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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Governo defende integração de Macaé ao novo traçado da Ferrovia Vitória-Rio Arrecadação deve chegar a R$ 900 milhões Adequação ao planejamento da expansão urbana do município e criação de estação de transbordo de cargas foram pleiteadas por representantes do município junto ao governo do Estado e à ANTT durante audiência pública PÁG. 9 Infraestrutura do setor passará a contar com nova rota para trânsito de carretas e com novas operações em aeroporto regional www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015 Ano XL, Nº 8763 Fundador/Diretor: Oscar Pires DIVULGAÇÃO KANÁ MANHÃES ASSESSORIA KANÁ MANHÃES Modal rodoviário da logística offshore ganhará nova rota a partir da construção de nova estrada Receitas próprias sustentam arrecadação facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon Ao instituir neste mês uma série de me- didas de austeridade, com objetivo de garantir o equilíbrio das contas públicas diante do cená- rio de queda na geração de receitas relativas ao petróleo, Macaé segue liderando o ranking dos municípios do Norte Fluminense em volume de arrecadação registrada entre janeiro e a primei- ra quinzena de julho. Ao registrar uma média semanal de recolhimento de R$ 21 milhões em impostos, repasses governamentais e compensa- ções financeiras, Macaé deve contabilizar ainda nesta semana uma arrecadação total de R$ 900 milhões, segundo dados divulgados pelo Impos- tômetro. Em julho, Macaé mantém a arrecadação média mensal de mais de R$ 118 milhões, recursos que são provenientes principalmente da tributa- ção de taxas como o Imposto Sobre Serviço (ISS), o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). PÁG. 3 M esmo sofrendo interferências regionais, dentro de uma guerra geopolítica travada com objetivo de en- fraquecer a sua importância econômica no Estado e no pa- ís, Macaé se volta à sua prin- cipal vocação, a de oferecer o suporte necessário para as operações offshore nacional, e consegue, graças a habilida- de política e administrativa do governo municipal, supe- rar barreiras e concretizar investimentos que iniciam o processo de transformação da infraestrutura em logís- tica da verdadeira e única Capital Nacional do Petróleo. Mais R$ 50 milhões devem ser aplicados no município a partir do próximo ano. Ape- sar do valor ainda estar no campo da especulação, a re- alização das obras de recu- peração da pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Macaé está mais do que con- firmada. CAMPANHA FORTALECE TRABALHO SOCIAL CONFIRA NESTA EDIÇÃO: CADERNO EDUCAÇÃO SEMINÁRIO REÚNE MESTRES DO DIREITO Macaé libera volume de receitas públicas entre os principais municípios do Estado do Rio R$ 1,50 Ao passar pelo processo de revisão estrutural e orçamen- tário, por parte da equipe da Infraero, o projeto ampliará a resistência do pavimento da pista onde operam cerca de 60 helicópteros que atendem aos voos offshore, serviço que já transportou neste ano mais de 220 mil profissionais que atuam nas unidades de explo- ração e de produção de petró- leo na Bacia de Campos. PÁG. 3 Macaé concentrará investimentos de R$ 140 milhões em logística POLÍCIA, PÁG.5 ESPECIAL GERAL, PÁG.9 POLÍTICA POLÍTICA Praia das Conchas recebe ação parlamentar Israel Viana coleciona vitórias no Judô ÍNDICE TEMPO BAIRROS EM DEBATE ESPORTE GERAL Vereador Luciano Diniz (PT) registrou demandas de moradores do local PÁG. 9 Jovem se classifica para Jogos Escolares da Juventude PÁG. 11 WANDERLEY GIL DIVULGAÇÃO Abastecimento ainda é feito através de caixas comunitárias Jovem é promessa no esporte Piracema ainda vive sonho de dias melhores Comunidade erguida em área de invasão não conta com infraestrutura PÁG. 8 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 28º C Mínima 18º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) EDITORIA ECONOMIA GERAL CADERNO DOIS Motociclistas ignoram uso de capacete Comércio deve abrir menos vagas Consumidor brasileiro é um dos mais conscientes ‘Enrolados’ faz a festa da criançada Ato irregular eleva riscos de ferimentos graves PÁG. 5 Meta é ampliar vendas durante festas de fim de ano PÁG. 6 Atitude ajuda a preservar recursos naturais PÁG. 10 Peça estará em cartaz no Teatro Municipal CAPA

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Page 1: Noticiário 19 07 15

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Governo defende integração de Macaé ao novo traçado da Ferrovia Vitória-Rio

Arrecadação deve chegar a R$ 900 milhões

Adequação ao planejamento da expansão urbana do município e criação de estação de transbordo de cargas foram pleiteadas por representantes do município junto ao governo do Estado e à ANTT durante audiência pública PÁG. 9

Infraestrutura do setor passará a contar com nova rota para trânsito de carretas e com novas operações em aeroporto regional

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015Ano XL, Nº 8763Fundador/Diretor: Oscar Pires

DIVULGAÇÃO

KANÁ MANHÃES

ASSESSORIA

KANÁ MANHÃES

Modal rodoviário da logística offshore ganhará nova rota a partir da construção de nova estrada

Receitas próprias sustentam arrecadação

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

Ao instituir neste mês uma série de me-didas de austeridade, com objetivo de garantir o equilíbrio das contas públicas diante do cená-rio de queda na geração de receitas relativas ao petróleo, Macaé segue liderando o ranking dos municípios do Norte Fluminense em volume de arrecadação registrada entre janeiro e a primei-ra quinzena de julho. Ao registrar uma média semanal de recolhimento de R$ 21 milhões em impostos, repasses governamentais e compensa-ções financeiras, Macaé deve contabilizar ainda nesta semana uma arrecadação total de R$ 900 milhões, segundo dados divulgados pelo Impos-tômetro. Em julho, Macaé mantém a arrecadação média mensal de mais de R$ 118 milhões, recursos que são provenientes principalmente da tributa-ção de taxas como o Imposto Sobre Serviço (ISS), o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). PÁG. 3

Mesmo s ofrendo interferências r e g i o n a i s, d e n t r o

de uma guerra geopolítica travada com objetivo de en-fraquecer a sua importância econômica no Estado e no pa-ís, Macaé se volta à sua prin-

cipal vocação, a de oferecer o suporte necessário para as operações offshore nacional, e consegue, graças a habilida-de política e administrativa do governo municipal, supe-rar barreiras e concretizar investimentos que iniciam o

processo de transformação da infraestrutura em logís-tica da verdadeira e única Capital Nacional do Petróleo.

Mais R$ 50 milhões devem ser aplicados no município a partir do próximo ano. Ape-sar do valor ainda estar no campo da especulação, a re-alização das obras de recu-peração da pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Macaé está mais do que con-firmada.

CAMPANHA FORTALECE TRABALHO SOCIAL

CONFIRA NESTA EDIÇÃO: CADERNO EDUCAÇÃO

SEMINÁRIO REÚNE MESTRES DO DIREITO

Macaé libera volume de receitas públicas entre os principais municípios do Estado do Rio

R$ 1,50

Ao passar pelo processo de revisão estrutural e orçamen-tário, por parte da equipe da Infraero, o projeto ampliará a resistência do pavimento da pista onde operam cerca de 60 helicópteros que atendem aos voos o�shore, serviço que já transportou neste ano mais de 220 mil profissionais que atuam nas unidades de explo-ração e de produção de petró-leo na Bacia de Campos. PÁG. 3

Macaé concentrará investimentos de R$ 140 milhões em logística

POLÍCIA, PÁG.5 ESPECIAL GERAL, PÁG.9

POLÍTICA POLÍTICA

Praia das Conchas recebe ação parlamentar

Israel Viana coleciona vitórias no Judô

ÍNDICETEMPO

BAIRROS EM DEBATE ESPORTE GERAL

Vereador Luciano Diniz (PT) registrou demandas de moradores do local PÁG. 9

Jovem se classifica para Jogos Escolares da Juventude PÁG. 11

WANDERLEY GIL DIVULGAÇÃO

Abastecimento ainda é feito através de caixas comunitárias Jovem é promessa no esporte

Piracema ainda vive sonho de dias melhoresComunidade erguida em área de invasão não conta com infraestrutura PÁG. 8

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 28º CMínima 18º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

EDITORIA ECONOMIA GERAL CADERNO DOIS

Motociclistas ignoram uso de capacete

Comércio deve abrir menos vagas

Consumidor brasileiro é um dos mais conscientes

‘Enrolados’ faz a festa da criançada

Ato irregular eleva riscos de ferimentos graves PÁG. 5

Meta é ampliar vendas durante festas de fim de ano PÁG. 6

Atitude ajuda a preservar recursos naturais PÁG. 10

Peça estará em cartaz no Teatro Municipal CAPA

Page 2: Noticiário 19 07 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015

CidadeEDIÇÃO: 284 PUBLICAÇÃO: 05 DE SETEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Semana da Pátria terá desfile cívico-militar no tapete da Indepedência

A Comissão Organizadora da Semana da Pátria em Macaé formada pela Encarregada Regional de Moral e Civismo do CREC; Suely Pinheiro Mussi - Secretária Municipal de Educação e Cultura; Milmar Madureira Pi-nheiro - Gerente de Assuntos Comunitários do CREC; e João Batista Veira - Assessor de Turismo marcou para as 9 horas de segunda-feira, 7 de setembro o desfile cívico-militar na Av. Rui Barbosa, com a participação das Escolas Estaduais, Municipais, Particulares e Unidades Militares.

Grupo promove passeata em defesa da ecologia e condena devastação de área pela REFESA

Um grupo de jovens, que denominou o movimento co-mo “Mutirão”, resolveu convocar a população macaense para realizar na Praia dos Cavaleiros, no período de 11 às 13 horas de domingo, uma passeata de protesto contra a devastação da área da Rede Ferroviária Federal, portando faixas, cartazes e ocupando a área com murais, discursos e percussão, eles pretendem defender a restinga ali existen-te, principalmente depois da denúncia de que o terreno será vendido a um grupo mlionário por Cr$ 330 milhões.

