noticiário 05 07 15

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda- feira, 6 de julho de 2015 Ano XL, Nº 8751 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 Futuro da indústria offshore depende de leilão e novo marco Números apresentados pelo Conselho de Administração da Petrobras começam a ser esmiuçados pela cadeia do petróleo local que vive à espera da restruturação do mercado KANÁ MANHÃES Apresentação de Plano de Negócios da Petrobras abre caminho para planejamento de investimentos nas atividades em Macaé Ao patinar dentro das especulações analisadas pelo mercado ao longo dos últimos meses, os cerca de R$ 100 bi- lhões que serão aplicados pela Petrobras nos próximos três anos, como previsto pelo Plano de Negócios 2015/2019 divul- gado nesta semana pela com- panhia, ajudam a apresentar um novo cenário para empre- sas que atuam no segmento de exploração e de produção de óleo e gás, sediadas em Macaé. Mesmo consolidando a redução na capacidade de investimentos no setor, a empresa apresenta à indústria um remédio amargo para recuperar a sua capacidade administrativa que um dia che- gou a ficar entre as 30 maiores empresas de capital aberto do mundo, posição que despencou para o 416º lugar, segundo a lista da Forbes, após as investigações da Operação Lava-Jato. Neste total, o volume de recursos que desperta o maior interesse da cadeia do petróleo local são os investimentos destinados ao segmento de Exploração e de Produção. PÁG. 3 POLÍTICA SYLVIO SAVINO Carcaças de carros ocupam bairros POLÍCIA Carros abandonados po- dem ser sinônimo de muitos problemas para a população, algumas pessoas acreditam que o veículo deixado em qualquer canto, gera apenas a poluição visual para determinada rua e cidade. Contudo, carros aban- donados são sinônimos de pro- blemas de saúde e de segurança pública. Conviver diariamente com veículos em total estado de abandono na calçada de ca- sa ou em terrenos baldios mui- to próximos de residências, tem incomodado a população ma- caense. O problema acontece em diversos bairros e apesar de existir no município operações que os recolhem, boa parte dos moradores desconhecem essas ações. PÁG. 5 Foi aprovada, no dia 25 de ju- nho pelo Tribunal Pleno da OAB/ RJ, a transformação da 15ª Sub- seção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Conselho. Com isso, a partir de janeiro de 2016, a Subseção com sede em Macaé passará a contar com mais autonomia administrativa e financeira. A mudança foi rei- vindicada pela atual diretoria da OAB Macaé, que formalizou a so- licitação através de ofício junto à Seccional da OAB/RJ. PÁG.9 Veículos abandonados GERAL OAB de Macaé terá autonomia VILA COM ARES DE BAIRRO BAIRROS EM DEBATE Alvo de especulação imobiliária, Vila Badejo representa fase de crescimento da área Norte da cidade F ruto da expansão imobiliária, regis- trada a partir do crescimento populacional impulsionado pelo mercado offshore, a Vi- la Badejo carrega hoje ares e problemas dignos de bairros tradicionais da cidade: falta de segurança, assaltos frequentes à luz do dia, precariedade no transporte e na iluminação pública, ciclistas se arriscando entre os carros por falta de ciclovia, entulhos nas calçadas. Colado ao Parque Aero- porto, a Vila Badejo foi uma das áreas da cidade contempladas com obras do Orçamento Partici- pativo. No entanto, a falta de infraestrutura ainda afeta a rotina de moradores que contribuem com o desenvolvimento da cidade. PÁG. 8 KANÁ MANHÃES Um dos primeiros loteamentos de Macaé, Vila Badejo enfrenta problemas GERAL GERAL ASSESSORIA Documento foi entregue durante a Brasil Offshore Comércio de Macaé em busca de qualidade Rede-Petro envia boas- vindas à Petrobras Semana do Varejo promove palestras que aprimoram atividade na cidade PÁG. 9 Reverência foi direcionada ao novo gerente da Unidade da Bacia de Campos PÁG. 11 WANDERLEY GIL Antonio Gondim, presidente da ACIM, destacou resultados obtidos por projeto ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 22º C Mínima 17º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) ECONOMIA GERAL GERAL CADERNO DOIS Sindipetro NF analisa Plano de Negócios Educação organiza desfile cívico Acordo sobre ambiente frustra expectativa Jubileu de ouro nos palcos teatrais Sindicato aposta em restruturação da estatal Secretaria prepara bandas escolares para evento PÁG. 11 Parceria entre Brasil e EUA não agrada ambientalistas PÁG.10 Ator, diretor e produtor Moadyr Victorino celebra 50 anos CAPA WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL FIM DE PRAZO PARA NEGOCIAÇÃO DE REAJUSTE CONFIRA NESTA EDIÇÃO: CADERNO EDUCAÇÃO GUARDA RECEBERÁ CAPACITAÇÃO NO HPM POLÍTICA, PÁG.3 ESPECIAL POLÍCIA, PÁG.5

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Page 1: Noticiário 05 07 15

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015Ano XL, Nº 8751Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

Futuro da indústria offshore depende de leilão e novo marco Números apresentados pelo Conselho de Administração da Petrobras começam a ser esmiuçados pela cadeia do petróleo local que vive à espera da restruturação do mercado

KANÁ MANHÃES

Apresentação de Plano de Negócios da Petrobras abre caminho para planejamento de investimentos nas atividades em Macaé

Ao patinar dentro das especulações analisadas pelo mercado ao longo dos últimos meses, os cerca de R$ 100 bi-lhões que serão aplicados pela Petrobras nos próximos três anos, como previsto pelo Plano de Negócios 2015/2019 divul-gado nesta semana pela com-panhia, ajudam a apresentar um novo cenário para empre-sas que atuam no segmento de exploração e de produção de óleo e gás, sediadas em Macaé. Mesmo consolidando a redução na capacidade de investimentos no setor, a empresa apresenta à indústria um remédio amargo para recuperar a sua capacidade administrativa que um dia che-gou a ficar entre as 30 maiores empresas de capital aberto do mundo, posição que despencou para o 416º lugar, segundo a lista da Forbes, após as investigações da Operação Lava-Jato. Neste total, o volume de recursos que desperta o maior interesse da cadeia do petróleo local são os investimentos destinados ao segmento de Exploração e de Produção. PÁG. 3

POLÍTICA

SYLVIO SAVINO

Carcaças de carros ocupam bairros

POLÍCIA

Carros abandonados po-dem ser sinônimo de muitos problemas para a população, algumas pessoas acreditam que o veículo deixado em qualquer canto, gera apenas a poluição visual para determinada rua e cidade. Contudo, carros aban-donados são sinônimos de pro-blemas de saúde e de segurança pública. Conviver diariamente com veículos em total estado de abandono na calçada de ca-sa ou em terrenos baldios mui-to próximos de residências, tem incomodado a população ma-caense. O problema acontece em diversos bairros e apesar de existir no município operações que os recolhem, boa parte dos moradores desconhecem essas ações. PÁG. 5

Foi aprovada, no dia 25 de ju-nho pelo Tribunal Pleno da OAB/RJ, a transformação da 15ª Sub-seção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Conselho. Com isso, a partir de janeiro de 2016, a Subseção com sede em Macaé passará a contar com mais autonomia administrativa e financeira. A mudança foi rei-vindicada pela atual diretoria da OAB Macaé, que formalizou a so-licitação através de ofício junto à Seccional da OAB/RJ. PÁG.9

Veículos abandonados

GERAL

OAB de Macaé terá autonomia

VILA COM ARES DE BAIRROBAIRROS EM DEBATE

Alvo de especulação imobiliária, Vila Badejo representa fase de crescimento da área Norte da cidade

Fruto da expansão imobiliária, regis-trada a partir do crescimento populacional impulsionado pelo mercado o¢shore, a Vi-

la Badejo carrega hoje ares e problemas dignos de bairros tradicionais da cidade: falta de segurança, assaltos frequentes à luz do dia, precariedade no transporte e na iluminação pública, ciclistas se arriscando entre os carros por falta de ciclovia, entulhos nas calçadas. Colado ao Parque Aero-porto, a Vila Badejo foi uma das áreas da cidade contempladas com obras do Orçamento Partici-pativo. No entanto, a falta de infraestrutura ainda afeta a rotina de moradores que contribuem com o desenvolvimento da cidade. PÁG. 8

KANÁ MANHÃES

Um dos primeiros loteamentos de Macaé, Vila Badejo enfrenta problemas

GERAL GERALASSESSORIA

Documento foi entregue durante a Brasil Offshore

Comércio de Macaé em busca de qualidade

Rede-Petro envia boas-vindas à Petrobras

Semana do Varejo promove palestras que aprimoram atividade na cidade PÁG. 9

Reverência foi direcionada ao novo gerente da Unidade da Bacia de Campos PÁG. 11

WANDERLEY GIL

Antonio Gondim, presidente da ACIM, destacou resultados obtidos por projeto

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 22º CMínima 17º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

ECONOMIA GERAL GERAL CADERNO DOIS

Sindipetro NF analisa Plano de Negócios

Educação organiza desfile cívico

Acordo sobre ambiente frustra expectativa

Jubileu de ouro nos palcos teatrais

Sindicato aposta em restruturação da estatal

Secretaria prepara bandas escolares para evento PÁG. 11

Parceria entre Brasil e EUA não agrada ambientalistas PÁG.10

Ator, diretor e produtor Moadyr Victorino celebra 50 anos CAPA

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

FIM DE PRAZO PARA NEGOCIAÇÃO DE REAJUSTE

CONFIRA NESTA EDIÇÃO: CADERNO EDUCAÇÃO

GUARDA RECEBERÁ CAPACITAÇÃO NO HPM

POLÍTICA, PÁG.3 ESPECIAL POLÍCIA, PÁG.5

Page 2: Noticiário 05 07 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015

CidadeEdição: 282 Publicação: 29 dE agosto dE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Rede Ferroviária indenizou família e imóvel é para pagamento de dívidas

Em pronunciamento feito quinta-feira, na reunião da Câmara Municipal, o Vereador Rubem Gonzaga de Almeida Pereira levou ao conhecimento da Casa de que “a Rede Ferro-viária Federal está promovendo a doação de uma valorizada área de terra em Macaé, como pagamento de dívidas da REFER, entidade as-sistencial aos enpregados. As dívidas, segundo o Vereador afirmou, são os descontos feitos em folha e não recolhidos aos cofres daquele órgão, há algum tempo.

