notícias da firma memorando de entendimentos … - novo formato...26.02.1 06.03.18 acontece 1...

11
2.491 26.02.18 — 06.03.18 ATOS DOS TRÊS PODERES Poder Executivo Poder Judiciário Poder Legislativo biblioteca INFORMA O boletim eletrônico semanal Biblioteca Informa é produzido pela equipe da Biblioteca de Pinheiro Neto Advogados. A publicação compila atos recentes dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Também traz notícias da firma e artigos sobre temas jurídicos de interesse. PERIODICIDADE Semanal SÓCIO RESPONSÁVEL Raphael de Cunto GERENTE DA BIBLIOTECA Patrícia Gaião CONTATO [email protected] Este boletim tem caráter genérico e informativo, não constituindo opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Para mais informações, entre em contato com nossos advogados ou visite o website www.pinheironeto.com.br . 1 ↑ voltar ao início ATOS DO PODER EXECUTIVO Receita define regras para entrega do Imposto de Renda Pessoa Física/2018 O secretário da Receita Federal do Brasil expediu a Instrução Normativa nº 1.794, dispondo sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2018, ano-calendário de 2017, pela pessoa física residente no Brasil (DOU Seção I, de 26.2.2018). Aprovado Programa de Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão) O secretário da Receita Federal do Brasil expediu a Instrução Normativa nº 1.791, aprovando o programa multiplataforma de Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão) do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física relativo ao ano-calendário de 2018 (DOU Seção I, de 26.2.2018). RECEITA DEFINE REGRAS PARA ENTREGA DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA/2018 (FOTO: PEXELS) ACONTECE Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE Memorando de entendimentos CADE-BACEN Artigos recentes na web

Upload: others

Post on 20-Jun-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ATOS DOS TRÊS PODERES

▪ Poder Executivo▫ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo

b i b l i o t e c a

I N F O R M AO boletim eletrônico semanal Biblioteca Informa é produzido pela equipe da Biblioteca de Pinheiro Neto Advogados. A publicação compila atos recentes dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Também traz notícias da firma e artigos sobre temas jurídicos de interesse.

PERIODICIDADE Semanal

SÓCIO RESPONSÁVEL Raphael de Cunto

GERENTE DA BIBLIOTECA Patrícia Gaião

CONTATO

[email protected]

Este boletim tem caráter genérico e informativo, não constituindo opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Para mais informações, entre em contato com nossos advogados ou visite o website www.pinheironeto.com.br.

1

←→↑ voltar ao início

ATOS DO PODER EXECUTIVO

Receita define regras paraentrega do Imposto de Renda Pessoa Física/2018O secretário da Receita Federal do Brasil expediu a Instrução Normativa nº 1.794, dispondo sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2018, ano-calendário de 2017, pela pessoa física residente no Brasil (DOU Seção I, de 26.2.2018).

Aprovado Programa de Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão)O secretário da Receita Federal do Brasil expediua Instrução Normativa nº 1.791, aprovando o programa multiplataforma de Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão) do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física relativo ao ano-calendário de 2018 (DOU Seção I, de 26.2.2018). ▪

RECEITA DEFINE REGRAS PARA ENTREGA DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA/2018 (FOTO: PEXELS)

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ARTIGO EM DESTAQUE

▫ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

Page 2: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r2

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ARTIGO EM DESTAQUE

▫ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

←→↑ voltar ao início

INSS altera norma para autorização de descontos nos contratos de cartão de crédito de beneficiários da Previdência SocialO presidente do Instituto Nacional do Seguro Social expediu a Instrução Normativa nº 94, alterando a Instrução Normativa INSS/PRES nº 28 de 2008 que dispõe sobre autorização de descontos nos contratos de Cartão de Crédito com Reserva de Margem Consignável (DOU Seção I, de 2.3.2018).