Macaense prega humanidade na ESG

Afirmando “que aqui não se cultiva nenhuma ideologia de Segurança Nacional, não se propagam regimes de força, não se admite a marginalização de quaisquer parcelas da nossa população, muito menos se contrapõe a segurança do Estado à segurança dos indivíduos”, o macaense Alzir Benjamin Chaloub (à direita da foto), promovido recentemente pelo Pre-sidente João Figueiredo a General de Exército, assu-

miu o Comando e a Diretoria de Estudos da Escola Superior de Guerra, tendo a posse sido presidida pelo General Alacyr Frederico Wener.

Vereador quer criar comissão especial para apurar transação imobiliária

A exibição de fotocópia de uma escritura pública de permuta de imóveis, lavrada às fls. 166v/169, no Cartório de Quissamã, 4º Distrito de Macaé, no dia 9 de junho deste ano, entre a Rede Ferroviária Federal S/A (Superinten-dência Regional-Rio de Janeiro) e a Imboliária Cavaleiros Ltda. no valor de Cr$ 500 mil, para efeitos fiscais, levou o Vereador Valdecy Brandão Wellemen a solicitar na reu-nião de quinta-feira na Câmara Municipal uma comissão especial a fim de ser apurada a transação comercial entre as duas partes, achando ele que pode haver envolvimento da Prefeitura Municipal.

Anexo do HPM será presente de aniversário para MacaéUm dos principais investi-mentos em infraestrutura apli-cados pelo governo municipal neste ano, o anexo do Hospital Público Municipal será en-tregue pela prefeitura como presente para a população, em meio às celebrações pelo ani-versário da cidade. O espaço será oficialmente inaugurado no próximo dia 29. Atualmente, o anexo passa pela fase final de acabamento. Ontem, a unidade recebeu a visita do diretor de O DEBATE, o jornalista e empre-sário Oscar Pires.

Seguindo o despacho enviado no início do mês pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) à presidência da Infraero, em Brasília, a concorrência pública para a realização das obras de recu-peração da pista de pousos e decolagens do Aeroporto de Macaé deve ser liberada dentro de 60 dias. A expecta-tiva é que o projeto já esteja concluído até o fim do pri-meiro semestre do próximo ano. Em reunião realizada na última segunda-feira (13), a superintendência do Aeroporto de Macaé e a ge-rência regional da Infraero definiram detalhes sobre a execução do projeto de recuperação da pista. Com base na garantia de investi-mentos da SAC, através de

recursos alocados no Fun-do Nacional de Aviação Civil (FNAC), a Infraero vai atua-lizar o projeto estrutural de recuperação da atual pista do Aeroporto de Macaé, elaborado pelo corpo técni-co da estatal entre os anos de 2012 e 2013, não executado em função de baixo volume orçamentário da estatal.

A expectativa ainda é que a concorrência entre em-presas que operam em ae-roportos regionais aumente o volume de vagas nos voos comerciais de Macaé, além de promover o barateamen-to das passagens. Atualmen-te, a Azul opera voos comer-ciais em horários regulares. A companhia só suspenderá atividades a partir do dia 2 de agosto.

Licitação de obras da pista do Aeroporto ocorrerá em 60 dias

Candidatos ao Conselho Tutelar de Macaé fazem prova neste domingo

NOTA

WANDERLEY GIL

Page 3: Noticiário 19 07 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015 3

Política

Arrecadação deve chegar a R$ 900 milhões nesta semana

GESTÃO

Macaé libera volume de receitas públicas entre os principais municípios do Estado

Ao instituir neste mês uma série de medidas de austerida-de, com objetivo de garantir o equilíbrio das contas públicas diante do cenário de queda na geração de receitas relativas ao petróleo, Macaé segue lideran-do o ranking dos municípios do Norte Fluminense em volume de arrecadação registrada entre janeiro e a primeira quinzena de julho.

Ao registrar uma média se-manal de recolhimento de R$ 21 milhões em impostos, repas-ses governamentais e compen-sações financeiras, Macaé deve contabilizar ainda nesta semana uma arrecadação total de R$ 900 milhões, segundo dados divulga-dos pelo Impostômetro.

Em julho, Macaé mantém a ar-recadação média mensal de mais de R$ 118 milhões, recursos que

são provenientes principalmen-te da tributação de taxas como o Imposto Sobre Serviço (ISS), o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).

Ao superar a arrecadação de cidades como Niterói, Rio das Ostras e Cabo Frio, mantendo-

KANÁ MANHÃES

Em sete meses, Macaé foi capaz de arrecadar R$ 900 milhões, mesmo com cenário de crise

se como referência de emprego e no atendimento de serviços públicos, como saúde e educa-ção, para cidades como Cara-pebus, Quissamã e Casimiro de Abreu, Macaé deve encerrar 2015 sem alcançar os R$ 2,4 bilhões previstos inicialmente pela Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano.

Apesar de registrar superá-vit na arrecadação de receitas próprias, o município já con-tabiliza um déficit de quase R$ 100 milhões nos recursos oriundos das parcelas dos royalties do petróleo e das compensações pagas pela Se-cretaria de Tesouro Nacional como Participação Especial.

INFRAESTRUTURA

Macaé recebe investimentos estimados em R$ 140 milhões para expandir logísticaInfraestrutura do setor passará a contar com nova rota de acesso entre a BR 101 e Parque de Tubos e com novas operações em aeroporto regional Márcio [email protected]

Mesmo sofrendo interfe-rências regionais, den-tro de uma guerra geo-

política travada com objetivo de enfraquecer a sua importância econômica no Estado e no país, Macaé se volta à sua principal vocação, a de oferecer o supor-te necessário para as operações o¢shore nacional, e consegue, graças a habilidade política e administrativa do governo municipal, superar barreiras e concretizar investimentos que iniciam o processo de trans-formação da infraestrutura em logística da verdadeira e única Capital Nacional do Petróleo.

Ao registrar desdobramentos que consolidam a expansão de dois importantes modais para as operações da cadeia offsho-re local, o município apresenta as indústrias instaladas em sua área, e sinaliza às grandes com-panhias que almejam participar das futuras atividades do pe-tróleo brasileiro em Macaé, um novo portfólio de projetos que juntos somam estimadamente R$ 140 milhões de investimen-tos públicos, concentrando os esforços da administração mu-nicipal e do governo federal em atender às demandas do setor que será responsável por retirar a economia do Brasil do atoleiro.

O maior volume de investi-mentos será aplicado na cons-trução da primeira fase do Arco Viário de Santa Tereza. Os 9,5 quilômetros da nova estrada receberá pavimentação, trevos e pontes através da aplicação de R$ 77 milhões, reservados pela prefeitura através da parceria junto ao governo do Estado, com base no Programa Soman-do Forças.

A homologação da licitação do projeto, publicada nesta se-mana pela secretaria municipal de Obras, garante que as inter-

venções sejam iniciadas ainda neste ano.

"A Santa Tereza será um di-visor de águas na história de Macaé com o petróleo. Defen-demos a consolidação desse projeto como prioridade, por buscar oferecer à indústria a infraestrutura necessária para continuar crescendo e princi-palmente gerando emprego e renda para a nossa população", apontou o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB).

Mais R$ 50 milhões devem ser aplicados no município a partir do próximo ano. Apesar do valor ainda estar no campo da especulação, a realização das obras de recuperação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Macaé está mais do que confirmada.

Ao passar pelo processo de revisão estrutural e orçamen-tário, por parte da equipe da Infraero, o projeto ampliará a resistência do pavimento da pista onde operam cerca de 60 helicópteros que atendem aos voos offshore, serviço que já transportou neste ano mais de

220 mil profissionais que atuam nas unidades de exploração e de produção de petróleo na Bacia de Campos.

O anúncio de consolidação do projeto, que será executado, fru-to da parceria entre a Secretaria de Aviação Civil e a Infraero, já torna competitiva as operações de voos comerciais no Aero-porto da cidade, que passará a contar com a operação de aero-naves de maior porte, atraindo o interesse de empresas aéreas brasileiras e estrangeiras.

PORTO SEGUE EMPERRADONa conta dos investimentos

em logística, o governo muni-cipal pretende incluir também os cerca de R$ 1,8 bilhão pre-vistos para serem aplicados na construção do Terminal Portu-ário de Macaé (Tepor), projeto ainda defendido pela indústria offshore, mais que ainda es-barra na fase de licenciamento prévio, conduzida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Previsto inicialmente para operar a partir de 2017, o Tepor ainda possui potencial de aten-

WANDERLEY GIL

Modal rodoviário da logística offshore ganhará nova rota a partir da construção de nova estrada

R$ 77 miInvestimento da prefeitura e do governo estadual na primeira fase do Arco Viário de Santa Tereza

R$ 50 miValor estimado para as obras de recuperação da pista do Aeroporto

R$ 1,8 biPrevisão de investimento na operação do Tepor

NÚMEROS

der às grandes empresas do petróleo que irão participar da 13ª rodada de leilões da Agência Nacional do Petróleo, de olho na concessão de área situada na Bacia de Campos.

Ao solicitar apoio do governa-dor Pezão (PMDB) para desba-ratar o nó que ainda trava a con-solidação do porto, o prefeito de Macaé reafirma a importância do projeto para o futuro da ca-deia do petróleo local.

A Câmara de Vereadores ainda não elaborou emenda que reduz o período do recesso parlamentar

NOTA

PONTODE VISTANão está fácil para a classe política que vive em Brasília, completamente distante dos anseios da população brasi-leira, que a cada dia, a cada semana, a cada mês, aguarda ações que possam trazer tranquilidade, após explosão de informações de escândalos e mais escândalos, através da conhecida Operação Lava-Jato, que se encontra na 14ª operação e, agora, mirando a casta de políticos, como ou-tras frentes que vão se abrindo, como feridas difíceis de cicatrizar, com a criação de CPIs objetivando - possivel e unicamente - atingir desafetos.

Não existe - como é observado em qualquer encontro de em-presários que discutem ações e buscam saídas para as crises - nenhum projeto que, sem vontade política - leia-se "com ação direta dos políticos envolvendo todas as escalas" - saia do papel e seja homologado para realização, não só pela iniciativa privada, como também pelos órgãos públicos.

