noticias da india v. 6 n. 3

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NOTÍCIAS DA Uma Publicação da Embaixada da Índia, Brasília Vol. 6 Issue 3 India O Ministro da Defesa A. K. Antony reuniu-se com seu colega brasileiro, Celso Amorim, em Nova Delhi, no dia 6 de fevereiro. Ambos os líderes mantiveram discussões francas sobre questões de cooperação bilateral de defesa e de segurança regional. Em visita oficial à Índia de 4 a 8 fevereiro de 2012, o Ministro Amorim foi homenageado com uma Guarda de Honra de Tri-Serviços. Altos funcionários do Ministério brasileiro da Defesa e das Forças Armadas, incluindo o chefe da Força Aérea, acompanharam o Ministro Amorim e também se reuniram com seus respec- tivos colegas. Índia e Brasil compartilham preocupações e interesses comuns e possuem uma parceria estratégica. Nelson Jobim, ex Ministro da Defesa, já havia visitado a Índia no período de 10 a 14 de março de 2010. Inovando na conservação do meio-ambiente P5 $%$*(% %) !$!)*(%) ) /$! % ()!" # %, "! India Nova política de concorrência pode reduzir os preços: Moily P4 O Ministério dos Assuntos Indianos no Exterior lançou um manual para orientar os ‘Casamentos com Indianos no Exterior’, contendo informações sobre as medidas de proteção em favor de mulheres aban- donadas por cônjuges NRI (Indianos Não Residentes), recursos legais e autori- dades a serem contatadas para a reparação de injustiças. Uma cartilha intitulada “Pensando em casar sua filha com um NRI?” também foi lançada pelo Ministério, destacando as precauções que devem ser tomadas antes de contratar matrimônio. A Comissão Nacional para as Mulheres (NCW), agência de coordenação no nível nacional para lidar com questões relativas a casamentos com NRIs, elaborou uma cartilha intitulada “Problemas relaciona- dos aos casamentos com NRIs — prós e contras". O documento se focaliza nos problemas relacionados com os casa- mentos dos NRIs e orienta as mulheres que pretendem casar com um NRI ou uma pessoa de origem indiana (PIO). Além disso, um regime foi lançado em 2007 para prestar assistência jurídica/financeira às mulheres indianas abandonadas ou divorciadas no exterior por meio das missões diplomáticas e postos consulares indianos. O regime deve estar disponível para as mulheres indianas que foram abandon- adas por seus maridos indianos/ estrangeiros no exterior ou que enfrentam um processo de divórcio num país estrangeiro, de acordo com as seguintes condições: O casamento foi celebrado na Índia ou no exterior com um indiano residente no exterior ou um estrangeiro. A esposa foi abandonada na Índia ou no exterior no período de quinze anos de casamento. O processo de divórcio foi iniciado no prazo de quinze anos de casamento pelo esposo indiano/estrangeiro no exterior. Um divórcio ex-parte foi obtido pelo esposo indiano / estrangeiro no exte- rior dentro de vinte anos de casamen- to e uma jurisprudência para a manutenção e pensão alimentícia deve ser apresentada pela esposa. O regime não será disponível para mu- lheres com antecedentes criminais, se a acusação criminal de rapto parental não constituir um bloqueio e se a guarda da criança ainda não tiver sido julgada. $+" &( &(%*( )#$*%) %# ) 3)) %$*( &%"3*! +$!"*(" ,!21% )’+( !$!)*(% !$!$% ) $*%$- ($% % !$!)*(% ) ")% #%(!# $ %, "! !# !$!)*(% ) ()!"!(% !$)&!%$ +( %$( +($* (!#4$! %),!$) # %, "! ,(!(% E m 14 de fevereiro, os países do grupo BASIC — Brasil, África do Sul, Índia e China — protestaram contra a “teimosia” da União Europeia (UE) de con- tinuar com a política de aviação, dizendo que tal medida unilateral colocaria em risco os esforços internacionais para com- bater as mudanças climáticas. Numa declaração conjunta emitida após a 10 ª reunião do quarteto em Nova Delhi, os países expressaram profunda preocupação e reiteraram sua firme oposição ao regime de comércio de emissões da UE (EU-ETS) que entrou em vigor em 1 de janeiro. A Índia votou contra o EU-ETS, junta- mente com os Estados Unidos, China e alguns outros países. De acordo com a medida, as companhias aéreas que utilizam o espaço aéreo da UE terão que pagar uma taxa pelas emissões de carbono que exce- dem um limite definido. “Os ministros observaram que a ação unilateral da UE, em nome das mudanças climáticas, foi tomada apesar da forte oposição internacional e prejudica grave- mente os esforços internacionais no com- bate às mudanças climáticas,” disse o comunicado. Os ministros reconheceram a ameaça de tais medidas unilaterais consi- deradas pelos países desenvolvidos em nome das mudanças climáticas na área do transporte marítimo internacional. “Vemos isso como uma grave violação da convenção multilateral de mudanças climáticas e outras leis internacionais. Estamos unidos e tomaremos uma ação conjunta para nos opormos a isso," disse o Ministro indiano do Meio Ambiente Jayanthi Natarajan. Xie Zhenhua, Chefe chinês das negoci- ações sobre o clima, declarou: “Seguindo a proposta, a China se aproximou da UE em níveis diferentes, mas a teimosia persistiu. Esperamos poder trabalhar juntos para manter o princípio multilateral e não tomar medidas comerciais unilaterais. “O grupo também discutiu os resultados das negoci- ações sobre as mudanças climáticas em Durban e o rumo a seguir. !$!)*(%) % !% #!$* $ . +$!1% !$!)*(!" % (+&% )%( +$2) "!#0*!) # %, "! ,(!(%

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Boletim bimestral da Embaixada da Índia

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Page 1: Noticias da India V. 6 n. 3

N O T Í C I A S D A

Uma Publicação da Embaixada da Índia, Brasília

Vol. 6 Issue 3IndiaOOMinistro da Defesa A. K.

Antony reuniu-se com seucolega brasileiro, CelsoAmorim, em Nova Delhi,

no dia 6 de fevereiro. Ambos os líderesmantiveram discussões francas sobrequestões de cooperação bilateral dedefesa e de segurança regional. Em visita oficial à Índia de 4 a 8

fevereiro de 2012, o Ministro Amorimfoi homenageado com uma Guarda deHonra de Tri-Serviços. Altos funcionários do Ministério brasileiroda Defesa e das Forças Armadas, incluindo o chefe da Força Aérea, acompanharam o Ministro Amorim etambém se reuniram com seus respec-tivos colegas. Índia e Brasil compartilham

preocupações e interesses comuns epossuem uma parceria estratégica.Nelson Jobim, ex Ministro da Defesa,já havia visitado a Índia no período de10 a 14 de março de 2010.

Inovando na conservação domeio-ambiente P5

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IndiaNova política de concorrênciapode reduzir os preços: Moily P4

OOMinistério dos AssuntosIndianos no Exterior lançou ummanual para orientar os

‘Casamentos com Indianos no Exterior’,contendo informações sobre as medidasde proteção em favor de mulheres aban-donadas por cônjuges NRI (Indianos NãoResidentes), recursos legais e autori-dades a serem contatadas para areparação de injustiças.Uma cartilha intitulada “Pensando em

casar sua filha com um NRI?” também foilançada pelo Ministério, destacando asprecauções que devem ser tomadas antesde contratar matrimônio. A Comissão Nacional para as Mulheres

(NCW), agência de coordenação no nívelnacional para lidar com questões relativasa casamentos com NRIs, elaborou umacartilha intitulada “Problemas relaciona-dos aos casamentos com NRIs — prós econtras". O documento se focaliza nosproblemas relacionados com os casa-mentos dos NRIs e orienta as mulheresque pretendem casar com um NRI ouuma pessoa de origem indiana (PIO). Além disso, um regime foi lançado em

2007 para prestar assistênciajurídica/financeira às mulheres indianasabandonadas ou divorciadas no exterior

por meio das missões diplomáticas epostos consulares indianos. O regime deve estar disponível para as

mulheres indianas que foram abandon-adas por seus maridos indianos/estrangeiros no exterior ou queenfrentam um processo de divórcio numpaís estrangeiro, de acordo com asseguintes condições:� O casamento foi celebrado na Índia ouno exterior com um indiano residenteno exterior ou um estrangeiro.

