noticiário 13 05 16

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Comissão consulta instituições e reforça que empréstimo dos royalties é ilegal Racismo ainda é marca de desigualdade e preconceito Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil e Associação de Procuradores serão ouvidas pela Câmara antes de decisão sobre projeto de lei do Executivo www.odebateon.com.br Macaé (RJ), sexta-feira 13 de maio de 2016 Ano XLI, Nº 9017 Fundador/Diretor: Oscar Pires DIVULGAÇÃO PM WANDERLEY GIL facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon No dia 13 de maio de 1988, a Princesa Isabel assinava a Lei Áurea, o que ofi- cialmente proibiu a escravidão no Brasil. Mas, 128 anos após a conquista, a luta pe- la igualdade é um caminho árduo e difícil, mesmo com alguns avanços já alcança- dos na sociedade brasileira. A professora especialista em história e cultura afro- brasileira, militante das questões étnicas e raciais de Macaé e atual subsecretária de Desenvolvimento Social e de Direitos Humanos, Kátia Magalhães, enfatiza que no dia de hoje (13) é importante levan- tar o questionamento sobre a liberdade que foi dada ao negro e repensar sobre as múltiplas faces do racismo. PÁG. 6 COMBATE AO TRÁFICO RESULTA EM APREENSÕES SOLENIDADE MARCA CENTENÁRIO DA ACIM CÂMARA APURA RENÚNCIA DE RECEITA Dia que marca a Abolição da Escravatura ajuda a refletir sobre poucos avanços na evolução da sociedade e no combate ao racismo R$ 1,00 POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3 GERAL Crise nacional derruba governo Ocupação de passeio público cria transtornos ÍNDICE TEMPO COTAÇÃO DO DÓLAR CIDADE GERAL HISTÓRIA Após 20 horas de discussão, Senado aprova, por 55 votos a 22, o andamento do processo de impeachment, afasta a presidente Dilma Rousseff (PT) e dá posse ao vice-presidente Michel Temer (PMDB). Resultado gera repercussão em Macaé. PÁG. 8 Moradores solicitam da prefeitura agilidade para remover lixo PÁG. 2 WANDERLEY GIL MARIANNA FONTES Eventos serão realizados até domingo (15) quando haverá sorteios Galhos foram removidos ontem de calçada da Travessa Glicério Paróquia celebra Dia de Nossa Senhora Programação conta com procissão e santa missa a partir das 18h PÁG. 7 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 27º C Mínima 19º C Compra R$ 3,4720 Venda R$ 3,4727 Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS Menores apreendidos sob suspeita de crimes Últimas semanas para inscrição no Enem Câmara dá urgência na discussão sobre cargos Grupo Acto celebra 30 anos de arte Arma de brinquedo foi encontrada com três menores PÁG. 6 Candidatos devem garantir vaga até o dia 20 PÁG. 7 Atribuição de assessores será votada em 20 dias PÁG. 3 Artistas marcam história nos palcos da cidade CAPA Antes de emitir o relatório final que indicará a rejeição do projeto de lei 08/2016 do Execu- tivo, que pede à Câmara a autori- zação para recorrer ao emprés- timo dos royalties, a Comissão Permanente de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo pre- tende consultar duas instituições importantes da cidade, formadas por profissionais que atuam na área jurídica, ao reforçar a ile- galidade da proposta que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Orgânica e a Resolução 043 do Senado Federal. PÁG. 3 NÚMEROS Governo pretende recorrer de R$ 200 mi a R$ 298 milhões Baseadas em dados anexa- dos ao projeto de lei 08/2016, repassados pela Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) e de estudos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), informa- ções repassadas por vereado- res da bancada do governo dão conta de que, se for aprovado pela Casa, o projeto garantirá ao Executivo a permissão de contrair empréstimo avalia- do entre R$ 200 milhões a 280 milhões de reais a serem pagos em 15 anos. Os R$ 298 milhões são indi- cados pelos vereadores da si- tuação a partir de estudo apre- sentado, em setembro do ano passado, pela Ompetro, com base em dados da ANP. Na época, economistas con- tratados pela Organização rea- lizaram uma simulação do valor que poderia ser solicitado por Macaé através da operação de crédito prevista pela resolução do Senado. Já os R$ 200 milhões também indicados pelos vereadores da bancada do governo são refe- rentes a um teto feito pelo Ban- co do Brasil também à Ompetro, uma das instituições financeiras consultadas como subsidiárias da operação de crédito. Até o momento, o governo ainda não se pronunciou de forma oficial sobre o valor do empréstimo, nem à Câmara e nem ao jornal O DEBATE. Moradores cobram acesso a transporte Passageiros do Novo Cavaleiros solicitam a mudança do ponto final de ônibus da Vila Moreira para a Vila Soares CIDADE KANÁ MANHÃES Mudança, que depende de aprovação da secretaria de Mobilidade Urbana, beneficiaria a população Famílias do Lagomar protestam por casas Ato contra processo de desapropriação de imóveis foi realizado na manhã de ontem PÁG. 7 GERAL WANDERLEY GIL Moradores se reuniram em frente à Justiça Federal

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Page 1: Noticiário 13 05 16

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Comissão consulta instituições e reforça que empréstimo dos royalties é ilegal

Racismo ainda é marca de desigualdade e preconceito

Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil e Associação de Procuradores serão ouvidas pela Câmara antes de decisão sobre projeto de lei do Executivo

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), sexta-feira13 de maio de 2016Ano XLI, Nº 9017Fundador/Diretor: Oscar Pires

DIVULGAÇÃO PM WANDERLEY GIL

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

No dia 13 de maio de 1988, a Princesa Isabel assinava a Lei Áurea, o que ofi-cialmente proibiu a escravidão no Brasil. Mas, 128 anos após a conquista, a luta pe-la igualdade é um caminho árduo e difícil, mesmo com alguns avanços já alcança-dos na sociedade brasileira. A professora especialista em história e cultura afro-

brasileira, militante das questões étnicas e raciais de Macaé e atual subsecretária de Desenvolvimento Social e de Direitos Humanos, Kátia Magalhães, enfatiza que no dia de hoje (13) é importante levan-tar o questionamento sobre a liberdade que foi dada ao negro e repensar sobre as múltiplas faces do racismo. PÁG. 6

COMBATE AO TRÁFICO RESULTA EM APREENSÕES

SOLENIDADE MARCA CENTENÁRIO DA ACIM

CÂMARA APURA RENÚNCIA DE RECEITA

Dia que marca a Abolição da Escravatura ajuda a refletir sobre poucos avanços na evolução da sociedade e no combate ao racismo

R$ 1,00

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3

GERAL

Crise nacional derruba governo

Ocupação de passeio público cria transtornos

ÍNDICETEMPO

COTAÇÃO DO DÓLAR

CIDADE GERAL

HISTÓRIA

Após 20 horas de discussão, Senado aprova, por 55 votos a 22, o andamento do processo de impeachment, afasta a presidente Dilma Rousseff (PT) e dá posse ao vice-presidente Michel Temer (PMDB). Resultado gera repercussão em Macaé. PÁG. 8

Moradores solicitam da prefeitura agilidade para remover lixo PÁG. 2

WANDERLEY GIL MARIANNA FONTES

Eventos serão realizados até domingo (15) quando haverá sorteios Galhos foram removidos ontem de calçada da Travessa Glicério

Paróquia celebra Dia de Nossa SenhoraProgramação conta com procissão e santa missa a partir das 18h PÁG. 7

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 27º CMínima 19º C

Compra R$ 3,4720Venda R$ 3,4727 Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS

Menores apreendidos sob suspeita de crimes

Últimas semanas para inscrição no Enem

Câmara dá urgência na discussão sobre cargos

Grupo Acto celebra 30 anos de arte

Arma de brinquedo foi encontrada com três menores PÁG. 6

Candidatos devem garantir vaga até o dia 20 PÁG. 7

Atribuição de assessores será votada em 20 dias PÁG. 3

Artistas marcam história nos palcos da cidade CAPA

Antes de emitir o relatório final que indicará a rejeição do projeto de lei 08/2016 do Execu-tivo, que pede à Câmara a autori-

zação para recorrer ao emprés-timo dos royalties, a Comissão Permanente de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo pre-

tende consultar duas instituições importantes da cidade, formadas por profissionais que atuam na área jurídica, ao reforçar a ile-

galidade da proposta que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Orgânica e a Resolução 043 do Senado Federal. PÁG. 3

NÚMEROS

Governo pretende recorrer de R$ 200 mi a R$ 298 milhõesBaseadas em dados anexa-dos ao projeto de lei 08/2016, repassados pela Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) e de estudos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), informa-ções repassadas por vereado-res da bancada do governo dão conta de que, se for aprovado pela Casa, o projeto garantirá ao Executivo a permissão de contrair empréstimo avalia-do entre R$ 200 milhões a 280 milhões de reais a serem pagos em 15 anos.

