noticiário 26 07 15

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Indústria modifica o perfil do mercado de trabalho em Macaé Para evitar a redução de mais postos de emprego, empresas do segmento offshore buscam readequar quadro funcional para driblar efeitos da crise. De acordo com o mercado, restruturação deve acontecer a partir de 2017 Nesta semana, receitas somam mais de R$ 917 milhões, entre tributação de impostos e repasses KANÁ MANHÃES Impactos da crise geram déficit de R$ 100 milhões para Macaé Ao projetar para 2017 um novo cenário de negócios e de investimen- tos, a indústria offshore e todos os setores envolvidos e influenciados pela operação do petróleo na Bacia de Campos realizam um novo exercício administrativo para driblar os efeitos da crise instalada desde o início do ano, o que modifica o perfil do mercado de trabalho da cidade. A medida visa evi- tar novos cortes no quadro de funcio- nários, um cenário que deixa a antiga 'cidade das oportunidades' com saldo negativo no balanço entre admissões e demissões. Tendo como exemplo a situação dos quase 800 postos de trabalho extintos no início do mês pela BSM Engenharia, a readequação de profissionais demiti- dos pela indústria offshore desde janei- ro no mercado de trabalho, através de renegociação de salários e benefícios, passa a ser a alternativa encontrada por algumas empresas para evitar no- vas demissões. De acordo com os dados levantados pela Sondagem Industrial, estudo divulgado na última quinta- feira (23) pelo Sistema Firjan, 4.581 postos de trabalho foram fechados na região Norte Fluminense no primeiro semestre deste ano. Porém, ao buscar a readequação dos profissionais através da revisão dos salários, o mercado de trabalho de Macaé pode registrar no- vos números. PÁG. 7 A o buscar o equilíbrio orça- mentário, com base na auste- ridade na gestão dos recursos públicos, Macaé segue na frente dos demais municípios produtores de petróleo, no volume de arrecadação contabilizado entre janeiro e julho deste ano. Os dados registrados nesta semana pelo Impostômetro, sistema operado pela Associação Comercial e Industrial de São Paulo, apontam que até o final desta semana, Macaé regis- trou a arrecadação de R$ 917 milhões, valores que ainda serão consolidados pela secretaria municipal de Fazenda e pela Controladoria Geral do muni- cípio. Mesmo com os impactos causa- dos pela queda do volume de recursos gerados pelos royalties do petróleo e pela Participação Especial na produ- ção concentrada na Bacia de Campos, Macaé segue superando o potencial de arrecadação de todas as cidades do Norte Fluminense e Região dos Lagos. A cidade supera com folga as arrecada- ções das prefeituras também impacta- das pela crise do petróleo. PÁG. 3 MACAÉ LIDERA RANKING Macaenses lamentam morte de Padre José Defeso da sardinha termina esta semana ÍNDICE TEMPO POLÍTICA ECONOMIA OBITUÁRIO Religioso que conduziu Paróquia São Paulo Apóstolo faleceu em Portugal PÁG. 5 Retorno de venda do pescado já é aguardado no Mercado Municipal PÁG. 6 WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL Solenidade acontece no Palácio Natálio Salvador Antunes Produção deve aumentar Legislativo organiza sessão solene Câmara apresenta relação de pessoas que serão agraciadas PÁG. 3 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 25 C Mínima 19º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA ESPECIAL GERAL CADERNO DOIS Comissão de Pronta Ação faz balanço Confira nesta edição: Caderno Educação Semestre de 2015 é o mais quente da história Expo Macaé 2015 abre programação Equipes atuam para combater ação de grileiros PÁG. 5 Conteúdo aborda temas relativos ao ensino municipal SUPLEMENTO Índices são considerados como alarmantes por especialistas PÁG. 10 Shows embalam festa dos 202 anos do município CAPA POLÍTICA KANÁ MANHÃES Moradores mantêm esperança por dias melhores BAIRROS EM DEBATE Apesar de já ser alvo de in- vestimentos públicos, a Nova Esperança ainda é o retrato da ocupação irregular gerada pelo crescimento desordenado no município. Devido a um cotidia- no que se assemelha às grandes comunidades do Rio de Janeiro, os moradores do local mantêm as expectativas por dias me- lhores ao reivindicar ao poder público o acesso a serviços bá- sicos de saneamento, ilumina- ção e infraestrutura. As famí- lias que vivem na comunidade cobram também a construção de equipamentos públicos que possam oferecer mais dignidade em meio à dura realidade. PÁG. 8 Pavimentação é solicitada O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015 Ano XL, Nº 8769 Fundador/Diretor: Oscar Pires WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon PEDESTRES SOLICITAM SEGURANÇA EM TRAVESSIA TRÂNSITO NA IMBETIBA PASSA POR ALTERAÇÃO CARREATA COMEMORA DIA DE SÃO CRISTÓVÃO R$ 1,50 POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.9 GERAL, PÁG.11

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Page 1: Noticiário 26 07 15

Indústria modi�ca o per�l do mercado de trabalho em Macaé

Para evitar a redução de mais postos de emprego, empresas do segmento offshore buscam readequar quadro funcional para driblar efeitos da crise. De acordo com o mercado, restruturação deve acontecer a partir de 2017

Nesta semana, receitas somam mais de R$ 917 milhões, entre tributação de impostos e repasses

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Impactos da crise geram déficit de R$ 100 milhões para Macaé

Ao projetar para 2017 um novo cenário de negócios e de investimen-tos, a indústria offshore e todos os setores envolvidos e influenciados pela operação do petróleo na Bacia de Campos realizam um novo exercício administrativo para driblar os efeitos

da crise instalada desde o início do ano, o que modifica o perfil do mercado de trabalho da cidade. A medida visa evi-tar novos cortes no quadro de funcio-nários, um cenário que deixa a antiga 'cidade das oportunidades' com saldo negativo no balanço entre admissões

e demissões.Tendo como exemplo a situação dos

quase 800 postos de trabalho extintos no início do mês pela BSM Engenharia, a readequação de profissionais demiti-dos pela indústria o�shore desde janei-ro no mercado de trabalho, através de

renegociação de salários e benefícios, passa a ser a alternativa encontrada por algumas empresas para evitar no-vas demissões. De acordo com os dados levantados pela Sondagem Industrial, estudo divulgado na última quinta-feira (23) pelo Sistema Firjan, 4.581

postos de trabalho foram fechados na região Norte Fluminense no primeiro semestre deste ano. Porém, ao buscar a readequação dos profissionais através da revisão dos salários, o mercado de trabalho de Macaé pode registrar no-vos números. PÁG. 7

Ao buscar o equilíbrio orça-mentário, com base na auste-ridade na gestão dos recursos

públicos, Macaé segue na frente dos demais municípios produtores de petróleo, no volume de arrecadação contabilizado entre janeiro e julho deste ano. Os dados registrados nesta semana pelo Impostômetro, sistema

operado pela Associação Comercial e Industrial de São Paulo, apontam que até o final desta semana, Macaé regis-trou a arrecadação de R$ 917 milhões, valores que ainda serão consolidados pela secretaria municipal de Fazenda e pela Controladoria Geral do muni-cípio. Mesmo com os impactos causa-dos pela queda do volume de recursos

gerados pelos royalties do petróleo e pela Participação Especial na produ-ção concentrada na Bacia de Campos, Macaé segue superando o potencial de arrecadação de todas as cidades do Norte Fluminense e Região dos Lagos. A cidade supera com folga as arrecada-ções das prefeituras também impacta-das pela crise do petróleo. PÁG. 3

MACAÉ LIDERA RANKING

Macaenses lamentam morte de Padre José

Defeso da sardinha termina esta semana

ÍNDICETEMPO

POLÍTICA ECONOMIA OBITUÁRIO

Religioso que conduziu Paróquia São Paulo Apóstolo faleceu em Portugal PÁG. 5

Retorno de venda do pescado já é aguardado no Mercado Municipal PÁG. 6

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

Solenidade acontece no Palácio Natálio Salvador Antunes Produção deve aumentar

Legislativo organiza sessão soleneCâmara apresenta relação de pessoas que serão agraciadas PÁG. 3

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 25 CMínima 19º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA ESPECIAL GERAL CADERNO DOIS

Comissão de Pronta Ação faz balanço

Confira nesta edição: Caderno Educação

Semestre de 2015 é o mais quente da história

Expo Macaé 2015 abre programação

Equipes atuam para combater ação de grileiros PÁG. 5

Conteúdo aborda temas relativos ao ensino municipal SUPLEMENTO

Índices são considerados como alarmantes por especialistas PÁG. 10

Shows embalam festa dos 202 anos do município CAPA

POLÍTICA

KANÁ MANHÃES

Moradores mantêm esperança por dias melhores

BAIRROS EM DEBATE

Apesar de já ser alvo de in-vestimentos públicos, a Nova Esperança ainda é o retrato da ocupação irregular gerada pelo crescimento desordenado no município. Devido a um cotidia-no que se assemelha às grandes comunidades do Rio de Janeiro, os moradores do local mantêm as expectativas por dias me-lhores ao reivindicar ao poder público o acesso a serviços bá-sicos de saneamento, ilumina-ção e infraestrutura. As famí-lias que vivem na comunidade cobram também a construção de equipamentos públicos que possam oferecer mais dignidade em meio à dura realidade. PÁG. 8

Pavimentação é solicitada

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015Ano XL, Nº 8769Fundador/Diretor: Oscar Pires

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

PEDESTRES SOLICITAM SEGURANÇA EM TRAVESSIA

TRÂNSITO NA IMBETIBA PASSA POR ALTERAÇÃO

CARREATA COMEMORA DIA DE SÃO CRISTÓVÃO

R$ 1,50

POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.9 GERAL, PÁG.11

Page 2: Noticiário 26 07 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015

CidadeEDIÇÃO: 285 PUBLICAÇÃO: 09 DE SETEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Vereador afirma que prefeito vetou projeto dos bancários por vingança

Através dos ofícios 219 e 220, lidos no ex-pediente da reunião de terça-feira, o Prefei-to devolveu à Câmara Municipal os projetos de lei nº L-08/81, de 20 de agosto, e L-05/81, apondo seu veto total. O primeiro, instituía no Município o “Dia do Bancário”, a ser comemo-rado dia 28 de agosto, enquanto o segundo autorizava a abertura dos boxes do Mercado Municipal para comercialização de produtos hortingranjeiros.

Milhares de pessoas assistiram o desfile da “Semana da Pátria”

As Escolas Estaduais, Municipais e Particu-lares, bandas de músicas, unidades militares e soldados do Forte Marechal Hermes desfilaram segunda-feira, sob as vistas e aplausos de milha-res de pessoas que se postaram durante mais de três horas em toda a extensão da Av. Rui Barbosa.

Aprovado projeto que concede aumento semestral a servidores municipais

Na noite de ontem, terça-feira, por 9 votos, foi aprovado em primeira discussão, projeto de lei de autoria do Vereador Ivair de Barros Simões, autorizando a concessão de reajuste semestral de salários aos servidores da Prefei-

tura Municipal de Macaé. Durante a discussão encontravam-se em plenário 12 Vereadores, sendo 4 do PMDB.

Atravessou o rio para pescar e morreu afogado

Por volta das 12h de domingo, dia 6, uma guarnição do Corpo de Bombeiros do Quartel da Praça da Bandeira, resgatou o corpo de Wal-der Rosa Soares, brasileiro, natural do Estado do Rio de Janeiro, branco, barbeiro, casado, 24 anos, filho de Júlio Gregório Soares e de Geralda Rosa Soares, que residia na Rua São João Batis-ta, Quadra 3.