� A esposa foi abandonada na Índia ouno exterior no período de quinze anosde casamento.

� O processo de divórcio foi iniciado noprazo de quinze anos de casamentopelo esposo indiano/estrangeiro noexterior.

� Um divórcio ex-parte foi obtido peloesposo indiano / estrangeiro no exte-rior dentro de vinte anos de casamen-to e uma jurisprudência para amanutenção e pensão alimentícia deveser apresentada pela esposa. O regime não será disponível para mu-

lheres com antecedentes criminais, se aacusação criminal de rapto parental nãoconstituir um bloqueio e se a guarda dacriança ainda não tiver sido julgada.

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EEm 14 de fevereiro, os países do grupoBASIC — Brasil, África do Sul, Índiae China — protestaram contra a

“teimosia” da União Europeia (UE) de con-tinuar com a política de aviação, dizendoque tal medida unilateral colocaria emrisco os esforços internacionais para com-bater as mudanças climáticas. Numadeclaração conjunta emitida após a 10 ªreunião do quarteto em Nova Delhi, ospaíses expressaram profunda preocupaçãoe reiteraram sua firme oposição ao regimede comércio de emissões da UE (EU-ETS)que entrou em vigor em 1 de janeiro.A Índia votou contra o EU-ETS, junta-

mente com os Estados Unidos, China ealguns outros países. De acordo com amedida, as companhias aéreas que utilizamo espaço aéreo da UE terão que pagar umataxa pelas emissões de carbono que exce-dem um limite definido.“Os ministros observaram que a ação

unilateral da UE, em nome das mudançasclimáticas, foi tomada apesar da forteoposição internacional e prejudica grave-mente os esforços internacionais no com-bate às mudanças climáticas,” disse ocomunicado. Os ministros reconheceram aameaça de tais medidas unilaterais consi-deradas pelos países desenvolvidos em

nome das mudanças climáticas na área dotransporte marítimo internacional.“Vemos isso como uma grave violação da

convenção multilateral de mudançasclimáticas e outras leis internacionais.Estamos unidos e tomaremos uma açãoconjunta para nos opormos a isso," disse oMinistro indiano do Meio AmbienteJayanthi Natarajan. Xie Zhenhua, Chefe chinês das negoci-

ações sobre o clima, declarou: “Seguindo aproposta, a China se aproximou da UE emníveis diferentes, mas a teimosia persistiu.Esperamos poder trabalhar juntos paramanter o princípio multilateral e não tomarmedidas comerciais unilaterais. “O grupotambém discutiu os resultados das negoci-ações sobre as mudanças climáticas emDurban e o rumo a seguir.

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NNo dia 2 de janeiro, o PrimeiroMinistro Dr. Manmohan Singhmanifestou sua preocupaçãocom a falta de vontade política

global para levar à sério a resolução doproblema das mudanças climáticas. OPrimeiro Ministro indiano afirmou que aÍndia vai desempenhar um papel constru-tivo nas negociações internacionais sobreo clima se for garantido um “acordo justoe equitativo”.Em seu discurso na 12ª Cúpula de

Desenvolvimento Sustentável de Delhi(DSDS), realizada na capital indiana,Manmohan Singh disse que havia necessi-dade de justiça, pois as emissões percapita dos países desenvolvidos eram 10 a12 vezes superiores às dos países emdesenvolvimento. “A Índia vai desempenhar um papel

construtivo nas negociações em curso, sefor garantido um acordo justo e equitati-vo”, disse ele. O tema da 12ª edição dacúpula DSDS era a ‘Proteção dosRecursos Comuns: 20 anos após Rio.'Elogiando o progresso realizado nas

negociações da ONU sobre as mudançasclimáticas em Durban, o PrimeiroMinistro indiano declarou: “A 17ªConferência das Partes (CoP) de Durbanregistrou um avanço significativo com aadoção do segundo período do compro-misso do Protocolo de Quioto.”Ele acrescentou que as negociações

sobre o clima deveriam ser baseadas nosprincípios do acesso equitativo aos recur-sos naturais e de responsabilidadescomuns, porém diferenciadas. “Durban deve dar prosseguimento ao

Plano de Ação de Bali e temos que encon-trar uma solução que garanta aos paísesem desenvolvimento o direito de sedesenvolverem”, reafirmou ele.O Primeiro Ministro indiano entregou o

prêmio de Liderança de DesenvolvimentoSustentável de 2012 à Presidente daFinlândia, Tarja Halonen.A cúpula DSDS 2012 foi a primeira

grande reunião de líderes mundiais antesda Cúpula Rio+20 em 2012. A cúpula queserá realizada em junho de 2012 no Brasilmarcará os 20 anos da Cúpula da Terra de1992. Os principais líderes mundiais sereunirão para negociar e elaborar umplano para um futuro sustentável.Os focos desse evento de três dias

serão a proteção dos recursos naturais e aavaliação do progresso alcançado na pro-teção do planeta nas últimas duasdécadas. Três chefes de estado — aPresidente finlandesa Tarja Halonen, oPresidente da República de Quiribati,Anote Tong, e o Presidente dasSeychelles, James Alix Michel - além dedignitários, prêmios Nobel e ministros de15 países — participaram do evento.

Segue o texto do discurso do PrimeiroMinistro: “É com grande satisfação que me

encontro, hoje, aqui na sessão inauguralda Cúpula de DesenvolvimentoSustentável de Delhi. Felicito a Presidenteda Finlândia, Tarja Halonen, por receber ocobiçado Prêmio de Liderança deDesenvolvimento Sustentável para 2012.Desejamos-lhe felicidades em seu impor-tante papel de co-presidente do Painel deAlto Nível da ONU sobre Sustentabi-lidade Global. Este ano marca o 20º aniversário da

Cúpula da Terra, realizada em março de1992 no Rio de Janeiro, que definiu o con-

ceito de sustentabilidade e evidenciou suaimportância como parâmetro essencial dodesenvolvimento humano. A Declaraçãodo Rio sobre Meio Ambiente eDesenvolvimento (1992) reafirmou que odireito ao desenvolvimento deve ser exer-cido de forma equitativa para atender àsnecessidades das gerações presentes efuturas. Reconheceu que a luta contra apobreza era um requisito indispensávelpara o desenvolvimento sustentável. A idéia de sustentabilidade começou

como um ideal de desenvolvimento. Como tempo, tornou-se um importante focoda política, particularmente nos países emdesenvolvimento que tentam reconciliar oesforço de desenvolvimento com a neces-sidade imperiosa de proteger o meio-ambiente. A poluição do ar, a poluiçãoindustrial, o aumento da quantidade deresíduos e a poluição dos rios são proble-mas que todos enfrentamos. Há também uma crescente percepção

de que o desenvolvimento sustentável nãopode ser alcançado por países agindo deforma isolada. A ameaça das mudançasclimáticas, causada pelas emissões degases de efeito estufa, levou o mundo aum ponto crítico em que as ações detodos os países afetam todo o planeta. Odesenvolvimento sustentável neste con-texto apela à cooperação de ambos ospaíses industrializados e em desenvolvi-mento. Esta cooperação deve ser baseadano direito ao desenvolvimento e na dis-tribuição equitativa da carga. A necessidade de equidade é realçada

pelo fato de que as emissões per capitanos países industrializados são 10 a 12

vezes superiores às dos países em desen-volvimento. Todos sabem que o volumeglobal das emissões no mundo tem quediminuir, mas o que isso implica para asemissões de cada país? Temos de encon-trar uma maneira de resolver este proble-ma de uma forma que não privem os paí-ses em desenvolvimento do direito a sedesenvolverem. País em desenvolvimento com vulnera-

bilidade séria aos desastres climáticos, aÍndia desempenha um papel essencial naelaboração de respostas multilaterais,equitativas, bem-sucedidas e baseadas emregras claras sobre questões relacionadasàs mudanças climáticas. Os princípios daConvenção-Quadro das Nações Unidassobre Mudanças Climáticas fornecem apedra angular para a criação de umquadro operacional baseado nessasrespostas. Neste contexto, é precisoreconhecer que, atualmente, parece haveruma falta de vontade política coletiva pararesolver esta questão com a seriedade quemerece. Precisamos dar um novo impulsoàs negociações globais para relançar umaação coletiva e cooperativa na gestão dasmudanças climáticas.A 17ª Conferência das Partes em

