigência na qua-
lidade e por um profi ssionalismo sem mácula. Um
dos seus orgulhos é a Agência de Eventos, respon-
sável pelo produto, casamentos para estrangeiros.
Quando questionado sobre projetos para o futuro
não esconde o desejo da Real Infante vir a ter uma
unidade hoteleira, para depois confi denciar que “o
mundo da restauração e a organização de eventos
é fascinante e um desafi o constante”.
NCM: Como é que gostaria que a empresa Real
Infante fosse conhecida no mercado turístico em
geral e na restauração em particular?
CC: Fundamentalmente pela qualidade e pela ex-
celência gastronómica a que desde há muito ha-
bituamos os nossos clientes, numa luta constante
pelo profi ssionalismo. Queremos continuar a ser
um ponto de referência no Algarve turístico e a ser
procurados por uma vasta carteira de clientes que
nos últimos anos temos vindo a fi delizar.
NCM: A Real Infante, criada em 2006, é proprie-
tária e gestora de dois restaurantes de referência
na zona mais turística do concelho: O Infante em
Altura e o Panorâmico na Praia Verde. Quer falar-
-nos um pouco desta oferta qualifi cada da res-
tauração de Castro Marim?
CC: Os dois restaurantes têm uma localização
estratégica. Oferecemos aos clientes não
apenas uma refeição, mas também momentos
gastronómicos únicos. O Restaurante O Infante
ENTREVISTA
72 72
existe há 22 anos e ainda que acompanhe as
novas tendências da cozinha, mantem-se fi el
às suas origens, com pratos requintados e bem
confecionados. O Infante Panorâmico apresenta
uma carta mais direcionada para o peixe e para
os mariscos, além de brindar o visitante com uma
vista deslumbrante sobre o oceano Atlântico.
Este ano, na praia Verde apresentamos um novo
espaço remodelado a “Guarita Terrace”, um lounge
bar que permite aos clientes que visitam os dois
restaurantes desfrutarem de uma surpreendente
carta de cocktais após a refeição.
NCM: Em 2010, quando a Europa se defronta-
va com uma das piores crises económicas e fi -
nanceiras de sempre, a Real Infante abraçava um
projeto desafi ante, que foi a exploração do Res-
taurante Panorâmico. Qual é a receita para se ter
sucesso em tempos de crise?
CC: Bem, a receita para o sucesso de qualquer
atividade é sem dúvida a dedicação e o trabalho
e este tem sido o lema da empresa Real Infante.
A aquisição do Restaurante Panorâmico em 2010,
foi de facto uma decisão arrojada da Real Infante
que, remando contra ventos e marés, teve a força
para abraçar novos projetos. Tivemos necessidade
de reestruturar as políticas da empresa, reforçando
as parcerias existentes e trazendo novos parceiros
para o negócio. Tudo isto a pensar na viabilidade
económica da empresa e nos destinatários da
nossa ação, que são os clientes.
NCM: A política de promoção e marketing desen-
volvida pela Real Infante é dirigida a que merca-
dos turísticos?
CC: A nossa ação é dirigida a todo tipo de clientes
nacionais e estrangeiros. Todavia, e atendendo à
proximidade geográfi ca a Espanha, temos vindo
a fazer um forte investimento neste mercado, o
que se traduz na conquista de uma boa carteira
de clientes espanhóis. Nos últimos 4 anos, através
das agências de viagens, temos trabalhado bastan-
te com o mercado sueco. Com a reestruturação
da empresa, outro dos nichos de mercado onde
estamos a apostar fortemente é no produto, ca-
samentos para estrangeiros, cujo público-alvo é o
ENTREVISTA
73 73
esta distinção para a vossa empresa?
CC: É uma distinção que muito nos honra e que
prestigia a empresa. Acaba por ser o justo reconhe-
cimento do trabalho e da dedicação de 22 anos
do meu pai ao serviço da restauração, no qual eu
tenho o privilégio de participar e de continuar a
desenvolver. Esta distinção por parte do Município
encoraja-nos a prosseguir rumo ao futuro, fazendo
mais e melhor.
NCM: O Carlos Coelho é um jovem de 32 anos,
licenciado em gestão hoteleira pela Universidade
do Algarve. O que é que levou a enveredar pelo
mundo da restauração e da animação?
CC: Cresci dentro do mundo da restauração pelo
qual acabei por me apaixonar e onde sempre tra-
balhei mesmo durante o tempo em que era estu-
dante. Após a minha licenciatura, decidi o que que-
ria fazer e é o que faço em cada dia de trabalho:
construir aquilo com que sempre sonhei.
O mundo da restauração e organização de even-
tos é fascinante e, ao mesmo tempo, um desafi o
constante.
cliente irlandês. Já em novembro, a Real Infante
vai participar numa das maiores feiras do mundo
de eventos em Dublin, na Irlanda, para promover
este novo produto turístico.
NCM: De que forma é que a concretização dos
cinco núcleos turísticos em desenvolvimento no
concelho e a Verdelago, em particular, podem in-
fl uenciar o crescimento da vossa empresa?
CC: Todo o desenvolvimento turístico é benéfi co
para o concelho. Os novos projetos podem abrir
janelas de oportunidade ao nível do investimento,
mas também na conquista de novos mercados.
Quanto ao núcleo turístico Verdelago, na praia Ver-
de, acreditamos que estamos numa posição privi-
legiada para podermos oferecer um conjunto de
serviços aos futuros clientes do empreendimento.
NCM: Um dos seus sonhos é conquistar o mundo
da hotelaria. Quando é que a Real Infante vai ter
o seu hotel?
CC: Evoluir e conquistar novos clientes é o nosso
desígnio. Somos uma empresa virada para o futuro
e bastante empreendedora, atenta ao mercado e é
evidente que se surgir um bom investimento esta-
mos na linha da frente. Já estivemos próximos de
abrir um hotel, não em Portugal mas no estrangei-
ro. Não escondo que um dos nossos sonhos é ter
um hotel, de preferência no concelho de Castro
Marim.
NCM: Qual a importância da vossa empresa para
o desenvolvimento económico do concelho de
Castro Marim?
CC: Como sabe, a Real Infante tem hoje já uma
dimensão considerável e um número signifi cativo
de colaboradores. Humildemente, temos conquis-
tado muitos visitantes para o concelho, que são
potenciais consumidores não apenas da restaura-
ção, mas também noutras áreas de negócios para
a economia local. Um dos bons exemplos foi a
criação da Agência de Eventos, através da qual
estamos a promover o rico património histórico
edifi cado da vila de Castro Marim e o património
natural que é a Reserva Natural do Sapal de Castro
Marim/V.R.S.A e o rio Guadiana.
NCM: A Real Infante foi agraciada, no Feriado
Municipal, pela Autarquia com a Medalha de Mé-
rito Municipal – Grau Ouro. Que signifi cado teve
DESENVOLVIMENTO
74 74
FESTA DA CATAPLANA NOS RESTAURANTES DE CASTRO MARIM
NUMA PARCERIA com os restaurantes da frente
mar do concelho, a Câmara Municipal organizou
pela primeira vez a Festa da Cataplana, um festi-
val gastronómico que decorreu no mês de junho
e foi dedicado a um dos pratos algarvios mais
apreciados, a cataplana. A iniciativa teve como
objetivo fomentar a economia e a gastronomia
locais, atraindo mais visitantes no início da épo-
ca balnear. Os 14 restaurantes aderentes apre-
sentaram dois tipos de cataplana, com preços
atrativos e diferenciadores. Além da cataplana de
marisco, uma das mais procuradas, os restauran-
tes confecionaram também cataplana de polvo,
bacalhau, tamboril, cabrito e lombinho de por-
co. A propósito desta iniciativa, a vice-presidente
da Autarquia castromarinense, Filomena Sintra,
sublinhou: “O património gastronómico é uma
das nossas maiores riquezas. Ao turismo de sol
e praia que a frente mar do concelho de Castro
Marim oferece junta-se a vertente gastronómi-
ca, que queremos dinamizar e promover, ainda,
melhor. Este tipo de oferta acaba por funcionar
como fator diferenciador do concelho de Castro
Marim”.
DESENVOLVIMENTO
75 75
TENDO COMO pressuposto o desenvolvimen-
to económico do concelho, assente na promoção
dos produtos locais e do património imaterial de
Castro Marim, a Empresa Municipal NovBaesuris
tem em desenvolvimento as obras de requalifi ca-
ção e reabilitação do Mercado Municipal da vila.
A intervenção, cujo investimento global é de 150
mil euros, contempla a substituição total da co-
bertura do edifício, a requalifi cação das pérgulas
exteriores e do fontanário frontal, que passará a
ser uma fonte decorativa. As duas áreas de pér-
gulas serão transformadas num espaço de consu-
mo e prova de produtos locais tais como doçaria
regional, sumos e bebidas espirituosas. Também
MERCADO MUNICIPAL DE CASTRO MARIM MODERNIZA-SE PARA A PROMOÇÃO DOS PRODUTOS LOCAIS
no exterior do Mercado Municipal haverá altera-
ções com o reposicionamento do mobiliário ur-
bano existente e a instalação de dois painéis de
azulejaria magrebina com a identifi cação do novo
espaço. A empreitada de requalifi cação do Merca-
do Municipal assume-se como uma alavanca na
estratégia local de desenvolvimento, tendo como
premissas o aumento da produtividade e compe-
titividade da atividade económica, a revitalização
de artes e ofícios e produtos locais, a promoção
e valorização do património cultural e natural, en-
quanto fator de melhoria das condições de vida
das populações e promoção do território e do seu
património.
DESENVOLVIMENTO
76 76
MERCADINHOS E ANIMAÇÃO MUSICAL DINAMIZAM TURISMO EM ALTURA
APOSTADA em incrementar a comercialização
dos produtos tradicionais e apoiar os produtores
locais, a Câmara Municipal, em colaboração com
a Junta de Freguesia de Altura, organizou durante
os meses de verão, em Altura, na Zona de Lazer
da Avenida 24 de Junho, “Os Mercadinhos d’Altura”,
dinamizando deste modo a economia local. Arte-
sanato moderno e tradicional, produtos biológicos
da horta, frutos secos e uma enorme variedade de
doces regionais, foram alguns dos produtos que
os milhares de veraneantes, que se deslocaram a
Altura puderam adquirir. “Todos os estímulos que
pudermos dar aos produtores locais, daremos. O
desenvolvimento e o crescimento económico do
concelho de Castro Marim passa sobremaneira
pela valorização do território e dos seus recursos
naturais”, afi rmou na ocasião o presidente da Câ-
mara Municipal, Francisco Amaral.
DESENVOLVIMENTO
77 77
PROVA DE VINHOS ATRAI CENTENAS DE PESSOAS AO RIO SECO
NO PASSADO dia 15 de fevereiro, o Grupo Despor-
tivo e Cultural do Rio Seco realizou, com o apoio da
Câmara Municipal de Castro Marim e da Junta de
Freguesia local a Festa da Prova de Vinhos Caseiros
com um jantar onde participaram mais de duas cen-
tenas de pessoas. Esta 5ª edição da Festa da Prova
dos Vinhos Caseiros reuniu à mesa em Rio Seco
45 produtores de vinho dos concelhos de Castro
Marim e Vila Real de Santo António, apresentando
alguns dos melhores tintos desta área do sotavento
algarvio, tendo deixado aos provadores e comen-
sais a difícil tarefa de escolher os cinco melhores.
