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Incentivos fiscais garantem à cadeia offshore redução do 'Custo Macaé' Revisão de alíquotas tributárias e investimentos em infraestrutura garantem a Macaé uma nova perspectiva para o mercado do petróleo. Redução de tributos é garantida por três anos, através de projeto do governo Loteamento Jardim Franco simboliza desafio do governo diante do crescimento urbano de Macaé KANÁ MANHÃES Após criação de loteamento, bairro recebeu centenas de moradores que cobram da prefeitura acesso a serviços básicos Consignados com a garantia de contratação da mão de obra local, e compensados pela política de auste- ridade implementada pelo governo desde o início do ano, os incentivos fiscais propostos por Macaé, através de alterações no Código Tributário Mu- nicipal, garantirão à cadeia produtiva offshore três anos de estímulos para a recuperação do ritmo de crescimento e da pujança característicos da ativi- dade que promoveu a transformação econômica e social da Capital Nacional do Petróleo. Ao surgir em meio a um cenário ain- da não muito positivo sobre o futuro do mercado do petróleo nacional, em virtude da inércia do governo federal em tornar competitivo o óleo bruto concentrado nas camadas do pré-sal, o pacote de incentivos fiscais na ordem de R$ 20 milhões é considerado como a primeira grande resposta aos anseios da indústria, que aposta no potencial de Macaé e do país para vencer a crise, e que ainda preserva variações do mer- cado internacional de óleo e gás. Apesar da agilidade na concepção e apresentação dos termos legais que definem a redução de variáveis que formam o chamado 'Custo Macaé', o projeto já em tramitação na Câmara de Vereadores foi elaborado sob a dedica- ção e o conhecimento de servidores da própria prefeitura. PÁG. 3 A ssim como a maioria dos bairros de Macaé, o Jardim Franco surgiu como uma al- ternativa de investimento em um dos mais prósperos mercados imobiliários da cidade. Por cerca de três anos, a ex- pansão do loteamento movimentou setores como a construção civil, o co- mércio e a prestação de serviços, dan- do um novo contorno à região que sur- giu diante da construção da Avenida Industrial. Com a construção imedia- ta de casas, apartamentos e estabeleci- mentos comerciais, o bairro tornou-se também alternativa para diversas fa- mílias conquistarem o sonho da casa própria. Hoje, os moradores cobram do governo acesso a serviços básicos, como manutenção e limpeza das ru- as, além de mais infraestrutura. Divi- dindo com outros bairros da cidade diversas demandas, o Jardim Franco segue no planejamento da prefeitu- ra em levar qualidade de vida para a população. Porém, diante de tantas outras solicitações, o jeito para quem vive no local é esperar. PÁG. 8 MARCAS DO PROGRESSO Fafima oferece mais de 500 vagas ÍNDICE TEMPO POLÍCIA EDUCAÇÃO Oportunidades são para a formação das turmas do próximo ano letivo PÁG. 9 KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES Coletivos que partem do Terminal Central seguem nova rota Inscrições são feitas na instituição de 2ª a 6ª feira das 14h às 21h Transporte alterado devido a intervenções Bairros que recebem obras de saneamento tiveram itinerário mudado PÁG. 5 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 36º C Mínima 20º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA ECONOMIA GERAL CADERNO DOIS Maioridade Penal ainda divide opiniões Empreendedorismo em destaque na cidade 2015 já registra recorde global de calor Fabiano Paschoal propõe renovação na OAB Coronel Ramiro Campos faz análise sobre o tema PÁG. 5 Desenvolvimento Econômico realiza atividade especial PÁG. 6 Temperatura teve maior elevação em 136 anos PÁG. 10 Advogado concorre à eleição na 15ª subseção de Macaé CAPA BAIRROS EM DEBATE WANDERLEY GIL Capital do Petróleo lidera no Rio média salarial POLÍTICA Apesar de manter um dé- ficit de mais de seis mil pontos de trabalho, fechados desde o início do ano, Macaé segue na li- derança da média salarial regis- trada entre todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com dados atualizados nesta semana pelo Cadastro Ge- ral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Tra- balho, Macaé mantém a média de R$ 1.910,01 em vencimentos, calculados entre os mais de 137 mil postos de trabalho oficiais, contabilizados atualmente. A Capital Nacional do Petróleo está à frente até de cidades com maior volume populacional e também de empregos formais, mantidos mesmo em meio ao cenário de retração de diversos setores da economia. PÁG. 3 Cidade lidera ranking estadual O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 1º e segunda- feira, 2 de novembro de 2015 Ano XL, Nº 8853 Fundador/Diretor: Oscar Pires WANDERLEY GIL DIVULGAÇÃO facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon CRESCE POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PETROLEIROS DEFLAGRAM GREVE NESTE DOMINGO MEDALHA CARUCANGO VAI HOMENAGEAR PROFISSIONAIS R$ 1,50 POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.11 EDUCAÇÃO, PÁG.9

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Page 1: Noticiário 01 11 15

Incentivos �scais garantem à cadeia offshore redução do 'Custo Macaé'

Revisão de alíquotas tributárias e investimentos em infraestrutura garantem a Macaé uma nova perspectiva para o mercado do petróleo. Redução de tributos é garantida por três anos, através de projeto do governo

Loteamento Jardim Franco simboliza desafio do governo diante do crescimento urbano de Macaé

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Após criação de loteamento, bairro recebeu centenas de moradores que cobram da prefeitura acesso a serviços básicos

Consignados com a garantia de contratação da mão de obra local, e compensados pela política de auste-ridade implementada pelo governo desde o início do ano, os incentivos fiscais propostos por Macaé, através de alterações no Código Tributário Mu-

nicipal, garantirão à cadeia produtiva o�shore três anos de estímulos para a recuperação do ritmo de crescimento e da pujança característicos da ativi-dade que promoveu a transformação econômica e social da Capital Nacional do Petróleo.

Ao surgir em meio a um cenário ain-da não muito positivo sobre o futuro do mercado do petróleo nacional, em virtude da inércia do governo federal em tornar competitivo o óleo bruto concentrado nas camadas do pré-sal, o pacote de incentivos fiscais na ordem

de R$ 20 milhões é considerado como a primeira grande resposta aos anseios da indústria, que aposta no potencial de Macaé e do país para vencer a crise, e que ainda preserva variações do mer-cado internacional de óleo e gás.

Apesar da agilidade na concepção

e apresentação dos termos legais que definem a redução de variáveis que formam o chamado 'Custo Macaé', o projeto já em tramitação na Câmara de Vereadores foi elaborado sob a dedica-ção e o conhecimento de servidores da própria prefeitura. PÁG. 3

Assim como a maioria dos bairros de Macaé, o Jardim Franco surgiu como uma al-

ternativa de investimento em um dos mais prósperos mercados imobiliários da cidade. Por cerca de três anos, a ex-pansão do loteamento movimentou setores como a construção civil, o co-mércio e a prestação de serviços, dan-

do um novo contorno à região que sur-giu diante da construção da Avenida Industrial. Com a construção imedia-ta de casas, apartamentos e estabeleci-mentos comerciais, o bairro tornou-se também alternativa para diversas fa-mílias conquistarem o sonho da casa própria. Hoje, os moradores cobram do governo acesso a serviços básicos,

como manutenção e limpeza das ru-as, além de mais infraestrutura. Divi-dindo com outros bairros da cidade diversas demandas, o Jardim Franco segue no planejamento da prefeitu-ra em levar qualidade de vida para a população. Porém, diante de tantas outras solicitações, o jeito para quem vive no local é esperar. PÁG. 8

MARCAS DO PROGRESSO

Fafima oferece mais de 500 vagas

ÍNDICETEMPO

POLÍCIA EDUCAÇÃO

Oportunidades são para a formação das turmas do próximo ano letivo PÁG. 9

KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES

Coletivos que partem do Terminal Central seguem nova rota Inscrições são feitas na instituição de 2ª a 6ª feira das 14h às 21h

Transporte alterado devido a intervençõesBairros que recebem obras de saneamento tiveram itinerário mudado PÁG. 5

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 36º CMínima 20º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA ECONOMIA GERAL CADERNO DOIS

Maioridade Penal ainda divide opiniões

Empreendedorismo em destaque na cidade

2015 já registra recorde global de calor

Fabiano Paschoal propõe renovação na OAB

Coronel Ramiro Campos faz análise sobre o tema PÁG. 5

Desenvolvimento Econômico realiza atividade especial PÁG. 6

Temperatura teve maior elevação em 136 anos PÁG. 10

Advogado concorre à eleição na 15ª subseção de Macaé CAPA

BAIRROS EM DEBATE

WANDERLEY GIL

Capital do Petróleo lidera no Rio média salarial

POLÍTICA

Apesar de manter um dé-ficit de mais de seis mil pontos de trabalho, fechados desde o início do ano, Macaé segue na li-derança da média salarial regis-trada entre todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com dados atualizados nesta semana pelo Cadastro Ge-ral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Tra-balho, Macaé mantém a média de R$ 1.910,01 em vencimentos, calculados entre os mais de 137 mil postos de trabalho oficiais, contabilizados atualmente. A Capital Nacional do Petróleo está à frente até de cidades com maior volume populacional e também de empregos formais, mantidos mesmo em meio ao cenário de retração de diversos setores da economia. PÁG. 3

Cidade lidera ranking estadual

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 1º e segunda-feira, 2 de novembro de 2015Ano XL, Nº 8853Fundador/Diretor: Oscar Pires

WANDERLEY GIL DIVULGAÇÃO

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

CRESCE POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

PETROLEIROS DEFLAGRAM GREVE NESTE DOMINGO

MEDALHA CARUCANGO VAI HOMENAGEAR PROFISSIONAIS

R$ 1,50

POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.11 EDUCAÇÃO, PÁG.9

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 1 e segunda-feira, 2 de novembro de 2015

CidadeEDIÇÃO: 299 PUBLICAÇÃO: 28 DE OUTUBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Júri condena a 9 anos de prisão médium que matou companheiro a machadadas

Na Seção do Júri, que teve início às 13,35h do dia 27 na Sala do Tribunal de Júri Promotor Sirieiro, o julgamento de Antonio Mendes da Costa, acusado da morte de Gilber-to Ribeiro da Mota, em crime ocorrido no dia 07 de junho de 1980, ocasião em que confessou ter matado a vítima desferindo-lhe três machadadas, fato que levou a Pro-motoria Pública, representada pela Drª Heloisa Helena Brandão, a considerar o fato como “meio cruel”.

Inaugurado o Supermercado “Poupe”

Em solenidade iniciada às 9,15h de terça-feira, dia 27, contando com a presença de centenas de pessoas que imediatamente superlotaram as dependências do esta-belecimento, foi inaugurado nesta cidade o Supermercado “Poupe”, do Grupo Floresta Comércio e Importação Ltda, com matriz em Volta Redonda.

Deputado inaugura iluminação pública em Imboassica

O Deputado Claudio Moacyr, líder do Governo na Assembléia Legislativa, estará em Macaé no próximo sábado, dia 31, quando deverá participar do programa Mesa Redonda, levado ao ar pela emissora local, a fim de esclarecer construção da escola estadual em terreno da Fundação Educacional Luiz Reid. Às 18 hs daquele dia,

acompanhado de diversos correligionários, o parlamen-tar macaense vai proceder a inauguração da iluminação pública na localidade de Imboassica.

Vereador quer aproveitamento de gás no Distrito Industrial de Macaé

O Vereador Rubem Gonzaga de Almeida Pereira, Secretário do Diretório Municipal do Partido Popu-lar, disse que apresentou requerimento na Câmara dirigido ao Governador do Estado, ao Secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Dr. Carlos Alberto de Andrade Pinto, ao Ministro das Minas e Energia, e ao Presidente da Petrobrás, solicitando daquelas au-toridades que o gás da Bacia de Campos seja também destinado ao Distrito Industrial de Macaé.

