noticiário 18 e 19 01 15

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WANDERLEY GIL Após ser destruído por uma ressaca, calçadão foi revitalizado BAIRROS EM DEBATE KANÁ MANHÃES Em 2014 mais de 400 mil passageiros foram transportados através das mais de 60 mil operações aéreas registradas no Aeroporto de Macaé, a 12ª base do país em volume de atividades Aeroporto recebe aporte de R$ 65 milhões em dois anos Fundação Luiz Reid reelege presidente e aprova conselheiros Reunidos no final da tarde de terça-feira (13), nu- ma das salas da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé, os membros da Fun- GERAL O DEBATE Giselda, Elizabeth, Ivânia, Antônio Carlos, Edson, Márcia e Oscar Recursos garantiram construção de nova torre de controle, modernização do sistema de monitoramento do espaço aéreo e criação de novo terminal com capacidade para atender 700 mil passageiros por ano PÁG. 3 dação Educacional Luiz Reid participaram de assembleia para a eleição dos Conselhos Diretor, Curador e Fiscal, para o triênio 2015-2018. PÁG. 11 Cavaleiros vira bairro modelo em Macaé Exemplo da transformação registrada por Macaé ao longo dos últimos 40 anos, os Cavaleiros tornou-se o bairro-modelo da Capital Nacional do Petróleo. Criação de ciclofaixa, revitalização da or- la, implantação de espaço de convivência e reforço na segurança são alguns dos serviços que atendem, tanto quem vive em um dos locais mais nobres da cidade, quanto por quem frequenta o principal point de Macaé. A valorização do bairro, que eleva a autoestima dos moradores, passa a ser admirada por quem vive em outros pontos da cidade. PÁG. 9 Criação de ciclofaixa, espaço de convivência e revitalização valorizam área nobre da cidade GAT realiza operação contra o tráfico Domingo é dia da família nas praças ÍNDICE TEMPO GERAL GERAL POLÍCIA Equipe da PM intensifica ações contra o crime em pontos da região PÁG. 5 Espaços de convivência ficam movimentados durante o verão PÁG. 10 KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL Família participa de projeto que mistura exercícios e disciplina Diversão está garantida Projeto Botinho integra gerações Crianças e adultos participam de atividades realizadas na praia PÁG. 5 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 38º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) CADERNO DOIS GERAL GERAL CADERNO DOIS Belezas da Serra são destaque no verão Desmatamento agrava escassez de água Sistema de transplante amplia leitos Arte do grafite enfeita espaços da cidade Região apresenta atrativos para turistas na cidade PÁG.4 Alerta exige medidas para reduzir agressão ambiental PÁG. 8 Trabalho visa expandir rede de atendimento no país PÁG. 10 Desenhos ocupam áreas urbanas do município CAPA O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda- feira, 19 de janeiro de 2015 Ano XXXIX, Nº 8609 Fundador/Diretor: Oscar Pires KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon LAGOA ROCK CELEBRA DOIS ANOS COM BOA MÚSICA PROPOSTA SUSTENTÁVEL VOLTARÁ A SER DEBATIDA CORRENTEZA É O PRINCIPAL RISCO NAS PRAIAS R$ 1,50 GERAL, PÁG.6 POLÍTICA, PÁG.3 POLÍCIA, PÁG.5

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Page 1: Noticiário 18 e 19  01 15

WANDERLEY GIL

Após ser destruído por uma ressaca, calçadão foi revitalizado

BAIRROS EM DEBATE

KANÁ MANHÃES

Em 2014 mais de 400 mil passageiros foram transportados através das mais de 60 mil operações aéreas registradas no Aeroporto de Macaé, a 12ª base do país em volume de atividades

Aeroporto recebe aporte de R$ 65 milhões em dois anos

Fundação Luiz Reid reelege presidente e aprova conselheirosReunidos no final da tarde de terça-feira (13), nu-ma das salas da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé, os membros da Fun-

GERAL

O DEBATE

Giselda, Elizabeth, Ivânia, Antônio Carlos, Edson, Márcia e Oscar

Recursos garantiram construção de nova torre de controle, modernização do sistema de monitoramento do espaço aéreo e criação de novo terminal com capacidade para atender 700 mil passageiros por ano PÁG. 3

dação Educacional Luiz Reid participaram de assembleia para a eleição dos Conselhos Diretor, Curador e Fiscal, para o triênio 2015-2018. PÁG. 11

Cavaleiros vira bairro modelo em Macaé

Exemplo da transformação registrada por Macaé ao longo dos últimos 40 anos, os Cavaleiros tornou-se o bairro-modelo da Capital Nacional do Petróleo. Criação de ciclofaixa, revitalização da or-la, implantação de espaço de convivência e reforço na segurança são alguns dos serviços que atendem, tanto quem vive em um dos locais mais nobres da cidade, quanto por quem frequenta o principal point de Macaé. A valorização do bairro, que eleva a autoestima dos moradores, passa a ser admirada por quem vive em outros pontos da cidade. PÁG. 9

Criação de ciclofaixa, espaço de convivência e revitalização valorizam área nobre da cidade

GAT realiza operação contra o tráfico

Domingo é dia da família nas praças

ÍNDICETEMPO

GERAL GERALPOLÍCIA

Equipe da PM intensifica ações contra o crime em pontos da região PÁG. 5

Espaços de convivência ficam movimentados durante o verão PÁG. 10

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

Família participa de projeto que mistura exercícios e disciplina Diversão está garantida

Projeto Botinho integra geraçõesCrianças e adultos participam de atividades realizadas na praia PÁG. 5

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 38º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

CADERNO DOIS GERAL GERAL CADERNO DOIS

Belezas da Serra são destaque no verão

Desmatamento agrava escassez de água

Sistema de transplante amplia leitos

Arte do grafite enfeita espaços da cidade

Região apresenta atrativos para turistas na cidade PÁG.4

Alerta exige medidas para reduzir agressão ambiental PÁG. 8

Trabalho visa expandir rede de atendimento no país PÁG. 10

Desenhos ocupam áreas urbanas do município CAPA

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015Ano XXXIX, Nº 8609Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

LAGOA ROCK CELEBRA DOIS ANOS COM BOA MÚSICA

PROPOSTASUSTENTÁVEL VOLTARÁ ASER DEBATIDA

CORRENTEZA É O PRINCIPALRISCO NAS PRAIAS

R$ 1,50

GERAL, PÁG.6 POLÍTICA, PÁG.3 POLÍCIA, PÁG.5

Page 2: Noticiário 18 e 19  01 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

CidadeEDIÇÃO: 258 PUBLICAÇÃO: 06 DE JUNHO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Cobrança por duplicação segue demanda offshore

Motoristas enfrentam 'batalha' por vistoria

Susto no trânsito

Motoristas que trafega-vam, na tarde de on-tem, pela Rua Teixeira

de Gouveia, na quadra próxima a Rodoviária de Macaé, foram surpreendidos com a queda de uma árvore que atingiu uma moto e um carro que estavam parados próximos à margem da via. Apesar do susto nin-guém se feriu.

Um ônibus da Autoviação 1001 quase foi atingido pelo pesado tronco da árvore que bloqueou o trânsito na rua, em um dos horários mais movi-mentados. O incidente mobili-zou a equipe da Coordenadoria Extraordinária da Defesa Civil que interditou o local.

Técnicos da secretaria mu-nicipal de Ambiente também foram acionados para acom-panhar a remoção das raízes da árvore que arrancou tam-bém fios de redes de telefonia, internet e televisão a cabo.

Além do pagamento do Im-posto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), os motoristas de Macaé pos-suem uma preocupação extra todo início de ano: garantir va-gas para a realização da vistoria anual dos veículos, através da unidade do Departamento Es-tadual de Trânsito (Detran) em

Macaé. Mesmo com a vigência das datas de pagamento das parcelas do IPVA e o vencimen-to do primeiro prazo para visto-ria apenas em maio, motoristas tentam agilizar a realização do serviço para evitar transtornos ao longo do ano. Hoje, o posto de Macaé oferece em média 210 vagas para licenciamento.

Ex-síndico do Edifício Quissamã morreu sem receber socorro urgente do INAMPS

Por volta das 15h de sexta-feira, depois de sentir-se mal e cair ao chão, sendo amparado por populares, que ime-diatamente solicitaram a presença de socorro do Posto de Urgência do INAMPS, que só chegou ao local após muita demora, mais de 30 minutos, faleceu o Sr. Manoel Afon-so da Silva, de 62 anos, residente na Av. Rui Barbosa, 313, apartamento 304.

Os moradores do Edifício Quissamã e dezenas de pes-soas que se aproximaram do local, ficaram revoltados com a omissão de socorro, porque apesar de constantemente solicitado, o médico só compareceu para atestar o óbito.

Motoristas de táxi podem ir à Justiça para manter autonomia

Diversos motoristas de praça compareceram quin-ta-feira última à reunião da Câmara Municipal, aplau-dindo diversas vezes as críticas feitas pelos vereadores ao Decreto nº 021/81, que aprovou Regulamento dos Serviços de Táxis, baixado pelo Prefeito Carlos Mussi.

Eles disseram que estão dispostos a recorrer à Jus-tiça se não forem atendidos seus apelos no sentido de serem feitas modificações que venham beneficiá-los e às suas famílias no que diz respeito a autonomia.

Ônibus intermunicipais tiveram aumento nas passagens

Desde o dia 1º de junho, com a publicação da nova tabela no Diário Oficial, os ônibus das linhas intermu-nicipais têm novos preços nas passagens, reajustados pelos Departamento de Transportes Concedidos. A passagem Macaé x Niterói, via BR 101, foi fixada em C$ 328,00 e as empresas afirmam que o aumento não

chegou a atingir a simples correção do preço anterior.

Engenheiro rebate críticas feitas a Petrobras

Em carta publicada no Jornal do Brasil de 02/06, no Caderno B, o Engenheiro Ricardo Albuquerque Maranhão, residente em Macaé, rebateu as críticas feitas a Petrobras pelo Jornalista Fernando Pedreira, em artigo veiculado na edição de 26/04 sobre o títu-lo “O País Gordo (e o magro)”. Na carta, o engenheiro presta detalhados esclarecimentos sobre a atuação da Petrobras na Bacia Macaé/Campos, onde as instalações definitivas permitirão, a partir de 1984, a produção de 285 mil barris/dia de petróleo e 3 milhões de metros cúbicos de gás.

