notas sobre o irs e as co-seguradoras na relação jurídica ... · tou certa feita paulo eduardo...

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Notas sobre o IRS e as co-seguradoras na relação jurídica processual Athos Gusmão Carneiro* Tivemos oportunidade, recentemente, de analisar tema sobremodo polêmico, relativo à posição do IRB - Brasil Resseguros SA e das co-seguradoras na relação jurídica processual, em demanda de co- brança de indenização securitária . . 1. A matéria demanda considerações preliminares. Como explici- tou certa feita Paulo Eduardo de Freitas Botti ('Introdução ao Resse- guro', Liv. Nobel SA), o resseguro e o co-seguro são duas operações distintas: no co-seguro , duas ou mais companhias de seguros repar- tem entre si as responsabilidades perante o segurado e assim , em caso de sinistro, o segurado deverá ser ressarcido pelas seguradoras que, em co-segu ro, deram cobertura à apólice: já a operação de resseguro não envolve o segurado, pois é uma operação entre com- panh ias de seguro, em que uma se compromete a re ssarcir a outra se esta houver de indenizar um sinistro . No resseguro, a seguradora mantém-se, perante o segurado, a única responsável pelo pagamento da indenização: e, por sua vez, será ressarcida por seu ressegurador de parte do que pagou: assim, uma operação que visa transferir uma parte do risco assumido pela companhia de seguros para uma outra companhia" (ob. cit, p. 33). No co -seguro uma companhia lider, com quem o segurado diretamente trata, e que coordena a administração do negócio Junto aos demais co-seguradores, geralmente por ela escolhidos. Esta com- panhia líder, refere mestre Pedro Alvim , exerce a função de 'repre- sentante' das demais: todavia, não ocorre a solidariedade entre os seguradores, de forma que o "segurado deverá receber de cada um dos segurado res par ti cipantes sua parcela proporcional à obrigação • Ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça, Presidente do Conselho do Instituto Brasileiro de Direito Processual, da Academia Brasileira de Letras Jurídicas. Revista de Direito Renovar, Rio de Janeiro, n. 27, p. 93-100, set./dez. 2003.

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Notas sobre o IRS e as co-seguradoras na relaccedilatildeo juriacutedica processual

Athos Gusmatildeo Carneiro

Tivemos oportunidade recentemente de analisar tema sobremodo polecircmico relativo agrave posiccedilatildeo do IRB - Brasil Resseguros SA e das co-seguradoras na relaccedilatildeo juriacutedica processual em demanda de coshybranccedila de indenizaccedilatildeo securitaacuteria ~

1 A mateacuteria demanda consideraccedilotildees preliminares Como explicishytou certa feita Paulo Eduardo de Freitas Botti (Introduccedilatildeo ao Resseshyguro Liv Nobel SA) o resseguro e o co-seguro satildeo duas operaccedilotildees distintas no co-seguro duas ou mais companhias de seguros reparshytem entre si as responsabilidades perante o segurado e assim em caso de sinistro o segurado deveraacute ser ressarcido pelas seguradoras que em co-segu ro deram cobertura agrave apoacutelice jaacute a operaccedilatildeo de resseguro natildeo envolve o segurado pois eacute uma operaccedilatildeo entre comshypanhias de seguro em que uma se compromete a ressarcir a outra se esta houver de indenizar um sinistro

No resseguro a seguradora manteacutem-se perante o segurado a uacutenica responsaacutevel pelo pagamento da indenizaccedilatildeo e por sua vez seraacute ressarc ida por seu ressegurador de parte do que pagou assim eacute uma operaccedilatildeo que visa transferir uma parte do risco assumido pela companhia de seguros para uma outra companhia (ob cit p 33)

No co-seguro haacute uma companhia lider com quem o segurado diretamente trata e que coordena a administraccedilatildeo do negoacutecio Junto aos demais co-seguradores geralmente por ela escolhidos Esta comshypanhia liacuteder refere mestre Pedro Alvim exerce a funccedilatildeo de represhysentante das demais todavia natildeo ocorre a solidariedade entre os seguradores de forma que o segurado deveraacute receber de cada um dos seguradores partic ipantes sua parcela proporcional agrave obrigaccedilatildeo

bull Ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiccedila Presidente do Conselho do Instituto Brasileiro de Direito Processual da Academia Brasileira de Letras Juriacutedicas

Revista de Direito Renovar Rio de Janeiro n 27 p 93-100 setdez 2003

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94 ROR nordm 27 -- SeUOez 2003

assumida (O Contrato de Seguro Forense 3ordf ed 1999 nordms 288-292 e passim)

2 Conforme dispotildee expressamente o novo Coacutedigo Civil artigo 761

quando o risco for assumido em co-seguro a apoacutelice indicaraacute o segurador que administraraacute o contrato e representaraacute os demais para todos os seus efeitos

Ernesto Tzirulnik comentando essa norma traz agrave balha afirmaccedilatildeo de Faacutebio Konder Compara to autor de substitutivo no referente agrave mateacuteria o qual colocou como finalidade do dispositivo legal a de precisar a funccedilatildeo do segurador-liacuteder no co-seguro como represhysentante necessaacuterio dos demais em juiacutezo ou fora dele segundo Tzirulnik sem criar solidariedade entre co-seguradores (salvo exshypressa claacuteusula contratual instituindo a responsabilidade solidaacuteria) a norma equilibra as divergecircncias entre posiccedilotildees Jurisprudenciais agrave medida que acolhe soluccedilatildeo de conciliaccedilatildeo segundo a qual basta ser exercida a pretensatildeo contra a liacuteder para que sejam vinculadas as demais

Tal artigo destarte eacute norma cogente que introduz hipoacutetese de legitimaccedilatildeo extraordinaacuteria e a liacuteder eacute assim uma substituta processhysual (art 6ordm do CPC) cita outrossim a opiniatildeo de Vera Helena de Mello Franco no sentido de que a liacuteder representaraacute as outras na hipoacutetese de pendecircncia judicial o que natildeo quer dizer que as outras estejam impedidas de ingressar na lide

A exata premissa conduz ao corolaacuterio a sentenccedila condenatoacuteria faraacute coisa julgada oponiacutevel a todas as co-seguradoras e uma vez liquidada seraacute tiacutetulo ensejando execuccedilatildeo forccedilada contra as mesmas (substitutas e substituiacutedas) respeitando-se para os atos executivos a proporccedilatildeo de suas respectivas cotas (O Contrato de Seguro Ernesto Tzirulnik et alii Ed RT 2ordf ed pp 56-58 e passim)

3 Quanto ao resseguro consiste na transferecircncia de parte ou de toda a responsabilidade do segurador para o ressegurador embora perante o segurado continue o segurador como o responsaacutevel exclushysivo O resseguro facilitando a divisatildeo dos riscos eacute utilizado em contratos de maior vulto conforme o caso o proacuteprio ressegurador opera da mesma forma transferindo para outros o que excede de sua capacidade teacutecnica de tal forma que os grandes riscos embora segurados diretamente por um ou por alguns seguradores vinculam os interesses de muitos por via do resseguro em alguns casos surgindo mesmo a necessidade de suprir pelo caminho do resseguro internacional a insuficiente capacidade do mercado nacional (Pedro Alvim ob cit n 294)

Eacute em suma ato voltado a reforccedilar a solvabilidade do segurador como referiu Ramella (Trattato delle Assicurazioni Milatildeo 1921 p 286

ROR nordm 27 - SeUOez 2003

citado por Paulo Luiz dE 2002 p 225) conduzinc

4 Quanto agrave sua natL majoritaacuteria considera o 1

pendentemente da natUrE ciacutehca entre os dois contl estaacute no fato de que este um seguro de seguro p trato incluiacutesse algum riscc deixaria de ser um ressel

Com relaccedilatildeo ao segl alios pois dele natildeo parti( da seguradora a totalida( em virtude do sinistro ( haver transferido parte de mir-se do cumprimento c chamado a participar de para ele manteacutem iacutentegro quer inadimplemento cor sido transferida ao resseccedil

5 Ao (antigo) Instituto como sociedade de ecor accedilotildees com o nome de IRI IRB-BRASIL RE) cumpre eacute

tivos do paiacutes ou do extf mateacuteria de co-seguro res art 44 I a)

Eacute bastante peculiar 8

promovidas por segurado pondendo no foro onde ac processo como assistentE litisconsorte passivo ou cc

O Decreto-lei n 73 d Coacutedigo de Processo Civil

Ar 68 O IRB seraacute ca de seguro sempre que sect 1ordm A Sociedade Segu IRB participa na soma ( o Instituto e manteraacute sot da medida processual

sect 6ordm As sentenccedilas pn presente artigo seratildeo m

Cumpre todavia referir expressamente revogado r

ROR nordm 27 -- SetDez 2003

Forense 3 ed 1999 nordms 288-292

nente o novo Coacutedigo Civil artigo

)m co-seguro a apoacutelice indicaraacute o 1trato e representaraacute os demais para

~ssa norma traz agrave balha afirmaccedilatildeo or de substitutivo no referente agrave alidade do dispositivo legal a de liacuteder no co-seguro como represhyem juiacutezo ou fora dele segundo entre co-seguradores (salvo exshy

jo a responsabilidade solidaacuteria) a ntre posiccedilotildees jurisprudenciais agrave ciliaccedilatildeo segundo a qual basta ser er para que sejam vinculadas as

ogente que introduz hipoacutetese de eacute assim uma substituta processhy

sim a opiniatildeo de Vera Helena de a liacuteder representaraacute as outras na Que natildeo quer dizer que as outras lide )rolaacuterio a sentenccedila condenatoacuteria lS as co-seguradoras e uma vez lcuccedilatildeo torccedilada contra as mesmas 3ndo-se para os atos executivos a IS (O Contrato de Seguro Ernesto 6-58 e passim) e rla transferecircncia de parte ou de lor para o ressegurador embora IJrador como o responsaacutevel exclushyvisatildeo dos riscos eacute utilizado em bull o caso o proacuteprio ressegurador do para outros o que excede de la que os grandes riscos embora )or alguns seguradores vinculam lo resseguro em alguns casos suprir pelo caminho do resseguro lade do mercado nacional (Pedro

ar a solvabilidade do segurador 4ssicurazioni Milatildeo 1921 p 286

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citado por Paulo Luiz de Toledo Piza Contrato de Resseguro IBOS 2002 p 225) conduzindo a uma redistribuiccedilatildeo de riscos

4 Quanto agrave sua natureza juriacutedica muito questionada a corrente majoritaacuteria considera o resseguro como um seguro de dano indeshypendentemente da natureza do seguro originaacuterio e a diferenccedila espeshyciacutefica entre os dois contratos isto eacute o de seguro e o de resseguro estaacute no fato de que este uacuteltimo soacute se configura quando se trata de um seguro de seguro pois como escreveu Pedro Alvim se o conshytrato incluiacutesse algum risco que natildeo figurasse no de seguro a operaccedilatildeo deixaria de ser um resseguro (ob cit nd 312)

Com relaccedilatildeo ao segurado eacute o contrato de resseguro res inter alios pois dele natildeo participou mantendo indene seu direito de exigir da seguradora a totalidade das importacircncias que lhe sejam devidas em virtude do sinistro O segurador natildeo poderaacute sob o pretexto de haver transferido parte do precircmio recebido para o ressegurador exishymir-se do cumprimento do contrato de seguro O segurado natildeo eacute chamado a participar do contrato de resseguro Negoacutecio estranho para ele manteacutem iacutentegro seu direito de reclamar do segurador qualshyquer inadimplemento contratual ainda que toda a obrigaccedilatildeo tenha sido transferida ao ressegurador (Alvim ob cit nlt2 311 p 375)

5 Ao (antigo) Instituto de Resseguros do Brasil definido em 1997 como sociedade de economia mista sob a forma de sociedade por accedilotildees com o nome de IRB - Brasil Resseguros SA (e a abreviatura IRB-BRASIL RE) cumpre aceitar os resseguros obrigatoacuterios e facultashytivos do paiacutes ou do exterior dispondo de poderes normativos em mateacuteria de co-seguro resseguro e retrocessatildeo (Oec -Iei nordm 731966 art 44 I a)

Eacute bastante peculiar a situaccedilatildeo processual do IRB nas accedilotildees promovidas por segurado contra seguradora Questiona-se se resshypondendo no foro onde acionada a seguradora ingressaraacute o IRB no processo como assistente da seguradora ou na posiccedilatildeo direta de litisconsorte passivo ou como litisdenunciado pela seguradora

O Decreto-lei n 73 de 21 11 1966 portanto anterior ao vigente Coacutedigo de Processo Civil a respeito assim dispocircs