Receita anuncia datas da restituição do Imposto de Renda de 2018O secretário da Receita Federal do Brasil expediu o Ato Declaratório Executivo nº 3, dispondo sobre a restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, referente ao exercício de 2018, ano-calendário de 2017 (DOU Seção I, de 2.3.2018).

Congresso promulga lei da renegociação das dívidas com a UniãoO presidente da Câmara dos Deputados sancionou a Lei nº 13.631, dispondo sobre a contratação, o aditamento, a repactuação e a renegociação de operações de crédito, a concessão de garantia pela União e a contratação com a União, e sobre a realização de termos aditivos a contratos de refinanciamento celebrados com a União (DOU Seção I, de 2.3.2018). ▪SANCIONADA LEI QUE PRORROGA PRAZO DE ADESÃO

AO REFIS RURAL (FOTO: PEXELS).

ATOS DOS TRÊS PODERES

▪ Poder Executivo▫ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo

Sancionada lei que prorroga prazo de adesão ao Refis Rural O presidente da República sancionou a Lei nº 13.630, alterando a Lei nº 13.606 de 2018 para prorrogar o prazo de adesão ao Programa de Regularização Tributária Rural (PRR) para 30 de abril de 2018 (DOU Seção I, de 1.3.2018).

Decreto regulamenta artigo do Estatuto da Pessoa com DeficiênciaO presidente da República promulgou o Decreto nº 9.296, regulamentando a Lei nº 13.146 de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência - Estatuto da Pessoa com Deficiência (DOU Seção I, de 2.3.2018).

Page 3: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r3

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ARTIGO EM DESTAQUE

▫ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

ATOS DOS TRÊS PODERES

▫ Poder Executivo▪ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo ←→

↑ voltar ao início

ATOS DO PODER JUDICIÁRIO

Auxílio-reclusão. Segurado desempregado ou sem renda. Critério econômico. Momento de reclusão. Ausência de renda. Último salário de contribuição afastado.Para a concessão de auxílio-reclusão (art. 80 da Lei n. 8.213/1991), o critério de aferição de renda do segurado que não exerce atividade laboral remunerada no momento do recolhimento à prisão é a ausência de renda, e não o último salário de contribuição.INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR: A questão jurídica controvertida consiste em definir qual o critério de rendimentos ao segurado recluso que está em situação de desemprego ou sem renda no momento do recolhimento à prisão. O INSS defende que deve ser considerado o último salário de contribuição, enquanto que os segurados apontam que a ausência de renda deve ser ponderada. De início, consigna-

se que o benefício auxílio-reclusão consiste na prestação pecuniária previdenciária de amparo aos dependentes do segurado de baixa renda que se encontra em regime de reclusão prisional e tem previsão no art. 201, IV da Constituição Federal e no art. 80 da Lei n. 8.213/1991. O Estado, através do Regime Geral de Previdência Social, no caso, entendeu por bem amparar os que dependem do segurado preso, e definiu como base para a concessão do benefício a "baixa renda". Indubitavelmente o critério econômico da renda deve ser constatado no momento da reclusão, pois nele é que os dependentes sofrem o baque da perda do provedor. Nesse aspecto, observa-se que o art. 80 da Lei n. 8.213/1991 é claro ao assentar que o auxílio-reclusão será devido quando o segurado recolhido à prisão "não receber remuneração da empresa", o que abarca a situação do segurado que está em período de graça pelo desemprego (art. 15,

II, da Lei n. 8.213/1991). Da mesma forma, o § 1º do art. 116 do Decreto 3.048/1999 estipula que "é devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a qualidade de segurado". Esse dispositivo legal deixa evidente que a qualidade de segurado é imprescindível, até porque não se trata de benefício assistencial, mas previdenciário. Aliado a esses argumentos, ressalta-se que a jurisprudência do STJ assentou posição de que os requisitos para a concessão do benefício devem ser verificados no momento do recolhimento à prisão, em observância ao princípio tempus regit actum.PROCESSO: REsp 1.485.417-MS, Rel. Min. Herman Benjamin, Primeira Seção, por unanimidade, julgado em 22.11.2017, DJe .2.2.2018(JURISPRUDÊNCIA - STJ nº 618)

(FOTO: PEXELS).

