noticiário 17 04 2016

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Crise abala governos e redefine a história das capitais do Brasil 'Novo' PMDB de Macaé se alinha a Eduardo Cunha e Michel Temer Capital Federal e Capital Nacional do Petróleo dividem angústias e incertezas que refletem qualidade de gestores em manter vivos projetos de poder PÁG. 3 www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016 Ano XL, Nº 8995 Fundador/Diretor: Oscar Pires DIVULGAÇÃO PM KANÁ MANHÃES facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon U ma análise super- ficial sobre os últimos acontecimentos na esfe- ra política nacional é suficiente para revelar diversos fatos que promovem conexões entre os cenários vividos em Brasília e em Macaé. A crise provocada por uma instabilidade econô- mica e social sem precedentes pode ser considerada como um espelho capaz de refletir fatos comuns a Capital Federal e a Capital Nacional do Petróleo, colocando à prova a capacida- de dos seus gestores em buscar alternativas viáveis para salvar governos. Para um, isso pode ser tarde demais. De todas as semelhanças compartilhadas entre Brasília e Macaé, a mais significativa está no caso da Petrobras. Se antes a empresa era sinônimo de prosperidade para a Nação, e de pujança para o município, hoje a estatal tornou-se a som- bra de um projeto de poder em decadência, uma análise que se aplica a qualquer uma das esfe- ras administrativas. E no momento em que os acordos partidários tornam- se medidas desesperadas para salvar governos, eis que o racha entre o PMDB e o PT simboli- za o que é mais rechaçado nas regras tortuosas da política: a falta de palavra e a incoerência nos discursos mantidos antes da vitória nas urnas. E diante de tantas semelhan- ças, existe também um ponto crucial que unifica esses dois go- vernos: a expectativa de alcan- çar a resiliência a partir do crivo do Congresso Nacional, seja na decisão pelo impeachment, seja nas discussões sobre o futuro do mercado do petróleo brasileiro, o ponto principal para propor- cionar a Macaé uma nova gêne- se na sua história como símbolo de desenvolvimento e de pros- peridade. PÁG. 3 JOGOS DE AZAR NA MIRA DA POLÍCIA MILITAR INCENTIVO À INOVAÇÃO É FOCO DE PROGRAMA ESTUDANTES DENUNCIAM ABANDONO DE ESCOLA R$ 1,50 POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.7 EDUCAÇÃO, PÁG.9 Ocupação cresce na área Norte da cidade ÍNDICE TEMPO BAIRROS EM DEBATE POLÍCIA Processo de favelização se expande sem qualquer tipo de fiscalização PÁG. 5 WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL Terrenos baldios foram transformados em lixões no bairro Comunidade é criada próximo a condomínio à beira da RJ 106 Barreto cresce longe dos olhos do poder público Falta de limpeza, iluminação precária e infraestrutura ruim afetam moradores PÁG. 8 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 35º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA ECONOMIA CIDADE CADERNO DOIS Estrutura municipal no combate a violência Regras de exploração do pré-sal em debate Feira propõe debate sobre novas cidades Macaenses em destaque no cenário cultural Prefeituras podem auxiliar na estratégia de segurança PÁG. 5 Novas medidas podem reaquecer negócios PÁG. 6 Evento acontece em maio no Clube Cidade do Sol PÁG. 11 Artistas consagrados participam de eventos no Rio CAPA ROBERTO STUCKERT FILHO/ PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 25/08/2011 Tão tumultuada quanto em Brasília, a 'dança das cadeiras' entre os partidos em Macaé também ajudou a provocar a instabilidade entre acordos políticos firmados em uma época anterior ao re- sultado das urnas, em 2012. Antes de assumir o topo do bloco de partidos aliados à administração municipal, o PMDB encarava o projeto de poder construído para vencer o último pleito municipal em Macaé como um adversário a ser abatido, ou até mesmo 'batido até virar pó', conforme afirmado pe- lo presidente estadual da legenda, Jorge Picciani, na época. Aliado ao projeto liderado pelo deputado estadual Christino Áureo (PP), o PMDB tornou-se a casa, não só do atual chefe do Executivo, hoje presi- dente da comissão provisória do PMDB de Macaé, como também de todas as lideranças que fazem parte da alta cúpula da administração municipal. Lideranças históricas do PT assumem secretarias na gestão municipal E no meio do turbilhão de fatos que colocam em xeque discursos, posicionamentos e atos políticos registrados, tanto em Brasília, quanto em Macaé, eis que uma solenidade realizada no Teatro Muni- cipal representa o enredo de uma trama que enxer- ga de soslaio o processo eleitoral que se aproxima. Após o discurso de racha com o PT a níveis nacio- nal e municipal, o governo de Macaé liderado pelo bloco peemedebista recebe com pompa e circuns- tância remanescentes da militância tradicional e aguerrida de lideranças que vestiram a camisa das quatro administrações da era Lula-Dilma, então aliados do ex-prefeito Riverton Mussi. Depois do processo de desconstrução da bancada do partido na Câmara, um dos nomes de peso do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores assume a secretaria municipal de Educação.

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Page 1: Noticiário 17 04 2016

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Crise abala governos e rede�ne a história das capitais do Brasil

'Novo' PMDB de Macaé se alinha a Eduardo Cunha e Michel Temer

Capital Federal e Capital Nacional do Petróleo dividem angústias e incertezas que refletem qualidade de gestores em manter vivos projetos de poder PÁG. 3

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016Ano XL, Nº 8995Fundador/Diretor: Oscar Pires

DIVULGAÇÃO PM KANÁ MANHÃES

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

Uma análise super-ficial sobre os últimos acontecimentos na esfe-

ra política nacional é suficiente para revelar diversos fatos que promovem conexões entre os cenários vividos em Brasília e em Macaé. A crise provocada por uma instabilidade econô-mica e social sem precedentes pode ser considerada como um espelho capaz de refletir fatos comuns a Capital Federal e a Capital Nacional do Petróleo, colocando à prova a capacida-de dos seus gestores em buscar alternativas viáveis para salvar governos. Para um, isso pode ser tarde demais.

De todas as semelhanças compartilhadas entre Brasília e Macaé, a mais significativa está no caso da Petrobras. Se antes a empresa era sinônimo de prosperidade para a Nação, e de pujança para o município, hoje a estatal tornou-se a som-bra de um projeto de poder em decadência, uma análise que se aplica a qualquer uma das esfe-ras administrativas.

E no momento em que os acordos partidários tornam-se medidas desesperadas para salvar governos, eis que o racha entre o PMDB e o PT simboli-za o que é mais rechaçado nas regras tortuosas da política: a falta de palavra e a incoerência nos discursos mantidos antes da vitória nas urnas.

E diante de tantas semelhan-ças, existe também um ponto crucial que unifica esses dois go-vernos: a expectativa de alcan-çar a resiliência a partir do crivo do Congresso Nacional, seja na decisão pelo impeachment, seja nas discussões sobre o futuro do mercado do petróleo brasileiro, o ponto principal para propor-cionar a Macaé uma nova gêne-se na sua história como símbolo de desenvolvimento e de pros-peridade. PÁG. 3

JOGOS DE AZAR NA MIRA DA POLÍCIA MILITAR

INCENTIVO À INOVAÇÃO É FOCO DE PROGRAMA

ESTUDANTES DENUNCIAM ABANDONO DE ESCOLA

R$ 1,50

POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.7 EDUCAÇÃO, PÁG.9

Ocupação cresce na área Norte da cidade

ÍNDICETEMPO

BAIRROS EM DEBATE POLÍCIA

Processo de favelização se expande sem qualquer tipo de fiscalização PÁG. 5

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

Terrenos baldios foram transformados em lixões no bairro Comunidade é criada próximo a condomínio à beira da RJ 106

Barreto cresce longe dos olhos do poder públicoFalta de limpeza, iluminação precária e infraestrutura ruim afetam moradores PÁG. 8

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 35º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA ECONOMIA CIDADE CADERNO DOIS

Estrutura municipal no combate a violência

Regras de exploração do pré-sal em debate

Feira propõe debate sobre novas cidades

Macaenses em destaque no cenário cultural

Prefeituras podem auxiliar na estratégia de segurança PÁG. 5

Novas medidas podem reaquecer negócios PÁG. 6

Evento acontece em maio no Clube Cidade do Sol PÁG. 11

Artistas consagrados participam de eventos no Rio CAPA

ROBERTO STUCKERT FILHO/ PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 25/08/2011

Tão tumultuada quanto em Brasília, a 'dança das cadeiras' entre os partidos em Macaé também ajudou a provocar a instabilidade entre acordos políticos firmados em uma época anterior ao re-sultado das urnas, em 2012. Antes de assumir o topo do bloco de partidos aliados à administração municipal, o PMDB encarava o projeto de poder construído para vencer o último pleito municipal em Macaé como um adversário a ser abatido, ou até mesmo 'batido até virar pó', conforme afirmado pe-lo presidente estadual da legenda, Jorge Picciani, na época. Aliado ao projeto liderado pelo deputado estadual Christino Áureo (PP), o PMDB tornou-se a casa, não só do atual chefe do Executivo, hoje presi-dente da comissão provisória do PMDB de Macaé, como também de todas as lideranças que fazem parte da alta cúpula da administração municipal.

Lideranças históricas do PT assumem secretarias na gestão municipalE no meio do turbilhão de fatos que colocam em xeque discursos, posicionamentos e atos políticos registrados, tanto em Brasília, quanto em Macaé, eis que uma solenidade realizada no Teatro Muni-cipal representa o enredo de uma trama que enxer-ga de soslaio o processo eleitoral que se aproxima. Após o discurso de racha com o PT a níveis nacio-nal e municipal, o governo de Macaé liderado pelo bloco peemedebista recebe com pompa e circuns-tância remanescentes da militância tradicional e aguerrida de lideranças que vestiram a camisa das quatro administrações da era Lula-Dilma, então aliados do ex-prefeito Riverton Mussi. Depois do processo de desconstrução da bancada do partido na Câmara, um dos nomes de peso do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores assume a secretaria municipal de Educação.

Page 2: Noticiário 17 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016

CidadeEDIÇÃO: 323 PUBLICAÇÃO: 20 DE JANEIRO DE 1982

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Petrobrás realiza sábado e domingo provas para Auxiliar de Escritório

Das 2.388 pessoas que apanharam senhas, apenas pouco mais de 2.040 fizeram a inscrição para participar do Processo Seletivo Externo para o cargo de Auxiliar de Escritório, com salário de Cr$ 39.264,00, cujas vagas vêm sendo disputadas não só por macaenses, como também por centenas de candidatos de outros municípios.

Eleita domingo a Garota Pecado 1982

Com desfile marcado para as 11 hs e só ini-ciando uma hora depois, quando centenas de pessoas se aglomeravam no local prejudicando o desenrolar da apresentação, sem no entanto tirar o brilho da promoção, foi realizado domin-go passado o concurso “Garota Pecado 1982”, promoção de Veronika Piersanti, sendo esco-lhida como vencedora a jovem Fernanda Keller.