Após um trabalho intenso de degustação, designa-
do como prova cega, na qual os provadores não sa-
bem a qual dos vitivinicultores pertencem os vinhos
que vão avaliando, foram classifi cados os cinco me-
lhores vinhos:
1º - Maria Antonieta Rodrigues Madeira Cipriano –
Vila Real de Santo António
2º - Rogério da Conceição Fernandes – Corte Antó-
nio Martins (V.R.S.A)
3º - Henrique Rodrigues – Rio Seco – Castro Marim
4º - Manuel José Cavaco - Altura
5º - Joaquim Manuel Peres Gonçalves – Pedra Ar-
rancada – Altura
Para Luís Godinho Gomes, Presidente do Grupo
Desportivo do Rio Seco, a realização da 5ª Festa da
Prova dos Vinhos Caseiros “foi muito positiva pela
elevada participação de produtores de vinho, mas
também pela qualidade e diversidade dos vinhos
apresentados a concurso. Isto prova que nos con-
celhos de Castro Marim e Vila Real de Santo António
produzimos dos melhores vinhos da região, sendo
um incentivo para continuarmos a apurar a qualida-
de dos nossos néctares frutados. Gostaria ainda de
deixar uma palavra de agradecimento à Câmara Mu-
nicipal e à Junta de Freguesia de Castro Marim, pelo
apoio concedido e por acreditarem na qualidade dos
nossos vinhos”. Por seu turno, o vereador Nuno Pe-
reira da Câmara Municipal congratulou-se pela mag-
nífi ca realização do Grupo Desportivo do Rio Seco,
tendo realçado a importância da «Festa da Prova dos
Vinhos Caseiros» para uma melhoria da qualidade
dos nossos vinhos, mas também pelo aparecimento
de novas castas que vão, decerto, enriquecer e valo-
rizar a produção vinícola na região Algarvia.
DESENVOLVIMENTO
78 78
Km, com a construção do troço Eira Verde – Monte
Novo/Furnazinhas, num investimento de 2 milhões
de euros, em curso. Francisco Amaral defendeu um
conjunto de candidaturas ao PO Algarve 21 que o
município está a organizar, nomeadamente o de-
senvolvimento do projeto da ciclovia e a melhoria
das condições de circulação da E.N. 125-6, entre
Castro Marim e a Praia Verde, a melhoria da efi ciên-
cia energética do espaço urbano e o projeto de mo-
dernização administrativa. Outros temas da agenda,
que marcaram a reunião da Câmara Municipal com
a CCDR/Algarve foram o autocaravanismo e algu-
mas questões estruturantes para o futuro de Castro
Marim, como o ordenamento do território no con-
celho e ainda a revisão do Plano Diretor Municipal
(PDM) e a delimitação da Reserva Ecológica Nacio-
nal (REN).
TENDO EM VISTA preparar o novo quadro comu-
nitário (2014-2020), no que respeita a Castro Marim,
a Câmara Municipal reuniu, no mês de novembro,
com a CCDR/Algarve para discutir investimentos
em curso no concelho, bem como a apresentação
de candidaturas ao próximo Quadro Comunitário
de Apoio (QCA). Nesta reunião de trabalho, em que
o executivo municipal esteve representado pelo
Presidente da Câmara, Dr. Francisco Amaral e pela
vice-presidente, Drª. Filomena Sintra, e a CCDR/Al-
garve, pelo Presidente, Eng. David Santos e pelos
vice-presidentes, Dr. Nuno Marques e Dr. Adriano
Guerra, foram discutidas questões de grande inte-
resse para o futuro de Castro Marim, tais como a
reprogramação fi nanceira de obras cofi nanciadas,
de que é exemplo a obra de conclusão da Estrada
Municipal Altura-Furnazinhas, numa extensão de 34
CASTRO MARIM PREPARA NOVO QUADRO COMUNITÁRIO (2014-2020)
DESENVOLVIMENTO
79 79
tir que a associação continue a pugnar pela saúde
pública do concelho, é também um forte incen-
tivo à expansão da pecuária existente no territó-
rio e que atualmente dispõe de uma centena de
rebanhos de ovinos, caprinos e bovinos, gerado-
res de riqueza e emprego na sub-região do Baixo
Guadiana. Recorde-se que a Associação de Defe-
sa Sanitária do concelho de Castro Marim (ADS)
garante a sanidade animal no sotavento algarvio,
fazendo o acompanhamento sanitário de 12 mil
pequenos ruminantes e 2 mil bovinos, permitin-
do assim o combate efetivo de doenças que se
podem transmitir aos seres humanos, bem como
de doenças de incidência local, responsáveis pela
baixa produtividade dos animais.
NO ÂMBITO da política de apoio e incentivo à
economia local, a Câmara Municipal aprovou a
atribuição de uma verba de 8 mil euros à Asso-
ciação de Defesa Sanitária do concelho de Cas-
tro Marim (ADS), mediante a assinatura de um
protocolo de colaboração. Este apoio fi nanceiro
prende-se com o facto da Associação de Defesa
Sanitária do concelho, que nas duas últimas dé-
cadas tem desempenhado um papel importante
no domínio da saúde pública, estar a viver uma
situação de grande precariedade fi nanceira, que
ameaçava o seu encerramento e consequente-
mente o perigo de transmissão de doenças dos
animais ao homem. A Autarquia entende que o
apoio fi nanceiro concedido à ADS, além de permi-
CÂMARA MUNICIPAL APOIA FINANCEIRAMENTE A ADS DE CASTRO MARIM
DESENVOLVIMENTO
80 80
A COOPERATIVA TERRAS DE SAL conquistou
três medalhas de ouro no 1º Concurso Nacional de
Sal, Ervas Aromáticas e Condimentos, em abril, no
Centro Nacional de Exposições de Santarém. A Ter-
ras de Sal integra produtores de Sal marinho tradi-
cional e Flor de Sal, com o propósito de promover,
valorizar e comercializar estes produtos tradicionais.
Nos últimos anos, esta cooperativa castromarinen-
se de salineiros tem desenvolvido um trabalho efe-
tivo, que assenta na continuidade e sustentabilidade
da salicultura tradicional, do aproveitamento dos
recursos naturais de Castro Marim e da dignifi cação
da profi ssão de salineiro. Segundo Luís Rodrigues,
um dos sócios da Terras de Sal, “estes prémios são
TERRAS DE SAL CONQUISTA MEDALHAS DE OURO
muito importantes para a cooperativa, dignifi cam a
qualidade dos nossos produtos e são uma boa dis-
tinção daquilo que é produzido na Reserva Natu-
ral do Sapal de Castro Marim / Vila Real de Santo
António”. Neste 1º Concurso Nacional de Sal, Ervas
Aromáticas e Condimentos da responsabilidade
da Qualifi ca – Associação Nacional de Municípios
e de Produtores para a Valorização e Qualifi cação
dos Produtos Tradicionais Portugueses – em cola-
boração com o CNEMA – Centro Nacional de Ex-
posições e Mercados Agrícolas, S.A, a Terras de Sal
conquistou três medalhas de ouro nas diversas ca-
tegorias postas a concurso: “Sal Marinho”, “Flor de
Sal” e “Flor de sal Aromatizada”.
DESENVOLVIMENTO
81 81
COMPREENDENDO a expressão e a força do
movimento associativo no concelho, a Câmara
Municipal procedeu no mês de abril, mediante a
assinatura de protocolos de colaboração, à ce-
dência dos edifícios das antigas escolas primá-
rias do Barrocal e do Rio Seco a três associações
locais do concelho. Assim, foi atribuída à Asso-
ciação de Acordeonistas do Algarve – Mito Algar-
vio – a antiga Escola do 1º ciclo do Barrocal, em
Altura. A escola é a nova sede da Mito Algarvio,
onde funcionará também a Escola de Acordeão
“Eugénia Lima”, em homenagem àquela que foi
considerada a melhor acordeonista portuguesa
de sempre e a grande impulsionadora da criação
CÂMARA MUNICIPAL CEDE ANTIGAS ESCOLAS PRIMÁRIAS A ASSOCIAÇÕES LOCAIS
da associação. Uma das salas da antiga escola
primária do Rio Seco foi atribuída à Associação
para a Geminação Castro Marim – Guérande,
cujo desiderato é fomentar os laços de amizade
entre as duas vilas, favorecer as trocas e parti-
lhas de ideias e experiências nas áreas da cul-
tura, turismo, educação e desporto, organizar e
incrementar o ensino das línguas portuguesa e
francesa nas duas regiões. A outra sala da anti-
ga escola do Rio Seco foi confiada à Rodactiva,
uma jovem associação da vila de Castro Marim
com três anos de existência, e que tem como
horizonte o incentivo e a promoção da prática
desportiva, em particular do BTT.
DESENVOLVIMENTO
82 82
NUMA ESTRATÉGIA de promoção e valorização
do “Sal de Castro Marim, o melhor Sal do Mun-
do”, para a introdução deste produto de qualidade
superior de produção local nos principais circui-
tos da restauração e hotelaria, a Câmara Municipal
assinou uma parceria com o Restaurante Tertúlia
Algarvia, em Faro, para a oferta de sal, por um pe-
ríodo de dois anos, constando nas suas ementas
que os pratos serão confecionados com Sal de
Castro Marim. Este acordo de colaboração com
um dos principais restaurantes da capital algarvia
foi selado, no mês de abril, no referido restauran-
te em Faro, onde se realizou uma demonstração
de cozinha ao vivo com a confeção de duas re-
ceitas, uma de peixe e outra de carne. Com esta
Tertúlia, em que foram convidados os produtores,
as cooperativas e as empresas de Sal locais, pre-
tende valorizar-se o Sal e a Flor de Sal de extra-
SAL DE CASTRO MARIM À MESA NA TERTÚLIA DE FARO
ção manual levada a cabo nas salinas de Castro
Marim e afi rmar esta marca distintiva do concelho
nos mercados consumidores, incentivando a sua
prova e consumo aos turistas e visitantes. Para Fi-
lomena Sintra, Vice-Presidente da Câmara Munici-
pal, presente na tertúlia: “Os subprodutos do sal de
Castro Marim estão a conseguir introduzir-se em
alguns nichos de mercado. Atualmente já temos
um conjunto de microempresas, com grande des-
taque nacional e internacional, o que nos orgulha
e recompensa, depois do reinvestimento na revita-
lização do setor”. No decurso da “Tertúlia Algarvia”
foi apresentada a salicórnia, um legume salgado e
um novo produto, o sal líquido com baixo teor de
sódio e elevado teor de magnésio. Este sal é con-
siderado mais saudável no tempero dos alimentos
e recomendado para pessoas com doenças cróni-
cas e atletas de alta competição.
SOCIEDADE
83 83
CASTRO MARIM COMBATE O DESEMPREGO
NO MÊS de dezembro, a Câmara Municipal cele-
brou um protocolo com as Instituições Particulares
de Solidariedade Social (IPSS) do concelho (Asso-
ciação Cegonha Branca, Associação dos Amigos e
Naturais de Castro Marim “Sapal Verde”, Associação
de Bem Estar Social da Freguesia de Azinhal “ABES-
FA”, Associação Social da Freguesia de Odeleite e
Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim), que
tem por fi nalidade a reinserção profi ssional da po-
pulação desempregada do concelho. Esta medida
de grande alcance social para a comunidade cas-
tromarinense teve em linha de conta a elevada taxa
de desemprego - cerca de 15% da população ati-
va existente no concelho e uma das mais elevadas
da região do Algarve. Em parceria com as IPSS, o
município organizou candidaturas aos diversos pro-
gramas do Instituto de Emprego e Formação Profi s-
sional (IEFP), para as quais se inscreveram centenas
de pessoas, comprometendo-se a fi nanciar a parte
das candidaturas que não é subsidiada por aquele
organismo, mas da responsabilidade das entidades
empregadoras. Os benefi ciários das candidaturas
aprovadas foram distribuídos pelas IPSS do conce-
lho e pelos serviços da Autarquia, onde de acor-
do com o seu perfi l desempenham tarefas várias.