Ao iniciar 2015 reassumin-do os trabalhos relativos às de-mandas ainda não atendidas da indústria do petróleo local, a Comissão Municipal da Firjan estabelece novos temas de dis-cussão sobre logística, que en-volvem diretamente a BR 101. Principal "artéria" rodoviária do país, a BR 101 ainda é a rota fundamental para a integração de todas as atividades econômi-cas registradas nos municípios do Norte Fluminense.

NOTA

Preço da caneta tem maior carga de impostos entre o material escolar. No preço final do item, 47,49% são impostos. Agenda, apontador e borracha apresentam 43,19% de taxas.

WANDERLEY GIL

WANDERLEY GIL

WANDERLEY GIL

Page 3: Noticiário 18 e 19  01 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 3

PolíticaREFERÊNCIA

Aeroporto recebe aporte de R$ 65 milhões em dois anosRecursos garantiram construção de nova torre de controle, modernização do sistema de monitoramento do espaço aéreo e criação de novo terminalMárcio [email protected]

Mais importante base aé-rea do interior do Rio de Janeiro, capaz de

registrar números de operações que superam terminais situados em capitais de estados brasilei-ros, o Aeroporto de Macaé con-centrou, também, ao longo dos últimos dois anos, um dos mais expressivos investimentos já aplicados em aeroportos regio-nais do país.

Entre obras já executadas e projetos em andamento, a principal base logística para o segmento o�shore captou mais de R$ 65 milhões em recursos disponibilizados pela Infraero. Com potencial destacado pela indústria do petróleo, o aeropor-to pode receber novas interven-ções nos próximos anos.

Referência para outros ter-minais situados na região, que visam atender demandas do segmento o�shore, o Aeropor-to de Macaé ficou de fora do pla-nejamento de obras apresentado pelo governo do Estado. A pro-posta é captar junto ao governo federal recursos disponíveis pelo Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional (PDAR), para preparar terminais como o de Campos dos Goytacazes, Ita-peruna e Resende para receber operações de voos comerciais, promovendo integração com o

Rio de Janeiro e outros estados.A exceção do Aeroporto de

Macaé está relacionada ao seu grau de importância para o desenvolvimento econômico regional, destaque identificado pela Infraero ao aportar os mais de R$ 65 milhões de recursos aplicados na base macaense.

De 2012 a 2014, cerca de R$ 15 milhões foram efetivamente injetados no Aeroporto de Ma-caé, em obras de manutenção e reestruturação.

Deste total, R$ 1,2 milhão foram aplicados nas obras de reforço estrutural da pista de pousos e decolagens, realizadas ao longo de 2012.

Dois anos após as interven-ções na pista, o número de operações realizadas pelo Ae-roporto, entre transporte de passageiros e deslocamento de aeronaves, dobrou.

"Hoje transportamos anual-mente mais de 400 mil passagei-ros. A maior parte deste número é referente aos voos offshore", explicou o superintendente do Aeroporto de Macaé, Hélio Ba-tista dos Santos Filho.

Já cerca de R$ 13,8 milhões fo-ram investidos na construção da nova torre de controle (TWR), assim como na modernização do setor de Centro de Controle de Aproximação (APP) do termi-nal macaense, ligado ao Módulo Operacional de Navegação Aé-rea (MONA).

O projeto estrutural também foi finalizado em 2012.

Dentro deste investimento, o Aeroporto passou a contar, em outubro do ano passado, com o Sistema Avançado de Gerencia-mento de Informações de Tráfe-go Aéreo e Relatório de Interes-se Operacional (Sagitario), capaz de oferecer maior precisão ao trabalho de registro do desloca-mento dos helicópteros e aviões que trafegam pelo espaço aéreo macaense.

"O Aeroporto de Macaé tam-bém é referência na moderniza-ção deste sistema", disse Hélio.

Ao concentrar o maior volu-me de recursos, cerca de R$ 52 milhões, o projeto de expansão estrutural terá a primeira fase concluída neste ano.

Iniciadas em 2012, as obras de

construção do novo terminal de passageiros do Aeroporto serão entregues em junho deste ano. As intervenções foram parali-sadas por um ano, em função da desistência da primeira empresa responsável pelo projeto.

"Este é, sem dúvida, o maior projeto já realizado na história do nosso Aeroporto", destacou o superintendente da base.

O espaço terá 11 mil metros quadrados, com capacidade anual de atender a 700 mil pas-sageiros.

O projeto estrutural prevê também expansão do estaciona-mento de veículos do Aeroporto, passando de 76 para 470 vagas.

Além do novo terminal, o Aeroporto ganhará nova sede administrativa. Todo o projeto deverá ser concluído em 2016.

WANDERLEY GIL

Em 2014, mais de 400 mil passageiros foram transportados através das mais de 60 mil operações aéreas registradas no Aeroporto

WANDERLEY GIL

Novo terminal terá capacidade de atender 700 mil passageiros

“Sem dúvidas realizamos um dos mais importantes projetos da história do nosso Aeroporto”HÉLIO BATISTA, INFRAERO

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Proposta sustentável poderá ser reapresentada na Câmara

LEGISLATIVO

A rejeição de um projeto de lei debatido no ano passado pela Câmara de Vereadores, que prevê o incentivo fiscal a projetos sustentáveis, voltados a garantir o uso consciente dos recursos naturais, ainda gera análises e discussões na cidade.

Em um momento em que aflora a discussão sobre o uso racional da água em meio a uma crise hídrica identificada em vá-rios pontos do país, a proposta que estabelecia descontos no IPTU (Imposto Predial Terri-torial Urbano) aos proprietá-rios de imóveis em Macaé que adotassem sistemas de captação

Defesa por preservação de recursos naturais reforça projeto de criação do "Eco-IPTU"

de água da chuva, reuso da água e de aquecimento hidráulico so-lar, deveria ser encarada como um mecanismo de incentivo à preservação do ecossistema.

De acordo com o projeto, apresentado pelo vereador Igor Sardinha (PT), os descon-tos poderiam ser acumulativos variando entre 2% a 6%.

"A ação seria fundamen-tal para estimularmos que as construções no município passassem a ser cada vez mais responsáveis ambientalmente. Porém, a bancada governista acabou derrubando a nossa proposta", disse Igor.

A discussão sobre a imple-mentação do projeto de lei ba-tizado de "Eco-IPTU" acontece exatamente no ápice do proble-ma de fornecimento de água no país. A crise hídrica que atingiu

em cheio São Paulo nos últimos meses está prestes a alcançar um novo recorde negativo, com reflexos no abastecimento do Estado do Rio.

O maior reservatório do Rio Paraíba do Sul, localizado em Paraibuna, no Vale do Paraíba paulista, está com apenas 0,38% de sua capacidade.

"O poder público não pode continuar inerte. Ações que es-timulem a sociedade a mudar seus hábitos devem ser pro-movidas. Nosso projeto conse-guiria estimular a captação de água da chuva para posterior aproveitamento nos imóveis, por exemplo. Isso é sustentabi-lidade. Isso é o caminho correto para lidar com nossos recursos naturais", reforçou Igor que não descartou reapresentar a inicia-tiva neste ano.

WANDERLEY GIL

Igor Sardinha (PT)

PONTODE VISTA

Quando o então presidente da Associação Comercial de Macaé, Aristóteles Cliton da Silva Santos, e da Comissão Municipal da Firjan, Evandro Esteves, agora Secretário Municipal de Mobilidade Urbana, no início de 2014, se reuniram com o Superintendente do Aeroporto de Macaé, Hélio Batista dos Santos Filho, tomaram conhecimento de que no Planejamento Estratégico da Infraero existe projeto de construção de uma nova pista de 1.500 metros.

Às vezes pode se tornar cansativo repercutir algum caso mas, do jeito que andam as coisas, não será fácil para o município estancar um possível esvaziamento econômico, se não houver por parte da representação administrativa municipal, estadual e federal, aliada às das instituições, principalmente a da Co-missão Municipal da Firjan, uma séria e rápida mobilização de todos os setores para fazer acontecer o projeto do terminal portuário de São José do Barreto.

Embora a Justiça, provocada pelo município, tenha se manifestado e concedido liminar para suspender licitação da Petrobras com relação ao estaleiro no Açu, em São João da Barra, a empresa continua afirmando que, até o final do primeiro trimestre, o contrato com a empresa vencedora estará assinado. Como se observa, a Petrobras tem pressa e recorreu.

Por que o Código de Obras da prefeitura não sofre alterações, exigindo, no

futuro, que as redes aéreas de energia, telefonia, internet e outras sejam

subterrâneas, como no calçadão da Rui Barbosa, Avenida Atlântica, Rodovia

Amaral Peixoto dentre outras, as calçadas tenham 3,5 metros e os novos

loteamentos pista dupla? Isto é conhecido como qualidade de vida.

Até domingo.

Nelson Motta, colunista de O Globo, em sua coluna semanal, analisando o momento difícil e grave para o país após as eleições, textuou: “Não basta trocar de nomes, é preciso mudar conceitos e valores. Ou, como diria Paulo Maluf com sua voz anasalada e a crueza de um quibe cru: “Não basta trocar as moscas, precisamos é sair da merda”.

Macaé sem pista

Outra vez, o porto

Depois de entendimentos mantidos entre os representantes que conhece-ram profundamente a situação, Evan-dro Esteves foi substituído por Marce-lo Reid (Merrel), na Firjan, e assumiu a Secretaria de Mobilidade Urbana. Exatamente naquele período foi ini-ciada uma mobilização das instituições envolvidas, levando a reivindicação para o então ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, que após receber as representações maca-enses em Brasília conseguiu enxergar a importância da construção de uma nova pista para pouso e decolagem de grandes aeronaves, inclusive de carga, levando a Infraero a projetar, inclusive, o chamado porto seco, para atender as empresas que trabalham na indústria do petróleo e importam muitos equi-pamentos do exterior, descarregando em Viracopos (São Paulo), Tom Jobim (Rio de Janeiro) e Aeroporto de Cabo Frio, e por via terrestre, até Macaé, através de pesadas carretas que im-pactam o trânsito na BR-101 e, também na RJ-106. O então ministro Moreira

Franco abraçou a reivindicação, deter-minou imediatamente uma empresa para fazer o plano de viabilidade e, de olho no futuro e necessidade de Macaé ter uma sala de visitas, decidiu pela construção de uma pista de 2.100 me-tros. Quase no final do ano, Moreira Franco visitou Macaé mais uma vez e, na sede da Schlumberger, reunido com as autoridades do município, do estado, de órgãos federais e empresá-rios, bateu o martelo e decidiu que a pista deveria ser construída e recur-so existia no Fundo de Aviação. Veio a eleição, a representação política de Macaé ficou muda, mudou o governo, assumiram outros ministros, Morei-ra Franco saiu, e agora, anunciados a construção de novos aeroportos regionais, Macaé ficou de fora da re-lação. Quer dizer, literalmente, Macaé continuará sem uma nova pista no aeroporto e as obras de duplicação da BR-101, que andam a passo de cágado, só devem ser concluídas em 2021, e ninguém fala mais no assunto. Cadê a representação política do município?