Durban registrou alguns avanços impor-tantes. O acordo em Durban para aadoção do segundo período de compro-misso do Protocolo de Quioto é uma con-quista si-gnificativa, porque havia dúvidasse um acordo poderia ser alcançado.Estou satisfeito com a consecução desseacordo. Não podemos progredir nestadifícil área e permitir que sejam desfeitosos compromissos do passado.

Nas negociações subseqüentes, pre-cisamos nos concentrar mais sobre anatureza constitutiva dos acordos — combase nos princípios de equidade e deresponsabilidades comuns, porém dife-renciadas — do que sobre as formaslegais.À medida que avançamos, precisamos

progredir nos quatro elementos de açãocooperativa que foram estabelecidos emBali, ou seja, a mitigação, a adaptação, atransferência de tecnologia e o desen-volvimento e alocação de recursos finan-ceiros e investimentos. As ações em todasessas áreas são prioritárias, como parte deuma resposta coerente e orgânica aoproblema das mudanças climáticas. Nessesentido, a Plataforma de Durban deve darprosseguimento ao Plano de Ação de Bali. Posso assegurar-lhes que a Índia vaidesempenhar um papel construtivo nasnegociações em curso e cumprir suasobrigações como parte de um acordojusto e equitativo. Adotamos e aplicamos nossa própria

estratégia nacional de mitigação e adap-tação. Nosso Plano Nacional sobreMudanças Climáticas evolui de forma sa-tisfatória e as oito Missões Nacionais re-gistraram alguns avanços. Esperamos construir uma estratégia forte para o 12°Plano Quinquenal — que será iniciadoem abril deste ano — de forma a garantirbenefícios significativos para o clima e umcrescimento inclusivo sustentável. A segurança alimentar, a segurança

energética e a sustentabilidade dos recur-sos naturais escassos constituem os com-ponentes importantes de nossa estratégiapara o desenvolvimento sustentável.Vamos tentar reduzir de 20-25% a intensi-dade de nossas emissões de carbono até2020, em relação ao nível de referênciaregistrado em 2005. A Índia é um dos gigantes mundiais da

biodiversidade. Nosso saber tradicional éconservado de forma codificada nos anti-gos textos dos sistemas medicinais indi-anos e não codificados na tradição oral.Com quatro repositórios mundiais de bio-diversidade, a Índia figura na lista das deznações mais ricas em espécies.

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2 FOCO Índia NOTÍCIAS DA Índia

País em desenvolvimento com vulnerabilidade séria aos desastresclimáticos, a Índia desempenha um papel essencial na elaboraçãode respostas multilaterais, equitativas, bem-sucedidas e baseadasem regras claras sobre questões relacionadas às mudançasclimáticas. Os princípios da Convenção Quadro das NaçõesUnidas sobre Mudanças Climáticas fornecem a base para a

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MONITOR Mídia 3NOTÍCIAS DA Índia

AAÍndia está pronta para ultrapassar oJapão e se tornar o segundo maiormercado automobilístico asiático,

depois da China que deve manter a lide-rança na próxima década. Apesar dasrecentes preocupações em relação à desacel-eração econômica chinesa, o país deve acu-mular 30,68 milhões de veículos vendidosem 2020, registrando um aumento de 74%em relação aos 17,66 milhões de unidadesvendidas no ano passado,de acordo com IHS Auto-motive. A China ultrapas-sou os Estados Unidos elidera hoje o mercado automobilísticomundial em termos de vo-lume. O estudo daempresa de pesquisas de mercado analisouas tendências de vendas com exceção dosônibus e caminhões. As vendas na China subiram para 19,21

milhões de unidades vendidas, ultrapassando as vendas combinadas domercado europeu, avaliadas em 18,15 milhões de unidades vendidas, de acordocom a empresa sediada em Denver.Na Índia, as vendas devem aumentar e

passar de 2,91 milhões no ano passado para4,88 milhões de veículos em 2016. As vendas devem acumular 6,73 milhões em2020. Com um crescimento na demanda de

4,13 milhões no ano passado — em quedadevido ao terremoto — as vendas de veículos no Japão devem atingir 4,51 milhõesem 2016. O Japão acumulou 4,87 milhõesde veículos vendidos em 2010. As previsõesde vendas de IHS no Japão devem chegar a4,35 milhões em 2020.As vendas de veículos japoneses,

incluindo os carros ultra compactos, devemcrescer para 5,19 milhões neste ano, devido

à retomada da demanda apóso terremoto do ano passado.Porém, IHS considera que setrata de uma tendência

temporária que não deve inverter a tendência de longo prazo. A Austrália, quinto maior mercado da

região Ásia-Pacífico depois da Coreia doSul, deve ser ultrapassada pela Indonésia em2017. IHS prevê que Toyota Motor Corp.permaneça o maior fabricante asiático deautomóveis, com 5,4 milhões de unidadesvendidas em 2020, contra 4,2 milhões noano passado. Esses dados incluem as vendasde carros ultra compactos da subsidiáriaDaihatsu Motor Co.

Para ler a história completa, acesse:http://online.wsj.com/article/SB10001424052702303863404577281040033926770.html?mod=

WSJINDIA_hpp_LEFTTopStories

PParecia um lugar improvável parauma história em quadrinhos, nosexto andar de um escritório

indefinido, situado no centro deManhattan. Mas, em 16 de fevereiro, foiuma homenagem a uma cidade vibrantede subculturas que os fãs, incluindo oescritor britânico Hari Kunzry e o DJRekha de Basement Bhangra, prestaramno ‘Workshop dos Escritores Á s i a t i c o -Americanos’, aocomentar ashistórias emquadrinhos Amar Chitra Khata, criadaspor Anant Pai, que saiu do anonimatocomo engenheiro químico e entrou para ahistória como grande inovador dosquadrinhos. O artista indiano faleceu hácerca de um ano.O painel incluiu os artistas

nova-iorquinos de origem indianaHimanshu Suri do trio de rap Das Raciste Keshni Kashyp, autor do ‘romance gráfico’ Tina's Mouth.Pai criou uma série de histórias em

quadrinhos depois de assistir a um programa de perguntas e respostas,exibido na televisão pública indiana em1967, durante o qual a criança candidata

não foi capaz de responder à questão :“Quem era a mãe de Ram?” Ele queria conectar as crianças indianas

com sua própria história e as fantásticascenas da série de cor sépia dos épicoshindus se tornaram um sucesso quaseimediato, vendendo mais de 90 milhõesde cópias em todo o mundo. Ele nãoesperava que seus livros se tornassemuma tábua de salvação para os indo-amer-

icanos residentes numpaís em que praticamente nãohavia representações

de sua própria cultura. “Para uma criança que cresceu em Nova

Iorque, era legal ver pessoas parecidascomigo nas histórias em quadrinhos,”disse Suri que considerava as histórias emquadrinhos como uma excentricidadeamericana até descobrir as histórias emquadrinhos Amar Chitra Khata. “Para mim, era como beber o leite

materno,” disse Kashyap. “Cresci com ashistórias em quadrinhos desde o início econtinuo lendo regularmente.”