Os R$ 298 milhões são indi-cados pelos vereadores da si-tuação a partir de estudo apre-sentado, em setembro do ano passado, pela Ompetro, com

base em dados da ANP.Na época, economistas con-

tratados pela Organização rea-lizaram uma simulação do valor que poderia ser solicitado por Macaé através da operação de crédito prevista pela resolução do Senado.

Já os R$ 200 milhões também indicados pelos vereadores da bancada do governo são refe-rentes a um teto feito pelo Ban-co do Brasil também à Ompetro, uma das instituições financeiras consultadas como subsidiárias da operação de crédito.

Até o momento, o governo ainda não se pronunciou de forma oficial sobre o valor do empréstimo, nem à Câmara e nem ao jornal O DEBATE.

Moradores cobram acesso a transportePassageiros do Novo Cavaleiros solicitam a mudança do ponto final de ônibus da Vila Moreira para a Vila Soares

CIDADE

KANÁ MANHÃES

Mudança, que depende de aprovação da secretaria de Mobilidade Urbana, beneficiaria a população

Famílias do Lagomar protestam por casasAto contra processo de desapropriação de imóveis foi realizado na manhã de ontem PÁG. 7

GERALWANDERLEY GIL

Moradores se reuniram em frente à Justiça Federal

Page 2: Noticiário 13 05 16

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, sexta-feira, 13 de maio de 2016

CidadeGRANJA DOS CAVALEIROS

Moradores aguardam visita técnica da Mobilidade População do bairro solicita a mudança do ponto final do ônibus da Vila Moreira para a Vila Soares

Marianna [email protected]

Apesar de sua importân-cia, a Constituição Fe-deral de 1988 vem sen-

do esquecida, principalmente pelo poder público. Segundo o Art. 30, é dever dos municí-pios “organizar e prestar, di-retamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter es-sencial”.

E é esse direito de ir e vir que os moradores das localidades mais isoladas na Granja dos Cavaleiros, onde a acessibilida-de é precária, cobram da pre-feitura. Essa região aguarda há mais de dois anos pelo retorno das obras de urbanização do Consórcio Vale Encantado. Enquanto isso, a população que depende do transporte pú-blico para se locomover preci-sa percorrer trechos de até um quilômetro a pé no barro.

Isso acontece porque o pon-to final fica localizado na Vila Moreira. Diante disso, a AMO-GRANJA fez o pedido à prefei-tura para que ele seja remane-jado para a Vila Soares. Essa questão foi pauta da reporta-gem publicada pelo jornal O

DEBATE há cerca de um mês.Essa semana, o presidente da

AMOGRANJA, Dirant Ferraz, procurou a nossa equipe mais

KANÁ MANHÃES

Mudança, que depende de aprovação da secretaria de Mobilidade Urbana, beneficiaria a população

uma vez para relatar sobre uma reunião que teve com re-presentantes da SIT, empresa responsável pelo transporte

público em Macaé. “Quando a gente apresen-

tou a proposta na primeira vez, a SIT tinha dito que de-

pendia apenas da prefeitura fazer as melhorias na rua e o serviço de poda. Após a gente solicitar, esses serviços foram

feitos. Hoje a única coisa que está pendente é a secretaria de Mobilidade Urbana voltar ao bairro e liberar essa alteração. É uma mudança que vai bene-ficiar cerca de 50 moradores da Vila Soares, entre eles, dois cadeirantes, que hoje preci-sam se deslocar por um tre-cho de quase um quilômetro na lama. Esperamos que o po-der público atenda esse nosso pedido”, diz.

A nossa equipe de reporta-gem também procurou a SIT, que informou que a empresa está à disposição da Associa-ção. No entanto, ela ressaltou que a análise e aprovação de parada oficial de ônibus é rea-lizada pela Secretaria de Mo-bilidade Urbana, através da Coordenação de Transportes. Com isso, ela finalizou expli-cando que irá acatar o que for determinado pela prefeitura.

Já a secretaria de Mobilida-de Urbana informou, em nota, que a região da Vila Soares, no Vale Encantado, trata-se de uma área de aclive e declive em que não há calçamento, o que dificulta a circulação dos coletivos. No entanto, a visi-ta ao local já está no plano de trabalho para que, tão logo seja possível, o parecer técnico seja definido.

FLUORESCENTE

Campanha de coleta de lâmpadas encerra hoje

Apesar de serem conside-radas mais econômicas, as lâm-padas fluorescentes podem re-presentar grandes riscos para o meio ambiente e para a saúde da população, quando descartadas de maneira errada.

Esse tipo de material é fabrica-do com vidro, alumínio, pó fosfóri-co e o mercúrio, um dos itens mais nocivos da lista. Esse elemento químico possui substâncias tóxi-cas que podem contaminar a água, o solo, os animais, plantas e até as pessoas.

Diante disso, a secretaria de Ambiente lançou essa semana uma campanha de coleta, a “Ope-ração Papa Lâmpadas”, que se encerra hoje (13), na Praça Wa-shington Luiz, no Centro. A pre-feitura solicita que o produto seja entregue na embalagem original ou enrolado em um papelão/ jornal.

A iniciativa tem tido grande adesão da população. Segundo o órgão, em apenas três dias foram recolhidas mais de três mil lâm-padas, número que supera a meta prevista. “De certa forma nós já tí-nhamos uma grande expectativa, pois as pessoas sempre trazem es-ta demanda. Costumo dizer que a população já está praticamente pronta para uma mudança de hábito, basta darmos as devidas orientações e adequarmos os ser-viços. O legal é que a maioria en-trega o material e sempre faz um comentário junto, que indica essa percepção sobre a importância de dar o destino correto aos resídu-os”, destaca o coordenador de Bio-diversidades, Gestão das Águas e Territórios, Sávio Magaldi.

Secretaria de Ambiente comemora adesão da população e já programa outra ação no final do ano

Ele também ressalta que está previsto para o último trimestre do ano outra campanha do tipo na cidade. “A questão da lâmpada é um pouco mais complicada. É difícil receber de forma regular sem ter um local específico pa-ra armazenamento. Isso ocorre pela questão da sua fragilidade, aumentando a possibilidade da quebra e liberação principal-mente do mercúrio. São poucos os municípios que recolhem es-tético de resíduo exatamente por isso. Contudo, o acordo coletivo entre governo Federal e fabri-cantes já foi assinado e, em breve, certamente ainda em 2016, já con-seguiremos fazer um formato de recolhimento como fazemos com os pneus. As capitais do Brasil já vão, provavelmente, contar com o serviço da logística reversa ain-da neste semestre. Paralelo a isso, nós estamos articulando para a in-clusão de Macaé na segunda leva de parcerias. Ações como essas nos geram indicadores para justi-ficar a assinatura dos convênios”, explica.

LEGISLAÇÃO DETERMINA NORMAS

No estado do Rio de Janeiro existe uma lei, a de nº 5131/07, que dispõe sobre a forma de descarte desse material. De acordo com ela, os fabricantes, distribuido-

res, importadores, revendedores e comerciantes de lâmpadas fluo-rescentes situados no Estado são obrigados a colocar à disposição dos consumidores, recipientes para a sua coleta, quando descar-tadas ou inutilizadas.

Segundo a lei, “os recipientes de coleta deverão ser instalados em locais visíveis e, de modo ex-plícito, deverão conter dizeres que venham alertar e despertar a conscientização do usuário so-bre a importância e necessidade do correto fim dos produtos e os riscos que representam à saúde e ao meio ambiente, quando não tratados com a devida correção”. O não cumprimento da lei pode acarretar ao infrator multa diária, e, em caso de reincidência, o valor cobrado será dobrado.

Além da lei estadual, também existe a federal, nº 9.605/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e dá outras providências. Segundo o art. 33, “são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logís-tica reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma inde-pendente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de lâmpadas flu-orescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista”.

WANDERLEY GIL

Sema diz que a campanha já arrecadou mais de 3 mil lâmpadas em três dias

CALÇADAS

Pedestres enfrentam obstáculos no Centro

Desníveis, entulhos, ve-ículos estacionados e até galhos de árvores. Esses são apenas alguns dos obstáculos enfrentados pelos pedestres em toda a cidade, inclusive na Região Central, onde o fluxo de pessoas é ainda maior.

Trafegar por áreas de gran-de movimento se torna uma aventura e requer muita pa-ciência. Não é difícil encon-trar irregularidades e pessoas trafegando pelo meio da pista, arriscando suas vidas ao divi-dir o espaço com veículos, por conta de obstáculos no meio das calçadas.