O processo, iniciado na segunda gestão do prefeito Riverton Mussi, poderia ter deslanchado, mas ele não ligou. Dr. Aluízio (PV), eleito deputado federal e da bancada de Zequinha Sar-ney, também do PV e ligado ao Ibama, conhecendo o processo, não atuou no parlamento para desburocratizar o processo da Queiroz Galvão, embora o empresário Francisco Navega, na oca-sião presidente da Fumdec - Fundação de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Macaé, e que antes ocu-pou também a presidência da Comissão da Firjan, cansou de alardear e mostrar caminhos para que o projeto não fosse atropelado. Até que a Queiroz Galvão, com muito empenho, e realizada uma audiência pública na Câmara Munici-pal, na Comissão Permanente de Meio Ambiente, presidida pelo vereador Maxwel Vaz, conseguiu atrair a atenção das autoridades para a importância do porto no Barreto. Realizada a primei-ra audiência pública convocada pelo CECA - Comissão Estadual de Con-trole Ambiental, da Secretaria de Meio Ambiente, a minoria conseguiu, com o slogan “Xô Porto”, estancar a iniciati-va. Nova mobilização, nova audiência

pública marcada para o dia 16 de junho, uma maioria esmagadora de partici-pantes aprovaram todas as exigências e explicações, e deveria a licença para fazer o Terminal Portuário - TEPOR, com investimento estimado em R$ 1,5 bilhão, estar concedida em até dois me-ses depois. Mais uma vez a minoria fez prevalecer, com estratégias não muito razoáveis, que o ICMBio até agora se manifestasse para concluir o processo. Razão pela qual o vereador Maxwell Vaz, mobilizando um grupo de empre-sários, políticos e representantes da sociedade civil organizada, tenta bus-car a manifestação daquele órgão. En-quanto isso acontece, a Fourchon aluga um estaleiro de Eike Batista por R$ 950 milhões, participa de uma licitação (?) da Petrobras suspeita pelo Ministério Público, a CECA convoca audiência pública para discutir a Licença Prévia da DTA Engenharia Ltda, para implan-tar um Terminal Portuário em Maricá ao custo estimado de R$ 5,5 bilhões, e Macaé fica a ver navios (rebocadores) no mar. Valeu, Maxwell, seu nome e os nomes dos grupos que se mobilizaram, ficarão na história. Mesmo que Macaé fique sem o porto.

PONTADA

Page 4: Noticiário 18 e 19  01 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Ao viver ao longo dos últimos 40 anos o período de pujança, a economia macaense, fortalecida pelas ati-vidades do petróleo, movimentou setores que aju-daram a construir a imagem do município como a Capital Nacional do Petróleo.

A prefeitura promoveu nesta semana a manutenção de postes de iluminação situados na extensão da Avenida Atlântica, na Praia Campista. O serviço é a continuidade do trabalho de melhorias no sistema, solicitada por moradores do local, e pessoas que praticam atividades físicas à beira-mar. Nas últimas semanas, constantes panes na rede que deixavam pontos escuros na orla, geraram reclamação.

O assassinato indiscriminado ocorrido na França por parte de fanáticos merece todo o repúdio e indigna-ção das pessoas de bem.

Apertando os cintos

Não sou Charlie

Alcançando a casa dos bi-lhões, os recursos públi-cos gerados por negócios

que envolvem o cotidiano da população macaense, e de mi-lhares de pessoas que não estão sediadas no município, passa-ram a ser o termômetro do prosperidade macaense. Hoje, em um cenário de desordem econômica mundial, o jeito é apertar os cintos.

Acostumadas com o investi-mento voraz da Petrobras para promover a elevação da curva de produção de barris diários de petróleo, empresas que atuam como fornecedoras da cadeia o�shore foram acostumadas a conviver com a abundância de receitas, influenciando assim em diversos outros setores da economia macaense.

Com um volumoso aporte financeiro, essas companhias passaram a contratar serviços que facilitavam a rotina de tra-balho empregada para manter em andamento o ritmo de pro-dução que ocorre nas unidades situadas na Bacia de Campos. Através deste foco, setores co-mo a rede hoteleira, transporte e logística, limpeza, alimenta-ção, segurança, entre outros, tornaram-se um grande filão para empresários genuinamen-te macaenses que aproveitaram a 'onda do mercado' para parti-

cipar da pujança do petróleo.Hoje essas demandas que fa-

cilitavam a rotina das empresas do petróleo passam a ser vistas como regalias, em um momen-to em que o mercado do petró-leo aperta os cintos.

Com a retração de inves-timentos, processo que terá continuidade em 2015 diante da queda do preço do barril do petróleo no mercado interna-cional, os efeitos de queda da economia serão sentidos em cascata.

No entanto, como nem tu-do é pessimismo, a história da produção do petróleo nacio-nal registra momentos de cri-se, e também de superação do mercado, fase estimada ainda para 2017.

No momento em que espe-cialistas analisam a viabilidade da exploração do pré-sal com o barril do petróleo sendo comercializado a US$ 50 no mercado internacional, há quem veja na desvalorização do “ouro negro mundial” a oportunidade de redução no preço de produtos derivados do óleo bruto e do gás natu-ral, medida que depende da intervenção do desacreditado governo federal.

Enquanto todos estão aper-tando os cintos, o jeito é espe-rar para ver!

Vivemos uma era obscura onde há doutrina do radicalismo de todos os lados, o que tem ge-

rado o preceito do olho por olho, dente por dente.

A irracionalidade, os interes-ses espúrios da indústria arma-mentista, somado à hipocrisia da manutenção do poder por meio do radicalismo, a “liberdade irres-ponsável” tem acumulado vítimas inocentes em todos os lados.

Sob o impacto do absurdo, a Fran-ça realizou sua maior mobilização da história, assim como Bush dos EUA devido ao 11 de Setembro, os políticos franceses pegam carona na tragédia humana para galgarem populari-dade sob as bandeiras da República Francesa e o lema da Liberdade, Igualdade, Fraternidade conduzem a multidão consternada.

Irrefletidamente a guerra ao terror tem gerado a multiplicação do pró-prio terror e confunde-se liberdade com agressão, achincalhe, xenofobia...

A liberdade irresponsável não pode ser defendida a qualquer pre-texto, e há de se ter no mínimo o bom senso e o devido respeito sobre a fé das pessoas.

A fé um dos maiores mistérios da existência humana. É professada em inúmeras religiões e não há dentro da história da escrita uma conceituação definitiva sobre esse mistério que move a humanidade.

Católicos, evangélicos, budistas, mulçumanos, ateus, não importa, tem que ser respeitada e de forma nenhuma generalizada. Há tanto pessoas de bem, como canalhas em todas as religiões, uma vez que a natu-reza perversa que traz o homem em si está presente em todas elas.

As charges de profundo mau gos-to do jornal Charlie ridicularizando o islamismo em nada tem a ver com liberdade de expressão, pois é apenas

uma agressão, um desrespeito, uma forma de dizer indiretamente que todo mulçumano é um potencial terrorista dentre outras charges de conteúdo racista, o que de forma al-guma justifica o assassinato covarde que os jornalistas foram vítimas.

Vale lembrar que a mídia em vá-rios lugares do mundo sob o mantra da liberdade contribuiu com crimes perversos em que essa liberdade transformada em libertinagem jorna-lística, ajudou a criar guerras, a erguer ditadores, dentre outros absurdos.

Quando o então Presidente Bush afirmou mentirosamente que havia armas de destruição em massa no Iraque, a imprensa aliada deste em-buste ajudou a convencer a opinião pública americana a ir à Guerra. Jornais como o New York Times, Washington Post, a CNN e vários outros contribuíram com essa men-tira, e mesmo desrespeitando a ONU bombardearam o Iraque.

Milhares de mortos e a radicali-zação do sentimento antiamericano e antiocidente, juntamente com a fecundação do Estado Islâmico, e a proliferação de conflitos como o caso da Síria, foi o resultado da liberdade irresponsável e criminosa da mídia Americana.

No Brasil também tivemos, e temos ainda hoje, liberdades irres-ponsáveis e criminosas, como o apoio a deposição de Jango e o apoio aberto de parte da mídia ao golpe militar.

Exemplos como esses são vários no mundo todo, onde a distorção da liberdade acoberta insultos e cria conflitos.

Não sou Charlie, mas sou solidá-rio aos que tombaram neste mundo onde se mata por matar, em nome da liberdade, de “Deus” e da irra-cionalidade.

Henrique Matthiesen

KA

MA

NH

ÃE

S

ÁguaMoradores do Horto enfrentaram nesta semana problemas com o abastecimento de água. Um dos bairros mais afastados da região central da cidade, o Horto fica também no trecho final da rede adutora da Nova Cedae que prometeu resolver o problema o mais rápido possível. Em meio a onda de calor, provocada pela falta de chuvas de verão e o sol forte, torna-se ainda mais difícil ficar sem acesso à água tratada.

AbastecimentoE por falar em água, é preciso ter atenção ao contratar serviços de caminhões-pipas que operam em Macaé. Há denúncia de que alguns carros são abastecidos através do sistema de captação de água em córregos situados na Estrada RJ 168, que dá acesso à Serra. O ato, além de ser ilegal, pode gerar sérios problemas de saúde, já que a água não é tratada. O pro-cedimento correto é captar água cedida pela Nova Cedae, através da 'bica' situada na Linha Vermelha.