O secretário mu-nicipal de Edu-cação, Guto Garcia,

anunciou ontem a decisão de afastar a direção da Es-cola Municipal Paulo Frei-re, no Lagomar, durante o processo de sindicância que vai apurar o incidente envolvendo um aluno de sete anos. A medida admi-nistrativa foi adotada após o registro do caso em que o aluno destrói a secreta-ria da instituição de ensi-

no. O episódio foi filmado e divulgado nas redes so-ciais. Até ontem, o vídeo se aproximava de 1 milhão de visualizações.

Ontem, a equipe da dire-ção da escola foi convocada pelo secretário para pres-tar esclarecimentos. Guto informou ainda que os pais ou responsáveis do aluno também serão ouvidos. Uma equipe multidicipli-nar já está acompanhando o estudante.

Secretaria afasta direção de escola após incidente com aluno de 7 anos

Macaé recebe prêmio do Sebrae em reconhecimento ao apoio a micro e pequenas empresas

NOTA

KANÁ MANHÃES

WANDERLEY GIL

Feriadão movimenta transporte regionalPor conta do aumento do mo-vimento na Rodoviária de Macaé, algumas empresas de ônibus estão preparando um esquema especial para o feriado de Finados, que será celebrado na próxima segunda-feira (2).

A Auto Viação 1001, por exem-plo, diz que a expectativa é de que as linhas da empresa movimentem cerca de 9 mil passageiros entre hoje (30) e amanhã (31). Por conta disso, um total de 226 ônibus - sen-do 14 extras - serão disponibiliza-dos saindo de Macaé para diversas cidades do estado. O destino mais procurado é o Rio de Janeiro, onde estão previstas 97 partidas, sendo 57 apenas nesta sexta-feira, dia de maior movimento.Os passageiros para os municípios das regiões Nor-te, Noroeste e Serrana do estado co-mo Campos, Itaperuna e Friburgo, terão 102 ônibus. Os ônibus para Cabo Frio terão saídas na maior parte do dia, a cada 15 minutos.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 1 e segunda-feira, 2 de novembro de 2015 3

PolíticaAVANÇO

Incentivos �scais garantem à cadeia offshore redução do 'Custo Macaé' por três anosRevisão de alíquotas tributárias e investimentos em infraestrutura garantem a Macaé uma nova perspectiva para o mercado do petróleoMárcio [email protected]

Consignados com a garantia de contratação da mão de obra local, e compensados

pela política de austeridade im-plementada pelo governo des-de o início do ano, os incentivos fiscais propostas por Macaé, através de alterações no Código Tributário Municipal, garantirá à cadeia produtiva o�shore três anos de estímulos para a recupe-ração do ritmo de crescimento e da pujança característicos da atividade que promoveu a trans-formação econômica e social da Capital Nacional do Petróleo.

Ao surgir em meio a um ce-nário ainda não muito positivo sobre o futuro do mercado do petróleo nacional, em virtude da inércia do governo federal em tornar competitivo o óleo bruto concentrado nas camadas do pré-sal, o pacote de incenti-vos fiscais na ordem de R$ 20 milhões é considerado como a primeira grande resposta aos anseios da indústria, que aposta no potencial de Macaé e do país para vencer a crise, e que ainda preserva variações do mercado internacional de óleo e gás.

Apesar da agilidade na con-cepção e apresentação dos ter-mos legais que definem a redu-

ção de variáveis que formam o chamado 'Custo Macaé, o proje-to já em tramitação na Câmara de Vereadores foi elaborado sob a dedicação e o conhecimento de servidores da própria prefeitura.

A minuta do projeto entre-gue na última terça-feira (27) pelo prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB) ao líder da bancada de governo na Câmara, o vereador Julinho do Aeroporto (PPL), foi elaborada através do trabalho do corpo técnico da secretaria municipal de Fazenda.

Através de três frentes de tra-balho, a secretaria promoveu a análise fiscal da proposta, que prevê isenção do Imposto Pre-dial Territorial Urbano (IPTU) e reduções na alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços). Es-se trabalho foi realizado pela coordenadoria tributária da Fazenda.

Já os impactos financeiros do incentivo de R$ 20 milhões so-bre o orçamento municipal de 2016, tendo como compensação os R$ 38 milhões da redução de gastos com a folha de pagamen-to, foram apontados através da análise feita pela Contadoria Geral do município.

O texto final do projeto, cujo pedido de tramitação em cará-ter de urgência deve ser vota-do nesta semana, foi elabora-

do pela consultoria tributária da Fazenda.

"Esse trabalho técnico é fun-damental para que o projeto pudesse apresentar todos os requisitos legais, atendendo os anseios da indústria, dentro da proposta do governo, sem que os incentivos sejam configura-dos como renúncia de receita", explicou o secretário municipal de Fazenda, Ramirez Candido.

INSTRUMENTO LEGALEm síntese, o projeto que

prevê o pacote de incentivos fiscais propõe alteração em três artigos da Lei Complementar 053/2005, de 30 de setembro de 2005, que institui o Código Tributário Municipal.

O projeto apresenta em seu primeiro artigo o acréscimo do item IX do artigo 138 do Código Tributário, que versa sobre isenção fiscal.

A nova redação da lei pro-posta pelo governo inclui a isenção fiscal, desde que a em-presa tenha composição mí-nima de 60% de mão de obra local em seu quadro funcional, não possua débito inscrito na dívida ativa, esteja regular no atendimento a normas de li-cenciamento ambiental, e que o imóvel próprio seja utilizado para a operação industrial.

O artigo 2º do projeto de lei propõe alteração no artigo 141 do Código Tributário, que ver-sa sobre o pagamento do IPTU.

A nova redação proposta pelo governo inclui no artigo a isen-ção para empresas que possuam área própria na cidade.

No artigo 3º do projeto de lei, o governo altera o artigo 205 do Código Tributário, que institui as alíquotas do ISS.

Com a nova redação, o go-verno acrescenta o item V à lei, que prevê redução de 25% do imposto, por três anos, para fornecedores que prestem ser-viços para as empresas âncoras do petróleo.

O projeto inclui também o item VI, que institui a redução de 15% do ISS, por três anos, pa-ra as empresas que participem da cadeia offshore, condicio-nadas à garantia do quadro de funcionários formado por 60% da mão de obra local.

Se aprovado o pedido de ur-gência, o projeto ganhará agi-lidade na tramitação entre as Comissões Permanentes da Câmara, que terão 10 dias para emitir parecer sobre a matéria, que ainda pode ser emendada pelos parlamentares.

Com isso, a previsão é de que o projeto seja votado em duas semanas.

WANDERLEY GIL

Expansão das bases de operações da indústria é o principal atrativo para ampliar oferta de emprego na Capital do Petróleo

Cidade SalárioMacaé R$ 1.910,01São João da Barra R$ 1.753,89Rio de Janeiro R$ 1.458,03Rio das Ostras R$ 1.395,94Casimiro de Abreu R$ 1.282,75Quissamã R$ 1.280,18Niterói R$ 1.269,09Carapebus R$ 1.158,38Búzios R$ 1.146,62Campos dos Goytacazes R$ 1.139,77Cabo Frio R$ 1.128,87

BALANÇO

Média salarial no Estado do Rio

Capital do Petróleo mantém maior média salarial do Estado

CENÁRIO

apesar de manter um dé-ficit de mais de seis mil pontos de trabalho, fechados desde o início do ano, Macaé segue na li-derança da média salarial regis-trada entre todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro.

De acordo com dados atu-alizados nesta semana pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Mi-nistério do Trabalho, Macaé mantém a média de R$ 1.910,01 em vencimentos, calculados entre os mais de 137 mil postos de trabalho oficiais, contabili-zados atualmente.

A Capital Nacional do Petró-leo está à frente até de cidades

Em função da crise offshore, Macaé supera também cidade no déficit de empregos

com maior volume popula-cional e também de empregos formais, mantidos mesmo em meio ao cenário de retração de diversos setores da economia.

Macaé supera com folga a média salarial obtida por cida-des como a Capital Fluminen-se (Rio de Janeiro) e Niterói, bases para operações do seg-mento de óleo e gás.

No ranking estadual, São João da Barra aparece em se-gunda colocação. O município é sede do Complexo Portuário do Açu, uma das principais ba-ses logísticas do país.

De acordo com dados do Ca-ged, Macaé encerrou setembro com um déficit de 6.733 postos de trabalho. Nos primeiros nove meses do ano, a cidade registrou 39.647 demissões, enquanto 32.914 pessoas foram admitidas no mesmo período.

Em 2015, julho foi o mês que registrou o maior déficit, com o fechamento de 2.596 postos de trabalho.

Já em março o município registrou a variação positiva de 1.207 postos de trabalho formalizados.

Ramirez Candido, secretário de Fazenda, coordenou elaboração de minuta do projeto de incentivos fiscais para a indústria

NOTA

PONTODE VISTAEncerrado ontem o mês de outubro e, faltando agora apenas dois meses para encerrar o ano, parece que a situação brasileira está longe de en-contrar o caminho da previsibilidade, da austeridade, do fortalecimento da economia, e, ainda, de resultados que possam indicar um caminho, principalmente para a classe trabalhadora, a que mais sofre com a atual situação que fugiu completamente ao controle das autoridades.

Um cidadão que prima pela honradez, tem uma situação financeira das melhores - para não dizer invejável -, respeitado pelo seu caráter e ho-nestidade, durante uma conversa com amigos num estabelecimento comercial disse que há tempos vem pensando em ocupar um lugar na política, pois acredita que, se os bons tomarem os lugares dos ruins, ainda há esperança de melhorar a situação, começando pela pequena comuni-dade de municípios menores. Até aí, tudo bem. Mas será que tem gente que acredita na história da carochinha? Lógico que sim.

Já que Dr. Aluizio agora está firme no PMDB, com apoio de Cabral e Pezão, o que muitos perguntam é: quando ele vai indicar os nomes para ocupar os cargos de chefia para os órgãos estaduais no município e na região? Por exemplo, trazer de volta a Coordenadoria da Secretaria de Educação que foi para Campos. Ninguém teve força para isso. Os professores agradeceriam.

A Petrobras continua fazendo baixas no seu orçamento e a nossa região não está livre das ações administrativas. Vários contratos com terceirizadas continuam sendo encerrados para diminuir custos. Depois, muitos retornam, mas com o salário quase pela metade. Ou seja, se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Pelo menos até o final de 2016, os fantasmas vão continuar aparecendo.

Até domingo.

Com o período ordinário chegando ao fim, a Câmara Municipal - que entra em recesso no dia 15 de dezembro - deverá retornar com clima quente ano que vem. O ano político não vai deixar a panela esfriar e são muitas as articulações para que os candidatos de oposição - são cinco até agora - se unam e lancem apenas um nome para concorrer com Dr. Aluízio. Outro desafio interessante.

Ninguém se entende

E por aqui?