De acordo com a Prefeitura, a responsabilidade pela ma-nutenção das calçadas é dos proprietários dos imóveis. Apesar disso, cabe ao poder público criar um padrão pa-ra calçadas e fiscalizar as in-frações.

Inclusive, no início dessa semana, a nossa equipe pre-senciou uma situação causa-da pela própria prefeitura que acabou prejudicando o acesso dos pedestres. Após o serviço de poda ser realizado na Tra-vessa Glicério, no Centro, os restos de galhos cortados fo-ram depositados na calçada, onde permaneceu por três dias até a sua retirada na ma-nhã de ontem (12) pela secre-taria de Serviços Públicos.

A nossa equipe chegou a flagrar pedestres desviando pelo meio da rua. “É um des-respeito com a população. Por que não limparam no dia que fizeram o serviço? Não entendo essa demora. Parece que não há comunicação entre

Acessibilidade é um problema que ainda faz parte da realidade do macaense

os órgãos municipais, que de-veriam trabalhar de maneira integrada”, diz uma moradora da rua, que pede para não ser identificada.

Além de galhos, havia alguns móveis jogados no local. “Se o poder público não dá o exem-plo, a própria sociedade acaba fazendo igual. Alguém viu ali a oportunidade de descartar algo que não queria mais. Aí vira essa bagunça”, reclama a moradora.

Vale enfatizar que, apesar de a prefeitura ter demorado

para realizar o serviço, utilizar logradouros públicos da cida-de, principalmente calçadas, como depósito de lixo domés-tico, industrial, hospitalar ou entulhos é considerado crime de acordo com a Lei municipal 3.371/2010.

A pessoa que for flagrada transformando a calçada em canteiro de obras pode ser no-tificada e até multada. Os in-fratores podem pagar multa, valor que varia dependendo do nível da infração (peque-no, médio e grande impactos).

MARIANNA FONTES

Após três dias de espera, prefeitura realizou a retirada de galhos da calçada

A Prefeitura de Macaé está reestruturando o Serviço de Emergência 192

NOTA

Page 3: Noticiário 13 05 16

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 13 de maio de 2016 3

PolíticaFUTURO

Comissão consulta instituições e reforça ilegalidade de empréstimoSubseção da Ordem dos Advogados do Brasil e Associação de Procuradores serão ouvidas pela Câmara

Márcio [email protected]

Antes de emitir o relató-rio final que indicará a rejeição do projeto de lei

08/2016 do Executivo, que pe-de à Câmara a autorização para recorrer ao empréstimo dos royalties, a Comissão Perma-nente de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo pretende consultar duas instituições im-portantes da cidade, formadas por profissionais que atuam na área jurídica, ao reforçar a ilega-lidade da proposta que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Orgânica e a Resolução 043 do Senado Federal.

Para corroborar o parecer contrário à proposta do Exe-cutivo, que já possui dois votos entre os três membros da Co-missão, a CCJ enviou ofícios à 15ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e à Associação dos Procuradores do Município, com objetivo de reforçar a participação e a con-tribuição da sociedade no de-bate cujas decisões irão gerar reflexos nas administrações municipais futuras.

Autor do requerimento que propôs a Audiência Pública so-bre o empréstimo, realizada na quinta-feira passada (5), o vere-ador Maxwell Vaz (SD), relator da Comissão de Constituição e Justiça, afirmou que a ilegalida-de do projeto de lei 08/2016 do Executivo pode comprometer a imagem e a lisura do parlamen-to municipal.

"É certo que estamos diante de uma pauta ilegal que fere as premissas das legislações que regem as diretrizes desta Casa e do próprio governo. Todos os instrumentos legais utilizados nesta discussão indicam que o projeto está mal instruído e não possui sustentação jurídica que

dê segurança a qualquer verea-dor votar a favor desse emprés-timo", disse Maxwell.

Segundo o relator da CCJ, a 15ª subseção da OAB já respon-deu o ofício encaminhado, so-licitando um prazo maior para que emita a análise sobre a dis-cussão da legalidade da matéria.

"A Comissão realiza um tra-balho transparente, voltado a inserir a participação da socie-dade neste debate. Embora essa não seja a vontade do governo, nós, sim, queremos transpa-rência na discussão sobre esse projeto ilegal que resultará em sérios impactos futuros para a administração do município", apontou Maxwell.

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o ve-reador Chico Machado (PDT) apontou que, passadas duas semanas de discussões sobre o projeto, e o governo ainda não apresentou qualquer justifi-cativa oficial sobre a defesa do 'cheque em branco'.

"Somos recorrentes ao dizer que no projeto do Executivo não há definições que levem a Câmara sequer a discutir a pos-sibilidade desse empréstimo, quiçá admitir a possibilidade de garantir um cheque em branco ao prefeito", apontou Chico.

O parlamentar apontou ainda que as justificativas da bancada do governo sobre o projeto não são suficientes para instruir os relatórios e os votos das Co-missões Permanentes da Casa, responsáveis por emitir parecer que permite a tramitação do projeto no Legislativo.

"Enviaram um projeto capen-ga com dois artigos em uma fo-lha. Nem a resolução do Senado eles anexaram ao pedido do em-préstimo. É um total desrespei-to a essa Casa, na certeza de que conseguirão vitória sob força de voto de bancada", apontou.

WANDERLEY GIL

Parecer das Comissões sobre o projeto 08/2016 deverá ser emitido até a segunda-feira, dia 16

Declaração de vereador complica a situação do governoO debate travado entre os vereadores da situação e do bloco de oposição no final da sessão ordinária de quarta-feira (11) gerou mais uma situação, no mínimo, constrangedora para o governo, na defesa pelo emprés-timo dos royalties.

Ao compor a base governis-ta, Guto Garcia (PMDB) listou uma série de 20 obras, entre elas a Estrada de Santa Tereza, que poderão ser realizadas pelo governo com base nos R$ 200 milhões ou R$ 298 milhões, a serem contratados através do empréstimo dos royalties.

"Existem obras pendentes que não são realizadas por falta de orçamento. Mas não dá para o governo especificar no proje-to quais serão realizadas. E se surgir uma emergência nesse período? E se for necessário re-formar uma escola ou uma uni-dade de Saúde?", questionou.

Mas, o posicionamento do ve-reador foi rebatido por Maxwell Vaz (SD), membro da oposição.

"A bancada de governo quan-to mais se explica, mais se com-plica. É uma denúncia contra o próprio governo dizer que obras foram licitadas sem ter orça-mento. Eu quero uma cópia da Ata da sessão e vou me aprofun-dar sobre as últimas licitações feitas pela prefeitura para ver se não há irregularidades na questão orçamentária", apon-tou Maxwell Vaz.

NegativaO presidente da Câmara, Dr. Eduardo (PPS), chegou a dizer que não daria cópia da Ata da sessão da última quarta-feira (11) ao vereador Maxwell Vaz (SD). Depois, ele voltou atrás, e disse que a negativa foi em 'tom de brincadeira'.

O caraLíder da bancada de governo, Julinho do Aeroporto (PMDB) tem sido visto como 'o cara' pela oposição. É que ele foi o único da situação a estar presente na Audiência Pública que discutiu o empréstimo dos royalties.

MinervaTeco Comunidade (PROS) tornou-se o voto de minerva na Câmara. Cobiçado pela situação e oposição, sua posição política pode definir discussões como o empréstimo dos royalties, o que hoje vale ouro na Casa.

CURTAS

WANDERLEY GIL

WANDERLEY GIL

Aprovação de urgência ocorreu sem objeção da oposição

SERVIÇOS

Novas atribuições de assessores também ganham urgência

O plenário da Câmara apro-vou, na última quarta-feira (11), o pedido de urgência na trami-tação do projeto de lei 04/2016 enviado pelo Executivo que de-fine e regulamenta as atribui-ções dos cargos em comissão disponíveis no quadro admi-nistrativo da prefeitura.

O projeto substituiu um outro texto apresentado pelo governo que já havia entrado em trami-tação na Casa no início do ano.

Projeto que define função de cargos comissionados segue tramitação

Segundo o presidente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), a proposta do Executivo visa especificar as atribuições de cada cargo de assessoria. De acordo com a lei que instituiu a reforma administrativa no ano passado, a prefeitura dispõe, hoje, de mais de 2,4 mil asses-sorias.

"Essa é uma regulamentação referente à lei da reforma ad-ministrativa. Agora, o governo define quais são as atribuições das funções comissionadas", explicou Dr. Eduardo.

Com o pedido de urgência, o projeto deve ser votado até o dia 31 deste mês.