Para ler a história completa, acesse:http://india.blogs.nytimes.com/2012/02/2

2/taking-inspiration-from-anant-pai/?ref=india

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NNo dia 26 de janeiro de 2012, foicelebrado o 63º aniversário daRepública da Índia. É uma dasdatas mais importantes e um

dos três feriados nacionais da nação que jáconta com 1,2 bilhão de habitantes. Marcaa data em que a Constituição do país subs-tituiu o documento prévio de uma Índiaainda colônia.Enquanto uma parada de dimensões

gigantescas ocorreu na capital (NovaDelhi), celebrações paralelas menoresaconteceram em diferentes estados ecidades do país.A data assume importância similar nos

países em que a Índia possui represen-

tações diplomáticas. Ela é lembrada comcomemorações oficiais. Foi o que aconte-ceu em Brasília, DF.O Embaixador da Índia no Brasil, sua

Excelência B. S. Prakash, proferiu algumaspalavras sobre a posição atual da Índia nocenário político-econômico mundial, oenorme progresso positivo das relaçõesbilaterais Brasil-Índia e o harmonioso diá-logo das duas nações em vários fórunstemáticos e agrupamentos de países, napresença de convidados, autoridades dogoverno brasileiro e de outros países repre-sentados em Brasília, além de entidades daárea cultural e amigos da Embaixada e ami-gos da Índia, residentes em Brasília. Sua

Excelência a Embaixadora Maria Edileuza,da Divisão da Ásia e Oceania do Ministériobrasileiro das Relações Exteriores, discur-sou no mesmo sentido sobre o empenho deambos os países em se conhecer mutua-mente e cooperar em várias áreas, seja naárea cultural, científica ou político-diplomática.Muitos adidos militares de várias

Embaixadas estiveram presentes. Neste anode 2012 a Presidência da Associação dosAdidos está ao cargo do Adido Militar daEmbaixada da Índia, o Coronel DineshKumar Singh. Com certeza sua proativi-dade será visível em vários outros momen-tos do ano.

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EEmbora a Índia seja a terra natal dosHindus, seu maior templo se situaa milhares de quilômetros de dis-

tância no Camboja. O administrador deum templo no estado do Bihar decidiufazer algo a esse respeito — construiruma cópia do complexo de templos doséculo 12 de Angkor Wat à beira do rioGanges, perto de Patna, capital do estado localizado no leste da Índia. “O templo Angkor Wat do Bihar será

tão grandioso quanto o original e umpouco maior — 68 metros por 68 me-tros com cinco shikharas (torres) de 68metros de altura,” disse Kishore Kunal,administrador do templo MahavirMandir, em Patna. “A construção do tem-plo será concluída em 10 anos e ele seráaberto ao público de fiéis com, no míni-mo, uma dúzia de sacerdotes.”De acordo com Kunal, o projeto deve

custar cerca de �600 milhões (21 mi-lhões de reais) — a metade para acons-trução da estrutura e o restantepara ornamentos, incluindo esculturasde deuses e deusas. No entanto, a réplica não será rodeada por fossos e não haverá nenhum palácio no conjunto de edifícios.

Para ler a história completa, acesse:http://www.guardian.co.uk/world/2012/m

ar/07/angkor-wat-replica-bihar-india

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Page 4: Noticias da India V. 6 n. 3

CCoonnttiinnuuaaççããoo ddaa ppáággiinnaa 22A Índia foi um dos primeiros

países a promulgar uma Lei deDiversidade Biológica abrangente em2002, concretizando as disposiçõesda Convenção sobre a DiversidadeBiológica de 1992. Mas a Índia e omundo ainda têm um longo caminhopela frente antes de conquistar umsucesso importante no cumprimentodos três objetivos da Convenção, ouseja, a conservação da diversidadebiológica, o uso sustentável de seuscomponentes e a partilha justa eequitativa dos benefícios. Congratulo-me com a organização

da 11ª Conferência das Partes daConvenção sobre Biodiversidade daONU, em Hyderabad, no decorrerdeste ano. Espero que essa conferên-cia leve a um consenso global e a umaação prospectiva sobre iniciativasimportantes como a operacionaliza-ção dos mecanismos de acesso e de partilha dos benefí-cios, e mais além, promova a participação das comu-nidades na conservação e utilização sustentável dosrecursos naturais. Gostaria de compartilhar com vocês uma noticia

reconfortante: o número de tigres indianos está aumen-tando. O censo dos tigres em 2011 mostrou um aumen-to de 20% dos números de tigres em relação a 2006. Aprevisão atual é de 1700 tigres nas florestas indianas,comparado a uma população mundial de 3000 animais.Espero que as lições aprendidas nos últimos anos tam-bém ajudem a proteger outras espécies ameaçadas deextinção.Também me congratulo com o aumento de cerca de

5% da cobertura florestal indiana de 1997 a 2007, ape-sar da leve queda registrada desde então. Esperamos umnovo acréscimo com a implementação da Missão ÍndiaVerde, que visa adicionar 5 milhões de hectares à cober-tura arbórea e 5 milhões de hectares à cobertura flore-stal. Com o tempo, essas florestas atuarão como sumi-douro que poderá absorver 50-60 milhões de toneladasde dióxido de carbono anualmente. Isso vai representarcerca de 6% das emissões anuais da Índia. O governo indiano visa a realização concreta de acor-

dos e mecanismos institucionais de forma a promoverações políticas e compromissos das partes interessadascom a gestão sustentável dos recursos comuns.O governo criou recentemente um Tribunal Nacional

Verde, no âmbito da Lei Nacional do Tribunal Verde de2010. Esse tribunal visa a resolução rápida e eficaz decasos relacionados com a proteção ambiental e a con-servação de florestas e outros recursos naturais. A juris-dição garante o cumprimento de qualquer disposiçãolegal em matéria de meio-ambiente, incluindo aassistência humanitária e indenização por perdas edanos.A Autoridade Nacional da Bacia do Rio Ganges é

outro exemplo de projeto de inovação institucional des-tinado a proteger este rio sagrado. O objetivo daAutoridade é garantir a conservação do rio Ganges emanter os fluxos ambientais, por uma abordagemabrangente da bacia do rio. Esperamos que o envolvi-mento de todas as partes interessadas e a nova abor-dagem produzam resultados positivos. A Declaração do Rio de 1992 estabeleceu 27 princí-

pios constantes para proteger a integridade do meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável do planeta.Estes princípios têm resistido ao teste do tempo. Peço atodas as pessoas hoje aqui reunidas para refletir sobre aimportância dada à formação dessa nova e justa parceriamundial, que é o principal objetivo da Declaração doRio. Na medida em que ficamos aquém das metas e dosobjetivos estabelecidos, é preciso articular nossas açõespara progredir nos próximos anos. É este o desafio. Étambém uma grande oportunidade. Com estas palavras,gostaria de agradecer a todos vocês pela atenção.”