Ubás ganha atendimento médico e odontológico

O Coordenador de Saúde da Região das Bai-xadas Litorâneas, Dr. César Augusto de Aze-vedo, informou que vai inaugurar domingo, dia 30, às 9 horas, um Consultório Médico e Odontológico na localidade de Ubás, próximo ao Distrito de Carapebus.

Dr. César afirma que implanta mais esta uni-dade com a colaoração do Vice-Prefeito Nacif Salim Selem, que muito se empenha pela po-pulação local.

Bancário não teve feriado

Apesar de ter sido aprovado pela Câmara Mu-nicipal, não foi sancionada pelo Prefeito a Lei que institui o ‘Dia do Bancário, determinando que “não poderiam funcionar os estabeleci-

mentos de crédito com alvará em funciona-mento na área do Município de Macaé. Ontem, dia 28 de agosto, Dia Nacional do Bancário, todas as agências funcionaram normalmente, com atendimento ao público.

Colégio Estadual Luiz Reid comemora durante 30 dias o Jubileu de Prata

Com uma vasta programação elaborada pe-lo Diretor José Domingues de Araújo Filho, iniciada dia 23 passado, com uma passeata de biclicleta pelas ruas de Macaé, o Colégio Esta-dual Luiz Reid, criado em 28 de setembro de 1956, durante 30 dias, estará comemorando o seu Jubileu de Prata.

Campanha eleva vendas e expectativas do comércioPassados os primeiros cinco dias da “Liquida Rio Norte”, os primeiros resultados da campa-nha são positivos nas quase cem lojas envolvidas na ação promo-cional realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Macaé. Com uma movimentação expressiva de clientes no último sábado (27), em comparação a um fim de semana normal, alguns lojistas que aderiram à iniciativa garantem ter obtido um aumen-to de vendas entre 10 e 15%. Ini-ciado no último dia 25, o evento promocional promete sorteio de 14 prêmios como dois carros, seis TVs de 42 polegadas e seis smar-tphones. Para concorrer, a cada R$ 25 em compras, o cliente ga-nha um cupom para os sorteios. A iniciativa, semelhante a realizada em outras cidades da região, tem como objetivo recuperar o ritmo de vendas do setor varejista, um dos principais afetados pela crise.

Através da portaria pu-blicada ontem pela secretaria municipal de Mobilidade Ur-bana, motoristas que trafegam no Centro, na Rodovia Amaral Peixoto, no Polo Offshore, na Avenida Presidente Sodré, na Estrada da Serra e na Rodo-via Norte/Sul, estão sujeitos a multas de R$ 85,13 e R$ 191,54, ao serem flagrados cometendo infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro. (CTB). Práticas como o avanço do se-máforo na posição vermelha e a parada sobre a faixa de pedes-tres passarão a ser fiscalizadas com base no funcionamento

de 10 dispositivos acoplados a novos sinais instalados recen-temente pela prefeitura.

Os dispositivos, que já esta-vam funcionando em período de testes, passarão a aplicar mul-ta de forma automática a partir deste domingo (5), conforme estabelecido pela portaria publi-cada pela Mobilidade, corrobo-rada pelo Fundo Municipal de Trânsito e Transporte (FMTT). Os novos equipamentos inte-gram o sistema implantado pela secretaria de Mobilidade Urba-na desde o ano passado, com objetivo de elevar a eficiência na fiscalização do trânsito.

Multas automáticas

base da iesa em Macaé foi fechada em 2014

Empresas assumem contrato da Petrobras com a Iesa

análises do laboratório da Esane garantem a qualidade da água

NOTA

wanderley gil

kaná manhães

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015 3

PolíticaPrevisões

Plano da Petrobras pode injetar R$ 26,94 bilhões na cadeia offshore localNúmeros apresentados ontem pelo Conselho de Administração da companhia começam a ser esmiuçados pela indústriaMárcio [email protected]

Ao patinar dentro das es-peculações analisadas pelo mercado ao longo

dos últimos meses, os cerca de R$ 100 bilhões que serão aplicados pela Petrobras nos próximos três anos, como pre-visto pelo Plano de Negócios 2015/2019 divulgado nesta se-mana pela companhia, ajudam a apresentar um novo cenário paras empresas que atuam no segmento de exploração e de produção de óleo e gás, sediadas em Macaé.

Mesmo consolidando a re-dução na capacidade de inves-timentos no setor, a empresa apresenta à indústria um remé-dio amargo para recuperar a sua capacidade administrativa que um dia chegou a ficar entre as 30 maiores empresas de capital aberto do mundo, posição que despencou para o 416º lugar, segundo a lista da Forbes, após as investigações da Operação Lava-Jato.

E desde o início da crise ins-titucional da companhia, os números relativos aos rombos deixados pela corrupção pas-sam a ser substituídos agora pelos investimentos previstos pela companhia, um total de US$ 130,3 bilhões entre 2015-

2019, que revertidos em reais chega a 403,93 bilhões.

Neste total, o volume de re-cursos que desperta o maior interesse da cadeia do petróleo local são os investimentos des-tinados ao segmento de Explo-ração e de Produção.

Segundo a companhia, US$ 93,34 bilhões serão aplicados nos quatro anos, previstos pe-lo Plano de Negócios, apenas no desenvolvimento da pro-

dução. Deste total, US$ 58,61 bilhões estão destinados a ala-vancar as operações do pré-sal no país.

Dentro do segmento de produção, a companhia deve aplicar US$ 34,73 bilhões em atividades que estão direta-mente ligadas ao atual ritmo de produtividade de barril de pe-tróleo, onde cerca de 80% está concentrada na Bacia de Cam-pos. Divididos entre os quatro

anos, a companhia deve aplicar US$ 8,69 bilhões nesta área, que revertidos em real chega a 26,94 bilhões.

Na área de exploração, a Pe-trobras pretende aplicar cerca de R$ 9,2 bilhões por ano, até 2019. Vale ressaltar que este é o principal setor de atuação da in-dústria do petróleo sediada em Macaé e que sofreu o principal impacto desde o início da crise institucional da companhia.

kaná manhães

Apresentação de Plano de Negócios abre caminho para planejamento de empresas

Operadora única e novos leilõesA divulgação do Plano de Negócios da Petrobras abre uma nova perspectiva para a restruturação do mercado do petróleo no país, associada principalmente à realização da 13ª Rodada de Licitações para a exploração de novos blocos de petróleo, programada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para acontecer em ou-tubro deste ano.

No entanto, até que as novas liberações para ampliar as ati-vidades de exploração do país aconteçam, a indústria ainda aguarda o amadurecimento de uma discussão que ganhou for-ça dentro da oitava edição da Brasil Offshore, realizada em Macaé na semana passada.

A realização do leilão é um dos principais procedimentos aguardados pela indústria do petróleo ao longo dos últimos anos. O processo abre novas

perspectivas de negócios para as empresas fornecedoras, se-diadas principalmente nos po-los offshore da Capital Nacional do Petróleo.

Além disso, o potencial ge-ológico do país, ao concentrar reservas com capacidade de produção de 40 bilhões de bar-ris também é o fator prepon-derante para que as grandes empresas do setor mantenham o interesse de investir no mer-cado brasileiro.

Porém, o atual marco regu-latório do petróleo no país res-guarda à Petrobras o direito de obter 30% das áreas de explo-ração licitadas pela ANP, uma regra que, na visão de especia-listas, enfraquece a competiti-vidade do mercado do petróleo brasileiro, criando uma depen-dência direta das operações offshore à saúde administrativa da companhia.

“Esse sistema não cria a com-petitividade necessária para que o mercado possa se restruturar. Essa regra deve ser mudada principalmente nas áreas onde a Petrobras não possua grande interesse”, aponta José Serra (PSDB), senador que apresen-tou no Congresso projeto para mudar o sistema de 'operadora única'.

Enquanto a discussão po-lítica sobre os novos rumos

da exploração do petróleo no país esquentam os bastidores do Congresso, a cadeia do pe-tróleo local já se adapta à que-da nos mais de R$ 9 bilhões aplicados nos últimos dois anos pela Petrobras direta-mente no mercado de Macaé, seja através da contratação de serviços, seja na aquisição de materiais. A previsão é que es-ses números cheguem apenas a R$ 5 bilhões em 2015.

kaná manhães

Mudanças no marco regulatório do petróleo foi tema de debate político na Brasil Offshore

Fim de prazo para negociação de reajuste dos servidores

decisão

Vence nesta segunda-feira (6) o prazo dado pela Câmara de Vereadores ao Sin-dicato dos Servidores Públicos Municipais de Macaé (Sindser-vi) para tentar junto ao governo um substitutivo ao projeto de lei

Mesmo com pressão da Câmara, pauta do Sindservi ainda não está garantida

014/2015 que prevê a revisão sa-larial da categoria, com reajuste de 6%.

Impasse que movimentou a semana, a definição sobre o dis-sídio coletivo dos trabalhadores estatutários da administração municipal já envolveu parali-sação da categoria, protesto em frente a prefeitura e até mesmo críticas a membros do governo, contrários às principais pautas apresentadas pelo Sindservi.

Em meio à queda de braços, o sindicato chegou até a aceitar a rediscutir os 12% solicitados como recomposição salarial da categoria, buscando um índice próximo aos 6% oferecidos pelo governo. No entanto, não abre mão da garantia do enquadra-mento dos servidores, de acordo com as revisões de vencimentos previstos no Plano de Cargos e Salários da categoria. O proces-so seria retroativo também ao

ano passado.Através da 'Carta Aberta aos

Vereadores', a presidente do Sindservi, Rose Mary Gomes, conclamou a Câmara para ten-tar persuadir o governo e a mo-dificar o projeto encaminhado há duas semanas ao Legislativo.

Nesta terça-feira (7), a Câma-ra promove sessão extraordiná-ria para votar o projeto definido pelo governo para a recomposi-ção salarial da categoria.

Licença prévia do Tepor deve ser liberada pela Comissão Estadual de Controle Ambiental nesta segunda (6)

NoTA

PONTODE VISTA

Encerrada no dia 26 de junho passado, continua repercu-tindo a oitava edição da Feira Brasil Offshore, realizada no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho - Ma-caéCentro - que, após sofrer uma grande reforma, voltou a ser palco de importantes eventos que, espera-se, sirva para outros de grande magnitude, principalmente para debater os mais variados temas que afligem a população, não só de Macaé mas de toda a região, do estado e do país.

Estamos assistindo no dia a dia uma grande batalha na Câ-mara dos Deputados, que tomou a iniciativa de desengavetar projetos e emendas constitucionais que há muito são medidas cobradas pela população - que foi, pelo menos, três vezes às ruas promover manifestações - as quais ainda encontram, provavelmente por interesses escusos de “forças ocultas”, bastante resistência.