Para o Presidente da Câmara Municipal, Francisco
Amaral, trata-se de um esforço fi nanceiro municipal
muito signifi cativo, no sentido de ajudar as famílias
que atravessam um momento muito difícil das suas
vidas. “Espero que um dia, que acredito seja próxi-
mo, a economia retome e esta ajuda deixe de ser
necessária”, afi rmou na ocasião.
SOCIEDADE
84 84
CÂMARA MUNICIPAL APOIA A LOJA SOLIDÁRIA DE ALTURA
ATENDENDO às difi culdades socioeconómicas
que o país atravessa, em especial as famílias de
menores recursos, às quais o concelho de Cas-
tro Marim não é indiferente, a Câmara Municipal
celebrou, no quadro das suas competências em
matéria de políticas de proteção social e do incre-
mento de estratégias de desenvolvimento social
integrado, um protocolo de cooperação com a
Junta de Freguesia de Altura que visa o apoio à
Loja Solidária na sede de freguesia. O apoio à Loja
Solidária em Altura é uma resposta social ativa e
efi caz, que de modo objetivo pretende enfrentar
as necessidades imediatas de famílias carencia-
das da freguesia, nomeadamente os agregados
familiares ou indivíduos de parcos recursos eco-
nómicos que apresentem difi culdades básicas de
subsistência. De acordo com a assinatura do pre-
sente protocolo, compete ao Município apoiar a
dinamização da Loja Solidária com a atribuição
de um subsídio mensal no valor de 250 euros à
Junta de Freguesia de Altura para aquisição de
alimentos a distribuir pela população mais ca-
renciada e ainda desenvolver parcerias com em-
presas ou entidades que possam contribuir com
donativos para o funcionamento da mesma. O
Presidente da Câmara Municipal, Francisco Ama-
ral, afi rmou que “estamos em presença de um
projeto de grande alcance social, que tem no seu
horizonte uma resposta sustentável, cuja fi nali-
dade é atenuar os novos processos de exclusão
social e a persistência de desigualdades sociais,
estimulando a participação ativa das famílias e
privilegiando o trabalho em rede com entidades
e autarquias locais”.
85
SOCIEDADE
DEBATE VIVO EM ALTURA SOBRE O AUTOCARAVANISMO NO CONCELHO
NO PASSADO dia 1 de fevereiro, a Câmara Municipal
de Castro Marim promoveu no Centro Escolar de Al-
tura um amplo debate sobre a temática do autocara-
vanismo no concelho, que contou com a participação
de duas centenas de pessoas, incluindo residentes, au-
tocaravanistas e agentes económicos. “Queremos um
debate participado por todos, onde construtivamente
possamos discutir o autocaravanismo enquanto ativi-
dade económica relevante para o concelho, desde as
questões que se prendem com a falta de parques até à
necessidade de encontrar um modelo de gestão des-
te tipo de turismo. Afi gura-se-nos de grande utilidade
ouvir as vossas opiniões sobre o autocaravanismo no
concelho, para que com bom senso e equilíbrio sai-
bamos decidir sobre uma atividade que está em fran-
co desenvolvimento no Algarve e que nos interessa”.
Foi deste modo que Francisco Amaral, o presidente
da câmara, se dirigiu aos participantes neste que foi o
terceiro de um conjunto de grandes debates sobre o
futuro do concelho, realizados pela Autarquia. Seguiu-
-se a apresentação de um estudo acerca da estratégia
para o acolhimento dos autocaravanistas na região, da
responsabilidade dos técnicos da CCDR/Algarve, Ale-
xandre Domingues e Alice Pisco. O documento traçou
o perfi l do autocaravanista e o enquadramento desta
atividade no Algarve. Outra das questões abordadas
neste trabalho da CCDR/Algarve é a criação de estru-
turas de apoio ao autocaravanismo e a importância
da legislação em vigor desde 2008, tendo já permiti-
do nos últimos seis anos a construção de 12 áreas de
acolhimento a autocaravanistas na região, entre elas
as de Alcaria de Odeleite e Castro Marim. A criação
de uma rede regional de acolhimento aos autocarava-
nistas e de um roteiro do autocaravanismo no conce-
lho, tal como a construção de um parque de acolhi-
mento em Altura, com infraestruturas que permitam
o abastecimento de água e a descarga de esgotos e
o ordenamento da área urbana de forma a combater
eventuais situações de parqueamento selvagem, que
em nada contribuem para uma convivência sã entre
a comunidade residente e os autocaravanistas, foram
algumas das conclusões deste debate vivo que, ao
longo de três horas, encheu por completo o refeitório
do Centro Escolar de Altura.
SOCIEDADE
86
SESSÃO DE COACHING E WORKSHOP DE AUTOMAQUILHAGEM ASSINALAM O DIA INTERNACIONAL DA MULHER MAIS DO QUE NUNCA, a mulher assume um pa-
pel preponderante na construção de uma sociedade
mais justa e solidária, sendo responsável por muitas
das transformações ocorridas no mundo e que pas-
sam pela sua emancipação e a conquista de lugares
de decisão, seja na economia, na política, na ciência
ou no conhecimento. A Câmara Municipal come-
morou o Dia Internacional da Mulher, a 8 de março,
com a realização de uma Sessão de Coaching e um
Workshop de automaquilhagem, no auditório da Bi-
blioteca Municipal. Para a Autarquia, estas iniciativas
têm por fi nalidade trabalhar e melhorar a motivação
e a autoestima da mulher castromarinense, aspe-
tos muito importantes em contextos difíceis como
aquele que estamos a viver, bem como contribuir
para o reforço da sua imagem pessoal.
SOCIEDADE
87
CASTROMARINENSES DESCOBREM GENTES E LUGARES COM O PROGRAMA DE EXCURSÕES DA CÂMARA MUNICIPAL
DA POLÍTICA SOCIAL do Município fazem parte
ações adjacentes que visam aprofundar o bem-
-estar, a qualidade de vida e a coesão dos castro-
marinenses, a Câmara Municipal propôs-se mostrar
gentes e lugares, através do Programa de Excur-
sões para 2014. As fortes restrições orçamentais do
município levaram à elaboração de um programa
aquém das expetativas colocadas mas que, ainda
assim, constitui certamente um elemento de conví-
vio e socialização, em especial, da população mais
idosa do concelho. Entre maio e novembro, o pro-
grama contempla deslocações a alguns destinos
turísticos e locais históricos como Fátima, Madrid,
Elvas ou Badajoz.
SAÚDE
88 88
O MINISTRO DA SAÚDE INAUGURA A UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOSDO AZINHAL
EM SETEMBRO de 2013, o ministro da saúde, Dr.
Paulo Macedo, inaugurou a Unidade de Cuidados
Continuados do Azinhal, numa cerimónia que reu-
niu várias entidades ofi ciais da área da saúde, assim
como o então presidente da câmara, Dr. José Este-
vens, autarcas e a população do Azinhal. No discurso
de inauguração deste equipamento hospitalar da As-
sociação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal
(ABESFA), o ministro da saúde, visivelmente satisfeito,
referiu que a solução encontrada para a construção
da obra, uma parceria público-privada é um “exce-
lente exemplo do que pode ser uma parceria entre
o Estado, poder local e instituições sociais”. Relativa-
mente à dimensão das unidades, afi rmou que “não
faz sentido ter unidades, por exemplo, com seis ou
sete camas. Não é possível ter unidades tão peque-
nas, porque depois não se consegue ter os terapeu-
tas necessários nem este tipo de valências. No futu-
ro, queremos contratar unidades de maior dimensão,
para potenciar não só os custos mas também as va-
lências e os cuidados a prestar à população.” Por seu
turno, José Estevens falou da importância da nova
unidade de cuidados continuados para o município,
no apoio aos idosos sem esquecer o impacto da
mesma em termos económicos para o interior do
concelho e para a região. “O objetivo é, também,
contrariar a perda de população, uma tendência que
o país interior tem sofrido. E esta unidade já criou 28
postos de trabalho diretos”, assegurou. A Unidade de
Cuidados Continuados entrou em funcionamento,
dia 1 de agosto, e representa um investimento total
de dois milhões e duzentos mil euros, sendo que 41%
do investimento total é fi nanciado pelo Programa
MODELAR do Ministério da Saúde e os restantes 59%
pela Câmara Municipal de Castro Marim. O equipa-
mento, que foi construído a pensar nos utentes e nas
famílias, integra espaços de convívio e dois pátios de
infl uência arquitetónica mediterrânica, com três alas
de quartos: 10 quartos individuais de internamento,
10 quartos duplos de internamento, um quarto indivi-
dual de isolamento e um quarto de pessoal de servi-
ço. O piso inferior é composto por uma zona de ser-
viços, nomeadamente cozinha, refeitório, lavandaria,
instalações sanitárias e instalações técnicas. A obra
tem a assinatura do arquiteto José Alberto Alegria e
foi construída pela empresa Ramos & Catarino, S.A.
SAÚDE
89
A DOENÇA DE ALZHEIMER E A PREVENÇÃO DA DEMÊNCIA DOMINAM PALESTRA EM CASTRO MARIM
FOI UMA PLATEIA interessada e participativa aque-
la que, no passado mês de janeiro, assistiu à palestra
acerca da doença de Alzheimer no auditório da Bi-
blioteca Municipal, tendo como convidada a médi-
ca neurologista Isabel Valente, do Hospital Central
do Algarve. Esta palestra promovida pela Autarquia
castromarinense iniciou-se com a apresentação
em palco da peça de teatro “Alice”, numa magnífi -
ca interpretação de Lourdes Martins, da Companhia
Teatro Experimental de Alcoutim e com encenação
de Francisco Brás, que narra a história de uma mu-
lher a quem o Alzheimer roubou o gosto de viver.
Numa análise cuidada e atenta, denotando uma ca-
pacidade de comunicação invulgar e uma lingua-
gem acessível, a neurologista Isabel Valente alertou
para a necessidade de preparar a velhice e de cul-
tivar hábitos de vida saudáveis, observando que o
declínio cognitivo começa a partir dos 30 anos e
que os fatores de risco como a diabetes, a hiperten-
são ou o tabagismo são os grandes responsáveis
pelos quadros de demência. No fi nal, o presidente
da câmara municipal, Francisco Amaral, mostrou-
-se satisfeito pela adesão da comunidade castroma-
rinense à iniciativa, tendo feito um agradecimento
especial à Drª. Isabel Valente, pela disponibilidade
em deslocar-se a Castro Marim e pelos contributos
e esclarecimentos que trouxe a propósito de uma
doença que, nos últimos anos, tem conhecido um
crescimento muito signifi cativo junto da população,
em especial a partir dos 65 anos.
SAÚDE
90
APRESENTAÇÃO PÚBLICA DA UNIDADE MÓVEL DE SAÚDE DE CASTRO MARIM EM ODELEITE
“HOJE, 5 DE OUTUBRO, é um dia histórico para
Portugal, mas é também um dia histórico para as fre-
guesias de Odeleite e Azinhal. Recordo-me que há
vinte anos atrás criei a primeira Unidade Móvel de
Saúde do país com enfermeiro, no concelho de Al-
coutim. Nessa altura, as câmaras municipais não se
preocupavam com as questões da saúde e da ação
social, preocupavam-se antes com a eletrifi cação,
com o abastecimento de água ou a recolha do lixo.