4 NOTÍCIAS Indianas NOTÍCIAS DA Índia

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AAnova política nacional de con-corrência, que deve ser aprovadapelo conselho dos ministros nopróximo mês, deve

desencadear uma revo-lução financeira no país.Essa lei também será“excelente” para comba-ter a inflação, declarou oMinistro dos AssuntosCorporativos, M.Veerappa Moily, em6 de fevereiro.“Temos uma lei

de concorrência,que foi promulga-da em 2009. Masnão temos umapolítica nacionalde concorrência,o que é muitomais importante.A lei dac on co r -

rência é apenas um elemento de um con-junto maior, a política de concorrência

nacional,” disse Moily.“A política nacional deconcorrência foi elabo-rada para impulsionara segunda maior revo-lução financeira naÍndia desde 1991. Otexto do projeto depolítica de concor-

rência foi dis-tribuído paratodos osministériose deve

ser aprovado em março pelo conselho dosministros,” disse Moily.O ministro afirmou que a comissão lide-

rada por Dhanendra Kumar apresentou seurelatório e que duas consultas nacionaisforam realizadas com todas as partes inter-essadas com base no documento. Enfatizando o impacto positivo da políti-

ca de concorrência nacional na economia,ele disse: “A política nacional de concor-rência oferece muitos benefícios, poistodos os monopólios e as forças anticom-petitivas terão que ser desmantelados.”Referindo-se aos Estados Unidos, o mi-

nistro comentou que por causa da políticade concorrência nacional, o preço dos pro-dutos petrolíferos tinha sido reduzido pelametade.“É uma excelente maneira de combater

a inflação”, disse Moily.O ministro acrescentou que a política

proposta ajudará a reduzir substancial-mente os preços dos cereais alimentares.“Os preços podem diminuir sem afetar

a produtividade das empresas. A políticade concorrência não é uma coisa de umavez só ou uma coisa de um segmento só,mas deslancha muitos efeitos consecu-tivos. Globalmente, os preços devemcair, especialmente dos cereais alimenta-res. Em alguns estados do país, há umaabundância de cereais e, em outros estados, há um déficit,” disse Moily.O ministro dos Assuntos Corporativos

também disse que o comitê DhanendraKumar foi encarregado de propor emendasao projeto de lei de concorrência à luz danova política de concorrência.“Já elaboramos e enviamos o novo pro-

jeto de lei modificado da concorrência atodos os ministérios, à luz da nova políti-ca de concorrência. Quando o conselhodos ministros aprovar a política de con-corrência, também vai aprovar as novasalterações da Lei da Concorrência.Esperamos apresentar o projeto na sessãode orçamento do Parlamento", disseVeerappa Moily.

OOs investidores estrangeiros aplicam cada vezmais dinheiro no setor indiano de infraestrutu-ra, sobretudo nos segmentos de energia,

petróleo e gás, telecomunicações, ferro e aço, graças àsperspectivas de bons lucros, revelou um relatóriorecente. O volume dos empréstimos em moedasestrangeiras (ECBs), que incluem empréstimosbancários, créditos de fornecedores e compradores,obrigações com taxa flutuante e fixa, e empréstimos dasinstituições financeiras multilaterais do setor privado,tais como a International Finance Corporation, subiu50% com US$ 36 bilhões em 2011, em relação aos US$24 bilhões registrados no ano anterior, de acordo comos dados do Banco Central da Índia (RBI).“Um olhar mais atento revelou que a maior parte dos

ECBs foi realizada no setor de infraestrutura, con-tribuindo para cerca de 80% do total, incluindo ossetores de telecomunicações, energia, petróleo, ferro eaço,” afirmou o relatório do grupo PHD Chamber, pu-blicado em 5 de fevereiro. “O forte fluxo de financia-mento externo pode ser atribuído aos diferenciais dejuros elevados, disponíveis para os recursos externosem relação à Índia, e às grandes oportunidades dedesenvolvimento que permanecem inexploradas nosetor de infraestrutura do país”.Os empréstimos em moedas estrangeiras são usados

pelas empresas dos setores privado e público para aju-dar a financiar a expansão das capacidades existentes deprodução e realizar novos investimentos. Essastransações aparecem como uma importante fonte definanciamento para o desenvolvimento de setores essen-ciais da economia indiana, especialmente em caso deconjuntura econômica adversa e de políticas de apertomonetário decorrente de situações inflacionárias.Existe uma tendência crescente entre as empresas

indianas que arrecadam fundos de investidoresestrangeiros, pois o custo do dinheiro na Índia é signi-ficativamente maior do que no mercado internacional.No entanto, se a tendência for confirmada, haverá

algumas implicações para o custo do financiamentoexterno em relação à aversão ao risco nos mercadosfinanceiros internacionais, afirmou o relatório. “A alocação do capital financeiro global no futuro

será muito diferente do passado, uma vez que as dívi-das públicas das economias avançadas serão maiores”.

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Page 5: Noticias da India V. 6 n. 3

AAs empresas automotivas indianasiniciaram o ano 2012 com uma notapositiva, registrando um crescimen-

to durável e constante nas vendas do mêsde janeiro. No ano passado, as empresas do setor

lutaram para estimular o mercado, numaconjuntura agravada pelas altas taxas dejuros e pelo custo elevado do combustível,que afetaram os sentimentos do consumi-dor e levaram à estagnação das vendas. As vendas de Mahindra and Mahindra

(M&M) aumentaram 22% para 44.717unidades em janeiro contra 36.718unidades vendidas no mesmo mês de 2011.As vendas domésticas aumentaram 20%para 41.369 unidades no mesmo período,contra 34.601 unidades vendidas emjaneiro de 2011. As exportações saltaram 95%, passando

de 1.713 unidades em janeiro de 2011 para3.348 unidades em janeiro de 2012. Tata Motors também apresentou um

forte movimento de vendas com umaumento de 16%. Esse número inclui asexportações de 87.465 unidades contra75.423 no mesmo período de 2011. Aempresa declarou que as vendas domésti-cas neste mesmo mês cresceram 14%,acumulando 80.382 unidades vendidas,contra 70.475 unidades vendidas nomesmo período do ano passado. As vendas para exportações subiram

43%, passando de 4.948 para 7.083

veículos vendidos em janeiro de 2012.As vendas nacionais de carros e a dis-

tribuição dos automóveis da marca Fiattambém cresceram 14%, passando de32.386 unidades para 36.770 unidades emjaneiro de 2012. As vendas dos modelos básicos hatch-

back Tata Nano registraram um aumento de15%, acumulando 7.723 unidades contra6.703 em janeiro do ano passado. A empresa Hyundai Motor India, sediada

em Chennai, encerrou o mês passado comum aumento de 15,2% das vendas e 49.901unidades vendidas contra 43.316 unidadesno mesmo período de 2011. As vendasnacionais cresceram 11,85% nesse mesmomês, somando 33.900 unidades vendidascontra 30.306 unidades em janeiro de 2011.As exportações subiram 22,9% com 16.001unidades vendidas contra 13.010 unidades

no mesmo período de 2011. O líder do mercado de car-

ros de passageiros, MarutiSusuki, registrou um aumentode 5,2% nas vendas do mêspassado, acumulando 115.433veículos neste mesmo mêscontra 109.743 unidades vendi-das em janeiro de 2011. Asexportações dispararam 54,3%para 14.386 veículos contra9.321 unidades vendidas emjaneiro de 2011.Mas as vendas nacionais

sofreram uma estagnação em janeiro,com um aumento de apenas 0,6% para101.047 automóveis contra 100.422unidades vendidas no mesmo período doano passado. O segmento de duas rodas é liderado

por Hero MotoCorp, que acumulou520.272 unidades vendidas, crescendo11,5% em relação ao mesmo período do anopassado com 466.524 unidades. A empre-sa informou um aumento de 17,4% nas ven-das no período de abril de 2011 até janeirode 2012, com 5.183.440 unidades contra4.414.537 unidades vendidas no mesmoperíodo de 2010-11. O fabricante de duas rodas e três rodas

TVS Motor encerrou o mês passado comum aumento de 5% nas vendas, acumu-lando 173.514 unidades contra 165.152unidades vendidas em janeiro de 2011.