Primeiro, a queda de quase 50% no preço do petróleo no mercado internacional. Depois, o primeiro leilão de blocos no México em 70 anos e só duas áreas de 14 foram arrematadas. O Irã, com o fim do embargo econômico, vai ofertar mais 1 milhão de barris/dia a médio prazo, o que inviabiliza o pré-sal. A Petrobras quer se desfazer de um pedaço da área de Libra. Para onde vamos?

Tá feia a coisa. Enquanto em Brasília as estruturas estremecem com os escândalos sucessivos descobertos na Operação Lava-Jato, em Macaé o prefeito cria uma comissão para investigar desapropriações no período de 2004 a 2012. A suspeita de “negociatas” para favorecimento pessoal pode também gerar crise política e administrativa por aqui. Agora, todos querem saber da operação...

Até domingo.

Como a ordem de “enxugar a máquina” é a palavra de ordem de Dr. Aluizio Junior, o prefeito promete não fazer uma pomposa festa para comemorar os 202 anos de emancipação política e administrativa do município. A festa ficará por conta da Câmara Municipal, quando os próprios vereadores ganham diplomas de mérito político, cidadania, e outros destaques. Falta o quê?

Para onde?

Vontade política

E, pasmem. Apesar de “escorregar” de todas elas, até o ex-presidente Lula, atacado de várias formas e meios pelas redes sociais, acabou de ter seu nome inscrito em um pro-cesso de investigação, movido pela Procuradoria do Distrito Federal sobre tráfico de influência, benefi-ciando a Odebrecht, abrindo portas em vários países com suas palestras, nos quais grandes obras de infraes-trutura foram realizadas com em-préstimos benevolentes do BNDES, atividades agora sob suspeita, como afirmam documentos investigados na operação que não deve estar mui-to longe do fim, mas provocando até aqui uma grande tempestade que pode virar tsunami, caso não con-sigam eles - os “donos do poder” - estancar a sangria. E enquanto as delações prosseguem, vão atingindo figuras eminentes de todos os pode-res e, pelo que se observa, parece que não vai sobrar pedra sobre pedra e não haverá presídio para abrigar tão ilustres “representantes do povo”. Enquanto em Brasília todos estão sob tensão máxima, de outro lado, os movimentos sociais já fazem campa-

nha para outra grande manifestação espontânea marcada para o dia 16 de agosto, exatamente no mês marcado no Brasil por várias crises que aba-laram os pilares do governo. O Ins-tituto Lula desmente as acusações, enquanto que o ministro da Justiça declarou em depoimento na CPI que “nada, absolutamente nada do que acontece vai atingir ou chegar per-to da presidente Dilma Rousseff”. Outro ponto que também serve para acirrar a grave é o ajuste fiscal, que continua merecendo atenção e mira agora as empresas com a oneração das folhas de pagamento e aumen-to do PIS/COFINS que, certamente, atingirá ainda mais os trabalhado-res: até agora, as maiores vítimas do “pacotaço” do governo que não corta gastos. A engrenagem federal continua com 39 ministérios (ou 40, como querem alguns...) e mais de 35 mil cargos comissionados. Como chegou o recesso do meio de ano, agora é aguardar o retorno das atividades políticas para saber os descaminhos que percorreremos em tempos de crises por todos os lados abalando o país inteiro.

Vejamos, por exemplo, o caso da BR-101. Na ocasião, e lá se vão quase 10 anos, a concessionária tratou de melhorar a pista simples, construir cinco praças de pedágio, começar a faturar, mas esbarrou no enorme número de acidentes com vítimas fatais, ficando conhecida como “Ro-dovia da Morte”, principalmente no trecho mais perigoso que liga Macaé a Casimiro de Abreu. Uma audiência pública na Câmara Mu-nicipal de Macaé e na reunião da Comissão Municipal da Firjan, o representante da então Autopis-ta Fluminense foi categórico: “O dinheiro para investir, existe. Mas a obra não sai se não houver von-tade política”. Os atores políticos: deputados, prefeitos e senadores prometeram agir. A duplicação en-tão, começou, mesmo a passos de tartaruga. Também a construção de uma nova pista no Aeroporto de Macaé ganhou destaque. Apesar de constar no planejamento estratégi-co da Infraero, e ter o então minis-tro da Secretaria de Aviação Civil,

Moreira Franco, deslocado para a cidade a discussão em torno da obra, prometendo ação imediata, ele foi substituído e tudo acabou no esquecimento. Agora, Dr. Alu-ízio resolver arregaçar as mangas e reivindicar a obra que vai sair... Mas quando? A promessa é iniciar em janeiro de 2016 e concluir em julho daquele ano. Vamos acreditar. Enquanto isso, os voos comerciais ficam paralisados e vamos ter de enfrentar a BR-101 para sair ou che-gar à cidade. Outra situação é a obra do Terminal Portuário. Aqui para nós, esse negócio de joga pra lá, joga pra cá, falta parecer do ICMBio, o Inea joga para a Procuradoria, que joga para o CECA, que devolve para a Procuradoria... é uma história mal contada. Agora, o prefeito decidiu falar direto com o governador sobre o caso. Não tem outra saída. O jeito é acreditar e torcer para que não só o projeto do terminal, assim como outras obras importantes de infra-estrutura saiam do papel e Macaé deixe a crise para trás.

PONTADAS

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Se confirmados todos os projetos previstos para o se-tor, Macaé deve chegar a 2016 concentrando quase R$ 2 bilhões de investimentos em logística, um volu-me nunca visto antes na história da Capital Nacional do Petróleo, expressivo para a economia do interior do Estado do Rio de Janeiro.

As duas composições do extinto programa 'Veículo Leve sobre Trilhos' ainda fazem parte da paisagem de Macaé, mesmo permanecendo parados há mais de três anos na antiga estação ferroviária da cidade. Com a consolidação das obras do Arco Viário de Santa Tereza, os trens poderão enfim sair dos trilhos e serem levados pelo governo do Estado, com a contrapartida de liberação do aporte de R$ 15 milhões para a construção da nova estrada.

Você se planeja com o salário que recebe no final do mês? Sabe, por exemplo, quanto terá em conta para pagar seus gastos, comprar o alimento, pagar o alu-guel, luz e a escola do seu filho? Se a resposta foi sim, saiba que vários servidores e contratados da Prefei-tura de Macaé não têm essa sorte.

Canteiro

A responsabilidade do mau exemplo

Ao complementar a fase de consolidação de propostas voltadas a atender princi-

palmente as demandas das ope-rações de exploração e produção de petróleo na Bacia de Campos, o município reforça as suas po-tencialidades quanto a atração de novos negócios relativos ao mercado do petróleo, criando um novo ambiente importante para a tão esperada restrutura-ção do setor.

O pontapé inicial para a trans-formação da infraestrutura em logística do município é a homo-logação da licitação para a exe-cução das obras de construção da primeira fase do Arco Viário de Santa Tereza. A estrada que terá cerca de 9,5 quilômetros de extensão receberá, de uma par-ceria firmada entre o município e o governo estadual, cerca de R$ 90 milhões de recursos públicos, voltados a criar uma nova rota de deslocamento de 700 carretas que trafegam diariamente pela cidade, redimensionando assim o trânsito pesado do município.

Em andamento, a licitação para as obras de recuperação da pista do Aeroporto de Macaé deve concentrar um investimen-to de cerca de R$ 50 milhões, bancados pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), através do

Fundo Nacional de Aviação Ci-vil (FNAC). O projeto reconduz a base macaense a uma posição estratégica dentro dos principais aeroportos regionais do país, além de proporcionar uma con-corrência importante para criar novas rotas para voos comerciais, barateando os custos da tarifa das passagens.

Apesar de ainda sentir as bar-reiras do licenciamento, um en-trave relacionado a ataques geo-políticos a Macaé, a consolidação do projeto do Terminal Portuário de Macaé (Tepor), que prevê in-vestimentos de cerca de R$ 1,8 bilhão da iniciativa privada, ain-da é buscado pela administração municipal, além de ser defendido pelos representantes do segmen-to o�shore.

Modal importante para as operações realizadas na Bacia de Campos, o porto viabilizaria ne-gócios de grandes empresas que almejam participar da concor-rência para a exploração de novas áreas de concessão que serão lei-loadas em outubro pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Aos poucos a cidade será ca-paz de reduzir seus déficits, mesmo que interesses políticos e empresariais regionais tentem desconstruir a importância de Macaé para o petróleo brasileiro.

Não é de hoje que falo sobre a maneira caótica como é administrado o

município, pelo governo que se intitulou como técnico, mas que viu, em pouco mais de dois anos, a saída de se-cretários em praticamente todas as pastas. Um governo que se enrola nas promessas e precipitações daquele que o conduz. As promessas se transformam em mentiras e as precipitações em grandes confusões.

Vejamos as UPAs: o gover-no resolveu contratar uma Organização Social para administrar as unidades de prontoatendimento. Nessa forma de contratação, a OS é responsável pela contratação de pessoal e independe da re-alização de concurso público. É um contrato precário que possibilita ao empregador demitir ou contratar de acordo com o interesse do “projeto” e da “política da instituição”.

Há mais de um ano, men-salmente informamos e co-bramos sobre os atrasos no pagamento dos funcionários das UPAs. Esse mês, recebo a notícia que para esconder o atraso, foram pagos somente alguns profissionais, deixan-do todos os outros profis-sionais à própria sorte. Não

sabem quando irão receber, nem como irão fazer para cumprir com dívidas e juros assumidos pelos atrasos dos seus salários.

“Cobrar como, se posso ser mandado embora por isso? ” - Ouvi de um dos funcioná-rios que me orientou ainda em minha visita a não ficar próximo a um funcionário por muito tempo, pois “as câmeras podem registrar sua presença e ele acabar sendo demitido”.

Informações solicitadas à prefeitura sobre o pagamen-to à OS não chegam ao nosso mandato. A OS, por sua vez, não informa se o problema administrativo é dela. Quem é o responsável por tamanho desrespeito a famílias, pesso-as e pacientes que são impac-tados pelo caos vivido?