Eu entendi que não era assim. Hoje, estamos a fazer
história aqui em Odeleite ao darmos a conhecer a
primeira Unidade Móvel do país com médico”.
Foi deste modo entusiasmado e determinado que
o Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim,
Francisco Amaral, falou na cerimónia de apresenta-
ção pública da Unidade Móvel de Saúde de Castro
Marim, no passado dia 5 de outubro, na aldeia de
Odeleite. Esta cerimónia contou com as presenças
do Presidente da Administração Regional de Saúde
do Algarve, João Moura Reis, do Presidente da Junta
de Freguesia de Odeleite, Valter Matias e da Presi-
dente da Associação Social da Freguesia de Odelei-
te, Paula Pinto.
A concluir a sua intervenção, o autarca castromari-
nense agradeceu a preciosa ajuda da Administração
Regional de Saúde do Algarve (ARS), aos presidentes
das Juntas de Freguesia de Odeleite e Azinhal, por
terem acreditado no projeto, e à Associação Social
SAÚDE
91 91
da Freguesia de Odeleite, enquanto parceira do pro-
jeto.
“As pessoas das freguesias de Azinhal e Odeleite e de
toda a serra algarvia são pessoas que levaram uma
vida de sacrifícios. Portanto, é inteiramente justo que
as câmaras municipais e as juntas de freguesia vão
ao encontro das suas necessidades mais imediatas.
Uma consulta de proximidade em que as pessoas
não têm de se deslocar ao Centro de Saúde é um
ato de justiça”, assegurou.
Por seu turno, o Presidente da Administração Regio-
nal de Saúde do Algarve, João Moura Reis, referin-
do-se à importância da criação da Unidade Móvel
de Castro Marim, afi rmou: “As freguesias de Odeleite
e Azinhal estão de parabéns. Quero agradecer aos
autarcas na pessoa do Dr. Francisco Amaral, a forma
prática e efi ciente como trataram uma questão de
assistência médica. Atendendo ao elevado índice de
envelhecimento da população da freguesia de Ode-
leite, a melhor solução é fazer consultas de proximi-
dade do que ter um posto médico onde as pessoas
têm de se deslocar, com todos os problemas ineren-
tes como sejam a falta de transporte e as difi culda-
des de mobilidade dos próprios doentes”.
Também o Presidente da Junta de Freguesia de
Odeleite, Valter Matias, salientou o caráter positivo
do projeto, afi rmando que esta é uma boa solução
na prestação de cuidados de saúde a uma popula-
ção maioritariamente idosa. Realçou ainda o esforço
desenvolvido pela Câmara Municipal para a criação
da Unidade Móvel de Saúde e o apoio inestimável da
Associação Social da Freguesia de Odeleite.
A Unidade Móvel de Saúde de Castro Marim vai per-
correr as freguesias de Azinhal e Odeleite, de se-
gunda a sexta-feira, para a realização de consultas,
com uma equipa constituída pelas médicas Helena
Gonçalves, Susana Valsassina e a enfermeira Ange-
lina Rocha.
SAÚDE
92
SAÚDE
92
O RASTREIO E OS CUIDADOS A TER COM A DIABETES MELLITUS
NO ÂMBITO do ciclo de debates e palestras que
a Câmara Municipal está a organizar desde ja-
neiro, no mês de março, decorreu no auditório
da Biblioteca Municipal, uma palestra dedicada
à diabetes, que teve como orador convidado o
Presidente da Associação para o Estudo da Dia-
betes Mellitus e Apoio ao Diabético no Algarve
(AEDMADA), o Dr. Eurico Gomes. Este especia-
lista felicitou a Câmara Municipal pela iniciativa e
por estar preocupada com a qualidade de vida e
a saúde, em especial a diabetes, dos seus muní-
cipes, recordando que esta é uma das doenças
mais mortíferas e que atinge 500 mil portugue-
ses. Numa leitura cuidada e tecnicamente perfei-
ta, o presidente da AEDMADA fez a caracterização
da doença para afi rmar que esta é a mais antiga
que se conhece, estando intimamente ligada aos
hábitos de vida dos cidadãos e que o seu comba-
te passa em larga medida pelos rastreios, que de-
vem ser realizados precocemente, evitando deste
modo as complicações decorrentes da patologia.
No decurso da palestra, o Dr. Eurico Gomes deu
informações e conselhos muito úteis sobre como
lidar e controlar a diabetes, uma doença que é
fator de risco para o AVC e o enfarte do miocár-
dio, sendo o Algarve uma região que regista um
universo de 30 mil diabéticos. Na ocasião, o Presi-
dente da Câmara Municipal, Dr. Francisco Amaral,
mostrou-se satisfeito pela adesão dos castroma-
rinenses a esta iniciativa, falando da importância
em sensibilizar as pessoas para uma doença que
mata silenciosamente e da importância de saber
lidar com a mesma, questionando o auditório:
“se nós podemos viver com qualidade até aos 90
anos de idade, porque havemos de viver até aos
60 sem qualidade?”
SAÚDE
93
PALESTRA SOBRE A DEPRESSÃO, EM ALTURA
FORAM MUITOS OS JOVENS interessados que
assistiram no mês de abril à palestra sobre a pro-
blemática da depressão, no Salão Paroquial em Al-
tura, tendo como convidado o psiquiatra Francisco
Assis, médico do serviço de psiquiatria do Hospital
de Faro. Numa análise científi ca e, ao mesmo tem-
po, descomplexada, o psiquiatra Francisco Assis fez
uma caracterização dos vários tipos de depressão
- a episódica, a recorrente e a crónica - para afi rmar
que só 20% dos doentes têm consciência do seu
estado depressivo. «As pessoas com esta patologia
não convivem, não comunicam, sendo que 10% das
depressões conduzem ao suicídio, daí a importância
de um diagnóstico precoce. Todos temos de estar
despertos para os primeiros sintomas», assegurou.
Por seu turno, o médico e presidente da Autarquia
castromarinense, Francisco Amaral, realçou o papel
das câmaras municipais na promoção das políticas
de saúde que melhorem o bem-estar e qualidade
de vida dos cidadãos, alertando que é fundamen-
tal lutar contra o preconceito da depressão, uma
doença aceite mas incompreendida: “Há milhares
de pessoas nas ruas com depressão e ninguém lhe
dá pelo cheiro”, garantiu.
«TEMOS DE SABER QUE A DEPRESSÃO É UMA DOENÇA QUE REQUER TRATAMENTO MÉDICO» DEFENDEU O PSIQUIATRA FRANCISCO ASSIS, EM ALTURA
SAÚDE
94
MEIO MILHAR DE PESSOAS NA CAMINHADA SOLIDÁRIA DE CASTRO MARIM
NO ÂMBITO das comemorações do Dia da Mãe,
dia 4 de maio, o Agrupamento de Escolas de Castro
Marim, a Associação Oncológica do Algarve e a Câ-
mara Municipal realizaram uma Caminhada solidária
em Castro Marim, na qual participaram meio milhar
de pessoas.
A caminhada de apoio à Associação Oncológica do
Algarve teve início com uma largada de pombos.
Cinco centenas de pessoas de bonés cor-de-rosa
com o slogan «E quando os passos se transformam
em laços», caminharam ao longo de 3 Km pelas ruas
da vila, recolhendo donativos no valor de dois mil eu-
ros, que reverteram a favor da AOA, para a constru-
ção de um lar para os doentes com cancro em fase
de tratamento.
O autarca castromarinense, Francisco Amaral, su-
blinhou a bondade e a generosidade desta ação da
comunidade escolar, lembrando que “os algarvios
devem estar muito reconhecidos à Associação On-
cológica do Algarve e ao seu presidente, Dr. Santos
Pereira”.
A Caminhada Solidária de Castro Marim teve os apoios
dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo An-
tónio, da Guarda Nacional Republicana de Castro
Marim, da Sociedade Columbófi la Castromarinense e
dos restaurantes “O Infante” e “A Tasca Medieval”.
SAÚDE
95
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE CASTRO MARIM PROJETA RESIDÊNCIA PARA DOENTES DE ALZHEIMER
NA SEQUÊNCIA de uma reunião de trabalho com
o Presidente da Câmara Municipal, Dr. Francisco
Amaral, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de
Castro Marim, José Manuel Cabrita, deu a conhecer
o projeto de arquitetura para a construção de uma
Estrutura Residencial para Doentes de Alzheimer.
Num investimento de 2,5 milhões de euros, o equi-
pamento social, a construir no antigo edifício sede
da Casa do Povo de Castro Marim, destina-se a dar
uma resposta efi caz e adequada às necessidades
específi cas dos indivíduos portadores da doença de
Alzheimer, não só aos doentes do concelho, mas
de toda a região algarvia. Consciente da difi culda-
de que implica a edifi cação de uma Estrutura Re-
sidencial com estas características, o Provedor da
Santa Casa da Misericórdia acredita fi rmemente que
a mesma poderá ser uma realidade num prazo de
dois anos, pois trata-se de resolver um problema
que afl ige seriamente os pacientes de Alzheimer e
as famílias, nomeadamente o internamento e a qua-
lidade de vida dos pacientes. Para o Presidente da
Câmara Municipal, a construção deste equipamen-
to, que terá capacidade para 70 utentes, podendo
criar 50 postos de trabalho, é uma boa notícia para
Castro Marim. Em primeiro lugar, porque refl ete as
preocupações sociais e o dinamismo da Santa Casa
da Misericórdia e em segundo, porque constitui um
bom exemplo no acompanhamento de uma doen-
ça que, infelizmente, tem vindo a registar um cresci-
mento bastante signifi cativo.
SAÚDE
96
A DOENÇA DE ALZHEIMER CRÓNICA DA MÉDICA ISABEL VALENTE
ESTOU A FICAR VELHO! Será demência? Será
Alzheimer? Há teorias que dizem que o declínio
cognitivo começa aos 30 anos !... A palavra de-
mência vem do latim: De – falta, diminuição /
mens – genitivo / mente. Ou seja, a perda ou re-
dução progressiva das capacidades cognitivas.
As alterações cognitivas provocam a incapacida-
de de realizar atividades da vida diária. Os défices
cognitivos podem afetar qualquer das funções
cerebrais, nas áreas da memória, linguagem (
afasia), atenção e compreensão. À medida que a
doença avança o doente pode apresentar traços
psicóticos ou depressivos, delírios, alucinações e
agressividade. Portugal é um país envelhecido –
o que está a provocar um aumento das doenças
crónicas e degenerativas. Entre 1960-2012 hou-
ve um decréscimo de 36% de jovens e um in-
cremento de 140% de idosos. No nosso país, em
1960 a população idosa era de 8%. Em 2012, a
população idosa passou para os 16%. O envelhe-
cimento psicológico corresponde a uma série de
alterações nas funções orgânicas e nas funções
mentais.
O envelhecimento depende do estilo de vida
desde a infância / adolescência. Esta é a grande
mensagem que pretendo transmitir.
A doença de Alzheimer foi descrita pela 1ª vez
em 1907 por Aloís Alzheimer, numa doente de 51
anos, e nessa altura referiu-a como “uma doença
peculiar do córtex cerebral”, isto há 100 anos …
E já nessa autópsia, confirmou-se placas de ami-
loide / entrelaçados neurofibrilares. Os critérios
de diagnóstico da doença são os mesmos de há
100 anos. O modo de instalação é insidioso e a
sua evolução é progressiva, com várias fases: es-
quecimento, confusão, demência e estado vege-
tativo. Os tratamentos disponíveis para a doença
podem melhorar um pouco a conduta do doen-
te, mas não são curáveis.
Presentemente estão em fase de investigação
novos fármacos, que ansiosamente aguardamos.