1 11

Ar 68 O IRB seraacute considerado litisconsorte necessaacuterio nas accedilotildees de seguro sempre que tiver responsabilidade no pedido sect 1ordm- A Sociedade Seguradora deveraacute declarar na contestaccedilatildeo se o IRB participa na soma reclamada Sendo o caso o juiz mandaraacute citar o Instituto e manteraacute sobrestado o andamento do feito ateacute a efetivaccedilatildeo da medida processual

sect 6ordm- As sentenccedilas proferidas com inobservacircncia do disposto no presente artigo seracirco nulas

Cumpre todavia referir que esse artigo 68 do Dec-Iei 7366 foi expressamente revogado pelo art 12 da Lei nlt2 9932 de 20 121999

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Mas tal artigo 12 bem como praticamente toda a Lei nV 993299 teve seus efeitos suspensos por liminar deferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADIN 2223 (Plenaacuterio sessatildeo de 10102002 rei Min Mauriacutecio Correcirca Fundamento da decisatildeo as alteraccedilotildees deveriam constar de lei complementar e natildeo de lei ordinaacuteria Meacuterito ainda natildeo julgado)

6 A 3ordf Turma do STJ com remissatildeo ao art 47 do CPC entendeu que com o advento do CPC de 1973 a posiccedilatildeo do IRB continuaria sendo a de litisconsorte necessaacuterio respondendo diretamente ao

nVsegurado (da ementa REsp 70596 ac 31 101995 reI Min Waldemar Zveiter)

Mas mais recentemente a eg o 4ordf Turma com menccedilatildeo da lei revocatoacuteria decidiu que havendo resseguro de resporlsabilidade do IRB deveraacute a companhia de seguros provar a existecircncia do resseguro e denunciar o IRB agrave lide para assegurar o direito regressivo contra este (REsp 125573 reI Min Barros Monteiro ac de 07062001 RSTJ 15633 1) (com mais propriedade leia -se denunciar a lide ao IRB )

Todavia cumpre ponderar que na forma da lei - pelo mesmo art 68 em seu sect 32 - o IRB natildeo responde d iretamente perante os segurados pelo montante assumido em resseguro

Buscando harmonizar a letra da lei com os princiacutepios cer ta feita em sede jurisprudencial e como relator afirmamos que nos casos de sinistro indenizaacutevel deve a seguradora a quantia representativa do justo adimplemento do contrato e deve o Instituto de Resseguros do Brasil a declaraccedilatildeo de vontade autorizadora do pagamento (TJRGS Ap Ciacutevel nordm 15896 ac de 03081971 Rev de Jurisp do T JRGS 28267) (in Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14S ed n 47-A pp 105-106)

7 Natildeo seraacute demasia referir a posiccedilatildeo de Edson Ribas Malachini no sentido de que o segurado pode denunciar a lide ao IRB requeshyrendo-lhe a citaccedilatildeo e adita que a condenaccedilatildeo pode ser solidaacuteria o que eacute do maior interesse do autor da accedilatildeo e o eacute igualmente do denunciante natildeo tendo o ressegurador nenhum interesse em contraacuteshyrio essa soluccedilatildeo diga-se evita situaccedilotildees absurdas que decorreriam vg da insolvecircncia do denunciante (art na rev AJURIS 66348-349)

A respeito do tema Cacircndido Dinamarco menciona que no sistema do CPC anterior a jurisprudecircncia inclinava-se pela qualificaccedilatildeo do IRB como assistente da seguradora com o vigente Coacutedigo seraacute caso de denunciaccedilatildeo da lide ao IRB embora negue a possibilidade de conshydenaccedilatildeo direta do ressegurador (Litisconsoacutercio Malheiros Ed 51 ed nordm 533 pp 204-205 e nota de rodapeacute n 209)

8 Como o IRB natildeo pode ser condenado mesmo que nos limites do resseguro ao pagamento d ireto de qualquer quantia ao segurado em consequumlecircncia do sinistro indenizaacutevel - pois eacute regra consagrada e e da leI ser o segurador o uacutenico responsaacutevel perante o segurado - entatildeo sua posiccedilatildeo rigorosamente natildeo seraacute de litisconsorte posto

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ao lado da seguradora r sim de litisdenunciado p6 tornar-se-aacute seu assistent6 juriacutedico em que os interes mente tutelados (nosso Ir 56 pp 136-140)

E eacute tambeacutem do seu inl praacutetico de que a segur apenas diminuta parce IRB atraveacutes do ressegurc ou nenhum pela sorte de tornar obrigatoacuteria apresE interesse que incorpora ceira do sistema securitaacute

9 Pedro Alvim dissel IRB afirmou que o legisleacute

de litisconsorte e (j

e havia necessidade ( participaccedilatildeo no sinis trc

A verdade eacute que a c a norma tradicional do pela jurisprudecircncia de E sem alcance praacuteticc perante as sociedades sabilidade ressegurad sas de liquidaccedilatildeo fica sionaacuterias para delas r 7366 ar 67) (ob cil

10 Em uacuteltima anaacuteliSE pelo Dec-Iei 7366 agrave sister ccedilatildeo de terceiros parece transcrito art 68 caput di

Ar 68 O IRB seraacute m de seguro sempre qu

Todavia o Dec-Iei 73 citar o Instituto e mante efetivaccedilatildeo da medida prc

1 Natildeo existe denunciaccedilatildeo lide a pendecircncia da causa e da accedilatildeo regressiva de denu que algueacutem pudesse ser dE Terceiros Saraiva 14 ed n

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ticamente toda a Lei n2 9 93299 teve inar deferida pelo Supremo Tribunal io sessao de 10102002 rei Min ja decisatildeo as alteraccedilotildees deveriam latildeo de lei ordinaacuteria Meacuterito ainda natildeo

missatildeo ao art 47 do CPC entendeu 1973 a posiccedilatildeo do IRB continuaria 3saacuterio respondendo diretamente ao nordm 70596 ac 31101995 rei Min

eg 4ordf Turma com menccedilao da lei lo resseguro de responsabilidade do JUros provar a existecircncia do resseguro 3ssegurar o direito regressivo contra Barros Monteiro ac de 07062001 edade leia-se denunciar a lide ao

le na forma da lei - pelo mesmo art o responde diretamente perante os ido em resseguro da lei com os princiacutepios certa feita relator afirmamos que nos casos

)uradora a quantia representativa do e deve o Instituto de Resseguros do utorizadora do pagamento (T JRGS 31971 Rev de Jurisp do TJRGS 3iros Saraiva 14lt1 ed nordm 47-A pp

posiccedilao de Edson Ribas Malachini Jde denunciar a lide ao IRB requeshya condenaccedilatildeo pode ser solidaacuteria o Itor da accedilatildeo e o eacute igualmente do nadar nenhum interesse em contraacuteshyituaccedilotildees absurdas que decorreriam te (art na rev AJURIS 66348-349) )inamarco menciona que no sistema tl clinava-se pela qualificaccedilatildeo do IRB om o vigente Coacutedigo seraacute caso de lora negue a possibilidade de conshyIr (Litisconsoacutercio Malheiros Ed 5ordf le rodapeacute n 209) ondenado mesmo que nos limites o de qualquer quantia ao segurado lizaacutevel - pois eacute regra consagrada 0 responsaacutevel perante o segurado 1te natildeo seraacute de litisconsorte posto

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ao lado da seguradora no poacutelo passivo da relaccedilatildeo processual mas sim de litisdenunciado pela seguradora em aceitando esta qualidade tornar-se-aacute seu assistente na accedilatildeo principal pelo manifesto interesse juriacutedico em que os interesses desta (quando justos) sejam processua lshymente tutelados (nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Forense 15 ed n 56 pp 136-140)

E eacute tambeacutem do seu interesse intervir face agrave possibilidade no plano praacutetico de que a seguradora se tiver responsabilidade direta em apenas diminuta parcela em confronto com o valor transferido ao IRB atraveacutes do resseguro venha por isso a revelar pouco interesse ou nenhum pela sorte do processo assim o legislador entendeu de tornar obrigatoacuteria a presenccedila do IRB a fim de acautelar o respectivo interesse que incorpora inegaacutevel interesse puacuteblico na higidez finanshyceira do sistema securitaacuterio

9 Pedro Alvim dissertando a respeito da posiccedilatildeo processual do IRB afirmou que o legislador todavia o qualificou

de litisconsorte e natildeo assistente porque este uacuteltimo eacute facultativo e havia necessidade de garantir sua pwsonccedila sempre que tivesse participaccedilatildeo no sinistro litigioso

A verdade eacute que a condenaccedilatildeo do IRB nas accedilotildees Judiciais subverte a norma tradicional do resseguro aplaudida pela doutnna respeitada pela Jurisprudecircnc ia de outros povos e acolhida por outras legislaccedilotildees E sem alcance praacutetico porque a lei estabelece que ele responderaacute perante as sociedades seguradoras diretas na proporccedilatildeo da respon shysabilidade ressegurada inclusive na parte correspondente agraves despeshysas de liquidaccedilatildeo ficando com direito regressivo contra as retrocesshysionaacuterias para delas reaver a cota que lhes couber no sinistro (DL 7366 art 61) (ob cit nordm 323 p 381)

10 Em uacuteltima anaacutelise com a adaptaccedilatildeo do sistema instituiacutedo pelo Dec-Iei 7366 agrave sistemaacutetica do vigente CPC em tema de intervenshyccedilatildeo de terceiros parece-nos que o aludido decreto-lei em seu jaacute transcrito art 68 caput deveraacute ser lido como se nele escrito estivesse

Art 68 O IRB seraacute necessariamente denunc iado da lide nas accedilotildees de seguro sempre que figurar como ressegurador I

Todavia o Dec-Iei 7366 art 68 sect 11 dispotildee que o juiz mandaraacute citar o Instituto e manteraacute sobrestado o andamento do feito ateacute a efetivaccedilatildeo da medida processual

1 Natildeo existe denunciaccedilatildeo agrave lide e sim sempre denunciaccedilatildeo da lide Eacute a lide a pendecircncia da causa entre A e B que eacute comunicada ao terceiro C atraveacutes da accedilatildeo regressiva de denunCiaccedilatildeo Como disse Dinamarco natildeo se concebe que algueacutem pudesse ser denunciado a ela (a respeito nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 41 e nota de rodapeacute 53-A)

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Ora segundo o sistema do CPC agrave parte incumbe requerer a citaccedilatildeo do terceiro (CPC art 71 nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 50) que portanto natildeo eacute ordenada ussu judieis e a ausecircncia de denunciaccedilatildeo mesmo quando afirmada obrigatoacuteria (CPC art 70 caput) acarreta agrave parte a perda da pretensatildeo regressiva (ou nos casos do art 70 II e 111 a perda apenas das vantagens de ordem processual decorrentes da intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem o caraacuteter de absoluta necessidade imposta nos casos de resseguro necessidade absoluta esta revelada pela sanccedilatildeo de nulidade da sentenccedila em caso de natildeo intervenccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68 sect 69 )

11 Temos destarte uma denunciaccedilatildeo atiacutepica na medida em que independe da vontade do reacuteu e eacute ordenada de ofiacutecio pelo magistrado sempre que na contestaccedilatildeo a seguradora declare que o IRB partishycipa na soma reclamada (Dec-Iei 73 ar t 68 sect 19 ) ou seja que o IRB manteacutem com a contestante contrato de resseguro

Aliaacutes rigorosamente falando o IRB natildeo participa na soma reclashymada mesmo porque natildeo responde ele diretamente perante os seshygurados pelo montante assumido em resseguro (Dec-Iei 73 art 68 sect 39 ) a indenizaccedilatildeo securitaacuteria eacute devida integralmente pela segurashydora e esta eacute que iraacute ser reembolsada pelo Instituto no montante previsto no contrato de resseguro

Nestes termos parece-nos razoaacutevel afirmar que o IRB somente seraacute considerado litisconsorte da seguradora na medida em que o satildeo aqueles litisdenunciados que aceitam a qualidade que lhe eacute atribuiacuteda ou seja admitem sua legitimidade para a indenizaccedilatildeo em regresso (ou seja aceitam a existecircncia e validade do resseguro) e aleacutem disso contestam o pedido isto eacute vecircm corroborar a resposta oferecida na accedilatildeo principal pelo reacuteu-denunciante contra o autor (CPC art 75 I)

12 Outro tema interessante eacute o da pOSiccedilatildeo processual da co-seshyguradora liacuteder Conforme nosso direito positivo a co-seguradora que assumiu no plano do direito material a posiccedilatildeo de liacuteder representa as demais para todos os seus efeitos ou seja a norma cuida de representaccedilatildeo legal que alcanccedila ateacute mesmo a fase judicial incluiacutedas as accedilotildees de seguro cognitivo-condenatoacuterias (Tzrrulnik ob cit sect 511p57)

Bastaraacute portanto que seja exercida pelo segurado a pretensatildeo contra a liacuteder para que sejam vinculadas as demais (id ib)

