noticia conflito blog

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Alfacoop Cooperativa de Ensino crl Externato Infante D. Henrique Avª Comendador Padre David | 4709-008 Ruílhe | Tel.253 959 000 Fax.253 951 701 | www.eidh.eu email: [email protected] EIXO 2. Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida | 2.2 Educação e Formação de Adultos Um DJ cadeirante enfrenta preconceito Adailton Anselmo afirma que os deficientes físicos ainda precisam superar muitas adversidades nos municípios da região. Quem costuma frequentar as melhores baladas da região não imagina chegar á festa e encontrar um DJ sentado numa cadeira de rodas, utilizando o mixer (controladores de áudio utilizados pelos DJs) com as melhores músicas. Preconceito, sentimento de desprezo pela situação, negligência. A vida do jovem Adailton Vieira Anselmo, de Braço do Norte, começou a mudar quando, segundo ele, por incompetência de um motorista que invadiu a pista em que ele estava, ocorreu um grave acidente de moto. “Acredito que a justiça deveria ser mais severa com quem comete este tipo de delito”, afirma. Nem mesmo o facto de ficar o resto da vida em uma cadeira de rodas e conviver quase que diariamente com o preconceito tiram de Adailton a vontade de trabalhar. Há 14 anos, ele começou a batalhar numa rádio. “Nesse tempo de rádio, fui animador, vendedor, productor, DJ, externa, operador de áudio, entre outras actividades. Fiz cursos de produção e edicção de áudio. A música e a profissão sempre estiveram na minha vida. Faço tudo com dedicação”, conta Adailton não está sozinho na luta para garantir melhores condições de vida e na diminuição do preconceito contra os deficientes físicos. “Os lugares, as ruas... As pessoas precisam parar com isso. Somos iguais às outras. Precisamos de respeito”, alerta um outro cadeirante de Tubarão.· Quando o assunto é enfrentar o preconceito das pessoas, Adailton é contundente. “Todos nós, de uma maneira geral, sentimos algum tipo de preconceito. Para quem está na cadeira é mais do que isso. É um desrespeito total”, afirma.· Para ouvir o som do DJ Adailton, é só ficar atento nos melhores eventos da região. Actualmente, ele trabalha em uma rádio de Braço do Norte. “No meu caso especificamente, faço e agito como qualquer outro DJ que não está na cadeira de rodas, pois conheço muito bem de música. Não é à toa que trabalho com isso há 14 anos e com muito prazer”, destaca Adailton

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Post on 05-Aug-2015

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Page 1: Noticia conflito blog

Alfacoop – Cooperativa de Ensino crl Externato Infante D. Henrique Avª Comendador Padre David | 4709-008 Ruílhe | Tel.253 959 000 Fax.253 951 701 | www.eidh.eu email: [email protected] EIXO 2. Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida | 2.2 Educação e Formação de Adultos

Um DJ cadeirante enfrenta preconceito

Adailton Anselmo afirma que os

deficientes físicos ainda precisam superar

muitas adversidades nos municípios da

região.

Quem costuma frequentar as melhores

baladas da região não imagina chegar á

festa e encontrar um DJ sentado numa

cadeira de rodas, utilizando o mixer

(controladores de áudio utilizados pelos

DJs) com as melhores músicas.

Preconceito, sentimento de desprezo pela

situação, negligência.

A vida do jovem Adailton Vieira

Anselmo, de Braço do Norte, começou a

mudar quando, segundo ele, por

incompetência de um motorista que

invadiu a pista em que ele estava, ocorreu

um grave acidente de moto. “Acredito

que a justiça deveria ser mais severa com

quem comete este tipo de delito”, afirma.

Nem mesmo o facto de ficar o resto da

vida em uma cadeira de rodas e conviver

quase que diariamente com o preconceito

tiram de Adailton a vontade de trabalhar.

Há 14 anos, ele começou a batalhar numa

rádio. “Nesse tempo de rádio, fui

animador, vendedor, productor, DJ,

externa, operador de áudio, entre outras

actividades. Fiz cursos de produção e

edicção de áudio. A música e a profissão

sempre estiveram na minha vida. Faço

tudo com dedicação”, conta

Adailton não está sozinho na luta para

garantir melhores condições de vida e na

diminuição do preconceito contra os

deficientes físicos. “Os lugares, as ruas...

As pessoas precisam parar com isso.

Somos iguais às outras. Precisamos de

respeito”, alerta um outro cadeirante de

Tubarão.·

Quando o assunto é enfrentar o

preconceito das pessoas, Adailton é

contundente. “Todos nós, de uma maneira

geral, sentimos algum tipo de

preconceito. Para quem está na cadeira é

mais do que isso. É um desrespeito total”,

afirma.·

Para ouvir o som do DJ Adailton, é só

ficar atento nos melhores eventos da

região. Actualmente, ele trabalha em uma

rádio de Braço do Norte. “No meu caso

especificamente, faço e agito como

qualquer outro DJ que não está na cadeira

de rodas, pois conheço muito bem de

música. Não é à toa que trabalho com isso

há 14 anos e com muito prazer”, destaca

Adailton