Macaé forma médicosNo ano em que comemora os 202 anos de emancipação político-administrativa, Macaé, uma cidade do interior também conhecida como a Capital Na-cional do Petróleo, tem dois mo-tivos para comemorar quando o assunto é saúde: a inauguração do anexo do HPM e a formatura dos primeiros médicos qualifi-cados e formados na própria ci-dade, cuja solenidade aconteceu na noite de ontem (21) no Salão Nobre da Câmara Municipal. O evento reuniu os 30 formandos e seus familiares, além de auto-ridades municipais e comuni-dade acadêmica, sendo consi-derado um marco na história do curso de Medicina oferecido no município. A solenidade passa a ser uma referência na história do ensino superior, na Cidade Universitária.

A Comissão Perma-nente de Pronta Ação desocupou mais uma

área de invasão na Estrada de Santa Tereza, na quin-ta-feira (23). De acordo com informações da Pre-feitura, a denúncia chegou através de moradores de um condomínio próximo do terreno que havia sido invadido. No local, já havia uma construção, mas sem pessoas habitando, o bar-raco foi demolido por uma retroescavadeira e as áreas demarcadas foram removi-das. Na ação participaram as secretarias de Ordem Pública, representada pelo GAOP, Obras Públicas e Ur-banismo, Limpeza Pública (Selimp), Meio Ambiente (Semma), Mobilidade Ur-bana e Procuradoria Geral do Município. A operação aconteceu de forma pa-cífica, sem nenhuma in-

tervenção. Apesar disso, o Grupo de Apoio Opera-cional (GAOP) da Guarda Municipal esteve presente garantindo a segurança de toda a ação. Já a secretaria de Meio Ambiente veri-ficou os possíveis danos ambientais causados com a construção sem autori-zação. As construções ile-gais podem ser removidas mediante notificação com prazo de 30 dias. Se a obra estiver em área pública ca-be a retirada imediata, sem necessidade de notificação. Há também leis federais que preveem a criminali-zação de quem ocupa ou promove a divisão de áreas sem a autorização do Esta-do. Invasores ficam de um a três anos presos. Grileiros podem ficar até cinco anos presos, além de terem que pagar fiança que varia entre 10 e 100 salários-mínimos.

Combate a grileiros

O posto itinerante para coleta de resíduos eletrônico – montado na Praça Washington Luís, no Centro – que estava previsto para funcionar até esta sexta-feira (24), continuará funcionando até o dia 31 de julho (exceto quarta-feira, dia 29), das 10h às 16h

NOTA

SYLVIO SAVINO

Page 3: Noticiário 26 07 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015 3

Política

SOLENE

Lista dos agraciados de 2015AMARO LUIZ (PRB)● MOYSÉS da Silva Ramos

(Título de Cidadania)● ROSE Mary Gomes (Diploma

de Mérito Municipal)

EDUARDO CARDOSO (PPS) ● CHAEYN Fernandes Lima Araújo (Título de Cidadania) ● RENATA Thomaz (Diploma de Mérito Político)

CHICO MACHADO (PMDB)● NILO Augusto Barreto

Madalena (Diploma de Mérito Municipal)

● GUMERCINDO Moura (Diploma de Mérito Municipal)

GEORGE JARDIM (PMDB) ● RONALDO RIBEIRO BARROS

(TÍTULO DE CIDADANIA)

● ALZEMIRA da Lima Martins (Diploma de Mérito Municipal) ● MARCO Antônio Oliveira da Silva (Diploma de Mérito Político) ● CLÁUDIO Williams Ramalho Neves (Título de Cidadania) ● AMARO Fernandes dos Santos (Diploma de Mérito Político)

IGOR SARDINHA (PRB)● FELIPE da Silva Cyriaco

(Diploma de Mérito Municipal)● MARCELO Bezerra Crivella

(Diploma de Mérito Municipal)

● MARCELO dos Santos Peixoto (Título de Cidadania)

● EDUARDO Benedito Lopes (Diploma de Mérito Político)

BOCA (PMDB) ● FLÁVIO Tudesco Ribeiro da Silva Souza (Título de Cidadania) ● BRUNO Rodrigues Rezende (Título de Cidadania) ● ASSIS Campos Almeida (Título de Cidadania)

ZÉ PRESTES (PV)● VALTER José Bernardes (Título

de Cidadania)● MANOEL Senhor Pereira Santos

(Título de Cidadania)● EDINALDO Carmo da Silva de

Oliveira (Título de Cidadania)

JULINHO DO AEROPORTO (PPL) ● EDUARDO Cunha (Diploma de Mérito Político) ● ROBERTO Gomes Barbosa (Título de Cidadania) ● MÁRCIO Soares Bittencourt (Diploma de Mérito Político) ● RODRIGO Rios Mosqueiro (Diploma de Mérito Municipal) ● ANDRÉ Luiz Monteiro (Diploma de Mérito Municipal)

LUCIANO DINIZ (PT)● LUIZ Gonzaga Guedes Júnior

(Título de Cidadania)● ANA Maria Faria Terra Cabo

(Título de Cidadania)● MÁRCIO Monteiro de Godoy

(Título de Cidadania)

LÚCIO MAURO (PMDB) ● JOSÉ Gonçalves da Silva (Título de Cidadania) ● CARLOS Stutz Sardou (Título de Cidadania) ● DR. Aluízio (Diploma de Mérito Político) ● JORGE Luiz de Moura (Título de Cidadania)

MANOEL DA MALVINAS (PR)● ROBERTO Ramalho (Título de

Cidadania)● ANTÔNIO Sérgio da Costa Bizzo

(Diploma de Mérito Municipal)● RENATO Araújo Monteiro

(Diploma de Mérito Municipal)● IGOR Sardinha (Diploma de

Mérito Político)● CHICO Machado (Diploma de

Mérito Político)

MARCEL SILVANO (PT) ● LAÉRCIO Ferreira da Silva (Título de Cidadania) ● TAÍS Gomes vieira (Título de Cidadania ● EDMAR Dias da Silva (Título de Cidadania) ● ROSOLETQ Monteiro (Título de Cidadania)

MAXWELL VAZ (SD)

Entrega de honrarias marcará sessão solene do Legislativo

TRADIÇÃO

Para marcar os 202 anos de emancipação política e admi-nistrativa de Macaé, a Câmara de Vereadores promoverá na quarta-feira, dia 29 de Julho, a tradicional sessão solene, mar-cada pela entrega de honrarias concedidas a personalidades que prestam relevantes serviços para a cidade.

A sessão representa o princi-

Títulos de Cidadania e Diplomas serão entregues na noite de quarta-feira

pal ato político nas comemora-ções do aniversário da cidade. Pelo segundo ano, a solenidade acontecerá no salão nobre do Palácio Natálio Salvador An-tunes.

"Este é um momento de cele-brar e de reverenciar o trabalho desempenhado por pessoas que contribuem com o desenvolvi-mento da nossa cidade. É um ato político mas que possui uma relação social muito forte", des-tacou o presidente do Legislati-vo, Dr. Eduardo Cardoso (PPS).

Neste ano, a lista de agracia-dos inclui nomes como o do pre-

sidente da Câmara dos Deputa-dos, Eduardo Cunha (PMDB), do Senador Marcelo Crivella (PRB) e do prefeito de Macaé, Dr. Aluízio Júnior (PMDB).

Entre as personalidades polí-ticas estão também os próprios vereadores, que decidiram re-verenciar o trabalho prestado à frente do parlamento muni-cipal.

"Esta é uma forma de home-nagear, em vida, lideranças po-líticas que se comprometem em construir uma nova realidade para a nossa cidade", disse Paulo Antunes (PMDB) que concede-

rá um Diploma de Mérito Polí-tico ao presidente da Câmara Municipal.

A solenidade reunirá repre-sentantes do poder Judiciário, autoridades locais, lideranças políticas regionais e membros da sociedade civil organizada.

O evento será aberto apenas para convidados e acontece a partir das 18h de quarta-feira.

"Apesar das diferenças, a ses-são solene é um momento po-lítico onde não há desavenças partidárias, mas sim uma união em homenagem à nossa cida-de", disse Maxwell Vaz (SD).

● ÁUREO Lídio Moreira Ribeiro (Título de Cidadania) ● MARLI Munhoz Simas (Título de Cidadania) ● VERA Lúcia Mota (Título de Cidadania)

CESINHA (PROS) ● PAULO Antunes (Diploma de Mérito Político) ● MARCELLUS Figueira da Silva (Diploma de Mérito Político) ● ANTÔNIO Cláudio de Oliveira Barroso (Título de Cidadania) ● GEORGE Jardim (Diploma de Mérito Político)

PAULO ANTUNES (PMDB) ● EDUARDO Cardoso (Diploma de Mérito Político) ● JÚLIO César de Barros (Diploma de Mérito Político)

RENATA PAES (PV) ● DR. Rangel Batista Guimarães (Título de Cidadania)

WELBERTH (PPS)) ● MARCOS Sérgio Melo da Silva (Título de Cidadania) ● EDUARDO Puget (Título de Cidadania) ● ALEXANDRE da Silva Lima (Título de Cidadania) ● MANOEL Rezende Neto (Título de Cidadania) ● FERNANDO Fragoso (Diploma de Mérito Municipal) ● TÉCIO Lins e Silva (Título de Cidadania)

IMPOSTÔMETRO

Macaé lidera ranking de arrecadação na regiãoNesta semana, receitas somam mais de R$ 917 milhões, entre tributação de impostos e repasses governamentais contabilizados em sete mesesMárcio [email protected]

Ao buscar o equilíbrio or-çamentário, com base na austeridade na gestão dos

recursos públicos, Macaé segue na frente dos demais municípios produtores de petróleo, no volu-me de arrecadação contabilizada entre janeiro e julho deste ano.

Os dados, contabilizados nes-ta semana pelo Impostômetro, sistema operado pela Associa-ção Comercial e Industrial de São Paulo, apontam que até o final desta semana, Macaé re-gistrou a arrecadação de R$ 917 milhões, valores que ainda serão consolidados pela secre-taria municipal de Fazenda e pela Controladoria Geral do município.

Mesmo com os impactos cau-sados pela queda do volume de recursos gerados pelos royalties do petróleo e pela Participação Especial na produção concen-trada na Bacia de Campos, Ma-caé segue superando o poten-cial de arrecadação de todas as

cidades do Norte Fluminense e Região dos Lagos.

Influenciada principalmen-te pela tributação local, tendo como as principais fontes o Im-posto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a arrecadação de Macaé supera até mesmo a de Niterói, muni-cípio estratégico para as ope-rações offshore, base de gran-des empresas do petróleo, que obteve de janeiro a julho deste ano um total de R$ 653 milhões em receitas.

No comparativo com os mu-nicípios vizinhos, Macaé supera com folga as arrecadações das prefeituras também impactadas pela crise do petróleo.

Como o Impostômetro não disponibiliza os valores refe-rentes à arrecadação de Campos dos Goytacazes, município mais afetado pela queda nas receitas do petróleo, Rio das Ostras passa a ocupar a segunda posição no ranking regional, baseado nos dados do sistema.

Hoje, a cidade que registrou o

maior crescimento populacio-nal da região nos últimos tem-pos, contabiliza a arrecadação de R$ 339 milhões.

Na sequência estão: São João da Barra (R$ 285 milhões), Cabo Frio (R$ 222 milhões), Quissamã (R$ 124 milhões), Casimiro de Abreu (R$ 114 mi-

lhões), Armação dos Búzios (R$ 89 milhões), Carapebus (R$ 36 milhões) e Arraial do Cabo (R$ 16 milhões).

No comparativo ao volume de receitas contabilizadas por Macaé em 2014, a cidade regis-tra hoje um déficit de R$ 100 milhões.