Page 4: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r4

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ARTIGO EM DESTAQUE

▫ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

Trade dress. Proteção legal. Teoria da concorrência desleal. Competência da Justiça estadual. Registro de marca. INPI. Atribuição administrativa. Uso da marca. Abstenção. Consectário lógico do ato administrativo. Justiça Federal. Competência privativa.DESTAQUE: As questões acerca do trade dress (conjunto-imagem) dos produtos, concorrência desleal e outras demandas afins, por não envolver registro no INPI e cuidando de ação judicial entre particulares, é inequivocamente de competência da Justiça estadual, já que não afeta interesse institucional da autarquia federal. No entanto, compete à Justiça Federal, em ação de nulidade de registro de marca, com a participação do INPI, impor ao titular a abstenção do uso, inclusive no tocante à tutela provisória.INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR: A questão controvertida principal – único objeto da afetação ao rito dos recursos repetitivos – consiste em delimitar a competência da Justiça estadual para: a) em reconhecimento de concorrência desleal, determinar a privação de uso de elementos que não são registrados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, caracterizados pelo "conjunto-imagem" (trade dress) de produtos e/ou serviços e b) impor abstenção de uso de marca registrada pelo INPI. Quanto ao primeiro questionamento,

vale destacar que a Terceira Turma desta Corte, em recente precedente, entendeu – entre outros pontos – que o conjunto-imagem de bens e produtos é passível de proteção judicial quando a utilização de conjunto similar resulte em ato de concorrência desleal, em razão de confusão ou associação com bens e produtos concorrentes (REsp 1.353.451-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, DJe 28/9/2017). Com efeito, embora o sistema brasileiro não reconheça a proteção exclusiva do trade dress ou "conjunto-imagem" integral, com todos os seus elementos característicos, sua tutela tem origem na própria Constituição Federal, por meio do art. 5º, XXIX, ao afirmar que a lei assegurará a proteção às criações industriais, à propriedade de marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos. De fato, o que se efetiva, normalmente, é o registro da marca perante o INPI em sua apresentação nominativa (ou seja, somente o nome do produto, sem qualquer estilização), inexistindo especial atenção no sentido de se proteger os demais elementos do trade dress, a saber: o registro da embalagem como marca mista (seus logotipos, desenhos e demais caracteres gráficos), ou, ainda, como desenho industrial, nas hipóteses previstas na Lei de Propriedade Industrial. Destarte, cumpre observar que as questões acerca do trade dress (conjunto-imagem) dos produtos das recorrentes, por não envolver registro no INPI e se tratar de demanda entre particulares, é inequivocamente GARRAFA COMO EXEMPLO DE "CONJUNTO-IMAGEM" (TRADE DRESS)

DA MARCA COCA-COLA (FOTO: PEXELS).