O serviço é público, e como tal está sob a responsabili-dade do governo municipal. Os repetitivos erros que não param de acontecer fazem com que tenhamos a clare-za de que o despreparo e a prepotência vêm levando à condução da cidade a uma turbulência administrativa, econômica e política.

Igor Sardinha, vereador do PRB e líder da bancada de Oposição

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VLTTem muita gente acreditando que a permanên-cia das duas composições do VLT em Macaé está com os dias contados. É que, com a homo-logação da licitação para as obras da Estrada Santa Tereza, os trens serão levados pelo go-verno do Estado, através da cessão aprovada pela Câmara de Vereadores, com a contrapar-tida de R$ 15 milhões, previstos para reforçar os investimentos na construção do Arco Viário de Santa Tereza.

FerroviaA construção da Ferrovia Vitória-Campos não beneficiaria apenas o Porto do Açu, em São João da Barra, situado no trecho final da nova linha. O traçado da rota ferroviária, margeando a BR 101, permitirá a Macaé aproveitar o modal para a criação de uma retroárea para a movi-mentação de cargas offshore, através dos trens. Macaé está situada bem no centro da estratégia de interligar as duas principais bases de opera-ções marítimas do país.

DistânciaO Sistema Firjan iniciou nesta semana as aulas de novas turmas de alunos que buscam a forma-ção profissional, através dos cursos a distância. O sistema tem auxiliado na qualificação de mão de obra que possui o conhecimento das ativida-des na prática, mas sem certificação. Em Macaé, milhares de profissionais tâm buscado espaço nesses projetos com objetivo de se preparar para novas oportunidades que surgirão através da su-peração da crise econômica do país.

PartidosAo surpreender o cenário político de Macaé no início do ano, as filiações registradas por partidos políticos da cidade devem sofrer alterações. Ao que tudo indica, o PSB será a legenda que sofre-rá baixas em virtude do processo de oxigenação iniciado pelo senador Romário, novo líder socia-lista no Estado. Ao jogar um balde de água fria em dirigentes e militantes ávidos por benefícios do poder, o eterno 'Baixinho' pode recompor aliança com o governo municipal à sua maneira.

EleiçõesCom o retorno das sessões ordinárias da Câ-mara de Vereadores, após o fim do recesso de julho, as eleições de 2016 serão o ponto princi-pal da discussão política registrada no plenário do Palácio Natálio Salvador Antunes. Mesmo com a maioria dentro do Legislativo, o gover-no sofrerá o conhecido 'fogo amigo', onde as críticas veladas serão disparadas por governis-tas na tentativa de garantir espaço dentro das composições políticas e eleitorais.

InvestimentosMacaé segue sendo alvo de investimentos na construção civil. Novos empreendimentos imo-biliários estão sendo lançados na cidade, o que representa abertura de postos de trabalho na área. Hoje, as oportunidades estão relacionadas a áreas industriais, um reflexo dos negócios prospectados durante a oitava edição da Brasil Offshore. Os no-vos parques offshore visam atrair o interesse de empresas que pretendem participar do leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em outubro.

Infraestrutura As péssimas condições das estradas estaduais, que interligam Macaé aos principais municípios do Norte Fluminense e Região dos Lagos, tor-nam-se um dos fatores de risco nas análises sobre índices de acidentes. Ligada a imprudên-cia de motoristas, a má conservação de pistas como a RJ 106 (Macaé-Cabo Frio), a RJ 168 (Estrada da Serra) e a RJ 162 (Carapebus e Quissamã) precisa de uma intervenção imedia-ta do Departamento de Estradas de Rodagem.

PromoçãoA proposta da Liquida Norte Macaé pode ser apro-veitada pelo comércio local da cidade. A iniciativa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) registrou um grande sucesso e despertou o inte-resse de consumidores que acabaram não partici-pando da promoção. Sentindo os efeitos da crise econômica, o setor varejista investe em ações que visam atrair os clientes através de descontos e de sorteio de brindes. A recuperação do faturamento pode ocorrer durante as festas de fim de ano.

Voos A partir de 2016, os macaenses poderão ter acesso a passagens mais baratas nos voos comerciais operados no Aeroporto de Macaé. Com a recuperação da pista, aeronaves de maior porte que atendem a rotas regionais passarão a atender a demanda do município, uma oportuni-dade que desperta o interesse de empresas de várias partes do país. A expectativa é que a po-pulação passe a contar com o transporte aéreo seguro, eficiente e de menor custo.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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A Prefeitura de Macaé e a Odebrecht Ambiental informam que, devido às obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário do Subsistema Centro, haverá interdições no trânsito, entre os dias 20 e 25 de julho

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015 5

Polícia Raiva Animal: vacinação prossegue em dez bairros do município

NOTA

SOCIAL

Fundo Municipal faz balanço após divulgação de CampanhaÓrgão é uma das diretrizes das políticas de atendimento previstas no Estatuto da Criança e do AdolescenteLudmila [email protected]

A Campanha da Solidariedade Fiscal do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente (FMDDCA) foi divul-gada durante duas importantes fei-ras da cidade: na VIII Feira de Res-ponsabilidade Social Empresarial da Bacia de Campos e na Feira da Brasil O shore. Após essas ações, o Órgão avalia como positiva a par-ticipação nesses eventos.

O Fundo tem como objetivo a captação e viabilização de recursos destinados aos programas de aten-dimento a crianças e adolescentes aprovados pelo Conselho Munici-pal de Defesa dos Direitos da Crian-ça e do Adolescente (CMDDCA).

“O Fundo, primordialmente, trata das ações de proteção espe-cial. Ele foi criado por lei federal que institui os fundos nos municí-pios, é um instrumento pelo qual o orçamento, tanto público como da gestão de recursos arrecadados são garantidos à política municipal voltada à criança e ao adolescente”, explica Rafael Amorim, Gestor do FMDDCA.

A Campanha informa que o Estado permite que empresas e cidadãos destinem a projetos es-pecíficos parte do valor a pagar ou receber de Imposto de Renda (IR) através de um mecanismo chama-do 'Renúncia Fiscal'. Assim, os cida-dãos ou as empresas podem fazer a doação em qualquer época do ano, por transação bancária, sendo ne-cessário o preenchimento da decla-ração de IR (formulário completo), informando o valor e a instituição beneficiada.

“As ações implantadas pelo Con-selho da criança e do adolescente, em Macaé, através do fundo são divisores de água, porque já exis-tem entidades que atuam na área. O poder público pode ser um in-centivador, um potencializador das ações já existentes. Além disso, ele define em conjunto com a socieda-de ações, políticas e garantias dos

direitos da criança e do adolescen-te. Ele, por exemplo, organiza com o Conselho da Criança a eleição do Conselho Tutelar, que é um instru-mento no qual a sociedade vai de-finir quem são as pessoas que vão priorizar os direitos das crianças e adolescentes, conforme previsto no ECA”, pontuou o gestor.

Rafael destaca que a Campanha da Solidariedade Fiscal garante os recursos necessários para a execu-ção de projetos.

“É importante destacar que a Campanha da Solidariedade Fiscal é um instrumento que nós estamos trabalhando dentro das compe-tências já realizadas pelo Fundo da Criança, ou seja, o fundo está garan-tindo os recursos necessários para a prova do Conselho Tutelar, por exemplo. O Fundo está em busca de recursos, de iniciativa tanto privada, quanto de pessoas físicas, por meio do incentivo fiscal”, ressaltou Rafael.

Para ele, a participação do Fundo na última feira da cidade - a Brasil O shore -, por meio da Campanha, foi um sucesso, na medida em que o Fundo ganhou visibilidade diante das empresas do município.

“Através desta ação, conseguimos nos inserir no mundo o shore com a proposta da arrecadação no Im-posto de Renda devido. Anterior-mente, também participamos da Feira de Responsabilidade Social, na qual houve também bastante vi-sibilidade. Com isso, a nossa meta de dar visibilidade à opção de arre-cadação por meio da isenção fiscal é que define o sucesso da nossa em-

preitada. Alcançamos esse objetivo e, a partir daí, estabelecemos uma série de contatos com empresas baseadas em Macaé, que contra-tam, empregam e geram renda no município, visando discutir com a participação/doação delas por meio do incentivo fiscal de até 1% para empresas, quanto à aproximação com os funcionários, possibilitan-do informá-los que podem doar até 6% do imposto de renda, ganhando isenção na hora do pagamento na declaração”, frisou Rafael.

E por fim, o gestor do Fundo res-saltou o comprometimento com a garantia de direitos para a criança e o adolescente.

“Nada se constrói do dia para noite e, em 25 anos, nós tivemos aplicações reais voltadas para as crianças e os adolescentes. A ga-rantia de direitos é permanente, um investimento que devemos fa-zer constantemente, que devemos acreditar que só se faz a diferença na vida das pessoas se houver re-gularidade, se houver dedicação. E essa dedicação tem que ser de todos os envolvidos. Meu comprometi-mento é com a defesa dos direitos da criança e do adolescente no mu-nicípio de Macaé. Neste sentido, dedicamos nossa energia em um trabalho que faz toda a diferença na vida das pessoas. Por isso, tra-balhamos a todo o vapor, visando neste ano realizar com todo apara-to necessário, com todo o carinho e atenção, uma série de atividades que tem a ver com as crianças e jo-vens do município”, finalizou.

DESOCUPAÇÃO

Pronta Ação continua com reintegração de áreas públicas no município

Todas as terças-feiras as equipes da Comissão Perma-nente de Pronta Ação se reú-ne para estabelecer as ações da semana, que acontecem às quintas-feiras. O trabalho vi-sa eliminar as migrações que ocorrem de forma irregular, provocando o crescimento das áreas de pobreza e cons-truções em áreas públicas, de risco e ambientais.

Na última quinta-feira (16), mais uma vez as equipes da Comissão estiveram em dois bairros diferentes para a de-socupação de construções irregulares. As secretarias de Ordem Pública, Ambiente, Habitação, Obras e Urbanis-mo, Serviços Públicos, De-senvolvimento Social e Mo-bilidade Urbana, mandaram seus representantes para mais este trabalho.