DENÚNCIA

Câmara abre investigação sobre renúncia de receita

Em meio ao debate sobre o empréstimo dos royalties, uma nova polêmica surgiu, no plenário da Câmara de Verea-dores, nesta semana, gerando a abertura de investigação sobre possível caso de renúncia de re-ceita do Executivo, acolhido pela bancada do governo e pelo bloco de oposição.

Na sessão de terça-feira (10), o presidente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso (PPS) chegou a questionar em plenário a utili-zação do Parque de Exposições Latiff Mussi para a realização de evento privado, dentro da programação da Exposição Es-pecializada de Mangalarga Mar-chador (Esmam), que acontece nesta semana em Macaé.

"O empresário quer fazer um show privado às custas da pre-feitura, sem pagar nada por is-so. Essa é uma das deselegâncias com Macaé", disse.

Já na sessão ordinária de quarta-feira (11), a discussão sobre a exploração do Parque de Exposições para o show da Esmam tornou-se mais enérgi-ca, através da votação do reque-

Ato foi iniciado pelo próprio presidente do Legislativo nesta semana

rimento 241/2016, apresentado pelo vereador Maxwell Vaz (SD).

Na matéria, Maxwell cobrou do governo a apresentação de cópias de processo licitatório que permitiu o uso do Parque de Exposições para a realização de atividade cultural privada. Segundo ele, se não houver res-posta, o caso pode ser conside-rado como prevaricação.

"O que nos surpreende é que uma empresa realize show privado e não pague nada para Macaé. Quem paga pela ma-nutenção daquele espaço é o dinheiro público. Eles vão co-brar ingresso de R$ 300 e não

vão pagar nada ao município? Eu não vi nenhuma licitação ou cessão onerosa do Parque de Ex-posições para fins lucrativos ser publicada pelo governo. Como fica isso?", questionou.

Dr. Eduardo disse que irá fundo na investigação sobre a empresa e a cessão de uso do Parque.

WANDERLEY GIL

Uso do Parque de Exposições gerou debate no plenário

“Safadão é quem realiza esses shows sem pagar nada ao município”

DR. EDUARDO, PPS

Macaé deverá recorrer de R$ 200 milhões a R$ 298 milhõesBaseadas em dados anexa-dos ao projeto de lei 08/2016, repassados pela Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) e de es-tudos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), informações repassadas por vereadores da bancada do governo dão conta de que, se for aprovado pela Ca-sa, o projeto garantirá ao Exe-cutivo a permissão de contrair empréstimo avaliado entre R$ 200 milhões a 280 milhões de

reais a serem pagos em 15 anos.Os R$ 298 milhões são in-

dicados pelos vereadores da situação com base em estudo apresentado, em setembro do ano passado, pela Ompetro, com base em dados da ANP.

Na época, economistas con-tratados pela Organização rea-lizaram uma simulação do valor que poderia ser solicitado por Macaé através da operação de crédito prevista pela resolução do Senado.

Já os R$ 200 milhões tam-bém indicados pelos verea-dores da bancada do governo são referentes a um teto feito pelo Banco do Brasil também à Ompetro, uma das instituições financeiras consultadas como subsidiárias da operação de crédito.

Até o momento, o governo ainda não se pronunciou de forma oficial sobre o valor do empréstimo, nem à Câmara e nem ao jornal O DEBATE.

Paulo Antunes (PMDB) propôs instalação de ciclofaixa para interligar a Aroeira a Linha Azul

NOTA

Page 4: Noticiário 13 05 16

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, sexta-feira, 13 de maio de 2016

Opinião NOTA

Paróquia prepara programação comemorativa. Festa em homenagem ao padroeiro da cidade acontecerá entre os dias 23 e 26 de junho.

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

A instalação do 'governo novo', a partir do desdobramen-to do processo de impeachment no Congresso Nacional, exige ainda mais da administração municipal a solução e resultados aguardados pela sociedade macaense, repre-sentada principalmente pela indústria do petróleo.

A Receita Federal está analisando suas redes sociais! Não, não é nenhum esquema de espionagem, invasão da privacidade ou quebra de sigilo. Ela só está vendo o que você permite que todos vejam.

Resultados

Sonegação de impostos

Mais que a conexão criada pela investigação da Opera-ção Lava-Jato, as relações po-líticas entre Macaé e Brasília tornam-se mais próximas de-vido à questão partidária e pelo posicionamento assumido pe-lo próprio governo municipal em defender a instalação do governo baseado na força do bloco peemedebista.

Desde o ano passado, toda a es-trutura política do governo mu-nicipal foi transferida, de forma silenciosa, para a comissão provi-sória do PMDB, sendo presidida atualmente pelo próprio chefe do poder Executivo municipal. Com isso, mais que a relação constru-ída ainda na campanha eleitoral de 2014, a proximidade institu-cional de Macaé com o governo do Estado alcançou um patamar de prestígio e de força ainda mais sólido, o que, na prática, não sur-tiu qualquer efeito positivo para Macaé, pelo menos para a socie-dade em geral.

Há quatro anos, o município acompanha o enredo da insta-lação do Terminal Portuário de Macaé (Tepor), projeto que, comprovadamente, garanti-ria ao município um melhor fôlego para encarar os efeitos da crise econômica nacional, visto o atual cenário de São

João da Barra, que aposta na prosperidade do Porto do Açu, agora berço da Petrobras, para alavancar a sua economia e su-as finanças.

Porém, independente da relação política construída e solidificada entre os governos municipal e estadual, o projeto segue emperrado no Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que ainda não liberou o licen-ciamento prévio.

As relações políticas de Ma-caé e do Estado também não foram suficientes para colocar em prática o projeto do Arco Viário de Santa Tereza e, de quebra, resolver a pendência do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Diante desse histórico, é impossível acreditar que, por mais que tenha assumido posi-ção política a favor da ascensão do PMDB ao posto mais alto da política nacional, o governo municipal possa lucrar com isso, pelo bem de Macaé.

E com uma pauta extensa de pendências, que incluí a reforma da pista do Aeropor-to de Macaé e a duplicação da BR 101, o que resta é aguardar o que acontecerá nos próximos 180 dias, mesmo que seja mui-to difícil de acreditar.

O caso é que quem “ostenta” na web, e não declara isso no Imposto de Renda, por exem-plo, alegando que não tem pa-trimônio, pode entrar, sim, na malha fina e ser acionado em diversos outros casos.

O porquê disso? Simples: Big Data. Essa tecnologia re-presenta uma nova realidade digital, e isso também se ex-pande ao controle que o gover-no tem sobre os “espertinhos” que declaram seu patrimônio para todos nas redes sociais e, na hora de acertar as contas com o governo, dão uma de desentendidos.

O Big Data nada mais é do que um processo de união de um volume altíssimo de da-dos, processados por um algo-ritmo que tenta encontrar um padrão e definir melhores re-sultados para o que é buscado. Por ora, o governo ainda não utiliza todo o potencial dessa ferramenta, mas em diversos estados isso já uma realidade.

O estado de Pernambuco, por exemplo, já há algum tem-po começou a usar uma ferra-menta de previsão de arreca-dação de impostos, baseados em dados coletados na rede dos moradores do estado. Is-so permitiu calcular metas de arrecadação do ano seguinte, prever crescimento e queda do PIB. Informações com diver-sas utilidades práticas para a gestão governamental.

O próximo passo dado pelo governo é no sentido de apro-veitar o que a internet pode oferecer, focando principal-mente nas redes sociais e pre-parando analistas e auditores

para trabalhar com uma boa quantidade de dados de uma seleção de pessoas passíveis de investigação fiscal, devido à sonegação de impostos.

Os auditores, após recebe-rem os dados preliminares, analisam se a renda que a pes-soa declarou consegue, de fa-to, pagar aquela vida luxuosa, viagens, carros de luxo, imó-veis que a pessoa ostenta nas redes sociais. Se isso não bate, eles começam a investigar de onde vem esse dinheiro.

A Receita está se aproveitan-do de um dos instintos mais básicos do ser humano - o de se exibir. A tecnologia está co-laborando para isso, analisan-do quantidades de informação que um grupo de pessoas não poderia analisar sozinho, e somente aí entra a análise hu-mana. A quantidade de infor-mação com que eles trabalham sempre foi alta, mas a tecnolo-gia está, enfim, servindo para um melhor controle dessa in-formação. O Big Data faz parte de uma revolução.

Assim, saiba que é impor-tante manter sua organização dentro e fora do ambiente on-line. Os riscos são altos. Man-tenha sua contabilidade em dia e jamais pense em recorrer ao caminho da sonegação. E, se possível, evite a ostentação. Ela tem mais contras do que prós, pois incorre em um risco à sua segurança e de seus familiares, e pode pegar mal em momen-tos diversos da empresa. A imagem conta - e muito.