KANÁ MANHÃES

Impactos da crise geram déficit de R$ 100 milhões para Macaé

Câmara realizará na quarta-feira (29) a sessão solene em celebração aos 202 anos de Macaé

NOTA

PONTODE VISTAEsta foi mais uma semana em que o país foi sacudido, com repercussão até internacional, por mais anúncios de crises na área econômica, política e, também, judicial, deixando a população de “orelha em pé” e curiosa sobre o que poderá acontecer a seguir, com tantas informações consideradas, no mínimo, preocupantes para todos.

Faltando apenas três dias para alcançar os 202 anos de eman-cipação política e administrativa, o município de Macaé con-tinua recebendo alguns investimentos, numa demonstração clara de que a crise que se abateu sobre o país ainda é tênue por aqui, embora existam reflexos em todos os setores, levan-do a administração municipal e os órgãos públicos a contin-genciar o orçamento e adequá-lo à realidade de hoje.

Uma situação incômoda para as pessoas que andam por toda a cidade e bairros é a enorme dificuldade para utilizar as calçadas, principalmente quando se trata de idosos e deficientes. A falta de uniformidade contribui em grande escala para acidentes. Bem que a lei poderia ser alterada para ser da competência da prefeitura cuidar das calçadas, evitando que cada um cuide delas de um jeito diferente.

Todos sabem que a falta de representação política esbarra nas dificuldades para reivindicar, junto aos órgãos ligados às esferas estadual e federal, providências urgentes para melhorar os serviços em Macaé. Um dos exemplos mais reclamados até agora é a falta de funcionários dos Correios que não entregam as correspondências em dia. Pelo que se sabe, a contratação de mais 25 carteiros resolveria o problema.

Até domingo.

Outros dois problemas sérios também reclamados pela população é a falta de vagas na agenda para vistorias no Detran, que possui apenas uma unidade em Macaé, quando poderiam ser duas. Outra situação refere-se ao horário de encerramento dos plantões na delegacia de polícia, com rodízio nos finais de semana, prejudicando o registro de ocorrências. Quem foi cabo eleitoral de candidato “Copa do Mundo” deveria cobrar.

Onde vamos parar?

Macaé em festa

Primeiro, foi a declaração da equi-pe econômica de que o ajuste fiscal até agora concluído não surtiu os efeitos desejados no primeiro se-mestre, e tão pouco no segundo terá alcançado a meta estabeleci-da. Anúncios de mais desemprego, fechamento de empresas e alta do dólar, causando apreensão maior em todos os setores. Depois, as sucessivas crises políticas envol-vendo o governo Dilma que está pressionado, e também pressio-nando para evitar que o Tribu-nal de Contas da União rejeite as contas por causa das “pedaladas fiscais”. Com a clara “guerra” dos presidentes da Câmara e do Sena-do envolvidos no escândalo do “pe-trolão” buscando salvar a pele nos processos a que vão responder no Supremo Tribunal Federal, após as investigações já iniciadas, nin-guém pode imaginar o tamanho da crise que pode se abater sobre o núcleo central dos poderes em Brasília. E por fim, a Operação

Lava-Jato denunciando mais um grupo de importantes empresários que fazem de tudo - até ameaças de desmoralizar o juiz Sérgio Moro - para não acabar atrás das grades - como muitos deles tentam evitar -, embora não seja tão fácil assim escapar das graves acusações base-adas em provas bem fundamenta-das. Como estamos no período de recesso parlamentar, a expectativa é que, ao iniciar o período ordiná-rio, o Congresso comece outra batalha contra o governo e se de-pare ainda - não se imagina de qual tamanho - com as manifestações sociais marcadas para o dia 16 de agosto, quando os descontentes com o governo - que conseguiu a façanha de alcançar o índice de 7,7% de aprovação -, tomarem as ruas, repetindo o barulho do dia 15 de março, exigindo o fim do mundo de escândalos que foram iniciados bem antes das eleições, e perduram ou até pioram com o decorrer do tempo.

Cônscio de sua responsabilida-de, Dr. Aluízio Junior preferiu - e por isso merece até aplausos - não realizar uma grande come-moração como acontece quase todos os anos, mas sim marcar a data com atos pontuais da ad-ministração, contendo gastos, de modo que leve a população contar com espaços úteis para, principalmente, cuidar da saúde que, como todos sabem, é coisa séria. Na quinta-feira (23), a programação foi iniciada com a mostra "Tonito por Tonito: Vi-da, Ofício e Obras" no Solar dos Mellos, enaltecendo o maior e melhor historiador e pesquisa-dor do município, sempre fes-tejado por todos nós, professor Antonio Alvarez Parada, que registrou aqui nas páginas de O DEBATE as “Mil Histórias Cur-tas e Antigas de Macaé”. Aliás, quem não conhece sua história, não conhece Macaé, abrindo-se aí a oportunidade do encontro com a história do município. Depois, o programa festivo se-rá celebrado no dia 29 de julho, quando, após o hasteamento das bandeiras no Paço Municipal, será realizado às nove horas o

tradicional desfile cívico-miliar, seguindo-se as inaugurações do Anfiteatro Antonio Alvarez Parada e a Academia Joserval Alves Soutinho, ambos na Praia de Imbetiba. Às 14 horas será a vez do Restaurante Popular na Aroeira. Às 16h30, a inaugura-ção do Hospital Público Muni-cipal Irmãs do Horto. Essa obra teve custo estimado em pouco mais de R$ 12 milhões, e vai am-pliar a capacidade para mais 100 novos leitos, acabando de uma vez por todas com “as macas no corredor”. Somente aqueles que nos últimos dias acompanhou as atividades do Dr. Aluízio - no ato de diplomação dos médicos for-mados na UFRJ Campus Macaé -, assim como Dr. Marcio Bitten-court e Dr. Leandro Soares, que se entregam com a equipe quase as 24 horas do dia para fazer o HPM funcionar, Dr. Pedro Reis, Secretário de Saúde, que ideali-zou a construção do hospital que se tornou referência não só no Estado mas também na região, sabe o denodado esforço de ca-da um deles para dar a Macaé, no seu aniversário, mais uma gran-de e magnífica obra.

PONTADAS

Page 4: Noticiário 26 07 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Macaé tem lutado sozinha para oferecer o suporte necessário para que a indústria do petróleo possa alcançar a restruturação e, assim, reabrir postos de trabalho, reocupar parques industriais e movimentar o mercado que causa grandes influências também ao país.

Há quase uma década em obras, a nova sede do Cine Clube Macaé segue sem prazo para inauguração. O projeto foi executado com investimentos da Petrobras, em parceria com a prefeitura. O entrave que impede a entrega do projeto é a recomposição da antiga diretoria da instituição, que já foi referência social e cultural nos tempos áureos da Princesinha do Atlântico.

É notório que nossa cidade, Capital Nacional do Petróleo, vive um momento de grande turbulência devido a tudo que se apresenta: uma crise política en-volvendo os três poderes do país, crise mundial da indústria do petróleo inflada ainda mais pelos graves relatos de desvios envolvendo a Petrobras, principal empresa do país e do nosso município, um governo estadual que dá as costas para as nossas necessidades.

Integração

Nossa voz...

Mesmo representando cerca de 12% de todo o Produto Interno

Bruto (PIB) do Rio de Janei-ro, a cidade não encontra no Estado o apoio necessário para superar os desafios e encarar a guerra geopolí-tica focada no mercado do petróleo brasileiro.

A persistência de lide-ranças políticas locais que, mesmo atuando em cam-pos opostos, conseguem encontrar sinergia no dis-curso voltado ao compro-metimento com o futuro da cidade, torna-se a força capaz de transformar sim-ples propostas sonhadoras, em obras concretas capa-zes de manter a influência do petróleo no dia a dia das pessoas que vivem na cida-de, até mesmo daquelas que torcem o nariz para as ope-rações o�shore.

Em agendas constantes com membros da adminis-tração municipal, gestores públicos de Macaé compro-metidos com o futuro da ci-dade, conseguem o suporte necessário para discutir e adequar projetos impor-tantes para agilizar opera-ções que são revertidas em lucros para empresas locais e em salários para milhares de pessoas que vivem o coti-diano do município.

De peito aberto, o muni-cípio foi capaz de retirar do papel um projeto audacioso, cuja viabilidade passa a ser questionada diante do atu-al ciclo do petróleo nacio-nal. Porém, a consolidação das obras da primeira fase do Arco Viário de Santa Te-reza ajuda a qualificar o mu-nicípio e reforça a aposta da administração municipal na restruturação da própria Capital Nacional do Petró-leo.

Capazes de despertar a atenção de dirigentes políti-cos que estão muitos distan-tes da real importância de Macaé para o país, lideran-ças que estão comprometi-das hoje com a cidade, e não com disputas eleitorais, dão respostas a eternas pergun-tas que acabaram descons-truindo o perfil de pujança do município, criando a sensação de impossibilidade mediante erros administra-tivos cometidos no passado.

Enquanto cidades da re-gião tentam viabilizar, a qualquer custo, projetos que visam copiar o sucesso de Macaé, a verdadeira Capital Nacional do Petróleo segue a sua vocação natural, a de ser a matriz do petróleo e da economia do país que busca a sua soberania e o seu de-senvolvimento.

As dificuldades se tor-nam ainda maiores por convivermos com um

governo municipal confuso, reflexo de seu líder maior e que vem demonstrando com um imenso descontrole e palavras jogadas ao vento a incapacidade de correspon-der às necessidades adminis-trativas de Macaé e o cumpri-mento das promessas feitas em campanha. A mudança não veio!

Contudo, são em momen-tos como esses que reafirma-mos a força de nossa cidade em se reinventar a cada de-safio lançado. Não foram poucas vezes que a nossa “Princesinha do Atlântico” teve que encontrar forças para seguir em frente. Já di-zia o saudoso Tonito em suas letras: “Tu és terra onde a vi-da vive sempre em constante nascer”.

E ela renasce mais uma vez junto dos seus 202 anos comemorado na próxima quarta-feira. Nesse mesmo dia, no prédio histórico da

Câmara de Macaé, estare-mos fortalecendo uma nova etapa na construção políti-ca de quem acredita que é possível fazer diferente do que hoje se apresenta. Uma nova oportunidade de construir o que é preciso ser feito.

É preciso união de esfor-ços de quem acredita que é possível fazer mais pela ci-dade do que hoje vem sendo feito. Fugindo dos discursos costumeiros, das promessas intermináveis e amparados sempre na verdade. Sim, a verdade! O fundamento bási-co na construção de um novo caminho.

Que as vozes dos macaen-ses e de todo povo que cons-trói os rumos da nossa terra possam ecoar em todas as ar-tes, ruas e cantos que alguns tentam calar. Afinal de con-tas, a nossa voz sempre será a história.

Igor Sardinha, vereador do PRB e líder da bancada de oposição.

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DesesperoAs novas movimentações nos quadros dos par-tidos em Macaé têm gerado uma espécie de de-sespero para os chamados 'órfãos do poder', pes-soas que migraram de outras cidades da região, como Campos, e tentam, a todo custo, manipular legendas em busca de altos cargos dentro da ad-ministração municipal. Ao promover até a antro-pofagia, mirando ataques a lideranças que fazem parte do mesmo grupo político, esses indivíduos fazem o jogo sujo sempre na base da ameaça.

LisuraO Fundo Municipal de Trânsito e Transporte re-duziu a zero o custo para a manutenção das duas composições do VLT - Veículo Leve sobre Tri-lhos. O trabalho agora é feito por um engenheiro de carreira da prefeitura. Na base da lisura e da austeridade, o departamento reavaliou contratos, reduziu despesas e passa a garantir um rigoroso controle na aquisição de materiais utilizados na adequação do trânsito da cidade, definidas pela secretaria municipal de Mobilidade Urbana.