Um dos locais desocupados é o campo de futebol abandonado na Praia Campista

Desta vez, o alvo foi uma demarcação de aproximada-mente 30 metros quadrados, já com paredes de madeiras, no Bosque Azul. Com uma retroescavadeira as paredes foram demolidas.

Já na Praia Campista, ao lado do Parque da Cidade, um cam-po de futebol que tinha sido transformado irregularmente em uma garagem clandestina, teve as construções irregula-res demolidas, além disso, seis carros e uma moto foram en-

contrados no local e recolhidos pelos seus respectivos donos. Demais entulhos encontrados nos terrenos também foram recolhidos pela secretaria de Serviços Públicos.

Para denúncias anônimas, a população deve entrar em con-tato com a Guarda Ambiental no telefone: (22) 99701-9770, com a secretaria de Ambiente, pelo telefone: (22) 2762-4802 e com a secretaria de Ordem Pública, no telefone: (22) 2796-1328.

WANDERLEY GIL

Campo de futebol abandonado na Praia Campista sempre foi alvo de reclamações dos moradores próximos

DIVULGAÇÃO

Rafael Amorim ressalta a importância da Campanha da Solidariedade Fiscal para as políticas voltadas à criança e ao adolescente do município

SEGURANÇA

Moradores de zonas rurais deixam de usar capacete

Na manhã do dia 13 de julho, a equipe do Jornal O Debate estava realizando uma matéria em uma região rural da cidade, no bairro do Imburo, quando notamos que várias pessoas tra-fegavam pela Estrada do Imburo em motocicletas sem fazer uso dos itens de segurança, como o indispensável capacete e o uso de um sapato fechado.

Essa cena é bastante comum nas zonas rurais em todo o país. De acordo com pesquisa reali-zada pelo Ministério da Saúde, é preocupante o número de pessoas que vivem na zona ru-ral e deixam de usar o capacete quando estão como passageiros em motocicletas. Segundo dados, do total de entrevistados 80,1% afirmaram usar capacete mesmo quando não estão dirigindo, mas esse índice cai para 59% se consi-derarmos somente os moradores da área rural.

A pesquisa revelou também que 4,4 milhões de brasileiros so-freram acidente de trânsito com lesões corporais nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa. O número é de 4,5% entre os ho-mens e 1,8% entre as mulheres. Do total de pessoas que sofre-ram acidentes, 47,2% deixaram de realizar atividades habituais, 7,7% tiveram que ser internadas 15,2% tiveram sequelas ou inca-pacidades.

No Brasil, 42,2 mil pessoas morreram por conta de aciden-tes de trânsito em 2013, sendo

Infrações como essa podem ser vistas com frequência pelos cidadãos dessas regiões

12.040 envolvendo motocicletas. Foram registrados no ano passa-do mais de 127 mil internações por conta desses acidentes, o que representa um gasto de R$ 183,1 milhões para o SUS. Os acidentes por moto responderam por 83,4 mil internações.

De acordo com o Artigo 244, do Código de Trânsito Brasilei-ro (CTB): “Conduzir motocicle-ta, motoneta e ciclomotor: sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as nor-mas e especificações aprovadas pelo CONATRAN e transportar passageiro sem o capacete de segurança" é tido como infração gravíssima, com penalidade de multa e suspensão do direito de dirigir. A medida administrativa é o recolhimento do documento de habilitação.

O Ministério da Saúde está propondo uma série de ações intersetoriais para a promo-ção de uma política específica de prevenção aos acidentes de trânsito, principalmente moto. Entre as propostas que estão em estudo destaca-se o uso de equi-

pamentos, a melhor capacitação para habilitação e ações na área de fiscalização. Essa discussão será levada para o 2º Road Sa-fety, Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trân-sito, que será realizado no Brasil em novembro com o objetivo de repactuar metas e traçar novas estratégias do governo e da so-ciedade para garantir a seguran-ça da população e salvar milhões de vidas.

De acordo com a prefeitura, apesar de não haver uma equipe fixa para atendimento às áreas rurais, os agentes de trânsito realizam ações de patrulha-mento em diversos pontos do município, sempre que possível, por meio de rondas. O objeti-vo é coibir infrações cometidas pelos condutores, criando uma cultura de respeito às leis de trânsito estipuladas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No entanto, um trânsito mais seguro depende também da colaboração desses condutores em respeitar as normas para garantir, não só a sua segurança, mas a de todos os demais ao seu redor.

KANÁ MANHÃES

O jornal O Debate flagrou o condutor e o passageiro em motocicleta na Estrada do Imburo sem o capacete

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

NOVAS REGRAS ELEITORAIS

Na última quarta-feira, o Código Eleitoral brasileiro - Lei nº 4.737/1965 - completou 50 anos. O diploma é uma Lei Ordinária e estabelece as nor-mas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos como os de votar e ser votado. Elaborado e sancionado cerca de um ano após o golpe militar, o Código Eleitoral de 1965 foi a norma que equiparou, em definiti-vo, as mulheres e os homens dentro do processo eleitoral. Desde o Código Eleitoral de 1932, as mulheres podiam vo-tar, mas existiam restrições.

Somente as que exerciam uma função remunerada eram obrigadas a se alistar.

Ocorre, porém, que a nor-matização eleitoral não per-maneceu inalterada desde então. Alguns temas foram atualizados através de leis específicas, tais como: a Lei de Inelegibilidade (Lei Com-plementar nº 64/1990), a Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995), a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) e a recente Lei da Ficha Limpa (Lei Com-plementar nº 135/2010), que alterou e introduziu disposi-tivos na LC 64/90.

Leandro Gama Alvitos, Especialista em Direito Público

CÂMARA APROVA NOVAS MUDANÇAS

Na esteira das modifica-ções no processo eleitoral, o Plenário da Câmara dos De-putados aprovou na última terça-feira, 14 de julho, no-vas regras para as eleições. O texto aprovado seguirá ago-ra para o Senado e, caso seja aprovado sem modificação e publicado até o primeiro domingo de outubro, passa-rá a valer já para as próximas eleições.

Essa limitação temporal é denominada de princípio da anualidade eleitoral, e está prevista no artigo 16 da Constituição Federal, que assim dispõe: “A lei que al-terar o processo eleitoral en-

trará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”.

Dentre as modificações aprovadas pela Câmara es-tão o tempo gratuito de rá-dio e TV, o prazo de campa-nha, a prestação de contas, a quantidade de candidatos, as doações por pessoas jurí-dicas, os tetos diferenciados para gastos de campanha, o voto em trânsito, o calendá-rio das convenções partidá-rias, impõe o voto impresso para conferência, reduz os atuais 4 m2 para adesivos ou papéis para até 0,5 m2 e outras.

RESTRIÇÕES, CELERIDADE E APERFEIÇOAMENTO

A reforma revoga a exi-gência de lista com o nome e o CPF de todos os cabos eleitorais na prestação de contas. Permite, ainda, aos partidos apresentarem do-cumentos para esclarecer questionamentos da Jus-tiça Eleitoral, a qualquer momento, enquanto não transitado em julgado. Tal medida visa promover uma maior qualidade nas provas produzidas e, por consequ-ência, melhores e mais céle-res decisões nos processos eleitorais.

O texto impõe o voto im-presso para conferência a partir das próximas eleições, o que traz maior segurança para o eleitor e maior possibilidade de controle das informações das urnas eleitorais.

No tocante à propaganda, as mudanças proíbem o uso de bonecos em bens de uso público, e ainda veda o uso

de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições em bens particulares, permiti-do o adesivo ou papel de até 0,5 m2, reduzindo de forma significativa o limite atual, que é de 4 m2.

No rádio e televisão, a partir de 30 de junho do ano eleitoral, as emissoras fica-rão proibidas de transmitir programas apresentados ou comentados por candidatos.

Outra modificação é que, para fins de propaganda eleitoral, será considerado carro de som também qual-quer veículo, motorizado ou não, ainda que traciona-do por animais e divulgan-do jingles ou mensagens de candidatos.

O tempo da propaganda eleitoral também sofre al-terações. A partir de agora, o tempo no qual poderão aparecer apoiadores do can-didato será limitado a 25%.

Leandro Gama Alvitos

Idosos reclamam de atendimento em agências bancárias. Segundo Asapem, leis de atendimento não são cumpridas em, pelo menos, duas instituições financeiras instaladas na cidade

NOTA

A IMPORTÂNCIA DO VOTO CONSCIENTE

Por fim, mas não menos importante, a sanção apli-cada pela Justiça Eleitoral em razão de falta de pres-tação de contas, ou sua de-saprovação total ou parcial, não suspenderá o registro do partido responsabilizado, permitindo sua participação nas próximas eleições.

Assim como a própria história, o processo políti-

co eleitoral é construído de mudanças e permanências, avanços e retrocessos. O importante é que possamos conhecer e saibamos lidar com tais movimentos, para que no momento em que estivermos a postos para declinar nossas escolhas, elas sejam conscientes, car-readas de informação e de conhecimento.

COMÉRCIO

Comércio deve contratar menos temporários para o Dia Dos PaisSetor já teme que faturamento deste ano seja inferior ao de 2014Guilherme Magalhã[email protected]

Se no Dia das Mães o faturamento já não foi dos melhores para o co-

mércio, no Dia dos Pais o ce-nário promete ser ainda pior. A menos de um mês para a comemoração, no Centro a maioria dos lojistas continua indicando que não preten-

de contratar funcionários temporários para atender a demanda do próximo dia 9, tradicionalmente conhecida como a quinta melhor data anual para o varejo.

De acordo com a Câma-ra de Dirigentes Lojistas (CDL), no Dia das Mães - segunda data que mais mo-vimenta no ano - o setor registrou uma estagnação técnica no percentual de crescimento das vendas em relação a 2014 (9% superio-res a de 2013) e apenas 15% dos comerciantes contrata-ram mão de obra extra para atender durante a data.