Vereador pretende entregar sexta-feira denúncia sobre a “suposta tomada de preços”

O Vereador Rubem Gonzaga de Almeida Pe-reira informou ontem que pretende entregar até sexta-feira a denúncia de possíveis irregularida-

des ocorridas na “suposta tomada de preços” da Prefeitura para publicação de atos oficiais. Se-gundo ele, se realmente for constituída uma co-missão e começar a apurar, poderão ser comple-mentadas as denúncias sobre a “Feira do Grito”.

Cine Taboada fecha e Macaé fica com apenas um cinema

Depois de cinqüenta anos de funcionamento (foi fundado em 5 de abril de 1931), o Cine Teatro Taboada cessou definitivamente suas atividades e Macaé a partir do dia 4 de janeiro deste ano passou a contar com apenas um cinema: o Cine Club Macaé, uma vez que o Cine San-ta Isabel há muito foi fechado e o prédio vendido para o proprietário de um supermercado.

Homem é morto a tiros no Centro

Segue até quarta-feira (20) o cadastramento para o Transporte Social Universitário (TSU). Os estudantes que desejam participar do programa devem comparecer na sede, no Centro Administrativo Luiz Osório (Avenida Presidente Sodré, 466, Centro), quarto andar, de 9 às 17 horas em dias úteis e no sábado (16), de 9 às 13 horas. As vagas são limitadas.

No final da tarde de quinta-feira (14), por volta das 16h,

um homem não identi-ficado, foi morto a tiros, na Rua Jandira Perlin-geiro, ao lado do super-mercado Extra.

De acordo com as in-formações, o homem estava em seu veículo quando dois elementos em uma moto teriam realizado diversos dis-paros de arma de fogo contra o carro, vindo o homem a abandonar o automóvel na Rua Silva

Jardim, em frente ao supermercado Extra, e corrido para se esconder atrás de outro veículo estacionado, já na Rua Jandira Perlingeiro. Os suspeitos teriam seguido a vítima e atirado diver-sas vezes contra ele, que veio a óbito.

A Polícia Militar (PM) esteve no local para re-gistrar o caso e peritos da Polícia Civil pericia-ram as cenas do crime. O corpo foi levado ao Insti-tuto Médico Legal (IML) de Macaé.

Crimes em série

Na madrugada de segunda-feira (11), uma intensa troca de tiros, que teria começado no Lagomar e seguido até o bairro Barreto, próximo ao Parque de Exposição, provocou mais inse-gurança e medo aos moradores do Barreto, levando-os nova-mente a buscar soluções junto ao comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Após os minutos de terror, durante a madrugada de segunda, foi o suficiente para moradores se unirem e tentarem dar um bas-ta em um problema que vem se agravando. Após o episódio do tiroteio, os moradores conse-guiram agendar duas reuniões com o comando do 32º BPM.

Moradores de condomínio no Barreto relatam sequência de assaltos

Vítima teria abandonado o carro e tentado fugir a pé

WANDERLEY GIL

Moradores encontraram cápsulas de disparos ocorridos no final de semana

Page 3: Noticiário 17 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016 3

PolíticaCOLÁPSO

Crise abala governos e rede�ne a história das capitais do BrasilCapital Federal e Capital Nacional do Petróleo dividem angústias que refletem capacidade de gestores em manter vivos projetos de poderMárcio [email protected]

Uma análise superficial sobre os últimos acon-tecimentos na esfera

política nacional é suficiente para revelar diversos fatos que promovem conexões entre os cenários vividos em Brasília e em Macaé. A crise provocada por uma instabilidade econô-mica e social sem precedentes pode ser considerada como um espelho capaz de refletir fatos comuns à Capital Federal e à Capital Nacional do Petróleo, colocando à prova a capacida-de dos seus gestores em buscar alternativas viáveis para salvar governos. Para um desses ato-res, isso pode ser tarde demais.

De todas as semelhanças com-partilhadas entre Brasília e Ma-caé, a mais significativa está no caso da Petrobras. Se, antes, a empresa era sinônimo de prospe-ridade para a Nação e de pujança para o município, hoje, a estatal tornou-se a sombra de um proje-to de poder em decadência, uma análise que se aplica a qualquer uma das esferas administrativas.

E no momento em que os acordos partidários tornam-se medidas desesperadas para salvar governos, eis que o racha entre o PMDB e o PT simboli-za o que é mais rechaçado nas regras tortuosas da política: a falta de palavra e a incoerência nos discursos mantidos antes da vitória nas urnas.

Assim, diante de tantas se-melhanças, existe também um ponto crucial que unifica esses dois governos: a expec-tativa de alcançar a resiliência a partir do crivo do Congresso Nacional, seja na decisão pelo impeachment, seja nas discus-sões sobre o futuro do mercado do petróleo brasileiro, o ponto principal para proporcionar a Macaé uma nova gênese na sua história como símbolo de desenvolvimento e de prospe-ridade, antes ou depois do dia 2 de outubro deste ano

ROBERTO STUCKERT FILHO/ PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 25/08/2011

PMDB de Macaé se alinha a Eduardo Cunha e TemerTão tumultuada quanto em Brasília, a 'dança das cadei-ras' entre os partidos em Macaé também ajudou a provocar a ins-tabilidade entre acordos políticos firmados em uma época anterior ao resultado das urnas, em 2012.

Antes de assumir o topo do bloco de partidos aliados à administração municipal, o PMDB encarava o projeto de poder construído para vencer o último pleito municipal em Ma-caé como um adversário a ser abatido, ou até mesmo 'batido até virar pó', conforme afirmado pelo presidente estadual da le-genda, Jorge Picciani, na época.

Aliado ao projeto liderado pe-lo deputado estadual Christino Áureo (PP), o PMDB tornou-se a casa, não só do atual chefe do Executivo, hoje presidente da comissão provisória do PMDB de Macaé, como também de todas as lideranças que fazem parte da alta cúpula da adminis-tração municipal que almejam disputar as vagas da Câmara de

Vereadores, incluindo nomes cotados a assumir o posto de vice na chapa da reeleição.

E os soldados de Macaé mar-charam junto às lideranças na-cionais do PMDB ao anunciar a decisão de romper com o governo federal em ato realizado no dia 29 de março deste ano: um pas-so crucial para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que teve no líder do PMDB na Câmara dos Deputados, o fiel parlamentar Leonardo Picciani.

Essa decisão acabou descons-truindo, de vez, a aliança partidá-ria original da atual administração municipal. Com o PV deixado de lado, o PT que elegeu o vice-prefei-to da chapa do 'governo da mudan-ça', viu-se expurgado do governo sem antes registrar as suas críticas baseadas na incoerência.

Único vereador fiel ao PT na Câmara, que resistiu à descons-trução da aliança original do go-verno, Marcel Silvano afirma: "O governo municipal perdeu a sua origem e a sua coerência".

Lideranças históricas do PT assumem secretariaE no meio do turbilhão de fa-tos que colocam em xeque dis-cursos, posicionamentos e atos políticos registrados, tanto em Brasília, quanto em Macaé, eis que uma solenidade realizada no Teatro Municipal represen-ta o enredo de uma trama que enxerga de soslaio o processo eleitoral que se aproxima.

Após o discurso de racha com o PT a níveis nacional e o muni-cipal, o governo de Macaé lide-rado pelo bloco peemedebista recebe com pompa e circuns-tância remanescentes da mili-tância tradicional e aguerrida de lideranças que vestiram a cami-sa das quatro administrações da era Lula-Dilma, então aliados do ex-prefeito Riverton Mussi.

Depois do processo de des-construção da bancada do par-tido na Câmara, do afastamento de lideranças como o senador Lindberg Farias (PT) e da re-composição da comissão provi-sória do PMDB, um dos nomes de peso do diretório municipal

do Partido dos Trabalhadores assume a secretaria municipal de Educação: Marilena Garcia, substituindo um ex-dirigente, ex-presidente da legenda em Macaé e vereador eleito pela bandeira vermelha: Guto Garcia.

Com o mantra da 'coalizão', o governo municipal atraiu também nomes do PDT, e até do PSDB, fi-guras cuja participação em admi-nistrações municipais passadas passam a representar uma espécie de 'acordão' para reforçar as estru-turas de uma aliança abalada pelas baixas partidárias de origem.

Para integrantes do governo, a decisão representa o reconhe-cimento pelo papel exercido por essas lideranças em gestões mu-nicipais passadas.

Mas, para quem participou da gênese do governo que prome-teu mudanças, a coalizão reflete um cenário de desespero.

"A incoerência tem como al-to custo a decepção", afirmou Marcel Silvano, único do PT que não traiu as origens.

PONTODE VISTAComo acontece hoje em Brasília, quando os deputados lutam para manter ou tirar a presidente Dilma Rousse¤ do poder, por ter praticado crimes de responsabilidade, desde o dia dois passado, começou também em Macaé, assim como nos mu-nicípios brasileiros, a briga pelo poder

Desde os primeiros momentos da crise mundial que afetou, principalmente, a indústria de óleo e gás, e recebendo grandes receitas com repasses de royalties pela exploração de petróleo, os municípios e estados brasileiros beneficiados com os recursos, esqueceram de fazer o dever de casa, e hoje arcam com a enorme dificuldade de administrar os orçamentos

O ex-prefeito Silvio Lopes, na gestão 2000/2004, implantou o Restaurante Prato Cheio para servir refeições a 1 Real. Mas tem gente que por interesse político esquece de lembrar. Como um era pouco, o ex-prefeito Riverton Mussi desapropriou o prédio da Antarctica, de José Maria Melon, para instalar o segundo restaurante popular. Quer dizer, Macaé contaria com dois, e não um restaurante popular.

Depois que o vereador Chico Machado tomou conhecimento de uma carta de cinco páginas cobrando dinheiro de políticos e, tendo alguns bons advogados admitido que na prática existiram crimes diversos nas transações, disse que: “Além das planilhas da Odebrechet colocando Macaé na mira da Lava-Jato, agora temos também outra operação. A Mala-Jato”. Tem vídeo circulando na internet.

Até domingo.

Além do abandono e da destruição pelo tempo do antigo prédio e da quadra de esportes do Ypiranga, que pertence ao município, do Parque da Cidade, área de 100 mil m2 também abandonada, do Ginásio Poliesportivo que está quase caindo aos pedaços, e de outros bens “esquecidos” pela administração, vem mais bomba por aí. Parece que a oposição está com sede...

Briga pelo poder

Luz no fim do túnel?