Evidentemente que em princiacutepio o fato de as demais co-segurashydoras serem processualmente representadas pela seguradora-liacuteder natildeo as impediraacute de querendo comparecerem diretamente a juiacutezo na qualidade de demandadas mesmo porque na etapa da execuccedilatildeo de sentenccedila cada uma delas poderaacute ser diretamente executada pela respectiva cota do deacutebito (supondo-se natildeo haja sido avenccedilada solishydariedade passiva)

ROR nordm 27 - SetOez 200

13 Assim afigura-SE em tese partes legiacutetimE outras relativas agrave existecircr das pelo segurado Pod fizerem seratildeo representeacute acarrete prejuiacutezo juriacutedicc

14 Uma terceira que~ de documentos em idiorr processo de cobranccedila d devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil geira supotildee sua traduccedilatildec tanto autorizada

Assim o direito positi

Coacutedigo Civil - Art 2~ geira seratildeo traduzido~ Paiacutes

Coacutedigo de Processo C documento redigido en versatildeo em vernaacuteculo f

Lei nordm 6015 de 3112 Art 129 - Estatildeo SUjE cumentos para surtir e

69) todos os documento das respectivas traduccedilc Uniatildeo dos Estados do [ ou em qualquer instacircnc

Art 148 Os tiacutetulos dOI geira uma vez adotado dos no original para o Para produzirem efeitos deveratildeo entretanto ser o que tambeacutem ser ob em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Fede juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a de procedecircncia estran~

15 A obrigatoriedade ( estrangeira traduccedilatildeo par autorizada jaacute se impunheacute

ROR nQ 27 - SeUDez 2003

PC agrave parte incumbe requerer a nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros

nto natildeo eacute ordenada jussu Judieis mo quando afirmada obrigatoacuteria middotte a perda da pretensatildeo regressiva ~ perda apenas das vantagens de intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem imposta nos casos de resseguro da pela sanccedilatildeo de nulidade da ccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68

lciaccedilatildeo atiacuteoica na medida em que )rdenada de ofiacutecio pelo magistrado ~uradora declare que o IRB parti shy13 art 68 sect 1ordm) ou seja que o IRB o de resseguro IRB natildeo participa na soma reclashy

je ele diretamente perante os seshy2m resseguro (Dec-Iei 73 art 68 devida integralmente pela segurashyolsada pelo Instituto no montante

~oaacutevel afirmar que o IRB somente I seguradora na medida em que o aceitam a qualidade que lhe eacute

gitimidade para a indenizaccedilatildeo em ~ncia e validade do lesseguro) e isto eacute vecircm corroborar a resposta

lo reacuteu-denunciante contra o autor

da posiccedilao processual da co-se shy9ito positivo a co-seguradora que ial a posiccedilatildeo de liacuteder representa ~ itos ou seja a norma cuida de eacute mesmo a fase judicial incluiacutedas denatoacuterias (Tzirulnik ob ciL sect

cida pelo segurado a pretensatildeo adas as demais (id ib) I o fato de as demais co-segurashyesentadas pela seguradora-liacuteder larecerem diretamente a juiacutezo na lorque na etapa da execuccedilatildeo de Ser diretamente executada pela se natildeo haja sido avenccedilada soli-

RDR nordm 27 - SeIDez 2003 99

13 Assim afigura-se liacutecito afirmar que as co-seguradoras seratildeo em tese partes legiacutetimas ad causam nas accedilotildees de cobranccedila (ou outras relativas agrave existecircncia validade e eficaacutecia do seguro) promovishydas pelo segurado Poderatildeo comparecer a juiacutezo querendo se natildeo o fizerem seratildeo representadas pela seguradora-liacuteder sem que isso lhes acarrete prejuiacutezo juriacutedico algum

14 Uma terceira questatildeo entatildeo suscitada disse respeito agrave validade de documentos em idioma e de origem estrangeira apresentados em processo de cobranccedila de seguro sem traduccedilatildeo para o vernaacutecu lo e a devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil dos documentos escritos em liacutengua estranshygeira supotildee sua traduccedilatildeo para o portuguecircs efetuada por pessoa para tanto autorizada

Assim o direito positivo

Coacutedigo Civil- Art 224 Os documentos redigidos em Ilngua estranshygeira seratildeo traduzidos para o portuguecircs para ter efeitos legais no Paiacutes

Coacutedigo de Processo Civil-- middotArt 157 Soacute poderaacute ser Junto aos autos documento redigido em liacutengua estrangeira quando acompanhado de versatildeo em vernaacuteculo firmada por tradutor juramentado

Lei nordm 6015 de 31 12 1973 Art 129 - Estatildeo SUjeitos a registro no Registro de Tiacutetulos e Do shycumentos para surtir efeitos relativamente a terceiros

62) todos os documentos de procedecircncia estrangeira acompanhados das respectivas traduccedilotildees para produzirem efeitos em reparticcedilotildees da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios ou em qualquer instacircncia juizo ou tribunal

Art 148 Os titulas documentos e papeacuteis escritos em tiacutengua estranshygeira uma vez adotados os caracteres comuns poderatildeo ser registrashydos no original para o efeito da sua conservaccedilatildeo ou perpetuidade Para prodUZirem efeitos legais no Paiacutes e para valerem contra terceiros deveratildeo entretanto ser vertidos em vernaacuteculo e registrada a traduccedilatildeo o que tambeacutem ser observaraacute em relaccedilatildeo agraves procuraccedilotildees lavradas em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Federal - Suacutemula 259 - Para produzir efeito em juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a inscriccedilatildeo no registro puacuteblico de documentos de procedecircncia estrangeira autenticados por via consular

15 A obrigatoriedade da traduccedilatildeo do documento escrito em liacutengua estrangeira traduccedilatildeo para o vernaacuteculo feita por pessoa legalmente autorizada jaacute se impunha anteriormente (bem como a autenticaccedilatildeo

100 ROR n~ 27 --- SeIDez 2003

pela autoridade consular brasileira de documentos puacuteblicos estranshygeiros)

Com efeito pelo CPC de 1939 segundo seu art 228 natildeo seratildeo admitidos em juiacutezo documentos escritos em liacutengua estrangeira salvo se acompanhados de traduccedilatildeo oficial E pelo Coacutedigo Civil de 1916 art 140 os escritos de obrigaccedilatildeo redigidos em liacutengua estrangeira seratildeo para te r efeitos legais no Paiacutes vertidos em portuguecircs

Aliaacutes remontando ao longiacutenquo passado lembremos que desde o rei Dom Dinis em Portugal foi tornado obrigatoacuterio em substituiccedilatildeo ao latim o uso do idioma portuguecircs nas atividades fo renses e nos documentos e escritos oficiais (Mel lo Freire Histo(fae Juris Civilis Lusitani Coimbra 1815 sect LVII apudMoacyr Lobo da Costa OAgravo no Direito Lusitano Borsoi 1974 p 24)

16 Versatildeo vaacute li da aduz Egas Moniz de Aragatildeo eacute apenas a que provenha de tradutor juramentado de nada serve a que provier de outra pessoa O tradutor juramentado goza de feacute puacuteblica e nisso se fundamenta a exigecircncia legal (Coment ao CPC Forense v 11 9lt1 ed 1998 n 16) Al iaacutes como bem mencionou Moacyr Amaral Santos tal sistema faz parte da tradiccedilatildeo Juriacutedica brasileira e facilmente se justifica eis que tanto os juiacutezes como as partes natildeo satildeo obrigadas a conhecer todos os idiomas nem tambeacutem se lhes ex ige tatildeo p ro fundo aperfeiccediloamento nas liacutenguas reclamadas para admissatildeo aos cu rsos juriacuted icos que se lhes imponha inteligecircnCia exata de documentos em liacutengua estrangeira agraves vezes de traduccedilatildeo difiacutecil pelo emprego de expressotildees pouco usuais ou teacutecnicas (Proveacutel Judic2Jria no Ciacutevel e Comercial Max Limonad v IV 2 ed 1954 n 204 pp 328-329)

Ass im quer o exerciacutecio de accedilatildeo de cobranccedila da indenizaccedilatildeo securitaacuteria ajuizada pela viacutetima do sinistro como o exerciacutecio de accedilatildeo de consignaccedilatildeo proposta pela seguradora (ante a duacutevida por exemshyplo em qual o legiacutetimo titular do direito ao ressarcimento) quaisquer accedilotildees deveratildeo ser instruiacutedas com documentaccedilatildeo traduzida ao vernaacuteshyculo e da qual se possa inferir inclusive a legitimidade ad causam dos contendores

Do

Eacute sab ido quatildeo importar estrutura das sociedades dE constantemente atormentad de suas proacuteprias doenccedilas diversidade cada vez maior

Atualmente o tema da rl despertado enorme interes~ cional em decorrecircncia do el ciaacuterio em suas vaacute rias instacircr processos referentes a essa aspecto da Medicina de ma ciecircncia de cidadania na bu invocando a prestaccedilatildeo jurisd

Ao se analisar essa que~ Francis Moore que indica c do cuidado meacutedico eacute a ass ciruacutergica eacute a assunccedilatildeo comp do paciente

As palavras de Moore sei adentrar no aspecto da resp

No Brasi l o art 951 do especiacutefica na qual se pode eacute

tivas postas nos muacuteltiplos r respon sabilidade civil meacutedic conhecida na Antiguidade nlt estabeleciam penas especiacutef acarretassem lesotildees a seus que os conduzissem agrave morte

bull Ministro do Superior Tribunal dE da Associaccedilatildeo de Juristas Catoacutel ic

l

94 ROR nordm 27 -- SeUOez 2003

assumida (O Contrato de Seguro Forense 3ordf ed 1999 nordms 288-292 e passim)

2 Conforme dispotildee expressamente o novo Coacutedigo Civil artigo 761

quando o risco for assumido em co-seguro a apoacutelice indicaraacute o segurador que administraraacute o contrato e representaraacute os demais para todos os seus efeitos

Ernesto Tzirulnik comentando essa norma traz agrave balha afirmaccedilatildeo de Faacutebio Konder Compara to autor de substitutivo no referente agrave mateacuteria o qual colocou como finalidade do dispositivo legal a de precisar a funccedilatildeo do segurador-liacuteder no co-seguro como represhysentante necessaacuterio dos demais em juiacutezo ou fora dele segundo Tzirulnik sem criar solidariedade entre co-seguradores (salvo exshypressa claacuteusula contratual instituindo a responsabilidade solidaacuteria) a norma equilibra as divergecircncias entre posiccedilotildees Jurisprudenciais agrave medida que acolhe soluccedilatildeo de conciliaccedilatildeo segundo a qual basta ser exercida a pretensatildeo contra a liacuteder para que sejam vinculadas as demais

Tal artigo destarte eacute norma cogente que introduz hipoacutetese de legitimaccedilatildeo extraordinaacuteria e a liacuteder eacute assim uma substituta processhysual (art 6ordm do CPC) cita outrossim a opiniatildeo de Vera Helena de Mello Franco no sentido de que a liacuteder representaraacute as outras na hipoacutetese de pendecircncia judicial o que natildeo quer dizer que as outras estejam impedidas de ingressar na lide

A exata premissa conduz ao corolaacuterio a sentenccedila condenatoacuteria faraacute coisa julgada oponiacutevel a todas as co-seguradoras e uma vez liquidada seraacute tiacutetulo ensejando execuccedilatildeo forccedilada contra as mesmas (substitutas e substituiacutedas) respeitando-se para os atos executivos a proporccedilatildeo de suas respectivas cotas (O Contrato de Seguro Ernesto Tzirulnik et alii Ed RT 2ordf ed pp 56-58 e passim)

3 Quanto ao resseguro consiste na transferecircncia de parte ou de toda a responsabilidade do segurador para o ressegurador embora perante o segurado continue o segurador como o responsaacutevel exclushysivo O resseguro facilitando a divisatildeo dos riscos eacute utilizado em contratos de maior vulto conforme o caso o proacuteprio ressegurador opera da mesma forma transferindo para outros o que excede de sua capacidade teacutecnica de tal forma que os grandes riscos embora segurados diretamente por um ou por alguns seguradores vinculam os interesses de muitos por via do resseguro em alguns casos surgindo mesmo a necessidade de suprir pelo caminho do resseguro internacional a insuficiente capacidade do mercado nacional (Pedro Alvim ob cit n 294)

Eacute em suma ato voltado a reforccedilar a solvabilidade do segurador como referiu Ramella (Trattato delle Assicurazioni Milatildeo 1921 p 286

ROR nordm 27 - SeUOez 2003

citado por Paulo Luiz dE 2002 p 225) conduzinc

4 Quanto agrave sua natL majoritaacuteria considera o 1

pendentemente da natUrE ciacutehca entre os dois contl estaacute no fato de que este um seguro de seguro p trato incluiacutesse algum riscc deixaria de ser um ressel

Com relaccedilatildeo ao segl alios pois dele natildeo parti( da seguradora a totalida( em virtude do sinistro ( haver transferido parte de mir-se do cumprimento c chamado a participar de para ele manteacutem iacutentegro quer inadimplemento cor sido transferida ao resseccedil