A última semana do mês de outubro foi encerrada com atos e fatos que levam - aqueles que assistem e acompanham o desenrolar da crise - à indignação com cenas jamais vistas. Além dos desen-tendimentos entre a classe política, ca-da vez mais atingida pelos escândalos, como se não bastasse, um tremendo bate-boca entre o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, quando em depoimento na Comissão de Mudan-ças Climáticas do Senado, e Ronaldo Caiado, que trocaram farpas beirando o ridículo. De “safado”, “bandido”, “de-sequilibrado” e “mau caráter”, entre ou-tras acusações, só faltou saírem no tapa. Quem viu as cenas na televisão, repercu-tindo depois na internet, não acredita que tenha o fato ocorrido em Brasília - como temos dito aqui, a ilha da fanta-sia. Parece que não só os parlamentares, mas também diretores de órgãos públi-cos, representantes de outros poderes, e até os ocupantes de cargos comissiona-dos, talvez imaginem que, ao chegar em Brasília, o resto do país não existe para eles. Não é o fim do mundo? Bem, mas não é assim apenas em Brasília. Nos 27 estados e nos mais de 5.560 municípios brasileiros acontece a mesma coisa. A

moralidade está longe de voltar a reinar a não ser que haja mudanças radicais e possam os eleitores confiar nos seus “representantes”. Mas, fechando o mês de outubro (amanhã, segunda, é dia de Finados e um longo feriadão foi pro-porcionado aos funcionários públicos também), foi registrado que, em 12 me-ses, mais de 2 milhões de trabalhadores ficaram desempregados no Brasil. Que o Banco Central finge que não vê e man-tém a taxa Selic nas alturas. Que o rombo com as pedaladas, estimativas de repas-ses atrasados previstas antes em R$ 50 bilhões, poderá alcançar, na verdade, R$ 118 bilhões. Que o ministro Joaquim Le-vy, levando cacetadas de todos os lados, quer a volta da CPMF e que “o problema não foi tratado com a energia que pre-cisa”. Bem, não dá para mencionar aqui os episódios da Operação Lava-Jato, da Operação Zelotes envolvendo os filhos de Lula, e a condenação a 20 anos do ex-deputado Pedro Correa (PP) que, conde-nado no mensalão, continuava a receber propinas no escândalo do petrolão. Ufa, será que novembro vai dar uma trégua, ou teremos no Congresso episódios inusitados? Como ninguém tem bola de cristal, vamos esperar para ver.

Quando, se algum dia, este cidadão perfilar na lista de candidatos a qual-quer cargo vai deparar-se com um mundo completamente diferente. Não vai conseguir, talvez, mudar o rumo do que vem acontecendo, mas, sim, entrar na roda viva do nefasto lugar comum em que, ou se adapta, ou pula fora. Bem, fica então sujeito às negociatas difíceis de serem com-batidas. É um deserto de areia move-diça “engolindo” quem se aventura a desafiar este obstáculo, evidente, caminhando para um precipício. Não estamos autorizados a revelar, por enquanto, o nome do cidadão. Mas caso ele entre na vida pública, aí será fácil analisar suas intenções e gestos. E por aqui? Não tem sido fácil a vida do prefeito Dr. Aluízio Junior, que saiu do PV e foi para o ninho do PMDB, que já emite sinais de que o vice-presidente Michel Temer, em breve, ocupará a presidência da República. Ele agora bate de frente com o conhecido “escândalo das in-

corporações”, denunciadas pelo seu vice na Câmara Municipal, quan-do era vereador do PT. Ao mesmo tempo, toma uma medida acertada e digna de aplausos quando decide (já decidiu mesmo?) não buscar nas instituições financeiras os prováveis R$ 300 milhões como antecipação de receita, endividando o município. Mas se a previsão orçamentária para 2016 vai passar de R$ 2,2 bilhões, por que o endividamento? Todos sabem que ele enfrenta problemas crônicos da gestão anterior, e em quatro anos, realmente, será difícil colocar a casa em ordem. Pior que algumas medi-das adotadas mexem sempre em cada vespeiro... Vejam o caso, por exem-plo, do ponto biométrico. Está todo mundo em polvorosa. Todo mundo, não. Os que não gostam de trabalhar e têm cargos comissionados. Enfim, ele também já tem “enrolos” sendo questionados pelo Ministério Públi-co. Tomara que ele tenha muita sorte e consiga sair das arapucas plantadas.

PONTADAS

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 1 e segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Em uma espécie de 'terra sem lei', Macaé vive sé-rios problemas em relação à ocupação irregular de espaços de uso coletivo. Hoje não é difícil encontrar praças ocupadas por lixo, lanchonetes móveis, carros estacionados, e até mesmo moradias improvisadas, diante do crescimento do número de moradores em situação de rua.

O pacote de incentivos ficais apresentado oficial-mente pelo governo nesta semana busca na força das grandes empresas do petróleo o início de uma reação, com efeito em cascata, do mercado do petróleo em Macaé, reaquecendo atividades desenvolvidas por to-da a cadeia o­shore, promovendo novas perspectivas de negócios e investimentos a partir do próximo ano.

Espaços

Novo ritmo

O uso dos espaços públicos na cidade tornou-se motivo de disputa ferrenha para quem circula diariamente por vários pontos da Capital Nacional do Petróleo. Tornar a utilização de cada metro quadrado uma forma demo-crática ainda é um desafio que o município possui, mes-mo com a vigência de uma sé-rie de regras e diretrizes que tentam, pelo menos no papel, garantir direitos iguais a to-dos os cidadãos macaenses

Desde a restruturação do Macaé Rotativo, que passou a administrar as mais de mil vagas de estacionamento situadas na região central da cidade, ruas situadas em bairros próximos ao Calça-dão da Avenida Rui Barbo-sa passaram a ser ocupadas por veículos que fogem da cobrança pelo uso dos es-paços públicos.

No entanto, a procura por vagas de estacionamento fo-ra do 'Rotativo' gerou um pro-cedimento questionável: a de-marcação de espaços nas ruas, tanto por moradores, donos

de estabelecimentos comer-ciais, e até mesmo os flaneli-nhas, que voltaram a ocupar vários pontos da cidade.

Hoje, o governo muni-cipal junto à Câmara de Vereadores se une no de-senvolvimento de um pro-jeto voltado a promover um transporte mais sustentável e com menor agressão à ro-tina da conturbada Capital Nacional do Petróleo.

A implantação de quilôme-tros de faixas exclusivas para a circulação de bicicletas, in-terligando os setores Norte e Sul ao Centro da cidade, exige um estudo e uma enge-nharia complexa, que requer também o registro da opinião da população.

A relação democrática entre as pessoas, e mesmo veículos, que participam do cotidiano do município, ainda é um exercício a ser alcançado pelo poder públi-co e a sociedade. Enquanto isso não acontecer, o caos permanecerá instalado em meio ao trânsito nas princi-pais ruas da cidade.

O pacote de incentivos ficais apresentado oficialmente pelo governo nesta semana busca na força das grandes empre-sas do petróleo o início de uma reação, com efeito em cascata, do mercado do petróleo em Macaé, reaquecendo ativida-des desenvolvidas por toda a cadeia offshore, promovendo novas perspectivas de negócios e investimentos a partir do pró-ximo ano.

Com base na revisão tributá-ria, as 50 empresas âncoras do segmento de óleo e gás poderão reduzir custos e manter opera-ções importantes para o atual sistema de produção do petró-leo no país, que segue em escala de crescimento, mesmo diante da queda da cotação do barril no mercado internacional, e as adversidades administrativas enfrentadas pela Petrobras.

Através da visão da indús-tria, percebemos que o mer-cado o­shore ainda será capaz de promover prosperidade e progresso para a cidade berço do processo de transformação econômica e social vivido pelo país ao longo dos últimos 30 anos, e que concentra potencial de escrever um novo capítulo na história das operações do petróleo nacional.

A proposta apresentada pelo governo visa contribuir tam-bém com o processo de restru-turação da empresa responsá-vel por todos os superlativos registrados por Macaé ao longo de 40 anos, cuja representativi-dade na história da Capital Na-

cional do Petróleo é respeitada.A Petrobras segue como a lí-

der do nosso principal ativo. E a recuperação do seu potencial de investimento é fator funda-mental para que Macaé possa voltar a apresentar todos os índices econômicos favoráveis, desde o quantitativo de receitas arrecadadas, quanto no núme-ro de empregos formais gera-dos a cada mês.

Mas, seguindo o debate pro-movido pela própria indústria, entendemos que o melhor caminho a ser trilhado pelo mercado do petróleo no país é o fortalecimento da sua com-petitividade, utilizando o seu diferencial entre todas as na-ções petrolíferas, para receber investimentos prospectados pelas grandes empresas do se-tor, um volume de mais de US$ 700 bilhões.

Considerado como a maior descoberta dos últimos tempos, o pré-sal não pode ser apresenta-do apenas como reservas abun-dantes, porém ainda intocadas.

Compartilhando com a in-dústria a aposta no mercado do petróleo brasileiro, nós se-guimos firme no objetivo de contribuir com o setor capaz de promover a restruturação eco-nômica nacional, promovendo incentivos fiscais e dividindo o debate sobre a necessidade de flexibilização das regras do pe-tróleo no país.

Secretário municipal de De-senvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Associações pedem mais compreensão aos moradores. Obras de saneamento têm modificado a rotina em vários bairros da área sul da cidade.

O espaço de convivência da Praia dos Cavaleiros tornou-se o principal point familiar de Macaé. Desde o ano passado, o local atrai crianças e adultos de várias partes do município, que acompanham atividades recreativas, além de aproveitar o belo cenário do litoral sul da cidade. Devido ao sucesso do espaço, a Praia da Imbetiba passou a contar com o projeto.

BençãoAssim como ocorre nas sessões em plená-rio, vereadores da oposição defendem a in-versão da ordem de tramitação de matérias apresentadas pelo governo ao Legislativo. Parlamentares têm defendido que o governo discuta com a Câmara as propostas antes de serem transformadas em projetos, principal-mente no que se refere a temas polêmicos e com ganhos políticos. De acordo com o regimento, a Casa só analisa os projetos através do trabalho das Comissões.

UrgênciaO projeto que institui os incentivos fiscais para as grandes empresas do petróleo deve ganhar tramitação especial nesta semana. A expectativa é que nesta terça-feira (3) a Câmara de Vereadores vote o pedido de urgência, enviado pelo governo, visando agilizar o andamento da proposta entre as Comissões Permanentes da Casa. Com isso, a matéria pode entrar em vota-ção já na próxima semana. Mas até lá muito debate ainda deve acontecer.

NovidadeCom a isenção do IPTU para bases de ope-rações próprias da indústria e a redução da alíquota do ICMS, Macaé cria incentivos fiscais capazes de atrair novas empresas do setor de óleo e gás, que apostam no potencial do Brasil de superar a crise do petróleo, através da exploração do pré-sal. Com isso, a cidade estimularia setores como o mercado imobiliário e a construção civil, retomando as atividades da cadeia offshore local, que é referência nacional.

PúblicoApesar do grande alcance social da proposta, as sessões da Câmara Itinerante têm registra-do baixo número de participação de morado-res dos bairros contemplados pelas Audiências Públicas. Há quem diga que o esvaziamento só não é maior devido à participação de asses-sores e de militantes que pertencem ao grupo político dos vereadores. Mas verdade seja dita: em encontros já realizados, a contribuição da população foi pontual e importante para pres-sionar o governo a garantir melhorias.

SocialÉ evidente a necessidade de realização de políticas públicas voltadas ao resgate da cidadania e da dignidade dos morado-res em situação de rua. Espaços públicos da cidade estão sendo transformados em 'albergues' para homens e mulheres que vivem do pedido de esmolas, venda de produtos em sinais ou de lavagem de veí-culos. O envolvimento com álcool e drogas também é um fator preocupante, que fere a questão da segurança pública.

LogísticaO transporte aéreo segue como um dos prin-cipais modais para a logística do petróleo no país. A demanda por voos comerciais tem crescido, o que fez a Secretaria de Aviação Civil (SAC) autorizar a criação de um aero-porto civil no Guarujá, em São Paulo, que terá interligação com o Rio de Janeiro, dentro da proposta de promover voos regulares para a Capital Nacional do Petróleo. Mas para Macaé ainda faltam as obras de reforma da pista, que podem acontecer em 2016.