Quem pode mais, ou quem pode menos? Vai caber aos elei-tores dar a resposta nas eleições marcadas para 02 de outubro, desta vez de forma mais escla-recida porque não só no gover-no federal ou estadual, como no municipal, o ‘toma lá dá cá’ tomou conta da administração nos três níveis. Como em 2012 a população ansiava por mudan-ças que foram prometidas, com certeza os eleitores acreditaram na ‘onda verde’ e achavam que estariam virando uma página política triste da história. Mas, promessas... palavras... são leva-das pelo vento, como se expres-sava o grande líder desaparecido no mar de Angra dos Reis, de-putado Ulysses Guimarães, que foi o exemplo vivo da política praticada com moral e respeito. Quem ainda guarda na lembran-ça as imagens das mobilizações não só pela campanha das Dire-tas Já, quando o povo desejava mudar o sistema de escolha do Presidente da República, como na peregrinação de eleger Tan-

credo Neves em eleição indireta. Enfrentando o forte poder mili-tar, no qual acabou beneficiado o então senador José Sarney que, empossado, concluiu com atro-pelos, o mandato, a Constitui-ção Cidadã, em 1988, começou a redemocratização do país. Por aqui, mais uma vez, os eleitores estão no dia a dia sendo desafia-dos a acreditar no que realiza a administração municipal, e ter de volta o respeito perdido. Não será tão fácil escolher um nome para renovar, mas já existe um time disposto a enfrentar as di-ficuldades de toda ordem que aparecem numa eleição, e ter de volta, pelo menos, a credibilida-de perdida ao longo dos últimos três anos e quase quatro meses de um mandato conturbado que viraliza as redes sociais a todo instante - aliás, canal es-colhido pelo governo para se comunicar neste território li-vre onde todos podem opinar. A briga pelo poder, pelo que se conhece até agora nos bastido-res, vai ser ferrenha.

Se criado um fundo, como por exemplo fez Aberdeen, fosse guardado um pouco do dinheiro, e também houvesse a aplicação dos royalties em obras de infra-estrutura, e não gasto perdula-riamente - denúncia fartamente divulgada pela Agência Nacional de Petróleo desde a descoberta do pré-sal, em 2007. Por exem-plo, criado em Macaé o Conse-lho dos Royalties para fiscalizar a aplicação do dinheiro, até hoje não se conhecem seus membros, trocados à mercê de interesses que não permitiram a eles fazer o trabalho para o qual foram convocados. Desestimulados, embora sérios e probos, acaba-ram abandonando o barco e a população continuou sem saber como era, e é gasto o dinheiro. Com a mudança de governo e a mudança da administração que acusava a anterior de praticar atos ilícitos, parece que a pica-da da mosca azul e uma caneta para administrar recursos da ordem de mais de R$ 2 bilhões por ano, poderia tudo. “Enganar

alguns por algum tempo, mas nem todos por todo o tempo” é a máxima de um ditado popu-lar que deve servir para aqueles que abraçam a política e não fazer dela, a política, carreira profissional, daí a observância da alternância de poder. Quan-do a nova administração muni-cipal assumiu, todos conheciam e combatiam o mal feito da gestão anterior. Mas não foi o suficiente para servir de lição. Até por que quem foi deputado federal e ges-tor da administração pública co-nhece bem os caminhos que não deveriam trilhar. Ao entrar nesse túnel do tempo, promessas foram esquecidas e deixou de existir o respeito ao cidadão. Há, sim, luz no fim do túnel. Mas só quem enxerga essa luz são empresários bem-sucedidos que ainda acredi-tam na capacidade de reverter a situação, principalmente quando o barril de petróleo atingir a pre-visão de 60 dólares no mercado. A hora é de acomodação e mobi-lização. Mas é necessária a união de todas as classes.

PONTADA

Danilo Funke diz que governo retrocede postura política ao tentar salvar o futuro. Vice-prefeito afirma que retórica da mudança foi abandonada desde racha registrado em 2014

NOTA

Page 4: Noticiário 17 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Há o entendimento de que o apocalipse significa o fim de tudo, o que marca o encerramento e a destruição de um período baseado principalmente em atos errados que infringem a lei de Deus e dos homens. Mas a pala-vra de origem grega pode conceituar também o termo “revelação”, e esse é o que provoca o maior temor para quem vive e acompanha o cenário político de Macaé, não tão diferente do que acontece no Planalto Central.

Será que o excesso de informações que recebemos por diversos meios de comunicação móvel, durante as seis, oito, ou mais horas de trabalho, além daque-las que chegam no período de descanso, tem deixado nossa mente cansada e confusa?

Apocalipse

A “síndrome das notificações móveis”

Se a gênese, ou o início de tudo, do atual governo foi pautada pelo discurso de construção de um novo conceito da política mu-nicipal, criminalizando a história de antigos dirigen-tes, santificando os novos nomes que aproveitaram o hiato surgido nos meados do processo eleitoral ainda de 2008, o apocalipse do atual sistema administrativo de Macaé pode estar pautado nas revelações que surgem, ora de Brasília, ora da pró-pria Capital Nacional do Pe-tróleo, trazendo à tona fatos e dados cujos impactos são tão fortes que não restarão pedra sobre pedra.

E hoje o estopim do que desencadeou o processo de impeachment discutido em Brasília é o que passa a as-sombrar o cenário político municipal. E nesse momento histórico, o motivo consegue mesclar características de gê-nese e efeitos do apocalipse.

A Operação Lava-Jato foi iniciada com a modesta ação da justiça concentrada em Curitiba. Mas, os seus desdo-

bramentos foram suficientes para provocar, em Brasília, o mesmo cenário bíblico des-crito como o encerramento da atual era: o aprisiona-mento dos condenados e a destruição pelo fogo.

Mas é fato que a própria investigação conduzida pelo Juiz Sérgio Moro passa a ser a gênese da discussão de um novo modelo político nacio-nal, um processo que envol-ve líderes de destaque não apenas do Judiciário, mas também do Executivo e do Legislativo.

Em Macaé, a Lava-Jato se-gue no conceito da revelação diante dos dados evidencia-dos nas planilhas da Odebre-cht apreendidas pela Polícia Federal na etapa 'Acarajé'.

E se esse será o apocalip-se para quem foi citado nas listas que levantam dúvidas sobre doações de campanha e pagamento de propina, só resta aguardar as respostas que sairão das urnas em 2 de Outubro: o dia do juízo final ou da gênese de um novo pe-ríodo político/administrati-vo para Macaé.

No curso que a vida segue, podemos ser surpreendidos por uma nova síndrome: a das “noti-ficações móveis”.

Antes de entrar, especificamen-te, na reflexão que o título propõe, quero retomar o significado das pa-lavras síndrome e notificação, con-forme constam nos dicionários.

Síndrome: palavra de origem grega, "syndromé", cujo significado é "reunião", termo bastante utiliza-do em Medicina e Psicologia para caracterizar o conjunto de sinais e sintomas que definem uma deter-minada patologia ou condição.

Já a palavra notificação, penso que, mais do que saber a definição, é uma realidade contida em quase tudo que fazemos. A palavra sig-nifica a ação e o efeito de notificar - verbo que deriva do latim "noti-ficare" - comunicar formalmente uma resolução ou dar uma notícia com um certo propósito.

Não quero tomar posição com acusação, preconceito, ou opinião contrária ao uso da tecnologia. Mas abrir espaço para alguns questio-namentos: de que modo temos vi-vido e quais influências a notifica-ção móvel - marca das novas tecno-logias - tem gerado em nossa vida? Quantas notificações recebemos por dia? Seja no celular, em outros dispositivos móveis, ou no compu-tador de mesa? O que conseguimos ler, assimilar, refletir e responder no decorrer das 24 horas?

É o e-mail que chega na sua caixa de entrada, o WhatsApp do grupo que não para de apitar, o twitter da-quele jornalista ou personalidade que você segue, a reunião que vai começar, a foto do(a) namorado(a) que foi publicada no facebook,

o aviso do aplicativo para tomar água, remédio. Enfim, durante todo tempo que nosso dispositivo móvel está ligado, se não tivermos desabilitado o recurso nas confi-gurações das ferramentas e aplica-ções, a cada minuto chegará uma notificação sobre algo.

Segundo estudiosos, uma edição de domingo dos grandes jornais contém mais informação do que uma pessoa do século XVII recebia ao longo de toda a sua vida.

Na própria internet, encontra-mos pesquisas científicas que afir-mam que o excesso de informação pode causar exaustão do Sistema Nervoso Central do cérebro.

Sempre escrevo artigos a partir de alguma experiência que vivo ou de realidades que observo. Portanto, não me excluo de nada que abordei.

Deixo aqui algumas dicas que te-nho adotado para não perder o foco.

Primeiro: pergunte a si mesmo o que é essencial. Depois, na parte prática, desabilite as notificações dos grupos (whatsapp, telegram, entre outras redes sociais). Lembre-se: se alguém deseja falar com você no horário de trabalho tentará ou-tros meios, como fazer uma ligação.

Segundo: não perca a paciência e a sua paz porque esta ou aquela pessoa não respondeu de imediato à sua mensagem.

Precisamos ser protagonistas no uso da tecnologia e da informação e, jamais, escravos. Nós é quem precisamos ditar as regras.

Adailton Batista é missionário da Comunidade Canção Nova, Gerente de Mídia Social e pro-dutor de conteúdo do Portal Canção Nova

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Serra Macaense vence na sua reestreia. Time profissional enfrentou o Duque de Caxias em jogo amistoso

EleiçõesO tempo segue fechado na base aliada do governo municipal. Após receber os principais nomes da alta cúpula da admi-nistração, o PMDB encara dificuldades para fechar a nominata de candidatos a vereador, bem como firmar coligações para disputar as vagas do Legislativo. A briga principal é sobre quem vai subir no palanque do projeto de reeleição, que também não anda lá muito bem 'das per-nas'. É esperar para ver!

MajoritáriaA campanha dos vices volta a entrar em campo, tanto no projeto da oposição, quanto na linha da reeleição. E a Câmara de Verea-dores volta a ser um dos principais celeiros para a formação das chapas majoritárias, que deverão ser chanceladas nas conven-ções partidárias em julho. Pelo que parece, Guto Garcia (PMDB) ainda é o mais cotado a dividir com o prefeito a disputa neste ano. No lado da oposição, o nome vai ser escolhido na base das pesquisas.

DeficiênciaE a queda vertiginosa nos repasses dos royalties e da Participação Especial (PE) do petróleo reduzem a capacidade do governo em manter grande parte das despesas pro-gramadas para 2016, em especial, aquelas referentes aos principais contratos firmados ainda na gestão do ex-prefeito Riverton Mussi. Porém, Macaé ainda não chegou ao estágio de ter os serviços de limpeza pú-blica, esgoto e transporte ameaçados pela crise. Não, por enquanto!

MutirõesAbril é o período sazonal em que ocorre a maior incidência de casos de infecção por dengue, um histórico relacionado ao grau de proliferação do mosquito Aedes aegypti, o que eleva a preocupação quanto aos ris-cos de epidemia de chikungunya e do zika vírus. Mesmo assim, as ações de combate ao inseto seguem, em Macaé, na base da orientação e da estratégia do Centro de Controle de Zoonoses (CZZ). Mas cadê os mutirões de limpeza?

ÁguaAté parece utopia, mas a deficiência no sis-tema de abastecimento de água da cidade pode auxiliar na proliferação do Aedes ae-gypti. É que moradores de comunidades ca-rentes ainda são atendidos por caixas d'água comunitárias, e tendem a armazenar em galões e baldes o volume necessário para o consumo semanal. Enquanto não houver uma intervenção direta do governo, os pro-blemas da Nova Cedae ainda custarão caro à qualidade de vida no município.