RepresentaçãoDesde o início da presidência de Macaé, a Orga-nização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) não segue mais acéfala. A instituição passa a participar de todas as atividades que envolvem o interesse regional, principalmente em debates que visam acompanhar o cenário do setor de óleo e gás. A Organização acompa-nha de perto o processo de votação do projeto no Senado Federal, que propõe mudanças no marco regulatório da exploração offshore.

FuturoDepois de duas décadas, o antigo Hospital do Sase, por fim, pode ter uma nova destinação. Com a parceria da UFRJ, a prefeitura colocou o espaço à disposição da Universidade para a criação de uma Clínica de Família, com foco acadêmico. A secretaria municipal de Saúde sinalizou de forma positiva a utilização do pré-dio situado na Fronteira como foco de criação de um polo de referência para a atenção básica. Agora só falta acertar questões orçamentárias.

PortoEstá nas mãos do governo do Estado a decisão de garantir o licenciamento prévio do Terminal Portuá-rio de Macaé (Tepor). No entanto, o projeto enfrenta barreiras no Palácio das Laranjeiras, já que existe um apoio declarado de agentes da administração estadual ao Porto do Açu. Apesar de não serem concorrentes, os portos se convergem na nova pro-posta do terminal situado em São João da Barra, a de deixar de promover o escoamento da produção de minérios, para se tornar base offshore.

TrevoA prefeitura vai buscar a Autopista Fluminense com objetivo de acompanhar a execução do projeto de construção do elevado no Trevo dos 40, no acesso da BR 101 à Rodovia Ama-ral Peixoto. A medida visa garantir que a nova estrutura suporte a passagem de carretas que transportam peças utilizadas nas operações do petróleo. Hoje, caminhões acabam ficando agarrados no viaduto construído pela conces-sionária no Trevo dos 17, na Estrada da Serra.

AeroportoPor iniciativa da secretaria municipal de Desen-volvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, o Aeroporto de Macaé não deve ficar sem a operação de voos comerciais até o início das obras de recuperação da pista, previstas para acontecer a partir de janeiro de 2016. Após a paralisação da Azul, os voos devem ser assu-midos por companhia que já atende demandas de aeroportos regionais no país. Hoje duas em-presas aéreas avaliam a rota de Macaé.

FestaNesta semana, a cidade entra em festa pela ce-lebração dos 202 anos de emancipação políti-ca e administrativa de Macaé. Apesar dos tem-pos difíceis, o segundo ano do bicentenário não passará em branco. Os tradicionais eventos, como desfile cívico, hasteamento da bandeira e a sessão solene da Câmara de Vereadores, se misturam à programação que conta ainda com os shows da Exposição Agropecuária. A festa segue até o final de semana.

CompetiçãoA Guarda Municipal realiza neste domingo (26), às 9h, na Praça Veríssimo de Mello, o concurso de cães. O evento, promovido pela equipe do canil da corporação, elegerá os animais mais belos e com melhor vestuário. Para participar, o cão deve ser adotado, estar entre as classes júnior (quatro me-ses a um ano) e adulto (após um ano), além de estar devidamente vacinado. Os vencedores vão ganhar caixas de transporte, vacinas, banho e tosa, cama, entre outros, além de certificado de participação.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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Avenida Elias Agostinho passará a ter sentido único

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015 5

Polícia Amvisa Macaé comemora Dia da Vigilância Sanitária (5 de agosto)

NOTA

PRONTA AÇÃO

Comissão faz balanço de ações de desocupação no município

Em dezembro de 2014 foi aprovado o decreto que permi-tiu a criação de uma Comissão de Pronta Ação, para realizar operações de desocupação e demolições de construções ir-regulares no município. O pro-jeto deu início aos trabalhos em abril deste ano, atuando em diferentes bairros do município.

O objetivo da Comissão de Pronta Ação é eliminar as mi-grações que ocorrem de forma irregular, provocando o cresci-mento das áreas de pobreza e construções em áreas públicas, de risco e ambientais. Partici-pam das ações, representantes das secretarias de Ordem Pú-blica, representada pelo GAOP, Obras Públicas e Urbanismo, Limpeza Pública (Selimp), Meio Ambiente (Semma), Mobilida-de Urbana e Procuradoria Geral do Município.

As equipes se reúnem sema-nalmente às terças-feiras para estabelecer as operações que acontecem às quintas-feiras. Desde junho, já foram realizadas sete desocupações, em junho foi no Barreto, e nos meses de julho foram duas no bairro Nova Es-

Estão previstas mais três grandes operações de demolição de construções irregulares

perança, uma no Novo Cavalei-ros, Bosque Azul, Praia Campis-ta e Estrada Santa Tereza.

O subsecretário de Ordem Pública, Edilson dos Santos Santana, ressaltou que tudo é feito de acordo com as priorida-des do município e com a libera-ção dos processos. Ele afirmou que já está previsto mais três grandes operações na cidade.

“As nossas reuniões nas terças-feiras são exatamente para analisarmos onde estão as principais demandas, verifica-mos também as denúncias que são feitas pela população e ana-lisamos os processos de deso-cupação que já estão liberados para que as secretarias possam

atuar”, explicou Edilson.Como são frequentes as ten-

tativas de invasão na cidade, diariamente as áreas que já so-freram tentativas de ocupação, são fiscalizadas pela Guarda Municipal, representados pelo Grupo de Apoio Operacional (GAOP). O objetivo é coibir e identificar, já no início, alguma tentativa de reocupação.

Para denúncias anônimas, a população deve entrar em con-tato com a Guarda Ambiental no telefone: (22) 99701-9770, com a secretaria de Ambiente, pelo telefone: (22) 2762-4802 e com a secretaria de Ordem Pública, no telefone: (22) 2796-1328.

KANÁ MANHÃES

Essas ações têm como objetivo evitar o crescimento desordenado no município

OBITUÁRIO

Morre o Padre José Nabais Pereira em Portugal

Descrito como um homem de muita luz, de sábias palavras, carismático e amigo, José Na-bais Pereira conquistou o cora-ção dos macaenses quando es-teve no município entre os anos 60 e 70. Neste tempo, Padre Na-bais foi idealizador da Paróquia de São Paulo Apóstolo, por volta de 1967.

Seu falecimento aconteceu na madrugada do dia 27 de mar-ço deste ano, com 83 anos, em Portugal, vítima de um câncer. O sacerdote era natural de Va-le de Espinho, em Portugal, foi ordenado padre em 11 de julho de 1954 na Diocese da Guarda, sendo enviado ao Brasil como missionário por volta de 1967.

Em Macaé, conquistou a to-dos, independente de religião, com sua simpatia e empatia. Idealizador da Paróquia de São Paulo Apóstolo e regente de um dos maiores corais de Macaé, na Paróquia São João Batista. Durante a ditadura, Nabais assinava uma coluna política/religiosa e, mesmo diante da

Falecimento aconteceu em março, mas só chegou ao conhecimento dos amigos macaenses neste mês

situação política, fazia questão de passar uma mensagem po-lítica mais à esquerda, tendo seus textos censurados pelos militares.

“Todos que tiveram o privi-légio de conviver com ele con-sideravam o padre como uma pessoa diferente, cativante, daquelas que são raras. Ele fazia amizades com facilidade, com todos, independente de reli-gião. Um grande comunicador, um homem que ajudava as pes-soas com suas palavras”, disse

Kléber Gomes, amigo do Padre.

IGREJA SÃO PAULO APÓSTOLOA Igreja São Paulo Apóstolo

teve seus trabalhos evangeli-zadores iniciados com o Padre José Nabais, provavelmente em 1967. Mas sua fundação ocorreu em 1971. Portanto, são 42 anos da igreja São Paulo Apóstolo. No início, a igreja era coorde-nada pelos padres agostinianos assuncionistas de Nossa Senho-ra, conhecidos popularmente como ‘os padres franceses’.

DIVULGAÇÃO

Padre Nabais era tido como um homem com o poder da palavra, e com seu jeito carismático e comunicador pôde ajudar e conquistar muitos macaenses

SEGURANÇA

Pedestres reclamam da falta de local para atravessar na RJ-106Trecho próximo a uma empresa de Call Center é um dos pontos críticosLudmila [email protected]

A Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106) recebe diaria-mente um grande fluxo

de veículos, de pequeno, médio e grande portes. Sendo uma via que corta boa parte da cidade, uma das principais queixas é a falta de local apropriado para a travessia de pedestres.

Quem precisa atravessar a RJ-106 na altura de uma empresa de call center, próximo ao trevo da Cancela Preta, precisa redo-brar a atenção para não sofrer ou provocar um acidente. Ape-sar de um semáforo colocado mais à frente da localização da empresa, funcionários alegam que dependendo do horário, é inviável andar até o lugar sina-lizado para realizar a travessia.

Somente neste ponto, em turnos de manhã, tarde e noite, cerca de 800 pessoas atraves-sam a via todos os dias, essas pessoas relatam que já presen-ciaram diversos acidentes no local, justamente pela falta de um semáforo. Para eles, uma solução viável seria a instalação de um semáforo com botoeira, assim, o sinal não atrapalharia a circulação dos veículos ou a construção de uma passarela.

Vale ressaltar que esse não é um caso isolado. Outros trechos como no Barreto e de bairros que ficam situados às margens da Amaral Peixoto, também já passaram o mesmo problema diversas vezes. Outro ponto crítico fica no bairro do Barre-to, próximo a um condomínio residencial, que segundo relato dos moradores, há alto índice de atropelamentos, inclusive

com mortes.Uma pessoa que trabalha

próximo ao condomínio resi-dencial, disse que era preciso a instalação de uma passarela, inclusive os moradores do con-domínio esperam essa iniciativa da Prefeitura.

WANDERLEY GIL

RJ-106 ainda tem trechos na cidade que coloca em risco o pedestre na travessia da via

“Tem cinco meses que traba-lho neste local e já presenciei diversos acidentes, inclusive com vítimas fatais. Os mora-dores do condomínio que atra-vessam diariamente a pista se arriscam por falta de iniciativa da Prefeitura”.

Procurada, a Secretaria de Mobilidade Urbana esclarece que no primeiro trecho, em frente a empresa de call cen-ter, a secretaria está avaliando a possibilidade de instalar uma passarela para facilitar a traves-sia dos funcionários. Além des-

te, também já existe um projeto para a futura sinalização sema-fórica em outro trecho da rodo-via, exatamente nas proximida-des do condomínio no Barreto, visando garantir uma maior segurança para quem precisa realizar a travessia no local.

MOTORISTAS DEVEMCOLABORAR

Segundo o Código de Trânsi-to Brasileiro (CTB), “compete aos órgãos e entidades execu-tivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os equipamentos de controle viário”.

Mas independente da prefei-tura tomar ou não uma atitude, os motoristas também têm o dever de colaborar para pro-mover um trânsito seguro. O Art. 220 do CTB diz que deixar de reduzir a velocidade do veí-culo de forma compatível com a segurança do trânsito “nas pro-ximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desem-barque de passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres” é considerada uma infração gravíssima, podendo gerar multa ao infrator.

Já o Art. 311 prevê que “trafe-gar em velocidade incompatível com a segurança nas proximida-des de escolas, hospitais, esta-ções de embarque e desembar-que de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentra-ção de pessoas, gerando perigo de dano” a pena passa a ser de detenção, que pode variar de seis meses a um ano, ou multa.

A RJ-106 é uma rodovia esta-dual e conta, ao todo, com 200 quilômetros de extensão, ligando a RJ-104, na altura de São Gonça-lo, à BR-101, na altura de Macaé. Somente em Macaé, ela corta um trecho, que passa dentro da região central, de 23,2 Km.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ELEITORAL E A SEGURANÇA JURÍDICA

Também chamado de ante-rioridade eleitoral, o princípio da anualidade eleitoral foi in-serido na Constituição Federal no ano de 1993, através da apro-vação da Emenda Constitucio-nal nº 4. Dando nova redação ao artigo 16 da Carta Magna, o objetivo da emenda foi o de as-segurar que mudanças na legis-lação eleitoral somente entrem em vigor uma vez que tenham sido aprovadas em até um ano antes do pleito.