NOTÍCIAS Indianas 5NOTÍCIAS DA Índia

AAeconomia indiana deve crescer7,1% neste exercício fiscal,encerrado em 31 de março,atingindo um nível superior aos

6,9% projetados no início deste mês, anun-ciou o Conselho Consultivo Econômico(EAC em inglês) do Primeiro Ministro, em22 de fevereiro. As taxas de crescimento registradas nos

setores da agricultura e da construçãodevem permanecer acima das previsõesantecipadas divulgadas no início deste mêspelo Instituto Central de Estatísticas daÍndia, declarou o presidente do EAC em 22de fevereiro.O conselho consultivo avaliou o cresci-

mento agrícola em 3%, comparado aos2,5% projetados anteriormente.As safras recordes de arroz e trigo

decorrentes das boas chuvas das monçõese o forte crescimento dos setores da horti-cultura e da pecuária devem impulsionar ocrescimento do setor agrícola que registrou

uma taxa de expansão de 7% em 2010-11.O setor manufatureiro deve progredir

3,9%, enquanto o segmento da construçãodeve encerrar este exercício com uma taxade crescimento de 6,2%.“As atividades de fabricação e cons-

trução sofreram uma estagnação nos trêsprimeiros meses de 2011-12. Os dadosindicam um avanço no quarto trimestre,”afirmou Rangarajaran.

O forte crescimento do setor dosserviços deve continuar com uma taxacumulada de 9,4% neste exercício fiscal(encerrado em 31 de março de 2012). A previsão de crescimento anual do

Produto Interno Bruto (PIB) ficou abaixodo objetivo orçamentário, estabelecido emcerca de 9%, e do resultado registrado noano anterior.As altas taxas de juros, a instabilidade

econômica mundial e a incapacidade dogoverno a implementar grandes reformaspara estimular a economia afetaram o ritmodo crescimento. As atividades de investimento desacele-

raram e, como consequência, a formaçãobruta de capital fixo baixou para 29,3%,registrando uma queda de cerca de 4% emrelação aos últimos quatro anos, disseRangarajan, ex-governador do BancoCentral da Índia (RBI).No que diz respeito à inflação, o presi-

dente do Conselho Consultivo do PrimeiroMinistro afirmou que a previsão era dequeda para 6,5% no final deste exercíciofiscal.“As pressões inflacionárias diminuíram

desde novembro de 2011 e caíram aindamais em janeiro de 2012. A previsão é de6,5% no final do mês de março de 2012. Apolítica monetária e as outras medidas ado-tadas pelo governo parecem ter efeitospositivos,” disse ele.

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MMrinali Moshahary nunca imaginouque suas garrafas de geléia demamão encontrariam um sucesso

tão grande na Feira Agrícola Regional doNordeste 2012, que foi realizada emKhanapara, nos arredores de Guwahati. Deve-se ao trabalho de um grupo de

ativistas da biodiversidade que ofereceumeios de subsistências alternativas às pes-soas como Mrinali, que vivem em aldeiasda periferia do Parque Nacional Manas, noestado de Assam. Aranyak iniciou esse novo projeto há

cerca de dois anos e meio para ajudar aspessoas que moram perto do parquenacional a vender seus produtos em

Guwahati, capital do estado de Assam.“O projeto era fornecer meios de sub-sistências às pessoas das zonas periféricasdo parque, com objetivo de reduzir suadependência da exploração florestal e aju-dar a proteger a biodiversidade. Que-ríamos estimular a participação da comu-nidade na conservação do Parque NacionalManas por meio de atividades economica-mente auto-suficientes,” disse BibhutiPrasad Talukder, secretário de Aranyak.Situado no sopé do Himalaia, o Parque

Nacional Manas é um projeto do TigerReserve e Biosphere Reserve. O parque éconhecido pelas espécies endêmicasameaçadas de extinção, tais como a

Tartaruga Roofed, a Lebre Híspida, oLangur Dourado e o Javali Anão.“Ajudamos a formar grupos de auto-

ajuda (SHG em inglês), treinando homense mulheres no processamento de alimentose nas técnicas de tecelagem,” disseTalukder. “A associação Aranyak tambémajudou as pessoas que vivem nas aldeias acomercializar seus produtos,” acrescentou. Além de Mrinali, há 22 mulheres Bodo

em seu grupo de auto-ajuda. “Com a

redução de dependência da exploração flo-restal, esses SHGs ajudam as atividades depreservação ambiental,” disse Talukder. “Atividade comum entre as comunidades

Bodo e Adivasi que vivem na periferia doParque Nacional Manas, a caça para comerfoi reduzida,” disse Namita Brahma,pesquisadora na Aranyak. O sucesso desseprograma levou Aranyak a introduzir pro-gramas similares nas zonas periféricas doParque Nacional Kaziranga.

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AArenda média per capita indianaaumentou 15,6%, atingindo INR53.331 em 2010-11 contra INR

46.117 no ano anterior, devido às altastaxas de crescimento econômico (8,4%)e de inflação, declarou o Ministério dasEstáticas e da Implementação dosProgramas, em 31 de janeiro. A rendamédia per capita ultrapassou pelaprimeira vez a marca de INR 50.000. Mesmo em termos reais baseados nos

preços de 2004-05, a renda per capitaaumentou 6,4% em 2010-11 em relação aINR 33.843 registrados no ano anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) a

preços constantes (2004-05) foi avalia-do em INR 48,859 bilhões em 2010-11,ou seja, um aumento de 8,4% emrelação ao ano anterior com INR 45,076bilhões. Com uma população de 1,2 bi-lhão de pessoas, as poupanças domésti-cas indianas acumularam INR 24.819 bi-lhões em 2010-11, subindo 32,3% emrelação ao ano anterior com INR 21,829bilhões. As poupanças domésticas aumen-

taram 33,8% em 2009-10. A formaçãobruta de capital doméstico, que mede oaumento dos ativos físicos, subiu paramais de INR 26,920 bilhões em 2010-11,a preços constantes, comparado aos INR23,636 bilhões registrados no ano anterior.

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NNo dia 6 de fevereiro, o governoindiano introduziu um novoprojeto de lei abrangente decombate ao tráfico de drogas.

“A nova lei promulgada hoje reafirma ofirme compromisso do governo indiano evisa superar os desafios colocados pelaameaça das drogas,” declarou o Ministroindiano das Finanças, Pranab Mukherjee,na divulgação do projeto de lei em NovaDelhi. “Essa política evidencia o compromisso

da Índia com a responsabilidade decorrente de sua posição estratégicaentre duas importantes regiões mundiaisde produção de narcóticos ilícitos,” disseele. Esse projeto tenciona combater

a ameaça do consumo de droga e tomaprovidências para o tratamento, a reabilitação e a reintegração social dasvítimas do consumo de drogas.

“A implementação das disposições doprojeto de lei vai levar à redução dos

crimes, à melhora da saúde pública e àelevação social da sociedade,” declarou o

ministério indiano das Finanças. Mukherjee comentou que, de acordo

com a nova política, diferentes ministérios e departamentos do governocentral e dos governos estaduais terãoque colaborar para combater a ameaça. “Hoje, é toda a humanidade que

enfrenta de uma forma ou de outra oproblema das drogas,” disse ele. De acordo com um relatório das

Nações Unidas publicado em 2011, entre149 e 272 milhões de pessoas, ou seja,3,3% a 6,1% da população mundial nafaixa etária de 15-64 anos, consumiramsubstâncias ilícitas no ano passado. “Mais alarmante ainda, é o fato que

esse número aumentou desde o final dosanos noventa. É claro que a comunidadeinternacional tem que intensificar a lutacontra os desafios do tráfico de drogasilícitas, e a Índia, que representa umsexto da população mundial, tem umaresponsabilidade maior nessa matéria,”disse o Ministro de Finanças, referindoseao relatório das Nações Unidas.