ATOS DOS TRÊS PODERES

▫ Poder Executivo▪ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo ←→

↑ voltar ao início

Page 5: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r5

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ARTIGO EM DESTAQUE

▫ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

de competência da Justiça estadual, já que não afeta interesse institucional da autarquia federal. Situação diversa diz respeito a demanda referente à concorrência desleal, em que os litigantes são efetivamente proprietário das marcas que utilizam, devidamente registradas no INPI, embora tanto a marca como o conjunto-imagem sejam questionados por suposta confusão/associação entre produtos e o consequente desvio ilícito de clientela. Nesse contexto, importa destacar que os arts. 129 e 175 da Lei n. 9.279/1996 dispõe, respectivamente, que os registros de marca deferidos pela autarquia federal (INPI) conferem uso exclusivo ao seu titular em todo o território nacional, bem como que eventual ação de nulidade do registro será ajuizada no foro da Justiça Federal. Sendo assim, quanto ao pedido de abstenção de uso da marca, dúvida não há quanto à competência da Justiça Federal – sob pena de ofensa aos referidos dispositivos de lei federal –, sendo a abstenção de uso da marca uma decorrência lógica da desconstituição do registro sob o fundamento de violação do direito de terceiros – consequência expressa, inclusive, no parágrafo único do art. 173 da Lei de Propriedade Industrial. Conclui-se, portanto, cumprir ao Juízo federal analisar o pedido de abstenção de uso tão somente nos estritos limites daquilo que compõe o registro marcário anulando, relegando para a Justiça Comum todo e qualquer aspecto relacionado ao conjunto-imagem (trade dress).

PROCESSO: REsp 1.527.232-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, por unanimidade, julgado em 13.12.2017, DJe 5.2.2018(JURISPRUDÊNCIA - STJ nº 618)

ICMS. Créditos presumidos concedidos a título de incentivo fiscal. Inclusão nas bases de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. Inviabilidade. Interferência da União na política fiscal adotada por Estado-membro. Ofensa ao princípio federativo e à segurança jurídica.DESTAQUE: Crédito presumido de ICMS não integra a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR: O dissenso entre os acórdãos paradigma e o embargado repousa no fato de que o primeiro manifesta o entendimento de que o incentivo fiscal, por implicar redução da carga tributária, acarreta, indiretamente, aumento do lucro da empresa, insígnia essa passível de tributação pelo IRPJ e pela CSLL (AgInt no REsp 1.603.082/SC, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 11/10/2016); já o segundo, considera que o estímulo outorgado constitui incentivo fiscal, cujos valores auferidos não podem se expor à incidência do IRPJ e da CSLL, em virtude da vedação aos entes

federativos de instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Inicialmente, cabe lembrar que a Constituição da República hospeda vários dispositivos dedicados a autorizar certos níveis de ingerência estatal na atividade produtiva com vista a reduzir desigualdades regionais, alavancar o desenvolvimento social e econômico do país, inclusive mediante desoneração ou diminuição da carga tributária. A outorga de crédito presumido de ICMS insere-se em contexto de envergadura constitucional, instituída por legislação local específica do ente federativo tributante. Revela-se importante anotar que ao considerar tal crédito como lucro, o entendimento manifestado pelo acórdão paradigma, da 2ª Turma, sufraga, em última análise, a possibilidade de a União retirar, por via oblíqua, o incentivo fiscal que o Estado-membro, no exercício de sua competência tributária, outorgou e tal entendimento leva ao esvaziamento ou redução do incentivo fiscal legitimamente outorgado pelo ente federativo, em especial porque fundamentado exclusivamente em atos infralegais. Remarque-se que, no Brasil, o veículo de atribuição de competências, inclusive tributárias, é a Constituição da República. Como corolário do fracionamento dessas competências, o art. 155, XII, g, da CF/88, atribuiu aos Estados-membros e ao Distrito Federal a competência para instituir o ICMS – e, por consequência, outorgar isenções, benefícios e incentivos fiscais, atendidos os pressupostos de