Adão Lopes é mestre em tecno-logia e negócios eletrônicos

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Transparência Auditado pelo Ministério Público Federal,

o Portal da Transparência da prefeitura é, sem sombra de dúvidas, o canal mais eficien-te da população para acompanhar o desem-penho tributário e fiscal do governo. Depois de tirar 'nota baixa' na primeira avaliação do MPF, o sistema foi remodelado e alcançou a avaliação máxima de qualidade. Mas isso não isenta a administração municipal de seguir, à risca, o que determina a Lei de Responsa-bilidade Fiscal.

Valores E, falando no Portal da Transparência,

a população deve conferir os números referentes ao desempenho orçamentário do município nesses três anos e quatro meses do atual governo, e avaliar se exis-te a real necessidade de Macaé contrair o empréstimo dos royalties. Segundo o pró-prio sistema, mais de R$ 7 bilhões já foram recolhidos pela administração municipal nesse período, sendo R$ 1,5 bilhão apenas com as receitas do petróleo.

Cortesias A maior parte dos 17 vereadores da Câ-

mara Municipal abdicou dos convites, com direito a credencial de veículo, enviado pela organização do show de Wesley Safadão, a principal atração da Exposição Especializada em Mangalarga Marchador (ESMAM) que acontece nesta sexta-feira (13). É que a rea-lização do evento gerou um debate ferrenho na sessão ordinária da última quarta-feira (11), principalmente na questão do aluguel do Parque de Exposições Lati¯ Mussi.

Receitas É que os vereadores questionaram a au-

sência de licitação ou termo de cessão one-rosa de uso para garantir o direito da orga-nização dos shows que acontecem na edição deste ano da ESMAM. Segundo apurado pe-los parlamentares, o evento particular ven-deu ingressos que chegaram a R$ 300, sem que houvesse qualquer garantia de retorno financeiro ao município, devido à exploração do Parque de Exposições Lati ̄Mussi. Quem abriu mão dessa receita?

Defesa E os vereadores da bancada do governo

têm enfrentado dificuldades em manter ar-gumentos que defendam o pedido do Execu-tivo pelo empréstimo dos royalties. Apesar de afirmar que os prováveis R$ 298 milhões a serem buscados pela operação de crédito serão aplicados em obras, o grupo não con-segue definir quais serão os projetos benefi-ciados pelo empréstimo, e nem por que essas obras foram realizadas nos três anos e cinco meses da atual gestão municipal.

Vocação A vocação natural de Macaé como base

das operações offshore garantiu a instala-ção da base da empresa Mhwirth, gigante norueguesa com especialidade no setor de óleo e gás. Fruto de missões diplomáticas e de negociações traçadas ainda na gestão muni-cipal passada, a companhia auxilia a cidade a recompor o seu posicionamento estratégico para o segmento do petróleo na região. No entanto, ainda há pendências não solucio-nadas pelo poder público municipal.

Lava-Jato Com o encaminhamento do processo de

impeachment da presidente Dilma Rousse ̄(PT) crescem as expectativas, agora, pelo des-dobramento das investigações da Operação Lava-Jato. Acredita-se que, com as mudanças políticas em Brasília, novos fatos sobre as pla-nilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal, que citam nomes de prefeitos da re-gião, ganhem contornos inéditos. E já teve gen-te de Macaé indo a Curitiba verificar os passos da investigação e contribuir com mais dados.

Abandono É lamentável a situação da Rodoviária de

Macaé. Além dos problemas estruturais co-nhecidos pelos milhares de passageiros que circulam semanalmente pelo local, há ainda a precariedade na manutenção da limpeza do espaço. Logo no início do dia lixos são des-cartados no ponto utilizado para embarque e desembarque dos passageiros da Serra, uma situação deprimente que não condiz com a realidade esperada de uma Capital Nacional do Petróleo.

VacinaDas 50 mil pessoas previstas para serem

imunizadas, a prefeitura conseguiu atender pouco mais de 35 mil cidadãos, que estão no grupo de risco atendido pela campanha de vacinação contra a gripe H1N1. Mesmo com a antecipação da mobilização, a rede muni-cipal de Saúde ainda não atingiu a meta pre-conizada pelo Ministério da Saúde. Um dos motivos é o baixo estoque da vacinas repas-sadas pelo governo do Estado. Aos poucos, os medicamentos estão sendo repostos.

Mesmo com a denúncia feita pelos usuários, repercutida por O DEBATE, o terminal de ônibus situado em frente à Praça Veríssimo de Melo ainda é utilizado indevidamente como 'outdoor', o que fere de forma direta o Código de Posturas. Como não há fiscalização, a população acaba sendo obrigada a conviver com a poluição visual.

Page 5: Noticiário 13 05 16

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 13 de maio de 2016 5

Economia NOTA

Petrobras segue em desvalorização. A, companhia anunciou que teve nota rebaixada por agência de classificação de risco internacional.

CENTENÁRIO

Cem anos de transformaçãoAssociação Comercial e Industrial de Macaé chega ao centenário de olho no futuroGuilherme Magalhã[email protected]

Cem anos não são cem dias. E, hoje, configurando-se como uma das institui-

ções mais antigas da cidade, a Associação Comercial e In-dustrial de Macaé (ACIM) co-memora seu centenário com direito a show da Banda Nova Aurora para convidados no Te-atro Municipal. Misturada com a própria história do município, para registrar a data, também será lançado um livro com edi-ção limitada (apenas mil exem-plares) contando a história da instituição, e de como ela es-teve diretamente envolvida na transformação da “Princesinha do Atlântico” para a “Capital Nacional do Petróleo”.

De acordo com o historiador Meynardo Rocha, coordena-dor da equipe de pesquisa que recolheu as informações con-tidas no projeto do livro co-memorativo, para conseguir o conteúdo que conta parte da história do desenvolvimento do comércio macaense, foi re-alizado um trabalho de busca por diversos órgãos públicos, como o Cartório e a Câmara Municipal, além de empresas privadas da cidade, como o próprio jornal O DEBATE.

“Durante pouco mais de dois anos, foi um trabalho árduo o de ver e rever cada informação considerada importante com muita atenção, já que muitas ve-

zes elas datavam de documen-tos de até oitenta anos atrás. Mas valeu a pena. Tenho certe-za que quem ler o livro vai achar muito interessante”, disse o his-toriador em entrevista recente, ressaltando que a instituição foi crucial para a existência de im-

portantes projetos e serviços na cidade, como a instalação da primeira agência bancária do município em parceria com o Banco do Brasil, ainda na dé-cada de 20, e a criação da Brasil O�shore, originalmente elabo-rada em uma sala da associação,

em 2001.“São muitos os marcos que

cruzam a história de Macaé e da instituição, que contribuiu consideravelmente para o de-senvolvimento de diversas questões e serviços que impac-taram diretamente na transfor-

mação do município”, pontuou.

DE OLHO NO FUTURO

Para o atual presidente da ACIM, Antonio Martius Gon-dim, embora seja importante recordar o passado, atualmen-

te mais importante seria focar nas soluções para o futuro do município e da região.

“Como empresário atuan-te na cidade há mais de vinte anos, e atual presidente da Associação, fico muito feliz de ocupar o cargo no centenário da instituição. Mas, por outro lado, o momento é de preocu-pação, pois as pessoas não têm focado nas soluções, e sim nos problemas. Além disso, também temos observado muitas inver-dades como notícias de que a Petrobras pretende sair daqui. O que é uma grande bobagem, que acabou impactando direta-mente em algumas empresas. A verdade é que o dinheiro não su-miu, nem vai sumir, apenas pa-rou de circular e só precisamos retomar essa movimentação com disposição para o traba-lho”, pontuou Gondim.

A HISTÓRIA RESUMIDA

Fundada no dia 9 de abril de 1916 pelo empresário Orlando Farrula, na época proprietário da fábrica de bebidas ‘Lynce’, a então nomeada ‘Associação do Comércio Indústria e La-voura de Macaé’ deu início às suas atividades composta por outros 60 sócios-fundadores. Entretanto, tendo sua primei-ra reunião de diretoria realiza-da somente no dia 13 de maio daquele ano, a data acabou fixada como o aniversário da instituição.

WANDERLEY GIL

Antonio Martius Gondim, presidente da ACIM, em seu escritório

Impostos arrecadados no município este ano já chegam a 740 milhões

DINHEIRO

Enquanto o peso da infla-ção sobe, os tributos cobrados no município também seguem chamando a atenção. Com me-nos de cinco meses de 2016 completados, de acordo com o impostômetro, o valor pago pelos macaenses em contribui-ções já chega ao patamar de R$ 740 milhões.