Em sua redação original, o artigo 16 determinava que “a lei que alterar o processo eleito-ral só entrará em vigor um ano após sua promulgação”. Com a alteração, o dispositivo passou a determinar que “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”.

Como forma de exemplificar na prática a aplicabilidade do princípio da anualidade, pas-semos a analisar a Lei Comple-

mentar n° 135, também conhe-cida como “Lei da Ficha Limpa”. No mês de agosto de 2010, ao julgar o primeiro caso concreto que discutiu o indeferimento de um registro de candidatura por inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa, o Tribunal Superior Eleitoral firmou enten-dimento no sentido de que a lei seria aplicável às eleições gerais daquele ano, mesmo tendo sido publicada há menos de um ano da data das eleições.

Entretanto, o Supremo Tribu-nal Federal se posicionou de ma-neira contrária ao Tribunal Su-perior Eleitoral, e de forma acer-tada, fazendo valer o princípio da anterioridade, determinou que a norma não fosse aplicada ao pleito de 2010, em respeito ao artigo 16 da Constituição. Após tal determinação, a Justiça Elei-toral começou a julgar, somente a partir das eleições municipais de 2012, os milhares de proces-sos envolvendo casos de candi-datos considerados inelegíveis com base na norma.

Leandro Gama Alvitos, Especialista em Direito Público

NORMAS CASUÍSTICAS E O FAVORECIMENTO DE POUCOS

O ex-ministro do TSE, Wal-ter Costa Porto, recorda que, no passado, uma infinidade de leis eram sancionadas para regular um pleito no mesmo ano, ou até mesmo dias antes da eleição. “Era, em verdade, um mau costume brasileiro o de editar normas bem próxi-mas aos pleitos, alterando a cena eleitoral”, afirma.

Costa Porto exemplifica seu ponto de vista com o segundo Código Eleitoral brasileiro (Lei n° 1.164/1950), que regulou as eleições do dia 3 de outubro da-quele ano, e ainda com as Leis n° 2.550 e 2.582 de 1955, que al-teraram dispositivos do Código Eleitoral e foram aplicadas às eleições realizadas em outubro

do mesmo ano de sua aprovação.Outro exemplo desta prática

foi o caso da eleição indireta do primeiro presidente da Repúbli-ca do regime militar, marechal Humberto de Alencar Castello Branco, pelo Congresso Nacio-nal. Realizado no dia 11 de abril de 1964, o pleito havia sido re-gulamentado quatro dias antes pela Lei n° 4.321.

O ex-ministro lembra que, no passado, muitos outros tex-tos legais estabeleceram nor-mas para eleições ocorridas no mesmo ano da edição das leis. “Nada mais justo e convenien-te, então, que, pelo menos um ano antes dos pleitos, possam ser alteradas as normas que os regulem”, conclui.

OUTROS PROCEDIMENTOS QUE DEVEM RESPEITAR O PRAZO

Além das alterações legis-lativas, outros procedimentos devem estar finalizados um ano antes do pleito eleitoral, tais como a filiação partidária, o do-micílio eleitoral e a criação de partidos políticos.

Como é cediço, no Brasil não há a possibilidade de candida-turas avulsas. Assim sendo, todo candidato deve ser filiado a um partido político há pelo menos um ano antes da data fixada para o pleito, conforme dispõem os ar-tigos 18 e 20 da Lei das Eleições (Lei 9504/1997). A filiação parti-dária é o ato pelo qual um eleitor aceita, adota o programa e passa a integrar um partido político.

Com os partidos políticos não é diferente. Nossa Constituição Federal assegura a livre criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, desde que sejam resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. Entretanto, a Lei das Eleições res-tringe a participação nos pleitos dos partidos criados há menos de um ano antes da eleição. Assim, as legendas criadas em vésperas de

eleições, delas não participam, sendo dada ao eleitor a seguran-ça de saber, um ano antes, quais partidos estarão aptos à disputa.

A regra da anualidade também se aplica ao domicílio eleitoral, que serve para organizar todo o conjunto de eleitores, o que per-mite à Justiça Eleitoral realizar as eleições em todo o país. É no domicílio eleitoral do cidadão que ele poderá disputar as eleições. Nesse contexto, não poderá uma pessoa com domicílio eleitoral em determinada localidade pleitear o registro de sua candidatura em outra, o que também evidencia o interesse legislativo em conferir segurança ao pleito eleitoral.

Para que tenhamos a máxima efetividade das normas, é neces-sário que tenhamos tempo para conhecê-las. Em se tratando de normas e procedimentos eleito-rais, o Princípio da Anualidade é fundamental e funciona como uma espécie de divisor de águas, estabelecendo limites para os legisladores, os candidatos, par-tidos políticos, e até mesmo para os eleitores, garantindo desta for-ma a consagração do Princípio da Segurança Jurídica.

Leandro Gama Alvitos

Caixa anuncia linha de R$ 4 bi para financiamento de até 85% do imóvel. Linha de crédito é para imóveis avaliados em até R$ 400 mil. Taxas de juros efetivas variam entre 7,85% a.a e 8,85% a.a.

NOTA

PESCADO

Defeso da sardinha termina esta semanaNo Mercado Municipal de Peixes, preço da espécie deverá variar de R$ 6 a R$ 12Guilherme Magalhã[email protected]

Termina no próximo sába-do (31) o defeso da sardi-nha, proibida para pesca

desde o dia 15 de junho. Segun-do os vendedores do Mercado Municipal de Peixes, a partir da liberação, a expectativa é que a espécie volte a ser comercializa-da por preços que poderão va-riar entre R$ 6 e R$ 12, de banca para banca, conforme a opção do cliente pelo peixe inteiro ou já limpo.

Segundo Roberto Tonassi, fiscal de dados da Colônia de Pescadores Z3, que controla as atividades de produção ligada aos pescadores e comerciantes no polo pesqueiro municipal, Macaé é um dos principais for-necedores da espécie em toda a região, tendo somente no primeiro semestre deste ano comercializado, aproximada-mente, três mil toneladas.

De acordo com a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio Janeiro (Fiperj), o defeso visa assegurar que a “campeã de capturas no Brasil” e seus cha-mados “indivíduos juvenis” cheguem à fase adulta com o tamanho mínimo - cerca de 17 centímetros - com capacidade

para se reproduzir. Não por acaso, conforme a lei de crimes ambientais 9.605/98, o valor da multa para os infratores que fo-rem pegos em pesca da espécie durante o período considerado como predatório varia de R$ 700 a R$ 100.000, com acrésci-mo de R$ 20 por quilo.

Outros preços no Mercado Municipal de Peixes

Entre outras espécies comer-cializadas no Mercado Muni-cipal de Peixes estão o pargo, custando entre R$ 13 e R$ 15 o quilo; pescadinha (R$ 15); corvi-na (entre R$ 15 e R$ 18); ancho-va (R$ 18); dourado (R$ 20); filé de cação (R$ 25); badejo (de R$ 30 a R$ 35); cherne (de R$ 30 a R$ 35); garoupa (R$ 30); filé de salmão (R$ 35) e a sardinha,

custando R$ 6 inteira e entre R$ 10 e R$ 12, o filé.

WANDERLEY GIL

Espécie é responsável por quase um terço de tudo o que é pescado no litoral da região em épocas autorizadas

SERVIÇO

Preços médios ● CORVINA R$ 15 ● PESCADINHA R$ 15 ● DOURADO R$ 15 a R$ 18

DINHEIRO

Conta de energia pode prejudicar orçamento em agostoCom expectativa pela nova sinalização vermelha no sistema de bandeiras tarifárias taxadas nas contas de luz, os consumi-dores devem estar atentos à pos-sibilidade de um impacto ainda maior da tarifa no orçamento mensal referente ao mês de agosto. Assim, para não ser sur-preendido, fazer uso do serviço de forma consciente torna-se cada vez mais fundamental.

De acordo com Guilherme Car-valhido, professor de economia, uma boa dica para redução dos custos mensais, não só da conta de luz, mas também de outros servi-ços da casa, é a análise das neces-sidades reais de consumo de cada integrante da família e, caso seja constatado desperdício, propor a revisão comportamental do uso.

“A palavra-chave é organização. O ideal é que a família se reúna e acerte um sistema menos aleató-rio na utilização dos recursos”, diz.

Segundo o especialista, outra dica eficaz para reduzir os custos nas contas dos serviços residen-ciais é a regra da ‘meta das duas casas decimais’, na qual os com-ponentes da família têm o limite de até R$ 99 para gastar mensal-mente, sob pena de ter que pagar um tributo à residência no caso de estouro do crédito.

“A pessoa tem que tentar deixar seus gastos mensais em duas casas decimais. Lógico que, em uma re-sidência onde moram cinco pes-soas ou mais, o acordo fica difícil, mas é preciso tentar, até mesmo para praticar o exercício da cons-cientização econômica”, pontuou.

Outras recomendações que, ca-so seguidas com disciplina, podem impactar numa redução em mais de 50% no consumo de energia são: usar lâmpadas fluorescentes e evitar deixar ambientes ilumina-dos sem necessidade; não deixar aparelhos no modo de espera por um longo período; evitar banhos demorados; reduzir o uso do seca-dor de cabelos; desligar o freezer e usar a geladeira convencional.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015 7

JUSTIÇA

Procurador da 'Lava-Jato' defende medidas de combate a corrupção

O projeto “10 Medidas contra a Corrupção” será apre-sentado pela primeira vez no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (27), pelo procurador da República, Deltan Dallagnol, da Força-tarefa da Lava-Jato, e pela procuradora regional da República, Mônica de Ré, do Núcleo de Combate à Corrup-ção da PRR2. Eles se reunirão com membros, servidores e es-tagiários do Ministério Público Federal numa reunião prepara-tória para o lançamento do pro-jeto no Estado, em 07 de agosto.

A partir de uma campanha de adesão popular, se deseja obter assinaturas de cidadãos para propostas de 10 mudanças le-gislativas que intensifiquem o combate à corrupção e à impu-

Iniciativa que visa envolver a sociedade civil brasileira será apresentada no Rio de Janeiro

nidade.As 10 medidas foram sugeri-

das pela Força-tarefa a partir de lições acumuladas pelo MPF ao apurar e denunciar vários des-vios de dinheiro público, co-mo os crimes investigados nas diversas etapas da Operação Lava-Jato.

“Precisamos formar parcerias com a sociedade civil para via-bilizar a coleta de cerca de um milhão e quinhentas mil assina-turas para enviar ao Congresso Nacional o "pacote" de propos-tas legislativas que tem por ob-jetivo maior garantir a prisão dos responsáveis por atos de corrupção no Brasil e conse-guir a devolução dos valores desviados aos cofres públicos”, afirma a procuradora regional da República, Mônica de Ré.

As listas de apoio e detalhes sobre as medidas e anteprojetos estão disponíveis pelo site www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/atuacao-do-mpf/10-medidas.