LixoHá mais de uma semana, moradores do Novo Cavaleiros aguardam o serviço de limpeza, varrição e remoção de lixos e en-tulhos. A calçada da base de uma empresa offshore desativada no bairro acabou sendo transformada em lixão, o que afeta direta-mente os moradores da Rua Manoel Fran-cisco Nunes. E vale ressaltar que o local é um dos pontos que geram o maior volume do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) do município.

TransporteA falta de sincronia entre os horários de maior pico do trânsito, e os de coletivos que saem do Terminal Central, acaba causando um verdeiro colapso na mobilidade urbana da cidade. Nos horários de encerramento do expediente é comum registrar a saída de comboios de ônibus que seguem todos para a região norte da cidade, uma frota que cau-sa impactos no trânsito, desde o Centro até a Rodovia Amaral Peixoto, passando pela Ponte Ivan Mundim.

EscondidoQuem passa pelo Miramar estranha que as duas composições do Veículo Leve sobre Tri-lhos (VLT), paradas há quatro anos na antiga estação ferroviária central da cidade, tenham mudado de posição. Mas a verdade é que os trens não andaram mas, sim, foram direciona-dos para a parte de trás do prédio ocupado por repartições da secretaria municipal de Mobili-dade Urbana. Há quem diga que, por ordem do governo, as composições precisam sair de cena o mais rápido possível, antes das eleições.

PerdidoPor atrasos, os contribuintes que pos-suem débitos com a prefeitura não po-derão recorrer ao programa "Concilia Macaé", que previa descontos e facilida-des para a quitação de dívidas com im-postos municipais. O projeto que criava o sistema foi aprovado pela Câmara em dezembro do ano passado. Mas, cinco meses depois, o governo se deu conta de que não poderia sancioná-lo em vir-tude do processo eleitoral.

Nesta semana, a Odebrecht Ambiental voltou a realizar intervenções na Linha Verde, no trecho próximo onde está sendo construída a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Central, a maior e mais importante unidade de captação de efluentes previstas na Parceria Pública Privada (PPP) assinada entre a prefeitura e a empresa subsidiária da Odebrecht.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016 5

PolíciaCOLUNA

Secretarias municipais de segurança podem ajudar no combate a violência

Parece indisfarçável que a violência urbana tem sufocado a população nas grandes capitais de nosso país. Tristemente todos possuem um testemunho a dar sobre o assunto; vivenciamos uma es-pécie de epidemia que somen-te terá solução quando houver uma Força-Tarefa coordenada pelos Municípios, pois são os que estão mais próximos das peculiaridades sociais, culturais e econômicas de cada região.

VOCÊ É FAVORÁVEL À CRIAÇÃO DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SEGURANÇA?

Obviamente que sim, posso dizer que é uma luta minha de mais de 20 anos. Nossa Consti-tuição Federal estabelece a segu-rança como garantia individual, em seu artigo 5º, e como direito social em seu artigo 6º. Também dispõe em seu art. 144 ser dever do Estado prover a segurança, embora ressalte ser direito e responsabilidade de todos, não vedando que a municipalidade atue de forma conjunta e coo-perativa na busca da efetivação desta garantia. Ao contrário, o texto constitucional estimula a cooperação entre os entes fede-rados na busca da consecução dos fins a que se destina. Por essa razão é que muitos municípios brasileiros criaram suas secre-tarias de Segurança a exemplo de Curitiba, Vitória, Florianó-polis, Belo Horizonte, Uberaba, São Luís, dentre outras cidades. Via de regra, no contexto onde já existe, a Secretaria Municipal de Segurança aglutina a Defesa Civil e a Guarda Municipal e Mobilidade Urbana, passando a coordenar políticas públicas de segurança no âmbito muni-cipal, de forma cooperativa e co-laborativa com o Estado e com o Governo Federal.

QUAIS OS BENEFÍCIOS DA REFERIDA SECRETARIA?

A Secretaria Municipal de Segurança também pode atuar no financiamento de estudos e no desenvolvimento de projetos que visem a melhoria da segu-rança pública, bem como a ope-racionalização de políticas pre-ventivas voltadas à diminuição da criminalidade (iluminação pública, atividades culturais/es-portivas); uma vez que a política repressiva, como sabemos, é de desempenho exclusivo da Polí-cia Militar. Outra característica seria a permanente interação com as polícias Civil, Militar, Federal e Corpo de Bombeiros. A exemplo de Florianópolis, pode instituir em seu organo-grama a atuação vinculada de alguns Conselhos como o Con-selho Municipal de Entorpe-centes, Conselho Municipal de Defesa do Consumidor, Conse-lho Municipal de Defesa Civil. Sabemos que tais Conselhos são como um filtro para mediação de conflitos sociais; muitas ve-zes um homicídio ou crime de lesão corporal são detectados e evitados de forma proativa.

QUAL A REFERÊNCIA EM NOSSO PAÍS?

Poderia citar várias cidades, inclusive aqui no Rio de Ja-neiro. Porém, tive o privilégio de acompanhar a criação da Secretaria na cidade de São

Carlos, que fica localizada a 230 km na região noroeste da capital do Estado de São Paulo. Esta pequena cidade registrava em 2001 índices preocupantes de criminalidade, sua popula-ção vivia alarmada com tama-nha violência; ainda que o or-denamento jurídico brasileiro atribua ao Governo Estadual a gestão da segurança pública, o Município adotou um planeja-mento estratégico para integrar seus esforços às ações desenvol-vidas pelos órgãos responsáveis pela questão. A Prefeitura Mu-nicipal de São Carlos implan-tou, através da Secretaria, o Plano Municipal Integrado de Segurança Pública. Os resulta-dos alcançados mereceram des-taque na imprensa nacional. O plano recebeu o Prêmio Gestão Pública e Cidadania, ficando en-tre as cinco melhores iniciativas do país. O prêmio foi concedido pela Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a Fundação Ford e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

COMO FUNCIONA NA PRÁTICA?

No meu ponto de vista, que trabalho há 29 anos na área de segurança, é fascinante pois é um verdadeiro mergulho do Chefe do Executivo municipal (Prefeito) para salvaguardar o maior bem tutelado pelo orde-namento jurídico, que é a vida. Constitui-se em um esforço pa-ra apoio logístico às Polícias Ci-vil, Federal, Militar, e Corpo de Bombeiros; com doação de via-turas, compra de equipamentos, reforma de instalações, garan-tia de alimentação, despesas de custeio e auxilio de saúde para os agentes e seus dependentes. Paralelo a isso, tem que possuir uma Guarda Municipal que se-ja responsável pela mobilidade urbana, sendo esta muito bem preparada. Assim, teremos to-dos os agentes de segurança de um município trabalhando de forma integrada. Ressalte-se a criação de um núcleo de atendi-mento integrado das forças de segurança, onde todos traba-lhem juntos com triagem e di-recionamento das ocorrências, pois muitas ligações com cará-ter assistencialista como: mal-súbito, mulheres em estado de parto e apenas condução para Delegacia, podem ser feitas pela Guarda Municipal, liberando a Policia Militar para atividades repressivas.

A SECRETARIA DE SEGURANÇA PODE INTERAGIR COM OUTROS ÓRGÃOS?

Certamente, voltando sua atenção também para a criança e ao adolescente, garantindo meios para o pleno funciona-mento dos Conselhos Tutela-res; implantando centros de educação, esporte, cultura e lazer; promovendo palestras educativas de combate às dro-gas e mantendo programas de recuperação de espaços pú-blicos ociosos; aumentando a segurança, a qualidade de vida e a autoestima da população e programas de recuperação de áreas degradadas identificadas como pontos de venda de pro-dutos entorpecentes ou locais de crime. Acreditem: a segu-rança pública é muito mais que Polícia Militar, Civil e Federal; é a soma de esforços em todas as esferas.

Quem quiser pode enviar sugestão de pauta para o e-mail: [email protected]

NOTA

Defesa Civil realiza vistoria no calçadão da Rui Barbosa

O tenente-coronel Ramiro Campos explica como funcionariam e os seus benefícios

INVASÃO

Mais uma comunidade cresce sem impedimentos no BarretoMoradores dizem temer avanço e se unem para tentar conter a situaçãoLudmila [email protected]

As invasões e ocupações irregulares em Macaé acontecem com bastante

frequência na cidade. Em diver-sas matérias, o Jornal O DEBA-TE está sempre denunciando o problema, com o intuito de evitar o avanço das constru-ções. Contudo, em sua grande maioria, com as famílias já ins-taladas, dificilmente é possível retirá-las.

Neste cenário, mais uma co-munidade vem ganhando espaço no município. Desta vez, a ocu-pação ocorre no bairro Barreto, atrás dos condomínios da MRV e próximo a um canal, que está completamente abandonado pelo Poder Público.

Os próprios moradores do bairro que denunciaram o pro-blema e temem que sem a fisca-lização da Prefeitura, as constru-ções só avancem. Principalmen-te beirando o Canal existente ali, que está completamente aban-donado.

“Se a Prefeitura não vier to-mar as providências necessárias quanto à limpeza do Canal, es-tamos nos unindo e organizan-do para que seja feita a limpeza e vamos cercar o local, com a finalidade de impedir o avanço de ocupações irregulares. Além disso, se preocupam tanto em divulgar sobre a dengue e outras doenças, mas, deixam um Canal no estado que ele está. Várias pessoas do bairro já tiveram Dengue e outras doenças refe-rentes a mosquito. Precisamos que seja feito algo, ou seremos obrigados a fazer”, disseram os moradores do bairro.

Quem passa pela Avenida In-dustrial consegue visualizar a comunidade, que está bastante adiantada, inclusive com casas já feitas, ruas delimitadas e postes de luz. Essas invasões acabam trazendo uma série de proble-mas, tanto ambientais quanto

estruturais. Para dar lugar às construções,

muitas vezes é necessário fazer o corte de árvores e/ou queima-das. Nesta semana, a equipe do Jornal O DEBATE flagrou uma grande área desocupada da Mal-vinas sendo queimada. O local já é conhecido pelas ocupações ir-regulares.

Segundo a Lei municipal nº 3010/2007, esse ato, seja em área pública ou privada, sem a auto-rização da Coordenadoria Geral de Arborização e Paisagismo da Sema, configura-se como crime.

Tal situação também vai con-tra o Art. 60 da Lei 9.605/98, que prevê que a pessoa que “cons-truir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, es-

tabelecimentos, obras ou servi-ços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes” pode ser penalizada com prisão de um a seis meses, multa ou am-bas as penas cumuladas.

De acordo com a Prefeitura, há uma Comissão Permanente de Pronta Ação, formada pelas secretarias de Ordem Pública, Obras, Serviços Públicos, Mo-bilidade Urbana e Procuradoria Geral. Na quinta-feira (14), as pessoas que ocupavam o terreno público localizado atrás do Con-domínio MRV, foram notificadas pela equipe. Eles têm cinco dias para sair do local. Após isso, a equipe de Pronta Ação retorna

para vistoria no terreno. Se a notificação não for respeitada, o local entra no cronograma de ações da equipe que embarga e realiza a demolição das constru-ções.