5 Ao (antigo) Instituto como sociedade de ecor accedilotildees com o nome de IRI IRB-BRASIL RE) cumpre eacute

tivos do paiacutes ou do extf mateacuteria de co-seguro res art 44 I a)

Eacute bastante peculiar 8

promovidas por segurado pondendo no foro onde ac processo como assistentE litisconsorte passivo ou cc

O Decreto-lei n 73 d Coacutedigo de Processo Civil

Ar 68 O IRB seraacute ca de seguro sempre que sect 1ordm A Sociedade Segu IRB participa na soma ( o Instituto e manteraacute sot da medida processual

sect 6ordm As sentenccedilas pn presente artigo seratildeo m

Cumpre todavia referir expressamente revogado r

ROR nordm 27 -- SetDez 2003

Forense 3 ed 1999 nordms 288-292

nente o novo Coacutedigo Civil artigo

)m co-seguro a apoacutelice indicaraacute o 1trato e representaraacute os demais para

~ssa norma traz agrave balha afirmaccedilatildeo or de substitutivo no referente agrave alidade do dispositivo legal a de liacuteder no co-seguro como represhyem juiacutezo ou fora dele segundo entre co-seguradores (salvo exshy

jo a responsabilidade solidaacuteria) a ntre posiccedilotildees jurisprudenciais agrave ciliaccedilatildeo segundo a qual basta ser er para que sejam vinculadas as

ogente que introduz hipoacutetese de eacute assim uma substituta processhy

sim a opiniatildeo de Vera Helena de a liacuteder representaraacute as outras na Que natildeo quer dizer que as outras lide )rolaacuterio a sentenccedila condenatoacuteria lS as co-seguradoras e uma vez lcuccedilatildeo torccedilada contra as mesmas 3ndo-se para os atos executivos a IS (O Contrato de Seguro Ernesto 6-58 e passim) e rla transferecircncia de parte ou de lor para o ressegurador embora IJrador como o responsaacutevel exclushyvisatildeo dos riscos eacute utilizado em bull o caso o proacuteprio ressegurador do para outros o que excede de la que os grandes riscos embora )or alguns seguradores vinculam lo resseguro em alguns casos suprir pelo caminho do resseguro lade do mercado nacional (Pedro

ar a solvabilidade do segurador 4ssicurazioni Milatildeo 1921 p 286

ROR nordm 27 - SeUDez 2003 95

citado por Paulo Luiz de Toledo Piza Contrato de Resseguro IBOS 2002 p 225) conduzindo a uma redistribuiccedilatildeo de riscos

4 Quanto agrave sua natureza juriacutedica muito questionada a corrente majoritaacuteria considera o resseguro como um seguro de dano indeshypendentemente da natureza do seguro originaacuterio e a diferenccedila espeshyciacutefica entre os dois contratos isto eacute o de seguro e o de resseguro estaacute no fato de que este uacuteltimo soacute se configura quando se trata de um seguro de seguro pois como escreveu Pedro Alvim se o conshytrato incluiacutesse algum risco que natildeo figurasse no de seguro a operaccedilatildeo deixaria de ser um resseguro (ob cit nd 312)

Com relaccedilatildeo ao segurado eacute o contrato de resseguro res inter alios pois dele natildeo participou mantendo indene seu direito de exigir da seguradora a totalidade das importacircncias que lhe sejam devidas em virtude do sinistro O segurador natildeo poderaacute sob o pretexto de haver transferido parte do precircmio recebido para o ressegurador exishymir-se do cumprimento do contrato de seguro O segurado natildeo eacute chamado a participar do contrato de resseguro Negoacutecio estranho para ele manteacutem iacutentegro seu direito de reclamar do segurador qualshyquer inadimplemento contratual ainda que toda a obrigaccedilatildeo tenha sido transferida ao ressegurador (Alvim ob cit nlt2 311 p 375)

5 Ao (antigo) Instituto de Resseguros do Brasil definido em 1997 como sociedade de economia mista sob a forma de sociedade por accedilotildees com o nome de IRB - Brasil Resseguros SA (e a abreviatura IRB-BRASIL RE) cumpre aceitar os resseguros obrigatoacuterios e facultashytivos do paiacutes ou do exterior dispondo de poderes normativos em mateacuteria de co-seguro resseguro e retrocessatildeo (Oec -Iei nordm 731966 art 44 I a)

Eacute bastante peculiar a situaccedilatildeo processual do IRB nas accedilotildees promovidas por segurado contra seguradora Questiona-se se resshypondendo no foro onde acionada a seguradora ingressaraacute o IRB no processo como assistente da seguradora ou na posiccedilatildeo direta de litisconsorte passivo ou como litisdenunciado pela seguradora

O Decreto-lei n 73 de 21 11 1966 portanto anterior ao vigente Coacutedigo de Processo Civil a respeito assim dispocircs

1 11

Ar 68 O IRB seraacute considerado litisconsorte necessaacuterio nas accedilotildees de seguro sempre que tiver responsabilidade no pedido sect 1ordm- A Sociedade Seguradora deveraacute declarar na contestaccedilatildeo se o IRB participa na soma reclamada Sendo o caso o juiz mandaraacute citar o Instituto e manteraacute sobrestado o andamento do feito ateacute a efetivaccedilatildeo da medida processual

sect 6ordm- As sentenccedilas proferidas com inobservacircncia do disposto no presente artigo seracirco nulas

Cumpre todavia referir que esse artigo 68 do Dec-Iei 7366 foi expressamente revogado pelo art 12 da Lei nlt2 9932 de 20 121999

96 ROR n 27 - SeUOez 2003

Mas tal artigo 12 bem como praticamente toda a Lei nV 993299 teve seus efeitos suspensos por liminar deferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADIN 2223 (Plenaacuterio sessatildeo de 10102002 rei Min Mauriacutecio Correcirca Fundamento da decisatildeo as alteraccedilotildees deveriam constar de lei complementar e natildeo de lei ordinaacuteria Meacuterito ainda natildeo julgado)

6 A 3ordf Turma do STJ com remissatildeo ao art 47 do CPC entendeu que com o advento do CPC de 1973 a posiccedilatildeo do IRB continuaria sendo a de litisconsorte necessaacuterio respondendo diretamente ao

nVsegurado (da ementa REsp 70596 ac 31 101995 reI Min Waldemar Zveiter)

Mas mais recentemente a eg o 4ordf Turma com menccedilatildeo da lei revocatoacuteria decidiu que havendo resseguro de resporlsabilidade do IRB deveraacute a companhia de seguros provar a existecircncia do resseguro e denunciar o IRB agrave lide para assegurar o direito regressivo contra este (REsp 125573 reI Min Barros Monteiro ac de 07062001 RSTJ 15633 1) (com mais propriedade leia -se denunciar a lide ao IRB )

Todavia cumpre ponderar que na forma da lei - pelo mesmo art 68 em seu sect 32 - o IRB natildeo responde d iretamente perante os segurados pelo montante assumido em resseguro

Buscando harmonizar a letra da lei com os princiacutepios cer ta feita em sede jurisprudencial e como relator afirmamos que nos casos de sinistro indenizaacutevel deve a seguradora a quantia representativa do justo adimplemento do contrato e deve o Instituto de Resseguros do Brasil a declaraccedilatildeo de vontade autorizadora do pagamento (TJRGS Ap Ciacutevel nordm 15896 ac de 03081971 Rev de Jurisp do T JRGS 28267) (in Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14S ed n 47-A pp 105-106)

7 Natildeo seraacute demasia referir a posiccedilatildeo de Edson Ribas Malachini no sentido de que o segurado pode denunciar a lide ao IRB requeshyrendo-lhe a citaccedilatildeo e adita que a condenaccedilatildeo pode ser solidaacuteria o que eacute do maior interesse do autor da accedilatildeo e o eacute igualmente do denunciante natildeo tendo o ressegurador nenhum interesse em contraacuteshyrio essa soluccedilatildeo diga-se evita situaccedilotildees absurdas que decorreriam vg da insolvecircncia do denunciante (art na rev AJURIS 66348-349)

A respeito do tema Cacircndido Dinamarco menciona que no sistema do CPC anterior a jurisprudecircncia inclinava-se pela qualificaccedilatildeo do IRB como assistente da seguradora com o vigente Coacutedigo seraacute caso de denunciaccedilatildeo da lide ao IRB embora negue a possibilidade de conshydenaccedilatildeo direta do ressegurador (Litisconsoacutercio Malheiros Ed 51 ed nordm 533 pp 204-205 e nota de rodapeacute n 209)

8 Como o IRB natildeo pode ser condenado mesmo que nos limites do resseguro ao pagamento d ireto de qualquer quantia ao segurado em consequumlecircncia do sinistro indenizaacutevel - pois eacute regra consagrada e e da leI ser o segurador o uacutenico responsaacutevel perante o segurado - entatildeo sua posiccedilatildeo rigorosamente natildeo seraacute de litisconsorte posto

ROR nordm 27 - SeUOez 2003

ao lado da seguradora r sim de litisdenunciado p6 tornar-se-aacute seu assistent6 juriacutedico em que os interes mente tutelados (nosso Ir 56 pp 136-140)

E eacute tambeacutem do seu inl praacutetico de que a segur apenas diminuta parce IRB atraveacutes do ressegurc ou nenhum pela sorte de tornar obrigatoacuteria apresE interesse que incorpora ceira do sistema securitaacute

9 Pedro Alvim dissel IRB afirmou que o legisleacute

de litisconsorte e (j

e havia necessidade ( participaccedilatildeo no sinis trc

A verdade eacute que a c a norma tradicional do pela jurisprudecircncia de E sem alcance praacuteticc perante as sociedades sabilidade ressegurad sas de liquidaccedilatildeo fica sionaacuterias para delas r 7366 ar 67) (ob cil

10 Em uacuteltima anaacuteliSE pelo Dec-Iei 7366 agrave sister ccedilatildeo de terceiros parece transcrito art 68 caput di

Ar 68 O IRB seraacute m de seguro sempre qu

Todavia o Dec-Iei 73 citar o Instituto e mante efetivaccedilatildeo da medida prc

1 Natildeo existe denunciaccedilatildeo lide a pendecircncia da causa e da accedilatildeo regressiva de denu que algueacutem pudesse ser dE Terceiros Saraiva 14 ed n

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ROR n) 27 - SeUDez 2003

ticamente toda a Lei n2 9 93299 teve inar deferida pelo Supremo Tribunal io sessao de 10102002 rei Min ja decisatildeo as alteraccedilotildees deveriam latildeo de lei ordinaacuteria Meacuterito ainda natildeo

missatildeo ao art 47 do CPC entendeu 1973 a posiccedilatildeo do IRB continuaria 3saacuterio respondendo diretamente ao nordm 70596 ac 31101995 rei Min

eg 4ordf Turma com menccedilao da lei lo resseguro de responsabilidade do JUros provar a existecircncia do resseguro 3ssegurar o direito regressivo contra Barros Monteiro ac de 07062001 edade leia-se denunciar a lide ao

le na forma da lei - pelo mesmo art o responde diretamente perante os ido em resseguro da lei com os princiacutepios certa feita relator afirmamos que nos casos

)uradora a quantia representativa do e deve o Instituto de Resseguros do utorizadora do pagamento (T JRGS 31971 Rev de Jurisp do TJRGS 3iros Saraiva 14lt1 ed nordm 47-A pp

posiccedilao de Edson Ribas Malachini Jde denunciar a lide ao IRB requeshya condenaccedilatildeo pode ser solidaacuteria o Itor da accedilatildeo e o eacute igualmente do nadar nenhum interesse em contraacuteshyituaccedilotildees absurdas que decorreriam te (art na rev AJURIS 66348-349) )inamarco menciona que no sistema tl clinava-se pela qualificaccedilatildeo do IRB om o vigente Coacutedigo seraacute caso de lora negue a possibilidade de conshyIr (Litisconsoacutercio Malheiros Ed 5ordf le rodapeacute n 209) ondenado mesmo que nos limites o de qualquer quantia ao segurado lizaacutevel - pois eacute regra consagrada 0 responsaacutevel perante o segurado 1te natildeo seraacute de litisconsorte posto

RDR nordm 27 - SeIDez 2003 97

ao lado da seguradora no poacutelo passivo da relaccedilatildeo processual mas sim de litisdenunciado pela seguradora em aceitando esta qualidade tornar-se-aacute seu assistente na accedilatildeo principal pelo manifesto interesse juriacutedico em que os interesses desta (quando justos) sejam processua lshymente tutelados (nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Forense 15 ed n 56 pp 136-140)

E eacute tambeacutem do seu interesse intervir face agrave possibilidade no plano praacutetico de que a seguradora se tiver responsabilidade direta em apenas diminuta parcela em confronto com o valor transferido ao IRB atraveacutes do resseguro venha por isso a revelar pouco interesse ou nenhum pela sorte do processo assim o legislador entendeu de tornar obrigatoacuteria a presenccedila do IRB a fim de acautelar o respectivo interesse que incorpora inegaacutevel interesse puacuteblico na higidez finanshyceira do sistema securitaacuterio