PROJETO

As 10 medidas de combate à corrupção

1INVESTIMENTO na prevenção à corrupção

2CRIMINALIZAÇÃO do enriquecimento ilícito de

agentes públicos

3PUNIÇÃO adequada da corrupção, transformando

aquela de altos valores em crime hediondo

4AUMENTO da eficiência e da justiça dos recursos no

processo penal

5AUMENTO da eficiência das ações de improbidade

administrativa

6AJUSTES na prescrição penal contra a impunidade e

a corrupção

7AJUSTES nas nulidades penais contra a impunidade e

a corrupção

8RESPONSABILIZAÇÃO objetiva de partidos e

criminalização do “caixa 2” e lavagem eleitorais

9PRISÃO preventiva para evitar a dissipação do

dinheiro desviado

10MEDIDAS para recuperar o lucro do crime

ADEQUAÇÃO

Indústria modi�ca per�l do mercado de trabalho em MacaéPara evitar a redução de mais postos de emprego, segmento offshore busca a readequação do quadro funcional para driblar efeitos da criseMárcio [email protected]

Ao projetar para 2017 um novo cenário de negócios e de investimentos, a in-

dústria o�shore e todos os seto-res envolvidos e influenciados pela operação do petróleo na Bacia de Campos realizam um novo exercício administrativo para driblar os efeitos da cri-se instalada desde o início do ano, o que modifica o perfil do mercado de trabalho da cidade. A medida visa evitar novos cor-tes no quadro de funcionários, um cenário que deixa a antiga 'cidade das oportunidades' com saldo negativo no balanço entre admissões e demissões.

Tendo como exemplo a situ-ação dos quase 800 postos de trabalho extintos no início do mês pela BSM Engenharia, a readequação de profissionais demitidos pela indústria o�sho-re desde janeiro no mercado de trabalho, através de renegocia-ção de salários e benefícios, pas-sa a ser a alternativa encontrada por algumas empresas para evi-tar novas demissões.

“Passamos por um momen-to de recessão. Todos os indi-cadores do mercado apontam uma recuperação apenas para 2017. Até lá, a indústria precisa adequar as suas contas, para se-gurar a operação até a abertura de um novo cenário”, analisou o presidente da Comissão Mu-nicipal da Firjan, Marcelo Reid.

De acordo com os dados le-vantados pela Sondagem In-dustrial, estudo divulgado na última quinta-feira (23) pelo Sistema Firjan, 4.581 postos de

trabalho foram fechados na re-gião Norte Fluminense no pri-meiro semestre deste ano.

Segundo a Sondagem Indus-trial, Macaé registrou a redu-ção de 901 postos de trabalho na área da construção civil, 617 no setor do comércio e 868 nas atividades qualificadas como serviços.

Porém, ao buscar a readequa-ção dos profissionais através da revisão dos salários, o mercado de trabalho de Macaé pode re-

gistrar novos números.“A indústria busca meios de

contornar a crise. E essa reade-quação dos funcionários é uma alternativa para isso. As em-presas buscam um meio de não demitir, manter os postos de trabalho, mas reduzir as despe-sas, principalmente na elevada carga tributária do país”, analisa Marcelo Reid.

Ao enxergar soluções dentro do cenário de crise, Reid afirma que o atual momento do merca-

do exige também a qualificação da mão de obra da cidade.

“Hoje, a palavra de ordem é a qualificação. O profissional pre-cisa se preparar até mesmo para assumir novas oportunidades que irão surgir através do cená-rio que se abrirá em dois anos. No futuro, a exigência e a con-corrência serão ainda maiores e, por isso, a mão de obra precisa se reciclar e se qualificar”, acon-selhou Reid.

WANDERLEY GIL

"A palavra de ordem é a qualificação. No futuro, a exigência e a concorrência serão ainda maiores no mercado de trabalho", analisa Marcelo Reid

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015

BAIRROS EM DEBATE Nova Esperança

Moradores da Nova Esperança ainda aguardam por melhorias Pavimentação das ruas, saneamento, iluminação pública e melhoria no abastecimento de água são algumas das solicitações

Juliane Reis [email protected]

Há um ditado popular que diz “A esperança é a úl-tima que morre” e acre-

ditando nele a comunidade re-sidente no Parque Residencial Nova Esperança, mais conhe-cida como Nova Esperança, cobra mais uma vez ações do poder público para que possa viver de forma digna. A ilumi-nação pública, saneamento, abastecimento de água e me-lhorias nas vias, área de lazer são algumas das principais de-mandas. E ao que se percebe, é que o progresso parece chegar de maneira lenta em um local onde o crescimento é acelera-do, e mais de 10 mil pessoas vivem de forma insalubre.

Essa semana, o “Bairros em Debate” volta a essa érea que vem recebendo milhões em in-vestimentos nos últimos tem-pos, mas ainda sofre com essas problemáticas. Na Rua Santo

WANDERLEY GIL

Moradores mostram a taxa de iluminação pública cobrada na conta de luz

No entanto, de acordo com os moradores, nada mudou e a conclusão: anos vivendo às escuras, uma situação que acaba favorecendo a ação de bandidos e deixando as pesso-as apreensivas, uma vez que, segundo relatos, assaltos acon-tecem diariamente.

Antônio um dos problemas é falta de iluminação pública.

“Como vocês podem ver a gente paga a taxa de ilumina-ção pública, mas o serviço que é necessário e fundamental está longe de chegar. Já são mais de dez anos aguardando e até agora nada. Os postes já

foram colocados, porém não conta com braços de luz, ou seja, a gente paga a taxa e não tem luz. Por que nos cobram então?”, questiona a moradora Elenita Neves.

“O que passam para a gente é que a Prefeitura ainda não fez a licitação, uma coisa que não

dá para entender. Não é de ho-je que a gente bate na mesma tecla e pede a melhoria”, relata o presidente da Associação de Moradores do bairro, Vagner Ferreira Euzébio.

Outro morador, Carlos de Jesus disse que também paga a taxa e pede mais ação por parte

do governo. “Alguém tem que fazer alguma coisa. A ilumina-ção oferece mais segurança aos próprios moradores”, desabafa.

Vale lembrar que essa ques-tão de iluminação pública em algumas ruas da comunida-de já foi tema de matéria do Jornal O Debate, em 2013.

Sem saneamento, esgoto jorra a céu aberto Outro problema do bairro registrado ainda na Rua Santo Antônio é a falta de pavimentação e saneamento. “A rede de esgoto ainda não chegou aqui e o resulta-do como vocês podem ver é esse aí: esgoto jorrando a céu aberto. Não é um ano ou dois que estamos vi-vendo nessa situação. O problema é antigo e solução que é bom, nada”, pontua Carlos de Jesus.

O presidente da associação alega ainda que já levou as demandas para

o órgão municipal diversas vezes. “A gente vai lá fala dos problemas, pe-de melhorias, mas eles não vêm no bairro, não fazem visita, o que mos-tra que eles mesmos não estão dan-do valor à obra que está sendo feita dentro da comunidade. Mas quando chega época de campanha eles nos procuram, fazem promessas e de-pois simplesmente desaparecem. Até quando os parlamentares vão fazer pouco caso da comunidade?”, questiona o morador.

Ainda na Rua Santo Antônio, o esgoto é lançado na rua

Rua Medeiros às escuras e sem pavimentaçãoOutra rua que sofre com a falta de iluminação pública é a Rua Me-deiros - que liga a Linha Azul com a Rodovia Amaral Peixoto. O pro-blema da ausência de iluminação na comunidade não é algo recente. Pelo contrário, vem se arrastando há muitos anos, assim como vários problemas de infraestrutura que moradores de áreas carentes pre-cisam enfrentar diariamente pela falta de investimento do poder público. O local, ainda segundo os relatos, tem cerca de 2km sem pa-vimentação.

O presidente da Associação ex-plica que a via vem recebendo dia-riamente um grande fluxo de veícu-los e pedestres e que é a principal entrada e saída do bairro e quando chove é uma loucura total, lama para todo lado e em tempo de seca é só poeira.

“Todos os dias há pessoas pas-

sando por essa rua, seja durante o dia, seja à noite. O problema, além da falta de pavimentação, é a falta de iluminação em direção à Linha Azul. Os moradores passam por aqui para facilitar a saída e entrada no bairro. No entanto, acabam se arriscando andando em total escu-ridão. Recentemente foram coloca-dos alguns postes, mas sem o braço de luz. De que adianta? Por isso, a falta de iluminação tem favoreci-do os assaltos na região”, explicou Vagner.

O presidente também mostrou à equipe de reportagem do Jornal que alguns postes, já com lâmpadas, estão com as mesmas quebrada e fa-lou também da importância de ter, pelo menos, alguém fiscalizando es-ses postes de luz, a fim de saber se as lâmpadas estão funcionando de fato. "Ninguém vem fazer nada aqui, é um abandono total", enfatiza.

Falta iluminação e pavimentação

Falta capina e poda de árvores Na Rua Gabriel Tavares (em frente a linha férrea), Vagner conta que os moradores vivem em uma calamidade pública, no entanto, mesmo com os vá-rios pedido de melhorias, nada foi feito. “Há mais de 15 anos ninguém olha para esse lugar. Nunca foi feito nada pela rua, o pouco que está aterrado foi porque os moradores fizeram. O mato está alto. Temos o pro-tocolo, já pedimos à secretaria

de Ambiente a poda de árvo-res, a capina, mas os serviços ainda não chegaram. A solici-tação foi entregue em 7 de fe-vereiro, conforme consta aqui no documento onde a gente pede a liberação do órgão para construção de toda rua, assim como o aterramento e poda. É um negócio complicado. Nin-guém faz nada. Os moradores querem saber se vai aconte-cer”, ressalta. Mato toma conta de rua

Melhoria no sistema de abastecimento de água Não é fácil viver sem ilumina-ção pública, falta de saneamento e pavimentação, imagine ainda sem água. O bem mais precioso e fundamental à sobrevivência hu-mana. Pois é, mas essa também é uma realidade de quem vive no bairro. “Já estamos há mais de cinco dias sem água. A bomba não puxa e o sistema de abastecimen-to nas caixas deveria melhorar. Precisamos de um abastecimento com mais frequência, em especial na Rua 22 de maio, onde a água não chega”, destaca o presidente.

Enquanto a água não chega, a saída encontrada são os ca-minhões pipas. “É o único jeito. Não temos poço porque a água é salobra. No entanto, nem todos têm condições de pagar um cami-nhão e acabam optando pela água do rio. Muitos vão na beira do rio para lavar roupa”, conta. Bomba não joga água e moradores cobram melhorias

Rua principal dos ônibus sem pavimentaçãoDe acordo com os mora-dores, outro ponto que me-rece atenção do governo é a Rua Principal, onde passa os ônibus, tendo em vista que não conta com pavimentação. “Sem pavimentação, além de toda poeira e ou lama, não te-mos ponto de ônibus. O pedido já foi feito, mas a previsão é de que o sonho se torne realida-de quando a rua receber pelo menos o calcetamento. Uma patrol de brita já resolveria”, diz o morador. Principal via dos ônibus precisa de obras

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015 9

Geral BB vai financiar até 90% do valor da casa própria. Linha de crédito é para quem tem conta ativa no FGTS.

NOTA

WANDERLEY GIL

Evento vai ser coordenado pela equipe do canil da Guarda Municipal

INCENTIVO

Guarda Municipal realiza concurso de cães

Beleza e vestuário são as duas categorias do pri-meiro concurso de cães, que será realizado pelo Canil da Guarda Municipal de Macaé, neste domingo (26), às 9h, na Praça Veríssimo de Mello. Para participar, o cão deve ser adotado, estar entre as clas-ses júnior (quatro meses a um ano) e adulto (após um ano), além de estar devidamente vacinado. As inscrições estão sendo feitas pelas instituições que cuidam da adoção de cães abandonados. O evento está preparado para receber 40 participantes.

Os cães vencedores vão ga-nhar caixas de transporte,

Evento contará com premiação dividida entre as duas categorias que formam a competição

vacinas, banho e tosa, cama, entre outros, além de certifica-do de participação. Serão seis jurados, todos veterinários.