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6 NOTÍCIAS Indianas NOTÍCIAS DA Índia

EEnquanto emergem movimentos artís-ticos de vanguarda em países onde aarte é considerada como instrumento

de mudança social, as performances artísti-cas são cada vez mais usadas para reagir,criticar e envolver as pessoas num diálogoestético acerca das questões sociais, pormeio de uma combinação de performances,linguagem corporal, músicas, narrativas,debates e arte visual convencional.A arte performativa cria uma ponte entre

as pessoas cultas e as pessoas sem culturaescrita, pois o indivíduo que realiza a per-formance utiliza seu corpo, oferecendo umacesso direto à arte. Isso abre um espaçode debate cultural porque se trata de artedireta. Descobre-se a maneira singular deagir de um artista. É um meio eficaz paraapresentar idéias,” disse Roselee Goldberg,historiadora da arte, crítica e precursora daarte performativa.Goldberg, que organiza a bienal de arte

performativa ‘Performa’ em Nova Iorque,foi à Índia em busca de artistas para aedição 2013 do festival. Fiquei fascinadapela nova performance artista de SubodhGupta, intitulada ‘Spirit Eaters’, disse

Goldberg. A nova coreografia de Gupta éuma representação de uma antiga tradiçãode festa funerária. A obra recria o ritual derefeição e de pagamento de uma comu-nidade de sacerdotes brâmanes depois deum luto numa família no interior dos esta-dos de Bihar, Uttar Pradesh e Bengala.O artista retrata tradições ameaçadas de

extinção e a hierarquia das castas nas ter-ras centrais do país, por meio dessa arteperformativa interativa.Motherland, a nova performance de

Pushpamala N., artista de Bangalore,envolve os espectadores num debate

sobre a discriminação entre ho-mens e mulheres na antigapoesia do Karnataka. A peçaevoca o uso de narrativas, músi-cas e arte pela poetisa de línguakannada, Thirumalamba.Pushpamala observa o pós-colo-nialismo com os olhos de historiadora e feminista. “Osparâmetros da arte estão mudan-do para transmitir as realidades eas verdades históricas. Em minhanova coreografia, tenciono

descobrir o poder das mulheres naliteratura kannada. Utilizo a

poetisa com símbolo de Mother India efalo sobre a servidão do intelecto femini-no numa sociedade dominada pelos homens,” disse Pushpamala.Amal Allam, eminente presidente da

National School of Drama, explica: “oteatro é uma combinação de todas as artes,mas a performance é apenas uma partedele. A arte tem uma noção limitada deidentidade em suas formas convencionais.Não pode florescer no isolamento artístico.”

MManifestando confiança na adoçãoda nova lei das empresas peloParlamento indiano durante a

Sessão do Orçamento, o Ministro dosAssuntos Corporativos, Veerappa Moily,declarou em 6 de fevereiro que o governocentral não tornará obrigatórios os gastos com Responsabilidade Social Corporativa (CSR)."Estou confiante de que a nova lei das

empresas será adotada na sessão do orça-mento. A Comissão Parlamentar dasFinanças, liderada por Yashwant Sinha, jáapresentou um relatório,” disse Moilynum evento organizado pela Câmara deComércio de Calcutá.O novo projeto de lei das empresas foi

encaminhado à comissão parlamentar emdezembro do ano passado, após o pedi-do de um novo exame do projeto pelospartidos de oposição.Essa nova lei visa substituir a

Companies Act 1956, introduzindo novasdisposições em matéria de CSR, açõesnos tribunais e prazo fixo para os admi-nistradores independentes.Alguns partidos políticos pressionaram

o governo para tornar obrigatórios 2% degastos em CSR para as empresas. Mas Moily afirmou que o governo não

era favorável à proposição.

“Há algumas preocupações das corpo-rações em relação à contribuição obri-gatória das empresas... mas não somos afavor disso. O cumprimento não é com-pulsório, mas o relatório é obrigatório,”disse ele.A medida propõe que as grandes

empresas destinem 2% do lucro médio detrês exercícios consecutivos a projetos deResponsabilidade Social Corporativa.Mas o não cumprimento da norma nãoresultará em sanções penais, e as empre-sas deverão apenas mencionar a razão dadecisão no relatório anual.Num evento realizado pela Federação

das Câmaras Indianas de Comércio eIndústria (FICCI), Moily declarou teresperança que a nova Lei daConcorrência seja aprovada peloConselho dos Ministros, enquanto o pro-jeto de lei ‘National CorporateGovernance’ deve ser finalizado “nospróximos seis meses”. As normas deinformação financeira internacionaisserão reforçadas até 2015 e essas iniciati-vas fazem parte da segunda geração dereforma econômica, disse ele.

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NNotável historiadora urbana eautora de vários livros sobre ahistória e a cultura de Mumbai,

Sharada Dwivedi faleceu no dia 6 defevereiro em Mumbai.Ela tinha 69 anos. “Ela sofreu uma

breve indisposição efoi levada ao hospitalde manhã,” declarouum membro dafamília. Dwivedi estava

empenhada em váriosprojetos de conservação do patrimôniourbano de Mumbai. Também participoudo Mumbai Heritage ConservationCommittee e fazia parte do comitê exe-cutivo do Urban Design ResearchInstitute (UDRI). Escreveu vários livros sobre arte,

arquitetura, história urbana, patrimônioe conservação. “Para Sharada, a cidademoderna assegurava as maiores proezasque a civilização humana pode realizarpara si mesma,” disse o poeta RanjitHoskote, amigo de Dwivedi.

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UUma edição especial de Gitanjali,antologia de poemas do prêmioNobel Rabindranath Tagore, foi

publicada em 4 defevereiro. O Ministro indiano

das Finanças, PranabMukherjee, apresen-tou o livro comoparte das comemo-rações do 150°aniversário do nasci-mento do poeta. A

cerimônia foi realizada no prédio daAsiatic Society, fundada em 1784 emKolkata. “Tenho a honra de divulgar essaedição especial — o primeiro manu-scrito da obra de Tagore, que faz parteda Coleção Rothenstein," disseMukherjee.A coleção pertence à Houghton

Library da Universidade de Harvard nosEstados Unidos. O ano de 2012 tambémmarcará os cem anos de Gitanjali.

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TENDÊNCIAS Indianas 7NOTÍCIAS DA Índia

PPara a geração que aprendeu aarticular os pensamentos com140 caracteres e conhece smart-phones e tabs, os livros didáticos

eletrônicos são apenas o próximo passo.Mas, antes, alguns problemas deinfraestrutura pre-cisam ser resolvi-dos para que hajauma revolução naeducação na Índia,segundo especia-listas.Recentemente

Apple, o giganteda tecnologia,lançou um soft-ware para livrosdigitais que oca-sionou, global-mente, um sur-p r e e n d e n t enúmero de 350.000 downloads dearquivos nos três primeiros dias.Os especialistas em teoria da educação

concordam que os livros digitais são achave para o futuro da educação.“Livros eletrônicos têm a chave para o

futuro, pois a próxima geração é espe-cialista em tecnologia. É a era dos com-putadores, as árvores serão salvas e ascrianças não precisam carregar mochilaspesadas,” disse Madhulika Singh, direto-ra da Escola Internacional Tagore, Delhi.Mas ela também expressou preocu-

pação com a escassez de recursos.“Hoje há deficiências que devem ser

superadas a longo prazo. Para colher osbenefícios reais de livros didáticoseletrônicos, temos de presumir que todacriança tem acesso a um computador e àinternet ... muitas reformas estruturaissão necessárias,” acrescentou. Há, noentanto, muito entusiasmo sobre a facili-dade de disponibilidade e outras carac-terísticas de um livro digitalizado.“Minha filha de oito anos passa tanto

tempo no computador que é difícilencontrar tempo para a leitura. Mas, aomesmo tempo, a leitura on-line é algoque ela faz de bom grado,” diz NeelamTripathi, uma profissional de software emGurgaon, cidade-satélite de NovaDelhi.