ATOS DOS TRÊS PODERES

▫ Poder Executivo▪ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo ←→

↑ voltar ao início

Page 6: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r6

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ARTIGO EM DESTAQUE

▫ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

lei complementar. A concessão de incentivo por Estado-membro, observados os requisitos legais, configura, portanto, instrumento legítimo de política fiscal para materialização dessa autonomia consagrada pelo modelo federativo. Nesse caminho, a tributação pela União de valores correspondentes a incentivo fiscal estimula competição indireta com o Estado-membro, em desapreço à cooperação e à igualdade, pedras de toque da Federação. Dessarte, é razoável que a exegese em torno do exercício de competência tributária federal, no contexto de estímulo fiscal legitimamente concedido por Estado-membro, tenha por vetor principal um juízo de ponderação dos valores federativos envolvidos. É induvidoso, ademais, o caráter extrafiscal conferido pelo legislador estadual à desoneração, consistindo a medida em instrumento tributário para o atingimento de finalidade não arrecadatória, mas, sim, incentivadora de comportamento, com vista à realização de valores constitucionalmente contemplados, conforme apontado. Outrossim, o abalo na credibilidade e na crença no programa estatal proposto pelo Estado-membro, a seu turno, acarreta desdobramentos deletérios no campo da segurança jurídica, os quais não podem ser desprezados. Cumpre destacar, ademais, em sintonia com as diretrizes constitucionais apontadas, o fato de a própria União ter reconhecido a importância da concessão de incentivo fiscal pelos Estados-membros e Municípios, prestigiando essa iniciativa precisamente com a isenção do IRPJ e da CSLL sobre as receitas decorrentes de valores em espécie pagos ou creditados por esses entes a título de ICMS e ISSQN, no âmbito de programas de outorga de crédito voltados ao estímulo à solicitação de documento fiscal na aquisição de mercadorias e serviços, nos termos da Lei n. 11.945/2009. Por fim, cumpre registrar, dada a estreita semelhança axiológica com o presente caso, que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar, em regime de repercussão geral, o RE n. 574.706/PR, assentou a inconstitucionalidade da

inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. Entendeu o Plenário da Corte, por maioria, que o valor de ICMS não se incorpora ao patrimônio do contribuinte, constituindo mero ingresso de caixa, cujo destino final são os cofres públicos.PROCESSO: EREsp 1.517.492-PR, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. Acd. Min. Regina Helena Costa, por maioria, julgado em 8.11.2017, DJe 1.2.2018(JURISPRUDÊNCIA - STJ nº 618) ▪

(FOTO: ISTOCK).

ATOS DOS TRÊS PODERES

▫ Poder Executivo▪ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo ←→

↑ voltar ao início

Page 7: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r7

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ARTIGO EM DESTAQUE

▫ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

ATOS DOS TRÊS PODERES

▫ Poder Executivo▫ Poder Judiciário ▪ Poder Legislativo

“Fake news” e o Marco Civil da InternetProjeto de Lei nº 9647/2018 de autoria do deputado Heuler Cruvinel (PSD/GO) propõe alteração no Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965 de 2014), para responsabilizar civil e criminalmente os provedores de conteúdo e de conexão por danos decorrentes de perfis e notícias falsas gerados por terceiros (Câmara Federal, de 28.2.2018).

Encerramento de contas de depósitos à vista ou de poupança por meio eletrônico Projeto de Lei nº 9664/2018 de autoria do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB/PB) propõe obrigar as instituições financeiras a disponibilizarem opção de encerramento de contas de depósitos à vista ou de poupança por meio eletrônico (Câmara Federal, de 28.2.2018). ▪

ATOS DO PODER LEGISLATIVO

“FAKE NEWS” E O MARCO CIVIL DA INTERNET (FOTO: PEXELS)..

←→↑ voltar ao início

Page 8: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r8

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ARTIGO EM DESTAQUE

▫ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

ATOS DOS TRÊS PODERES

▫ Poder Executivo▫ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo

NOTÍCIAS DA FIRMA

Contagem regressiva para a 7ª edição do Brazilian Arbitration Day, da ICCNo próximo dia 13 acontece em São Paulo a 7ª edição do Brazilian Arbitration Day – evento organizado pela Corte Internacional de Arbitragem da ICC e pela ICC Brasil. Considerado um dos mais importantes fóruns de troca de ideias sobre arbitragem, o ICC Brazilian Arbitration Day reúne especialistas de nível mundial em debates sobre os mais recentes desenvolvimentos em arbitragem internacional. O sócio Renato Stephan Grion participa às 10h00 de uma mesa de discussão sobre atualidades jurisprudenciais em arbitragem e ADR (Alternative Dispute Resolution). Para se inscrever ou para mais informações, por favor, escreva para:[email protected]