Entre as suposições teóricas propostas pelo site de registro fiscal a respeito do que seria possível fazer com tanto dinhei-ro estão à construção de 700 km de estradas asfaltadas; construir mais de 10 mil km de redes de esgoto; pagar a conta de luz de todos os brasileiros durante quatro anos e construir mais de 25 mil casas populares de 40m2.

De acordo com "impostômetro", valor corresponde a contribuições pagas desde o primeiro dia de 2016

RECORDE ARRECADATÓRIO JÁ É QUESTÃO DE TEMPO

Levando em consideração a aplicação de impostos, taxas e recursos arrecadados pelo governo municipal, em pouco mais de quatro meses, Macaé arrecadou mais que o volume total de receitas públicas reco-lhidas pela maior parte das ci-dades da região durante todo o ano de 2015. A nível de exemplo, a Capital Nacional do Petróleo já superou todo o orçamento aplicado pela prefeitura de Rio das Ostras ao longo de todo o ano passado - R$ 590 milhões.

Por fim, levando em considera-ção que, no dia 30 de dezembro de 2015, foi alcançada pela primeira vez em um ano a marca inédita de R$ 2 trilhões pagos pelos brasilei-ros em impostos e que até março deste ano o montante pago já é superior ao mesmo período do ano passado, em 2106 a expecta-tiva é que a ferramenta registre um novo recorde de arrecadação do governo em níveis estaduais e municipais.

KANÁ MANHÃES

Em Macaé foram arrecadados, em média, mais de R$ 100 milhões a cada mês

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, sexta-feira, 13 de maio de 2016

Polícia

DIVULGAÇÃO PM

Operações de combate ao tráfico de drogas resultam em apreensões de drogas e dinheiro

RIO DAS OSTRAS

Polícia registra ocorrências de trá�co de drogas

Em Rio das Ostras, a Polícia Militar realizou operações que resultaram na prisão de quatro suspeitos por tráfico de drogas. As ações aconteceram no bairro Nova Cidade e Liberdade, onde drogas também foram apreen-didas.

Na Rua Joaquim Mariano, es-quina com a Rua Santo Antônio, no bairro Nova Cidade, guarni-ção em patrulhamento avistou dois elementos suspeitos que se mostraram apreensivos com a presença da viatura. De imedia-to, foi realizada a abordagem e revista pessoal nos acusados, sendo encontrado 11 pinos de cocaína e R$ 47,00 em espécie. O acusado Edimaycon Miranda Caldeira, de 22 anos, teria infor-mado aos policiais que vendia as drogas para a facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA) e que o outro suspeito, Cristiano Tei-xeira, vulgo “Pretinho”, de 38 anos, seria um dos gerentes do tráfico local

Diante das informações, guar-nição seguiu até a residência do acusado Cristiano, que permitiu

Durante duas operações distintas suspeitos foram detidos e encaminhados à DP

a entrada da PM, onde foi en-contrado apenas um caderno com anotações do tráfico. Em seguida, os suspeitos foram encaminhados à 128ª DP, onde foram autuados e preso.

LIBERDADEAtravés de informações do

disque-denúncia, guarnição seguiu para a Rua Mayer, no bairro Liberdade, a fim de veri-ficar informações de venda de entorpecentes por uma mulher, em um bar.

No local, os policiais identi-ficaram a acusada, Fernanda Novais da Cruz, de 28 anos e a indagou sobre a venda de dro-gas, que teria informado que es-tava em posse de 12 sacolés de maconha que retirou do sutiã, entregando aos policiais. A acu-sada também teria informado à guarnição que outro suspeito, Luan Rosa da Silva, de 19 anos, que estava jogando sinuca no local, também praticava tal ato ilícito. Os dois acusados foram encaminhados à DP, onde ficou constatado que o acusado ha-via saído da cadeia há apenas um mês e havia cumprido seis meses no Artigo 157 (Roubo) do Código Penal. Os acusados ficaram presos na 128º DP.

DIVULGAÇÃO PM

Menores de idade estavam em posse de uma réplica de pistola, no Centro

MACAÉ

Menores apreendidos com arma de brinquedo no Centro

Guarnição da Polícia Militar (PM) realizava patru-lhamento no Centro, quando observou três elementos sus-peitos, na Rua Vereador Abreu Lima e realizou a abordagem. Com eles, foi encontrada uma réplica de pistola.

Todos os envolvidos foram ouvidos e liberados, ficando a arma apreendida

Em seguida, os policiais en-caminharam os jovens de 14, 16 e 17 anos até a 123ª DP, a fim de verificar se existiam vítimas de crimes cometidos por eles. Mas não havia nenhuma ocor-rência sobre o fato. Entretanto, verificou-se que dois dos sus-peitos já tinham passagem por tráfico de drogas. Porém, como não havia nada efetivo contra os suspeitos, foram ouvidos e liberados, sendo apenas a arma apreendida.

ABOLIÇÃO

Racismo é crime e deve ser denunciadoHá 128 anos, a Princesa Isabel, assinava a Lei Áurea Ludmila [email protected]

“Esta Lei institui o Es-tatuto da Igualdade Racial, destinado a

garantir à população negra a efetivação da igualdade de opor-tunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discrimi-nação e às demais formas de in-tolerância étnica”. Artigo 1º da Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010.

No dia 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinava a Lei Áurea, o que oficialmente aboliu a escravidão no Brasil. Contudo, apesar de um marco na história, a data não é comemorada pelo movimento negro no Brasil, de-vido ao que culminou a vida dos escravos no país.

Sabe-se que após a abolição, os escravos foram jogados à própria sorte. Mesmo sendo “li-vres”, o preconceito e a discrimi-nação eram inerentes à socieda-de, perseverando a exclusão do processo social com os negros.

Diante deste cenário, 128 anos após a abolição, há grandes mu-danças já conquistadas pelos negros, que desde então resis-tem fortemente aos infortúnios desta longa caminhada. Porém, comparados ao tempo de escra-vidão no país, 388 anos, tendo iniciado em seu descobrimento, 22 de abril de 1500. A abolição ainda é recente, por isso, a luta pela igualdade é um caminho árduo e difícil, contudo, já com algumas boas conquistas alcan-çadas.

A professora Kátia Magalhães, especialista em história e cultu-ra afro-brasileira, historiadora das questões étnicas e raciais de Macaé e atual subsecretária de Desenvolvimento Social e de Direitos Humanos, enfatiza que

no dia de hoje (13) é importante levantar o questionamento so-bre a liberdade que foi dada ao negro e repensar sobre as múl-tiplas faces do racismo.

“Independente da cor do brasileiro é importante enten-der que o nosso povo tem uma enorme influência do povo africano que foi trazido ao Bra-sil como escravos. A forma que dançamos, cantamos, a nossa língua, a comida, a maneira de se vestir, as crenças, os cultos, entre outros, são totalmente influenciados pela cultura ne-gra africana. Hoje, vivemos um racismo sutil, daquele que vem em forma de pequenos comen-tários, a respeito da profissão de um negro que conquistou um bom espaço, da inteligência do negro que cursa uma faculdade, entre outras diversas formas. Como subsecretária, mulher e negra, eu passo por esse tipo de situação, mesmo após 128 anos da abolição da escravatura”, afir-mou Kátia.

Ainda de acordo com Kátia, o problema vai além do racismo. O envolvimento com as questões negras também é alvo de pre-conceito, como os adeptos às religiões de matriz africanas, co-mo o Candomblé e a Umbanda.

“As pessoas que são de religi-ões de matriz africana são per-seguidas, tudo isso é muito forte em nosso país. Infelizmente a sociedade não tem conhecimen-to da história. Posso afirmar que em Macaé há uma perseguição enorme ao “Povo de Axé” (nas religiões afro-brasileiras, o ter-mo representa a energia sagra-da dos orixás. O axé pode ser representado por um objeto ou um ser que será carregado com a energia dos espíritos homena-geados em um ritual religioso), por conta da falta de conhe-cimento sobre as religiões de

matriz africana. Estas religiões possuem histórias lindíssimas e costumam ser demonizadas, pe-los seus rituais, seus cultos, seus orixás. Por isso, é tão importante falar sobre estes temas, nos ór-gãos públicos, nas escolas. Hoje (13), dentro da Umbanda é o Dia do Preto Velho que faz alusão à escravidão, aqueles que morre-ram no tronco, as rezadeiras e as benzadeiras. É uma cultura lin-da, de resistência que precisa ser desmitificada”, disse Kátia.

Para ela só existe um caminho para o fortalecimento na cultura negra, derrubando os paradig-mas do preconceito e racismo: o conhecimento.