CréditoAtravés da Casa do Empreendedor, a pre-feitura celebrou neste ano a concessão de R$ 1 milhão de créditos a pequenos empre-sários da cidade. Através do programa de microcrédito, microempreendedores têm consolidado projetos e expandido negó-cios, gerando emprego e renda. A proposta pode contemplar também motoristas que venceram concorrência pública e garan-tiram novas autonomias para explorar o serviço de transporte de táxis.

EleiçãoServidores municipais concorrem às vagas para a formação da nova Comissão Interna de Prevenção de Acidente (CIPA) da prefeitura. Os voluntários participarão de uma eleição que acontece no próximo dia 11 de novembro. O processo está sendo organizado pela secreta-ria adjunta de Recursos Humanos. A Comissão tem o objetivo de sugerir medidas de prevenção de acidentes, além de zelar pela segurança do trabalho de todos os 15 mil profissionais que atuam na gestão pública da cidade.

BiometriaApós o feriadão de Finados, servidores da prefeitura participam de mais uma rodada de cadastro da biometria, inte-grando o sistema digital que passará a acompanhar as atividades funcionais da prefeitura. O registro está sendo condu-zido pela secretaria municipal de Gestão Pública, que promove a informatização do cadastro e do ponto dos servidores. As equipes da secretaria de Saúde já passaram a utilizar o ponto biométrico.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 1 e segunda-feira, 2 de novembro de 2015 5

PolíciaCOLUNA SEMANAL

Maioridade Penal ainda divide opiniões

O tráfico de drogas objetivando burlar a legislação vigente em nosso país, a cada dia recruta para o mun-do do crime crianças e adolescentes; tendo a certeza que é uma mão de obra farta, barata e com pouco risco de punição severa, pois não pratica crime, e sim ato infracional, com punições brandas na maioria dos casos. O homem explora o solo da lua, descobre água em Marte, desvia bilhões em corrupção, mas não con-segue arrefecer o problema do menor infrator, de quem é a culpa?

O QUE É REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL?

A maioridade Penal define a idade mínima da qual o sistema Judiciário considera que um indivíduo pode ser responsabilizado por seus atos, en-tretanto não existe uma idade limite em regra, geralmente depende do quadro cultural de cada país, nos Es-tados Unidos, não existe lei específica sobre idade mínima para responsa-bilização penal, em países como Ja-pão, Irlanda e Suécia, adolescentes que cometem crimes são julgados e condenados como adultos. No Bra-sil a maioridade penal ocorre aos 18 anos, segundo o art. 228 da Constitui-ção Federal de 1988, reforçado pelo art. 27 do Código Penal e pelo art. 104 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), neste contexto o adolescente que às vésperas de completar 18 anos praticar um delito, não comete crime, e sim ato infracional, independente da gravidade do fato sua pena máxi-ma será de 03(três) anos de interna-ção; fatores como, constantes casos, amplamente divulgados pela mídia, aquecem a discussão sobre redução da maioridade Penal no Brasil de 18 para 16 anos.

COMO A POPULAÇÃO BRASILEIRA ABORDA O ASSUNTO?

A opinião da população está divi-dida e o tema é conflituoso, pois está cercado de mistificações e opiniões divergentes. O assunto ainda deve ser debatido exaustivamente, antes de qualquer juízo; metade da população é a favor e outra metade é contra. In-felizmente enquanto o assunto não é resolvido, observamos a cada dia que passa um número maior de menores se envolvendo em atos infracionais. Ao meu ponto de vista não cabem mais divergências, algo deve ser fei-to de imediato, não podemos mais protelar o assunto e observar uma geração de jovens ser perdida para os traficantes, por inércia do Estado.

O QUE PENSA O GRUPO QUE É CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE?

Este grupo defende que a redução da idade não surtirá efeitos, pois as desigualdades sociais são as princi-pais causas da violência no país, será somente uma forma de encarcerar jovens negros e pardos das perife-rias, ou seja, os que são vítimas das desigualdades sociais; bem como ra-tificam que o sistema penitenciário brasileiro é um ambiente desumano e incapaz de recuperar alguém, um jovem naquele convívio entraria em uma realidade nefasta, sem a mínima chance de reabilitação; por fim ale-gam que seria a forma do Estado as-

O Tenente-coronel Ramiro Campos explica sobre a questão e o papel da família dentro deste âmbito

sumir sua incompetência, pois o Es-tatuto da Criança e do Adolescentes (ECA), é permeado de medidas para que a criança e o adolescente tenham desenvolvimento familiar saudável e favorável a seu crescimento, através de políticas públicas eficientes.

O QUE PENSA O GRUPO QUE É A FAVOR DA REDUÇÃO DA MAIORIDADE?

Este grupo alega que se um menor de 18 anos pode trabalhar, casar e vo-tar, por que não ser responsabiliza-do por crimes cometidos em cadeia pública, como os outros? Bem como dizem alguns especialistas, que hoje um jovem de 18 anos, não é o mes-mo de décadas passadas, o acesso à informação e tecnologia favorece o desenvolvimento precoce do cérebro e como consequência um maior dis-cernimento de suas atitudes; finali-zam alegando que a impunidade é um fator determinante, pois ao saber que não receberá as mesmas penas que um adulto, a criança e o adolescente não se inibem em cometer delitos.

QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O ASSUNTO?

Minha opinião é contrária a redu-ção, pois desta forma passará para 16, 14, 12 anos, por fim, o recém-nascido ainda na maternidade. Não podemos desviar do foco que é responsabilizar a família, esta sim, tem que ter atitu-des e exercer sua autoridade. Fui cria-do em um lar que existia o respeito com meus pais, familiares e amigos; apenas com o olhar de uma pessoa mais velha eu já sabia se o que esta-va fazendo era certo ou errado, tive limites. Hoje em dia observo que os tempos mudaram, o menor não mais tem limites, acha que é o dono da ver-dade e por sua vez a família para se ver livre do problema, acaba ceden-do e não tendo mais controle com seus filhos. Tenho visto um grande número de crianças e adolescentes, perambulando pelas madrugadas em bares e festas ingerindo bebida alcoólica, fumando e utilizando dro-gas, a família não procura saber do paradeiro de seus filhos, e com quem eles andam. Vejo menores nas ruas em situação de risco, apenas com a roupa do corpo perambulando pe-las ruas, ou dormindo embaixo das marquises, ninguém faz nada, parece que já faz parte do paisagismo de lixo que encontramos pelo país. Não nos sensibilizamos mais em saber que ali está um ser humano, que pertencerá ao futuro de nosso Brasil.

QUANDO A FAMÍLIA FALHA?

Sabemos que existem muitas fa-mílias totalmente desestruturadas, onde os pais estão envolvidos no cri-me, vícios ou prostituição; neste caso o Estado em todas suas esferas, Mu-nicipal, Estadual ou Federal deve agir com seu poder de império, através das políticas públicas. Não podemos esquecer que não existe dinheiro pú-blico, e sim dinheiro do contribuinte, os gestores eleitos com o voto popu-lar devem ter bom senso e saberem empregar nosso dinheiro da forma proativa mais correta possível, obje-tivando acabar este problema. Quan-do me refiro ao Estado é no sentido amplo, ou seja, uma força tarefa de todos poderes: Executivo, Legislati-vo, Judiciário e para alguns o quarto poder, Ministério Público. "Nunca devemos esquecer que adolescente bom, é aquele que está inserido na dotação orçamentária, para prática de políticas públicas eficientes".

Vagas de estacionamento rápido estão sendo sinalizadas em Macaé

NOTA

Linhas de ônibus seguem com itinerários alterados

MOBILIDADE

Previsão de normalização é para esta quinta-feira (05)

As obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário do Subsistema Cen-tro, realizados pela Odebrecht Ambiental, têm gerado diver-sas mudanças e interdições em diferentes vias da cidade. Assim, os trajetos feitos por diversas linhas do transporte público também precisaram ser alterados.

Os usuários que utilizam o ônibus A21 (Terminal Central x Vila Moreira - via Fábio Franco) e A31 (Terminal Central x Vila Moreira - via Campo d’Oeste) devem ficar atentos às altera-ções que acontecem desde 26 de outubro, e seguem até a pró-xima quinta-feira (05).

A mudança no trajeto das li-nhas se deu por conta das inter-dições realizadas em um trecho da Rua Manoel Francisco Nu-nes, no bairro Novo Cavaleiros.

Com as alterações, quando os passageiros seguirem do Terminal Central para a Vila Moreira, os ônibus da linha A21 não passarão pela Rua Manoel Francisco Nunes, se-guindo direto pela Via do Sol até a Alameda Tenente Célio. Lá, retomará seu itinerário normal pelo trecho liberado da Manoel Francisco Nunes. Na volta, da Vila Moreira para o

Terminal Central, os coletivos desta linha também passarão pela Via do Sol. No caso da li-nha A31, a alteração acontece somente no trajeto de volta, quando também passará pela Via do Sol em direção ao Ter-minal Central.

Enquanto as obras estiverem acontecendo serão realizadas alterações nos locais de em-barque e desembarque, que será realizado na Via do Sol ou na Alameda Tenente Cé-lio. Vale ressaltar que a linha A21 tem frequência de 45 em

45 minutos e a linha A31 tem frequência de 30 em 30 minu-tos. Atrasos eventuais poderão ocorrer por conta do itinerário temporário.

OBRASA Rua Manoel Francisco Nu-

nes, nos cruzamentos com as ruas Nazareno, Diamantino Pacheco, São José e Alameda Tenente Célio será fechada ao tráfego de veículos. No entan-to, nesta via estão localizados um colégio, uma creche e a Unidade Básica de Saúde do

bairro. Sendo assim, ficou de-finido que uma nova rota alter-nativa será liberada.

Esta rota inclui uma parte do terreno em que está localizado o canteiro da Odebrecht Am-biental, empresa responsável pela execução das obras, com entrada na Via do Sol. Somen-te as ambulâncias terão acesso liberado pela Manoel Francis-co Nunes no período em que os trabalhos estiverem sendo realizados no local. Além dis-so, esta rota alternativa não é válida para os ônibus.

WANDERLEY GIL

Linhas de ônibus A21 e A31 estão com seus itinerários alterados até quinta-feira (05)

SOCIAL

Moradores de rua voltam a ocupar a Praça Veríssimo de MelloPopulação sente medo ao ter que transitar pelo local que tem servido de moradia e dormitório para pessoas em situação de ruaLudmila [email protected]

Em maio deste ano, a Guarda Municipal (GM), com apoio do Grupo de

Apoio Operacional (GAOP) realizou algumas operações na cidade a fim de retomar espaços públicos, antes toma-dos por pessoas em situação de rua ou com problemas de desordem.

As ações ganharam o nome de “Choque de Ordem” e o pri-meiro local a receber os agentes da guarda foi a Praça Veríssimo de Mello, que vinha há anos sofrendo com a presença de pessoas consumindo drogas, aglomeração de moradores em situação de rua, que causavam

desordem e baderna, além da retirada de muito entulho e li-xo deixados por essas pessoas. Após a ação, os guardas muni-cipais ficaram na Praça a fim de coibir que os problemas voltas-sem a acontecer.

Contudo, apesar da presen-ça de uma viatura da Guarda Municipal diariamente no lo-cal, a desordem e aglomeração de pessoas em situação de rua voltaram a ser uma queixa dos macaenses.