Cada vez mais em ritmo de contenção de despesas, entre os varejistas as expectativas caminham rumo ao corte de despesas. Segundo Francisco Quintanilha, gerente de uma loja de calçados no calçadão, tradicionalmente conhecida por abrir vagas temporárias para comportar o aumento da clientela em épocas co-memorativas, tudo indica que este ano, ao contrário, não haverá ampliação do quadro de funcionários para atender durante a data.

“Se houver contratação será mínima, no máximo um ou dois novos vendedores. Comparado a outros anos, isso não seria nada. Em 2013, por exemplo, chegamos a contratar sete funcionários para este período compreen-dido entre o Dia das Mães e Dia dos Pais”, revelou o ge-rente.

Avaliando o movimento para decidir qual será a ne-cessidade para incrementar, ou não, o quadro de funcio-nários para a data, Célio Motta, dono de uma loja do segmento de artigos espor-tivos, opina que a tendência é que nenhuma contratação seja realizada.

EMPREGOS FORMAIS EM QUEDA LIVRE

Conforme dados do Cadas-tro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de janeiro a abril, em Macaé o setor de alimentação e alojamento já registrou a perda de quase 200 vagas.

KANÁ MANHÃES

Setor segue desestimulado e prevê menor faturamento desde 2009

“Nas condições atuais não vale a pena contratar um funcionário para atender o aumento do fluxo que só acontecerá durante um dia", avaliou.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015

BAIRROS EM DEBATE Piracema

Comunidade cresce desordenada e sem ação do poder público Posto de saúde, escola, saneamento, área de lazer, água encanada são realidades distantes para quem mora na Piracema

Juliane Reis [email protected]

Macaé, um município hoje com mais de 200.000 mil habitantes e com titulo

de Capital Nacional do Petróleo, convive com duas realidades co-muns em qualquer lugar. De um lado a elite e de outro, pessoas que não têm sequer onde morar ou o que comer. Apesar de todo ouro negro, royalties, empresas do setor Onshore e O­shore, ela apresenta uma identidade que muitos só têm acesso quando se deslocam para cá atraídos pela busca por melhores condições de vida, emprego, saúde e educação.

E quando não encontram o que buscam, alguns veem seus sonhos interrompidos, optam por voltar à sua cidade natal, ou andar pe-las ruas da cidade. Já outros na esperança de começar uma nova história, ainda que em meio às dificuldades, decidem ficar, um fator que contribui cada vez mais com o aumento da população de

WANDERLEY GIL

Comunidade vem crescendo, mas os serviços essenciais não chegam

Água encanada também não chega A falta de água que é um pro-blema comum em toda cidade, até mesmo em bairros nobres, é ainda pior para os que estão mais distantes. Apesar de ser um recurso fundamental para a sobrevivência humana, no bairro nunca se sabe ao certo quando ela estará disponível nas caixas d`água comunitária existentes no bairro. Elas são abastecidas pela Prefeitura, mas os moradores não sabem dizer os dias nem horários para isso acontecer.

Sem muita opção, os poços artesianos e os caminhões-pi-pas, comprados com sacrifícios se tornam as principais saídas.

“Não dá para ficar sem água. Tudo que a gente faz depende dela. Eu vivo comprando água de caminhões, que sai em um media de R$ 25,00 a R$ 30,00 o caminhão com cinco mil litros por semana”, disse o morador Luciano Bassan.

Outra moradora que prefe-re não se identificar fala do de-sespero da população. “É uma situação muito triste, quando não chega água aqui, os dias são de tristeza e desespero”, relatou.

Quando chega, a água é disponibilizada em caixas comunitárias

WANDERLEY GIL

forma desordenada, em especial em locais mais distantes da área central. Afinal, não é fácil custear uma moradia, pagar aluguéis, ou comprar um imóvel com preços fora da realidade. Assim, cons-truir suas próprias casas em lo-cais mais distantes se torna uma opção, uma situação que vem se tornando cada vez mais comum também na cidade com um fator que preocupa os próprios mora-dores: a falta de atenção do poder público.

A edição do “Bairros em Deba-te” deste domingo tem como per-sonagem uma comunidade ca-rente que cresce cada vez mais de maneira desordenada. Trata-se da Piracema. Um lugar que vem se tornando reduto de morado-res que em sua maioria não têm condições de custear uma mora-dia em outros bairros. O local não conta com posto de saúde, escola, farmácia, saneamento, área de la-zer, nem mesmo água encanada. A unidade de saúde mais próxima é o Pronto Socorro do Aeroporto.

Ainda segundo os morado-res, a quantidade de água que é disponibilizada nas caixas comunitárias, nunca foi sufi-ciente para suprir a demanda.

Mas ainda assim, quando che-ga é uma grande ajuda. “Muitas pessoas não têm condições de pagar caminhão”, relata um outro morador.

Capina e saneamento estão distantes da realidade

De acordo com informa-ções recentes divulgadas nesse mesmo Jornal, o saneamento é um direito assegurado pela ONU (Organizações das Na-ções Unidas), que diz que isso é fundamental para a redução da pobreza, melhoria das condi-ções de vida das pessoas e para o desenvolvimento sustentável. No entanto, na Piracema, isso parece estar longe de se tornar uma realidade. De acordo com os moradores, o esgoto é todo

A falta de capina é outra triste realidade na comunidade

WANDERLEY GIL

depositado em fossas, que são limpas de vez em quando pela prefeitura.

“Quando a fossa fica cheia, a gente liga para a prefeitura e precisa aguardar até que o caminhão venha para coletar. Seria um presente se a comu-nidade fosse contemplada com saneamento, assim como vem sendo feito em outros lugares”, lembrou Luciano.

Além do mau cheiro, a exposi-ção desse dejeto compromete a

saúde das pessoas, podendo vir a causar doenças. Lembrando ainda que o esgoto contribui pa-ra diversos problemas ambien-tais, entre eles, a poluição do lençol freático e também serve de criadouro para insetos, como mosquitos e também de ratos.

O serviço de capina também é apontado como precário no bairro. Os acostamentos estão tomados por matos. Sem cal-çada, a saída dos pedestres é se arriscarem no meio da rua.

Pavimentação e área de lazer não existem

Assim como acontece em ou-tras áreas da cidade, a pavimenta-ção é algo que também não existe na Piracema e quem vive ali con-ta que essa situação gera muitos transtornos tanto faz em tempos chuvosos ou não.

“Quando chove as ruas ficam alagadas e quando está sol, sofre-mos com a poeira”, desabafam.

A iluminação em algumas ruas também é precária. “Na rua prin-cipal mesmo, muitas lâmpadas precisam ser trocadas”, observou Luciano.

Com as ruas sem pavimentação, moradores sofrem com poeira e ou lamas

WANDERLEY GIL

Sobre o lazer, o Capítulo IV do Estatuto da Criança e do Adoles-cente trata do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer, sendo o lazer um item fundamental para a saúde, pois além de contro-lar os níveis de ansiedade, contribui com outros fatores psicológicos e também físicos. Além de ser funda-mental para o desenvolvimento das crianças e jovens. Mas que deixa a desejar em muitos bairros. Em al-guns, as praças e parquinhos estão danificados e em outros a situação é pior porque eles sequer existem.

É o caso da Piracema. “Lazer aqui só na rua. As crian-

ças não têm onde brincar. Não temos praças, parquinhos, nada”, lembrou uma mãe.

Segundo o dicionário, as áre-as de lazer são entendidas como todo e qualquer espaço livre de edificação, destinado prioritaria-mente ao lazer, isto é, uma área para prática de esporte, jogos e brincadeiras. Esses pontos são utilizados pela população para interação social e para distração em momentos livres.

Apesar dos próprios mora-dores afirmarem que a coleta de lixo é constante na comu-nidade, nossa equipe flagrou o descarte de forma irregular em alguns pontos. Em um deles, o lixo descartado servia como alimento para um cachorro. Os entulhos despejados em uma área próxima a um dos braços do Rio Macaé estão se acumu-lando, virando um depósito.

De acordo com a Lei munici-pal nº 3.371/2010, fica proibido o descarte de lixo doméstico, industrial, hospitalar ou entu-lhos nos logradouros públicos da cidade. Sem uma fiscaliza-ção, principalmente nessas áreas de vulnerabilidade so-cial, onde o poder público não chega, o desrespeito acontece de maneira impune, compro-metendo a saúde da própria população que vive próxima a essas áreas.

No entanto, talvez por des-conhecer a lei, a situação do descarte irregular é comum na cidade, e não só na Piracema.

O lixo e o entulho atraem ratos, mosquitos, moscas e ba-ratas e esse ambiente também

é favorável para o surgimento de caramujos africanos, animal que pode trazer problemas de saúde para a população.

O QUE DIZ A PREFEITURA

Procurada pela redação do Jornal, o órgão informou que desde o início do governo, o mu-nicípio vem dando seguimento a um processo que envolve a localidade, e que a Prefeitura está impedida, legalmente, de

realizar qualquer intervenção em Piracema. Ainda segundo o órgão, as ocupações no local são irregulares por se tratar de uma área privada.

O processo é para desapro-priação da área para que, a par-tir de então, seja possível o pla-nejamento e execução de obras de infraestrutura e urbanismo, assim como as que vêm sendo realizadas em Planalto da Aju-da, Barreto e Lagomar.

Lixos e entulhos nas ruas

Local próximo a um dos braços do Rio Macaé

WANDERLEY GIL

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015 9

Geral

Seminário de Direito Andréa Meirelles reúne advogados em MacaéJUSTIÇA

Um momento de homena-gem, seguido de muito apren-dizado para os advogados de Macaé e região. Assim pode ser considerado o Seminário de Direito Andréa Meirelles, uma iniciativa da Escola Su-perior de Advocacia de Macaé (ESA) e da 15ª Subseção da OAB, realizado nas últimas quarta e quinta-feira (15 e 16/07), na antiga Câmara Mu-nicipal de Macaé.

Para marcar a abertura do

Profissionais da área trocaram experiência através de iniciativa da Escola Superior de Advocacia

evento, a 15ª Subseção, através da advogada Dinorah Franco Miranda, entregou uma placa de homenagem ao pai de An-dréa Meirelles. “A gestão da Andrea como presidente da OAB Macaé foi um divisor de águas na história de nossa Sub-seção. Foi a primeira mulher a presidir a nossa instituição e nos sentimos muito honrados em termos a oportunidade de prestar esta homenagem e re-conhecimento a todo o traba-lho realizado por ela”, ressaltou François Pimentel, presidente da 15ª Subseção da OAB.