Há bastante tempo quem passa à noite, ou faz caminhadas, pela Avenida Atlântica tem reclamado do constante apagão das luminárias desde o trevo da Praia Campista até as imediações da sede da AABB, agora mais adiante. Se o cidadão paga a “contribuição” de iluminação pública garfada na conta de energia, por que a Emip não corrige a situação? A iluminação dá mais segurança.

Alguns detalhes aqui, outros alí, revestimento asfáltico em ruas de paralelepípedos, onde os buracos incomodam a todos, sinalização horizontal - faltando melhorar a vertical -, semáforos novos, e por ai vai... A cidade ganha um novo visual. Mas ganha também os “sinais inteligentes”, aqueles que flagram o veículo avançando o sinal ou mesmo parados nas faixas de pedestres. Olho vivo!!!

Até domingo.

Quem leu a página sete de O Globo na quinta-feira (2 de julho), deparou-se com o seguinte título: “Popularidade de Dilma cai para 9%”. Reprovação ao governo atingiu novo recorde negativo, de acordo com pesquisa CNI-Ibope. Ao lado, ao abordar a viagem da presidente aos Estados Unidos e se encantar com o carro sem motorista do Google, lê-se a afirmação dela: “Acabei de descer do futuro”.

Feira da superação

Dois pontos

Afirmando que a Feira foi o de-safio da superação, tendo em vista a crise econômica que se abateu sobre o mundo desde a queda do preço do barril - que despencou de US$ 110 para cerca de US$ 50 - atingindo o Brasil e, em especial, os muni-cípios produtores de petróleo, o prefeito Dr. Aluízio Junior, ao se tornar presidente da Ompe-tro, começou a liderar um movi-mento para buscar alternativas junto aos órgãos federais e es-taduais, visando reivindicar as obras necessárias para dotar a cidade e a região de infraestru-tura, capaz de suportar o cresci-mento do município que, apesar da crise, continua refém de de-cisões do Ibama, Inea, Ministé-rio das Cidades, e tantos outros órgãos importantes que possam fortalecer, também, os pilares de projetos considerados fun-damentais para tirar Macaé do caos em que se encontrava,

como por exemplo a concessão da licença para o Terminal Por-tuário de São José do Barreto, a construção da nova pista no aeroporto de Macaé para torná-lo regional, a duplicação da BR-101 e das rodovias estaduais de acesso à cidade, dentre muitas outras que aguardam a ação da vontade política, como deixam claro os responsáveis de cargos escolhidos para dirigirem os mais diferentes órgãos estadu-ais e federais, que dependem sempre do intrincado jogo de fortalecimento da base. Não é a toa que Dr. Aluizio deixou o PV para filiar-se ao PMDB, costu-rando alianças que possam dar a ele condições de reivindicar mais obras para Macaé. Se a realização da Feira superou a meta de alavancar e fortalecer o desenvolvimento do municí-pio, outros desafios grandiosos o aguardam, e ele afirma que vai enfrentá-los.

Primeiro, a reforma política, dentre muitas outras, que vai esbarrando nos interesses dos próprios parlamentares, e que todo mundo sabe, não vai mes-mo resolver os principais vícios reproduzidos a cada eleição. Segundo, o toma lá-dá-cá con-tinua sendo a principal ban-deira do governo, tendo como articulador o vice-presidente Michel Temer, que vem sendo boicotado pelo próprio Palácio do Planalto, que não libera as emendas dos parlamentares para suas bases e, tão pouco, as nomeações para o segundo esca-lão. Como sempre foi assim que funcionou a política, na base do troca-troca de favores pes-soais, não só em Brasília, mas também no restante do país, a população aguarda para dar o troco nas eleições. Se, de um lado, o presidente da Câmara e do Senado conseguiram sucesso na aprovação da PEC da Benga-la, estendendo para 75 anos a idade-limite para a aposenta-doria compulsória, o senador

José Serra viu aprovado projeto de sua autoria estendendo a re-gra para todos os servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e que agora deverá ser apreciado na Câmara dos Deputados. Outro ponto que acirra os ânimos em Brasília é a decisão de votar a Emenda Constitucional que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. O Partido dos Trabalhadores, que votou con-tra todas as alternativas, já ini-cia manobra para filiar jovens e oxigenar o PT, partido que vem sofrendo as consequências do escândalo primeiro do “men-salão” e, agora, do “petrolão”. Mas, aqui pra nós... Se os con-gressistas lá atrás mudaram a legislação tornando eleitor o menor de 16 anos, se ele pode es-colher seus representantes para exercer cargos públicos, por que não mudar o ECA, ou a Consti-tuição, para que, a partir dessa idade, eles possam responder pelos atos que praticam? Pois é... perguntar não ofende.

PoNTAdAs

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Ao destinar apenas 11% do total de US$ 130,3 bilhões para a área de exploração, divididos ao longo de 2015 e 2019, a Petrobras consolida as previsões pessimistas em relação aos investimentos no setor que garantiu a transformação econômica e social de Macaé ao longo das últimas quatro décadas.

Improvisado, o terminal intermunicipal de passageiros, situado no trecho da Rua Vereador Abreu Lima, em frente à Rodoviária de Macaé, é um dos responsáveis pelo nó gerado diariamente no trânsito da área central da cidade. Se o embarque e desembarque dos passageiros, que chegam a Macaé vindos de outras cidades, ocorressem na Travessa Glicério - onde a 1001 ganhou um estacionamento exclusivo -, os efeitos deste serviço seria bem menor.

Diferente do que o governo municipal prega em pro-pagandas de altas cifras nos meios de comunicação de todo o país, Macaé está em crise.

Operadora

Os 6% e a crise de prioridade

No entanto, um movi-mento criado no Con-gresso Nacional, que

ganhou força na Capital Na-cional do Petróleo, pode sim mudar esse quadro.

Ao se consolidar como um dos principais campos indus-triais relativos ao segmento do petróleo no mundo, Ma-caé concentrou a principal expertise de garantir, com eficiência e segurança, as operações necessárias a uma das mais importantes fases de transformação do Brasil em uma das grandes nações petrolíferas do mundo.

Essa experiência torna-se fundamental também para a viabilização do pré-sal, área que concentrará cerca de US$ 58 bilhões em investi-mentos previstos pela Petro-bras dentro do Plano de Ne-gócios 2015-2019. Operações que vão além das discussões relativas à logística, e às ati-vidades atividades portuá-rias, a produção de petróleo situado em águas profundas passa a ser o carro-chefe do mercado offshore nacional.

Porém, até que o pré-sal alcance o seu ápice, as opera-ções do pós-sal, mais baratas e com infraestrutura já con-solidada na Bacia de Campos, garantirá a produtividade da

Petrobras e da contribuição do Brasil para o mercado offshore internacional.

No entanto, para manter a geração de mais de dois mi-lhões de barris de petróleo todos os dias a companhia precisa utilizar cada vez mais novas reservas, dentro do volume de concentração de mais de 40 bilhões de bar-ris já descobertos no país, ao longo dos últimos 40 anos.

Esse potencial geológico passa a ser a principal espe-rança do mercado que sente os efeitos da retração dos in-vestimentos no setor. A nova rodada de leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP) passa a ser vista como a prin-cipal marca para a restrutu-ração da cadeia do petróleo local.

Para tornar a concessão das novas áreas de explo-ração mais competitiva, é necessário a mudança das regras do marco regulatório do petróleo, permitindo que grandes empresas disputem, de igual para igual, com a Pe-trobras os novos blocos de exploração. Se isso não ocor-rer, o futuro da economia e das atividades offshore no país dependerão, mais uma vez, da saúde administrativa da estatal.

Nem tanto uma crise eco-nômica fruto do mo-mento vivido pelo país,

pelo mercado internacional do petróleo que tem tudo para ser vencido com o suor dos macaenses e do povo bra-sileiro, mas sim uma crise de prioridades e de moral.

O reajuste dos servidores de somente 6% sequer re-compõe o poder de compra em relação a inflação do período anterior avaliado em 8,76% e não atende os anseios dos trabalhadores que se sentem desrespeita-dos não só pela cifra, mas por toda relação de perseguição e falta de diálogo que vem marcando este governo des-de o seu início, contrariando suas promessas eleitorais.

Tivemos a preocupação de junto à crítica tentar-mos encontrar soluções para que tenhamos na pró-xima terça-feira um projeto que minimamente respeite o direito do servidor. Cabe esclarecer a todos que o ve-reador não pode emendar esse tipo de proposição. De acordo com os valores en-caminhados e consultados, para que a prefeitura che-gasse à apresentação deste percentual de reajuste que pelo menos recomponha a inflação do período seria preciso o remanejamento aproximado de R$ 32 mi-lhões. Inalcançável?

A tão falada “salvadora” reforma administrativa feita no mês passado não reduziu os salários dos assessores do

alto escalão. Para ser ter uma ideia, se o mesmo percentual descontado para quem rece-be menos fosse regra para to-dos, teríamos uma economia de mais de R$ 8 milhões! Es-se grupo reduzido de pessoas compostas por secretários, subsecretários (CC-E e CC I), além dos CC-II, correspon-de a um valor maior do que o que é gasto com todos os ou-tros assessores da prefeitura de Macaé e que foi estipulado com o entendimento do pre-feito de que seria um número capaz de garantir ao servidor público um reajuste digno.

O orçamento deste ano para a contratação de em-presa para propagandas ul-trapassou a casa dos R$ 19 milhões, enquanto a média dos últimos 5 anos era de R$ 4,5 milhões. Dinheiro que está em poder da secretaria municipal de Comunicação. A prefeitura vem realizando a licitação para a ampliação do Estádio Cláudio Moacyr. Gastar dezenas de milhões na ampliação de um estádio onde 95% dos jogos ficaram muito longe de atingir a sua lotação máxima?

É preciso que os servidores se mantenham informados e mobilizados lutando pelos direitos já adquiridos e co-brando. A mudança não veio! O respeito prometido foi ape-nas mais uma mentira. Que venha a terça-feira!

Igor Sardinha - Líder da Ban-cada de Oposição e pré-candi-dato a prefeito de Macaé

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CulturaReinaugurado em maio do ano passado, o Teatro Municipal de Macaé ainda não foi in-serido na programação de eventos culturais promovidos pela Petrobras em todo o país. Enquanto diversas cidades do Brasil contam com apresentações gratuitas de peças, shows e exposições, a população da cidade-sede das principais instalações da estatal no país, ainda não foi contemplada pelos investimentos da companhia no incentivo à cultura. A prefeitura também pode correr atrás desses projetos.