Vale destacar que a comissão tem atuado fortemente na elimi-nação de ocupações irregulares. Somente este ano, as ações per-mitiram a reintegração de posse no Barra Sul e Nova Esperança. Além destes, desde que o tra-balho foi iniciado, em junho de 2015, cerca de 50 procedimentos foram realizados, contribuindo para ordenamento ocupacional da cidade, bem como para a pre-servação ambiental, pois, em al-gumas situações, as construções são feitas em Área de Preserva-ção Permanente (APP).

LUDMILA FERNANDES

Comunidade segue bastante adiantada, atrás dos condomínios da MRV, no Barreto

Polícia segue com operações de combate à Contravenção

32º BPM

O comando do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM) segue com operações visando a repressão aos crimes de contravenção penal. O objetivo é a prisão e apreensão de materiais ligados ao “jogo do bicho”, pirataria, máquinas caça-níqueis e “gatonet”, em toda a área do 32º BPM.

Em mais uma intervenção da PM no município de Quissamã, a polí-cia localizou na Rua José Saturnino, no bairro Caxias, um homem, de 53 anos, realizando anotações de “jogo do bicho”. O material e os envolvi-dos, uma testemunha e o suspeito foram encaminhados à 130ª DP, onde o acusado foi enquadrado na Lei 388/41, no Art. 58, sendo ouvido e liberado.

Quissamã, Carapebus e Conceição de Macabu recebem novas ações da Polícia Militar

CARAPEBUSNa Rua Getúlio Vargas, na

Baixada, guarnição conseguiu localizar um local onde estava ocorrendo “jogo do bicho”. Fo-ram encontrados R$ 30,00 em espécie, dois blocos brancos com anotações, dois blocos amarelos com anotações e um caderno também com anotações.

O material e o suspeito, de 40 anos, foram encaminhados à 130ª DP, onde o acusado foi en-quadrado na Lei 388/41, no Art. 58, sendo ouvido e liberado.

CONCEIÇÃO DE MACABUN o C e n t r o, n a R u a M i l n e

Ribeiro, guarnição encontrou um local de ponto de vendas de CDs e DVDs piratas. No total, foram 230 CDs e 1.140 DVDs, todo o material e uma testemu-nha foram encaminhadas à 122ª DP. A testemunha foi ouvida e liberada.

DIVULGAÇÃO PM

Operações visam combater os crimes de Contravenção

LUDMILA FERNANDES

Nesta semana, nossa equipe flagrou uma vasta área na Malvinas sendo queimada

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016

OFFSHORE

ANP estuda alterações em regras para exploração do petróleoFlexibilização em contratos de licitação poderia dar fôlego a Bacia de Campos

Guilherme Magalhã[email protected]

Em meio à crise instalada no setor o�shore, a dire-toria da ANP (Agência

Nacional de Petróleo) eviden-ciou, na semana passada, que vem estudando uma maior flexibilização nas regras dos contratos de licitação para ex-ploração de petróleo e gás no país. A informação foi anun-ciada pela própria presidente do órgão num evento durante a última quinta-feira, no cen-tro do Rio.

Capaz de dar novo fôlego a Bacia de Campos, de acor-do com Magda Chambriard, diretora-geral da ANP, caso venha a se confirmar, a nova medida englobaria tanto no-vos contratos como contratos da "Rodada Zero", de 1998 - considerada defasada.

“Nós entendemos que há flexibilizações possíveis em contratos da "Rodada Zero" e das rodadas de um a dez. Por isso, já estamos submetendo todas as questões a um de-bate dentro da agência, para quando levarmos sugestões ao Ministério Público elas sejam bastante consistentes”, decla-rou Chambriard.

Ainda em seu discurso, a executiva também afirmou que, atualmente, uma das principais diretrizes da ANP

é no sentido de dar fôlego ao desenvolvimento da cadeia de óleo e gás, frente ao cenário de arrocho do país.

“Levando em consideração essa questão da crise econô-mica, o que merece nossa atenção é como viabilizar e como fazer sobreviver diver-sos projetos da cadeia de óleo e gás num cenário de preço baixo do petróleo”, disse.

Para salientar como a fle-xibilização das regras dos contratos de licitação para exploração do petróleo pode-ria ser benéfico para o setor a médio prazo, a executiva usou como exemplo o au-mento de prazo dos contra-tos já existentes.

"Em âmbito geral, conside-ramos que o edital e o contra-to de cada licitação permitem uma abertura maior de pos-sibilidades”, acrescentou Chambriard questionado so-bre os tamanhos dos blocos exploratórios e o programa mínimo para os novos con-tratos frente a atual faixa média de preço de petróleo.

“A ANP pode exigir progra-mas exploratórios mínimos menos agressivos. Na prática, isso significa que, em vez de pedir unidades de trabalho correspondentes a poços ex-ploratórios, podemos consi-derar o risco envolvido e di-minuir exigências”, explicou.

INCENTIVO PREVISTO DO GOVERNO PODE POTENCIALIZAR AÇÕES

No início de março, o go-verno federal anunciou uma nova medida que pode ser crucial para potencializar as investidas de fôlego na ca-deia de petróleo da região. Com a possibilidade de li-berar até US$ 120 bilhões em investimentos ao setor de óleo e gás, segundo previ-sões do próprio Ministério de Minas e Energia, a ajuda pode começar a funcionar na prática entre este ano e o próximo.

Segundo o próprio Minis-tro da pasta, Eduardo Braga, a medida tem foco principal-mente na prorrogação de con-cessões de campos em ativida-de, como o da "Rodada Zero", de 1998, e notificação de con-cessionárias para retomada da produção em campos parados, além de estudos para contra-tação sob regime de partilha de áreas unitizáveis (reservas interligáveis).

“ E n t e n d e m o s q u e e st a ação faz parte de uma polí-tica de fomento à indústria de petróleo e gás, que re-presenta quase 15% do PIB, e destravará investimentos que podem chegar a US$ 120 bilhões”, afirmou o ministro na ocasião.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016 7

OPORTUNIDADE

Programa para empreendedores regionais encerra inscrições esta semanaIniciativa da Shell ajudará pequenos empresários da cadeia de óleo e gás regional a desenvolverem seus negócios Guilherme Magalhã[email protected]

Termina na próxima quar-ta-feira (20) o prazo de inscrição para o ‘Shell Ini-

ciativa Empreendedora 2016’. Criado com o objetivo de ajudar empresários da cadeia de óleo e gás regional a desenvolverem seus negócios, além de Macaé, também podem concorrer em-preendedores de São Francis-co de Itabapoana e São João da Barra.

Realizado em parceria com o CIEDS (Centro Integrado de Estudos e Programas de Desen-volvimento Sustentável), que participa de outros importantes projetos na cidade, como o PDI (Pacto para Desenvolvimento Integrado), no ano passado Ma-caé foi uma das principais cida-des do circuito de capacitação do programa, que já registrou a criação formal de 20 novas

empresas ligadas à cadeia pro-dutiva de óleo e gás no mercado do setor no Norte Fluminense.

Assistente de projetos do programa, Mariana Bonniard reforça que os interessados em participar das turmas deste ano devem acessar o site www.iniciativaempreendedora.org.br. Por lá, entre os únicos pré-requisitos básicos para a con-corrência estão ter mais de 20 anos e morar em um dos três municípios de abrangência do programa.

Segundo Márcia Maria da Conceição, coordenadora do programa no Norte Flumi-nense, a meta continua sendo lapidar projetos de negócios originais.

“Assim como aconteceu nos últimos anos de realização do programa, vamos procurar se-lecionar projetos mais pontuais e de caráter inovador, que bus-quem alternativas para o atual

período de dificuldade econô-mica”, destacou em entrevista recente.

Em 2014, os três projetos de negócios mais bem avaliados na etapa final do programa, que contou com 14 concorren-tes, receberam prêmios de R$ 8 mil, R$ 6 mil e R$ 4 mil, de acordo com a análise de um jú-ri especializado. Na ocasião, os grandes campeões da noite fo-ram, respectivamente, o proje-to “Sustentt”, visando oferecer soluções personalizadas para o desenvolvimento da educação ambiental, conforme a neces-sidade do cliente; “Casamento Chic”, com a proposta de ofe-recer informações e dicas atra-vés de imagens e palavras na elaboração e planejamento de uma festa de casamento; e, “Pe-tit Hostel Carolina”, no bairro Aeroporto, com o objetivo de se tornar uma referência alterna-tiva do ramo na cidade.

DIVULGAÇÃO

Nos últimos anos, empreendedores de Macaé têm sido um dos principais alvos do programa

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016

BAIRROS EM DEBATE São José do Barreto

O que diz a PrefeituraA secretaria de Serviços Pú-

blicos informou que a limpeza do bairro está no cronograma e será executada nas próximas se-manas. A prefeitura ressalta que, no caso de limpeza de terreno particular, a responsabilidade é do proprietário. Em caso de ter-renos públicos, o órgão atua em todo o município.

O serviço atende os locais so-licitados pela população, pelo Disque Cata Bagulho, nos te-lefones: 2006-0218 ou 2006-0219. Também são realizados serviços identificados pela ronda da equipe pelos bairros. No Cata Bagulho é feito o recolhimento de objetos inservíveis, como móveis, colchões, eletrodomésticos, en-tre outros objetos. O trabalho é realizado de segunda a quinta-feira, das 7h às 17h, por meio de agendamento.

Já os entulhos - restos de ti-jolos, concretos, madeiras, frag-mentos de argamassa e outros

produtos que são descartados durante obras - são recolhidos pela equipe da secretaria, desde que estejam devidamente ensa-cados. Além dos telefones, a po-pulação também pode solicitar o serviço indo à secretaria, que fun-ciona na Rua Marechal Rondon, nº 390, Miramar. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e o telefone para mais informações é 2796-1235.

A limpeza do Canal Macaé-Campos é feita periodicamente e, em breve, irá receber as fren-tes de trabalhos dando prosse-guimento às ações.

Em relação ao reforço na ilumi-nação em todo o bairro, 15 pon-tos (lâmpadas) foram atendidos pela ronda. A subsecretaria de Iluminação Pública informa que, nesta semana, o bairro São José do Barreto recebeu 18 manu-tenções: seis atendimentos de-mandados pelo serviço de Call

Center (156) e doze realizadas através de rondas da equipe pelo bairro. Solicitações como essas podem ser feitas pelo Disque Luz Macaé - telefone 156 - e também pelo WhatsApp no número (22) 99886-2168, que não recebe li-gações telefônicas. Por meio do 156, o atendimento é das 9h às 22h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 8h às 18h. Após esse horário, e também aos domingos, é possível deixar um recado pelo atendimento ele-trônico, identificando o local que precisa de reparo na iluminação pública.

Quanto à reforma da praça em frente ao Nupem, e a do campi-nho de terra na praia, a prefeitura diz que o projeto básico está em fase de conclusão para que seja licitado e, assim, a obra possa ser executada. Quanto ao campinho, será feita uma vistoria no local para constatar as necessidades específicas de reforma.