De acordo com o Coordena-dor de Operações Especiais e Inspetorias (Copesp) da Guar-da Municipal, João Henrique dos Santos Ribeiro, o evento também vai contar com "Show Dog" e demonstrações das ati-vidades realizadas pelos cães da Guarda, que são compostas por Collies e Pastores Mali-nois. "O objetivo é mostrar à comunidade as atividades do Canil, como a integração pro-movida à sociedade", disse.

O coordenador também destaca que esse é um evento piloto. "A proposta é incluir o desfile de cães no calendário do município, junto com as festividades do aniversário da cidade. "A ideia é que no pró-ximo ano possamos aumentar o número de categorias e cães participantes", explicou.

Estudantes da rede municipal retornam às aulas nesta segunda

EDUCAÇÃO

Cerca de 40 mil alunos se preparam para iniciar segundo semestre do ano letivo

O início do segundo semes-tre letivo da rede municipal será nesta segunda-feira (27). A volta às aulas para os cerca de 38 mil estudantes será marca-da por atividades pedagógicas nas unidades municipais de ensino situadas na área central e região serrana. As aulas tam-bém serão iniciadas no Colégio de Aplicação (CAp) e na Escola Municipal de Artes Maria José Guedes.

Com o retorno das aulas, cer-ca de três mil estudantes da re-de municipal devem participar na quarta-feira (29) do desfile cívico de 202 anos de fundação da Vila de Macaé. A programa-ção será às 9h30, na Avenida Elias Agostinho, na Imbetiba. A concentração do desfile será na Avenida Agenor Caldas, que fica no mesmo bairro. A novi-dade é que este ano os alunos na faixa de cinco anos da Edu-cação Infantil também partici-parão do desfile cívico-militar.

O município atende a deter-minação legal, cuja previsão é que todas as crianças com quatro anos de idade devem estar matriculadas nas esco-las. Com isso, o atendimento na faixa de idade obrigatória, para alunos acima de quatro anos, abrange 100% da de-manda no município.

“Diante do atendimento in-tegral, o município antecipa a previsão estabelecida pelo Mi-nistério da Educação para o ano de 2016, seguindo assim o Plano Nacional de Educação (PNE)”, disse o secretário de Educação, Guto Garcia. Já a demanda na faixa de dois e três anos está

com atendimento em 85%.Para assegurar vagas aos es-

tudantes na faixa de dois e três anos e a permanência de todas as crianças na escola, foi cria-do o projeto “Educação para Todos”. A intenção, segundo o secretário de Educação, é am-pliar o número de vagas nas unidades municipais.

- Por solicitação do prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, a priori-

dade é atender crianças de dois e três anos. Para isso, foi defini-do que os bairros do Lagomar e Aeroporto serão os primeiros atendidos -, observou o secre-tário.

Atividades - Neste semes-tre letivo, a rede municipal continuará com o desenvolvi-mento de projetos pedagógi-cos, programações culturais e esportivas, além de cursos

de formação continuada para os profissionais que atuam na rede. Neste mês de agosto se-rão realizados eventos como Torneio de Futsal, no dia 3; Encontro Municipal dos Pro-fissionais da Educação (Empe), no dia 5; Torneio de Xadrez no dia 13, Encontro Regional dos Conselhos Escolares também no dia 13, além de Torneio de Robótica no dia 20.

KANÁ MANHÃES

Atualmente a rede municipal de ensino da cidade é formada por 38 mil estudantes

MOBILIDADE

Ciclofaixas ganham espaço em diversos pontos da cidadeProjeto prevê também incentivo à acessibilidade através de novo modal para transporte da população

O projeto de revitalização e reurbanização da orla da Imbetiba continua re-

cebendo ações. A mais recente delas põe em prática o planeja-mento elaborado por meio do Sistema Cicloviário, que faz parte do Plano de Mobilidade Urbana de Macaé. Trata-se de um novo trecho de ciclofaixa com, aproximadamente 400 metros, que liga a orla em to-da sua extensão. A pintura da nova ciclofaixa foi iniciada na quinta-feira (23) na Avenida Elias Agostinho, no trecho en-tre a Agenor Caldas e a Rua da Igualdade.

Com mais esta área exclusiva para os ciclistas, a rota funcio-nal 5, que tem como ponto de origem a Ponte Ivan Mundim e ponto de destino o Portão da Petrobras, passando ainda por outras vias importantes, como as ruas da Igualdade e a São João, deve ser a primeira a ser tornar realidade dentro do planejamento proposto.

Além desta, a partir dos, aproximadamente, 20 Km de vias cicláveis já existentes na cidade, o Sistema Cicloviário de Macaé propõe a implanta-ção de uma rede com outras 14 rotas cicláveis que somam 73 Km no total. Elas estão di-vididas entre rotas funcionais

(para trabalho), de lazer e de serviço (para possibilitar a circulação em áreas específicas para comércio, por exemplo). Todas estas rotas cicláveis fo-ram apresentadas e aprovadas em uma Audiência Pública realizada no último dia 14 de maio.

- Para chegar a este resulta-do, foi realizado um trabalho técnico muito criterioso, em que o resultado foi altamente positivo. Foram rotas aprova-das por unanimidade nas audi-ências públicas. Isso nos mos-tra que estamos avançando em dar uso público ao espaço pú-blico e em fazer a cidade para as pessoas - disse o secretário de Mobilidade Urbana, Evan-dro Esteves.

Aprovação - A decisão de se elaborar um planejamento voltado ao incentivo ao uso da bicicleta como um meio de transporte sustentável e fun-cional na cidade, é comemo-rada por alguns dos usuários. É o caso de Mauro Lamin, representante do grupo “+ Ci-clovias”. Para ele, Macaé passa a seguir uma tendência mun-dial de prioridade à utilização do transporte não motorizado.

- O que foi falado está sendo cumprido, de tirar este plane-jamento do papel. Por isso es-

DIVULGAÇÃO - MOBILIDADE URBANA

Avenida Elias Agostinho começa a receber pintura da nova faixa exclusiva para bicicletas

tamos confiando na transfor-mação de Macaé em uma cida-de para pessoas. Com as ações de revitalização da Imbetiba, a implantação da ciclofaixa e ou-tras que também estão sendo

adotadas, estamos devolvendo este local tão importante para o turismo de Macaé à popula-ção, tal como era antigamente. Espero que isto seja ampliado a outros pontos da cidade tam-

bém -, declarou. O usuário deste tipo de

transporte, Bruno Azevedo, também comemora o fato de Macaé ter a chance de expe-rimentar transformações ur-

banas com base na integração da bicicleta na matriz de trans-porte: “Defendo a bicicleta co-mo alternativa de transporte, inclusive na região central, pois a prioridade deve ser a cidade para as pessoas. Macaé tem muito potencial e se este planejamento for implantado, se tornará um exemplo. Assim as pessoas poderão curtir os cenários da cidade, ter mais saúde e qualidade de vida, além de contribuir para a diminui-ção da poluição”, afirma o en-genheiro ambiental.

PLANO CICLOVIÁRIO

Para elaborar o Sistema Ci-cloviário foi formado um Grupo de Trabalho. Fazem parte dele representantes da Secretaria de Mobilidade Urbana, da Fun-dação de Esporte e Turismo de Macaé (Fesportur), da Câmara Permanente de Gestão (CPG), do Controle Interno, da Secre-taria de Meio Ambiente e da Secretaria de Obras, da Fede-ração de Ciclismo do Estado do Rio (FECIERJ) e de usuários de bicicleta de Macaé, além do vereador Luciano Diniz, repre-sentando a Câmara Municipal. Este grupo continua realizando reuniões periódicas para definir as diretrizes para a implantação do Sistema Cicloviário.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015

CLIMA

Primeiro semestre de 2015 é o mais quente da históriaSegundo a Nasa, nove dos dez anos mais quentes da história foram registrados a partir do ano 2000

Martinho Santafé

O primeiro semestre de 2015 é o mais quente da história para o período

desde que os dados sobre a tem-peratura global começaram a ser coletados, em 1880. As tem-peraturas medidas nos meses de março, maio e junho deste ano bateram recorde como as mais quentes, se comparadas às dos anos anteriores.

Entre os meses de janeiro e junho, a média das tempera-turas continental e oceânica estava em 0.85° Celsius acima da média do século 20 para essa época do ano.

As informações foram divul-gadas nesta semana pela Admi-nistração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Uni-dos e confirmadas pela Agência Espacial Americana (Nasa) e a Agência Meteorológica do Ja-pão. Em junho, a temperatura média continental e oceânica estava 0.88°C acima da média para o mesmo mês no século passado, ultrapassando o recor-de de junho de 2014 em 0.12°C. De acordo com a Nasa, nove dos dez anos mais quentes da histó-ria foram registrados a partir do ano 2000.

A previsão dos órgãos de meteorologia da Austrália, do Japão e dos Estados Unidos é que o ano de 2015 será o mais quente da série histórica. Uma das possíveis explicações é a intensificação do fenômeno El Niño, que altera o clima glo-balmente ao transferir grande quantidade de calor da zona tropical do Oceano Pacífico para outros locais do planeta, a partir da alteração da temperatura da superfície da água.

O Escritório de Meteorolo-gia da Austrália confirmou ho-

je que o fenômeno El Niño de 2015 continua se fortalecendo. Segundo o escritório, ventos alísios mais fracos na zona tro-pical do Pacífico resultaram no maior aquecimento das águas da região.

A Austrália acompanha a os-cilação do El Niño e verificou aumento médio de mais de 1ºC por 10 semanas seguidas na su-perfície da água, duas semanas a mais que o recorde registrado em 1997. De acordo com simu-lações feitas em diversos mode-los climáticos internacionais, El Niño vai ficar mais forte este

DIVULGAÇÃO

De acordo com simulações feitas em diversos modelos climáticos internacionais, El Niño vai ficar mais forte este ano e deve persistir até o início de 2016

ano e deve persistir até o início de 2016.

IMPACTOS BIOLÓGICOS IRREVERSÍVEIS

Com o apoio da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), a Fundação Rockefel-ler - Comissão Lancet de Saúde Planetária divulgou este mês um relatório intitulado “Prote-ção da saúde humana na época Antropocena” em Nova York. O relatório demonstra o quan-to a atividade humana está de-safiando os limites seguros de

nossos sistemas naturais além dos limites necessários para a humanidade continuar a pros-perar e florescer.

Na ocasião, o secretário exe-cutivo da CDB e conselheiro científico para a Comissão Lan-cet, o brasileiro Braulio Ferrei-ra de Souza Dias, observou que “estamos chegando mais perto do que nunca de provocar um impacto potencialmente irre-versível, além de colocar em risco a saúde dos nossos ecossis-temas e das gerações presentes e futuras”.

Dias participou de um painel que incluiu outros comissários e especialistas ansiosos para dis-cutir o relatório com o público presente na apresentação. Ele destacou que esses relatórios significam um apelo urgente por ações coerentes e colabo-rativas que juntas aumentem a resistência dos nossos ecossis-temas, do sistema planetário e das comunidades de todo o mundo.

Criada durante a Conferência Rio 92, a CDB está profunda-mente empenhada neste traba-lho como muitas das Metas de Aichi de Biodiversidade, adota-das por mais de 190 países em 2010, e direta ou indiretamente relacionadas às questões da saú-de humana.

O secretário executivo ficou especialmente satisfeito porque o relatório deu destaque espe-cial à necessidade do desenvol-vimento de uma nova discipli-na de “saúde planetária”. Isso também sugere uma série de recomendações práticas que in-centivem a colaboração entre as comunidades médicas, ambien-tais, entre outras, e enfatizem a necessidade de tirar vantagem de oportunidades relacionadas por mudanças positivas trans-formadoras.

A recomendação inclui redu-zir o desperdício de alimentos e diversificar a alimentação; proteger a natureza e a biodi-versidade; construir cidades resistentes; desenvolver mais sistemas de saúde resistentes; e fazer impostos e subsídios favo-ráveis para a saúde planetária.