LogísticaOs portos de Macaé e de Maricá travam uma verdadeira batalha para assumir as demandas do petróleo na região. Porém, o posicionamen-to relativo às Bacias de Campos e do Espírito Santo, além da existência de uma indústria offshore consolidada, favorecem a instalação do empreendimento macaense que, há três meses, aguarda a liberação da licença prévia, ainda sob análise do Inea, para garantir o início das obras.

EsporteComeçaram ontem as atividades previstas pela Fundação de Esporte e Turismo de Macaé (Fesportur) referentes ao Fest Verão 2015. A programação utiliza como área de competições o belo cenário da Lagoa de Imboassica, que receberá provas como Stand Up Paddle, que neste domingo (18) reúne atletas e praticantes da modalidade na corrida que acontece a partir das 11h30. A diversão está garantida!

FestaEscolas de Samba de Macaé já esquentam os tamborins para o Carnaval 2015. Na correria para a preparação de fantasias e carros alegó-ricos, ainda dá tempo para realizar ensaios e feijoadas que ajudam a integrar a comunidade, a grande responsável por levar alegria à ave-nida. As agremiações do grupo especial con-tam ainda com o barracão disponibilizado pela prefeitura na Avenida do Samba, local onde os preparativos finais são realizados.

AcessoAos poucos, a população macaense passa a ter acesso ao serviço de internet gratuita. Através do projeto desenvolvido pela Câmara Permanente de Gestão (CPG), é possível se conectar, via wii-fi, com a rede disponível nas praças do Parque Aeroporto, Barra de Macaé, Visconde de Araújo, Aroeira, Campo d’Oeste e Washington Luiz, no Centro. O sistema tam-bém está sendo testado em coletivos da SIT. É preciso ampliar a cobertura em outros pontos do município.

AvaliaçãoMesmo com as análises sobre a viabilidade econômi-ca de produção, a Petrobras dá andamento ao plane-jamento voltado à operação do petróleo na camada do pré-sal. O objetivo da companhia é alcançar, em quatro anos, o ápice da produção das reservas, do-brando o volume de barris de petróleo registrado atual-mente. Mesmo com o preço 'de banana' do óleo bruto no mercado internacional, a companhia quer retomar a credibilidade rachada pela operação “Lava-Jato”

ImpostoAlém do IPVA, os contribuintes macaenses de-vem ficar de olho no cronograma de vencimen-to do IPTU - Imposto Predial Territorial Urbano. De acordo com a tabela definida pela secre-taria municipal de Fazenda, quem optar pela cota única, com desconto de 8%, deve quitar a taxa até o dia 27 de fevereiro, pela internet, ou até o dia 31 de março, pelo carnê. O governo estima arrecadar mais de R$ 30 milhões com o imposto neste ano.

CombateMesmo com a redução dos índices de infes-tação do mosquito, assim como de óbitos relativos ao quadro hemorrágico da doen-ça, não se pode esmorecer no combate à dengue. Além do trabalho desempenhado pelos agentes de combate a endemias, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a população também deve fazer a sua parte, se preocupando em eliminar focos de pro-liferação do inseto responsável pela trans-missão da doença.

EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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Amvisa interdita cinco estabelecimentos na primeira quinzena do ano

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 5

Polícia

DIVULGAÇÃO

As equipes localizaram uma mochila, na qual estavam 1.733 pinos de cocaína, divididos em 60 cargas

SEGURANÇA

Grupo de Ações Táticas apreende cocaína em mangue

Dando continuidade às operações realizadas nas prin-cipais comunidades da cidade vizinha de Rio das Ostras, a Po-lícia Militar, representada pelo Grupo de Ações Táticas (GAT), apreendeu farta quantidade de cocaína escondida em um mangue da região. Ninguém foi preso.

A ação, que contou com o

A ação foi em conjunto com a Guarda Municipal de Rio das Ostras

apoio de agentes da Guar-da Municipal do município, aconteceu na localidade co-nhecida como Ilha, situada em um manguezal. Em meio à vegetação, as equipes locali-zaram uma mochila e em seu interior estavam 1.733 pinos de cocaína, divididos em 60 cargas.

Buscas foram feitas com a intenção de prender os respon-sáveis pela droga, mas ninguém foi preso. O material apreendi-do foi levado para a 128ª DP, delegacia da área, onde a ocor-rência foi registrada.

Fim de semana com calor atrai diversas pessoas para as praias

VERÃO

Praticamente todo o Estado do Rio de Janeiro vai continuar com muito sol, muito calor e sem chuva no fim de semana. Esta é a pre-visão segundo o site Clima-tempo. E isso não deve ser diferente para as cidades do Norte Fluminense. Em Ma-caé, as temperaturas devem chegar bem perto dos 40°, com sensação térmica acima desse número.

Aquelas pessoas que optarem pelas praias dos municípios li-torâneos, no entanto, devem tomar algumas precauções, a fim de evitar que a diversão se-ja frustrada. O cuidado maior é em relação aos pequenos e ao consumo de bebidas alcoólicas, já que, de acordo com o Minis-tério da Saúde, mais de 50% das ocorrências de afogamento en-volvem vítimas que ingeriram álcool antes.

Quanto às crianças, assim que chegarem à praia, os responsá-veis podem ir direto ao posto de salva-vidas mais próximo e retirar uma pulseirinha de identificação, colocando nela o

Alguns cuidados devem ser tomados para que a diversão seja garantida

nome da criança, do responsá-vel e telefone para contato.

Na maior parte das vezes, se-gundo o Corpo de Bombeiros, as crianças se perdem quando vão para o mar, ainda que ape-nas no raso e com o consenti-mento dos pais. É comum que elas escolhem o guarda-sol que está com a família como refe-rência, mas por causa da maré,

WANDERLEY GIL

Aquelas pessoas que optarem pelas praias dos municípios litorâneos, no entanto, devem tomar algumas precauções

acabam sendo levadas para a lateral. Quando percebem, começam a procurar onde es-tavam e se perdem ainda mais. Para evitar essas situações, continua valendo a orientação de nunca deixar uma criança desacompanhada.

Ainda de acordo com o Cor-po de Bombeiros, coletes sal-va-vidas e boias de braço são

bons recursos de segurança, mas a Corporação desaconse-lha qualquer objeto flutuante na água, pois o uso desses ob-jetos podem provocar a perda do contato com o solo e fazer com que o usuário seja arras-tado mar adentro. O ideal é que as crianças, mesmo dentro da água, sempre estejam com os pés na areia.

BOMBEIROS

Projeto Botinho reúne várias gerações nas praias de MacaéPais, avós e responsáveis dos alunos participam das atividades

Thuany [email protected]

O Projeto Botinho, em prá-tica há quase duas sema-nas, tem reunido diversas

gerações nas praias da cidade. Pais, avós, filhos e netos se unem para participar das ações organizadas pelo Corpo de Bombeiros de Macaé. Além de oferecer as atividades físicas, o projeto busca também incenti-var as crianças e jovens quanto aos valores e princípios morais, como o bom comportamento, a disciplina e a solidariedade.

Um belo exemplo que a equi-pe de O Debate encontrou nas areias da Praia dos Cavaleiros foi Alda Maria Nascimento, de 70 anos, mais conhecida como Dona Alda. Há 17 anos, a dona de casa participa do evento na categoria Sereia, oferecida às mães, avós e responsáveis do sexo feminino que levam as crianças e adolescentes, propor-cionando atividades paralelas, enquanto os mais novos se exer-citam no projeto. Já tendo in-centivado todos os 12 netos a in-gressarem, ela garante que não são somente os parentes que sofrem influência. “Sempre fiz questão de que eles fizessem as atividades. A primeira vez que decidi vir, estávamos eu e mais 10 crianças, entre netos de san-gue e as crianças da igreja que frequento. Esses, eu chamava e chamo de agregados, porque continuo trazendo outros”, diz, entre sorrisos, Dona Alda.

A primeira geração de netos participou durante os anos seguintes, sendo promovidos nas categorias conforme a ida-de. Atualmente, a avó traz, de segunda à quinta-feira, das 8h

às 11h, os quatro netos caçulas, que atuam nas três modalida-des: Golfinho, para crianças de 7 a 10 anos de idade, Moby Di-ck, para pré-adolescentes de 11 a 13 anos, e Tubarão, entre 14 e 17 anos.

Os mais novos são Miguel Faria, de 10 anos e Ana Luísa Nascimento, de apenas 8. Este é o primeiro ano que Miguel participa e se mostra anima-do com o projeto. “Eu gosto muito de vir para cá, porque posso me divertir e aprender muitas coisas legais. Com cer-teza quero participar no ano que vem, já até pedi à minha avó”, diz, satisfeito.

Já Ana Luísa é um pouco mais experiente, vivenciando as atividades anteriormente. “Não vejo a hora de mudar de categoria e ir para a Moby Dick. Aqui aprendo não só a brinca-deira, mas a ajudar as pessoas que podem se afogar.”

Dona Alda garante que o

KANÁ MANHÃES

Há 17 anos, a dona de casa participa do evento na categoria Sereia, já tendo incentivado todos os 12 netos a ingressarem

projeto contribuiu e ainda contribui especialmente para a formação humana e social da criançada e da juventude. “O Botinho não se trata só de fazer atividade física, mas de fazer com que esses pequenos possam ter disciplina, obediên-cia e respeito aos mais velhos, valores que têm se perdido com

o passar do tempo”, afirma a do-na de casa.

Neste verão de 2015, 600 va-gas foram disponibilizadas e as inscrições se encerraram em poucos dias, por conta da gran-de procura. O Projeto Botinho acontece durante três semanas seguidas, sempre de segunda à quinta-feira, das 8h às 11h.

KANÁ MANHÃES

O Projeto Botinho acontece durante três semanas seguidas, sempre de segunda à quinta-feira, das 8h às 11h

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Economia Bancos baixam valor mínimo da transferência via TED para R$ 500. Limite anterior era de R$ 750. Operação permite que o dinheiro fique disponível no mesmo dia

NOTA

DIVERSÃO

Lagoa Rock celebra dois anos de história e marca o verão macaense Em meio à beleza de um dos cartões postais de Macaé, evento promove cultura através de música de qualidade

Márcio [email protected]

No belo cenário dividido entre o espelho de água doce e o verde do oceano,

acontece um dos mais expres-sivos eventos de cultura ma-caense, que envolve música de qualidade e a história de artistas locais que se dedicam a promo-ver a interação da população, independente da idade.