Limpeza deixa a desejar A onda de violência que ron-da a cidade também tem sido motivo de preocupação pa-ra os moradores do Barreto. Além da iluminação pública que precisa ser reforçada, eles relatam que a falta de limpeza de terrenos baldios também reforça essa sensação de in-segurança.

“O mato alto acaba servindo de esconderijo para os bandi-dos. É um problema que acon-tece em todo o bairro. Não tem limpeza pública aqui. A gente cobra da prefeitura, mas nada tem sido feito. Eles recente-mente iniciaram o serviço ali perto dos condomínios, mas não concluíram”, diz um mo-rador que pede sigilo do nome.

Outro ponto do bairro que precisa de limpeza é o Canal Macaé-Campos. Um dos mo-radores do condomínio resi-dencial relata que o próprio CCZ não tem conseguido

atuar no combate ao Aedes ae-gypti por conta disso. “Segun-do o órgão, precisa ser feita a limpeza para que eles possam

aplicar o remédio. Há muito mosquito no bairro. Inclusive, já tivemos o registro de vários casos de dengue”, diz.

WANDERLEY GIL

Terrenos baldios e Canal Macaé-Campos precisam de limpeza

Pavimentação lidera lista de reclamaçõesBasta atravessar a rua para encontrar uma realidade diferente. Andar por alguns pontos do bairro é uma aven-tura, já que as ruas até hoje não foram pavimentadas. Para pio-rar a situação, o intenso fluxo de caminhões deixa o chão ainda mais esburacado, dificultando a acessibilidade das pessoas.

Quando faz sol, a poeira in-vade as residências, causando transtornos e fragilizando a saú-de de quem vive no bairro. Essa situação acaba contribuindo com várias doenças respirató-rias, e quem geralmente mais sofre são as pessoas alérgicas e as crianças. Quando chove, a lama impede que os moradores possam entrar e sair de suas ca-sas.

Um dos trechos mais críti-cos é no lado da orla, onde fica a Praia do Barreto, no Parque Atlântico. “É uma área que po-

deria ser melhor explorada em benefício da população, pois a Orla é urbanizada só até o iní-cio da Barra. Poderiam fazer

um calçadão com quiosques e ciclovias para que as famílias tivessem onde ir nas horas de lazer”, relata o morador Miguel.

WANDERLEY GIL

Pavimentação ainda lidera a lista de reivindicações de quem vive no local

Moradores pedem melhorias no lazerNo dicionário, a palavra lazer significa “tempo de que se dispõe livremente para repouso ou distração”. O problema é que no São José do Barreto a praça ainda precisa ser mais atrativa. Isso acontece porque a única opção é o campo de grama sin-tética, ou o de areia, situado um ao lado do outro.

Apesar de a prefeitura fazer a manutenção do espaço, a po-pulação acredita que a enorme área pública poderia ser melhor aproveitada, principalmen-te para as crianças. “Hoje não temos um lugar para trazer os nossos filhos. Poderia ter um parquinho com brinquedos,

pois aí a gente ficaria mais tran-quila sabendo que existe um local adequado e seguro para brincadeiras”, pontua uma ou-tra moradora, que também pe-de para não ser identificada.

Já do outro lado da RJ-106, a situação é ainda pior. Ali, a úni-ca opção é um campo de areia improvisado. “É uma praia bo-nita, mas que está abandonada. Poderia ter até um espaço de convivência igual do Cavaleiros e da Imbetiba. Nós pagamos im-postos como os moradores de lá. Merecemos ter acesso aos mesmos serviços que as pesso-as da área nobre”, diz o morador Júlio.

São José do Barreto cresce sem infraestrutura Moradores apontam vários problemas, como falta de limpeza, urbanização da orla e segurança pública Marianna [email protected]

Co n s i d e r a d o u m d o s bairros mais antigos do município é no São José

do Barreto que fica situado o Centro de Convenções Jor-nalista Roberto Marinho e o

Parque de Exposições Lati� Mussi, onde são realizados os maiores eventos da cidade. É ali que, de dois em dois anos, ocorre a “Brasil Offshore - Feira e Conferência da In-dústria de Petróleo e Gás”, a terceira maior do mundo nesse segmento.

Essa semana, o Bairros em Debate esteve novamente percorrendo as ruas com os moradores, que pontuaram as principais situações que fazem parte do cotidiano de quem vive ali.

Com a possibilidade da ins-talação do novo porto, no fu-

turo, e a facilidade de acesso à nova Zona Industrial, essa re-gião vem sofrendo uma forte expansão imobiliária. Diante disso, as questões de infraes-trutura precisam ser resolvi-das logo, a fim de evitar que os problemas se agravem.

Entre as principais solici-

tações estão reforço na segu-rança pública, melhorias na iluminação, pavimentação de ruas, saneamento básico, urbanização da orla e refor-ma da área de lazer do bair-ro. “É uma região que cresce. Só com os empreendimentos lançados são mais de 1.500

famílias. Em breve, isso irá dobrar com a entrega das novas unidades. O bairro es-tá crescendo verticalmente. Assim, é preciso que sejam feitas melhorias urgentes em infraestrutura”, diz um morador, que pede para não ser identificado.

MARIANNA FONTES

Bairro é considerado um dos mais antigos e, atualmente, vem sofrendo forte crescimento

MARIANNA FONTES

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016 9

GeralEDUCAÇÃO

Estudantes denunciam estado de abandono do Luiz Reid A unidade foi ocupada na última semana por alunos que pedem melhorias para a educação pública

Juliane Reis [email protected]

De acordo com o Capítulo IV do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) - que

trata do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer, o art. 53 diz que a criança e o ado-lescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvi-mento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, e o art 54, que é dever do Estado assegurar à criança e ao adoles-cente: ensino fundamental, obri-gatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; entre outras obrigações.

No entanto, de acordo com de-núncias de estudantes da rede es-tadual de ensino, essa não tem sido a realidade na Capital Nacional do Petróleo, assim como em todo es-tado do Rio de Janeiro. E no lugar de acesso à educação de qualidade, eles enfrentam a precariedade no ensino, greve de professores - que lutam por seus direitos, unida-des com péssimas condições, in-filtrações, materiais inservíveis abandonados em pátio, falta de serviço de capina, resultando em matos altos na unidade e contri-buindo assim para a proliferação de ratos, baratas e outros insetos, e até mesmo do Aedes aegypti - mosquito transmissor da Dengue,

Chicungunya e Zika Vírus. Esta semana, a redação do Jor-

nal acompanhou de perto a reali-dade de alunos do Colégio Esta-dual Luiz Reid no município. Os estudantes ocuparam a unidade de ensino na última terça-feira (12) em prol de melhorias para toda rede.

Ao receber nossa equipe, eles relataram as problemáticas do colégio. “O Colégio está abando-nado e o ensino de qualidade que a gente almeja parece estar distan-te de se tornar realidade, por isso

KANÁ MANHÃES

Alunos relatam que o descarte de materiais inservíveis no pátio, e falta de capina vêm contribuindo para a proliferação de ratos e baratas na unidade

decidimos em assembleia pela ocupação do espaço. Estamos ape-nas reivindicando um direito que é nosso e que o governo não está nos oferecendo. Os professores já estavam em greve antes da ocu-pação, ou seja, já não estávamos tendo aula, exceto de um docente ou outro que não havia aderido ao movimento”, relataram repre-sentantes do Grêmio estudantil da unidade. A greve na rede estadual teve início em 2 de março.

E não para por aí. Livros arma-zenados em escadas, materiais

inservíveis empilhados e joga-dos no tempo, área de esporte que deu lugar ao matagal tam-bém estavam na lista dos alunos. “Atualmente, além da quadra e do campo estarem abandonados, os professores não contam sequer com bolas para ministrar as au-las. A cobertura da quadra caiu, se não me engano em 2012 e até hoje outra não foi colocada no lugar. A escola não conta com porteiro, vazamentos podem ser observa-dos nos banheiros, os vasos não possuem acentos e muito mais”,

disseram os estudantes.O art. 54 do ECA diz que é de-

ver do Estado assegurar à criança e ao adolescente: ensino funda-mental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; progressiva extensão da obriga-toriedade e gratuidade ao ensino médio; atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; aten-dimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos

de idade; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente tra-balhador; atendimento no ensino fundamental, através de progra-mas suplementares de material didático-escolar, transporte, ali-mentação e assistência à saúde.

Procurada pela redação do Jor-nal O Debate, a Secretaria de Es-tado de Educação (SEEDUC) in-formou que a Diretoria Regional Norte Fluminense disse que os in-servíveis serão retirados, quando a unidade escolar for desocupada.

Sobre os casos de vazamento e infiltrações, a Diretoria esclare-ceu, ainda, que não há vazamen-to nos banheiros da unidade e que quanto aos vasos sanitários, a direção escolar já está providen-ciando algumas tampas que estão danificadas.

Sobre a capina, em primeiro momento o órgão disse que a informação não procedia e que o serviço havia sido realizado no último dia 28 e esclareceu que foi realizada uma campanha de com-bate ao mosquito Aedes aegypti em todas as unidades escolares. Mas após receber a imagem da redação do Jornal com o pátio da unidade tomado por matos, o órgão disse que quando a unidade escolar for desocupada, o proble-ma será solucionado.

Oportunidade para Engenheiros VAGAS

A Marinha abriu inscrição para concurso do Corpo de En-genheiros (CP-CEM) em 2016. No total são 64 vagas para Enge-nheiros. Os interessados podem se inscrever até o dia 18 de maio pelo site www.ingressonamari-nha.mar.mil.br ou presencial-mente em uma das 20 Organiza-ções Responsáveis pela Divulga-ção (ORDI) distribuídas por todo o Brasil, nos dias úteis, das 8h30 às 16h. A taxa de inscrição é de

A Marinha está oferecendo 64 vagas para diversas áreas da engenharia. As inscrições podem ser feitas até 18 de maio

R$ 80,00. De acordo com o edital, para se

inscrever os candidatos devem ter menos de 36 anos de idade, no primeiro dia de janeiro de 2017 e ter concluído o nível superior em diversas áreas da engenharia.

As vagas oferecidas são para Arquitetura e Urbanismo (3), Engenharia Cartográfica (2), Engenharia Civil (5), Engenha-ria de Materiais (2), Engenharia de Produção (4), Engenharia de Sistemas de Computação (5), Engenharia de Telecomunica-ções (2), Engenharia Elétrica (9), Engenharia Eletrônica (6), Enge-nharia Mecânica (12), Engenha-ria Mecatrônica (2), Engenharia Naval (7), Engenharia Nuclear (3) e Engenharia Química (2).

De acordo com informações da

KANÁ MANHÃES

O processo seletivo será realizado por meio de prova escrita de conhecimentos profissionais

Marinha, o corpo de Engenhei-ros destina-se ao preenchimento de cargos relativos à aplicação de conhecimentos específicos, ne-cessários às atividades de ma-nutenção e reparo dos meios existentes e ao desenvolvimen-to e projeto de novos meios, além das atividades inerentes à carrei-ra militar.