Importante é saber as estratégias para lidar com
um doente demente, que passam pela comuni-
cação (saber lidar com o doente), amnésia (saber
ajudar os esquecimentos do doente), cuidados
de higiene e alimentação e a segurança do doen-
te … e os novos desafios para o neurologista. Na
doença de Alzheimer e ao longo da sua evolu-
ção, o essencial é um ambiente estável e cari-
nhoso para o doente!....
Isabel Valente, Neurologista
TURISMO
97 97
FLOR DE SAL DESPERTA O INTERESSE DO MERCADO TURÍSTICO JAPONÊS NA BOLSA DE TURISMO DE LISBOA
O MUNICÍPIO de Castro Marim marcou presen-
ça na 26ª Edição da Bolsa de Turismo de Lisboa
(BTL), integrado no stand do Turismo do Algarve,
em conjunto com os 16 municípios da região,
no mês de março, na Feira Internacional de Lis-
boa (FIL). Na maior feira de turismo a nível nacio-
nal, Castro Marim deu a conhecer aos mais de
70 mil visitantes os seus diferentes patrimónios,
do natural ao histórico, do cultural ao turístico.
No decurso da BTL, os milhares de visitantes que
se deslocaram ao balcão de Castro Marim mani-
festaram especial interesse no produto turismo-
-natureza, nas vertentes de percursos pedestres,
bird watching e houve igualmente uma grande
procura no que se refere ao alojamento rural.
Outro dos produtos que cativou a atenção dos
visitantes foi o Sal de Castro Marim, o melhor sal
do mundo, através das amostras da Flor de Sal,
levando o Embaixador do Japão em Portugal, Hi-
roshi Azuma, que se fez acompanhar pelo minis-
tro conselheiro Sada Yoshi Takagawa, a colocar
diversas questões acerca deste produto de quali-
dade superior de produção local. Uma nota mui-
to positiva mereceu igualmente a participação
de alguns promotores turísticos do concelho na
feira «Algarve Convida»: Castro Marim Golfe and
Country Club, Eurotel Altura e Praia Verde – Bou-
tique Hotel que, na qualidade de expositores de
negócios, promoveram o que há de melhor na
oferta turística em Castro Marim.
AMBIENTE
98
AMBIENTE
98
DEBATE SOBRE A RESERVA NATURAL DO SAPAL
«HÁ PESSOAS que pensam que sabem tudo! Duran-
te muitos anos, julgou-se que os valores ambientais
eram incompatíveis com o desenvolvimento econó-
mico. Considero que a sustentabilidade da Reserva
Natural do Sapal de Castro Marim/Vila Real de Santo
António passa, objetivamente, por um diálogo fran-
co e aberto com as populações locais. Não é mais
possível continuar a desenvolver o país em torno das
capelinhas, de costas voltadas para as pessoas». Foi
desta forma vigorosa e acutilante que o Presidente
da Câmara Municipal, Dr. Francisco Amaral, falou na
sessão de abertura, no debate “A Reserva Natural e
Castro Marim no contexto atual”, no passado dia 15
de março, no auditório da Biblioteca Municipal. “Te-
mos que ajudar a desmistifi car as questões ligadas ao
ambiente e perceber a importância das áreas classifi -
cadas. A conservação sustentável dos recursos natu-
rais, do património fl orestal e o valor da biodiversida-
de são questões que devem convocar-nos a todos. O
ordenamento e o planeamento do território não po-
dem ser encarados como um mal, antes como uma
oportunidade”, assegurou o Diretor do Departamento
de Conservação da Natureza e das Florestas do Al-
garve, Arq. José António Pacheco. Num debate mo-
delado pelo diálogo e pelo compromisso, em torno
das questões que gravitam à volta da Reserva Natu-
ral, com uma plateia interessada e interventiva, foram
apresentados quatro painéis:
“A gestão da Reserva Natural do Sapal de Castro Ma-
rim e VRSA e a qualidade de vida da população – o
contexto atual e perspetivas de futuro”, da responsa-
bilidade da Drª. Alexandra Silva, técnica superior do
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
A arquiteta Cátia Susano, Chefe da Unidade Orgânica
de Administração Urbanística, Ambiente e Serviços
Urbanos da Câmara Municipal apresentou o painel “O
Plano de Pormenor da Zona de Lazer de Castro Ma-
rim”. Outro dos painéis apresentados foi “A sustentabi-
AMBIENTE
99
CASTRO MARIM ASSINALA O DIA DA FLORESTA AUTÓCTONE COM A PLANTAÇÃO DE MEIA CENTENA DE ÁRVORES
A CÂMARA MUNICIPAL comemorou o Dia da Flo-
resta Autóctone, dia 23 de novembro, com a plan-
tação de 50 arbustos num dos troços da ecovia do
litoral, na zona envolvente ao Ribeiro do Álamo, em
Altura. Esta ação de defesa da fl oresta, que contou
com a participação empenhada de meia centena de
voluntários, entre os quais se destaca a Escola de In-
fantes e Cadetes dos Bombeiros Voluntários de Vila
Real de Santo António, autarcas e residentes, termi-
nou com a entrega a cada um dos participantes de
uma espécie autóctone, característica do Algarve, o
medronheiro (Arbutus Unedo L), cujo fruto é utiliza-
do para produzir aguardente de medronho, bebida
espirituosa tradicional do Baixo Alentejo e Algarve,
produto com especial relevância na economia local.
Ao associar-se à “Semana da Refl orestação Nacio-
nal” e comemorando o Dia da Floresta Autóctone,
a Câmara Municipal quis dar o seu contributo para
a promoção e difusão da importância económica e
ambiental da conservação das espécies autóctones
e da biodiversidade, assim como para o embeleza-
mento de uma área de utilização pública.
lidade ambiental do sal tradicional no ecossistema da
Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real
de Santo António”, tendo como orador o Eng. João
Geraldo Mendonça Pedro, da Cooperativa Terras de
Sal. O último dos quatro painéis foi dedicado à Aqua-
cultura “Soluções ecológicas na produção de pesca-
do e bivalves nos esteiros da Carrasqueira e Lezíria em
Castro Marim”, esteve a cargo do Dr. André Lima Ca-
brita, Administrador da Atlantik Fish, Lda. Por último,
o Presidente da Câmara Municipal realçou a utilidade
de continuar a discutir o futuro do concelho, nas dife-
rentes áreas de intervenção municipal. “Gostaria que
houvesse maior abertura por parte da Reserva Natural
do Sapal, para intensifi car parcerias com a Autarquia,
no sentido deste património ímpar na Europa poder
ser visitado por mais turistas nacionais e estrangeiros”.
AMBIENTE
100
WORKSHOPS AMBIENTAIS NAS PRAIAS DE CASTRO MARIM
AS PRAIAS do concelho de Castro Marim - Ala-
goa/Altura, Praia Verde e Cabeço - foram palco nos
meses de verão de vários workshops de Educação
Ambiental destinados às crianças em idade escolar
e desenvolvidos no âmbito do galardão Bandei-
ra Azul 2014. Subordinado ao tema “A Poluição
dos Oceanos”, a Câmara Municipal dinamizou um
total de 18 ações nos ateliês instalados nas praias
do município. Entre as diferentes atividades, foram
organizados jogos educativos, acerca da biodiver-
sidade no ambiente marinho e costeiro e sobre a
poluição dos oceanos e atividades diversas, que
passaram pela pintura de t-shirts e reaproveita-
mento de embalagens para elaboração de uten-
sílios, numa lógica de reutilização de materiais e
da importância na poupança de água e preserva-
ção do meio ambiente. Contribuir para a formação
de uma consciência ecológica assente na fi losofi a
“Pensar globalmente, agir localmente” e de cidada-
nia das camadas mais jovens, é o principal objeti-
vo deste conjunto de workshops organizados pela
Câmara Municipal desde há 14 anos.
AMBIENTE
101 101
CASTRO MARIM APOSTA NA PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS FLORESTAIS
COM O PROPÓSITO de desencadear ações de
prevenção contra os incêndios fl orestais, a Câmara
Municipal estabeleceu um protocolo de colabora-
ção com a Associação Almada d’Ouro Club, para
a criação de uma equipa de intervenção fl orestal.
Para o efeito, o executivo atribuiu à associação um
apoio de dez mil euros destinado ao desenvolvi-
mento de ações no âmbito da conservação e va-
lorização do património natural e fl orestal. Durante
a época de fogos, a equipa de intervenção fl ores-
tal realizou ações de prevenção, vigilância e apoio
ao combate contra incêndios fl orestais, tal como
ações de sensibilização das populações e ações de
silvicultura preventiva. O principal objetivo da cria-
ção desta equipa, conforme referiu o presidente
da Câmara Municipal, Francisco Amaral, é “evitar o
fl agelo dos incêndios, que tanto tem castigado as
gentes do nosso país nos últimos anos, sobretudo
na época de verão”. Com a mesma fi nalidade, o
executivo estabeleceu protocolos de colaboração
com duas dezenas de associações de caça do con-
celho para a realização de desmatações e limpeza
de aceiros, privilegiando os espaços adjacentes às
povoações e habitações. No seu conjunto, estes
protocolos representam um investimento municipal
de 30 mil euros.
AMBIENTE
102 102
Câmara Municipal, Francisco Amaral, a atribuição
da Bandeira Azul às três praias do concelho é um
motivo de orgulho e regozijo para os castromari-
nenses, que muito legitimamente veem reconhe-
cida a excelência e a qualidade de ouro das suas
praias e, ao mesmo tempo, é também um elemen-
to de atratividade para os milhares de turistas que
procuram Castro Marim para fazer as suas férias
em segurança e tranquilidade. A região do Algarve,
que no conjunto apresentou a candidatura de 14
concelhos, foi a que obteve o maior número de
galardões da Bandeira Azul para 2014, com 82 dis-
tinções num universo de 298 praias, um dos quais
para uma praia fl uvial.
DEZ ANOS depois, as praias do concelho de Cas-
tro Marim, - Alagoa/Altura, Praia Verde e Cabeço
- recuperam o galardão “Bandeira Azul da Europa”,
na sequência da apresentação de uma candida-
tura da Câmara Municipal à Associação Bandeira
Azul. A candidatura das praias de Castro Marim ao
galardão bandeira azul é resultado de um trabalho
rigoroso e exigente da Unidade Orgânica de Ad-
ministração Urbanística, Ambiente e Serviços Ur-
banos, que teve como premissas a informação e
educação ambiental, a qualidade da água, a gestão
ambiental e ainda a segurança e serviços (postos
de socorros, existência de um nadador-salvador
e sinalização / informação). Para o Presidente da
AS PRAIAS DO CONCELHO RECUPERAM A BANDEIRA AZUL
AMBIENTE
103
PRAIA DO CABEÇO/RETUR CONQUISTA NOVOS LUGARES DE ESTACIONAMENTO
TRABALHOS DE REQUALIFICAÇÃO VALORIZAM PRAIA DA ALAGOA/ALTURA
TENDO CONSTATADO a necessidade de garantir
um parque de estacionamento aos utentes da Praia do
Cabeço/Retur, devido à disponibilidade de estaciona-
mento naquela zona balnear ser reduzida e despropor-
cionada face à capacidade de carga a que está sujeita,
a Câmara Municipal criou este verão uma centena de
novos lugares de estacionamento para viaturas.