“O conhecimento é libertador. A valorização da sua história, o negro precisa se conhecer e se identificar dentro da sua pró-pria história. Macaé tem uma história negra linda, que infe-lizmente não é retratada e con-tada ao seu povo. Dois exemplos emblemáticos são a construção do Canal Macaé-Campos, que levou 27 anos para ficar pron-to, sendo construído quase que inteiramente pelas mãos dos escravos. Também a história da Lyra dos Conspiradores, que te-ria nascido, de acordo com livros históricos, no dia 25 de dezem-bro de 1822, com o objetivo de conspirar contra a escravidão que envergonhava o Brasil. Nos-sas histórias não são contadas. Então, quando o negro souber e entender a sua própria história, descobrirá o seu papel dentro da sociedade. É por isso, que o nosso foco dentro deste con-texto é com as crianças. Porque elas precisam entender a impor-tância do seu povo, que a partir das mãos escravas construíram o Brasil. Sem as mãos escravas não existiriam todos os ciclos que existiram no Brasil, de mi-neração, do café, do ouro”, res-saltou a especialista.

Segundo Kátia, o fortaleci-mento da raça negra se dá diante do conhecimento da sua história e do seu empoderamento.

“Racismo é crime. Por isso, o negro não deve se calar. Não podemos continuar com o dis-curso do “é cultural”. É preciso denunciar, quanto mais denún-cias, mais inibição para aqueles que acreditam que podem di-minuir o próximo por conta de suas diferenças, sejam elas pela cor da pele, roupa, cabelo, cren-

ça, entre outros. A lei assegura o direito do negro em ser negro. Precisamos buscar os nossos direitos, intimidando aqueles que pensam que vão ficar impu-ne quando cometem o crime de racismo. É um processo lento, mas que está gerando resulta-dos, como nos casos recentes de ataques virtuais a artistas negras que não se calaram e denuncia-ram, obtendo a prisão de alguns dos suspeitos. O negro não po-de se intimidar, é preciso que os cidadãos respeitem as diferen-ças”, enfatizou Kátia.

Para ela, há também um mo-vimento maior de aceitação do próprio negro com a sua cultu-ra. Este movimento pode ser observado com a aceitação das mulheres negras em manter o seu cabelo black ou o uso de turbantes.

“Observo que hoje os negros começam a aceitar melhor quem são. Os seus cabelos, o uso de vestimentas de origem africanas, os turbantes, isto já é um reflexo de uma luta que está sendo travada há muito tempo. E eu, acredito que quanto mais nos valorizarmos quanto à nossa cor e cultura entenderemos ain-da mais quem somos e a nossa importância. Este é o caminho”, explicou.

EVENTODurante todo o mês de maio a

secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos es-tá promovendo, no Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), um evento: “Repen-sando a Liberdade”. O objetivo é discutir com crianças e jovens sobre o racismo.

O primeiro encontro acon-tecerá no CRAS de Botofago, que segundo Kátia, o bairro e a região, carregam uma histó-ria negra riquíssima, de luta à resistência. No encontro, será exposto o longa-metragem Kiri-ku e a Feiticeira, uma animação franco-belga de 1998 dirigido por Michel Ocelot. O filme re-trata uma lenda africana. Após, haverá debates com as crianças e lanche.

“Recontar, redescobrir, re-conhecer, revalorizar a histó-ria negra é primordial para as nossas crianças que precisam de espelho e de referência para conseguir mudar essa história”, finalizou.

WANDERLEY GIL

Kátia Magalhães ressalta a importância da valorização da cultura negra e o seu fortalecimento, através da legislação

Macaé ganhará mais 12 câmeras de monitoramento

NOTA

Page 7: Noticiário 13 05 16

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 13 de maio de 2016 7

Geral Buracos na RJ-106 continuam sendo alvos de reclamações. Problema na pista e acostamento em Rio das Ostras colocam em risco a vida de milhares de pessoas.

NOTA

Últimos dias de inscrição para o EnemPROVA

Termina na próxima se-mana as inscrições para o Exa-me Nacional do Ensino Médio - Enem 2016. Os interessados podem se inscrever até o dia 20 pelo http://enem.inep.gov.br. A taxa de inscrição é de R$ 68 e poderá ser paga até às 21h59 do dia 25 de maio, por uma guia de recolhimento da União (GRU). O pagamento pode ser feito em qualquer agência bancária, casa lotérica

Interessados podem se inscrever até a próxima sexta-feira (20) pela internet

ou agência dos Correios.Será isento do pagamento da

taxa o estudante que for con-cluir o ensino médio este ano, e estiver matriculado em escola pública, ou o estudante que se declarar carente. Participantes que obtiveram isenção no ano passado, mas não comparece-ram à prova, perdem esse direi-to na edição deste ano. Ele pode apresentar uma justifi cativa 'de força maior' para a ausência, mas o MEC vai analisar caso a caso e poderá negar o recurso

De acordo com o edital, este ano, em virtude das eleições, as provas estão previstas para serem aplicadas nos dias 5 e 6

de novembro. A nota na prova é o principal

pré-requisito para quem dese-ja cursar uma graduação por meio do programa Universida-de para Todos (ProUni), Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Programa Ciência sem Fronteiras, e ingressar em va-gas gratuitas dos cursos técni-cos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unifi cada da Educação Profi ssional e Tecnológica (Si-sutec).

No dia 5 de novembro (sába-do), os estudantes irão fazer as provas de ciências humanas e ciências da natureza. Já no dia 6 (domingo), a prova aplicada inclui linguagens, códigos e su-as tecnologias, redação e mate-mática. Segundo o Ministro da Educação, o exame foi adiado para novembro por causa das eleições, para que as provas se-jam realizadas em um clima de tranquilidade.

Nos dois dias, os portões se-rão abertos às 12h e às 13h serão fechados. O início das provas será às 13h30. Como nos anos anteriores, o primeiro dia de provas terá a duração de 4h30

e de 5h30 no segundo.No caso dos sabatistas, estu-

dantes que guardam o dia de sábado em função da religião, as provas serão aplicadas às 19h no horário local - Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, esta-dos que respeitam o fuso dife-renciado em relação a Brasília.

Já para autismo, dislexia, discalculia, defi ciência intelec-tual, déficit de atenção e algu-mas outras situações, listadas pelo Código Internacional de Doenças (CID), é preciso que o aluno apresente um parecer as-sinado por um médico da área. Por outro lado, condições que são identifi cáveis clinicamente, como a cegueira, não requerem o laudo. Quem já apresentou o documento em anos anteriores não precisa repetir o procedi-mento.

E participantes que deseja-rem tratamento pelo nome so-cial deverão enviar documento de identifi cação entre os dias 1º e 8 de junho. Os cartões de con-fi rmação, mais uma vez, estarão disponíveis pela internet e não serão enviados pelos Correios.

REIVINDICAÇÃO

Moradores da W30 no Lagomar lutam pela não desapropriaçãoNa tarde de ontem eles se reuniram em frente à Justiça Federal com faixas pedindo a não desapropriação do local Juliane Reis [email protected]

Na tarde de ontem mora-dores da W30, do bairro Lagomar se reuniram

em frente a sede da Justiça Fe-deral com a fi nalidade de luta-rem por seus direitos. Segundo eles, na mesma tarde seria rea-lizada uma audiência na sede do órgão Federal sobre a desapro-priação da localidade, uma deci-são que eles são contra, exceto, caso haja a devida indenização para cada família.

“Esse ato é nossa última ten-tativa. Hoje (ontem) a justiça irá decidir se haverá a desapro-priação e a gente fi ca sem saber o que fazer. A Prefeitura quer obrigar a gente ir para aparta-mento no Bosque Azul, mas não nos dá sequer o direito de escolher onde vamos morar, ca-so haja a desapropriação”, disse uma moradora que prefere não se identifi car.

O depoimento dos demais não é diferente. “Estamos acos-tumados com nossas casas, com quintal para as crianças brin-carem e os apartamentos que querem nos empurrar são mui-tos pequenos, não têm espaço. Não sabemos se tem acesso para cadeirantes”, relatou outro mo-rador.

“Estamos aqui pra reivindi-car nossos direitos porque não somos invasores. Ainda que haja casos de invasão, 80% das famílias que residem no local compraram seus imóveis e pa-garam por ele. E agora querem nos levar para um apartamento e ainda nos cobrar para morar nele. Ou seja, já pagamos pelo terreno onde construímos nos-sa casa, tivemos todos os gastos com a construção e ainda tere-mos agora que passar 25 anos pagando por um apartamento”, questiona um morador.