O processo seletivo será reali-zado por meio de prova Escrita de Conhecimentos Profissio-nais composta de duas partes: a primeira parte constará de uma prova objetiva de 16 questões e a segunda parte de uma pro-va discursiva com 10 questões, além da redação e a tradução de texto de inglês técnico. A prova será dividida em dois dias, e no primeiro os candidatos farão a

Assistidos da Apae visitam o Aeroporto de Macaé PASSEIO

De portas abertas aos estu-dantes e demais interessados em conhecer sua base portuária, o Ae-roporto de Macaé, por meio do Pro-grama “Meio Ambiente, Segurança, Saúde e Vocação vão à escola”, re-cebeu recentemente assistidos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Os partici-pantes visitaram o Aeroporto e o hangar da empresa Omni Táxi Aé-reo, para conhecer a infraestrutura aeroportuária e os processos que envolvem as operações o±shore.

A atividade fez parte do Programa “Meio Ambiente, Segurança, Saúde e Vocação vão à escola”, desenvolvido pela base portuária

dos pelos funcionários no processo da operação o±shore. “Em seguida escolheram a empresa aérea BHS para voar para as plataformas, fo-ram até o boxe, tiraram fotos com os profissionais da empresa, simu-lando a caminhada para a pesagem das bagagens, tiveram, realmente, a sensação de protagonistas de uma importante operação realizada no mar no cenário da aviação o±shore do Brasil. Para nós foi uma grande satisfação recebê-los”, disse.

Em seguida, a programação con-tou com uma parceria da Petrobras que disponibilizou um ônibus que transportou as crianças pelo pátio de manobras de aeronaves em sen-tido à empresa Omni Táxi Aéreo. Depois que chegaram no hangar da empresa o supervisor de segurança, Ariel Blanco, que já estava aguar-dando, conduziu os assistidos da

APAE para bem pertinho do inte-rior de um helicóptero, atendendo a expectativa dos visitantes.

“Ao final do encontro, as crianças retornaram para o Aeroporto, onde foram distribuídas as revistinhas da Turma da Mônica, fornecidas pela Coordenação de Meio Ambiente do Rio de Janeiro (CSRJ), como cor-tesia do SERIPA III e servido um lanche para todos os participantes. Ficando demonstrado o contenta-mento dos visitantes em conhecer a grandeza das operações o±shore, como também a atenção, os cuida-dos e a satisfação dos profissionais da aviação o±shore, em receber as crianças da APAE. Desde 2005 rea-lizamos esse tipo de ação contando com a participação das empresas aéreas e a colaboração das escolas e de diversas Instituições”, finali-zou Angélica.

Parceria leva capacitação a profissionais da pesca. A Plataforma Educativa Repsol Sinopec segue com cursos no município até o dia 20 de abril

NOTA

prova objetiva e a redação com duração de quatro horas. Já no segundo dia, a prova discursiva e a tradução de texto no período de cinco horas.

O candidato aprovado nessa prova, seguirá outras etapas, como: inspeção de saúde, testes de aptidão física e verificação de dados biográficos e curso de for-mação de oficiais composto por período de adaptação, verifica-ção de documentos, verificação de dados, avaliação psicológica e curso de formação.

E o candidato aprovado em todas etapas fará o Curso de Formação de Oficiais (CFO), no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW). O CFO tem a duração de 39 (trinta e nove) semanas.

De acordo com informações da coordenação do Programa, Maria Angélica Francisco de Azevedo, as-sim que chegaram no Aeroporto, as crianças da APAE demonstra-ram muita motivação em conhecer uma aeronave de perto, pergunta-vam a todo momento se iam con-seguir voar no helicóptero e ainda ficaram surpresas com as fotos que foram colocadas no saguão do Aeroporto, contendo as atividades pedagógicas de Terapia Ocupacio-nal, desenvolvidas na Instituição APAE de Macaé.

“Primeiramente, as crianças co-nheceram a infraestrutura aero-portuária, o terminal de passagei-ros e o canal de inspeção, passando pelo pórtico de segurança, e na sala de embarque destinada aa Infraero ouviram as explicações sobre todo roteiro da visita. Em seguida eles vi-

sitaram o terminal de passageiros da Petrobras, onde visualizaram no mapa do Brasil a localização das plataformas marítimas de petróleo, localizadas na Bacia de Campos, o que causou muita surpresa para os participantes e ainda assistiram a grande movimentação dos passa-geiros que a todo instante coloca-

vam os coletes de sinalização, na preparação para embarcar nos he-licópteros”, ressalta Angélica.

Ainda segundo ela, os participan-tes ficaram encantados com todo dinamismo que a atividade o±shore requer, e pediram para vestir os co-letes de sinalização, copiando, desta forma, os procedimentos realiza-

DIVULGAÇÃO

A programação contou com uma série de atividades

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Economia Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016

QUESTÃODE JUSTIÇAOs Direitos dos Empregados Domésticos!

Olá, essa semana estou trazendo um tema que não é polêmico, porém, que pode trazer muitas elucidações

aos leitores: a Lei dos Domésticos, pesso-as que trabalham em residência familiar e que muitas vezes passam a fazer parte da própria família, tamanho o envolvimento. Há relatos de domésticos que passaram suas vidas inteiras trabalhando com uma mesma família, e que de tanto tempo, tais domésticos cuidaram de várias gerações dessa família.

A entrada da Lei Complementar 150/2015, em 1º de julho de 2015, trouxe inúmeras inovações e pôs fim a inúmeras indagações que abarrotavam os Tribunais Trabalhistas e assegurou inúmeros direi-tos aos domésticos, que até então eram verdadeiramente discriminados quando comparados aos outros profissionais. Lá pelos idos de 1998, eu ainda na Faculdade de Direito, minha professora de Trabalho “justificava” essas discrepâncias entre os domésticos e outros profissionais pelo fa-to de que os domésticos seriam os únicos que poderiam entrar na justiça contra os juízes e por isso permaneciam sem muita proteção. Claro que não passava de uma brincadeira, porém, de certa forma, retra-tava a realidade.

Gostaria de agradecer a brilhante advo-gada doutora Livia Labre que me sugeriu o presente tema e contribui imensamente para o mesmo, tendo em vista, a doutora Livia ser uma grande advogada trabalhista e extremamente atuante em nossa região, fica aqui os meus sinceros agradecimentos.

Também não posso deixar de agrade-cer ao caríssimo amigo e advogado doutor Gustavo Araujo Moreira, que em todos os textos dessa nossa coluna, se debruça re-visando todos com muita atenção, o que certamente me exime caso algum dia erros ortográficos e jurídicos forem encontrados, pois tais erros terão que recair sobre o mes-mo (risos).

CONCEITO DE EMPREGADO DOMÉSTICO

Assim como os demais empregados, há nessa relação jurídica a presença dos qua-tro requisitos indispensáveis para configu-rar o vínculo empregatício (pessoa física, onerosidade, continuidade e subordina-ção). Entretanto, para esse trabalhador há duas particularidades que o diferencia dos demais, a saber:

1) Finalidade não lucrativa. É vedado que o empregado doméstico esteja inse-rido em uma atividade lucrativa da famí-lia, ou seja, não poderá prestar serviços a terceiros, mas apenas à família, como por exemplo, a patroa que confecciona bolos e doces para venda, e a doméstica, além dos afazeres domésticos, colaboraria para a feitura desses produtos, neste caso, desca-racterizaria a relação doméstica.

2) Trabalho contínuo: No passado muito se indagava, principalmente entre os empregadores domésticos, quantos dias de trabalho eram suficientes para caracte-rizar o vinculo de emprego. Sobre esse te-ma, havia, inclusive, acalorada divergência nos Tribunais. Desse modo, era comum as indagações: Dr., tenho uma diarista que trabalha duas vezes na semana em minha residência. Eu preciso assinar a carteira de trabalho dela? Ela é empregada doméstica ou diarista? Corro o risco de responder em um processo na justiça do trabalho? Pois bem, a “Nova lei do doméstico”, colocou uma “pá de cal” nessa discussão, determi-nando que:

“Art. 1º: Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por sema-na, aplica-se o disposto nesta Lei.”

Desse modo, a prestação de serviços no âmbito familiar por mais de 2 (dois) dias, observados os demais requisitos da lei se-ria suficiente para caracterizar o vínculo de doméstico. Assim, agora não restam mais dúvidas de que, quando os serviços forem prestados em 1 (hum) ou 2 (dois) dias na semana, estará configurado o serviço da diarista ou faxineira que representam tra-balhadores autônomos que não possuem grande proteção trabalhista.

DOS NOVOS DIREITOS DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS

Antes do advento da lei em comento, é cediço que tais trabalhadores domésti-cos viviam praticamente à margem da lei, como se fossem invisíveis aos nossos Pre-tórios, dificilmente conseguiam receber além de seu salário. Diante de tanta discri-minação e injustiça, o legislador, sensível a essa questão, concedeu inúmeros direitos aos mesmos. Vejamos algumas conquistas:

FGTSNo passado, era faculdade do empre-

gador recolher o FGTS do empregado doméstico. Com a nova lei, o empregador doméstico passou a ser obrigado a recolher tal parcela, em benefício do empregado;

Art. 21. É devida a inclusão do empre-gado doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), na forma do regulamento a ser editado pelo Conselho Curador e pelo agente operador do FGTS, no âmbito de suas competências, conforme disposto nos arts. 5o <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm> e 7o da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/

leis/L8036consol.htm>, inclusive no que tange aos aspectos técnicos de depósitos, saques, devolução de valores e emissão de extratos, entre outros determinados na forma da lei.

HORA EXTRANo passado, o empregado doméstico

não fazia jus a hora extra. Com a entrada em vigor da “nova lei do doméstico” fixou-se a jornada máxima de trabalho do domés-tico, sendo essa de 8 horas diária e 44 horas semanais. As horas que ultrapassarem es-se limite, deverão ser remuneradas como horas extras, acrescida de um adicional de 50%.

VALE-TRANSPORTEO vale-transporte é pago pelo empre-

gador de forma antecipada e tem como objetivo cobrir as despesas de desloca-mento da residência para o trabalho, por meio do sistema de transporte coletivo público. Todos os empregados urbanos e rurais têm direito de receber essa quantia, inclusive os empregados domésticos. No caso específico do empregado doméstico, a lei prevê que é possível que o empregador adiante em espécie, mediante assinatura de recibo, o valor para custeio de tal parcela;

VEDAÇÃO DE DESCONTOS NO SALÁRIO

A lei, expressamente, veda que sejam descontados do salário do empregado, des-pesas com o fornecimento de alimentação, vestuário outras despesas, in verbis:

Art. 18. É vedado ao empregador do-méstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimen-tação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte, hospe-dagem e alimentação em caso de acompa-nhamento em viagem.