A solução urgente e provisória encontrada para o es-
tacionamento na época balnear 2014 na Praia do Ca-
beço consistiu na regularização de um terreno, sobre
uma clareira existente e na qual tinham sido removidos
alguns pinheiros em virtude de medidas fi tossanitárias
levadas a cabo pelo ICNF. O terreno intervencionado
integra uma área de cedência ao Município de Castro
Marim, no âmbito da Urbanização da Retur, confor-
me previsto no Plano de Ordenamento da Orla Cos-
teira (POOC). Esta intervenção, que visou responder
às lacunas de estacionamento de viaturas nesta zona
balnear que se agravaram na última época em virtude
do encerramento do acesso (por parte de privados) a
zonas normalmente utilizadas para o estacionamento
de viaturas, poderá vir a benefi ciar de melhoramentos
no futuro sobretudo a nível de organização e pavi-
mentação com materiais adequados ao local.
A Câmara Municipal procedeu no mês de junho, em
colaboração com a Administração da Região Hidro-
gráfi ca do Algarve (ARH), à demolição de um apoio de
praia devoluto em avançado estado de degradação,
localizado na Praia da Alagoa/Altura, cujo impacto vi-
sual para a imagem turística daquela estância balnear
era negativo.
Esta ação de demolição e limpeza numa das praias
mais frequentadas do Algarve insere-se numa políti-
ca efetiva de requalifi cação das zonas balneares do
concelho, que visa o melhoramento e limpeza dos
acessos e das condições de segurança, bem como
a disponibilização de informação útil aos banhistas e
turistas que escolhem Castro Marim para gozarem as
suas férias. Nesta época balnear que agora terminou,
as praias do concelho de Castro Marim - Alagoa/Altura,
Praia Verde e Cabeço - recuperaram o galardão “Ban-
deira Azul da Europa” e continuam a ostentar os títulos
de “Praia Acessível – Praia para Todos” e “Qualidade de
Ouro”, esta última classifi cação atribuída pela Quercus
– Associação Nacional de Conservação da Natureza.
“Vamos continuar a trabalhar para que a qualidade das
nossas praias seja cada vez melhor. É de facto mui-
to importante que consigamos distinguir a qualidade
das mesmas, pois além de constituir um elemento de
atratividade para o desenvolvimento turístico, também
atrai novos investimentos para o concelho”, garantiu o
autarca castromarinense, Francisco Amaral.
ENTREVISTA
104 104
JOSÉ CARLOS TRINDADE NUNES, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE PESCA DESPORTIVA DE CASTRO MARIM
NESTA ENTREVISTA à Revista “Notícias de Cas-
tro Marim”, José Carlos Trindade Nunes, Presiden-
te da Associação de Pesca Desportiva de Castro
Marim, um dos homens que trata o associativismo
por tu, fala com paixão da sua associação, mas
também com algumas preocupações quanto ao
seu futuro. Começa por nos dar a conhecer a vida
de uma associação que é única no concelho de
Castro Marim e a sua importância ao nível do in-
tercâmbio designadamente com a nossa vizinha
Espanha, através da pesca desportiva. Acredita
que estão reunidas as condições para o desenvol-
vimento da canoagem, um dos sonhos da asso-
ciação que dirige desde a sua criação. A fi nalizar,
e a propósito do edifício sede da associação é pe-
rentório “temos de deixar de sonhar e acordar para
a realidade, porque a construção de uma sede ain-
da continua a ser um sonho”.
NCM: Gostaria que desse a conhecer aos leitores
da Revista “Notícias de Castro Marim” a Associa-
ção de Pesca Desportiva de Castro Marim.
JCN: A Associação de Pesca Desportiva de Castro
Marim foi fundada em 26 de janeiro de 2006, por
um grupo de castromarinenses, amantes da pesca
desportiva, na sua maioria proprietários de peque-
nas embarcações. Nos últimos oito anos, com um
universo de 120 sócios, tem organizado concursos
e campeonatos no rio Guadiana, nas praias e no
mar. Conta igualmente com participações em pro-
vas federadas de pesca desportiva a nível regional
e nacional, bem como em concursos organizados
ENTREVISTA
105 105
por outras associações. No plano cultural e recrea-
tivo, a Associação de Pesca Desportiva tem cola-
borado nalguns eventos culturais do município,
nomeadamente os “Dias Medievais”, “Festival Inter-
nacional do Caracol” e “Concurso dos Mastros”.
NCM: Num universo de meia centena de associa-
ções no concelho, a Associação de Pesca Des-
portiva é a única que tem por fi nalidade a pro-
moção da pesca desportiva. Isto faz com que
tenham maiores responsabilidades no movimen-
to associativo em Castro Marim?
JCR: É um facto que, no concelho, somos a única
associação que se dedica à pesca desportiva, o que
faz com que tenhamos responsabilidades acresci-
das para representar com dignidade a pesca des-
portiva e outras atividades náuticas. Para nós, essa
mesma responsabilidade dá-nos ânimo e vontade
de querer fazer sempre mais e melhor. Todavia, as
difi culdades económicas sentidas pelas pessoas
têm como resultado alguma redução no índice de
participação. Qualquer pescador desportivo para
participar numa prova ou num campeonato nunca
gasta menos do 50 euros, isto já sem falar do custo
com as licenças desportivas e os materiais de pes-
ca que são necessários.
NMC: Que atividades ou projetos desenvolve a
Associação?
JCN: No essencial, creio já ter respondido a esta
pergunta. Ainda assim, gostaria de referir algumas
atividades que estamos a desenvolver em 2014.
A associação realizou um convívio de pesca des-
portiva por equipas de barco no rio Guadiana, que
contou com 5 provas, que se realizaram entre mar-
ço e maio. No mês de junho, integrado no progra-
ma das comemorações do feriado municipal, or-
ganizamos o VIII Concurso Internacional de Pesca
Desportiva de Barco no rio Guadiana. Igualmente
esperamos levar a cabo um concurso internacio-
nal de pesca na praia de Alagoa/Altura e um conví-
vio de pesca no mar.
NCM: Uma das vossas divisas é o Concurso In-
ternacional de Pesca Desportiva de Barco no rio
Guadiana, cuja VIII edição se realizou recente-
mente. Qual a importância desta prova para o
desenvolvimento turístico do Baixo Guadiana e
para o aparecimento de novos amantes da pesca
desportiva?
JCN: Desde a fundação da Associação de Pesca
Desportiva de Castro Marim temos vindo a orga-
nizar este concurso anualmente, que envolve 30 a
40 embarcações dos concelhos de Castro Marim,
Vila Real de Santo António e da vizinha Andaluzia.
Nesta VIII edição tivemos a participação de 33 em-
barcações, sendo que um terço era proveniente de
ENTREVISTA
106 106
Espanha, isto prova bem os laços de amizade e o
intercâmbio que se têm criado entre os dois países
ao nível da pesca desportiva, cujo traço de união é
o rio Guadiana, com as vantagens daí decorrentes
para o desenvolvimento da economia local.
NCM: No seu entender, o desassoreamento do rio
Guadiana pode contribuir para um maior incre-
mento da pesca desportiva no Baixo Guadiana?
JNC: Essa é uma questão de primordial importân-
cia. O crescente assoreamento do rio e da respetiva
barra tornam difícil e perigosa a entrada de peque-
nas embarcações na mesma, quando há agitação
marítima e nas horas de maré vazante. O tão dese-
jado desassoreamento do rio Guadiana irá, decer-
to, tornar mais fácil a vida dos pescadores, permi-
tindo que as pequenas embarcações entrem com
mais facilidade no mar. Com o desassoreamento a
circulação de água no rio também será melhora-
da, permitindo uma maior migração de peixe entre
o rio e o mar. Outra questão que nos preocupa é
o assoreamento dos nossos esteiros, o qual preju-
dica a atividade salineira e os pescadores profi ssio-
nais e desportivos, que têm as suas embarcações
no cais da vila.
NCM: Quando é que a Associação de Pesca Des-
portiva de Castro Marim transforma o sonho da
canoagem em realidade?
JCN: Desde alguns anos a esta parte, que a As-
sociação de Pesca Desportiva de Castro Marim
prossegue o objetivo de lançar a canoagem. Numa
primeira fase na vertente de aprendizagem, apro-
veitando a existência do esteiro da vila e do rio
Guadiana, permitindo deste modo aos jovens cas-
tromarinenses a possibilidade de praticarem mais
uma modalidade desportiva à semelhança do que
acontece no concelho de Alcoutim, com excelen-
tes resultados. O facto é que a nossa vontade tem
conhecido alguns avanços e recuos, devido à falta
de condições para a prática da modalidade. Neste
momento há uma comunhão de vontades entre a
câmara municipal e a associação para que o so-
nho da canoagem em Castro Marim se torne uma
realidade.
NCM: Outro dos vossos sonhos é a construção
da sede social da associação. Quando é que isso
poderá acontecer?
JCN: Efetivamente, a construção da sede social ou
pelo menos a cedência de um espaço que reúna
as condições necessárias para o bom desempe-
nho das nossas atividades continua a ser um obje-
tivo por concretizar. Presentemente, estamos num
edifício arrendado, que está longe de responder
às exigências de funcionamento da associação,
além de que os custos relativos ao arrendamento
e manutenção estão a condicionar-nos signifi cati-
vamente. Esta é uma questão que nos preocupa.
Em março do próximo ano termina o contrato de
arrendamento e ainda não sabemos como resolver
este problema. Temos de deixar de sonhar e acor-
dar para a realidade, porque a existência de uma
sede ainda continua a ser um sonho.
NCM: Como vê o crescimento do fenómeno do
associativismo no concelho?
JCN: No concelho de Castro Marim, o associati-
vismo está intimamente ligado à vida dos castro-
marinenses seja enquanto dirigentes ou mesmo na
qualidade de sócios. Se é verdade que o cresci-
mento da atividade associativa nesta terra é notó-
rio, também não é menos verdade que uma boa
parte desse crescimento é alicerçado na “carolice”
dos dirigentes e sócios. Depois, temos a consciên-
cia que a maioria das associações locais luta, dia-
riamente, contra a falta de meios fi nanceiros para
o desenvolvimento das suas atividades, sejam eles
dinheiros públicos ou patrocínios de entidades
privadas, realidade a que não é alheia a crise que
estamos a viver. Talvez este seja o tempo próprio
para os dirigentes associativos realizarem uma re-
fl exão aturada e ponderarem uma união de esfor-
ços, que vise a otimização dos recursos disponíveis
e a complementariedade da oferta à comunidade
onde estamos inseridos.
DESPORTO
107 107
“CONSTITUI para mim uma enorme satisfação,
enquanto Presidente da Câmara Municipal de Cas-
tro Marim, reunir neste auditório um tão grande
número de castromarinenses para, em conjunto,
discutirmos o desporto no concelho de forma fran-
ca e aberta. Não conheço nada mais efi caz para
combater as toxicodependências, o alcoolismo e o
tabagismo, do que o desporto, muito desporto! O
desporto e o exercício físico fazem bem a todas as
componentes da vida humana: física, psíquica, so-
cial, afetiva, hormonal, bioquímica, etc. Só vejo be-
nefícios na prática do exercício físico, por exemplo
num simples baile de acordeão as pessoas fazem,
sem se aperceber, muito exercício físico.” Foi des-
te modo entusiástico que Francisco Amaral saudou
os muitos dirigentes associativos e munícipes que
participaram,ativamente no debate “O Presente e o
Futuro do Desporto e da Atividade Física em Castro
Marim”, no passado dia 18 de janeiro, no auditório
da Biblioteca Municipal. O debate começou com
a apresentação de um relatório técnico acerca da
política de desporto do município e uma avaliação
do desempenho do associativismo local, organiza-
MAIS DE UMA CENTENA DE CASTROMARINENSES DISCUTE O PRESENTE E O FUTURO DO DESPORTO NO CONCELHO
do pelo técnico superior de Educação Física da Au-
tarquia, Jorge Neves, que deu a conhecer a oferta
desportiva no concelho e o papel das associações
na democratização do fenómeno desportivo. Ao
longo de mais de quatro horas de debate, estiveram
sobre a mesa uma multiplicidade de questões liga-
das ao desporto no concelho tais como a constru-
ção de duas ciclovias, uma na EN 122 entre Castro
Marim e V.R.S.A e a outra na EM. 125 – 6, de Castro
Marim ao cruzamento da Praia Verde, a criação de
um Centro de BTT no concelho, a colocação de
relvado sintético no campo de futebol municipal,
a dinamização da canoagem ou o desenvolvimen-
to do desporto aventura na freguesia de Odeleite,
assim como o aproveitamento da barragem loca-
lizada naquela freguesia para desportos náuticos.