RepriseAo iniciar na quinta-feira (1) o período do recesso parlamentar no meio do ano, a Câmara de Verea-dores esqueceu de atender a uma demanda apro-vada em plenário desde o ano passado: a exibição da reprise de Audiências Públicas e sessões ex-traordinárias realizadas ao longo deste ano. No período das 'férias' dos vereadores, a transmissão faria jus ao investimento feito pelo Legislativo para exibir as reuniões pela internet, serviço que não contempla toda a população da cidade.

TransparênciaO Legislativo macaense deveria trabalhar também na modernização do portal da transparência. Pelo site da Câmara, a população ainda não consegue ter acesso a todas as informações relativas aos gastos do parlamento municipal, que conta com um orçamento anual de mais de R$ 60 milhões. Até o regimento interno é antigo, o que dificulta as pesquisas feitas por estudantes e apresenta uma informação equivocada a todos os cidadãos.

Sistema Será que as informações repassadas por 1.521 pessoas, que acessaram o portal 'Macaé por Você', serão suficientes para apresentar um prognóstico relativo aos principais serviços prestados pelo governo à população macaen-se? O sistema operado pela empresa de con-sultoria Macroplan ofereceria dados para um novo plano de governo. No entanto, até hoje nem 10% da população participou do projeto. Segundo a Câmara, o serviço custou mais de R$ 3 milhões à prefeitura.

Sede O Centro de Convenções Jornalista Roberto Ma-rinho receberá nesta semana o segundo evento desde a sua reforma, orçada em mais de R$ 14 milhões. Após a oitava edição da Brasil Offshore, o espaço sediará a 12ª Conferência Municipal de Saúde, que acontece na quinta (9) e na sexta-feira (10). Ao reunir um público que caberia no Paço Municipal, a Conferência pode não ter o tamanho da feira do petróleo, mas possui grande relevância para o atendimento à população.

Filas Nesta semana, a central de agendamento de exames da rede pública de Saúde, o antigo '0800' voltou a registrar filas de pacientes que não conseguiram ter acesso ao serviço por telefone. Desde que foi revita-lizado, através do trabalho realizado pela secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, o local promoveu a humanização do serviço, evitando o des-locamento dos pacientes até o Centro da cidade. Os usuários aguardam que o sistema seja restabelecido.

Movimento Passadas as movimentações relativas à oitava edição da Brasil Offshore, taxistas antigos de Macaé voltam a reclamar do enfraquecimento do movimento de transporte no município. A concorrência com o serviço privado e o au-mento das autarquias liberadas pela prefeitura, criam impactos ao setor também afetado pela crise econômica registrada na cidade. Mesmo com um serviço de transporte público lotado, a população acaba não recorrendo à comodi-dade dos táxis.

Reajuste Nesta segunda-feira (6) vence o prazo dado pela Câmara de Vereadores para a votação do projeto de lei 014/2015 apresentado pelo governo e que prevê a revisão dos vencimentos dos servidores públicos municipais. A proposta de reajuste de 6% foi rejeitada pelo Sindicato dos Servidores (Sindservi). À espera de um substitutivo, contem-plando o enquadramento da categoria, o parla-mento agendou para esta terça-feira (7) uma sessão extraordinária para apreciar a matéria.

Queda Ao manter em 2014 uma média semanal de 1,5 mil oportunidades, o quadro de emprego regis-trado pela Central do Trabalhador neste ano não alcança o nível de 500 vagas semanais, neste ano. A queda é reflexo da retração de investi-mentos em todos os setores que compõem a economia da cidade, um cenário que deve se perpetuar até o final do ano. O comércio deve voltar a contratar para as vendas de fim de ano.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOlÍCia MiliTar: 190POlÍCia rOdOViÁria Federal: 191SaMU - SerV. aS. Med. UrGÊnCia: 192COrPO de BOMBeirOS: 193deFeSa CiVil: 199POlÍCia CiVil - 123ª dP: 2791-4019diSQUe-denÚnCia (POlÍCia MiliTar): 2791-5379deleGaCia de POlÍCia Federal (24 HOraS): 2796-8330del. de POl. Federal (diSQUe denÚnCia): 2796-8326del. de POl. Federal (PaSSaPOrTe/ViSTO): 2796-8320diSQUe-denÚnCia (CÂMara de MaCaÉ): 2772-7262HOSPiTal PÚBliCO MUniCiPal: 2773-0061aMPla: 0800-28-00-120Cedae: 2772-5090PreFeiTUra MUniCiPal: 2791-9008deleGaCia da MUlHer: 2772-0620GUarda MUniCiPal: 2773-0440ilUMinaÇÃO PÚBliCa: 0800-72-77-173aerOPOrTO de MaCaÉ: 2772-0950CarTÓriO eleiTOral 109ª ZOna: 2772-9214CarTÓriO eleiTOral 254ª ZOna: 2772-2256COrreiOS - Sede: 2759-2405aG COrreiOS CenTrO: 2762-7527TeleGraMa FOnadO: 0800-5700100SedeX: 2762-6438CeG riO: 0800-28-20-205radiO TaXi MaCaÉ 27726058COnSelHO TUTelar i 2762-0405 / 2796-1108 PlanTÃO: 8837-4314COnSelHO TUTelar ii 2762-9971 / 2762-9179 PlanTÃO: 8837-3294COnSelHO TUTelar iii 2793-4050 / 2793-4044 PlanTÃO: 8837-4441

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macaé e UFF avançam no fortalecimento do convênio

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015 5

Polícia 'O Procon perto de você' continua no calçadão da Avenida Rui Barbosa

NOTA

Reunião discute políticas públicas para pessoas em situação de rua

SOCIAL

Pensando em estraté-gias que possam melhorar o atendimento já realizado pela Prefeitura aos moradores em situação de rua, na tarde desta sexta-feira (03), o Prefeito Dr. Aluízio, esteve na secretaria de Desenvolvimento Social em reunião com a secretária Josefa Sampayo, para tratar de diversos assuntos, sendo um dos temas abordados políticas públicas para a população em situação de rua.

“Traçamos ações que possam minimizar o problema social, presente nas cidades em de-senvolvimento, no sentido de

O Prefeito e a secretária de Desenvolvimento Social traçaram novas metas para área social

solucionar também as questões de saúde e de segurança das pes-soas que vivenciam o processo de exclusão social por meio da utilização das ruas como espa-ço de moradia e sobrevivência”, ressaltou o prefeito.

A secretária frisou que a reunião com o prefeito desen-cadeou mais uma medida em favor do melhor atendimento e fortaleceu a promoção da as-sistência social a essas pessoas.

“Como indicativo da reunião, surge um grupo de trabalho, for-mado por técnicos do setor, para pensar as políticas públicas que se direcionam à população em situação de rua. É preciso, no entanto, salientar que o corpo técnico da secretaria já vinha se articulando com outros órgãos da administração, como o Con-sultório na Rua, da secretaria de

Saúde; as secretarias de Mobili-dade Urbana e Ordem Pública, no sentido de desenvolver ações sociais e de garantia de direi-tos”, disse Josefa.

Com a reunião ficou definida a implantação da Casa de Pas-sagem, com capacidade de abri-gar até 20 pessoas e um estudo técnico para a realização de um

fórum ou seminário que enfo-que a população de rua com a participação da sociedade nas discussões.

Também nesta semana, no dia 1º de julho, outra reu-nião na Guarda Municipal abordou o mesmo tema. O secretário de Ordem Pública, André Luiz Monteiro, esteve

reunido com representantes das secretarias de Saúde e De-senvolvimento Social, além de Conselheiros Tutelares, para tratar da abordagem dos guar-das municipais aos moradores em situação de rua.

Neste evento, ficou acertada uma nova ação em conjunto,

na qual os guardas municipais acompanhariam a equipe téc-nica que já realiza o trabalho de abordagem a essas pessoas, com o serviço do Consultório na Rua e o Serviço de Abordagem So-cial, pelo Centro POP, onde os agentes avaliariam uma melhor conduta nessas abordagens.

Divulgação Secom

O Prefeito, Dr. Aluízio, se reúne com a secretária de Desenvolvimento Social, Josefa Sampayo e trata de políticas públicas para pessoas em situação de rua

Guarda Municipal receberá capacitação de primeiros socorros

HPM

Com o intuito de melhorar o pri-meiro atendimento prestado a uma pessoa em perigo de vida, o Hospi-tal Público Municipal (HPM), es-tará realizando no dia 15 de julho (quarta-feira), uma capacitação de primeiros socorros aos guardas municipais.

De acordo com o diretor-supe-rintendente do HPM, Dr. Márcio Bittencourt, o primeiro atendi-mento influencia diretamente nas condições da vítima.

Objetivo é que os agentes estejam preparados para realizarem os primeiros atendimentos a vítimas

“É fundamental que as pessoas que realizam um primeiro aten-dimento às vítimas de acidentes tenham conhecimento de Primei-ros Socorros, esse treinamento em parceria com a Guarda Municipal visa capacitar os guardas para efe-tuarem esse tipo de atendimento”, disse Dr. Márcio.

Segundo o diretor, nesta pri-meira fase, cerca de 60 guardas receberão o curso que acontece no auditório do próprio hospital, e eles serão reaplicadores da ideia para que outros tenham a mesma vontade de aprender.

O secretário de Ordem Pública, André Luiz Monteiro, avaliou a par-ceria como mais um benefício para

Kaná manhãeS

Os guardas municipais foram escolhidos para a capacitação

a população e todo efetivo que tra-balha diariamente com situações diversas no município.

“É excelente essa capacitação para os guardas municipais, será de grande ajuda essa parceria pre-parando ainda mais nosso efetivo que está nas ruas”, pontuou.

PRIMEIROS SOCORROSOs primeiro socorros, são pro-

cedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agrava-mento, até que ela receba assistên-cia definitiva.

Alguns conhecimentos simples podem diminuir esse sofrimento,

também evitar complicações futu-ras e até mesmo salvar vidas.

O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastan-te para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de emergên-cia mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.

O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: deixar de prestar socorro à vítima de aciden-tes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, é crime.