“Acredito que assim como eu, nós moradores de Macaé, dese-jamos que a Prefeitura consiga resolver essa situação. A Praça é linda, tem um parquinho onde crianças poderiam aproveitar, é uma área democrática, onde pode e deve ser bem explorada.

Mas, nos traz medo passar por ela, a sensação é de inseguran-ça, apesar da Guarda Municipal manter seus homens no local, o que é excelente, e já nos traz um pouco mais de segurança, mas ainda não é suficiente. Preci-samos de mais ações como as que foram feitas no início do ano, sempre que perceberem que a situação está saindo do controle, como está agora, mais operações de limpeza do local. Queremos a Praça limpa, segura e ordenada”, disse Seu Joaquim Silva.

O secretário de Ordem Pú-blica, André Luiz Monteiro, explicou que a Guarda Muni-cipal age quando há problemas na segurança. Ou seja, caso um agente veja casos de assaltos,

pessoas consumindo drogas eles podem prender os sus-peitos. Contudo, o problema de aglomeração de moradores de rua é assistido pela secreta-ria de Desenvolvimento Social.

Em contato com a Prefei-tura, nos foi informado que uma comissão formada pelas secretarias de Desenvolvimen-to Social e Direitos Humanos, Saúde e Ordem Pública de Ma-caé está finalizando relatório técnico que tem por objetivo cruzar informações dos dife-rentes setores de atendimento. A ideia, a partir deste trabalho, é possibilitar ações mais efica-zes no retorno do indivíduo à sua moradia e ambiente fami-liar, já que em muitos casos, há resistência em sair da rua.

WANDERLEY GIL

Pessoas em situação de rua dormem juntos na Praça Veríssimo de Mello

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 1 e segunda-feira, 2 de novembro de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Leandro Gama Alvitos Especialista em Direito Público

Leandro Gama Alvitos

NOTA

Black Friday pode movimentar mais de R$ 900 milhões em 2015. Segundo organizadores, número representa alta de 12,1% em comparação com 2014

Representações Eleitorais e Registro de Candidatura

O Tribunal Superior Eleitoral - TSE realizou, na última quin-ta-feira, a primeira audiência pública para discutir os termos das Resoluções que irão nortear as próximas eleições municipais.

Objetivando debater as re-centes novidades implemen-tadas na legislação eleitoral, três temas foram destaque: As representações, reclamações e pedidos de resposta; As pes-

quisas eleitorais; A escolha e registro dos candidatos.

Além dos Ministros Gilmar Mendes, Henrique Neves, Lu-ciana Lóssio, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto também participaram da audiên-cia, representantes de partidos políticos, de associações e entida-des de classe, da sociedade civil, de Tribunais Regionais Eleitorais e outros cidadãos interessados.

COMO PARTICIPARAMOs participantes puderam se

inscrever para, no tempo má-ximo de cinco minutos por vez, apresentar sugestões, esclarecer dúvidas ou se manifestar sobre algum aspecto das minutas de resolução. No entanto, este pra-zo ainda não se exauriu, já que ainda poderão ser protocoliza-das na Secretaria do TSE suges-tões escritas em até 72 horas após a realização desta primeira audiência pública.

Segundo o relator das instru-ções, Ministro Gilmar Mendes, o debate realizado pelo TSE em audiência pública busca reunir

subsídios para fazer adequada interpretação e adaptações à legislação vigente, inclusive em virtude das alterações promo-vidas pela Lei nº 13.165/2015, a chamada reforma eleitoral. “Nós aguardamos que haja uma significativa contribuição das pessoas. O intuito aqui é real-mente observar o princípio da não surpresa e minimizar tanto quanto possível a insegurança jurídica. Pode ocorrer de nós cometermos erro na interpre-tação da legislação, então é preciso que sejamos advertidos disso”, explicou.

AS MINUTASA minuta de reclamações,

representações e pedidos de resposta, prevista na Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições), regulamentará os procedimen-tos relacionados às referidas ações no que diz respeito à le-gitimidade para apresentação na Justiça Eleitoral, aos prazos legais, ao modo de tramitação, ao julgamento da demanda e aos recursos judiciais cabíveis em cada caso com a indicação das instâncias pertinentes.

É através dessas ações judi-ciais que os candidatos, partidos políticos, coligações e o Minis-tério Público Eleitoral poderão questionar eventuais irregulari-dades relacionadas às eleições, como as pesquisa de intenção de votos, a propaganda eleitoral, os gastos em campanha política de candidatos e o cumprimento dos prazos de julgamento por parte dos juízes eleitorais.

A outra minuta apresentada pelo relator, e posta em debate na audiência desta quinta, foi a que trata das pesquisas eleito-rais. O documento contém as orientações relativas ao regis-

tro e à divulgação de pesquisas de opinião pública, quanto aos candidatos ou pretensos candi-datos aos cargos eletivos em dis-puta no pleito do próximo ano.

A norma estabelece ainda os requisitos mínimos para o regis-tro e a divulgação das pesquisas eleitorais, bem como prazos estabelecidos, legitimidade pa-ra promover a impugnação, o procedimento da impugnação e as penalidades no caso de ino-bservância da lei.

Por fim, também foi debati-da a minuta sobre a escolha e o registro dos candidatos. O texto aborda os procedimentos que devem ser observados pelos partidos políticos e coligações quanto à escolha e apresenta-ção do registro junto à Justiça Eleitoral, estabelecendo, com base na Lei das Eleições, per-centuais máximos de candida-turas por partido político/co-ligação, documentação exigida para o registro, prazos, trami-tação, legitimados a impugnar a candidatura, julgamento do pedido de registro e os recursos judiciais cabíveis.

DESENVOLVIMENTO

Semana Global de Empreendedorismo já tem programação completaEntre workshops e palestras motivacionais, iniciativa chega à terceira edição no município, com foco em micro e pequenos empresáriosGuilherme Magalhã[email protected]

Chegando à sua terceira edição no município, este ano, a Semana Global de

Empreendedorismo acontecerá entre os dias 9 e 12 de novem-bro com diversas palestras e workshops que interligarão os micro e pequenos empresários ao mundo dos negócios. De acordo com a programação do evento, as ações acontecerão em locais va-riados - desde a Casa do Empre-endedor, no Centro da cidade, até a Região Serrana.

Segundo o Secretário de De-senvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, Vandré Guimarães, além de adquirir co-nhecimentos técnicos sobre ges-tão e desenvolver seus empreen-dimentos, todos os interessados em se inscrever para as capaci-tações (totalmente gratuitas) da programação terão a oportunida-de de compartilhar experiências de negócio.

“O objetivo principal do even-to é fazer com que os micros e

pequenos empreendedores da cidade possam evoluir como le-gítimos homens de mercado. Pa-ra tanto, oferecemos workshops, palestras e oficinas referentes aos temas mais diversos que envol-vem o setor: desde os mais bási-cos como licenciamento ambien-tal, até assuntos mais específicos, como gestão de salões de beleza”, diz Vandré.

Os empreendedores que par-ticiparem da programação ainda terão disponíveis todo o aparato para obter, ou aumentar o poder de compra, desburocratizar pro-cedimentos e capacitar funcioná-rios. Atualmente, tais facilidades são disponibilizadas por meio de programas como o Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), que formaliza empreendedores individuais no município e dá acesso ao crédito.

A abertura da Semana Global de Empreendedorismo será no Teatro Municipal de Macaé, na segunda feira (9), às 18h30, com a apresentação da Orquestra Popu-lar de Macaé, seguida pela pales-tra "Superar Limites para atingir

WANDERLEY GIL

Ações serão voltadas para homens e mulheres de negócio do município

resultados", de Jussier Ramalho.Para participar das pales-

tras, workshops e oficinas é necessário fazer reserva de vaga por meio do site da pre-feitura (macae.rj.gov.br). As inscrições já estão abertas.

PROGRAMAÇÃO9 de novembro

● GESTÃO DE SALÃO DE BELEZA

(SEBRAE)

Local: Macaé Facilita Córrego do Ouro

Horário: 9h às 18h ● WORKSHOP DE LICENCIAMENTO

AMBIENTAL (SEMA)

Local: Auditório do Paço Muni-cipal

Horário: 10h ● ABERTURA DO EVENTO

Local: Teatro Municipal de MacaéHorário: 18h30

10 de novembro ● GESTÃO DE SALÃO DE BELEZA

(SEBRAE)

Local: Macaé Facilita Córrego do Ouro

Horário: 9h às 13h ● WORKSHOP DE MARKETING

PESSOAL (SEBRAE)

Local: Associação Comercial e Industrial de Macaé

Horário: 14h ● BOAS PRÁTICAS EM ALIMENTOS

(AMVISA)

Local: Casa do EmpreendedorHorário: 15h

● PALESTRA: Criando Trabalho que Você Ama e Contribuindo Para um Mundo MelhorLocal: Auditório Cláudio Ulpiano

- Cidade UniversitáriaHorário: 19h

11 de novembro ● PALESTRA: Crescimento através do Planejamento Tributário: do microempreendedor ao microempresário (AMACON) Local: Auditório do Paço Muni-

cipalHorário: 10h

● WORKSHOP: Entendendo Custos, Despesas e Preços de Vendas de Finanças (SEBRAE)Local: Associação Comercial e

Industrial de Macaé Horário: 14h

● BOAS PRÁTICAS EM SALÃO DE

BELEZA (AMVISA)

Local: Casa do EmpreendedorHorário: 15h

● WORKSHOP: Desmistificando a NFC-E - Nota Fiscal Eletrônica de Venda ao ConsumidorLocal: Casa do Empreendedor Horário: 19h

12 de novembro ● WORKSHOP REGIN - Alvará Online (SEMFAZ)Local: Auditório do Paço Muni-

cipalHorário: 10h

● PALESTRA: Empreendedorismo na Venda DiretaLocal: Casa do Empreendedor Horário: 15h

● CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO

Local: Casa do Empreendedor Horário: 17h

CALENDÁRIONo próximo dia 5 de novem-

bro haverá uma nova audiência pública para tratar tanto dos mo-delos de lacres para as urnas ele-trônicas, etiquetas de segurança e envelopes com lacres de segu-rança, como da propaganda elei-toral, sua utilização e geração do horário gratuito e das condutas ilícitas na campanha eleitoral.

Uma semana depois, no dia 12, os temas abordados serão os atos preparatórios para as elei-ções de 2016, a cerimônia de as-sinatura digital e fiscalização do sistema eletrônico de votação, do registro digital do voto, da auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas por meio de votação paralela e dos procedi-mentos de segurança dos dados dos sistemas eleitorais e, ainda, da instalação de seções eleitorais

especiais em estabelecimentos penais e em unidades de inter-nação de adolescentes.

Por fim, fechando as audiên-cias públicas para edição parti-cipativa das Resoluções Eleito-rais, será realizada no dia 18 de novembro a última audiência pública para tratar exclusiva-mente do tema mais polêmico desta próxima eleição, que se-rá a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos, candidatos e comitês financei-ros, bem como a prestação de contas nas Eleições 2016.

Em nosso entendimento, caberá a todos o acompanha-mento e a participação nestas discussões, a fim de aprimorar o sistema eleitoral brasileiro e fortalecer cada vez mais a nossa democracia.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 1 e segunda-feira, 2 de novembro de 2015 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 1 e segunda-feira, 2 de novembro de 2015

BAIRROS EM DEBATE Jardim Franco

Infraestrutura precária é alvo de reclamações Moradores do loteamento Jardim Franco pedem uma atenção maior do poder público Marianna [email protected]

O Bairros em Debate tem como objetivo mostrar toda semana a situação

de um determinado lugar na cidade, levantando os proble-mas de infraestrutura e tam-bém apontando as melhorias que vêm sendo feitas.