O evento contou com du-as palestras, ministradas por importantes advogados. A primeira teve como tema “A

JOÃO BARRETO

Profissionais de renome na área do direito participaram de evento na cidade

responsabilidade civil das entidades delegatárias do Es-tado”, com Dr. Luiz Felipe da Silva Haddad, desembargador recentemente aposentado, com assento efetivo na 5ª Câ-mara Criminal e membro do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Ja-neiro. Atuou como Promotor de Justiça e Juiz de Direito na Comarca de Macaé e é autor de diversos livros doutrinários na área do Direito.

Já o segundo e último dia do seminário teve como tema “Diálogo entre o Código Civil e o novo CPC”, ministrada pelo Dr. Sylvio Capanema de Sou-za, que atuou como advogado por 33 anos. Em 1994, Sylvio

ingressou na magistratura pe-lo quinto constitucional como Juiz do Tribunal de Alçada, tornando-se Desembargador no ano seguinte. Atuou na 10ª Câmara Cível como 2º vice-presidente. O Desembargador Capanema trabalha ainda co-mo professor de Direito Cível e Internacional Privado e é autor de vários livros na área de Direito. Membro efetivo do IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros.

Ao final do segundo dia de seminário, os inscritos que as-sistiram às duas palestras, rece-beram um Certificado de Parti-cipação. Já para os estagiários, a 15ª Subseção conferiu horas para contagem de estágio.

Praia das Conchas recebe ação de mandato de Luciano DinizAPOIO

Em período de recesso par-lamentar, quando são suspen-sas as sessões ordinárias em plenário, o vereador Luciano Diniz (PT) mantém a ação par-lamentar de visita a bairros, comunidades e distritos da re-gião serrana da cidade. O tra-balho aproxima a relação entre Luciano e a sociedade, além de contribuir com o registro de demandas que serão levadas à administração municipal.

Na última sexta-feira (17), o vereador esteve na Praia das Conchas, no bairro Imbetiba, atendendo à demanda de mo-radores antigos do bairro, como Aristóphanes Franco Gonçal-

Registrar demandas de moradores é principal objetivo de trabalho executado durante o recesso parlamentar

ves, o Tofinho, Presidente da Associação de Parkinsonianos de Macaé (APM).

Na conversa, Luciano regis-trou solicitações relativas ao atendimento na rede pública de saúde, fiscalização em mobilida-de urbana e também ao ordena-mento urbano.

“Esse é um dos bairros mais tradicionais do nosso municí-pio, além de apresentar um dos mais belos cenários da região litorânea de Macaé. Aqui vivem moradores antigos da cidade e que querem participar das ações conduzidas pelo governo com objetivo de elevar a autoestima e a qualidade de vida de todos. Ouvir e registrar essas opiniões é muito importante para o nosso trabalho”, disse o vereador.

Além do encontro social, a vi-sita rendeu um novo programa de trabalho para o parlamentar. No diálogo com os moradores,

ASSESSORIA

Em visita aos moradores da Praia das Conchas, Luciano Diniz registrou demandas

Luciano registrou solicitações de apoio a obras ainda não rea-lizadas pela prefeitura no local, como a interligação de parte dos imóveis situados na rua Benedi-to Lacerda na rede de captação de esgoto.

Medidas simples também fo-ram registradas por Luciano a pedido dos moradores do local. Entre elas está a recolocação da placa de identificação da Praça Pedro Custódio, a transferência do local de depósito do lixo do Forte Marechal Hermes, a re-tirada da tela instalada em tre-cho da faixa de areia da praia, a remoção de carcaças de antigos barcos, além da revitalização do local, através da implantação de um novo sistema de iluminação, reforço da pequena orla com a colocação de novos assentos.

Todas as solicitações serão en-caminhadas por Luciano Diniz ao governo municipal.

LOGÍSTICA

Governo defende integração de Macaé no traçado de nova ferroviaSecretaria de Desenvolvimento Econômico receberá representantes do Estado para discutir projeto da Ferrovia Vitória-Rio

Márcio [email protected]

Nesta semana, as equipes das secretarias munici-pais de Desenvolvimen-

to Econômico e de Mobilidade Urbana irão receber membros da secretaria estadual de Trans-portes envolvidos no processo de implementação da Ferrovia Vitória-Rio, projeto que pre-tende reformular o traçado da logística de carga na região Su-deste do país.

Os representantes da prefei-tura defenderão a integração de Macaé ao traçado da nova linha férrea, que cortará os Estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, interligando impor-tantes terminais portuários para a economia nacional.

O encontro foi definido durante a participação de re-presentantes do governo mu-nicipal na Audiência Pública realizada pela Agência Nacio-nal de Transportes Terrestres (ANTT) na manhã da última sexta-feira (17), na Universida-de Cândido Mendes, em Cam-pos dos Goytacazes. O encontro faz parte da primeira fase de implementação do projeto que prevê um investimento de R$ 7,8 bilhões.

Macaé foi representada pelo presidente do Instituto Ma-caé de Ciência e Tecnologia (IMCT), Gustavo Peretti Wag-

ner, integrado ao organograma administrativo da secretaria municipal de Desenvolvimen-to Econômico, Tecnológico e de Turismo, e também pelo secre-tário municipal de Mobilidade Urbana, Evandro Esteves.

Os representantes de Macaé

WANDERLEY GIL

Vandré Guimarães vai receber equipe da secretaria estadual de Transportes na cidade

acompanharam a apresentação do projeto estrutural da Fer-rovia Vitória-Rio, que prevê a construção de uma nova malha ferroviária de 572 quilômetros de extensão, interligando o Por-to Central, em Presidente Ken-nedy, no Sul do Espírito Santo

até o Porto de Açu, em São João da Barra, no extremo-Norte do Rio de Janeiro.

Na apresentação, os repre-sentantes da cidade identifica-ram a necessidade de adequa-ção do novo traçado da ferrovia, de acordo com o planejamento

de expansão de Macaé, base-ados nos termos previstos no Plano Diretor e no Código de Urbanismo.

“Pleiteamos essa análise em virtude do planejamento da expansão urbana da cidade. No projeto, a nova linha férrea não

passará pela região já conden-sada da cidade, seguindo um traçado mais paralelo à BR 101, na região próxima ao Trevo dos 17”, explicou Gustavo.

Na Audiência, os represen-tantes de Macaé pleitearam também a criação de uma es-tação de transbordo de carga dentro do traçado da nova ro-dovia que passará pela cidade, criando assim uma retroárea que atenderá, principalmente, a demanda da indústria do pe-tróleo.

Essa proposta já foi aponta-da pela própria secretaria de Transportes do Estado, com base no Plano Estadual de Lo-gística de Cargas (Pelc).

“Precisamos garantir que o projeto atenda à logística do pe-tróleo concentrada também em nossa cidade. Em Macaé existe um grande volume de operação de cargas que são direcionadas do Porto do Rio para o Parque de Tubos. O transporte ferro-viário torna-se um novo modal para essa atividade”, explicou o secretário municipal de Desen-volvimento Econômico, Vandré Guimarães.

O próprio secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto de Figueiredo Osório se pron-tificou a realizar a reunião em Macaé, envolvendo também a equipe técnica responsável pe-la implementação do projeto da Ferrovia Vitória-Rio.

O prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, participou da inauguração das obras de implantação da divisória metálica entre as pistas na ViaLagos, nesta sexta-feira (17).

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015

SUSTENTABILIDADE

Consumidor brasileiro éum dos mais conscientesBrasileiro está mais consciente na hora de consumir: 85% da população entendem que o progresso não está em consumir mais, mas em consumir melhor (a média mundial é de 78%)Martinho Santafé

D ivulgado esta semana no Rio de Janeiro, um estu-do revela que o brasilei-

ro está mais consciente na hora de consumir: 85% da população entendem que o progresso não está em consumir mais, mas em consumir melhor (a média mundial é de 78%), enquanto 75% acreditam que um con-sumo exagerado pode impor riscos ao planeta e à sociedade, também superando a média mundial, que é de 70%.

De acordo com a publica-ção Estilo de Vida Sustentá-vel no Contexto Brasileiro, a percepção é que o Brasil está mais avançado em relação ao mundo, de acordo com a ge-rente de Projetos e Conteú-do do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvi-mento Sustentável (Cebds), Ana Carolina Szklo, entidade que realizou a pesquisa em conjunto com a agência glo-bal Havas.

Esses avanços não signifi-cam, porém, que o brasileiro dê mais valor à questão da sustentabilidade na hora de consumir. “Não, de forma al-guma”, afirma Ana Carolina. Segundo ela, há algumas in-consistências nisso. Por exem-plo, 45% da população dizem que é usual comprar itens e produtos de que não precisam e depois se arrependerem.

O estudo aponta também alguns critérios colocados na tomada de decisão do consu-midor. O primeiro ponto, que desperta mais preocupação no brasileiro, é a segurança, com 71%. Consumo excessivo surge no final da relação, com 43%. A questão da sustentabi-lidade, ligada à energia, con-centra 44% da preocupação das pessoas. Já a questão da mudança climática e destrui-ção ambiental obtém percen-tual maior, de 57%.

Ana Carolina afirma que o consumo é atrelado ao maior poder econômico de compra. “Ainda se observa que o pesso-al acredita que quanto maior o consumo, maior a taxa de sucesso: quase 70% acredi-tam que a compra de produ-tos chega a ser quase um ato patriótico e 57% analisam que se a população consumir me-nos, uma parcela importante dos empregos será perdida”.

Ela acrescenta que, no cam-po individual, as pessoas ten-dem a respeitar mais aqueles que têm dinheiro suficiente para comprar o que quise-rem. Ana Carolina diz que consumir faz parte da vida dos brasileiros: quase 70% dizem que fazer compras é uma das melhores formas de se passar o tempo com a família.