Por seu turno, Luís Romão, delegado Regional do
Instituto Português do Desporto e da Juventude
(IPDJ), presente no debate, congratulou-se por esta
realização, tendo assegurado ser “um privilégio para
mim abrir este ciclo de debates de Castro Marim. É
bom termos presidentes de câmara que se preocu-
pam em ouvir os munícipes, antes de decidir”.
CULTURA
108 108
ARCA INAUGURA SEDE SOCIAL
NO PASSADO dia 11 de julho, a Associação Re-
creativa e Cultural - Azinhal (ARCA) inaugurou a sua
sede social numa cerimónia bastante participada,
que contou com a presença de sócios e dirigentes
da agremiação, assim como do Presidente da Câ-
mara Municipal, Francisco Amaral e do Presidente
da Junta de Freguesia, António Baltazar Martins.
Integrada nas comemorações do 17º aniversário
da associação, a cerimónia de inauguração teve
início com o descerrar de uma placa alusiva à
efeméride, seguindo-se um conjunto de interven-
ções. Foi perante uma plateia de gente feliz, que
ocupou por completo o pequeno auditório da
ARCA que o Presidente da Direção, Dr. Jorge Mar-
tins, falou da importância da inauguração da sede
social da associação, enquanto espaço de união
e coesão da comunidade do Azinhal, mas tam-
bém como um meio privilegiado da promoção
da cultura e do desporto no nordeste algarvio. “A
sede que inauguramos traz-nos responsabilidades
acrescidas. Queremos dar corpo a um plano de
atividades ambicioso, no qual acreditamos poder
contar com os sócios e a população para dar vida
e dinamismo ao Azinhal. Gostaria ainda de subli-
nhar o apoio da Câmara Municipal, que foi deci-
sivo para a aquisição do imóvel, o mesmo é dizer
para a concretização de um sonho, que a todos
nos irradia de felicidade”, proferiu.
DESPORTO
109
COM O OBJETIVO de promover as potencialida-
des do grande rio do sul, enquanto pólo de desen-
volvimento turístico do Baixo Guadiana, e contribuir
para o aparecimento de novos amantes da pesca
desportiva, a Associação de Pesca Desportiva de
Castro Marim realizou no passado mês de junho,
o VIII Concurso Internacional de Pesca Desportiva
de Barco, no Rio Guadiana. A prova desportiva, que
se desenrolou no rio Guadiana, entre a entrada do
esteiro da vila de Castro Marim e o cais acostável da
Quinta do Vale, no Monte Francisco, contou com
33 embarcações e uma centena de participantes
numa jornada de grandes pescarias. As equipas de
pescadores portugueses e espanhóis participan-
tes bateram-se galhardamente para obter a maior
quantidade de pescado nas águas do rio Guadiana
num ambiente competitivo e de são convívio. O VIII
Concurso Internacional de Pesca Desportiva no Rio
Guadiana teve os apoios da Câmara Municipal, Jun-
ta de Freguesia de Castro Marim e Eurocidade do
Guadiana.
VIII CONCURSO INTERNACIONAL DE PESCA DESPORTIVA NO RIO GUADIANA
DESPORTO
110
6º PASSEIO TT – JIPES – “AMENDOEIRAS EM FLOR” NA CUMEADA DA ALTA MORA
PELO 6º ANO consecutivo, a Associação Recrea-
tiva, Cultural e Desportiva dos Amigos da Alta Mora
(ARCDAA) organizou, no mês de janeiro, o Passeio
Todo-o-Terreno – Jipes – “Amendoeiras em Flor”
na cumeada da Alta Mora. O passeio realizou-se
num percurso de 30 quilómetros com graus de difi -
culdade baixa/média, na vertente turística, e difi cul-
dade média/alta na vertente desportiva/aventura,
pelos trilhos da Cumeada da Alta Mora. Ao longo
de oito horas, pilotos e máquinas foram postos à
prova, percorrendo os montes e os vales da Alta
Mora e desfrutando dos encantos da serra, cruzan-
do pequenas localidades, linhas de água e ribeiras,
tendo como cenário para os sentidos o inolvidá-
vel espetáculo das amendoeiras em fl or, o cheiro
das estevas e o balido dos rebanhos. O Passeio
TT “Amendoeiras em Flor” da ARCDAA teve por fi -
nalidade promover o desporto automóvel, assim
como potenciar os valores culturais e endógenos
da Cumeada da Alta Mora e contou para o efeito
com os apoios da Câmara Municipal e da Junta de
Freguesia de Odeleite.
TODO-O-TERRENO POR TERRAS DE MAIO NO AZINHALINTEGRADO na programação da 7ª edição da
“Terra de Maio”, a Casa do Povo do Azinhal e a As-
sociação Recreativa e Cultural – Azinhal (ARCA) or-
ganizaram, no mês de maio, o 1º passeio TT turís-
tico Por Terras de Maio, com os apoios da Câmara
Municipal e das Juntas de Freguesia de Azinhal e
Odeleite. A prova desenrolou-se no Baixo Guadia-
na, por estradas e caminhos que serpenteiam o
Guadiana, “o grande rio do Sul”, num percurso de
75 Km, cujo grau de difi culdade foi baixo, destina-
do a todas as pessoas, incluindo as famílias, que
têm o gosto pelo desporto aventura e partilham o
convívio e a entreajuda. O TT Por Terras de Maio,
aberto a viaturas 4x4 e 4x2, contou com a partici-
pação de 20 jipes e ainda de motos do género trail
e grande trail, tendo-se iniciado na Colina do Reve-
lim de Santo António e terminado com um almoço
no Centro Multiusos do Azinhal. O passeio turístico,
que apresentou um percurso misto, foi um convi-
te à evasão e à descoberta do concelho de Castro
Marim.
DESPORTO
111
RODACTIVA PROMOVE PROVA DE RESISTÊNCIA NOTURNA DE BTT EM CASTRO MARIM
NO DESENVOLVIMENTO de uma política des-
portiva, a Associação Rodactiva realizou, no mês de
julho, a 2ª edição da Prova de Resistência Notur-
na de BTT à volta do património histórico edifi ca-
do da vila de Castro Marim. Ao longo de mais de
4 horas de prova, centena e meia de amantes do
BTT, tanto portugueses como espanhóis, tendo por
companhia a adrenalina e o gosto pelo desporto de
duas rodas, descobriram o conjunto monumental
de Castro Marim, como o Castelo da vila, o Forte
de São Sebastião e a Colina do Revelim de Santo
António, pedalando nas suas bicicletas. Para assina-
lar a realização da Prova de Resistência Noturna de
BTT em Castro Marim, a Rodactiva organizou um
programa de animação musical, que contou com
as participações do DJ Gustavo Vera e da banda Os
Allmariados. A 2ª edição da Prova de Resistência
Noturna de BTT da Rodactiva teve os apoios da Câ-
mara Municipal e da Junta de Freguesia de Castro
Marim.
DESPORTO
112
PASSEIO PEDESTRE «AMENDOEIRAS EM FLOR» EM ALTA MORA COM CENTENAS DE PESSOAS
NO PASSADO dia 2 de fevereiro, mais de 300
pessoas participaram no Passeio Pedestre «Amen-
doeiras em Flor», organizado pela Associação
Odiana com o apoio da Associação Recreativa,
Cultural e Desportiva dos Amigos da Alta Mora
(ARCDAA), que decorreu na Cumeada desta loca-
lidade. Tendo como cenário o manto branco das
amendoeiras em fl or a despontar na paisagem,
participantes portugueses, espanhóis, alemães e
holandeses calcorrearam os montes e vales da Alta
Mora, numa combinação do pedestrianismo e do
exercício físico com o contacto direto e a contem-
plação da natureza. A jornada pedestre de valoriza-
ção dos aspetos panorâmicos da localidade de Alta
Mora, que integrou três percursos com diferentes
graus de difi culdade, terminou com um almoço
de confraternização entre os participantes, a que
se seguiu uma mostra de produtos da terra e um
baile que a todos entusiasmou. O Passeio Pedes-
tre «Amendoeiras em Flor» em Alta Mora esteve
inserido no projeto UADIturs, que é cofi nanciado
pelo programa POCTEP / FEDER (Programa Ope-
racional da Cooperação Transfronteiriça Espanha-
-Portugal 2007-2013).
DESPORTO
113
AUTARQUIA APOIA ASSOCIAÇÕES LOCAIS
ATENTA ao crescimento do fenómeno do associa-
tivismo e ao seu papel relevante na coesão social
do concelho, substituindo muitas vezes com êxito
os poderes públicos nas suas diferentes áreas de
intervenção, a Câmara Municipal atribuiu subsídios
no montante de € 75.200,00 às associações locais.
Estes subsídios foram concedidos ao abrigo dos
Contratos-Programa, de acordo com as ativida-
des e capacidade de realização demonstradas por
cada uma das agremiações que intervêm no meio
cultural, social e desportivo castromarinense.
• Associação Amendoeiras em Flor - € 2.000,00
• Associação de Pesca Desportiva de Castro Ma-
rim - € 1.300,00
• Associação Recreativa Cultural e Desportiva dos
Amigos da Alta Mora - € 2.700,00
• Associação Recreativa e Cultural – Azinhal - € 2.000,00
• Associação Rodactiva - € 1.000,00
• Campesino Recreativo Futebol Clube - € 10.000,00
• Casa do Povo do Azinhal - € 4.500,00
• Clube de Junqueira - € 800,00
• Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Câ-
mara Municipal - € 6.000,00
• Clube Recreativo Alturense - € 16.000,00
• Grupo Desportivo e Cultural do Rio Seco -
€ 1.300,00
• Leões do Sul Futebol Clube - € 4.000,00
• Sociedade Columbófi la Castromarinense -
€ 800,00
• Seção Columbófi la do Clube Recreativo Alturen-
se - € 800,00
• Sociedade Recreativa e Popular Banda Musical
Castromarinense - € 7.000,00
• União Desportiva Castromarinense - € 15.000,00
DESPORTO
114
5º PASSEIO DE BTT PELOS TRILHOS DO AZINHAL
COM O INTUITO de promover os desportos de
natureza, a Associação Recreativa e Cultural Azi-
nhal (ARCA) e a Casa do Povo do Azinhal reali-
zaram, no mês de junho, a 5ª edição do Passeio
“Pelos Trilhos do Azinhal”. Um dia de puro BTT,
onde as duas centenas de participantes dispuse-
ram de dois percursos, um de 25 Kms, com grau
de difi culdade acessível, o outro de 45 Kms, de
difi culdade maior, percorrendo as margens do
rio Guadiana, da ribeira de Odeleite, calcorrean-
do trilhos e caminhos das freguesias de Azinhal
e Odeleite. O 5º Passeio de BTT “Pelos Trilhos do
Azinhal”, que contou com o apoio da Câmara Mu-
nicipal, não tendo um caráter competitivo, quis
proporcionar aos participantes momentos únicos
de salutar convívio e amizade.