ABANDONO

Carros abandonados preocupam moradoresFalta de informação sobre recolhimento dos veículos deixa população impotente ao problemaLudmila [email protected]

Carros abandonados podem ser sinônimos de muitos problemas para a popula-

ção, algumas pessoas acreditam que o veículo deixado em qual-quer canto, gera apenas a po-luição visual para determinada rua e cidade. Contudo, veículos abandonados são sinônimos de problemas de saúde e de segu-rança pública.

Conviver diariamente com ve-ículos em total estado de aban-dono na calçada de casa ou em terrenos baldios muito próximos de residências, tem incomodado a população macaense. O proble-ma acontece em diversos bairros e apesar de existir no município operações que recolhem estes ve-ículos, boa parte dos moradores desconhecem essas ações e não sabem como agir quando o pro-blema está em suas portas.

É o que tem acontecido no bairro Riviera Fluminense, con-siderado área nobre da cidade, onde moradores convivem com sucatas de veículos abandonados em um terreno baldio, localizado na esquina da Rua Vitória com a Rua dos Tucanos.

“Não tem mais condição isso aqui, esses veículos estão aban-donados há meses, transforma-dos em criadouros de mosquitos, além disso, à noite, quem passa

pelo local fica com medo de ter al-guém escondido, já que é um local perfeito para quem quer fazer um assalto ou até mesmo coisa pior. Um dos veículos se transformou em um lixão, sabemos que é pre-ciso que os moradores colaborem, não jogando lixo, mas algumas pessoas não respeitam e quem sofre são os vizinhos que não co-metem esse tipo de erro. A gente vê as ratazanas atravessando a rua, saindo de dentro dos veículos abandonados, gostaríamos que a Prefeitura tomasse providências e recolhessem esses carros”, disse Sabrina Silva.

Sem dúvidas, com o tempo os veículos se transformam em criadouros de mosquitos da den-gue e servem para a proliferação de pragas, como os ratos. Além

Divulgação

Moradores colocam lixo dentro de veículo abandonado ajudando a proliferação de pragas

disso, tem a questão da seguran-ça pública, já que alguns destes veículos em estado de abandono são utilizados para consumo de drogas ilícitas e outras práticas criminosas.

Muitos destes veículos abando-nados são originados muitas ve-zes da prática de assaltos, outros por oficinas mecânicas e alguns pelos próprios proprietários, que por não conseguirem arcar com as despesas acabam abandonan-do os veículos em qualquer lugar, muitas vezes, próximos as suas residências.

A secretaria de Mobilidade Ur-bana realiza operação para a re-tirada desses veículos em estado de abandono das vias públicas no município. A própria secretaria realiza o mapeamento dos locais

para notificação e recolhimento dos veículos, tanto por meio do banco de denúncias, quanto pe-lo levantamento dos agentes de trânsito em patrulhamento.

Contudo, as reclamações quanto ao número de veículos abandonados são cada vez mais frequentes. Muitos desconhecem essa ação da secretaria e acabam sem saber como proceder diante do problema.

Segundo a secretaria, a popu-lação pode fazer solicitações por meio da Ouvidoria Geral pelo telefone 162 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h) e pelo link no Portal da Prefeitura.

As ações visam atender a de-manda levantada por meio do banco de solicitações e também de acordo com dados recolhidos

nas rondas realizadas pelos agen-tes de trânsito. No mês de maio, as ações aconteceram em ruas dos bairros Aeroporto, Aroeira, Sol y Mar, Centro, Visconde, Ri-viera Fluminense, Novo Horizon-te e Miramar.

Nestes locais, os responsáveis que estavam utilizando a via pú-blica como depósito, foram noti-ficados com o prazo de 72h para retirada do veículo. Cerca de 20 notificações foram feitas em cer-ca de 30 dias. E os proprietários que não tomam uma providência mesmo assim, têm seus veículos apreendidos. No entanto, a partir da notificação, a maioria dos do-nos está retirando os seus veícu-los dos locais, sem necessidade de rebocá-los ao depósito.

No caso dos veículos reco-

lhidos, se o proprietário tiver interesse em recuperá-lo, deve primeiro dirigir-se à Coorde-nadoria de Posturas e solicitar autorização de liberação, que só será expedida após o pagamento da multa administrativa prevista no Código de Posturas do Muni-cípio, além de outras exigências legais. Depois é preciso solicitar no Detran onde está registrado o veículo, o ofício para liberação e, por fim, encaminhar-se ao Ro-dando Legal para o pagamento das taxas de remoção e diárias devidas.

FISCAlIzAçãO Os proprietários de veículos em

situação de infração de trânsito que tenha como medida adminis-trativa a remoção do veículo e os que utilizam a via pública como depósito (não só por abandono), como oficinas mecânicas, tam-bém estão sendo notificados pa-ra retirada e, caso não cumpram a determinação, poderão ter os veículos rebocados.

Esta fiscalização contempla não só aspectos de acessibilida-de e mobilidade, mas também reflete na saúde pública, já que evita a proliferação de pragas e do mosquito da dengue, além da segurança pública, já que al-guns destes veículos em estado de abandono são utilizados para consumo de drogas ilícitas e ou-tras práticas criminosas.

Veículos abandonados colaboram com a falta de segurança à população

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

A maioridade penal e o sistema prisional

Nesta semana a Câmara dos Deputados foi novamen-te o centro das atenções após uma manobra parlamentar para colocar em votação a re-dução da maioridade penal, que já havia sido rejeitada no dia anterior.

Sem discutir a constitucio-nalidade ou não da chamada “pedalada regimental”, pro-piciada pelo Presidente da Casa, o Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), fato é que nesta segunda votação a maioridade penal para crimes hediondos foi

aprovada em primeiro tur-no, passando de 18 (dezoi-to) anos para 16 (dezesseis) anos.

A mudança originou-se de uma Proposta de Emenda à Constituição - PEC 171/93, que obteve 323 votos favorá-veis e 155 contrários. Segun-do o Presidente da Câmara não houve qualquer ilega-lidade, uma vez que a PEC rejeitada na noite anterior seria apenas um substitutivo, e sendo rejeitado o substitu-tivo nada obstaria à votação do texto original.

Leandro Gama Alvitos, Especialista em Direito Público

Maioridade penal em discussão

De um lado existem aque-les que são contrários à re-dução da maioridade penal fundamentando-se nos fatos de que já há previsão na lei (Estatuto da Criança e do Adolescente) para a punibilidade dos menores infratores; porque, segun-do estudos sobre o tema, o ingresso antecipado no sis-tema penal brasileiro expõe o infrator a mecanismos e a comportamentos repro-dutores da violência, com o aumento das chances de reincidência, uma vez que as taxas de reincidência nas penitenciárias são de 70%, enquanto no sistema socioeducativo atual estão abaixo de 20% e porque, re-duzindo a maioridade, o Es-tado se exime da sua obriga-ção de educar e passa ape-nas a punir, privilegiando a repressão em detrimento da prevenção.

De outro lado os que de-fendem a redução utilizam-se dos argumentos de que a impunidade gera mais violência, ou seja, pelo fato dos jovens terem a cons-ciência de que não podem ser presos e punidos como adultos, passam a praticar o crime sem receio; porque a redução da maioridade penal iria proteger os jo-vens do aliciamento feito pelo crime organizado, que atualmente prefere re-crutar menores de 18 anos para atividades, sobretu-do, relacionadas ao tráfico de drogas, apoiando-se na “impunibilidade” destes, e ainda defendem que uma pessoa com 16 ou 17 anos já é capaz de ter sua perso-nalidade formada, tendo ci-ência acurada do certo e do errado, podendo, portanto, responder por seus atos co-mo um adulto.

Nosso sistema prisional falido

É certo que nosso país detém a 4ª maior popula-ção carcerária do mundo e um sistema prisional su-perlotado com cerca de 500 mil presos. O Brasil só per-de para os Estados Unidos com 2,2 milhões de presos, para a China com 1,6 mi-lhões e para a Rússia com seus 740 mil presos.

O sistema penitenciário brasileiro há muito tempo não cumpre a sua função social de controle, reinser-ção e reeducação dos crimi-nosos; muito pelo contrário: é tida como uma verdadeira “escola do crime”.

A realidade do nosso país, no que tange ao estado das nossas prisões, é alarmante, são inúmeros os problemas encontrados nos estabeleci-mentos prisionais, apenas para citar alguns, encontra-mos: a ausência de respeito aos presos; a superlotação carcerária, que contribui para a situação degradante das celas; ausência de tra-balho para os detentos, ge-rando o ócio improdutivo; elevados índices de consu-mo de drogas - o que ocorre muitas vezes em função da

corrupção de alguns fun-cionários que permitem a entrada de drogas e outros objetos proibidos em troca de dinheiro; ocorrência de reiterados abusos sexuais; dentre outros.

Todas essas excrecências existentes demonstram a impossibilidade de se obter a reabilitação de um conde-nado. Assim, a redução da maioridade penal, a nosso pensar, em nada contribui para a melhora deste siste-ma e, consequentemente, da segurança pública em nosso país. Muito pelo con-trário, o sistema prisional que já é caótico irá se tornar insustentável e diversas re-beliões irão ocorrer, na lu-ta literal por espaço dentro dos presídios.

A discussão da Segurança Pública deve ser muito mais ampla e passar por uma cus-tosa e necessária reformu-lação, desde o sistema edu-cacional até a reformulação do nosso sistema prisional, sob pena de estarmos trans-formando nossas escolas em futuros presídios ou nossos presídios em verdadeiras escolas.

Leandro Gama Alvitos

Dinheiro

Suspensão de serviços nas férias de meio de ano pode reduzir custos Serviços de TV a cabo e energia podem ser interrompidos por tempo determinadoGuilherme Magalhã[email protected]

Nesse período do ano, com as crianças livres do horário escolar, al-

ços como telefonia, TV a cabo, assinaturas e serviços de luz, são ótimas opções para redu-zir os gastos extras. Por outro lado, é necessário atenção, já que a maioria das empresas pede que isso seja solicitado com antecedência e, em al-guns casos, são cobradas taxas para a suspensão. Assim, é im-portante avaliar se realmente essa atitude vale a pena.

Caso a pessoa tenha TV por assinatura, por exemplo, o as-sinante tem o direito de pedir a suspensão por, no mínimo, 30 dias e, no máximo, 120 dias, além de ter que informar, na volta da viagem, o requeri-mento para que o serviço seja restabelecido, o que é feito em até 24 horas. A interrupção não tem custo para o consu-midor.

A mesma regra vale para o serviço de telefonia. No entanto, uma taxa pode ser cobrada, caso o período de suspensão for menor que um mês ou superior a quatro meses.