Pela segunda vez nesse ano, a nossa equipe de reportagem volta ao Jardim Franco para conversar com os moradores. Segundo eles, poucas melho-rias foram feitas desde a nossa última visita.

Esse bairro fica situado às margens da Avenida Industrial e do Canal Macaé-Campos. O loteamento, que tem menos de 10 anos de existência, é atual-mente lar para cerca de 2.200

pessoas, que cobram das auto-ridades melhorias.

Apesar do valor pago em impostos todos os anos, os moradores dizem se sentir abandonados quando se trata de investimentos no bairro. O Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, mais conhecido como IPTU, tem como objetivo gerar uma arrecadação de verbas para o município, sendo revertido em melhorias no local, mas aqui esse retorno parece não existir.

“Pagamos impostos para quê? Eles recebem e não fa-zem nada por nós. A gente pa-ga e eles fazem as melhorias nos outros bairros”, reclama Dilson Jordão, presidente da associação de moradores do bairro.

KANÁ MANHÃES

Falta de infraestrutura é questionada pelos moradores que pagam seus impostos em dia

Serviço de limpeza é alvo de reclamaçõesUm dos problemas que vem sendo relatado em vários bairros da cidade, seja de classe média ou comunidades, a falta de limpeza pública é uma das maiores reclamações. A região é repleta de terrenos baldios e o mato cresce rapidamente.

Em alguns, o mato toma con-ta dos terrenos e do meio-fio. “A limpeza aqui só é feita no início do bairro, inclusive onde eu moro. Com isso, os morado-res da parte lá de trás chegam até a falar que eu estou sendo privilegiado, o que não é verda-de. Da última vez que vieram, eles só fizeram o serviço até a Rua 12, ou seja, da 13 até a 44 o mato está tomando conta. Eu estive em agosto na prefeitu-ra, onde protocolei o pedido, solicitando a limpeza das ruas e das galerias pluviais e de es-goto”, explica Dilson.

Mas não é só capina que o bairro precisa. O descarte ir-regular também agrava ainda mais a situação. Com esse pe-ríodo de chuvas e calor, isso se torna um ambiente perfeito para o mosquito Aedes aegypti.

Além dos mutirões de limpe-za, a triste situação do bairro mostra a grande necessidade do poder público atuar tam-bém de maneira preventiva, orientando a população sobre os riscos de descartar lixo e restos de entulhos e móveis em locais inapropriados.

De acordo com a secreta-ria de Serviços Públicos, uma

equipe do órgão realizou os serviços necessários na terça-feira (27). Já o Centro de Con-trole de Zoonoses informou que o bairro recebe visitas bi-mestrais de rotina. Qualquer necessidade de reforço pode ser solicitada pelo 0800-022-6461 ou na sede do órgão, lo-calizada na Rua Augusto de Carvalho, 101, Imbetiba.

Associação de Moradores diz que limpeza é feita apenas em alguns trechos do bairro

Local não tem áreas de lazerSem opção de lazer, crianças e adolescentes do Jardim Fran-co são obrigados a brincar no meio da rua, sem nenhum tipo de segurança. Nas ruas as op-ções de brincadeiras acabam se tornando perigosas e põem em risco a vida das pessoas.

De acordo com Dilson, existe uma grande área da prefeitura que seria destinada para o lazer e a educação. Apesar de existir o projeto, até hoje nada saiu do papel. Onde a população deveria aproveitar os momentos livres, serve hoje só para acumular lixo e mato.

“Há anos a gente briga para que esse terreno seja transfor-mado em uma área de lazer. A prefeitura chegou a fazer a lim-peza parcial dele, mas não con-cluiu. Com isso, alguns morado-res, possivelmente revoltados, atearam fogo. Foi aqui que há cerca de um ano ocorreu aque-la tragédia das adolescentes que foram estupradas e mortas”, re-lata o presidente do bairro.

A secretaria de Serviços Pú-blicos informa que a construção de área de lazer ainda não está prevista. Quanto à limpeza, foi realizada essa semana um mu-tirão no bairro. Moradores atearam fogo em local que deveria ser área de lazer

Galerias estão sem manutençãoNo último Bairros em De-bate realizado no local, os mo-radores pediam a manutenção na rede de esgoto. Segundo os moradores, todo dejeto é des-pejado sem nenhum tipo de tratamento em um córrego, que está situado dentro do terreno da prefeitura.

“Existe uma Estação de Tra-tamento aqui dentro, mas até hoje não interligaram a rede até ela. Enquanto isso fica tudo sen-do despejado nessa vala, ficando o esgoto correndo a céu aberto. Quando faz calor chega a ser insuportável passar aqui perto. Quem mora próximo reclama demais”, conta Dilson.

Segundo a Empresa Públi-ca Municipal de Saneamento (Esane), existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre os proprietários do lotea-mento e a prefeitura. Segundo o documento, a MRV deverá en-tregar no próximo dia 5 à ETE que tratará o esgoto do Jardim Franco e os prédios do condo-mínio. Com relação ao esgoto a céu a aberto, uma equipe da prefeitura irá até ao local para

verificar a situação. O mesmo pedido está sendo

feito em relação as galerias plu-viais. “Já fiz vários ofícios e até agora não fomos atendidos. As

redes estão entupidas, preci-sando de manutenção. Quando chove algumas ruas ficam alaga-das porque a água não consegue escoar”, ressalta.

Esgoto corre a céu aberto em terreno da prefeitura

Ruas sem iluminação públicaA falta de iluminação pú-blica acarreta vários transtor-nos para a população. Quem tem sentido isso na pele são os moradores do Jardim Franco, que continuam reclamando da escuridão em algumas ruas, o que tem aumentado o medo de quem vive ou passa por ali.

A situação mais crítica fica nas ruas do primeiro e do se-gundo prolongamento do bair-ro. Em algumas delas, só existe o poste, mas todos sem o braço de luz. Os moradores contam que mesmo sem ter acesso ao servi-ço, a taxa de iluminação pública é cobrada todo mês.

A associação de moradores chegou a fazer uma lista dos pontos críticos. Falta rede de extensão nas seguintes vias: Rua Carlos Edmundo Azevedo Aurich (antiga 42), Rua Edelto Barreto Antunes (antiga 17) e na Rua Augusto Carlos Curvello (antiga 44).

Já a falta de braços de ilu-minação atingem os seguintes logradouros: Rua Edelto Bar-reto Antunes (antiga 17) e na Rua Augusto Carlos Curvello (antiga 44), Rua Virgílio Pedro de Moienoa Bastos (antiga 21), Rua Lêda Maria de Figueiredo

Ruas ainda não contam com iluminação pública

Bastos (antiga 23), Rua Wilson Carlos de Azevedo dias (antiga 24) e Rua Abenor César Pinto (antiga 27).

Com medo, muitos morado-res acabaram colocando lâmpa-das nas portas de suas residên-cias para amenizar a situação. “Teve um morador da Rua 44 que precisou entrar na justiça para conseguir que instalassem a iluminação perto da casa dele. As pessoas reclamam porque à noite isso aqui fica um breu, o que aumenta a insegurança no bairro”, reclama o presidente.

Segundo a subsecretaria de Iluminação Pública, a instala-ção da rede de extensão, bem como de braços de luz, é de res-ponsabilidade do loteador con-forme Código de Urbanismo do município. De qualquer forma, para amenizar os problemas dos moradores, a Prefeitura de Macaé instalou, este ano, cerca de 30 braços de luz no local. A subsecretaria informou que en-caminhou para a Procuradoria Geral do Município um proces-so para que o loteador cumpra as devidas exigências.

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Geral O Dia de finados, nesta segunda-feira (2/11), será feriado em todo país. Em Macaé, os cemitérios estão prontos para receber os visitantes

NOTA

RECONHECIMENTO

Medalha “Carucango” vai homenagear pro�ssionais Entre os contemplados com a medalha de Mérito Social está a professora da UFRJ, Rute CostaJuliane Reis [email protected]

Neste mês será realizada em Macaé a terceira edição da entrega da

Medalha de Honra ao Mérito Social Carucango, uma ação do projeto Cabeça de Nego da Coordenadoria Extraordi-nária de Igualdade Racial. O evento faz parte da Semana da Consciência Negra e a pro-gramação está marcada para o dia 19 de novembro.

Entre as homenageadas está a professora da Univer-sidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira e coordenadora do Projeto “A Culinária afro-brasileira co-mo promotora da alimentação saudável no ambiente escolar (CulinAFRO)”, Rute Costa. A atividade é um projeto de ex-tensão da Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro Campus Macaé, curso de Graduação em Nutrição e componente do Programa Interdisciplinar de Promoção da Saúde da UFRJ-Macaé, em parceria com o NUTES-UFRJ e que recebe fomento do PROEXT MEC.

“Para nós do CulinAFRO é um orgulho ter recebido o re-conhecimento do município de Macaé por nossas ações de promoção da alimentação sau-dável e promoção da igualda-de racial. Senti-me lisonjeada

e agradecida pelo reconheci-mento do trabalho e empe-nhos investidos. Sou feliz por ter uma equipe que emprega tantos esforços e se dedica a realizar o trabalho com tama-nho zelo. Na oportunidade, agradeço aos vice coordena-

DIVULGAÇÃO

As integrantes do projeto “CulinAFRO” Débora Lima, a professora Rute Costa e Gabriela Rangel

dores: Mariana Fernandes e Alexandre Brasil e as Bolsistas: Debora Lima, Gabriela Rangel, Ana Laura Nunes e Monalisa Vargas e agradeço ainda ao Programa Interdisciplinar de Promoção da Saúde, na pessoa da profª Leila Bergold e ao cur-

so de Graduação em Nutrição, na pessoa da profª Angelica Nakamura”, ressalta a coor-denadora.

Rute explica que o proje-to CulinAFRO iniciou suas atividades em setembro de 2014 e desde março de 2015

vem realizando ações de edu-cação alimentar e nutricional pela utilização da culinária afro-brasileira enquanto ferramenta pedagógica pa-ra a construção de conheci-mentos sobre a alimentação saudável.

“O CulinAFRO foi desenvol-vido em parceria com a comu-nidade escolar da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Colégio Municipal Wolfango Ferreira, com o apoio da dire-ção e do corpo docente, repre-sentados pelas coordenadoras Rosangela Vasconcelos, Thais Moreira e Marisa Sousa (dire-tora)”, disse.

As ações, segundo a docen-te basearam-se em metodo-logias participativas e con-taram com a participação de 390 estudantes. Além de pro-mover a alimentação saudá-vel, sob os princípios do Mar-co de Referência em Educa-ção Alimentar e Nutricional e do Guia Alimentar para a população Brasileira, a abor-dagem da culinária negra, trouxe o tema das africani-dades para as atividades cur-riculares. E como resultado do trabalho desenvolvido, a escola elegeu o tema "O Brasil Africano" para a Feira Cultu-ral EJA que também marcaria a culminância do projeto. “A Feira foi um sucesso! Havia desde exposição de objetos, vestimentas e tecidos de paí-ses africanos, até comidas tí-picas, jogos e brinquedos de raízes africanas, até teatros, oficinas de turbantes, danças e expressões da cultura negra como o jongo, o axé, o samba de raiz e a capoeira, entre ou-tros”, disse.

VESTIBULAR

Fa�ma oferece mais de 500 vagas para o próximo semestre

A Faculdade de Filosofia Ci-ências e Letras de Macaé (Fafima) está com inscrições abertas para o primeiro processo seletivo para vestibular referente ao próximo semestre. As inscrições podem ser feitas de 2ª a 6ª feira das 14h às 21h, na sede da instituição, Rua Tenen-te Rui Lopes Ribeiro, 200, Centro. As vagas oferecidas são para os cursos de Pedagogia (120), Letras - Português e Inglês / Literatura (90), História (100), Matemática (100) e Geografia (100).