DÉFICIT DE CHUVAS NO BRASIL AUMENTA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

O déficit de chuvas em todo o Brasil vem aumentando nas últimas décadas e se tornando mais grave nos últimos anos. A região Sudeste do país, por exemplo, que enfrentou em 2014 e 2015 o maior período de estiagem dos últimos 70 anos, entrará em meados de agos-to - quando se inicia a estação mais seca do ano - com menos água do que tinha em 2014. As constatações são de estudos re-

alizados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Alguns dos resultados dos estudos foram apresentados em uma conferência sobre a problemática da seca no Su-deste brasileiro, realizada na sexta-feira (17/07) durante a 67ª Reunião Anual da Socieda-de Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento ocorreu até sábado (18/07) no campus na Universidade Fe-deral de São Carlos (UFSCar).

“Temos um situação de dé-ficit de chuvas tremendo em todo o país, que representa uma situação muito grave. A quantidade de chuvas que en-tra nos sistemas de vazão está diminuindo e contribuindo para deixar nossa conta ban-cária hídrica cada vez mais no vermelho”, disse Paulo Nobre, pesquisador do Inpe.

Os pesquisadores do Inpe realizaram um estudo em que compararam os dados de regis-tros de chuva no país no perí-odo entre 1960 e 1990 com os deste ano para estimar qual o atual “saldo da conta bancária de água” do país.

As projeções indicaram que a região Norte possui um sal-do negativo de 6 metros cúbi-cos (m3) por metro quadrado (m2). A região Nordeste tem um déficit hídrico em torno de 4 m3 por m2 e a região Sul está em uma situação de equilí-brio. Já a região Sudeste está no “cheque especial”, com um sal-do negativo de 3,5 m3 por m2.

“Isso representa grandes volumes de água que não foi usada para o crescimento de plantas ou o consumo humano, mas que, simplesmente, não entrou no ciclo hidrológico”, disse Nobre.

Em outro estudo, os pesqui-sadores analisaram a quantida-de de chuvas durante o verão na região Sudeste a partir da década de 1960 até os últimos anos. Algumas das constata-ções foram que, nas décadas entre 1960 e 1980, chegaram a ocorrer durante um mês ao menos duas chuvas de mil mi-límetros. Nas décadas entre 1980 e 2000 essas chuvas se tornaram menos frequentes e raramente ultrapassaram 900 milímetros.

Já ao longo da década de 2000 e nos últimos anos as chuvas durante o verão no Sudeste mal ultrapassaram o volume de 100 milímetros. “Desde 2010 vem chovendo abaixo da média no Sudeste do país. Com isso o nível dos reservatórios da região foram diminuindo e tivemos a grande seca de 2014 e 2015”, afirmou.

O total de chuvas que cai so-bre o reservatório Cantareira

- um dos que abastecem São Paulo e que tornou-se símbolo da seca no Estado de São Pau-lo - vem diminuindo de uma década para outra, afirmou o pesquisador.

Um estudo em fase de exe-cução realizado por Carlos Nobre, pesquisador do Inpe e colaboradores, calculou a taxa de vazão do sistema Cantareira no últimos 130 anos.

Os resultados do estudo in-dicaram que desde 1880 vem diminuindo a vazão das sub-bacias que abastecem o Can-tareira.

“A seca de 2014 e 2015 foi um evento extremo de diminuição de longo efeito que fez com que a vazão do reservatório fosse decaindo nos últimos 20 anos”, avaliou Paulo Nobre.

AUMENTO DA TEMPERATURA CONTRIBUI

De acordo com o pesquisa-dor, um dos fatores que con-tribuiu para a maior depressão pluviométrica registrada no Sudeste do país este ano desde 1945 foi o aumento da tempe-ratura na região e em outras partes do Brasil.

Um levantamento realizado por ele e colaboradores das médias de temperatura em todas as regiões do Brasil en-tre 1960 e 2010 apontou que a temperatura do país, como um todo, está aumentando. “Estamos constatando que, ano após ano, o Brasil está fi-cando mais quente. E isso se deve, em grande parte, ao fato de que a temperatura do plane-ta está aquecendo devido, entre outros fatores, ao aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera”, afirmou.

O aumento da temperatura da atmosfera induz rapida-mente a ocorrência de eventos extremos, como secas e inun-dações, no ciclo hidrológico, explicou Nobre. Isso porque, quando o ar está mais quente, ele dissolve mais rapidamente o vapor d’água capturado da superfície e consegue gerar nuvens maiores, causando chu-vas mais intensas. “As chuvas intensas afetam toda a circu-lação planetária, ocasionando chuvas em um determinado lo-cal e seca em outros”, detalhou.

O aumento das emissões de gases de efeito estufa, como o CO2 na atmosfera, combinado com a elevação da temperatu-ra tende a agravar, ainda mais as crises hídricas, ressaltou o pesquisador.

Utilizando o Modelo Bra-sileiro do Sistema Terrestre (BESM, na sigla inglês), desen-volvido com auxílio da FAPESP, os pesquisadores fizeram uma simulação em que quadru-plicam a quantidade atual de CO2 encontrado na atmosfe-ra no país - de 300 partes por milhão (ppms) - para estimar o que aconteceria na dinâmica da atmosfera.

As análises das simulações indicaram que a presença de 1,2 mil ppms de CO2 na atmos-fera induziria a um aumento do número de dias consecutiva-mente secos no país.

A seca que aconteceu na re-gião Sudeste do país poderia tornar-se mais frequente e haveria um aumento da ocor-rência de períodos longos e es-tiagem no Nordeste e na Ama-zônia e na América do Sul, de um modo geral.

Em contrapartida, também haveria um aumento na frequ-ência de dias com precipitação intensa, distribuídas em perí-odos de estiagem mais longos.

“As projeções apontam que o clima do Brasil no futuro terá mais condições como as que estamos vivendo agora, com enchentes no vale dos rios Itajaí e Tubarão, em San-ta Catarina, e do rio Madeira, na Amazônia, e secas mais fre-quentes no Nordeste e Sudes-te”, afirmou Nobre.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 26 e segunda-feira, 27 de julho de 2015 11

FESTA

Carreata comemora Dia de São CristóvãoEvento contará também com bênção de veículos, almoço e exposição de carros antigos

Os motoristas precisam de proteção e os católicos vão celebrar o Dia de São Cris-

tóvão (santo protetor e padroei-ro dos condutores), na Paróquia Santo Antônio, neste domingo (26). Neste dia, às 10h30min, haverá uma carreata reunindo centenas de veículos - ano passa-do participaram cerca de 250 car-ros. A prefeitura apoia o evento.

Segundo o padre Gleison Li-ma, o percurso da carreata será nos bairros Visconde de Araújo, Riviera Fluminense, Novo Ho-rizonte e Campo do Oeste. Após a carreata haverá bênção dos veículos; almoço por R$ 15, na praça em frente à igreja; bingo; e exposição de carros antigos, na Rua Antônio Curvelo Benjamin, localizada ao lado do espaço pú-blico de lazer.

Às 9h e às 19h deste domingo (26), se realizam as celebrações eucarísticas. Às 20h, haverá fes-tival de caldos. Apesar das ativi-dades ocorrerem nesse dia, o dia do santo é comemorado em todo o mundo católico no sábado (25).

Os carros estarão com sinaliza-ção branca (lenços, bolas etc) re-metendo à paz no trânsito. Para mais informações, o endereço da Paróquia Santo Antônio, de onde sairá a carreata, é Avenida Duque de Caxias, 671, Visconde de Araú-jo. Seu telefone é: (22) 2772-5149.

A devoção a São Cristóvão é uma das mais antigas e populares da Igreja, tanto do Oriente como do Ocidente. São centenas de

igrejas dedicadas a ele em todos os países do mundo. Também não faltam irmandades, patronatos, conventos e instituições que tomaram o seu nome, para ho-menageá-lo. Ele consta da rela-ção dos "14 santos auxiliadores" invocados para interceder pelo povo nos momentos de aflições e dificuldades.

São poucos os dados precisos sobre sua vida. Só se tem conhe-cimento comprovado de que Cristóvão era um homem alto e musculoso, extremamente forte. Alguns escritos antigos o descre-vem como portador de "uma for-ça hercúlea". Pregou na Lícia e foi martirizado, a mando do impe-rador Décio, no ano 250. Depois disso, as informações fazem parte da tradição oral cristã, propagada pela fé dos devotos ao longo dos tempos, e que a Igreja respeita.

Como um verdadeiro gigan-te Golias, não havia quem lhe fizesse frente em termos de força física. Assim, só podia ter a profissão que tinha: guer-reiro. Aliás, era um guerreiro indomável e invencível. A sua simples presença era garantia de vitória para o exército do qual participasse.

O gigante mudou seu nome para Cristóvão, que significa algo próximo de "carregador de Cris-to", e passou a peregrinar levan-do a palavra de Cristo. Foi à Síria, onde sua figura espetacular e na-da normal chamava a atenção e atraía quem o ouvisse. Ele, então,

WANDERLEY GIL

Festa terá concentração na praça da Paróquia Santo Antônio, no Visconde

falava do cristianismo e conver-tia mais e mais pessoas. Por esse seu apostolado foi denunciado ao imperador Décio, que o mandou prender. Mas não foi nada fácil, não por causa de sua força física, mas pelo poder de sua pregação.

Os primeiros quarenta sol-dados que tentaram prendê-lo converteram-se e, por isso, foram todos martirizados. Depois, quando já estava no cárcere, mandaram duas mu-lheres, Nicete e Aquilina, à sua

cela para testar suas virtudes. Elas também abandonaram o pecado e batizaram-se, sendo igualmente mortas. Foi quando o tirano, muito irado, mandou que ele fosse submetido a suplí-cios e, em seguida, o matassem.

Cristóvão foi, então, flagelado, golpeado com flechas, jogado no fogo e, por fim, decapitado.

São Cristóvão é popularmente conhecido como o protetor dos viajantes, assim como dos moto-ristas e dos condutores.

Trânsito na Imbetiba passa por alteraçãoTRÂNSITO

A Avenida Elias Agostinho, na Imbetiba, está passando por uma série de alterações viárias. A pri-meira delas, foi a mudança com relação à permissão de estaciona-mento ao lado direito da via. Outra é a implantação de uma ciclofaixa para atendimento aos que utilizam a bicicleta como meio de transpor-te. E visando minimizar os conflitos viários no trecho, a partir da próxi-

Fluxo na Avenida Elias Agostinho passará a ter sentido único e estacionamento proibido

ma segunda-feira (27), o sentido de circulação também será alterado, com o fluxo seguindo somente em direção à Rua da Igualdade.

O processo de instalação da si-nalização com placas indicando o novo sentido de circulação come-çou nesta sexta-feira (24). Assim, os motoristas poderão se adaptar durante o final de semana até que a adoção definitiva passe a valer. Além disso, agentes de trânsito também atuarão na orientação aos condutores para evitar infrações por parte dos motoristas.

A partir desta data, o condutor que for flagrado transitando pela

DIVULGAÇÃO - MOBILIDADE URBANA

Medida adotada pela Mobilidade Urbana visa facilitar deslocamento de veículos no bairro

contramão de direção nesta via que passará a funcionar em sentido úni-co, estará cometendo uma infração gravíssima (sete pontos na Carteira de Habilitação), com penalidade de multa no valor de R$ 191,54.

As mudanças foram necessárias por conta das obras de reurba-nização da orla da Imbetiba, que aumentaram o calçadão em bene-fício à circulação das pessoas, e que, consequentemente, estreitaram a largura da via. Mas, com a medida, os condutores terão disponíveis as faixas de rolamento livres, melho-rando também a circulação viária neste trecho.

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