A partir da ideia de dois músi-cos Koy Lemos e Ivan Machado, que se reencontraram após ex-periências pessoais com bandas que ganharam fama na região, surgiu o Lagoa Rock, evento que celebra no próximo dia 26 dois anos de histórias de suces-so, reunindo um público que se envolve em cada acorde entoa-do pela guitarra, baixo, teclado e bateria.

Ao promover no sábado (17) a edição "Verão", que neste ano contará com uma programação especial, o Lagoa Rock alcança credibilidade suficiente para se tornar um evento apoiado por empresas locais, veículos de comunicação e o governo mu-nicipal.

"Estamos muito felizes em

conquistar o carinho de tantas pessoas que acompanham a nossa história. Comemoramos dois anos desse projeto ao lado de amigos, parceiros e de pesso-as que abraçaram o Lagoa Rock

KANÁ MANHÃES

Koy Lemos e Ivan Machado celebram dois anos do Lagoa Rock com a edição especial do Verão

por entender a nossa principal proposta: levar boa música, de graça, para as pessoas", afirmou Koy Lemos.

Além da Banda Escarlate, que originou o Lagoa Rock, o

evento recebeu neste sábado Phil Braga, artista que despon-ta no cenário musical regional. A interação entre os músicos também faz parte da proposta cultural desta edição.

"Realizamos o primeira Lagoa Rock em janeiro de 2013. E foi um sucesso! No mês seguinte realizamos uma nova edição, tendo como convidada a Banda Sóphia. Desde então decidimos tocar com artistas locais, ofere-cendo assim espaço para que todos possam apresentar a sua música e o seu trabalho", contou Koy Lemos.

Ao longo desses dois anos, o Lagoa Rock acontece todo último sábado do mês. Koy e o parceiro Ivan Machado promo-vem edições especiais em datas comemorativas da cidade.

"Esse é um evento muito es-pecial. Temos muito a comemo-rar nesses dois anos. No início começamos a tocar no chão, sem palco, com nossos equi-pamentos de estúdio. O evento cresceu graças ao carinho do público e também de pessoas como o Léo Gomes (secretário municipal de Governo), Vandré Guimarães (secretário munici-pal de Desenvolvimento Econô-mico) e do prefeito Dr. Aluízio (PV), entusiastas do nosso pro-jeto. Hoje o Lagoa Rock con-quista pessoas de várias idades", explicou Koy.

Além do apoio do governo e

da 95 FM, o Lagoa Rock conta ainda com o patrocínio do La-boratório Bioanálise, Phocus Musical, DNA Sistemas, Hotel Brisa Tropical e JM Gráfica.

"Todos os parceiros são im-portantes para o nosso projeto e ajudam a expandir o Lagoa Rock", considerou Koy.

MADAME ESCARLATEA história do Lagoa Rock es-

tá ligada também à trajetória da Madame Escarlate, banda que deu origem às edições do evento.

Criada por Koy Lemos (gui-tarra e vocal) e Ivan Machado ( baixo), a banda é formada também por Marcelo Corrêa (guitarra solo), Robson Rangel (bateria) e Fabiano Thomaz (teclado).

"Formamos a banda em de-zembro de 2002. Eu toquei na Banda Ordem Pública e o Ivan na Agressor. Após esses traba-lhos decidimos unir projetos e formar a Madame Escarlate. Hoje, com o Lagoa Rock, defen-demos o reconhecimento do trabalho de artistas locais, que sobem ao palco conosco para levar boa música à população da nossa cidade", afirmou Koy.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

QUESTÃODE JUSTIÇA

As novas regras do Auxílio-Doença

Possibilidade de Cooperação Técnica

O auxílio-doença é um segu-ro previdenciário regulado pela Lei 8.213/91, que consiste numa renda mensal paga pelo INSS ao segurado enquanto este estiver incapacitado para o trabalho. Al-gumas de suas regras acabaram de ser alteradas pela Medida Provisória 664 de 30 de dezem-bro de 2014.

Uma destas alterações foi o prazo de afastamento. Antes, o segurado poderia requerer o in-gresso no auxílio-doença caso sua incapacidade fosse superior a 15 dias. Agora, este pedido só poderá ser feito se a incapacida-de for superior a 30 dias.

Isso significa que o emprega-dor terá que pagar por um perío-do maior, pois antes somente os primeiros quinze dias de afasta-mento eram de sua responsabili-dade, e agora serão 30 dias.

Em compensação, o empre-

gado poderá retornar muito mais rápido à ativa, pois não irá precisar aguardar a marcação da perícia médica pelo INSS, o que é bom para ambas as partes.

Antes, se um trabalhador precisasse de 20 dias para re-cuperar-se de uma cirurgia, por exemplo, teria que se afastar em auxílio-doença pelo INSS, por-que o tempo de afastamento era superior aos 15 dias.

Contudo, o tempo de espera para que fosse submetido a uma perícia médica que confirmasse o tempo de afastamento seria muito superior aos cinco dias que precisava a mais, já que o agendamento por telefone (135) ou pela internet só podia ser fei-to após o décimo sexto dia, o que acarretava num afastamento muito superior ao necessário. Agora, este mesmo trabalhador, pode voltar mais rapidamente.

A Medida Provisória também prevê a possibilidade da celebra-ção de um termo de cooperação técnica para a realização da pe-rícia médica no local do trabalho e com médicos contratados pela empresa.

Historicamente, os trabalha-dores já encontram grande difi-culdade no acesso dos benefícios previdenciários, principalmente quando o afastamento se dá em

razão de doença ou acidente de trabalho, já que as empresas não têm interesse nesse tipo de afas-tamento, pois podem onerar as contribuições e gerar uma futura ação de indenização.

Esse termo de cooperação, se mal utilizado, poderá servir como uma forma de descaracterizar a natureza acidentária do benefício, o que será um grande retrocesso aos direitos dos segurados.

ANDREA MEIRELLES [email protected]

A nova forma do cálculo do benefícioOutra alteração foi a forma de

cálculo deste benefício previden-ciário, que passa a considerar a média dos últimos doze meses de salário.

Antes da Medida Provisória 664/2014, o cálculo era feito na média dos 80% dos melhores sa-lários recebidos a contar de julho´ 1994, multiplicado por um fator de 91%, o que normalmente ge-rava uma renda abaixo do salário atual do segurado.

Contudo, eventualmente, este mesmo cálculo aritmético tam-bém permitia que o valor do be-nefício do auxílio-doença pudesse ser superior aos últimos salários, como acontecia, por exemplo, nos

casos em que o segurado era me-lhor remunerado nas atividades anteriores à exercida no momento do afastamento no benefício.

Como a ideia do benefício é per-mitir a subsistência do segurado na sua recuperação, receber um benefício previdenciário superior ao que recebia enquanto estava em atividade, acabava sendo uma distorção, que agora foi corrigida.

Vale registrar que o valor do auxílio-doença é limitado ao teto do INSS, que em janeiro de 2015 é equivalente a R$ 4.663,75, isso quer dizer que, mesmo que o se-gurado tenha uma remuneração superior, este será o maior valor que o INSS poderá pagar.

As novas regras do Abono Salarial

Outra alteração se deu no abono salarial no valor de um salário-mínimo que era pago aos trabalhadores inscritos há pelo menos cinco anos no Programa de Integração Social (PIS) ou Pro-grama de Formação do Patrimô-nio do Servidor Público (Pasep), com renda mensal de até dois salários-mínimos, e desde que tivessem trabalhado pelo menos trinta dias no ano anterior.

Daqui para frente, em razão da Medida Provisória 665/2014, para que este mesmo trabalha-

dor possa receber o abono terá que comprovar que trabalhou ao menos seis meses ininterruptos de trabalho com carteira assina-da no ano anterior.

O valor do abono pago, em vez de um salário-mínimo, tam-bém passa a ser proporcional ao tempo de serviço trabalhado. Esta alteração, se aprovada pe-lo Congresso Nacional, só será sentida em agosto de 2015, data em que se inicia o calendário de pagamento destes benefícios aos trabalhadores.

Congresso Nacional irá analisar as mudanças

As mudanças entram em vigor após 1º de março, mas para que sejam definitivas ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional, como também irá

acontecer com as recentes al-terações da pensão por morte, defeso do pescador e seguro-desemprego. Com a palavra o Congresso Nacional!

ÁGUA

Desmatamento reduz chuvase agrava a escassez de água Amazônia perdeu 763 mil km2 de sua área originalMartinho Santafé

A lém de ser a maior flo-resta tropical que restou no mundo, a Amazônia

é também capaz de alterar o sentido dos ventos e uma bom-ba que suga água do ar sobre o oceano Atlântico e do solo e a faz circular pela América do Sul, causando em regiões distantes as chuvas pelas quais os paulis-tas hoje anseiam.

Mas esse processo depen-de da manutenção da flores-ta, cuja porção brasileira, até 2013, perdeu 763 mil quilôme-tros quadrados (km2) de sua área original, o equivalente a três estados de São Paulo. Para Antonio Donato Nobre, pesqui-sador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é preciso reverter esse processo e não apenas zerar o desmata-mento, mas recuperar a floresta.

No relatório “O futuro climá-tico da Amazônia”, divulgado recentemente, Nobre ressalta que o único motivo para não se tomarem providências ime-diatas para reduzir o desmata-mento é desconhecer o que a ci-ência sabe. Para ele, o caminho é conscientizar a população. “Agora é um bom momento porque as torneiras estão se-cando”, afirma.

No relatório, elaborado a par-tir da análise de cerca de 200 trabalhos científicos, ele mos-tra que a cada dia a floresta da bacia amazônica transpira 20 bilhões de toneladas de água (20 trilhões de litros). É mais do que os 17 bilhões de toneladas que o rio Amazonas despeja no Atlân-tico por dia. Esse rio vertical é que alimenta as nuvens e ajuda a alterar a rota dos ventos.