9 Pedro Alvim dissertando a respeito da posiccedilatildeo processual do IRB afirmou que o legislador todavia o qualificou

de litisconsorte e natildeo assistente porque este uacuteltimo eacute facultativo e havia necessidade de garantir sua pwsonccedila sempre que tivesse participaccedilatildeo no sinistro litigioso

A verdade eacute que a condenaccedilatildeo do IRB nas accedilotildees Judiciais subverte a norma tradicional do resseguro aplaudida pela doutnna respeitada pela Jurisprudecircnc ia de outros povos e acolhida por outras legislaccedilotildees E sem alcance praacutetico porque a lei estabelece que ele responderaacute perante as sociedades seguradoras diretas na proporccedilatildeo da respon shysabilidade ressegurada inclusive na parte correspondente agraves despeshysas de liquidaccedilatildeo ficando com direito regressivo contra as retrocesshysionaacuterias para delas reaver a cota que lhes couber no sinistro (DL 7366 art 61) (ob cit nordm 323 p 381)

10 Em uacuteltima anaacutelise com a adaptaccedilatildeo do sistema instituiacutedo pelo Dec-Iei 7366 agrave sistemaacutetica do vigente CPC em tema de intervenshyccedilatildeo de terceiros parece-nos que o aludido decreto-lei em seu jaacute transcrito art 68 caput deveraacute ser lido como se nele escrito estivesse

Art 68 O IRB seraacute necessariamente denunc iado da lide nas accedilotildees de seguro sempre que figurar como ressegurador I

Todavia o Dec-Iei 7366 art 68 sect 11 dispotildee que o juiz mandaraacute citar o Instituto e manteraacute sobrestado o andamento do feito ateacute a efetivaccedilatildeo da medida processual

1 Natildeo existe denunciaccedilatildeo agrave lide e sim sempre denunciaccedilatildeo da lide Eacute a lide a pendecircncia da causa entre A e B que eacute comunicada ao terceiro C atraveacutes da accedilatildeo regressiva de denunCiaccedilatildeo Como disse Dinamarco natildeo se concebe que algueacutem pudesse ser denunciado a ela (a respeito nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 41 e nota de rodapeacute 53-A)

98 ROR nordm 27 - SetOez 2003

Ora segundo o sistema do CPC agrave parte incumbe requerer a citaccedilatildeo do terceiro (CPC art 71 nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 50) que portanto natildeo eacute ordenada ussu judieis e a ausecircncia de denunciaccedilatildeo mesmo quando afirmada obrigatoacuteria (CPC art 70 caput) acarreta agrave parte a perda da pretensatildeo regressiva (ou nos casos do art 70 II e 111 a perda apenas das vantagens de ordem processual decorrentes da intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem o caraacuteter de absoluta necessidade imposta nos casos de resseguro necessidade absoluta esta revelada pela sanccedilatildeo de nulidade da sentenccedila em caso de natildeo intervenccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68 sect 69 )

11 Temos destarte uma denunciaccedilatildeo atiacutepica na medida em que independe da vontade do reacuteu e eacute ordenada de ofiacutecio pelo magistrado sempre que na contestaccedilatildeo a seguradora declare que o IRB partishycipa na soma reclamada (Dec-Iei 73 ar t 68 sect 19 ) ou seja que o IRB manteacutem com a contestante contrato de resseguro

Aliaacutes rigorosamente falando o IRB natildeo participa na soma reclashymada mesmo porque natildeo responde ele diretamente perante os seshygurados pelo montante assumido em resseguro (Dec-Iei 73 art 68 sect 39 ) a indenizaccedilatildeo securitaacuteria eacute devida integralmente pela segurashydora e esta eacute que iraacute ser reembolsada pelo Instituto no montante previsto no contrato de resseguro

Nestes termos parece-nos razoaacutevel afirmar que o IRB somente seraacute considerado litisconsorte da seguradora na medida em que o satildeo aqueles litisdenunciados que aceitam a qualidade que lhe eacute atribuiacuteda ou seja admitem sua legitimidade para a indenizaccedilatildeo em regresso (ou seja aceitam a existecircncia e validade do resseguro) e aleacutem disso contestam o pedido isto eacute vecircm corroborar a resposta oferecida na accedilatildeo principal pelo reacuteu-denunciante contra o autor (CPC art 75 I)

12 Outro tema interessante eacute o da pOSiccedilatildeo processual da co-seshyguradora liacuteder Conforme nosso direito positivo a co-seguradora que assumiu no plano do direito material a posiccedilatildeo de liacuteder representa as demais para todos os seus efeitos ou seja a norma cuida de representaccedilatildeo legal que alcanccedila ateacute mesmo a fase judicial incluiacutedas as accedilotildees de seguro cognitivo-condenatoacuterias (Tzrrulnik ob cit sect 511p57)

Bastaraacute portanto que seja exercida pelo segurado a pretensatildeo contra a liacuteder para que sejam vinculadas as demais (id ib)

Evidentemente que em princiacutepio o fato de as demais co-segurashydoras serem processualmente representadas pela seguradora-liacuteder natildeo as impediraacute de querendo comparecerem diretamente a juiacutezo na qualidade de demandadas mesmo porque na etapa da execuccedilatildeo de sentenccedila cada uma delas poderaacute ser diretamente executada pela respectiva cota do deacutebito (supondo-se natildeo haja sido avenccedilada solishydariedade passiva)

ROR nordm 27 - SetOez 200

13 Assim afigura-SE em tese partes legiacutetimE outras relativas agrave existecircr das pelo segurado Pod fizerem seratildeo representeacute acarrete prejuiacutezo juriacutedicc

14 Uma terceira que~ de documentos em idiorr processo de cobranccedila d devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil geira supotildee sua traduccedilatildec tanto autorizada

Assim o direito positi

Coacutedigo Civil - Art 2~ geira seratildeo traduzido~ Paiacutes

Coacutedigo de Processo C documento redigido en versatildeo em vernaacuteculo f

Lei nordm 6015 de 3112 Art 129 - Estatildeo SUjE cumentos para surtir e

69) todos os documento das respectivas traduccedilc Uniatildeo dos Estados do [ ou em qualquer instacircnc

Art 148 Os tiacutetulos dOI geira uma vez adotado dos no original para o Para produzirem efeitos deveratildeo entretanto ser o que tambeacutem ser ob em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Fede juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a de procedecircncia estran~

15 A obrigatoriedade ( estrangeira traduccedilatildeo par autorizada jaacute se impunheacute

ROR nQ 27 - SeUDez 2003

PC agrave parte incumbe requerer a nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros

nto natildeo eacute ordenada jussu Judieis mo quando afirmada obrigatoacuteria middotte a perda da pretensatildeo regressiva ~ perda apenas das vantagens de intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem imposta nos casos de resseguro da pela sanccedilatildeo de nulidade da ccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68

lciaccedilatildeo atiacuteoica na medida em que )rdenada de ofiacutecio pelo magistrado ~uradora declare que o IRB parti shy13 art 68 sect 1ordm) ou seja que o IRB o de resseguro IRB natildeo participa na soma reclashy

je ele diretamente perante os seshy2m resseguro (Dec-Iei 73 art 68 devida integralmente pela segurashyolsada pelo Instituto no montante

~oaacutevel afirmar que o IRB somente I seguradora na medida em que o aceitam a qualidade que lhe eacute

gitimidade para a indenizaccedilatildeo em ~ncia e validade do lesseguro) e isto eacute vecircm corroborar a resposta

lo reacuteu-denunciante contra o autor

da posiccedilao processual da co-se shy9ito positivo a co-seguradora que ial a posiccedilatildeo de liacuteder representa ~ itos ou seja a norma cuida de eacute mesmo a fase judicial incluiacutedas denatoacuterias (Tzirulnik ob ciL sect

cida pelo segurado a pretensatildeo adas as demais (id ib) I o fato de as demais co-segurashyesentadas pela seguradora-liacuteder larecerem diretamente a juiacutezo na lorque na etapa da execuccedilatildeo de Ser diretamente executada pela se natildeo haja sido avenccedilada soli-

RDR nordm 27 - SeIDez 2003 99

13 Assim afigura-se liacutecito afirmar que as co-seguradoras seratildeo em tese partes legiacutetimas ad causam nas accedilotildees de cobranccedila (ou outras relativas agrave existecircncia validade e eficaacutecia do seguro) promovishydas pelo segurado Poderatildeo comparecer a juiacutezo querendo se natildeo o fizerem seratildeo representadas pela seguradora-liacuteder sem que isso lhes acarrete prejuiacutezo juriacutedico algum

14 Uma terceira questatildeo entatildeo suscitada disse respeito agrave validade de documentos em idioma e de origem estrangeira apresentados em processo de cobranccedila de seguro sem traduccedilatildeo para o vernaacutecu lo e a devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil dos documentos escritos em liacutengua estranshygeira supotildee sua traduccedilatildeo para o portuguecircs efetuada por pessoa para tanto autorizada

Assim o direito positivo

Coacutedigo Civil- Art 224 Os documentos redigidos em Ilngua estranshygeira seratildeo traduzidos para o portuguecircs para ter efeitos legais no Paiacutes

Coacutedigo de Processo Civil-- middotArt 157 Soacute poderaacute ser Junto aos autos documento redigido em liacutengua estrangeira quando acompanhado de versatildeo em vernaacuteculo firmada por tradutor juramentado

Lei nordm 6015 de 31 12 1973 Art 129 - Estatildeo SUjeitos a registro no Registro de Tiacutetulos e Do shycumentos para surtir efeitos relativamente a terceiros

62) todos os documentos de procedecircncia estrangeira acompanhados das respectivas traduccedilotildees para produzirem efeitos em reparticcedilotildees da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios ou em qualquer instacircncia juizo ou tribunal

Art 148 Os titulas documentos e papeacuteis escritos em tiacutengua estranshygeira uma vez adotados os caracteres comuns poderatildeo ser registrashydos no original para o efeito da sua conservaccedilatildeo ou perpetuidade Para prodUZirem efeitos legais no Paiacutes e para valerem contra terceiros deveratildeo entretanto ser vertidos em vernaacuteculo e registrada a traduccedilatildeo o que tambeacutem ser observaraacute em relaccedilatildeo agraves procuraccedilotildees lavradas em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Federal - Suacutemula 259 - Para produzir efeito em juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a inscriccedilatildeo no registro puacuteblico de documentos de procedecircncia estrangeira autenticados por via consular

15 A obrigatoriedade da traduccedilatildeo do documento escrito em liacutengua estrangeira traduccedilatildeo para o vernaacuteculo feita por pessoa legalmente autorizada jaacute se impunha anteriormente (bem como a autenticaccedilatildeo

100 ROR n~ 27 --- SeIDez 2003

pela autoridade consular brasileira de documentos puacuteblicos estranshygeiros)

Com efeito pelo CPC de 1939 segundo seu art 228 natildeo seratildeo admitidos em juiacutezo documentos escritos em liacutengua estrangeira salvo se acompanhados de traduccedilatildeo oficial E pelo Coacutedigo Civil de 1916 art 140 os escritos de obrigaccedilatildeo redigidos em liacutengua estrangeira seratildeo para te r efeitos legais no Paiacutes vertidos em portuguecircs

Aliaacutes remontando ao longiacutenquo passado lembremos que desde o rei Dom Dinis em Portugal foi tornado obrigatoacuterio em substituiccedilatildeo ao latim o uso do idioma portuguecircs nas atividades fo renses e nos documentos e escritos oficiais (Mel lo Freire Histo(fae Juris Civilis Lusitani Coimbra 1815 sect LVII apudMoacyr Lobo da Costa OAgravo no Direito Lusitano Borsoi 1974 p 24)

16 Versatildeo vaacute li da aduz Egas Moniz de Aragatildeo eacute apenas a que provenha de tradutor juramentado de nada serve a que provier de outra pessoa O tradutor juramentado goza de feacute puacuteblica e nisso se fundamenta a exigecircncia legal (Coment ao CPC Forense v 11 9lt1 ed 1998 n 16) Al iaacutes como bem mencionou Moacyr Amaral Santos tal sistema faz parte da tradiccedilatildeo Juriacutedica brasileira e facilmente se justifica eis que tanto os juiacutezes como as partes natildeo satildeo obrigadas a conhecer todos os idiomas nem tambeacutem se lhes ex ige tatildeo p ro fundo aperfeiccediloamento nas liacutenguas reclamadas para admissatildeo aos cu rsos juriacuted icos que se lhes imponha inteligecircnCia exata de documentos em liacutengua estrangeira agraves vezes de traduccedilatildeo difiacutecil pelo emprego de expressotildees pouco usuais ou teacutecnicas (Proveacutel Judic2Jria no Ciacutevel e Comercial Max Limonad v IV 2 ed 1954 n 204 pp 328-329)