SEGURO DESEMPREGOInédito foi conceder o seguro desem-

prego ao Empregado doméstico, direito este tão elementar e que auxilia a qualquer empregado uma certa estabilidade por um pequeno período após uma demissão que acontece de surpresa, reza a lei:

Art. 26. O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará jus ao be-nefício do seguro-desemprego, na forma da Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990 <ht-tp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7998.htm>, no valor de 1 (um) salário-mínimo, por período máximo de 3 (três) meses, de forma contínua ou alternada.

Art. 28. Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o trabalhador domés-tico deverá apresentar ao órgão competen-te do Ministério do Trabalho e Emprego:

I - Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o víncu-lo empregatício, como empregado domés-tico, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro) meses;

INDENIZAÇÃO PELA PERDA DO EMPREGO

A Lei Complementar nº 150/2015 deter-mina que a multa de 40% (ou 20% no caso de culpa recíproca) sobre os depósitos do FGTS não são devidas para o empregado doméstico. Ao invés disso, estabelece a necessidade do empregador doméstico de-positar mensalmente a quantia de 3,2% da remuneração devida ao empregado na con-ta vinculada do empregado domestico em variação distinta dos depósitos do FGTS. Essa quantia terá a função de indenizar o empregado pela perda de seu emprego em caso de dispensa sem justa causa ou por culpa do empregador (rescisão indireta). Assim, caso ocorra o término do contrato de trabalho, é permitido ao empregado doméstico movimentar a conta e sacar os valores depositados.

Por outro lado, se ocorrer dispensa por justa causa ou pedido de demissão do doméstico, a indenização não será de-vida e os valores depositados poderão ser levantados pelo próprio empregador. Se verificada culpa recíproca no término do contrato de trabalho, metade dos valores serão movimentados pelo empregado e a outra metade pelo empregador.

CONTROLE DE JORNADA DE TRABALHO

De acordo com o art. 12 da LC nº 150/2015, é obrigatório o controle da jorna-da para todos os empregados domésticos.

Art. 12. É obrigatório o registro do ho-rário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo.

Definitivamente a Lei Complementar 150/2015 veio em boa hora para por um termo nas injustiças cometidas aos em-pregados domésticos. É claro que com tantos direitos concedidos aos mesmos, certamente houve inúmeras mudanças nessa classe. As famílias terão inúmeras obrigações para não serem acionadas na Justiça Trabalhista.

Agora, será que muitos desses emprega-dos perderão seus trabalhos? Terão que se contentar em trabalhar apenas 2 (dois) dias por semana na casa de uma mesma família? Terão que trabalhar em mais de uma casa de família para manterem os seus padrões de vida? Essas e outras indagações certa-mente serão tema de uma nova matéria nessa coluna. Que Deus nos abençoe nessa semana e até breve.

FRANÇOIS PIMENTEL [email protected]

SERVIÇO

Microempreendedores ganham oportunidade para capacitaçãoPromovida pelo Sebrae, e voltada para o desenvolvimento de pequenas empresas regionais, oficina acontece em Macaé no próximo dia 28Guilherme Magalhã[email protected]

Para tentar dar suporte às pequenas empresas lo-cais da cadeia offshore,

devido ao cenário de adversi-dade pelo qual o setor passa, no próximo dia 28, o Sebrae realizará uma oficina de in-centivo ao cadastramento em grandes empresas de óleo e gás da região. Totalmente gratui-to, as inscrições para o evento já estão abertas e as vagas são limitadas.

Apoiado por importantes

instituições do município co-mo a Associação Comercial e Industrial de Macaé e a Rede Petro-BC, as inscrições podem ser feitas até o próximo dia 25 por meio do telefone (22) 2796-6122 ou pelo próprio e-mail do órgão: [email protected]. A oficina acontecerá no Senai em Bota-fogo, de 8h às 12h30.

De acordo com Gilberto So-ares, coordenador regional do Sebrae no Norte Fluminense, atualmente, ter um cadastro ativo nas grandes empresas é fundamental para gerar opor-

tunidades de negócios no setor.“Fazer parte do cadastro das

empresas âncoras regionais significa que a pequena em-presa é economicamente sau-dável e tem disponibilidade físico-financeira para fornecer aos diversos elos da cadeia pro-dutiva. Além disso, o cadastro abre novas oportunidades para os pequenos empresários, pos-sibilitando o recebimento de cotações e a participação efe-tiva nas concorrências”, disse Gilberto ressaltando que, entre outras questões, a oficina abor-dará o cadastro Petrobras, o ca-

dastro ONIP e o ‘CadFOR’, que concentra num único cadastro dez grandes empresas com atuação regional: Anadarko, BW Oºshore, Chevron Brasil, FMC Technologies, Queiroz Galvão E&P, Repsol-Sinopec Brasil, SBM, Schlumberger, Shell Brasil e Statoil.

Atualmente, a estimativa é que apenas no Norte Flumi-nense as pequenas empresas (microempreendedor indivi-dual, microempresa e empre-sa de pequeno porte) totalizem 98,9% dos empreendimentos regulares.

SESI Macaé seleciona projetos culturais locais até 22 de abril

INCENTIVO

Para dar oportunidade a produtores e artistas da re-gião, o SESI Macaé está com as inscrições abertas para seleção de projetos de teatro, dança, música e oficinas até 22 de abril. Os selecionados participarão da programação do Teatro SESI Macaé no se-

Interessados podem inscrever projetos de teatro, dança, música ou oficinas

gundo semestre de 2016. Para participar do processo

seletivo, as empresas interes-sadas devem se cadastrar no portal do Sistema FIRJAN, por meio do link www.por-taldecompras.firjan.org.br. Outra etapa é a elaboração de material informativo sobre o projeto onde devem constar biografias dos artistas, dados e registros específicos sobre a apresentação, como fotos, vídeos, rider de som e luz e a proposta comercial da empre-

WANDERLEY GIL

Iniciativa do Sesi visa capacitar e expandir projetos voltados à cultura e à arte local

sa representante do trabalho. Este material deve ser entre-gue no setor administrativo do SESI de Macaé (Alameda Etelvino Gomes 155, Riviera Fluminense), de segunda a sexta, das 10h às 17h30.

A supervisora de Cultura do SESI Macaé, Hilma Santos Maia destaca que o processo seletivo é uma chamada pú-blica de artistas e produtores locais e visa dar transparência e ampla oportunidade a todos os interessados. “O intuito é

fomentar o desenvolvimento cultural da região. Só pode-mos fazer isso valorizando artistas e produções locais”, explica.

Após a inscrição, a seleção será feita por uma comissão, com representantes e promo-tores da cultura local, além do SESI Macaé. Os resultados se-rão divulgados em 29 de abril no site do Sistema FIRJAN. Mais informações pelo tele-fone: (22) 2791-9229 ou [email protected]

KANÁ MANHÃESW

Evento acontecerá em Macaé no próximo dia 25

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016 11

DEBATE

IX Feira de RSE Bacia de Campos lança desa�o: reinventar as cidadesEvento acontece entre os dias 17 e 19 de maio deste ano no Clube Cidade do SolMartinho Santafé

“Reinventando as ci-dades” será o tema central da IX Feira

de Responsabilidade Social Em-presarial Bacia de Campos, reali-zação da Revista Visão Socioam-biental e parceiros, que aconte-cerá nos dias 17, 18 de 19 de maio de 2016, das 14:00h às 21:00h, no Clube Cidade do Sol (Praia dos Cavaleiros, Macaé, RJ). O evento colocará em debate a crise eco-nômica nos municípios da região norte fluminense - provocada por questões internas do país, pela conjuntura internacional e pela extrema dependência da economia do petróleo - e como superá-la com propostas criati-vas e compromissadas com a sus-tentabilidade econômica, social e ambiental.

O Fórum da IX Feira de RSE Bacia de Campos abrirá no dia 17 com o painel “Sociedade e gover-nança”, para o qual foram convi-dados representantes do Minis-tério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ) e do Tribunal de Contas do Esta-do do Rio de Janeiro (TCE-RJ). O Painel abordará o combate à corrupção e aos crimes ambien-tais, o fortalecimento das redes de cidadania e o controle externo na gestão dos recursos públicos.

Outros painéis estão previstos sobre o tema central e relaciona-dos ao conceito de sustentabili-dade, cidadania e qualidade de vida, entre eles: “Desenvolvi-mento urbano inclusivo e sus-

tentável”, onde os convidados oriundos do mundo acadêmico discutirão as relações entre so-ciedade, economia e ambiente que levem em conta as neces-sidades e direitos das gerações presentes e futuras e as respostas que as organizações podem dar a diferentes questões socioam-bientais. No mesmo dia, o painel “Que cidade queremos?” aborda-rá a fauna, flora e recursos hídri-cos urbanos.

No dia 18, o Fórum será aber-to com a palestra “Áreas urbanas de interesse ambiental e fiscali-zação de empreendimentos”, tendo em seguida o painel “Co-leta seletiva em Macaé: que lixo é esse”, com representantes das ONGs Recicle Social, Recicla Macaé e da Secretaria de Am-biente (Sema).

Logo depois, o painel “Rein-ventando as cidades: escolhas sustentáveis para superar a cri-se” terá como foco a opção pelos modelos sustentáveis em que ha-ja a conciliação entre o desenvol-vimento econômico, a justiça so-cial e a preservação do meio am-biente, em contraposição à lógica do mercado que está destruindo a vida no planeta. Para este pai-nel foram convidadas lideranças corporativas e acadêmicas.

O Fórum prossegue com as palestras “Captação de água da chuva no combate a enchentes em áreas urbanas”, “Eficiência energética: uso racional de ener-gia” e “Inovação tecnológica, im-perativa para a nossa coexistên-cia no planeta”.

No dia 19, a palestra “O mun-

do das relações: corpo x cons-ciência x ambiente” abre o Fórum, seguida do painel “Os excluídos: case de crescimento insustentável”, com apresen-tação do filme “Açu: A Voz dos Desapropriados” e debate com os autores, representantes dos produtores rurais do quinto distrito de São João da Barra e da academia. Em seguida, a pa-lestra “Horticultura urbana” vai mostrar como aproveitar os espaços urbanos para pro-dução de alimentos orgânicos e saudáveis.

O Fórum será encerrado com a palestra do explorador Sérgio Vahia de Abreu, sobre os “50 anos da expedição que marcou o Centro Geográfico do Brasil”, um dos destaques da IX Feira de RSE. Vahia de Abreu, o docu-mentarista inglês Adrian Cowell e o cacique Raoni eram jovens aventureiros quando participa-ram, em 1958, da expedição li-derada pelos irmãos Villas-Boas que levou à criação do Parque Indígena do Xingu. 50 anos de-pois, os três decidiram refazer essa viagem. As duas aventuras serão narradas na IX Feira por um dos principais protagonistas.

Além do Fórum, estão pre-vistos vários eventos paralelos, entre eles a projeção do vídeo e performance “Ciranda Planetá-ria” com a fonoaudióloga Sandra Wyatt, projeto do Irmane C pela Paz, além da Mostra Cenário So-cioambiental, com longas e cur-tas metragens, alguns premiados em diversos festivais no Brasil e no mundo, oficinas diversas etc.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de abril de 2016