No ato da inscrição, o candidato deve apresentar cópia e original da carteira de identidade, CPF, com-provante de conclusão do Ensino

As vagas oferecidas são para os cursos de Pedagogia, Letras, História, Matemática e Geografia

Médio, duas fotos 3x4, ficha de ins-crição preenchida e comprovante de pagamento da taxa de inscrição.

A seleção dos candidatos será realizada por meio de aprovei-tamento do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), no qual a instituição reserva 10% das vagas oferecidas para cada curso para os candidatos que obtiverem média igual ou superior a 6,0 (seis) ou classificação nas provas do Pro-cesso Seletivo.

De acordo com o edital, poderão se inscrever candidatos portadores de diploma e ou certificado de con-clusão do ensino médio ou equiva-lente; e ainda os interessados que estejam cursando o último ano do ensino médio ou equivalente na modalidade treineiro. Lembran-do que portadores de necessida-des especiais, com impedimento para fazer a prova nas condições dos demais candidatos, devem in-formar, no ato de inscrição, qual a

DIVULGAÇÃO

Os interessados devem se inscrever na sede da instituição, de 2ª a 6ª feira, das 14h às 21h

necessidade.As inscrições podem ser feitas

de 2ª a 6ª feira, das 14h às 21h, na sede da instituição.

Será eliminado o candidato que não obtiver o mínimo de 40% (quarenta por cento) na prova ob-jetiva e de 40% (quarenta por cen-to) na Redação. E a divulgação do resultado do concurso vestibular será em três dias úteis após a apli-cação da prova

Ao ingressar na instituição, os novos acadêmicos passam a fazer parte de uma unidade de ensino superior considerada a primeira instituição de ensino superior do município. A Fafima foi fundada em 1973, com a missão de produ-zir e transmitir conhecimentos, atuando no campo educacional e científico, em todos os seus níveis, tornando-os acessíveis à comunidade e contribuindo principalmente para o desenvol-vimento da região.

PROFISSÕES

INSG/Castelo realiza segunda etapa da X Mostra Universitária

O Instituto Nossa Senhora da Glória - INSG/Castelo vai re-alizar, nesta semana, mais uma etapa da X Mostra Universitá-ria. O evento tem como objetivo auxiliar alunos e alunas do En-sino Médio na escolha de uma carreira profissional, apresen-tando os cursos oferecidos nas principais Instituições de En-sino Superior (IES) de Macaé.

A primeira etapa aconteceu entre os dias 26 e 28 de outubro, nas instalações do Colégio.

De acordo com um balanço da instituição, a primeira fase con-tou uma série de palestras com

O evento vai acontecer entre os dias 4 a 13 de novembro, contando com a presença de profissionais que atuam no mercado de trabalho

ex-alunos da instituição, e que hoje são profissionais forma-dos e atuantes no mercado de trabalho. Entre eles, Dra. Mar-cela Corrêa Neto (médica), Ana Júlia Couto Lopes (advogada), Bianca Motta Santos Oliveira (enfermeira) e Laísa Gonçalves da Silva (engenheira química). Na ocasião, os profissionais contaram sua experiência como alunos diante da escolha de uma carreira.

Já esta segunda etapa vai contar com a presença de pro-fissionais que atuam há muito tempo no mercado de trabalho, e que falarão de sua experiência profissional. Haverá também painéis e palestras com repre-sentantes de universidades e faculdades, com a finalidade de orientar os alunos sobre os diversos cursos superiores que oferecem.

A Mostra é organizada pe-

DIVULGAÇÃO

A primeira etapa do evento contou com a participação de ex-alunos

la Coordenação Pedagógica, Orientação Educacional do Ensino Médio e Serviço de Psicologia do INSG/Castelo, desenvolvida em parceria com as Faculdades e Universidades mais renomadas da região.

O público-alvo do evento são os estudantes do 9º ano do En-sino Fundamental II e das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio do INSG/Castelo.

“Antes de chegar ao vestibu-lar é necessário que o estudante tenha claro quais são seus reais interesses, habilidades e com-petências. E, para isso, é neces-sário que ele amplie sua visão sobre as possibilidades ofere-cidas, conheça os cursos e seus campos de atuação e perceba quais são os caminhos para ser um profissional de sucesso”, ex-plica o coordenador do Ensino Médio do INSG/Castelo, Júlio Boldrini.

A professora Rute Costa, coordenadora do projeto CulinAFRO, vai receber a medalha

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 1 e segunda-feira, 2 de novembro de 2015

MEIO AMBIENTE

2015 já registra recorde global de calorA soma das altas acumuladas ao longo do ano indicam que a temperatura média global teve um aumento de 0,85oC, em relação aos valores calculados para o século passado

Martinho Santafé

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou es-ta semana que o mundo, em

2015, teve os primeiros nove meses mais quentes já registrados. A so-ma das altas acumuladas ao longo do ano indicam que a temperatura média global teve um aumento de 0,85ºC, em relação aos valores calcu-lados para o século passado. A tem-peratura média do mês de setembro, por exemplo, teve a maior elevação em 136 anos.

De acordo com dados da Ad-ministração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), em setembro desse ano, a temperatura global do ar sobre a terra e sobre a superfície do mar esteve 0,90ºC mais alta que a média registrada no século XX. O recru-descimento do fenômeno climáti-co El Niño provocou também uma elevação inédita da temperatura do oceano no mesmo mês. A superfí-cie do oceano esteve 0,81ºC mais quente em setembro de 2015, em comparação com as taxas do século passado para o período.

No acumulado desse ano, a eleva-ção da temperatura do ar, seja sobre a terra, seja sobre os mares, cai para 0,85ºC, mas continua batendo o re-corde estabelecido em 2014, quando uma alta de 0,12ºC foi verificada em comparação aos valores do século XX. Anteriormente, a OMM já ha-via divulgado que a primeira metade de 2015 foi a mais quente de todos os tempos.

Em novembro, a agência da ONU publicará seu relatório anual sobre a situação do clima. Também será disponibilizado um estudo sobre o período de 2011 a 2015. As pesquisas servirão de subsídios para a Confe-rência do Clima de Paris, que acon-tece em dezembro.

SOCIEDADE CIVIL QUER EXCLUIR GRANDES POLUIDORES DA COP-21

Na sequência das recentes des-cobertas de que a influência cor-porativa está minando o progresso das políticas climáticas globais e de uma chamada do Congresso dos EUA para uma investigação sobre a ExxonMobil, a sociedade civil está montando uma campanha histórica para afastar os poluidores das políti-cas climáticas.

A campanha e a nova plataforma global chamada Kick Big Poluters Out (Chute os Grandes Poluidores para Fora) está sendo lançada a partir de Bonn, na Alemanha, onde acontece a última semana de nego-ciações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) antes das CO-P21 em Paris.

O lançamento acontece poucos dias depois de ações globais do Qu-ênia até a Colômbia, Uganda e Sri Lanka convocando as delegações a se manterem firmes contra a inter-ferência da indústria, que aumentou recentemente em face da aceleração ação global. “Em todo o mundo as pessoas estão chamando para a ação agora. Não temos tempo a perder; os governos devem agir agora”, disse Jesse Bragg da Corporate Accoun-tability International. “Há muitas vidas em risco hoje para deixar o amanhã nas mãos dos poluidores que estão causando o problema. ”

O movimento ganhou força com o lançamento de um relatório da InfluenceMap que expõe as verda-deiras intenções das grandes petro-líferas na política climática. O rela-tório, o primeiro a comparar o RP das companhias de petróleo com o muitas vezes contraditório lobby e advocacy feitos em seu nome pelos seus muitos grupos de frente, con-firmou o que muitos já sabem há

algum tempo: as grandes empresas de petróleo não têm intenções cum-prir o que falam sobre as alterações climáticas .

Do patrocínio direto e cooptação de falas na UNFCCC até as comis-sões e iniciativas consultivas exter-nas, a interferência da indústria dos combustíveis fósseis na definição de políticas é um obstáculo em todos os níveis. Na sexta-feira, a Oil and Gas Climate Initiative - uma aliança de alguns dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo - di-vulgou um relatório pró-petr´lleo defendendo soluções “baseadas no mercado” amigáveis à indústria. E, apenas algumas semanas atrás Shell e BHP Billiton anunciaram uma parceria com a McKinsey Consul-ting para “aconselhar” os governos sobre a política climática. Ambos os esforços foram recebidas com ceti-cismo por grupos ambientalistas e pela mídia.

INFLUÊNCIA AINDA É GRANDEDentro da UNFCCC, grandes po-

luidores como a indústria de com-bustíveis fósseis e de fornecimento de energia institucionalizaram com sucesso sua influência no processo. Em maio, foi revelado que a próxima Conferência das Partes (COP-21) seria mais um “COP Corporativa”, com o anúncio de uma série de pa-trocinadores corporativos, incluindo Engie, EDF e Suez Environnement. Esta última, famosa por suas rela-ções com a privatização da água, é parcialmente controlada pela Engie, que lucra com operações de fracking ao redor do mundo, colocando-se em contradição direta com o avanço do tratado. As atuais operações de car-vão da EDF e da Engie representam o equivalente a quase metade das emissões totais da França.

Atualmente, a participação da in-dústria no processo de formulação

de políticas não só é permitido, como é incentivado, independentemente do histórico ambiental da corpora-ção. A Agenda de Ação Lima-Paris (LPAA), um projeto conjunto dos presidentes da COP, o Gabinete do Secretário-Geral das Nações Uni-das e ao Secretariado da UNFCCC, incentiva o engajamento direto com os atores não-governamentais - principalmente identificados como governos sub-nacionais e corpora-ções - como partes interessadas no processo de formulação de políticas.

Até o momento, a LPAA envolve mais de 1.100 empresas, incluindo grandes corporações dos combustí-veis fósseis, empresas de transporte e de fornecimento de energia. Tal iniciativa não só permite o greenwa-sh de imagem a alguns dos maiores poluidores do mundo como lhes dá o acesso, e alavancagem no processo do tratado.

Estas táticas - cooptação, apro-priação e postura de RP - são os mes-mos que foram utilizados pelas gran-des empresas de tabaco para tenta-rem se posicionar ao lado da saúde e evitar a ação de controle do tabaco. A campanha Kick Big Polluters Out parte do movimento para controlar a indústria do tabaco durante o desen-volvimento da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde para Controle do Tabaco (FCTC).

A FCTC, que entrou em vigor em 2005, contém uma disposição juridi-camente vinculativa para mitigar os conflitos de interesse que a indústria do tabaco coloca ao desenvolvimen-to e execução de políticas públicas de saúde e de controle do tabaco.

O lançamento oficial dessa pla-taforma hoje parte de uma base de mais de 350.000 pessoas que já con-vidaram os seus governos a agir. Na quinta-feira, grupos realizaram um evento em Bonn para discutir em detalhes o impacto que a interferên-cia das empresas estão tendo sobre os resultados da política nacional e internacional sobre o clima.

BRASIL TEM QUE ZERAR DESMATE

A meta registrada pelo Brasil para o acordo de Paris é ambiciosa. Mas,

se quiser cumpri-la, o governo pre-cisará ir bem além de simplesmen-te zerar o desmatamento ilegal na Amazônia, como prometeu: preci-sará zerar o desmatamento em todo o país, legal e ilegal. A conclusão é da primeira análise detalhada do plano climático brasileiro, publicada dia 22 deste mês por um grupo de pes-quisadores da Coppe-URFJ.