Inconformados com a pos-sível desapropriação os mo-

radores ressaltam ainda que possuem seus direitos e que vão lutar por eles. “Somos tra-balhadores, trabalhamos para ter nossas coisas. Tem gente que mora lá (W30) há mais de 15 anos. E se não for para ser-mos indenizados preferimos fi car onde estamos. Lembro que há 14 anos quando a Prefeitura começou a falar na desapropria-ção havia uma média de 150 fa-mílias morando no local hoje já são mais de 500 e a fi scalização que eles deveriam fazer para que não aumentasse o número de residências na área eles não fi zeram, pelo contrário, pouco a pouco foram urbanizando e du-rante esses anos foram acompa-nhando o crescimento e agora querem simplesmente desapro-priar”, relatou os moradores.

Há alguns anos o Jornal O Debate vem acompanhando o crescimento da quadra W 30 do Lagomar, considerada a Zona de Amortecimento do Parque

Nacional da Restinga de Juru-batiba. Em entrevistas anterio-res ao Jornal, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), órgão gestor do parque nacional escla-receu que a competência pela fi scalização na área é da Prefei-tura, haja vista que é uma área urbana consolidada.

Sem a devida fi scalização mu-

nicipal, a ocupação da área que deveria ser protegida só conti-nuou e as construções começa-ram a ser feitas por toda parte, e com isso, todo ecossistema local na área considerada uma área de Proteção Permanente (APP) está começando a ser degradada.

Segundo a Lei Federal nº 9.985/00, que institui o Sistema

Nacional de Unidades de Con-servação da Natureza e dá ou-tras providências, “considera-se como Zona de Amortecimento, o entorno de uma Unidade de Conservação, onde as ativida-des humanas estão sujeitas a normas e restrições específi cas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a Unidade".

CRÉDITO

Moradores se reuniram em frente a Justiça Federal em busca de seus direitos

PARÓQUIA

Festa de Nossa Senhora de Fátima começa hoje

Começa nesta se xta-feira (13) a Festa de Nossa Senhora de Fátima em Macaé. O evento que é uma tradição no município e vem se repetin-do ao longo dos anos vai contar com diversas atrações. Além da missa, haverá show, sorteios de prêmios e barraquinhas com comidas típicas que promete reunir os fi éis entre outras ati-vidades. Entre os dias 4 e 12 foi realizada a santa Missa e a No-vena.

Hoje, o Dia de Nossa Senhora de Fátima será realizada uma

A programação vai contar com missas, shows, barraquinhas com comidas típicas entre outros

procissão às 18h e missa às 19 horas celebrada pelo nosso Bispo Diocesano Dom Edney Gouvêa Mattoso. Após a mis-sa haverá show com Frutos de Medjugorge

Amanhã haverá show com Li-ta Lopes e Banda. Já no dia 15, a festa fi cará por conta da Banda Israel.

Além das atrações, a festa acontece também, com o ob-jetivo de arrecadar fundos, que serão destinados a uma série de projetos a serem realizados pela própria Paróquia. Com isso no domingo vai acontecer o sorteio de um carro zero quilômetro. Os interessados em participar do sorteio, poderão comprar suas fichas no estacionamento da Igreja, situada na Rua Teixeira de Gouveia. O valor é R$ 10,00.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Geral Macaé, sexta-feira, 13 de maio de 2016

HISTÓRIA

Crise derruba governoApós aprovação da Câmara dos Deputados, Senado dá continuidade a processo de impeachment que afasta a presidente Dilma Rousseff

Às 6h34 de ontem (12), e por 55 votos a favor e 22 contrários, o Senado de-

cidiu por abrir o processo do impeachment da presidente Dil-ma Rousse� (PT), acatando pela maioria do plenário o relatório elaborado e aprovado pela Câma-ra dos Deputados há 25 dias, que indica denúncias das chamadas “pedaladas fiscais” na execução do orçamento federal. Com is-so, Dilma é afastada do cargo em até 180 dias, passando o posto de presidente da República para o vice-presidente, Michel Temer (PMDB).

Durante sessão iniciada na quarta-feira (11) e encerrada de-pois de mais de 20 horas de deba-tes, os 77 Senadores que partici-param da votação do processo de impeachment se revesaram nas discussões, prós e contras, a pre-sidente Dilma Rousse�.

Ao abrir os trabalhos às 10h de quarta, a primeira providência do presidente do Senado, Renan

Calheiros, foi pedir “serenidade e espírito público” do Plenário, lembrando que aquele era um mo-mento histórico, que deveria estar acima de paixões partidárias.

Durante a sessão, cada senador teve até 15 minutos para usar a tribuna, a maioria justificando seu voto com argumentos con-cernentes à situação econômica enfrentada pelo país.

Relator do parecer oriundo da Comissão Especial do Impeach-ment, o senador Antonio Anasta-sia (PSDB-MG) explicou, às 5h45, que este processo de impedimen-to do governante não decorre de crime de natureza penal.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, também teve 15 minutos para defender a presidente, alegando que a acu-sação lançada contra a chefe do Executivo não se ampara em fa-tos reais consistentes com crime de responsabilidade praticado pela presidente da República.

Ao ser notificada sobre a deci-

são do Senado, Dilma foi afastada do cargo por um prazo máximo de 180 dias, período em que os sena-dores concluirão o processo e deci-dirão se efetivamente ela cometeu crime de responsabilidade.

Dilma Rousse� manterá direi-tos, como residência no Palácio da Alvorada, salário integral e uma equipe de funcionários pa-ra auxiliá-la.

Em seu discurso após receber a notificação do afastamento, Dil-ma voltou a falar em golpe. Em seu pronunciamento, a presiden-te afirmou acreditar na justiça e reforçou a expectativa de retomar ao posto de presidente do país após comprovar legalidade dos seus atos.

NOVO GOVERNOLogo após ter sido notificado da

decisão do Senado Federal, Mi-chel Temer anunciou os nomes dos ministros que integrarão o ministério do novo governo.

Temer recebeu a notificação

às 11h25 de ontem do senador Vicentinho Alves (PR-TO), pri-meiro-secretário do Senado. An-tes de notificar Temer, no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência, Alves já tinha intimado a presidente Dilma Rousse�, no Palácio do Planalto.

IMPACTO EM MACAÉA decisão do Senado sobre dar

andamento ao processo de im-peachment da presidente Dilma Rousse� causou reação de maca-enses, nas redes sociais.

Composta por 17 cadeiras, a Câ-mara de Vereadores contou apenas com o discurso do vereador Marcel Silvano (PT) contrário ao processo. Ele, de forma recorrente, reconhe-ceu a medida como “golpe”.

Já do governo municipal, que foi aliado da administração de Dilma Rousseff até março des-te ano, ao migrar para a base do PMDB, não emitiu pronuncia-mento oficial sobre o afasta-mento da presidente.

ROBERTO STUCKERT FILHO/ PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 25/08/2011

Prefeito não emitiu comunicado oficial sobre oafastamento da presidente Dilma Rousseff

COMBUSTÍVEL

Preço do etanol varia 6% nos postos da cidade

Com o álcool cada vez mais caro e preços proporcionais ao da gasolina, ter um automóvel flex tem se tornado cada vez menos indiferente na hora de abastecer.

De acordo com uma pesqui-sa realizada pelo O DEBATE, nos postos da cidade, o preço pelo litro do etanol varia 6% - o valor mais barato encontrado pelo combustível derivado da cana de açúcar é de R$ 3,49 em um posto do Centro, e o máxi-mo é de R$ 3,71, também em um posto do centro.

Ainda segundo o mesmo

Valor mais barato encontrado pelo combustível é de R$ 3,49 e máximo é de R$ 3,71

levantamento, em Macaé, a variação da gasolina é de no máximo 6,8%, com preço má-ximo de R$ 4,15 pago pelo litro do combustível e mínimo de R$ 3,87. No mesmo período do ano passado, quando a equipe de reportagem realizou uma pesquisa similar comparando o preço cobrado pelos postos de abastecimento espalhados pela cidade, a variação consta-tada foi de 7,5%, com a gasoli-na mais cara saindo a R$ 3,74 e a mais barata a R$ 3,46.

Como consequência lógica dos números, mesmo sen-do mais barato, em Macaé, o etanol ainda não é a melhor opção na hora de abastecer, já que sua rentabilidade não compensa o preço mais bara-to. Segundos os especialistas, o biocombustível só se torna

econômico quando o seu pre-ço equivale a no máximo 70% do preço da gasolina: atual-mente, essa variação gira aci-ma de 85%.

O CUSTO MACAÉ

Na comparação com outros municípios do Estado, segun-do o site ‘Preço dos Combus-tíveis’, atualizado periodica-mente, a Capital Nacional do Petróleo também segue com a política de preços mais ele-vada registrada. Em Campos, por exemplo, atualmente o combustível mais caro sai a R$ 4,09 e o mais barato a R$ 3,77 - variação de 7,9%. Já no Rio, a diferença é ainda maior, e os preços vão de R$ 3,65 a R$ 4,22 - variação de 13,6%.