Já no caso da energia elé-trica residencial, o consu-midor também tem o direito de pedir a interrupção, mas vai depender do tempo que a pessoa permanecer ausente, já que pode não valer a pena, pois é cobrada uma taxa para a religação. O prazo para res-tabelecer o fornecimento de energia é de até 24 horas em áreas urbanas e 48 horas em regiões rurais.

Para outros serviços mais segmentados, como acade-mias de ginástica ou assina-tura de jornais e revistas, não existem regras específicas que obriguem as empresas a suspender o fornecimento temporariamente. Entretan-to, o consumidor pode tentar negociar com o fornecedor a interrupção do pagamento durante o período de férias ou a prestação do serviço por mais um mês, além do estabe-lecido em contrato.

Auditoria do selo Shell acontece na Casa do Empreendedor

noTA

gumas famílias resolvem tirar alguns dias de férias. No en-tanto, o que pouca gente sabe é que, de acordo com o Códi-go de Defesa do Consumidor, existe a opção de economizar

em gastos na residência en-quanto se estiver longe, o que possibilitará usar o dinheiro poupado durante as viagens de lazer.

A suspensão de alguns servi-

divulgação

Em tempos difíceis, famílias podem economizar dinheiro para lazer

24 horasO prazo para restabelecer o fornecimento de energia é de até 24 horas em áreas urbanas

48 horasO prazo para restabelecer o fornecimento de energia é de até 48 horas em regiões rurais

nÚMeroS

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015

bairros em debate Vila Badejo

Apesar de pequena, Vila Badejo ainda acumula grandes problemas De acordo com os próprios moradores, por trás das pacatas ruas do bairro, se escondem problemas que acabam deixando a população insatisfeita

Juliane Reis [email protected]

Falta de segurança, as-saltos frequentes à luz do dia, precariedade no

transporte e na iluminação pública, ciclistas se arriscan-do entre os carros por falta de ciclovia, entulhos nas cal-çadas. Essas e muito mais são algumas das situações vivi-das pelos moradores da Vila Badejo. Localizado a pouco minutos do Centro e ao lado de um dos bairros mais popu-losos do município - Parque Aeroporto, o Vila Badejo e seu entorno (Vilas Viola, Na-morado e Marlin) aguardam por uma série de serviços do poder público. Muitas dessas situações foram relatadas no último Bairros em Debate de março de 2014.

“Nosso maior problema aqui é com relação à seguran-ça. A rua do valão é uma das principais vias onde ocorrem os furtos. Situações essas que ocorrem também à luz do dia. As pessoas vão pegar o ôni-bus, ficam no ponto e do nada

dades, é gerada por esse agra-vante”, desabafa.

O bairro conta com cerca de cinco mil famílias. É compos-to por belas casas e ruas asfal-tadas, mas basta uma ronda na localidade para perceber que por detrás das pacatas ruas se escondem inúmeros proble-mas que acabam deixando a população insatisfeita com as condições de vida do local.

O abastecimento de água, por exemplo, apesar de ter melhorado, ainda não atende a todos. “Só quem tem bomba consegue puxar a água. Pa-ra quem não tem fica difícil. Quando cai é muito pouco”, relata um morador.

Procurada pelo Jornal, a Prefeitura informou que a subsecretaria de Iluminação Pública vinculada à Secretaria de Limpeza Pública e Manu-tenção está realizando me-lhorias no bairro Vila Badejo e que, recentemente, trocou todas as luminárias da Beira Canal. E que o morador pode entrar em contato e solicitar a troca das lâmpadas pelo tele-fone: 2759-1086.

Kaná Manhães

O bairro conta com cerca de cinco mil famílias

Entulhos geram transtornos no bairroUm problema comum em toda a cidade, os entulhos tam-bém fazem parte da rotina de quem vive na Vila Badejo. Uma situação que segundo os pró-prios moradores poderia ser evitada caso houvesse a cons-cientização por parte de quem deposita os dejetos nas ruas e calçadas. “É comum moradores fazerem das calçadas canteiros de obras, obstruindo assim a passagem de pedestres”, relata um morador. Situação essa que foi comprovada por nossa equi-pe. Bastou uma pequena ronda pelas ruas dos bairros para nos Entulhos nas calçadas também fazem parte do dia a dia dos moradores

depararmos com a situação. Mas vale ressaltar que essa

situação acaba comprome-tendo a segurança da popu-lação no geral, inclusive de quem comete tal ato. Primei-ramente, porque isso acaba obrigando que as pessoas te-nham que desviar pelo meio da rua, arriscando suas vidas. E que compromete a questão da acessibilidade, principal-mente para pessoas de idade, crianças, mães com carrinho de bebê e deficientes físicos, que acabam tendo que dividir o espaço com os veículos.

Kaná Manhães

Área de lazer considerada razoável A Praça do bairro, apontada como única opção de lazer é considerada razoável. Ela con-ta com parquinhos e quadra de futebol, porém quando chove a quadra se torna inviável para a prática esportiva. “A composi-ção dela não é de grama sintéti-ca, é barro puro, então quando chove fica muito pior, um lama-çal. Como uma criança vai po-der jogar / brincar nessas condi-ções?”, questiona um morador.

Na oportunidade, ele aponta que outra necessidade do bairro é com relação à saúde. “Uma de nossas reivindicações é com re-lação a construção de uma uni-dade de saúde aqui no bairro.

Não temos um posto de saúde aqui e a unidade mais próxima é o Pronto Socorro do Aeropor-to. E aqui tem o local para que a obra seja construída. Caso se tornasse realidade, seria um so-nho realizado”, disse Cláudio da Silva.

Ao que tudo indica, o bairro passará por melhorias. É que segundo informações da Pre-feitura, a secretaria de Lim-peza e Manutenção informou que existe um projeto para o local para a construção de uma praça e uma academia popular, seguindo o modelo das já im-plantadas na Praia de Imbetiba e Cavaleiros.

Kaná Manhães

Quando chove, única quadra do bairro fica repleta de lamas

aparece alguém de bicicleta ou moto, principalmente, pedindo o celular, dinheiro e outros bens materiais. Recen-temente minha filha foi uma das vitimas de assalto aqui no bairro”, disse o morador Cláu-dio da Silva.

Além da questão da falta de segurança, os moradores recla-mam ainda da ineficiência da iluminação pública. “A ilumi-nação é horrível e acaba contri-buindo para os assaltos ocorri-dos à noite. Em paralelo temos o caso do transporte. Quando eles não passam aqui dentro do bairro, a gente tem que se des-locar para o Terminal Cehab ou para o ponto de ônibus que fica distante”, relatam.

Ainda sobre a falta de segu-rança, o morador não atribui o problema apenas ao pouco efetivo da Polícia Militar no bairro. “Acredito que a inse-gurança acontece por conta da falta de investimentos do Governo Estadual na Polícia Militar. Falta investimento do Estado na Polícia Militar, já que a falta de segurança no município, e até em outras ci-

Descarte irregular de lixo próximo à escola Um terreno localizado ao lado da EMEI Lia Kopp, também preocupa os mora-dores. “Muitas pessoas têm o hábito de colocar o lixo nesse terreno e a prefeitura recolhe, no entanto, quando o cami-nhão não passa para retirar, a situação fica preocupante. A gente sabe que lixo acumula-do contribui para a prolifera-ção de animais peçonhentos,

Aglomeração de lixos próximo a escola preocupa, principalmente quando chove

como rato e sem contar que se torna ainda pior em tempo de chuvas. Quando chove, próxi-mo aos lixos formam poças de água - que são atrativos para o mosquito da dengue”, relatou um morador.

Já com relação aos entulhos, segundo o órgão municipal existe uma equipe da secre-taria que faz o recolhimento todos os dias na cidade.

Kaná Manhães

Vias sofrem com os buracosOs buracos em algumas vias do bairro também são aponta-dos pelos moradores. Segundo os relatos, além de atrapalhar o trânsito e colocar em risco a segurança de motoristas e pe-destres, eles trazem vários pre-juízos para os proprietários de veículos.

“Com as obras que foram re-alizadas no bairro, o problema melhorou um pouco, mas ainda existem ruas com essa situação. Quando chove é pior, porque com a poça de água que se for-ma não tem como a gente ver a dimensão do buraco”, conta um motorista.

A situação foi flagrada por nossa equipe também em fren-te ao ponto de ônibus. “A gente fica aqui no ponto, mas quando o ônibus se aproxima, a gente anda mais pra frente para não correr o risco de ser molhada”,

Buracos nas vias também é uma realidade

contou uma passageira. Segundo informações já

veiculadas no Jornal, a manu-tenção das vias está prevista dentro do Código Brasileiro de Trânsito (CBT), que garan-te que é dever das autoridades promover um trânsito seguro e

Kaná Manhães

de qualidade. O Art. 1º, aponta que “o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Na-cional de Trânsito, a estes ca-bendo, no âmbito das respec-tivas competências, adotar as

medidas destinadas a assegurar esse direito”.

De acordo com a Prefeitura, a Secretaria de Limpeza e Manu-tenção informou que o reparo dos buracos nas vias do bairro já está no cronograma de ações.

O que diz a prefeitura sobre o transporte

Sobre o transporte no bair-ro Vila Badejo, a Secretaria de Mobilidade Urbana escla-rece que a linha A63 (Termi-nal Cehab x Vila Badejo), com frequência de uma em uma hora, passa pela rua principal da Vila Badejo em atendimen-to aos usuários de transporte público do conjunto de vilas. No entanto, será verificado pelo sistema de GPS se há atrasos constantes e, caso

sejam comprovados, a em-presa será notificada para correção. No entanto, outras linhas, como a T23 (Terminal Parque de Tubos x Lagomar), T23S (Lagomar x Cavaleiros/Firmas) e A73 (Engenho da Praia x Lagoa) também pas-sam pela entrada do bairro, na Estrada Antônio Guima-rães Mosqueira (Estrada do Barreto), em atendimento aos moradores do local.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015 9

Gentes, cotidiano e comércio ainda na Macaé de 1918

08

Partindo do pressuposto de que a memória é livre, e de que os registros são apenas uma par-te verdadeira da história, retomamos o passeio mental pela Macaé daqueles velhos anos, per-mitindo o encontro da memória do leitor com o tempo passado, ao dobrar de cada esquina da cidade, tomado pela lufada de “vento encana-do” da Rua da Praia, com o cheiro de maresia, que descarta o esquecimento da vizinha pre-sença do mar...

É possível imaginar a cidadezinha pacata do interior, nominal, e encantando em lembranças, marcada por “modos sociais”, nomes e sobrenomes, que fizeram sua

história, embora pretensamente só se dispusessem a viver a vida.