Segundo um modelo computacio-nal que leva em conta as emissões e o desempenho da economia brasi-leira rodado pela equipe de Roberto Schae´er, da Coppe, atingir a meta de 1,3 bilhão de toneladas de CO2 em 2025 e 1,2 bilhão em 2030, va-lores propostos pelo Brasil na sua INDC (Contribuição Nacionalmen-te Determinada Pretendida), exigirá três componentes. Dois deles estão longe dos planos do governo federal.

Primeiro, será preciso cumprir na íntegra do Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que prevê até 2020 a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degrada-das e mais 15 milhões até 2030. No ritmo atual de execução, o ABC não conseguirá cumprir nem os 15 mi-lhões iniciais.

Depois, será preciso zerar o des-matamento líquido em todo o pa-ís. De acordo Schaeffer, o governo Dilma Rousseff não tem a menor intenção de fazer isso, por dois motivos: primeiro, porque aposta todas as fichas no Código Florestal, que autoriza desmatamento legal de 20% (na Amazônia) a 65% (no cer-rado) da área de uma propriedade. Segundo, porque a ministra da Agri-cultura e afilhada de casamento de Dilma, Kátia Abreu (PMDB-TO), ganhou de dote para a expansão da agropecuária toda a extensão de cer-rado do chamado Mapitoba (terras de alto potencial agrícola situadas entre Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), que será devidamente corta-da e queimada nos preceitos da lei.

Por fim, diz o pesquisador, o go-verno precisará, ainda, estabelecer um preço para as emissões de car-bono: US$ 50 a tonelada. “O assun-to também é tabu para um governo que estabeleceu prioridade para o petróleo do pré-sal e que tem se re-

cusado até a adotar medidas tími-das de eliminação de subsídios aos combustíveis fósseis, como elevar a alíquota da Cide (Contribuição so-bre Intervenção no Domínio Econô-mico) para a gasolina para mitigar o déficit fiscal - aconselhado a fazê-lo por ninguém menos que Antonio Delfim Netto”.

Na avaliação de Schae´er, as três medidas são necessárias porque as emissões do Brasil, grosso modo, equilibram-se sobre três setores: desmatamento, agropecuária e energia. Segundo Schaeffer e co-legas, é inviável no país reduzir as emissões de energia em 2030 a menos de 410 milhões de toneladas de CO2 equivalente - valor corres-pondente a 70% das emissões do setor em 2010. Portanto, para que isso aconteça, as emissões somadas de florestas e agropecuária precisa-riam ser de menos de 790 milhões de toneladas.

Dos vários cenários de mitigação de emissões construídos pelo grupo da Coppe - e isso assumindo que o PIB brasileiro crescerá pífio 1,9% ao ano em todo o período, o que reduz o apetite por energia e terras - so-mente dois fecham tecnicamente a conta do setor energético: o que as-sume cumprimento total do Plano ABC e desmatamento equivalente a metade do de 2010 e outro com des-matamento zero. Este último foi o único considerado tecnicamente e economicamente viável.

“Mas isso só será possível se se começar a valorar o carbono emi-tido, de maneira a que tecnologias que emitam carbono reflitam este custo maior para a sociedade, e com isso ela parta para soluções de mais baixo carbono”, disse Schae´er ao OC. “Nossos estudos mostram que, para valores de carbono da ordem de US$ 50 por tonelada de CO2 equiva-lente emitido, o setor energético se adequa, e o Brasil consegue cumprir sua INDC.”

No entanto, prossegue o pesquisa-dor, sem desmatamento zero e sem Plano ABC completo, “nem com va-lores de carbono acima de US$ 200 por tonelada de CO2 equivalente a conta fecha”.

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SERVIÇO

Educação garante transparência na gestão da merenda escolarCompra de produtos da agricultura familiar é descontada em recursos aplicados pelo governo municipal na alimentação dos alunos

Em reunião com membros do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), a equipe da

secretaria municipal de Educação esclareceu a regra de inclusão de produtos da agricultura familiar, adquiridos com verba federal, na merenda escolar terceirizada pela prefeitura através de licitação.

Segundo a Educação, a aquisição dos produtos agrícolas, respeitan-do legislação federal, é descontada da empresa DENJUD vencedora da licitação.

O processo que precedeu a contratação, observou todos os requisitos de legalidade e publi-cidade, ouvindo o Conselho de Alimentação Escolar e tendo sido aprovado, previamente, pelo Tri-bunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.

Os vereadores Jocimar Gomes de Oliveira (PMDB) e Manoel Francisco (PR), além de integran-tes do CAE e da Coordenadoria de Nutrição participaram da reunião realizada na secretaria de Educa-ção.

O secretário de Educação, Guto Garcia, informou que todo o pro-cesso observou os quesitos de le-galidade e que toda a verba do Go-verno Federal para a compra dos produtos da agricultura familiar e seus produtos são repassados para a empresa. O investimento é regu-lamentado pela resolução do Fun-do Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE (26/2013), em que torna obrigatório a des-tinação de no mínimo 30% dos

recursos da merenda escolar na compra de produtos da produ-ção rural, garantindo qualidade e movimentando a economia local, com participação de cerca de 600 agricultores rurais. Atualmente, 38 mil alunos são beneficiados diariamente com um controle

SECOM

Guto Garcia esclareceu em reunião com Conselho processo de aquisição da merenda escolar

alimentar que inclui orientação nutricional.

“O CAE esclareceu que não existe irregularidade na merenda escolar e tudo foi licitado regular-mente. Todos os testes feitos com professores, diretores, gestores e alunos garantem que a qualidade

da merenda é muito boa e que a empresa faz um excelente traba-lho em Macaé. Esse ano tudo que foi pago à agricultura familiar foi descontado da empresa”, destacou o secretário.

O presidente do CAE, Mickael Borges, explicou que o Conselho

foi convocado para fazer um pa-norama da merenda na Câmara Municipal. “Nunca falamos em denúncia”, frisou.

AGRICULTURA FAMILIAR

De acordo com informações

da Secretaria de Educação, desde 2013 foram realizados três chamamentos públicos para aquisição de produtos provenientes da agricultura fa-miliar. Contudo, existem fato-res que impedem o fornecedor rural de atender a totalidade do contrato, como condições climáticas, alimentos sazonais, entre outros.

Diante deste cenário, a Se-cretaria Municipal de Edu-cação está elaborando um registro de preços para aqui-sição de gêneros alimentícios de outros fornecedores para utilização da verba federal não atendida pela agricultura familiar.

O cardápio dos estudantes da Educação Infantil, Ensi-no Fundamental, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Médio, conta, diariamente, com café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar, de acordo com seu turno. O car-dápio é baseado de acordo com a legislação do Programa Na-cional de Alimentação Escolar (Pnae), cumprindo o edital vigente. A Coordenadoria de Nutrição Escolar também ofe-rece alimentação diferenciada aos alunos que têm patologias, como, intolerância à lactose, alergia ao glúten e diabetes, e precisam de cardápios espe-ciais. Nestes casos, os respon-sáveis devem apresentar laudo médico à direção da escola.

Funcionários da Petrobras de�agram greve neste domingo

ATO

Após tentarem por mais de cem dias negociar com a Pe-trobras a Pauta pelo Brasil, onde cobram a interrupção do proces-so de terceirização em curso na empresa e a retomada dos inves-timentos no país, os petroleiros entram em greve neste domingo (01), por tempo indeterminado.

O aviso de greve foi feito pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e por seus sindicatos filia-dos, durante audiência realizada nesta quinta-feira, 29, com o Mi-

Sem acordo com a direção da empresa, petroleiros iniciam paralisação de atividades

nistério Público do Trabalho, no Rio de Janeiro.

A Petrobras, que também havia sido convocada para a reunião, não compareceu. "A ausência da empresa reflete o desinteresse em buscar uma solução negociada no que diz respeito às questões levantadas pela Federação e, principalmen-te, sobre o regramento da greve", destacou o Ministério Público na ata da audiência.

Os petroleiros irão interrom-per suas atividades a partir das 15 horas de domingo, em cum-primento ao prazo legal de 72 horas de antecedência que é estabelecido para comunicação da greve.

Na audiência com o MPT, a

WANDERLEY GIL

Após manifestações realizadas neste ano, petroleiros decidiram parar atividades

FUP ressaltou que o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras afeta drasticamente a sociedade brasileira e a vida de milhares de trabalhadores que estão sendo demitidos pelo país afora. Os cortes de investimentos, venda de ativos, interrupção de obras e paralisação de projetos impac-tam o desenvolvimento do país e a soberania nacional. Segundo estudos da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fa-zenda, para cada R$ 1 bilhão que a Petrobrás deixa de investir no país, o efeito sobre o PIB é de R$ 2,5 bilhões. Se o Plano de Negó-cios da empresa não for alterado, a estimativa é de que 20 milhões de empregos deixarão de ser ge-rados até 2019.

Defeso da piracema começa hojeAMBIENTE

Começa neste domingo (1º) o chamado defeso da piracema, me-dida do Governo Federal que proíbe a pesca em rios e águas continentais entre a primavera e o verão, essen-cial para a preservação de espécies nativas de peixes que nessa época nadam contra a correnteza para desova e reprodução.

A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) lembra que, no território fluminen-se, a proibição das atividades pes-queiras - não só a pesca profissional e amadora como competições - vai até 28 de fevereiro.

O biólogo marinho Augusto Pe-reira, diretor de Pesquisa e Pro-

Até 28 de fevereiro de 2016, seguirá proibida a pesca de peixes da fauna marinha fluminense

dução da Fiperj, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvol-vimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap), define o defeso como uma grande conquista, pois não só possibilita o aumento da produção como protege o meio ambiente, proporcionando a recu-peração dos estoques e a manuten-ção da rentabilidade da pesca para gerações futuras.

“Sem a interrupção da pesca, a reprodução fica ameaçada, impe-dindo o ciclo de vida e, consequen-temente, a renovação dos estoques, essencial para a sobrevivência das comunidades pesqueiras”, explica Augusto Pereira.

Quem depende exclusivamente da pesca, pode solicitar junto ao Instituto Nacional do Seguro So-cial (INSS) o seguro-defeso, auxí-lio de um salário mínimo por mês durante a paralisação. Para isso, o pescador profissional deve possuir

o Registro Geral da Atividade Pes-queira (o RPG), antes emitido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e agora atribuição do Mi-nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); estar ins-crito como segurado especial no INSS; e comprovar o pagamento da contribuição (sobre a comercializa-ção do pescado) durante os últimos 12 meses (caso seja o primeiro pedi-do) ou no intervalo entre os defesos (para quem já recebeu o seguro).

Os pedidos podem ser feitos a partir de 30 dias antes do início do defeso até o último dia do período, agendando o atendimento no INSS mais próximo pelo telefone 135 ou pe-la internet (www.previdencia.gov.br).

DEFESO TAMBÉM DASARDINHA

Principal recurso pesquei-ro fluminense, segundo dados

da Fundação Instituto de Pes-ca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), a sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) terá sua pesca suspensa a partir deste domingo, 1º, no Sul e Sudeste do país, quando se inicia o período de defeso para a reprodução da espécie. Estabelecida pelo Ins-tituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a medida vai até 15 de fevereiro. Também ficam proibidos a comercializa-ção e o transporte desse recurso pesqueiro do litoral do estado do Rio até o de Santa Catarina. Trata-se da segunda etapa da paralisação anual da captura da espécie. A primeira vai de 15 de junho a 31 de julho, visando o seu recrutamento - tempo necessário para que os juvenis possam atin-gir 17 centímetros, tamanho ideal para a pesca.

WANDERLEY GIL

Pescadores artesanais e industriais de Macaé devem ficar atentos ao período do defeso

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 1 e segunda-feira, 2 de novembro de 2015