Ass im quer o exerciacutecio de accedilatildeo de cobranccedila da indenizaccedilatildeo securitaacuteria ajuizada pela viacutetima do sinistro como o exerciacutecio de accedilatildeo de consignaccedilatildeo proposta pela seguradora (ante a duacutevida por exemshyplo em qual o legiacutetimo titular do direito ao ressarcimento) quaisquer accedilotildees deveratildeo ser instruiacutedas com documentaccedilatildeo traduzida ao vernaacuteshyculo e da qual se possa inferir inclusive a legitimidade ad causam dos contendores

Do

Eacute sab ido quatildeo importar estrutura das sociedades dE constantemente atormentad de suas proacuteprias doenccedilas diversidade cada vez maior

Atualmente o tema da rl despertado enorme interes~ cional em decorrecircncia do el ciaacuterio em suas vaacute rias instacircr processos referentes a essa aspecto da Medicina de ma ciecircncia de cidadania na bu invocando a prestaccedilatildeo jurisd

Ao se analisar essa que~ Francis Moore que indica c do cuidado meacutedico eacute a ass ciruacutergica eacute a assunccedilatildeo comp do paciente

As palavras de Moore sei adentrar no aspecto da resp

No Brasi l o art 951 do especiacutefica na qual se pode eacute

tivas postas nos muacuteltiplos r respon sabilidade civil meacutedic conhecida na Antiguidade nlt estabeleciam penas especiacutef acarretassem lesotildees a seus que os conduzissem agrave morte

bull Ministro do Superior Tribunal dE da Associaccedilatildeo de Juristas Catoacutel ic

ROR nordm 27 -- SetDez 2003

Forense 3 ed 1999 nordms 288-292

nente o novo Coacutedigo Civil artigo

)m co-seguro a apoacutelice indicaraacute o 1trato e representaraacute os demais para

~ssa norma traz agrave balha afirmaccedilatildeo or de substitutivo no referente agrave alidade do dispositivo legal a de liacuteder no co-seguro como represhyem juiacutezo ou fora dele segundo entre co-seguradores (salvo exshy

jo a responsabilidade solidaacuteria) a ntre posiccedilotildees jurisprudenciais agrave ciliaccedilatildeo segundo a qual basta ser er para que sejam vinculadas as

ogente que introduz hipoacutetese de eacute assim uma substituta processhy

sim a opiniatildeo de Vera Helena de a liacuteder representaraacute as outras na Que natildeo quer dizer que as outras lide )rolaacuterio a sentenccedila condenatoacuteria lS as co-seguradoras e uma vez lcuccedilatildeo torccedilada contra as mesmas 3ndo-se para os atos executivos a IS (O Contrato de Seguro Ernesto 6-58 e passim) e rla transferecircncia de parte ou de lor para o ressegurador embora IJrador como o responsaacutevel exclushyvisatildeo dos riscos eacute utilizado em bull o caso o proacuteprio ressegurador do para outros o que excede de la que os grandes riscos embora )or alguns seguradores vinculam lo resseguro em alguns casos suprir pelo caminho do resseguro lade do mercado nacional (Pedro

ar a solvabilidade do segurador 4ssicurazioni Milatildeo 1921 p 286

ROR nordm 27 - SeUDez 2003 95

citado por Paulo Luiz de Toledo Piza Contrato de Resseguro IBOS 2002 p 225) conduzindo a uma redistribuiccedilatildeo de riscos

4 Quanto agrave sua natureza juriacutedica muito questionada a corrente majoritaacuteria considera o resseguro como um seguro de dano indeshypendentemente da natureza do seguro originaacuterio e a diferenccedila espeshyciacutefica entre os dois contratos isto eacute o de seguro e o de resseguro estaacute no fato de que este uacuteltimo soacute se configura quando se trata de um seguro de seguro pois como escreveu Pedro Alvim se o conshytrato incluiacutesse algum risco que natildeo figurasse no de seguro a operaccedilatildeo deixaria de ser um resseguro (ob cit nd 312)

Com relaccedilatildeo ao segurado eacute o contrato de resseguro res inter alios pois dele natildeo participou mantendo indene seu direito de exigir da seguradora a totalidade das importacircncias que lhe sejam devidas em virtude do sinistro O segurador natildeo poderaacute sob o pretexto de haver transferido parte do precircmio recebido para o ressegurador exishymir-se do cumprimento do contrato de seguro O segurado natildeo eacute chamado a participar do contrato de resseguro Negoacutecio estranho para ele manteacutem iacutentegro seu direito de reclamar do segurador qualshyquer inadimplemento contratual ainda que toda a obrigaccedilatildeo tenha sido transferida ao ressegurador (Alvim ob cit nlt2 311 p 375)

5 Ao (antigo) Instituto de Resseguros do Brasil definido em 1997 como sociedade de economia mista sob a forma de sociedade por accedilotildees com o nome de IRB - Brasil Resseguros SA (e a abreviatura IRB-BRASIL RE) cumpre aceitar os resseguros obrigatoacuterios e facultashytivos do paiacutes ou do exterior dispondo de poderes normativos em mateacuteria de co-seguro resseguro e retrocessatildeo (Oec -Iei nordm 731966 art 44 I a)

Eacute bastante peculiar a situaccedilatildeo processual do IRB nas accedilotildees promovidas por segurado contra seguradora Questiona-se se resshypondendo no foro onde acionada a seguradora ingressaraacute o IRB no processo como assistente da seguradora ou na posiccedilatildeo direta de litisconsorte passivo ou como litisdenunciado pela seguradora

O Decreto-lei n 73 de 21 11 1966 portanto anterior ao vigente Coacutedigo de Processo Civil a respeito assim dispocircs

1 11

Ar 68 O IRB seraacute considerado litisconsorte necessaacuterio nas accedilotildees de seguro sempre que tiver responsabilidade no pedido sect 1ordm- A Sociedade Seguradora deveraacute declarar na contestaccedilatildeo se o IRB participa na soma reclamada Sendo o caso o juiz mandaraacute citar o Instituto e manteraacute sobrestado o andamento do feito ateacute a efetivaccedilatildeo da medida processual

sect 6ordm- As sentenccedilas proferidas com inobservacircncia do disposto no presente artigo seracirco nulas

Cumpre todavia referir que esse artigo 68 do Dec-Iei 7366 foi expressamente revogado pelo art 12 da Lei nlt2 9932 de 20 121999

96 ROR n 27 - SeUOez 2003

Mas tal artigo 12 bem como praticamente toda a Lei nV 993299 teve seus efeitos suspensos por liminar deferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADIN 2223 (Plenaacuterio sessatildeo de 10102002 rei Min Mauriacutecio Correcirca Fundamento da decisatildeo as alteraccedilotildees deveriam constar de lei complementar e natildeo de lei ordinaacuteria Meacuterito ainda natildeo julgado)

6 A 3ordf Turma do STJ com remissatildeo ao art 47 do CPC entendeu que com o advento do CPC de 1973 a posiccedilatildeo do IRB continuaria sendo a de litisconsorte necessaacuterio respondendo diretamente ao

nVsegurado (da ementa REsp 70596 ac 31 101995 reI Min Waldemar Zveiter)

Mas mais recentemente a eg o 4ordf Turma com menccedilatildeo da lei revocatoacuteria decidiu que havendo resseguro de resporlsabilidade do IRB deveraacute a companhia de seguros provar a existecircncia do resseguro e denunciar o IRB agrave lide para assegurar o direito regressivo contra este (REsp 125573 reI Min Barros Monteiro ac de 07062001 RSTJ 15633 1) (com mais propriedade leia -se denunciar a lide ao IRB )

Todavia cumpre ponderar que na forma da lei - pelo mesmo art 68 em seu sect 32 - o IRB natildeo responde d iretamente perante os segurados pelo montante assumido em resseguro

Buscando harmonizar a letra da lei com os princiacutepios cer ta feita em sede jurisprudencial e como relator afirmamos que nos casos de sinistro indenizaacutevel deve a seguradora a quantia representativa do justo adimplemento do contrato e deve o Instituto de Resseguros do Brasil a declaraccedilatildeo de vontade autorizadora do pagamento (TJRGS Ap Ciacutevel nordm 15896 ac de 03081971 Rev de Jurisp do T JRGS 28267) (in Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14S ed n 47-A pp 105-106)

7 Natildeo seraacute demasia referir a posiccedilatildeo de Edson Ribas Malachini no sentido de que o segurado pode denunciar a lide ao IRB requeshyrendo-lhe a citaccedilatildeo e adita que a condenaccedilatildeo pode ser solidaacuteria o que eacute do maior interesse do autor da accedilatildeo e o eacute igualmente do denunciante natildeo tendo o ressegurador nenhum interesse em contraacuteshyrio essa soluccedilatildeo diga-se evita situaccedilotildees absurdas que decorreriam vg da insolvecircncia do denunciante (art na rev AJURIS 66348-349)

A respeito do tema Cacircndido Dinamarco menciona que no sistema do CPC anterior a jurisprudecircncia inclinava-se pela qualificaccedilatildeo do IRB como assistente da seguradora com o vigente Coacutedigo seraacute caso de denunciaccedilatildeo da lide ao IRB embora negue a possibilidade de conshydenaccedilatildeo direta do ressegurador (Litisconsoacutercio Malheiros Ed 51 ed nordm 533 pp 204-205 e nota de rodapeacute n 209)

8 Como o IRB natildeo pode ser condenado mesmo que nos limites do resseguro ao pagamento d ireto de qualquer quantia ao segurado em consequumlecircncia do sinistro indenizaacutevel - pois eacute regra consagrada e e da leI ser o segurador o uacutenico responsaacutevel perante o segurado - entatildeo sua posiccedilatildeo rigorosamente natildeo seraacute de litisconsorte posto

ROR nordm 27 - SeUOez 2003

ao lado da seguradora r sim de litisdenunciado p6 tornar-se-aacute seu assistent6 juriacutedico em que os interes mente tutelados (nosso Ir 56 pp 136-140)

E eacute tambeacutem do seu inl praacutetico de que a segur apenas diminuta parce IRB atraveacutes do ressegurc ou nenhum pela sorte de tornar obrigatoacuteria apresE interesse que incorpora ceira do sistema securitaacute

9 Pedro Alvim dissel IRB afirmou que o legisleacute

de litisconsorte e (j

e havia necessidade ( participaccedilatildeo no sinis trc

A verdade eacute que a c a norma tradicional do pela jurisprudecircncia de E sem alcance praacuteticc perante as sociedades sabilidade ressegurad sas de liquidaccedilatildeo fica sionaacuterias para delas r 7366 ar 67) (ob cil

10 Em uacuteltima anaacuteliSE pelo Dec-Iei 7366 agrave sister ccedilatildeo de terceiros parece transcrito art 68 caput di

Ar 68 O IRB seraacute m de seguro sempre qu

Todavia o Dec-Iei 73 citar o Instituto e mante efetivaccedilatildeo da medida prc

1 Natildeo existe denunciaccedilatildeo lide a pendecircncia da causa e da accedilatildeo regressiva de denu que algueacutem pudesse ser dE Terceiros Saraiva 14 ed n

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ROR n) 27 - SeUDez 2003

ticamente toda a Lei n2 9 93299 teve inar deferida pelo Supremo Tribunal io sessao de 10102002 rei Min ja decisatildeo as alteraccedilotildees deveriam latildeo de lei ordinaacuteria Meacuterito ainda natildeo

missatildeo ao art 47 do CPC entendeu 1973 a posiccedilatildeo do IRB continuaria 3saacuterio respondendo diretamente ao nordm 70596 ac 31101995 rei Min

eg 4ordf Turma com menccedilao da lei lo resseguro de responsabilidade do JUros provar a existecircncia do resseguro 3ssegurar o direito regressivo contra Barros Monteiro ac de 07062001 edade leia-se denunciar a lide ao

le na forma da lei - pelo mesmo art o responde diretamente perante os ido em resseguro da lei com os princiacutepios certa feita relator afirmamos que nos casos

)uradora a quantia representativa do e deve o Instituto de Resseguros do utorizadora do pagamento (T JRGS 31971 Rev de Jurisp do TJRGS 3iros Saraiva 14lt1 ed nordm 47-A pp

posiccedilao de Edson Ribas Malachini Jde denunciar a lide ao IRB requeshya condenaccedilatildeo pode ser solidaacuteria o Itor da accedilatildeo e o eacute igualmente do nadar nenhum interesse em contraacuteshyituaccedilotildees absurdas que decorreriam te (art na rev AJURIS 66348-349) )inamarco menciona que no sistema tl clinava-se pela qualificaccedilatildeo do IRB om o vigente Coacutedigo seraacute caso de lora negue a possibilidade de conshyIr (Litisconsoacutercio Malheiros Ed 5ordf le rodapeacute n 209) ondenado mesmo que nos limites o de qualquer quantia ao segurado lizaacutevel - pois eacute regra consagrada 0 responsaacutevel perante o segurado 1te natildeo seraacute de litisconsorte posto