Nobre explica que os mapas de ventos sobre o Atlântico mostram que, no hemisfério Sul e a baixas altitudes, o ar se mo-ve para noroeste na direção do equador. “Na Amazônia a flores-ta desvia essa ordem”, diz. “Em parte do ano, os ventos alísios carregados de umidade vêm do hemisfério Norte e convergem para oeste/sudoeste, adentran-do a América do Sul.”

Essa circulação viola um pa-radigma meteorológico que diz que os ventos deveriam soprar das regiões com superfícies mais frias para aquelas com superfícies mais quentes. “Na Amazônia, o ano todo eles vão do quente, o Atlântico equato-rial, para o frio, a floresta”, ex-plica.

FENÔMENOS METEOROLÓGICOS

Uma parceria com os russos Anastasia Makarieva e Victor Gorshkov, do Instituto de Físi-ca Nuclear de Petersburgo, tem ajudado a explicar do ponto de vista físico os fenômenos mete-orológicos da Amazônia. Em ar-tigo publicado em fevereiro de 2014 no Journal of Hydromete-orology, eles afirmam, com base em análises teóricas confirma-das por observações empíricas, que o desmatamento altera os padrões de pressão e pode cau-sar o declínio dos ventos carre-gados de umidade que vêm do oceano para o continente.

O grupo analisou os dados de 28 estações meteorológicas em duas áreas do Brasil e viu que os ventos que vêm da floresta ama-zônica carregam mais água e es-tão associados a maiores índices de chuvas do que ventos que partem de áreas sem floresta e chegam à mesma estação.

Isso acontece, segundo os pesquisadores, por causa da bomba biótica de umidade, uma teoria proposta pela dupla russa em 2007 para explicar a dinâmi-ca de ventos impulsionada por florestas. Essa ideia completa a descrição feita pelo climatolo-gista José Antonio Marengo, à época pesquisador do Inpe, de como a Amazônia exporta chu-vas para regiões mais meridio-nais da América do Sul.

A teoria da bomba biótica aplica uma física não usual à meteorologia e postula que a condensação da água, favoreci-

da pela transpiração da floresta, reduz a pressão atmosférica que suga do mar para a terra as cor-rentes de ar carregadas de água.

Os fundamentos da influência da condensação sobre os ventos foram apresentados em artigo publicado em 2013 por Anasta-sia e Gorshkov, em parceria com Nobre e outros colaboradores, na Atmospheric Chemistry and Physics, uma das revistas mais importantes da área.

Por meio de uma série de equações, eles mostram que o vapor de água lançado à atmos-fera pela transpiração da flores-ta gera, ao condensar, um fluxo capaz de propelir os ventos a grandes distâncias. De acordo com Nobre, a nova física da con-densação proposta por eles ge-rou, ainda durante a revisão do artigo, uma controvérsia com meteorologistas, que debate-ram o assunto furiosamente em blogs científicos com a intenção de derrubar a principal equação do trabalho.

Não conseguiram e o trabalho foi publicado. O pesquisador do Inpe explica a polêmica. “É uma física que atribui à condensação, um fenômeno básico e central do funcionamento atmosféri-co, um efeito oposto ao que se acreditava”, diz. “Será necessá-rio reescrever os livros didáticos da área.”

MAU NEGÓCIO PARAAGRICULTURA

O desmatamento é ruim pa-ra o meio ambiente, para o cli-ma e também é péssimo para a biodiversidade, além de liberar gases de efeito estufa na atmos-fera. Agora, a ciência está cada vez mais certa de que também é um mau negócio para a agri-cultura, pois provoca o aumento das temperaturas e intefere nos sistemas de chuvas, tornando o clima mais seco.

Uma análise detalhada sobre os impactos do desmatamento de florestas tropicais na agri-culgtura, publicado este mês na revista Nature pelas pesquisa-doras Deborah Lawrence e Ka-ren Vandecar, do Departamento de Ciências Ambientais da Uni-versidade de Virgínia (EUA), lançou luz sobre a relação exis-tente entre o desmatamento destas florestas, a mudança da temperatura, os padrões de pre-cipitação e seu subsequente ris-co para a produção mundial de alimentos.

As florestas são parte vital do ciclo da água. Elas são res-ponsáveis por transportar a água do solo para a atmosfera, por evaporação - tecnicamente chamada de evapotranspiração. As florestas tropicais são capa-zes de transportar mais água do que qualquer outro ecossistema terrestre. Esta umidade cai em forma de chuva, seja localmente ou em outras regiões. A evapo-transpiração também tem um efeito resfriador no ambien-te, assim como a transpiração humana. Em geral, o desmata-mento gera um clima mais seco e quente.

A agricultura sofre com ex-tremos de temperatura. Plantas de determinadas culturas, por exemplo, não são capazes de re-sistir a altas temperaturas. Es-tações chuvosas fora de época, períodos com muita ou pouca chuva, precipitações frequentes ou muito espaçadas, todas estas

oscilações também têm efeito sobre a produção agrícola.

Um exemplo apresentado na revisão de modelos de desma-tamento fora de áreas protegi-das prevê uma queda de 25% no rendimento da soja em pelo menos metade da área total cul-tivada hoje em dia. Consequen-temente, algumas áreas de pe-cuária não seriam mais viáveis.

Outro fato importante é que o desmatamento de florestas tropicais também oferece risco a produção de alimentos culti-vados a milhares de quilôme-tros. Em 2013, o Greenpeace publicou o relatório “An Impen-ding Storm”, (Tempestade Imi-nente), com algumas das mais recentes pesquisas científicas que mostram como as florestas (e seu desmatamento) influen-ciam o clima global.

ESTUDO CONFIRMA RISCOS

O estudo lançado este mês corrobora com o trabalho do Greenpeace, inclusive nos exemplos citados, como a con-clusão de que o desmatamento da Amazônia e das florestas tro-picais da África central causa-ram a redução das precipitações no centro-oeste norteamerica-no na temporada de plantio. Do mesmo modo, o completo des-matamento da floresta da Bacia do Congo, na África, deve in-tensificar as monções no Oeste africano, enquanto o aumento de temperatura, que deve ficar entre 2 e 4 °C, e a redução em até 50% nas chuvas, devem afetar toda a região.

O novo estudo também des-creve, de uma maneira bem re-alista, os impactos do desmata-mento parcial. O desmatamento pode tornar-se crítico quando o “ponto de inflexão” é atingido quando não há chuva suficien-te para que a floresta possa se sustentar, de tal forma que ela acabe substituída por savana ou pastagem. Os autores sugerem que, para a Amazônia, e possi-velmente para a África Central, o ponto de inflexão pode ser alcançado com os níveis de des-matamento entre 30-50%.

Este ponto pode ser bem me-nor em algumas florestas costei-ras que são importantes na con-dução de umidade do oceano para o interior dos continentes.

A pesquisa conclui que o des-matamento de florestas tropi-cais aumentas as incertezas e os riscos para a produção de alimentos, seja perto ou longe das áreas desmatadas, graças as mudanças de temperatura e al-teração nos sistemas de chuvas.

A evidência científica que aponta para o fato de que todos dependemos das florestas tro-picais, independente do lugar do mundo onde se viva, está se tornando cada vez mais forte. Isso mostra a importância de prevenir a destruição das flo-restas e até de recuperar áreas degradadas, o que poderá garan-tir que as florestas continuem a regular o clima e a temperatura do planeta, mantendo nossa ca-pacidade de produzir alimentos e de conservar a biodiversidade.

MANEJO INADEQUADO CONTRIBUI PARA A QUEDADE ÁRVORES EM SP

A cidade de São Paulo regis-trou, nos últimos 15 dias, pelo menos 760 quedas de árvores,

segundo balanço da prefeitu-ra. Com as tempestades de verão, as árvores fragilizadas por terem sido plantadas em lugares inadequados, recebido poda errada ou por apresen-tarem apodrecimento acabam não resistindo.

Segundo o Sérgio Brazolin, biólogo especializado em ar-borização urbana e pesquisa-dor do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), a maioria dessas árvo-res tinha entre 60 e 70 anos de idade, e foi plantada sem planejamento. “Elas foram colocadas em condições ina-dequadas, o que hoje não se pratica mais, como em calça-das estreitas”, explica.

Árvores de grande porte, segundo o especialista, preci-sam de um sistema de raízes reforçado. “Mas no passeio pequeno, elas mal conseguem fazer crescer as raízes em to-dos os sentidos. Para o sentido da rua, por exemplo, ela não cresce”, esclarece.

Além da falta de espaço pa-ra crescer, a ação do homem contribui para fragilizar ainda mais as árvores na cidade. Al-gumas pessoas decidem cortar a suas raízes para evitar que elas danifiquem a estrutura da calçada. “Isso é como con-tar o seu pé, a árvore perde a sustentação. Daí, num vento forte, que nem precisa ser tão forte, ela cai. Tem poda que às vezes é feita e desequilibra a árvore. Imagina uma copa de árvore em que você poda só de um lado, aí você joga o peso dela todo para o outro lado. Hoje, existem manuais de boas práticas para podas, que têm que ser seguidas pela prefeitura e pela companhia de energia elétrica”.

Outro motivo para a queda de árvores é o apodrecimento do tronco, principalmente na base. Sérgio explica que, mui-tas vezes, as pessoas olham um tronco por fora e não per-cebem que, por dentro, ele está oco. Em períodos chuvosos, o solo encharcado e o aumento do peso da árvore em razão da água que se acumula na sua co-pa são fatores que a fazem cair.

“Em dias de ventos muito fortes, essas árvores, que estão fragilizadas, principalmen-te porque estão apodrecidas internamente, atacadas por cupins ou fungos, estão gran-des, pesadas. Elas rompem na parte fragilizada”. Quando uma árvore sadia cai, não há rompimento - ela tomba le-vantando a sua raiz, esclarece o especialista.

Entre as soluções para evitar esses problemas está o uso da calçada verde, feita, em parte por grama. “Isso permite o de-senvolvimento da árvore”, dis-se Sérgio. O especialista tam-bém informou que a prefeitura tem a responsabilidade de fa-zer diagnósticos e, preventiva-mente, remover ou podar a ár-vore para diminuir o seu peso e evitar o tombamento.

“Isso não se faz num verão. Esse manejo, a retirada ou poda de árvores, tem que ser planejado por muitos anos, e é um trabalho contínuo. Existem informações que já permitem você eliminar ár-vores, que a gente chama de evidência objetiva de proble-ma”, declarou.