Cotidianamente entremeada por tantos armazéns de secos e molhados, o comércio daquele tempo se alimentava mais de pessoas, das suas histórias e necessidades, do que obriga-toriamente do anonimato das gentes, como no tempo atual, vitimado pela valorização superlativa dos capitais. Assim, naquela velha Macaé, as casas comerciais eram pontos de encontros, de conversas corriqueiras sobre as “modas da cidade”, de experimentar a confiança nas vendas a prazo, registradas em cadernos de anotações... Pontos de encon-tro de fregueses e amigos, quase todos conhecidos da velha sociedade macaense. Vem desse tempo ligar o comércio ao nome do comerciante, e não necessariamente à atividade por ele desenvolvida. Posto que o maior valor estava no homem, e consequentemente, no seu engenho e na sua arte.

Desse tempo de antanho, entre os estabelecimentos co-merciais, destacavam os botequins de Álvaro Costa, Antonio Carlos Costa, Antonio José C. de Lima e César Mello & Cia, citados também pela história como proprietários de pada-rias. Entre os donos de hotéis, estavam Albino Rezende, Edu-ardo Moço, Luiz Manhães e Manoel Corrêa da Costa. E entre serviços e vivências, achaques e saúde, finalmente sobressa-íam as casas farmacêuticas, que em tempos de “ph”, estive-ram sob o comando de Augusto Gusmão, de Diogo Maia, de Narciso Freire dos Santos e de Oliver e Silva. Homens que resgataram a saúde de gerações de macaenses.

Ainda naquele tempo, ocasiões em que a vida seguia lenta, em compasso com a coletividade e a própria história, Euzé-bio Franco & Irmão e Olympio Boyamini controlavam o co-mércio de selarias e arreios, pois aquela Macaé ainda andava a cavalo. Às vezes a passos largos... noutras tantas em passos curtos, sempre no caminho do seu destino.

(Baseado em Histórias curtas e antigas de Macaé - Antônio Alvarez Parada, crônica 385)

Vendas

ACIM e SEBRAE realizam segunda Semana do VarejoObjetivo de ação é incentivar qualificação dos profissionais que atuam no mercado

Com o objetivo de contri-buir para o desenvolvi-mento do comércio em

Macaé, o SEBRAE e a Associa-ção Comercial e Industrial de Macaé (ACIM) trabalham em conjunto para a realização da segunda Semana do Varejo. O evento, realizado pela primeira vez no ano passado, traz uma série de palestras voltadas tan-to para o comerciante como para seus colaboradores, com temas que auxiliam no dia a dia da empresa, e será nos dias 9, 13, 14 e 15 de julho.

Ao todo, serão quatro pa-lestras gratuitas que têm a in-

tenção de atualizar os conhe-cimentos de negócios e técni-cas empresariais, tendo como ponto alto a participação de Edmour Saiani. Formado em Engenharia Mecânica e pós-graduado em Marketing pe-la Fundação Getúlio Vargas, Saiani atua auxiliando em-presas a construírem Cultu-ra e Gestão de Atendimento e Serviços. Sua palestra se-rá a primeira do evento, no dia 09 de julho, com o tema “Tendências do Varejo 2015”, no Teatro do SESI Macaé, na Riviera Fluminense.

Após a palestra de abertura,

a Semana do Varejo continua no auditório da ACIM, situ-ado na Avenida Rui Barbosa, 270 - 3º andar, Centro, de 13 a 15 de julho. Os temas das palestras serão os seguintes: “Estratégias Empresariais - Planejando um Futuro”, “Empresa Familiar - Como fazer a sucessão com união e sem conflitos”, e “Comunica-ção Empresarial - Construin-do relacionamentos com o mercado”.

Para o presidente da ACIM, Antonio Martius Gondim, neste momento em que o comércio registra uma dimi-

nuição considerável nas ven-das, é muito importante que eventos assim surjam como incentivadores. “Em tempos de crise, não podemos deixar de nos atualizar e estarmos sempre informados sobre as novas tendências. Vejo a Se-mana do Varejo como uma grande oportunidade para que o empresário possa se renovar e pensar em novas estratégias”, ressaltou.

O evento será inteiramente gratuito e as inscrições podem ser feitas através do 0800 570 0800 ou do e-mail [email protected].

Subseção da OAB terá maior autonomia a partir de 2016

direito

Em Macaé, 15ª Subseção passará a ter status de Conselho, o que garante ampliação de atividades

Foi aprovada, no dia 25 de junho, pelo Tribunal Pleno da OAB/RJ, a transformação da 15ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Conselho. Com isso, a partir de janeiro de 2016, a Subseção com sede em Macaé passará a contar com mais autonomia adminis-trativa e financeira.

A importante conquista foi reivindicada pela atual diretoria da OAB Macaé, que participou de diversas reuniões e formali-zou a solicitação através de ofí-cio junto à Seccional da OAB/RJ. “Esta transição constitui um grande avanço para a nossa instituição, que deixará de ser uma subseção simples para ter mais autonomia. Isso inclui po-der implantar na região todos os conselhos existentes na OAB/RJ”, explicou François Pimen-tel, presidente da 15ª Subseção.

A partir da mudança, a Sub-seção passará a contar com o Tribunal de Ética e Disciplina (TED), órgão existente no Con-selho Seccional do Estado do Rio de Janeiro da OAB, que tem por objetivo julgar os processos disciplinares e o procedimento de consulta ético-profissional, bem como disciplinar os servi-ços administrativos.

“Estamos muito felizes com esta vitória obtida pela nossa di-retoria, principalmente porque

teremos condições de oferecer maior suporte aos advogados da região”, acrescentou François.

Ao se tornar conselho, a 15ª Subseção da OAB passará a contar em sua diretoria com 57

advogados membros, sendo 5 diretores, 26 conselheiros e 26 suplentes. Além disso, a trans-formação da instituição é um importante passo para o proces-so de elevação da Comarca de

Macaé em Entrância Especial. “Estamos adequando a Subse-ção para que este processo se torne efetivo, o que certamente ocorrerá em breve”, concluiu o presidente da OAB Macaé.

AssessoriA

Segundo François Pimentel, Subseção contará com Tribunal de Ética e Disciplina

WAnderley Gil

Antonio Gondim, presidente da ACIM, destacou resultados obtidos por projeto

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015

clima e desmatamento

Acordo sobre ambiente e clima frustra expectativaMartinho Santafé

Na avaliação do Observa-tório do Clima, rede de organizações não gover-

namentais que reúne 37 entida-des da sociedade civil, a posição do governo brasileiro no com-promisso anunciado dia 30, em acordo bilateral com os Estados Unidos sobre clima e desmata-mento, frustrou a expectativa da apresentação de metas am-biciosas. “Nós acreditamos que o Brasil deve estabelecer um li-mite máximo de 1 gigatonelada de CO2 (gás carbônico) equiva-lente em 2030”, diz a ong.

O Observatório salienta que as metas anunciadas pela pre-sidente Dilma não coloca o pa-ís sequer perto da ambição re-al. “As metas anunciadas para energia - atingir 28% a 33% de renováveis na matriz em 2030, excluindo hidrelétricas - tam-pouco têm o nível de ambição necessário”, acrescentou.

Dilma Rousseff e Barack Oba-ma afirmam, no comunicado, que reconhecem a necessidade de acelerar o emprego de ener-gia renovável para ajudar a mo-ver as economias dos países. Os presidentes ainda expressaram o compromisso de trabalhar para superar potenciais obs-táculos a um acordo na Confe-rência de Paris sobre Mudança do Clima, que será realizada a partir de novembro próximo na França.

O Observatório do Clima saúda o compromisso assumi-do pelos presidentes do Brasil e dos Estados Unidos em traba-lhar juntos para um acordo na Conferência do Clima de Paris (COP 21), mas, considera que a “demonstração de liderança por dois dos sete maiores emissores mundiais de gases do efeito es-tufa chega atrasada”.

No acordo anunciado, o Brasil se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal de flores-tas. O documento informa ainda que o país pretende restaurar e reflorestar 12 milhões de hecta-res de florestas até 2030.

O Observatório do Clima res-salta que todos os outros países tropicais já se comprometeram a zerar o desmatamento até 2030 e que a meta de restaurar 12 milhões de hectares em flo-restas é um bom começo, “es-pecialmente para um país cuja maior cidade sofre falta d’água em parte causada pelo desma-tamento. No entanto, o passivo a restaurar é duas vezes maior do que isso”.

Greenpeace também critica acordo

A organização não governa-mental Greenpeace também criticou os termos do compro-misso assumido pelo governo brasileiro, em acordo bilateral com os Estados Unidos, para acabar com o desmatamento ilegal de florestas e mitigar as causas das mudanças no clima. O documento informa que o Brasil pretende restaurar e re-florestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. Não foi definido, no entanto, um prazo para zerar o desmatamento.

“É inaceitável que o compro-misso mais ambicioso que Dil-ma assume para proteção das florestas e combate às mudan-ças climáticas seja tentar cum-prir a lei. Mas foi exatamente isso o que ela fez em aguardada reunião com o presidente Ba-rack Obama, em Washington: prometeu fazer o possível para combater o desmatamento ile-gal no Brasil, sem dar prazo ou garantia concreta”, diz a nota do Greenpeace.

“Dilma também prometeu restaurar e reflorestar 12 mi-lhões de hectares de florestas até 2030, mas isso é cerca de metade do exigido pelo atual Código Florestal para zerar nos-so passivo ambiental”, acres-

centa a nota.Para o Greenpeace, o governo

brasileiro, em vez de defender o desmatamento zero, propõe desmatamento ilegal zero ou o desmatamento líquido zero, o que abriria grande margem aos desmatadores. Enquanto deze-nas de governos se comprome-teram a zerar suas perdas flo-restais até 2030, como consta na Declaração de Nova York sobre Florestas, no ano passado - que o governo brasileiro se recusou a assinar -, a ONG ressalta ser “vergonhoso que o nível do de-bate e do compromisso no país ainda sejam tão baixos”.

No acordo assinado pelos dois países, os presidentes destaca-ram que vão trabalhar em coo-peração na geração de energia nuclear segura e sustentável, além de reconhecer a necessi-dade de acelerar o emprego de energia renovável para ajudar a mover as economias. Os pa-íses propuseram a adoção de “ações ambiciosas”, no sentido de atingir, individualmente, 20% de participação de fontes renováveis em suas respectivas matrizes elétricas, até 2030 - além, naturalmente, da geração hidráulica.