“Acreditoque umlivro didáti-co eletrôni-co possaajudar amotivar ascrianças aestudar,” diz ela.Livros didáticos eletrônicos são a base

para a e-sala de aula. A vantagem emrelação aos métodos tradicionais de ensi-no inclui animações e ilustrações que nãosão possíveis nos livros didáticoscomuns.Além da capacidade de realizar o pro-

grama de um ano inteiro na palma damão, os livros didáticos eletrônicos ofe-recem a oportunidade de aprender comdiversas mídias — texto, vídeo e áudio.Mesmo com um mercado indiano limita-

do de livros digitais, os livreiros consi-deram-no como sendo o futuro.“Livros didáticos eletrônicos são uma

seqüência natural para a tendência atualda educação digital

que vem sendoi n t roduz i d anas salas deaula em toda aÍndia e quetornam osalunos fami-liarizados coma mídia di-gital,” diz

Soumya Banerjee,fundadora daAttano que ofereceserviços educa-

cionais de multimídia. “Livros didáticoseletrônicos também possuem característi-cas de avaliação, como testes e provas,inseridos no próprio livro que possibili-tam registrar imediatamente o desempe-nho do aluno,” diz ela.Fundada em 2009, Attano criou livros

eletrônicos na Índia, convertendo oslivros didáticos simples em livros intera-tivos com diagramas e imagens corres-pondentes. Agora a empresa disponibi-liza livros didáticos eletrônicos a partirdo nível primário até o último ano do

ensino secundário. “Os livros são de fácilutilização, até mesmo por crianças deseis anos de idade,” diz Banerjee.“Estamos nos focalizando em com-

pradores individuais, os mesmos quecompram exemplares de um livro didáticonas livrarias.”“Os livros digitalizados elaboram con-

ceitos, por exemplo, se o capítulo tiverque explicar o funcionamento docoração, estes livros provêem um esque-ma digitalizado, tornando mais fácil acompreensão infantil. Atualmente, amaioria dos livros eletrônicos são textossimples sem elementos interativos (em

grande partee l a b o r a d o spara atender aficção). Os li-vros didáticossão diferentes,pois possuemtexto, imagens,tabelas e refe-rências. Esta-mos ultrapas-sando os limitespara torná-losmais interativos— integrando

áudio, vídeo,testes e fontes de conhecimento comodicionários e wikipedia,” disse Banerjee.O Conselho Central de Ensino

Secundário oficial (CBSE) disse quemesmo se a medida for adotada pelo con-selho, seria prematuro comentar sobreisso. “Livros digitais são interativos.. As crianças gostam de estudar e tam-

bém aprender com eles,” diz ele.Segundo a Internet World Stats, site

internacional que registra o uso mundialda internet, a Índia ocupa o terceiro lugarna utilização da Internet com quase 100milhões de usuários, compreendendo8,4% da população da Índia e 4,7% deusuários no mundo.

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8 Viagem & TURISMO NOTÍCIAS DA Índia

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Printed and Published by Embassy of India, SHIS QL 08, Conj. 08, Casa 01, Lago Sul, Brasilia-DF 71620-285, Brazil Impresso e publicado pela Embaixada da Índia, SHIS QL 08, Conj. 08, Casa 01, Lago Sul, Brasília-DF 71620-285, Brasil

AAntigamente, Zaina Kadal era olugar mais famoso da cidade deSrinagar, na Caxemira, ondeprosperava o comércio de ata-

cadistas e multidões convergiam para visi-tar os santuários nas proximidades. Osmais idosos ainda se lembram do burbu-rinho das ruas de Zaina Kadal.Conectando o antigo bairro de Bohri

Kadal com Nawab Bazaar, a ponte ZainaKadal é uma das sete pontes mais antigas, construídas sobre o rio Jhelum,e resgata a história da velha Srinagar.Construída no ano de 1427 pelo sultãoZainul Abidin, conhecido como‘Budshah’, a ponte tem 90 metros decomprimento e fornece uma bela vista daantiga e incomparável cidade.Nas três últimas décadas, Lal Chowk

tornou-se o novo mercado central nazona residencial de Srinagar, ofuscandoo antigo comércio de Zaina Kadal.Mesmo assim, Zaina Kadal permaneceimportante, pois é o ponto de partidapara a visita dos santuários muçulmanosna cidade antiga.Logo ao atravessar a ponte, podemos

avistar a Mesquita de Shahi-Hamdan, e sechegarmos na hora certa, será possívelouvir o canto do muezim, da torre damesquita, chamando os fiéis para as cincoorações cotidianas.Verdadeiro deleite para os amantes da

natureza, a brisa fresca que sopra no rioJhelum, associada à magnífica vista dasmesquitas e dos monumentos históricospresentes em cada lado da ponte, podetransportar os visitantes para uma cápsulado tempo. A bela vista da torre do Templode Ram, da tumba da mãe de Budshah edas antigas escadarias de Gadiyar Ghat eBaadshah Ghat contribuem para a belezado lugar.Referindo-se à importância dos ghats há

cerca de 50 anos, Muhammad Shafi, umresidente local, disse: “Aqui nesses ghats,era feito o transporte de mercadorias paraKhanabal, no sul da Caxemira, ou paraKhadinyar no norte da Caxemira.”A ponte de Zaina Kadal era o principal

ponto do comércio atacadista em Srinagar.Em ambos os lados da ponte, o mercadose caracterizava por cabanas de madeiraonde eram vendidas roupas, especiarias,peixes secos e cereais.

O mercado perdeu seus clientes, poismuitos moradores se mudaram para bair-ros residenciais como Rajbagh, Lal Bazaar,Pir Bagh, Hyderpora e Bemina.A antiga ponte, bem como a nova cons-

truída nas proximidades há cinco anos,possui um design cantiléver. Como muitosoutros presentes oferecidos por Budshah àpopulação, a ponte deveria ser “tão impor-tante quanto a vida”.Ela foi construída depois que um médi-

co Pandit curou-o de uma doença muitograve. O médico Shri Bhat tratou o Sultãoe, em troca, o rei perguntou-lhe o quequeria de mais precioso. Shri Bhat disse que queria um presente

“tão precioso quanto a vida”.Impressionado por sua humildade,Budshah construiu a ponte e fez muitasoutras ações filantrópicas.Budshah também manteve relações

amistosas com os hindus — o que per-mite entrever o profundo ethos secular daCaxemira.Elogiando a antiga ponte, ainda hoje

utilizada por muitos veículos, ZareefAhmad Zareef, famoso poeta do Vale daCaxemira, acrescentou: “Ao construir aponte, a competência dos engenheiros de

Budshah foi espetacular. Esta ponte temresistido ao desgaste por mais de 500anos. Devemos preservá-la a qualquercusto." Zareef lançou uma campanha paraa preservação da ponte, assim como demuitos outros monumentos históricos navelha Srinagar.Relembrando a antiga glória de Zaina

Kadal, Ghulam Muhammad Wani, com80 anos, residente na velha Srinagar,disse: “Antigamente, Zaina Kadal era ocentro do comércio de Srinagar e osbairros elegantes que existem hoje, eramvilarejos onde as pessoas faziampiqueniques.”Em 2011, houve especulações de que a

velha ponte seria demolida. No entanto, ogoverno decidiu preservá-la.“É uma ponte histórica que ilustra os

conhecimentos de engenharia de nossopovo. A ponte deve ser preservada comopatrimônio nacional,” disse Z.G. Muham-mad, conhecido escritor de Srinagar.Embora muitas pessoas tenham

deixado de frequentar o bairro de ZainaKadal, ele ainda mantém um pouco damagia de outrora quando foi denomina-do “tão importante quanto a vida”.

— Jamsheed Rasool

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