DIVULGAÇÃO

A Amazônia perdeu o equivalente a três estados de São Paulo

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 9

BAIRROS EM DEBATE Cavaleiros

Cavaleiros recebe investimentos e vira “modelo” para a cidadeÁrea nobre vem sendo contemplada ao longo dos últimos anos com toda infraestrutura Marianna [email protected]

“Um nobre exemplo torna fáceis as ações difíceis”. Essa sema-

na, o Bairros em Debate vai mu-dar um pouco o foco e mostrar um dos lugares que poderia ser utilizado como modelo para todo o município. Considerado um dos endereços mais cobi-çados de Macaé, o Cavaleiros viu ao longo dos últimos cinco anos grandes investimentos em infraestrutura.

Entre as melhorias que po-dem ser destacadas estão a revitalização da orla da praia, a ampliação da ciclovia, que agora é interligada a Praia do Pecado via RJ-106, o sanea-mento e a criação do Espaço

de Convivência.O que se pode ver é que, en-

quanto bairros carentes so-frem com a falta de itens bási-cos para a sobrevivência, como rede e tratamento de esgoto, água encanada, pavimentação e lazer, as áreas nobres são contempladas com toda estru-tura necessária para promover a qualidade de vida dos mora-dores e frequentadores.

Além de uma área residen-cial, o Cavaleiros é famoso pela sua diversidade gastronômica e hoteleira, concentrando os maiores restaurantes e hotéis da cidade. Para muitos ele é considerado uma das áreas turísticas do município, tudo isso graças a sua praia, que leva o mesmo nome, uma das mais frequentadas.

FOTOS WANDERLEY GIL

Bairro concentra o polo gastronômico e hoteleiro da cidade

Orla é revitalizada depois de três anosEm março de 2011, o calçadão do Cavaleiros teve parte da sua estrutura danificada após uma forte ressaca atingir o litoral ma-caense. Em 2011, o Bairros em Debate visitou o local oito meses após o desastre natural.

Na época, os moradores relata-vam a situação de abandono de um dos cartões postais da cidade. Fo-ram quase três anos de promessas, mas sempre quando as obras iam começar o prazo era adiado.

A reforma só começou de fato no início do segundo semestre de 2013, sendo concluída a primeira fase em julho e a segunda em se-tembro do ano passado.

Segundo a prefeitura, o projeto de revitalização visou proporcio-nar aos cidadãos um espaço com maior conforto e segurança para que as pessoas pudessem praticar suas atividades físicas e também aproveitar ao máximo os momen-tos de lazer.

Em vez de destroços, a orla passou a contar com um nova ciclovia e postos salva-vidas. Já o

Espaço de convivência da populaçãoDando sequência às obras da Orla do Cavaleiros, foi inau-gurado, no terreno próximo a Rua Valparaíso, o Espaço de Convivência. O espaço é um bom ambiente para quem pro-cura um lugar de descontração e de bem-estar. O local dispo-nibiliza uma academia ao ar livre e um parquinho infantil, com brinquedos em madeira.

Além disso, para atrair a po-pulação são oferecidas ativida-des para as crianças e para os adultos. No caso dos menores, durante o verão estão sendo realizado eventos nos finais de semana com brincadeiras e atividades.

Já durante a semana, às ter-ças e quintas-feiras, às 18h30, pensando nas pessoas que

saem do trabalho, o Espaço de Convivência, disponibili-za um Aulão de Ginástica que conta com a participação de pessoas de toda a cidade, com o professor Wander Passos. Além do aulão, quem quiser pode participar também da ginástica na areia, às 7h40 e de massoterapia, às segundas e quartas-feiras.

Nem tudo é perfeito: bairro sofre com os buracos em alguns trechosComo nada é perfeito, o Cavalei-ros também sofre com os buracos em alguns trechos do bairro. A parte mais crítica fica situada nas aveni-das Atlântica e Nossa Senhora da Glória, no trecho próximo ao Trevo da Cancela Preta (Rua Brás Vitóla).

Segundo os moradores, essa par-te ainda é de pedras, que acabam se soltando com o passar do tempo. Em contrapartida, outras ruas in-ternas foram substituídas por asfal-to no ano passado.

De acordo com a prefeitura, a

secretaria de Obras abriu uma li-citação para asfaltar várias ruas do município. No entanto, ela enfati-zou que esse trecho não está pre-visto no cronograma, mas a solici-tação foi encaminhada para o setor responsável.

Vale enfatizar que a manutenção das vias está prevista dentro do Có-digo Brasileiro de Trânsito (CBT), que garante que é dever das autori-dades promover um trânsito seguro e de qualidade. De acordo com o Art. 1º, “o trânsito, em condições segu-

ras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componen-tes do Sistema Nacional de Trânsi-to, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito”.

No ano passado, a prefeitura che-gou a fazer a substituição por asfal-to das ruas transversais, que antes eram de pedra. A nova pavimenta-ção melhorou o problema dos bura-cos nas vias internas do bairro, que antes eram alvo de reclamações.

Após ser destruído por uma ressaca, calçadão foi revitalizado

Saneamento melhora condições da praiaHá alguns anos, as “línguas negras", como são chamados os córregos de esgoto a céu aberto na areia da praia, eram comuns no Cavaleiros. Isso acontecia por conta da falta de saneamento no bairro, o que levava muitos mora-dores a fazer ligações clandesti-nas na rede pluvial.

Segundo a Odebrecht Ambien-tal, responsável pela ampliação do saneamento básico do mu-nicípio, ela anunciou no início dessa semana que começou a realizar o serviço de instalação das caixas de inspeção (CI) em imóveis situados na orla da Praia

dos Cavaleiros.O objetivo das obras é a implan-

tação da rede de esgoto. A empre-sa constrói a caixa de inspeção, que tem a finalidade de conectar a tubulação do esgoto interno do imóvel à rede pública de esgoto.

Essas caixas são instaladas nas calçadas dos imóveis e este serviço é feito pela Odebrecht. Os proprietários dos imóveis são responsáveis em ligar a re-de doméstica até as caixas de inspeção.

De acordo com a Odebrecht, o término das obras depende dos moradores. Em primeiro lugar

os proprietários dos imóveis en-tram em contato com a Central de Atendimento, solicitando a cons-trução da CI, em seguida, as obras são feitas na calçada do morador e posteriormente, o próprio pro-prietário contrata uma equipe de pedreiros para realizar a ligação da rede interna com a CI.

A Odebrecht Ambiental vem realizando um trabalho essen-cial para garantir o saneamento para toda a população. Contudo, os moradores têm um papel fun-damental na finalização de todo o sistema: o de promover a ligação da rede doméstica à rede pública,

garantindo a coleta e tratamento do seu esgoto. Segundo a empre-sa, no bairro Cavaleiros mais de 80% dos moradores já se conec-taram à rede.

É importante ressaltar que aqueles que não efetuam a liga-ção das redes, dentro do prazo de 90 dias, estão cometendo crime ambiental e ainda correm o risco de serem multados. Se o proprie-tário do imóvel for notificado, e não cumprir a exigência, poderá ser penalizado na segunda vez. Em Macaé, a fiscalização é feita pela Empresa Pública Municipal de Seneamento (Esane).

Espaço promove o bem-estar e integração entre crianças e adultos

Ruas internas do bairro receberam novo asfalto em 2013

calçadão foi ampliado e recebeu paisagismo com bancos. O deck de madeira também foi recons-truído e a iluminação pública melhorada, uma vez que muitas pessoas gostam de caminhar pelo local no período da noite.

Para evitar novos danos por conta de ressacas, foi preciso construir um muro de contenção

em concreto armado, tubos metá-licos e malhas de aço preenchidas com pedras, uma estrutura mais resistente aos eventos climáticos.

“É muito gratificante ver es-se espaço assim depois de tanto tempo abandonado. Aquilo me dava angústia, porque, mesmo não morando aqui no bairro, eu sempre venho para caminhar no

final do dia. Eu me sentia cons-trangida de chegar aqui e ver es-sa orla destruída. Além da beleza, isso aqui está trazendo as pessoas de volta para esse espaço. Você anda no local, principalmente no

verão, e vê as famílias curtindo. Ficou muito bonito esses bancos em formato de barcos. Espera-mos agora que as pessoas deem valor e preservem. Seria legal também se esse projeto urbanís-

tico fosse levado a outros bairros como Barra de Macaé, São José do Barreto e Lagomar. Nós te-mos um litoral extenso, que não é explorado e valorizado”, relata Aline Mancine.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Geral Neste ano Macaé terá o melhor Fest Verão esportivo de todos os tempos. Foi o que afirmaram o secretário de Governo, Leonardo Gomes, e o presidente da Fundação de Esporte e Turismo (Fesportur), Ricardo Salgado, durante entrevistas a duas rádios da cidade

NOTA

MEDULA ÓSSEA

Pacientes que precisam de transplante ganharão mais leitosMinistério da Saúde dispõe de novos recursos para ampliar o número de leitos destinados a pacientes que dependem de transplante de medula óssea

Ludmila [email protected]

pacientes que dependem de transplante de medula óssea, so-bretudo os pacientes sem ligação familiar, serão beneficiados com o incentivo criado pelo Ministério da Saúde que visa gerar um maior número de leitos para a realização do procedimento. A expectativa do Ministério é triplicar os existentes, passando de 88 para 250 leitos.

Serão investidos R$ 240 mil para abertura de cada novo leito ou am-pliação dos já existentes, destina-dos a transplantes entre doadores e receptores sem ligação familiar. O objetivo é ampliar a capacidade de realização de transplante de medula óssea não aparentado (alogênico) no país. O recurso garante ainda a cria-ção e a melhoria da qualificação da equipe de atendimento, a aquisição de equipamentos e materiais, além de permitir a reforma e/ou constru-ção dos Centros de Transplantes, que hoje somam 27 unidades. Em 2003, eram apenas quatro serviços.

Para receber o incentivo financei-

ro, os hospitais precisam apresentar um projeto ao Ministério da Saúde, se comprometer a habilitar cinco leitos e a realizar, no mínimo, dez transplantes de medula óssea não aparentado por ano, considerado o mais complexo.