“O governo brasileiro, na ver-dade, poderia alcançar pouco mais que o dobro disso, segun-do dados do Observatório do Clima”, ressalta o Greenpeace. A nota do Greenpeace mencio-na ainda o “assustador anúncio de uma cooperação nuclear pa-ra compartilhar tecnologias de geração ‘seguras e sustentáveis’ entre os dois países”.

a notícia mais importante

Em artigo publicado origi-nalmente no site Envolverde, “O prenúncio de uma nova era”, a consultora de inovação e sustentabilidade estratégica Vanessa Callau, reconhece que a semana anterior começou com “a notícia mais importan-te do século XXI, até agora: uma inesperada decisão da cúpula do G7 (formada por Alemanha, Grã-Bretanha, França, Estados Unidos, Canadá, Japão e Itália) de banir, até o final do século, o uso de combustíveis fósseis. Uma mensagem de impacto e que se, de fato, for implementa-da, mudará em algumas décadas a base da economia mundial”.

Para Vanessa, embora a deci-são deva ser comemorada, tam-bém deve ser vista com cautela - pois os países não trouxeram à tona o que de fato torna essa intenção uma realidade - as me-tas vinculantes (compromissos que devem se tornar leis nos pa-íses que os assumem). “É claro que a decisão do G7 aumenta a esperança de que as próximas negociações sobre o clima, que ocorrerão a partir de novembro, em Paris, poderão avançar no tão necessário estabelecimento de metas vinculantes globais de corte das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE)”.

No entanto, lembra a articu-lista, a questão de metas vincu-lantes ainda é um assunto de difícil consenso em países co-mo Canadá e Japão, cuja matriz energética depende muito dos combustíveis fósseis. “Dificul-dade essa que será ainda maior na Conferência entre as Partes (COP) de Paris, quando ao invés de sete, teremos 196 países com condições energéticas, sociais e econômicas muito distintas en-tre si, tentando cada qual buscar um acordo que não deixe seu país em grande desvantagem tecnológica ou competitiva”.

“EUA e China, os maiores emissores de GEE do planeta, quando se reuniram em novem-bro do ano passado anunciaram um acordo onde se comprome-tem a ter metas de redução a partir de 2020. Apesar de tais metas também não serem vin-culantes (força de lei), foram

muito bem recebidas porque, historicamente, ambos os paí-ses tinham um posicionamento muito difícil de se dialogar para o estabelecimento metas. Esse acordo entre as duas super gi-gantes da economia e campeãs de emissões é também, portan-to, uma importante sinalização de flexibilidade para estabele-cimento de metas obrigatórias nas negociações do clima, no final do ano”.

cortar co2 é “oportunidade do século”

As consequências das mu-danças climáticas sobre a saúde estão sendo subestimadas e os últimos 50 anos de avanços da medicina estão ameaçados. A conclusão é de um estudo publi-cado esta semana no periódico The Lancet, uma das principais revistas médicas do mundo. Isto porque, de acordo com os pes-quisadores, com uma população de 9 bilhões em 2050, os proble-mas causados pelas alterações no clima podem ser drásticos, com grandes perdas econômi-cas e em saúde.

“A mudança climática tem o potencial de reverter os ganhos em saúde a partir de desenvol-vimento econômico nas últimas décadas - e não apenas pelos efeitos diretos sobre a saúde, mas por meios indiretos, como o aumento da migração e ins-tabilidade social”, diz Anthony Costello, diretor do Instituto de Saúde Global da UCL (Univer-sity College London) e membro da equipe de pesquisadores. “No entanto, nossa análise mostra claramente que, ao combater as mudanças climáticas, também é possível beneficiar a saúde”, afirma Costello.

Os efeitos diretos incluem aumento das ondas de calor, inundações, secas e aumento frequência de tempestades in-tensas. Indiretamente, a saúde humana seria afetada por mu-danças na qualidade do ar e da água, propagação de vetores de doenças, insegurança alimentar e subnutrição e até problemas de saúde mental.

A maioria dos impactos do cli-ma na saúde são processos com-plexos, que frequentemente se retroalimentam e cujo impacto é difícil de ser absorvido pela so-ciedade. Por exemplo, aumento de temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação podem alterar a proliferação de vetores de doenças, como mos-quitos transmissores da dengue ou da malária. Ondas extremas

de calor podem afetar a produ-tividade e aumentar a procura por hospitais, além de agravar doenças cardiovasculares.

Para os pesquisadores, com-bater as mudanças climáticas pode ser a maior oportunidade em saúde deste século. Eles su-gerem que profissionais de saú-de liderem a resposta às amea-ças das mudanças climáticas. “Os profissionais de saúde têm trabalhado para proteger con-tra ameaças para a saúde, como

o tabaco, o HIV e poliomielite, muitas vezes confrontando po-derosos interesses”, diz o artigo.

De acordo com os pesquisado-res, a perspectiva de saúde públi-ca tem o potencial de envolver toda a sociedade em uma causa. Além disso, justificam os auto-res do estudo, esses conceitos são muito mais tangíveis do que toneladas de CO2 na atmosfera, e são entendidos e priorizados em todas as populações, indepen-dentemente da cultura ou estado

de desenvolvimento.Alguns dos benefícios apon-

tados pela pesquisa em uma economia de baixo carbono são a redução da poluição do ar e doenças respiratórias. O cha-mado “transporte ativo” - como caminhadas e uso da bicicleta - também poderia diminuir o tráfego e o número de aciden-tes de trânsito, além da redução de taxas de obesidade, diabetes, doença cardíaca coronariana e acidente vascular cerebral.

crédito

Dilma Rousseff e Barack Obama afirmam, que reconhecem a necessidade de acelerar o emprego de energia renovável

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015 11

assessoria

Membros do comitê empresarial em encontro com representantes da Petrobras

Apoio

Rede Petro-BC dá boas-vindas a novo gerente geral da Petrobras

Com o objetivo de re-forçar os laços de coopera-ção, a Rede Petro - Bacia de Campos entregou uma carta de boas-vindas ao novo ge-rente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Petrobras na Bacia de Campos, Marcelo Ferreira Batalha, que assu-miu em junho. A entrega do documento foi realizada na última semana no estande da organização durante a Brasil Offshore.

Na ocasião, os coordenado-res da Rede Petro-BC, Evan-dro Cunha e Vitor Silva, pas-saram a carta para as mãos do gerente de Contratação da Petrobras na UO-BC, Rei-naldo Costa Silva.

“Neste momento de tran-sição, principalmente diante do cenário de crise, precisa-mos demonstrar nosso apoio e deixar claro que queremos continuar com a parceria que sempre tivemos com a

Reverência foi entregue à equipe da estatal durante a Brasil Offshore

Petrobras”, explicou Vitor.No documento, redigido

em nome da coordenadoria executiva da Rede Petro-BC, a entidade parabeniza Marcelo por sua nomeação ao cargo e se coloca à dis-posição para estreitar os laços de cooperação com a estatal. “Também aprovei-tamos a oportunidade para explicar um pouco sobre o trabalho desenvolvido pela Rede Petro-BC, lembrando que a Petrobras, enquanto organização instituidora, é muito importante neste pro-cesso, possibilitando a pro-moção de negócios e acesso à informação qualificada”, completou o coordenador da Rede Petro-BC.

Marcelo Ferreira Batalha é engenheiro naval e substitui o engenheiro de equipamen-tos, Joelson Falcão Mendes, que assumiu recentemente a Gerência Executiva de Ex-ploração e Produção Sul-Su-deste. Batalha integra a força de trabalho da Petrobras na Bacia de Campos desde o ano de 2003 e atuava como gerente de Operação e Ma-nutenção na UO-BC.

FestA

Educação organiza desfile para aniversário de MacaéSecretaria já entregou instrumentos musicais utilizados por bandas escolares da rede municipal

As bandas escolares da rede municipal estão ensaiando para o desfi-

le cívico-militar dos 202 anos da fundação da Vila de Macaé, que vai acontecer no dia 29. A programação, que está sen-do traçada pela Secretaria de Educação, está marcada para começar às 8h30min na Aveni-da Agenor Caldas, na Imbetiba.

O evento contará com a participação de entidades di-versas e bandas escolares, que prometem inovar com adere-ços e musicalidade especiais. As corporações ensaiam nas dependências das unidades com equipamentos oferecidos pela rede municipal de ensino.

A rede municipal conta com bandas em unidades como

Claúdio Moacyr de Azevedo (Aeroporto), Professora Ma-ria Isabel Damasceno Simão (Centro), Ancyra Gonçalves Pimentel (Miramar), Jacyra Tavares Duval (Novo Cavalei-ros), Carolina Curvello Ben-jamin (Trapiche), Polivalente Anísio Teixeira (Costa do Sol) e Generino Teotônio de Luna ( Virgem Santa). Cada uma possui cerca de 40 integrantes na formação, além do corpo coreográfico. Os integrantes são regidos por 16 instrutores concursados.

O projeto “Bandas Escola-res” visa destacar habilidades e preparar os alunos-músicos. Para fazer parte das bandas escolares, os alunos devem fre-quentar regularmente as au-

las. Hoje, mais de 200 alunos da rede municipal participam das corporações. Os alunos na faixa de 10 a 17 anos devem fre-quentar regularmente as aulas. Os ensaios acontecem nos ho-rários divergentes aos de aula.

De acordo com o Secretário de Educação, Guto Garcia, o projeto tem como finalidade promover o desenvolvimento social e cultural do estudante e o fortalecimento do senso es-tético, da percepção sonora e espacial, além da coordenação motora e capacidade criativa. “Temos a proposta de ampliar o projeto e criar a Banda Mar-cial da Secretaria de Educa-ção”, disse.

A subsecretária de Educação na Saúde, Cultura e Esportes

da rede municipal, Andrea Martins, lembrou que a pas-ta está investindo na entrega e reposição de instrumentos de bandas. “Percebemos que a música nas escolas contri-bui com o desenvolvimento do processo de ensino, desta-cando talentos, sensibilidade e disciplina”, disse.

Já o coordenador das bandas escolares, Luís Carlos Pereira, confirmou que os estudantes estão empenhados. “Além da musicalidade, as unidades municipais estão se dedican-do no modo de apresentação do desfile. A programação do desfile será especial não ape-nas para o município, mas para estudantes e profissionais da escola”, finalizou.

assessoria

Secretário de Educação, Guto Garcia, se reuniu com instrutores de bandas escolares

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de julho de 2015