←→↑ voltar ao início

ACONTECE

▪ Notícias da Firma

ESCRITÓRIO DE PINHEIRO NETO ADVOGADOS EM SÃO PAULO

Page 9: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r9

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ATOS DOS TRÊS PODERES

▫ Poder Executivo▫ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo

ARTIGO EM DESTAQUE

▪ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

MEMORANDO DE ENTENDIMENTOS CADE-BACEN

Novo Memorando de entendimentos entre CADE e BACEN – O fim do conflito?Uma das mais duradouras discussões envolvendo conflito de competência pode estar perto do fim. Há pelo menos 10 anos, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e o Banco Central do Brasil (BACEN) discutem sobre quem teria competência para analisar operações societárias no setor financeiro sob a perspectiva concorrencial. A controvérsia existe por conta de um impasse entre a legislação que trata da defesa da concorrência (inicialmente a Lei no 8.884/94 e, atualmente, a Lei no 12.529/11) e aquela referente ao Sistema Financeiro Nacional (Lei no 4.595/64).

O CADE sempre defendeu que a legislação brasileira de defesa da concorrência não estabelece qualquer exceção quanto aos atos que devem ser notificados para análise, incluindo aqueles envolvendo o sistema financeiro, uma vez atingidos os critérios de notificação. A autarquia não afastava, porém, a competência complementar do BACEN para uma análise regulatória de tais atos. O BACEN, de sua parte, preocupado com a relevância do setor financeiro para a economia, sob o pressuposto da garantia de higidez dos agentes, sempre defendeu sua competência exclusiva para a análise regulatória e concorrencial de atos de concentração envolvendo instituições financeiras.

Nesse contexto, em 2001, por meio do Parecer GM-020, a Advocacia Geral da União (AGU) pronunciou-se no sentido de estabelecer que o BACEN teria competência exclusiva para analisar atos de concentração envolvendo o sistema financeiro nacional. A despeito da publicação desse parecer e sua posterior ratificação pelo então presidente da República, o CADE manteve sua posição de rever atos de concentração envolvendo o setor financeiro, sob o entendimento de que não estaria vinculado ao parecer da AGU, e defendendo a prerrogativa de garantia das condições de concorrência no setor.

Com base nessa interpretação, em 2002 o CADE aplicou multa ao Banco de Crédito Nacional S.A. e ao Banco Bradesco S.A., em razão de não terem notificado à autarquia operação ocorrida entre as instituições financeiras em 1997. Deu-se início, aí, à judicialização do conflito de competência por meio de mandado de segurança impetrado pelos bancos.

A ação foi inicialmente julgada procedente em primeira instância, mas a decisão foi logo em seguida revertida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) após recurso do CADE. Em seguida, o caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que alterou a decisão do TRF, consolidando o entendimento de que a competência para julgar atos de concentração referentes ao sistema financeiro seria exclusiva do BACEN. Diante de novo recurso interposto pelo CADE, o caso ainda aguarda julgamento final pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao longo dos anos, inúmeras foram as aproximações e tratativas entre as autoridades para solucionar essa controvérsia. Em agosto de 2017, representantes do CADE e do BACEN se reuniram para formar um Grupo de Trabalho objetivando estudar a concorrência no sistema financeiro. Na ocasião, discussões sobre uma possível parceria entre o CADE e o BACEN se iniciaram.

No último dia 28.2.2018, foi formalizado um Memorando de Entendimentos como reflexo dessa iniciativa. O documento prevê que, além de atuarem em conjunto para promover a elaboração de guias e treinamentos, o BACEN e o CADE cooperarão para garantir a edição de normas de interesse comum.