O transplante de medula óssea é um procedimento de alta comple-xidade. O paciente transplantado praticamente zera toda a sua ca-pacidade de resposta imunológica, e, por isso, requer infraestrutura hospitalar que atenda requisitos de segurança, como isolamento, e uma equipe multidisciplinar qua-lificada para garantir o sucesso do procedimento.

O Brasil é considerado referência mundial no campo dos transplantes, 95% dos procedimentos são reali-zados no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se do maior sistema público de transplantes do mundo. Em 2013, foram realizados 23.457 transplantes pelo SUS, sendo 2.113 de medula óssea, dos quais 1.059 foram autólogos, quando são im-plantadas células tronco do próprio paciente, e 672 alogênicos, nesta técnica são utilizadas células de um doador saudável, sendo que 270 fo-ram não aparentados. As leucemias agudas são as principais causas de transplantes no Brasil e no mundo.

COMO SER UM DOADORO candidato a doador de medula

óssea, com idade entre 18 e 55 anos,

KANÁ MANHÃES

Com trabalho realizado pelo Redome, número de transplantes tem aumentado em todo país

SAÚDE

Estado fecha 2014 com recorde de doação de órgãos

programa estadual de Transplantes (PET) comemo-ra o 4° ano consecutivo com recorde em doações. Em 2014, as equipes conseguiram con-cretizar 272 doações de órgãos, um crescimento de 20,8% em relação ao ano anterior, quan-do foram registradas 225 cap-tações, e quase 10% acima da meta prevista para o ano pas-sado, que era de 250 doações.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o esfor-ço em captar órgãos resultou em um aumento no número de transplantes realizados no estado. Foram feitos 1.547 transplantes de órgãos e teci-dos em 2014, um número 8,4% superior aos 1.428 cirurgias de 2013. O crescimento é ainda maior quando consideramos apenas os transplantes de ór-gãos (fígado, rins e coração):

Foram 272 captações no ano passado e houve um aumento de 20,8% em relação a 2013

661 no ano passado contra 587 transplantes do ano anterior.

A doação de órgãos é em muitos casos, a transformação de uma dor em redenção, um sentimento de dever cumpri-do ou simplesmente acatar a decisão de um ente querido. Com isso, outra conquista das equipes do Programa Estadual de Transplante se concretizou em uma das áreas mais emble-máticas do processo de capta-ção de órgãos: a sensibilização da família do doador, que ainda está fortemente impactada pela morte de seu parente, mas pre-cisa decidir se permite ou não a doação. O índice de autorização familiar teve crescimento de quase seis pontos percentuais, passando de 51,6% em 2013, pa-ra 57,5% no ano passado.

O estado fechou o ano com uma média de 17 doadores por milhão de habitantes, se igualando aos indicadores da Finlândia e deixando para trás países como Canadá, Austrá-lia, Holanda e Suíça. O índice estadual acaba puxando a mé-

dia brasileira e é maior do que o indicador nacional registra-do ao final de 2013, que era de 13,2 por milhão de habitantes.

O Hospital Público Munici-pal (HPM), desde a criação em 2006, da Comissão Intra-Hos-pitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), realizou sete cap-tações com sucesso. A última doação de órgãos que aconte-ceu no HPM foi em agosto de 2014 e a doadora foi uma crian-ça de 5 anos, sendo a segunda captação de órgãos na cidade.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil pes-soas esperam na fila por um órgão. De acordo com o Minis-tério da Saúde, o número de doadores efetivos aumentou em 90%, em seis anos no Brasil.

Por lei, no Brasil, a doação só pode ser feita perante au-torização da família do doa-dor. Por isso, o Ministério da Saúde lança campanhas para estimular que um futuro doa-dor manifeste aos familiares e amigos esse desejo.

KANÁ MANHÃES

Número de pessoas que aguardam em fila de espera por doação de órgão ainda é grande

deve procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada entrevista para esclare-cer dúvidas a respeito das doações. Em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) pa-ra identificar a tipagem de HLA (ca-racterísticas genéticas importantes para a seleção de um doador).

Os dados do doador são inseri-dos no cadastro do Redome. Se o doador for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários. Uma vez con-firmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro. Os doadores retornam às suas atividades habitu-ais, em geral, dois dias após a doa-ção, e a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.

REDOMENos últimos dez anos, o Brasil se

esforçou para construir o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que é hoje o ter-ceiro maior do mundo, com mais 3,5 milhões de registros. O banco reúne as informações genéticas e dados cadastrais dos doadores vo-luntários de medula óssea. Duas vezes ao dia, um sistema informa-tizado realiza o cruzamento das informações genéticas dos pacien-tes que estão necessitando de um transplante de medula com as dis-poníveis no Redome.

EVENTO

Mais um Domingo da Família no CavaleirosEspaço de Convivência atrai cada vez mais a comunidade com programação de diversão para toda a família

Acordar cedo, reunir a fa-mília e poder fazer algu-ma atividade que goste

é, para muitos, a idealização de um final de semana de sucesso. Em Macaé, os espaços ao ar li-vre têm proporcionado cada vez mais atividades que podem reunir famílias e amigos em ambientes que contemplem a natureza e a diversão.

O Espaço de Convivência, na orla do Cavaleiros, recebe toda a semana o “Domingo da Família”. O evento tem como principal objetivo a reunião de pessoas, com brincadeiras para crianças, pula-pula, carrinho de pipoca, teatrinho, piscina de bolinhas, carrinho de algodão doce, participação de palhaços, entre outras atividades, sempre a partir das 8h.

O espaço é um bom ambien-te para quem procura um local de descontração e de bem-es-tar. O local disponibiliza uma academia ao ar livre e um par-quinho infantil, com brinque-dos em madeira.

O Coordenador do espaço, Jorge Pereira da Silva, mais conhecido como Bem John-son, disse que o local tem re-

cebido cada vez mais pessoas e que a meta deles é crescer e apresentar mais serviços para a população.

“Estamos sempre pensando em evoluir, melhorar o serviço que estamos prestando aqui. Ideias não nos faltam e a gen-te só vai ampliando os serviços oferecidos, tanto para o públi-co infantil, como para o público adulto”, ressaltou.

Durante a semana, nas terças e quintas-feiras, às 18h30, pen-sando nas pessoas que saem do trabalho, o Espaço de Convi-vência, disponibiliza um Aulão de Ginástica que conta com a participação de pessoas de toda cidade, com o professor Wander Passos. Além do aulão, quem quiser pode participar também da ginástica na areia, às 7h40 e de massoterapia, as segundas e quartas-feiras.

Com esses investimentos realizados pela Prefeitura, os dias de sol na cidade podem ser muito bem aproveitados, com belas vistas e espaços que le-vam à integração de famílias e amigos, é um excelente passeio para aqueles que buscam bem-estar e lazer.

KANÁ MANHÃES

Espaço ajuda a reunir amigos e familiares

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 11

EDUCAÇÃO

Fundação Luiz Reid reelege presidente e aprova três nomes como conselheirosGrupo se reuniu na última terça-feira e já apresentou propostas de trabalho que será iniciado neste ano

Reunidos no final da tarde de terça-feira (13), numa das salas da Faculdade de

Filosofia Ciências e Letras de Macaé, os membros da Funda-ção Educacional Luiz Reid par-ticiparam da assembleia convo-cada pelo presidente Antonio Carlos Pinto de Carvalho, para a eleição dos Conselhos Dire-tor, Curador e Fiscal, para o tri-ênio 2015-2018, ocasião em que todos os integrantes presentes votaram a favor da recondução do Dr. Antonio Carlos Pinto de Carvalho para Presidência da

Instituição, tendo em vista o trabalho realizado durante os anos em que está à frente da Fundação e a necessidade de dar continuidade aos projetos em andamento.

Os membros da Fundação Educacional Luiz Reid, mante-nedora da Faculdade de Filoso-fia, Ciências e Letras de Macaé, aprovaram também por unani-midade, sugerido pelos presen-tes, o nome do advogado e con-selheiro Edson Galassi Neves para a vice-presidência, ambos com aclamação e aprovação

unânime entre os presentes.Atendendo disposição esta-

tutária, o Conselho Diretor da Fundação Educacional Luiz Reid, conta com representa-ção da Prefeitura Municipal de Macaé, da Secretaria Muni-cipal de Educação, da direção do Colégio Estadual Luiz Reid, além de ter representação do corpo docente e da direção da FAFIMA. Os integrantes do Conselho de Adminstra-ção participam da Fundação, em caráter vitalício, havendo necessidade de sua substitui-

ção após falecimento. Nessa reunião, o Dr. Antonio Carlos solicitou a indicação de alguns nomes da sociedade macaen-se para substituição dos con-selheiros falecidos. O nome do Sr. Marcelo Almeida Viana Reid, Presidente da Comissão Municipal da FIRJAN foi su-gerido e aprovado por todos os presentes, tendo em vista o seu comprometimento com a instituição e com as causas da população macaense. A seguir, houve a indicação dos nomes do Sr. Lafayete Mendes Fer-

nandes, filho do saudoso Ilson Fernandes, e do professor Ri-cardo Meireles Vieira, escritor renomado e historiador. Os nomes indicados receberam aprovação unânime, por se tratarem de pessoas dinâmi-cas e respeitadas por todos os segmentos da sociedade.

O presidente da Fundação Luiz Reid, Antonio Carlos Pinto de Carvalho, expôs a sua satis-fação em receber os novos con-selheiros, afirmando que não resta nenhuma dúvida de que a Fundação será beneficiada com

a participação desses homens na sua administração, agora inte-grados ao trabalho de fortalecer mais a instituição.

Após a eleição dos membros dos Conselhos Diretor, Cura-dor e Fiscal, completando o disposto na Ordem do Dia, que durou cerca de duas horas, outros assuntos foram debati-dos pelos membros presentes, todos enaltecendo o trabalho desenvolvido pela Fundação Luiz Reid que realizou ano passado evento para celebrar os 40 anos da Fafima.

O DEBATE

Giselda Damaceno, Elizabeth Azevedo, Ivânia Ribeiro, Antônio Carlos, Edson Galassi e Márcia Curvelo e Oscar PiresGiselda Damaceno, Elizabeth Azevedo, Ivânia Ribeiro, Antônio Carlos, Edson Galassi e Márcia Curvelo

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 18 e segunda-feira, 19 de janeiro de 2015