RDR nordm 27 - SeIDez 2003 97

ao lado da seguradora no poacutelo passivo da relaccedilatildeo processual mas sim de litisdenunciado pela seguradora em aceitando esta qualidade tornar-se-aacute seu assistente na accedilatildeo principal pelo manifesto interesse juriacutedico em que os interesses desta (quando justos) sejam processua lshymente tutelados (nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Forense 15 ed n 56 pp 136-140)

E eacute tambeacutem do seu interesse intervir face agrave possibilidade no plano praacutetico de que a seguradora se tiver responsabilidade direta em apenas diminuta parcela em confronto com o valor transferido ao IRB atraveacutes do resseguro venha por isso a revelar pouco interesse ou nenhum pela sorte do processo assim o legislador entendeu de tornar obrigatoacuteria a presenccedila do IRB a fim de acautelar o respectivo interesse que incorpora inegaacutevel interesse puacuteblico na higidez finanshyceira do sistema securitaacuterio

9 Pedro Alvim dissertando a respeito da posiccedilatildeo processual do IRB afirmou que o legislador todavia o qualificou

de litisconsorte e natildeo assistente porque este uacuteltimo eacute facultativo e havia necessidade de garantir sua pwsonccedila sempre que tivesse participaccedilatildeo no sinistro litigioso

A verdade eacute que a condenaccedilatildeo do IRB nas accedilotildees Judiciais subverte a norma tradicional do resseguro aplaudida pela doutnna respeitada pela Jurisprudecircnc ia de outros povos e acolhida por outras legislaccedilotildees E sem alcance praacutetico porque a lei estabelece que ele responderaacute perante as sociedades seguradoras diretas na proporccedilatildeo da respon shysabilidade ressegurada inclusive na parte correspondente agraves despeshysas de liquidaccedilatildeo ficando com direito regressivo contra as retrocesshysionaacuterias para delas reaver a cota que lhes couber no sinistro (DL 7366 art 61) (ob cit nordm 323 p 381)

10 Em uacuteltima anaacutelise com a adaptaccedilatildeo do sistema instituiacutedo pelo Dec-Iei 7366 agrave sistemaacutetica do vigente CPC em tema de intervenshyccedilatildeo de terceiros parece-nos que o aludido decreto-lei em seu jaacute transcrito art 68 caput deveraacute ser lido como se nele escrito estivesse

Art 68 O IRB seraacute necessariamente denunc iado da lide nas accedilotildees de seguro sempre que figurar como ressegurador I

Todavia o Dec-Iei 7366 art 68 sect 11 dispotildee que o juiz mandaraacute citar o Instituto e manteraacute sobrestado o andamento do feito ateacute a efetivaccedilatildeo da medida processual

1 Natildeo existe denunciaccedilatildeo agrave lide e sim sempre denunciaccedilatildeo da lide Eacute a lide a pendecircncia da causa entre A e B que eacute comunicada ao terceiro C atraveacutes da accedilatildeo regressiva de denunCiaccedilatildeo Como disse Dinamarco natildeo se concebe que algueacutem pudesse ser denunciado a ela (a respeito nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 41 e nota de rodapeacute 53-A)

98 ROR nordm 27 - SetOez 2003

Ora segundo o sistema do CPC agrave parte incumbe requerer a citaccedilatildeo do terceiro (CPC art 71 nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 50) que portanto natildeo eacute ordenada ussu judieis e a ausecircncia de denunciaccedilatildeo mesmo quando afirmada obrigatoacuteria (CPC art 70 caput) acarreta agrave parte a perda da pretensatildeo regressiva (ou nos casos do art 70 II e 111 a perda apenas das vantagens de ordem processual decorrentes da intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem o caraacuteter de absoluta necessidade imposta nos casos de resseguro necessidade absoluta esta revelada pela sanccedilatildeo de nulidade da sentenccedila em caso de natildeo intervenccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68 sect 69 )

11 Temos destarte uma denunciaccedilatildeo atiacutepica na medida em que independe da vontade do reacuteu e eacute ordenada de ofiacutecio pelo magistrado sempre que na contestaccedilatildeo a seguradora declare que o IRB partishycipa na soma reclamada (Dec-Iei 73 ar t 68 sect 19 ) ou seja que o IRB manteacutem com a contestante contrato de resseguro

Aliaacutes rigorosamente falando o IRB natildeo participa na soma reclashymada mesmo porque natildeo responde ele diretamente perante os seshygurados pelo montante assumido em resseguro (Dec-Iei 73 art 68 sect 39 ) a indenizaccedilatildeo securitaacuteria eacute devida integralmente pela segurashydora e esta eacute que iraacute ser reembolsada pelo Instituto no montante previsto no contrato de resseguro

Nestes termos parece-nos razoaacutevel afirmar que o IRB somente seraacute considerado litisconsorte da seguradora na medida em que o satildeo aqueles litisdenunciados que aceitam a qualidade que lhe eacute atribuiacuteda ou seja admitem sua legitimidade para a indenizaccedilatildeo em regresso (ou seja aceitam a existecircncia e validade do resseguro) e aleacutem disso contestam o pedido isto eacute vecircm corroborar a resposta oferecida na accedilatildeo principal pelo reacuteu-denunciante contra o autor (CPC art 75 I)

12 Outro tema interessante eacute o da pOSiccedilatildeo processual da co-seshyguradora liacuteder Conforme nosso direito positivo a co-seguradora que assumiu no plano do direito material a posiccedilatildeo de liacuteder representa as demais para todos os seus efeitos ou seja a norma cuida de representaccedilatildeo legal que alcanccedila ateacute mesmo a fase judicial incluiacutedas as accedilotildees de seguro cognitivo-condenatoacuterias (Tzrrulnik ob cit sect 511p57)

Bastaraacute portanto que seja exercida pelo segurado a pretensatildeo contra a liacuteder para que sejam vinculadas as demais (id ib)

Evidentemente que em princiacutepio o fato de as demais co-segurashydoras serem processualmente representadas pela seguradora-liacuteder natildeo as impediraacute de querendo comparecerem diretamente a juiacutezo na qualidade de demandadas mesmo porque na etapa da execuccedilatildeo de sentenccedila cada uma delas poderaacute ser diretamente executada pela respectiva cota do deacutebito (supondo-se natildeo haja sido avenccedilada solishydariedade passiva)

ROR nordm 27 - SetOez 200

13 Assim afigura-SE em tese partes legiacutetimE outras relativas agrave existecircr das pelo segurado Pod fizerem seratildeo representeacute acarrete prejuiacutezo juriacutedicc

14 Uma terceira que~ de documentos em idiorr processo de cobranccedila d devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil geira supotildee sua traduccedilatildec tanto autorizada

Assim o direito positi

Coacutedigo Civil - Art 2~ geira seratildeo traduzido~ Paiacutes

Coacutedigo de Processo C documento redigido en versatildeo em vernaacuteculo f

Lei nordm 6015 de 3112 Art 129 - Estatildeo SUjE cumentos para surtir e

69) todos os documento das respectivas traduccedilc Uniatildeo dos Estados do [ ou em qualquer instacircnc

Art 148 Os tiacutetulos dOI geira uma vez adotado dos no original para o Para produzirem efeitos deveratildeo entretanto ser o que tambeacutem ser ob em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Fede juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a de procedecircncia estran~

15 A obrigatoriedade ( estrangeira traduccedilatildeo par autorizada jaacute se impunheacute

ROR nQ 27 - SeUDez 2003

PC agrave parte incumbe requerer a nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros

nto natildeo eacute ordenada jussu Judieis mo quando afirmada obrigatoacuteria middotte a perda da pretensatildeo regressiva ~ perda apenas das vantagens de intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem imposta nos casos de resseguro da pela sanccedilatildeo de nulidade da ccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68

lciaccedilatildeo atiacuteoica na medida em que )rdenada de ofiacutecio pelo magistrado ~uradora declare que o IRB parti shy13 art 68 sect 1ordm) ou seja que o IRB o de resseguro IRB natildeo participa na soma reclashy

je ele diretamente perante os seshy2m resseguro (Dec-Iei 73 art 68 devida integralmente pela segurashyolsada pelo Instituto no montante

~oaacutevel afirmar que o IRB somente I seguradora na medida em que o aceitam a qualidade que lhe eacute

gitimidade para a indenizaccedilatildeo em ~ncia e validade do lesseguro) e isto eacute vecircm corroborar a resposta

lo reacuteu-denunciante contra o autor

da posiccedilao processual da co-se shy9ito positivo a co-seguradora que ial a posiccedilatildeo de liacuteder representa ~ itos ou seja a norma cuida de eacute mesmo a fase judicial incluiacutedas denatoacuterias (Tzirulnik ob ciL sect

cida pelo segurado a pretensatildeo adas as demais (id ib) I o fato de as demais co-segurashyesentadas pela seguradora-liacuteder larecerem diretamente a juiacutezo na lorque na etapa da execuccedilatildeo de Ser diretamente executada pela se natildeo haja sido avenccedilada soli-

RDR nordm 27 - SeIDez 2003 99

13 Assim afigura-se liacutecito afirmar que as co-seguradoras seratildeo em tese partes legiacutetimas ad causam nas accedilotildees de cobranccedila (ou outras relativas agrave existecircncia validade e eficaacutecia do seguro) promovishydas pelo segurado Poderatildeo comparecer a juiacutezo querendo se natildeo o fizerem seratildeo representadas pela seguradora-liacuteder sem que isso lhes acarrete prejuiacutezo juriacutedico algum

14 Uma terceira questatildeo entatildeo suscitada disse respeito agrave validade de documentos em idioma e de origem estrangeira apresentados em processo de cobranccedila de seguro sem traduccedilatildeo para o vernaacutecu lo e a devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil dos documentos escritos em liacutengua estranshygeira supotildee sua traduccedilatildeo para o portuguecircs efetuada por pessoa para tanto autorizada

Assim o direito positivo

Coacutedigo Civil- Art 224 Os documentos redigidos em Ilngua estranshygeira seratildeo traduzidos para o portuguecircs para ter efeitos legais no Paiacutes

Coacutedigo de Processo Civil-- middotArt 157 Soacute poderaacute ser Junto aos autos documento redigido em liacutengua estrangeira quando acompanhado de versatildeo em vernaacuteculo firmada por tradutor juramentado

Lei nordm 6015 de 31 12 1973 Art 129 - Estatildeo SUjeitos a registro no Registro de Tiacutetulos e Do shycumentos para surtir efeitos relativamente a terceiros

62) todos os documentos de procedecircncia estrangeira acompanhados das respectivas traduccedilotildees para produzirem efeitos em reparticcedilotildees da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios ou em qualquer instacircncia juizo ou tribunal

Art 148 Os titulas documentos e papeacuteis escritos em tiacutengua estranshygeira uma vez adotados os caracteres comuns poderatildeo ser registrashydos no original para o efeito da sua conservaccedilatildeo ou perpetuidade Para prodUZirem efeitos legais no Paiacutes e para valerem contra terceiros deveratildeo entretanto ser vertidos em vernaacuteculo e registrada a traduccedilatildeo o que tambeacutem ser observaraacute em relaccedilatildeo agraves procuraccedilotildees lavradas em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Federal - Suacutemula 259 - Para produzir efeito em juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a inscriccedilatildeo no registro puacuteblico de documentos de procedecircncia estrangeira autenticados por via consular

15 A obrigatoriedade da traduccedilatildeo do documento escrito em liacutengua estrangeira traduccedilatildeo para o vernaacuteculo feita por pessoa legalmente autorizada jaacute se impunha anteriormente (bem como a autenticaccedilatildeo

100 ROR n~ 27 --- SeIDez 2003

pela autoridade consular brasileira de documentos puacuteblicos estranshygeiros)

Com efeito pelo CPC de 1939 segundo seu art 228 natildeo seratildeo admitidos em juiacutezo documentos escritos em liacutengua estrangeira salvo se acompanhados de traduccedilatildeo oficial E pelo Coacutedigo Civil de 1916 art 140 os escritos de obrigaccedilatildeo redigidos em liacutengua estrangeira seratildeo para te r efeitos legais no Paiacutes vertidos em portuguecircs

Aliaacutes remontando ao longiacutenquo passado lembremos que desde o rei Dom Dinis em Portugal foi tornado obrigatoacuterio em substituiccedilatildeo ao latim o uso do idioma portuguecircs nas atividades fo renses e nos documentos e escritos oficiais (Mel lo Freire Histo(fae Juris Civilis Lusitani Coimbra 1815 sect LVII apudMoacyr Lobo da Costa OAgravo no Direito Lusitano Borsoi 1974 p 24)