DESPORTO
115
13ª PROVA DE NATAÇÃO DE MAR EM ALTURA
DUAS CENTENAS de atletas disputaram a 13ª Pro-
va de Natação de Mar ”Vila de Castro Marim” dos
Leões do Sul Futebol Clube, que se realizou no mês
de agosto na Praia da Alagoa/Altura. Integrada no
21º Circuito de Natação de Mar do Algarve, a pro-
va, única do género realizada no Sotavento Algar-
vio, iniciou-se com partida no lado este da praia
de Alagoa/Altura, tendo garantido a participação
de dezenas de atletas federados e não federados,
muitos deles campeões nacionais. Pedro Pinotes do
Sporting Clube de Portugal e Kelly Jeff ery do clube
inglês BSC conquistaram a prova ofi cial no circuito
de Águas Abertas, enquanto que a prova de divul-
gação foi ganha pelos nadadores Alexandre Pereira
e Catarina Silva do clube ENCNFA. A 13ª Prova de
Natação de Mar “Vila de Castro Marim” teve por fi na-
lidade o incremento da natação entre nós, consti-
tuindo também um excelente cartaz turístico para o
concelho e para a região do Algarve. A iniciativa dos
Leões do Sul Futebol Clube contou com os apoios
da Câmara Municipal de Castro Marim, da Junta de
Freguesia de Altura, da Junta de Freguesia de Castro
Marim, da Capitania do Porto de Vila Real de Santo
António, dos Bombeiros Voluntários de VRSA, do
IPDJ- Algarve, da Associação de Natação do Algar-
ve e da Associação Naval do Guadiana.
DESPORTO
116 116
11º PEDDY PAPER DA ARCDAA DESCOBRE A CUMEADA DA ALTA MORANO ÂMBITO da Agenda Cultural e Desportiva
para 2014, a Associação Recreativa, Cultural e
Desportiva dos Amigos da Alta Mora (ARCDAA)
organizou, no mês de abril, a 11ª edição do Peddy
Paper, na “Cumeada da Alta Mora”. Mais de três
centenas de participantes, muitos deles estran-
geiros, especialmente espanhóis, cumpriram um
percurso pedestre de 8 Km por montes e vales da
Alta Mora, durante o qual os participantes foram
desafi ados a superar diversas provas baseadas em
jogos tradicionais ou responder a questões de
cultura geral e saberes locais. O 11º Peddy Paper
da Associação Recreativa, Cultural e Desportiva
dos Amigos da Alta Mora encerrou com um almo-
ço de confraternização, após o qual houve músi-
ca de baile e uma exposição de produtos locais.
A iniciativa, que contou com os apoios da Junta
de Freguesia de Odeleite, do Centro de Cultura
e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal de
Castro Marim e da Associação Odiana, visou pro-
mover, dinamizar e valorizar a riqueza natural e
paisagística do interior do concelho.
3º PEDDY PAPER DO GRUPO DESPORTIVO E CULTURAL DO RIO SECO
TENDO em vista a promoção dos valores patrimó-
nios culturais, ambientais e das pessoas do território,
o Grupo Desportivo e Cultural do Rio Seco realizou,
no mês de maio, a 3ª edição do Peddy Paper na
localidade de Rio Seco. Ao longo de 7 Km, mais de
uma centena de participantes calcorrearam montes
e vales, descobrindo os segredos que a paisagem
encerra, ao mesmo tempo, que foram sendo con-
vocados para diversas provas baseadas em jogos
e saberes tradicionais e, ainda, questões de cultu-
ra geral. O 3º Peddy Paper do Grupo Desportivo e
Cultural do Rio Seco encerrou com um almoço de
confraternização, seguindo-se animação musical
pela tarde fora. Esta iniciativa contou com os apoios
da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de
Castro Marim.
LEITURAS
117 117
LEITURASO NOVO romance de José
Eduardo Agualusa confi rma-o
como um dos mais inspirados e
habilidosos artífi ces da língua por-
tuguesa. Nele, há personagens
reais que parecem só existir na
imaginação e outros que, sendo
inventados, nos deixam acreditar
que tiveram vida. Tendo como
elemento central a Rainha Ginga,
mulher livre, poderosa e muito à
frente do seu tempo, conta a vida
fantástica da fi gura histórica Dona
Ana de Sousa, cujo título real em
quimbundo, “Ngola”, deu origem
ao nome português para aquela
região de África, Trata-se da his-
tória de uma relação de amor e
de combate permanente entre
Angola e Portugal, narrada por
um padre pernambucano que
atravessou o mar e utiliza uma
linguagem rica, com antigas va-
riantes do Português.
O ESCRITOR francês Patrick
Modiano é o recente vencedor
do prémio mais prestigiado da li-
teratura. O Nobel da Literatura de
2014 tem várias obras publicadas
em Portugal, entre as quais O Ho-
rizonte. Um horizonte carregado
de esperança faz deste roman-
ce belíssimo uma obra peculiar
dentro do universo hipnótico de
Patrick Modiano, que se centra
no culto da memória. Jean Bos-
mans, um homem frágil persegui-
do pelo fantasma da mãe, recor-
da a sua juventude e as pessoas
que entretanto perdeu. Sobretudo
a enigmática Margaret Le Coz, a
jovem mulher por quem se apai-
xonou nos já longínquos anos 60
e que um dia misteriosamente de-
sapareceu. Quarenta anos depois,
Bosmans parte à procura desse
amor que a memória teimosa-
mente conservou.
QUEM MORA numa grande ci-
dade esquece-se facilmente que
lá fora há sempre natureza: nu-
vens e estrelas, árvores e fl ores,
rochas e praias, aves, répteis ou
mamíferos.Para a descobrir, basta
saltar do sofá e inicar a explora-
ção. Como se chama esta árvo-
re? De quem será esta pegada?
O que faz aqui esta minhoca?
Será um sapo ou uma rã? Criado
com a colaboração de uma equi-
pa de especialistas portugueses,
este livro pretende despertar a
curiosidade sobre a fauna, a fl o-
ra e outros aspetos do mundo
natural que podem ser observa-
dos em Portugal. Inclui também
propostas de atividades e muitas
ilustrações, que convidam a famí-
lia a ganhar balanço, sair de casa
e descobrir – ou simplesmente
contemplar – todo o mundo in-
crível que existe lá fora.
A RAINHA GINGAJOSÉ EDUARDOAGUALUSA
O HORIZONTEPATRICK MODIANO
LÁ FORAVÁRIOS AUTORES
POESIA
118 118
A VOZ DOS POETAS
Os teus olhos quentes como brasas
E escuros como noites outonais
Têm brilhos de estrelas cinzeladas
Esculpidas por cinzéis intemporais.
Neles, presumo imagens variadas
Brilhos de Sol e rendas de vitrais
Todo o calor das quentes madrugadas
Em ascensões de astros irreais.
Não creias meu amor, quando te vejo
Em sonhos de magia e de desejo
No meu olhar de mítica pagã...
Não creias que te entendo! Eu não sei nada
Desse mistério que é a alvorada
Que a noite desse olhar torna manhã!...
MARIA FELICIDADE VIEGAS – ALTURA
MÍTICO CASTRO MARIM, A VELHA SENHORA
Já foi Baesuris romana
e mourisca sedutora,
cristã e lusitana,
Castro, a Velha Senhora.
Quando o romano chegou,
namorava o Guadiana,
pelo estrangeiro o trocou,
por fi m com ele casou,
e foi Baesuris romana.
Mas, o casamento acabou,
vestiu-se a rigor de moura
e, assim trajando fi cou
por um mouro se apaixonou
foi mourisca sedutora.
Surge D. Paio à entrada
da fortaleza raiana
e, eis a moirama em debandada,
acorda alta madrugada
cristã e lusitana.
Romana mourisca e cristã,
tão bela como sempre o fora,
ergue-se ao romper da manhã,
esta veneranda anciã,
Castro, a Velha Senhora.
MANUEL VICENTE LOPES PALMA - JUNQUEIRA
CORREIO DOS LEITORES
119
CORREIODOS LEITORES
EXMº. SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO MARIM SOU um dos comerciantes mais antigos de Altura que, em recente sessão pública, foram
homenageados pela Junta de Freguesia da minha terra. Essa homenagem constituiu um dos
momentos mais agradáveis da minha já longa, vida. A presença de Vossa Excelência, de cujas mãos
tive a subida honra de receber a placa de agraciamento, calou fundo em mim e muito contribuiu
para dignifi car a cerimónia.
PERDOE-ME Vossa Excelência pelo tempo que vos tomei mas não fi caria de bem comigo próprio,
se não vos manifestasse o meu profundo agradecimento pelo referido ato.
CREIA-ME, Senhor Presidente, com a mais elevada consideração e respeito.
MUITO atenciosamente.
JOSÉ MARQUES DOS SANTOS – ALTURA
EXMº SENHOR DR. FRANCISCO AMARAL PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO MARIM FOI com alegria e satisfação, que recebi a sua carta de 12.10.13, que depois de uma rápida leitura,
verifi quei ser o último dia que exercia o comando do Município de Alcoutim, uma vez que a lei não
lhe permitia continuar à frente dos destinos do referido município.
ASSIM sendo, é com um forte abraço e bons êxitos que lhe desejo muita saúde, para levar a bom
termo o exercício no concelho de Castro Marim, para o qual acabou de ganhar as eleições.
É DE louvar toda a atenção, apoio e trabalho em todas as áreas que o Senhor presidente teve para
com toda a população do concelho de Alcoutim, durante os últimos 20 anos.
APROVEITO a ocasião para o informar de que a referida população fi cou muito triste com a saída
do Senhor Doutor do concelho de Alcoutim. Quanto a mim, quero agradecer ao Senhor Doutor
toda a atenção que tem tido para comigo, pois não sei como lhe vou pagar toda a sua boa vontade
e empenhamento!
PESSOALMENTE, continuarei sempre disponível para oferecer os meus fracos préstimos ao Senhor
Doutor, à Câmara Municipal e a toda à sua equipa.
MAIS uma vez, votos de bom sucesso como Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim.
UM abraço amigo,
ARNALDO BENTO GUERREIRO – TAVIRA
GASTRONOMIA
120
GASPACHO Receita de Maria da Glória Santos Sequeira Costa – Odeleite
3 QUILOS DE TOMATE
1 CEBOLA
1 PEPINO
1 PIMENTO VERDE
6 DENTES DE ALHO
5 C. (SOPA) DE AZEITE
2 C. (SOPA) DE VINAGRE
0,5 QUILO DE PÃO DO DIA ANTERIOR
ORÉGÃOS Q.B.
SAL Q.B.
1,5 L DE ÁGUA FRIA
NUM prato de barro, coloque os dentes de alho
com sal e pise-os até fi carem desfeitos. A seguir
junte três tomates pisados, azeite, vinagre e mexa
com uma colher. Adicione a esta mistura o restante
tomate picado sem pele, o pepino descascado sem
pevides, o pimento e a cebola, todos eles pisados
com o miolo de pão. Adicione a água bem fria e
polvilhe com os orégãos e se necessário retifi que
os temperos a seu gosto. Por último, corte o pão
aos cubos e sirva misturado com o gaspacho. Deve
acompanhar com peixe frito.
MODO DE CONFECIONAR INGREDIENTES PARA 8 PESSOAS
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
CAPA.ai 2 24/10/14 17:20CAPA.ai 2 24/10/14 17:20
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MY
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CAPA.ai 1 24/11/14 13:55CAPA.ai 1 24/11/14 13:55