No que diz respeito à controvérsia envolvendo a competência para análise e julgamento de atos de concentração, acordou-se que as operações envolvendo o sistema financeiro nacional deverão ser notificadas tanto ao CADE quanto ao BACEN, observando ato normativo a ser editado pelas autarquias. Assim, a eficácia dos atos de concentração dessa natureza depende de aprovação de ambas as autoridades.

←→↑ voltar ao início

Page 10: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r10

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ATOS DOS TRÊS PODERES

▫ Poder Executivo▫ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo

Contudo, o memorando reserva ao BACEN a prerrogativa de “aprovar unilateralmente atos de concentração envolvendo instituição financeira, sempre que aspectos de natureza prudencial indiquem haver riscos relevantes e iminentes à solidez e à estabilidade do SFN”. Nesta hipótese, o BACEN deve notificar o CADE indicando os fundamentos de sua decisão. Essa notificação pelo BACEN não se traduz em isenção da obrigação de notificação do ato ao CADE, mas implica a vinculação do CADE, em sua decisão, à motivação adotada pelo BACEN em sua análise.

O documento prevê ainda que, antes da imposição de penalidades por infrações à ordem econômica relativas ao sistema financeiro nacional, o CADE deverá consultar o BACEN, reforçando a articulação entre as autarquias.

Embora seja importante acompanhar como o acordo será posto em prática, sobretudo considerando aspectos pendentes de regulamentação, é louvável a iniciativa das autoridades de por fim a uma discussão que perdura por mais de uma década, sem dúvida conferindo maior transparência e segurança jurídica aos administrados.

Cristianne Saccab Zarzur Marcos Pajolla Garrido

Marina de Souza e Silva Chakmati

ARTIGO EM DESTAQUE

▪ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▫ Artigos recentes na web

←→↑ voltar ao início

Page 11: Notícias da Firma Memorando de entendimentos … - NOVO FORMATO...26.02.1 06.03.18 ACONTECE 1 Notícias da Firma ARTIGO EM DESTAQUE 1 Memorando de entendimentos CADE-BACEN 1 Artigos

w w w . p i n h e i r o n e t o . c o m . b r11

nº 2.49126.02.18 — 06.03.18

ACONTECE

▫ Notícias da Firma

ATOS DOS TRÊS PODERES

▫ Poder Executivo▫ Poder Judiciário ▫ Poder Legislativo

ESCRITÓRIO DE PINHEIRO NETO ADVOGADOS NO RIO DE JANEIRO.

ARTIGOS RECENTES NA WEB

Audiência pública propõe alterações ao procedimento de voto a distânciaPor Guilherme S. Monteiro e Cristina Liu ANEXO BI 2.475A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) submeteu a audiência pública, no dia 2 de outubro de 2017, minuta de instrução propondo alterações à Instrução CVM nº 481, de 17 de dezembro de 2009, conforme alterada (“Minuta”) [...]

CVM propõe alterações às regras aplicáveis a ofertas públicas com esforços restritos de colocaçãoPor Ricardo Simões Russo e Camila Misciasci Derisio ANEXO BI 2.484A Instrução CVM nº 476, que trata das ofertas públicas de valores mobiliários distribuídas com esforços restritos e automaticamente dispensadas de registro perante a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, entrou em vigor no início [...]

Instrução Normativa nº 88/2017 do INCRA: Alterações para aquisição e arrendamento de imóveis rurais por estrangeirosPor Luciano Garcia Rossi, Flávio Coelho de Almeida, Gustavo Santos Freitas e Paula Arrivabene MainoANEXO BI 2.472O Conselho Monetário Nacional (CMN) editou em 28 de agosto de 2017 a Resolução nº 4.593 (Resolução nº 4.593), que consolida e atualiza as regras referentes ao registro e ao depósito centralizado de ativos financeiros [...]

←→↑ voltar ao início

ARTIGO EM DESTAQUE

▫ Memorando de entendimentos CADE-BACEN▪ Artigos recentes na web