COMPRAS AINDA SÃO EXCESSIVAS

Os brasileiros demonstram boas intenções, mas ainda compram de forma excessi-va. Oitenta e seis por cento das pessoas acreditam que é sua responsabilidade fazer a diferença e que as empresas devem ter um papel mais ativo nesse processo. A publicação da pesquisa foi feita com base em dados deste ano.

A gerente do Cebds acres-

centa que, também 86% dos entrevistados acreditam que os negócios mais bem suce-didos no futuro serão os que incorporam as questões da sustentabilidade. “É interes-sante porque, de um lado, o consumidor enxerga a sua res-ponsabilidade, mas, de outro lado, aposta muito fortemente nas empresas, e até mais que o governo, para mudar isso”.

A gerente do Cebds avalia que o brasileiro ainda não atingiu o patamar dos euro-peus em relação ao consumo de produtos relacionados à conservação do meio am-biente: “Aqui ainda existe uma percepção de que produtos mais sustentáveis, mais am-bientalmente corretos, são mais caros. Ao mesmo tem-po, uma parcela significativa da população (80%) diz que estaria disposta a pagar um pouco mais por produtos mais sustentáveis”.

O brasileiro está apostando na melhoria qualitativa dos produtos e no engajamento em causas sociais e ambien-tais. Mas existem questões culturais que estão sendo tra-balhadas não só no Brasil, mas

no mundo todo, advertiu Ana Carolina. Os consumidores resistem a adquirir produtos concentrados, que apresen-tam embalagens menores, causam menos emissões de gases de efeito estufa (GEE) e menos consumo de água, por exemplo, em detrimento de produtos de embalagem maior.

Ana Carolina diz que isso abre espaço para se trabalhar com a sociedade, no sentido de levar mais conhecimento e colocar as questões de susten-tabilidade na pauta do dia. “O consumidor brasileiro ainda não prioriza a questão susten-tabilidade no ato da compra. Olha muito para a questão da qualidade”. No que respeita ao consumo de alimentos, que representam mais de 40% da cesta de compras de uma família, 34% optam pela praticidade e conveniência na hora de adquirir o alimento, 23% pela qualidade, 23% pe-lo prazer e apenas 21% pela saúde.

Ainda assim, a contribui-ção para o engajamento com causas ambientais e sociais por meio da compra de bens e alimentos “já é uma rea-lidade e está sendo levado em conta cada vez mais”. De acordo com o estudo, 86% dos consumidores estão prestan-do maior atenção ao impacto no meio ambiente ou na área social dos produtos que com-pram do que ocorria no pas-sado e 80% estão dispostos a pagar um pouco mais para ad-quirir produtos ambiental ou socialmente responsáveis. A publicação foi feita com base em dados deste ano.

INICIATIVAS EM SP E MACAÉ

O Brasil ostenta o indigesto posto de campeão mundial no consumo de agrotóxicos, com uma média de um milhão de toneladas por ano, segundo dados divulgados em abril pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Só para se ter ideia, cada brasileiro consome uma média de 5,2 kg dessas substâncias a cada ano, fator que pode desencadear intoxi-cações agudas, crônicas e até mesmo câncer.

Os alimentos orgânicos, que dispensam os agrotóxicos em sua produção, são uma boa alternativa ao problema. A questão é que, geralmente, eles custam bem mais do que os produtos convencionais, o que impede sua populariza-ção na mesa dos brasileiros. Ao pensar nisso, o Instituto Chão passou a comercializá-los, na Vila Madalena, em São Paulo, pelo mesmo preço pro-veniente dos produtores. - um dos fornecedores é o Sítio Es-cola Portão Grande.

Assim, um pé de alface orgâ-nico que pode custar até R$ 4 em um supermercado ou hor-tifruti, por lá é comercializado por até R$ 2.

O Instituto Chão é uma as-sociação sem fins lucrativos que é construída colaborati-vamente - para a inauguração e compra do primeiro lote de orgânicos, por exemplo, o gru-po fez um projeto de financia-mento coletivo.

Além de frutas, legumes e verduras, a associação ofere-ce uma série de chocolates, patês, queijos, mel, farinha, óleos e bebidas, além de um

café, que serve lanches e be-bidas - todos orgânicos.

Em Macaé, foi criado re-centemente o Coletivo Har-monia, com o objetivo inicial de movimentar a cena alter-nativa na cidade, realizar o encontro de pessoas interes-sadas em um modo de vida sustentável, distribuir e rece-ber informação sobre novas tendências de alimentação e consumo, atividades físicas, práticas espirituais, ambien-talismo em geral, relações humanas, ocupação urbana crítica entre tantos outros temas associados.

Semana passada, o Har-monia realizou um evento no bairro Nova Macaé que atraiu dezenas de pessoas in-teressadas em uma vida mais saudável. A resposta positiva do público presente e também nas redes sociais fortaleceu o ideal do coletivo de que este é um momento de atuar inten-samente em Macaé, melho-rando a qualidade de vida na cidade.

Foi criada a Horta Comuni-tária Nova Macaé e a organi-zação de um coletivo de con-sumo solidário para os que buscam uma boa alimentação e que se preocupam com a ori-gem do alimento, entendendo o ciclo de produção e consumo e apoiando a agricultura fami-liar local.

MENOS EMISSÕES DE CARBONO

Ajudar os produtores a se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas também pode reduzir significativa-mente as emissões de gases de

efeito estufa, aponta um novo estudo divulgado este mês por uma das agências agrícolas do sistema das Nações Unidas. “O que este relatório mostra é que os pequenos agricultores são uma parte fundamental da solução ao desafio da mu-dança climática”, disse Michel Mordasini, vice-presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). “Com os investimen-tos certos, os pequenos agri-cultores podem alimentar um planeta cada vez maior e, ao mesmo tempo, restaurar ecossistemas degradados e reduzir o efeito do carbono da agricultura”.

O estudo aponta que a re-dução das emissões pode não ser um fardo tão grande, co-mo alguns podem acreditar e poderia representar outro benefício das atividades de adaptação. O estudo examina o portfólio de projetos do FI-DA voltados para a transfor-mar agricultores familiares mais resilientes às mudanças climáticas.

O Relatório Vantagens de Mitigação mostra que 13 pro-jetos de adaptação apoiados pelo FIDA poderiam reduzir as emissões de CO2 em 30 mi-lhões de toneladas. Isto repre-senta cerca de 38% do alvo do FIDA para reduzir 80 milhões de toneladas de CO2 até 2020, de acordo com o programa de adaptação para agricultura familiar.

Lançado em 2012, este pro-grama tornou-se a maior fonte de financiamento global dedi-cada a apoiar a adaptação dos pequenos agricultores pobres às alterações climáticas.

DIVULGAÇÃO

A questão da sustentabilidade, ligada à energia, concentra 44% da preocupação das pessoas

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015 11

COMPETIÇÃO

Israel Viana coleciona vitórias no JudôEm mais uma competição no Rio de Janeiro o jovem se classifica para a Nacional dos Jogos Escolares da JuventudeLudmila [email protected]

Nos dias 11 e 12 de julho, o atleta macaense Israel Viana, de 16 anos, parti-

cipou de mais uma importante competição no Rio de Janeiro. O Judoca esteve no Centro de Treinamento de Judô da Vila Militar de Deodoro para mais um importante desafio: os Jogos Estudantis do Rio de Janeiro.

Israel disputou quatro lutas vencendo todas elas por Ippon (golpe “perfeito”) e se classifi-cou para a Nacional dos Jogos Escolares da Juventude, que acontecerá em novembro, em Londrina.

Os Jogos Estudantis do Rio de Janeiro são a principal competição escolar do Estado e envolvem alunos das institui-ções de ensino públicas e par-ticulares. Os vencedores das modalidades, nas duas catego-rias, formam a comitiva que re-presentará o Rio de Janeiro na etapa nacional da competição, que é uma classificatória para a etapa mundial.

As conquistas do atleta ma-

caense demonstram a deter-minação e a garra de cada vez mais alcançar seus objetivos e sonhos. Israel se dedica diaria-mente aos treinos, praticando

DIVULGAÇÃO

Israel Viana compete desde 11 anos e coleciona medalhas de mais de 150 competições

de quatro a cinco horas por dia o Judô e o Jiu-Jitsu, além de exercícios de musculação.

O jovem começou a competir aos 11 anos e já acumula mais

de 150 competições em seu currículo. O judoca é tricam-peão brasileiro pela Liga de Judô, campeão brasileiro pela CBJ, campeão sulamericano pela CBJ e campeão brasileiro de Jiu-jítsu.

O amor pela luta surgiu aos cinco anos quando, por incen-tivo do pai, Eleir Andrade Fer-

reira, começou a praticá-la. Atualmente, ele é faixa marrom e disputa na categoria Meio Médio (até 73kg) do Sub-18 da Seleção Brasileira de Judô.

"Vejo o meu filho a um pas-so das Olimpíadas de 2020. Só Deus pode tirá-lo da Competi-ção. A técnica e a preparação estão muito boas, a única ma-

neira que ele tem para perder essa disputa é falhar com ele mesmo”, enfatizou Eleir.

Os gastos com a preparação física, assim como as viagens e aquisição de todo o material necessário são custeados pela sua família, com o auxílio do Brasas English Course, Aca-demia Novo Corpo e o Colégio UEDA Pessanha e Same Servi-ços Médicos.

LONDRINA 2015Os Jogos Escolares da Ju-

ventude são o maior evento estudantil esportivo do Brasil. A competição de abrangência nacional reúne milhares de alunos-atletas de instituições de ensino públicas e privadas de todo o país. Atualmente, é tida como referência interna-cional. Consideradas as fases seletivas, os números chegam a mais de dois milhões de atle-tas e cerca de 4 mil cidades participantes.

Além das competições, os jovens atletas têm à sua dis-posição uma ampla gama de eventos paralelos às com-petições. O programa sócio-educativo e cultural abrange diversas atividades extras com o intuito de aproximar os jo-vens de todo o país aos Valores Olímpicos e ao exemplo posi-tivo da prática esportiva.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 19 e segunda-feira, 20 de julho de 2015