16 Versatildeo vaacute li da aduz Egas Moniz de Aragatildeo eacute apenas a que provenha de tradutor juramentado de nada serve a que provier de outra pessoa O tradutor juramentado goza de feacute puacuteblica e nisso se fundamenta a exigecircncia legal (Coment ao CPC Forense v 11 9lt1 ed 1998 n 16) Al iaacutes como bem mencionou Moacyr Amaral Santos tal sistema faz parte da tradiccedilatildeo Juriacutedica brasileira e facilmente se justifica eis que tanto os juiacutezes como as partes natildeo satildeo obrigadas a conhecer todos os idiomas nem tambeacutem se lhes ex ige tatildeo p ro fundo aperfeiccediloamento nas liacutenguas reclamadas para admissatildeo aos cu rsos juriacuted icos que se lhes imponha inteligecircnCia exata de documentos em liacutengua estrangeira agraves vezes de traduccedilatildeo difiacutecil pelo emprego de expressotildees pouco usuais ou teacutecnicas (Proveacutel Judic2Jria no Ciacutevel e Comercial Max Limonad v IV 2 ed 1954 n 204 pp 328-329)

Ass im quer o exerciacutecio de accedilatildeo de cobranccedila da indenizaccedilatildeo securitaacuteria ajuizada pela viacutetima do sinistro como o exerciacutecio de accedilatildeo de consignaccedilatildeo proposta pela seguradora (ante a duacutevida por exemshyplo em qual o legiacutetimo titular do direito ao ressarcimento) quaisquer accedilotildees deveratildeo ser instruiacutedas com documentaccedilatildeo traduzida ao vernaacuteshyculo e da qual se possa inferir inclusive a legitimidade ad causam dos contendores

Do

Eacute sab ido quatildeo importar estrutura das sociedades dE constantemente atormentad de suas proacuteprias doenccedilas diversidade cada vez maior

Atualmente o tema da rl despertado enorme interes~ cional em decorrecircncia do el ciaacuterio em suas vaacute rias instacircr processos referentes a essa aspecto da Medicina de ma ciecircncia de cidadania na bu invocando a prestaccedilatildeo jurisd

Ao se analisar essa que~ Francis Moore que indica c do cuidado meacutedico eacute a ass ciruacutergica eacute a assunccedilatildeo comp do paciente

As palavras de Moore sei adentrar no aspecto da resp

No Brasi l o art 951 do especiacutefica na qual se pode eacute

tivas postas nos muacuteltiplos r respon sabilidade civil meacutedic conhecida na Antiguidade nlt estabeleciam penas especiacutef acarretassem lesotildees a seus que os conduzissem agrave morte

bull Ministro do Superior Tribunal dE da Associaccedilatildeo de Juristas Catoacutel ic

96 ROR n 27 - SeUOez 2003

Mas tal artigo 12 bem como praticamente toda a Lei nV 993299 teve seus efeitos suspensos por liminar deferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADIN 2223 (Plenaacuterio sessatildeo de 10102002 rei Min Mauriacutecio Correcirca Fundamento da decisatildeo as alteraccedilotildees deveriam constar de lei complementar e natildeo de lei ordinaacuteria Meacuterito ainda natildeo julgado)

6 A 3ordf Turma do STJ com remissatildeo ao art 47 do CPC entendeu que com o advento do CPC de 1973 a posiccedilatildeo do IRB continuaria sendo a de litisconsorte necessaacuterio respondendo diretamente ao

nVsegurado (da ementa REsp 70596 ac 31 101995 reI Min Waldemar Zveiter)

Mas mais recentemente a eg o 4ordf Turma com menccedilatildeo da lei revocatoacuteria decidiu que havendo resseguro de resporlsabilidade do IRB deveraacute a companhia de seguros provar a existecircncia do resseguro e denunciar o IRB agrave lide para assegurar o direito regressivo contra este (REsp 125573 reI Min Barros Monteiro ac de 07062001 RSTJ 15633 1) (com mais propriedade leia -se denunciar a lide ao IRB )

Todavia cumpre ponderar que na forma da lei - pelo mesmo art 68 em seu sect 32 - o IRB natildeo responde d iretamente perante os segurados pelo montante assumido em resseguro

Buscando harmonizar a letra da lei com os princiacutepios cer ta feita em sede jurisprudencial e como relator afirmamos que nos casos de sinistro indenizaacutevel deve a seguradora a quantia representativa do justo adimplemento do contrato e deve o Instituto de Resseguros do Brasil a declaraccedilatildeo de vontade autorizadora do pagamento (TJRGS Ap Ciacutevel nordm 15896 ac de 03081971 Rev de Jurisp do T JRGS 28267) (in Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14S ed n 47-A pp 105-106)

7 Natildeo seraacute demasia referir a posiccedilatildeo de Edson Ribas Malachini no sentido de que o segurado pode denunciar a lide ao IRB requeshyrendo-lhe a citaccedilatildeo e adita que a condenaccedilatildeo pode ser solidaacuteria o que eacute do maior interesse do autor da accedilatildeo e o eacute igualmente do denunciante natildeo tendo o ressegurador nenhum interesse em contraacuteshyrio essa soluccedilatildeo diga-se evita situaccedilotildees absurdas que decorreriam vg da insolvecircncia do denunciante (art na rev AJURIS 66348-349)

A respeito do tema Cacircndido Dinamarco menciona que no sistema do CPC anterior a jurisprudecircncia inclinava-se pela qualificaccedilatildeo do IRB como assistente da seguradora com o vigente Coacutedigo seraacute caso de denunciaccedilatildeo da lide ao IRB embora negue a possibilidade de conshydenaccedilatildeo direta do ressegurador (Litisconsoacutercio Malheiros Ed 51 ed nordm 533 pp 204-205 e nota de rodapeacute n 209)

8 Como o IRB natildeo pode ser condenado mesmo que nos limites do resseguro ao pagamento d ireto de qualquer quantia ao segurado em consequumlecircncia do sinistro indenizaacutevel - pois eacute regra consagrada e e da leI ser o segurador o uacutenico responsaacutevel perante o segurado - entatildeo sua posiccedilatildeo rigorosamente natildeo seraacute de litisconsorte posto

ROR nordm 27 - SeUOez 2003

ao lado da seguradora r sim de litisdenunciado p6 tornar-se-aacute seu assistent6 juriacutedico em que os interes mente tutelados (nosso Ir 56 pp 136-140)

E eacute tambeacutem do seu inl praacutetico de que a segur apenas diminuta parce IRB atraveacutes do ressegurc ou nenhum pela sorte de tornar obrigatoacuteria apresE interesse que incorpora ceira do sistema securitaacute

9 Pedro Alvim dissel IRB afirmou que o legisleacute

de litisconsorte e (j

e havia necessidade ( participaccedilatildeo no sinis trc

A verdade eacute que a c a norma tradicional do pela jurisprudecircncia de E sem alcance praacuteticc perante as sociedades sabilidade ressegurad sas de liquidaccedilatildeo fica sionaacuterias para delas r 7366 ar 67) (ob cil

10 Em uacuteltima anaacuteliSE pelo Dec-Iei 7366 agrave sister ccedilatildeo de terceiros parece transcrito art 68 caput di

Ar 68 O IRB seraacute m de seguro sempre qu

Todavia o Dec-Iei 73 citar o Instituto e mante efetivaccedilatildeo da medida prc

1 Natildeo existe denunciaccedilatildeo lide a pendecircncia da causa e da accedilatildeo regressiva de denu que algueacutem pudesse ser dE Terceiros Saraiva 14 ed n

- --- - -----

ROR n) 27 - SeUDez 2003

ticamente toda a Lei n2 9 93299 teve inar deferida pelo Supremo Tribunal io sessao de 10102002 rei Min ja decisatildeo as alteraccedilotildees deveriam latildeo de lei ordinaacuteria Meacuterito ainda natildeo

missatildeo ao art 47 do CPC entendeu 1973 a posiccedilatildeo do IRB continuaria 3saacuterio respondendo diretamente ao nordm 70596 ac 31101995 rei Min

eg 4ordf Turma com menccedilao da lei lo resseguro de responsabilidade do JUros provar a existecircncia do resseguro 3ssegurar o direito regressivo contra Barros Monteiro ac de 07062001 edade leia-se denunciar a lide ao

le na forma da lei - pelo mesmo art o responde diretamente perante os ido em resseguro da lei com os princiacutepios certa feita relator afirmamos que nos casos

)uradora a quantia representativa do e deve o Instituto de Resseguros do utorizadora do pagamento (T JRGS 31971 Rev de Jurisp do TJRGS 3iros Saraiva 14lt1 ed nordm 47-A pp

posiccedilao de Edson Ribas Malachini Jde denunciar a lide ao IRB requeshya condenaccedilatildeo pode ser solidaacuteria o Itor da accedilatildeo e o eacute igualmente do nadar nenhum interesse em contraacuteshyituaccedilotildees absurdas que decorreriam te (art na rev AJURIS 66348-349) )inamarco menciona que no sistema tl clinava-se pela qualificaccedilatildeo do IRB om o vigente Coacutedigo seraacute caso de lora negue a possibilidade de conshyIr (Litisconsoacutercio Malheiros Ed 5ordf le rodapeacute n 209) ondenado mesmo que nos limites o de qualquer quantia ao segurado lizaacutevel - pois eacute regra consagrada 0 responsaacutevel perante o segurado 1te natildeo seraacute de litisconsorte posto

RDR nordm 27 - SeIDez 2003 97

ao lado da seguradora no poacutelo passivo da relaccedilatildeo processual mas sim de litisdenunciado pela seguradora em aceitando esta qualidade tornar-se-aacute seu assistente na accedilatildeo principal pelo manifesto interesse juriacutedico em que os interesses desta (quando justos) sejam processua lshymente tutelados (nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Forense 15 ed n 56 pp 136-140)

E eacute tambeacutem do seu interesse intervir face agrave possibilidade no plano praacutetico de que a seguradora se tiver responsabilidade direta em apenas diminuta parcela em confronto com o valor transferido ao IRB atraveacutes do resseguro venha por isso a revelar pouco interesse ou nenhum pela sorte do processo assim o legislador entendeu de tornar obrigatoacuteria a presenccedila do IRB a fim de acautelar o respectivo interesse que incorpora inegaacutevel interesse puacuteblico na higidez finanshyceira do sistema securitaacuterio

9 Pedro Alvim dissertando a respeito da posiccedilatildeo processual do IRB afirmou que o legislador todavia o qualificou

de litisconsorte e natildeo assistente porque este uacuteltimo eacute facultativo e havia necessidade de garantir sua pwsonccedila sempre que tivesse participaccedilatildeo no sinistro litigioso

A verdade eacute que a condenaccedilatildeo do IRB nas accedilotildees Judiciais subverte a norma tradicional do resseguro aplaudida pela doutnna respeitada pela Jurisprudecircnc ia de outros povos e acolhida por outras legislaccedilotildees E sem alcance praacutetico porque a lei estabelece que ele responderaacute perante as sociedades seguradoras diretas na proporccedilatildeo da respon shysabilidade ressegurada inclusive na parte correspondente agraves despeshysas de liquidaccedilatildeo ficando com direito regressivo contra as retrocesshysionaacuterias para delas reaver a cota que lhes couber no sinistro (DL 7366 art 61) (ob cit nordm 323 p 381)

10 Em uacuteltima anaacutelise com a adaptaccedilatildeo do sistema instituiacutedo pelo Dec-Iei 7366 agrave sistemaacutetica do vigente CPC em tema de intervenshyccedilatildeo de terceiros parece-nos que o aludido decreto-lei em seu jaacute transcrito art 68 caput deveraacute ser lido como se nele escrito estivesse

Art 68 O IRB seraacute necessariamente denunc iado da lide nas accedilotildees de seguro sempre que figurar como ressegurador I

Todavia o Dec-Iei 7366 art 68 sect 11 dispotildee que o juiz mandaraacute citar o Instituto e manteraacute sobrestado o andamento do feito ateacute a efetivaccedilatildeo da medida processual

1 Natildeo existe denunciaccedilatildeo agrave lide e sim sempre denunciaccedilatildeo da lide Eacute a lide a pendecircncia da causa entre A e B que eacute comunicada ao terceiro C atraveacutes da accedilatildeo regressiva de denunCiaccedilatildeo Como disse Dinamarco natildeo se concebe que algueacutem pudesse ser denunciado a ela (a respeito nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 41 e nota de rodapeacute 53-A)

98 ROR nordm 27 - SetOez 2003

Ora segundo o sistema do CPC agrave parte incumbe requerer a citaccedilatildeo do terceiro (CPC art 71 nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 50) que portanto natildeo eacute ordenada ussu judieis e a ausecircncia de denunciaccedilatildeo mesmo quando afirmada obrigatoacuteria (CPC art 70 caput) acarreta agrave parte a perda da pretensatildeo regressiva (ou nos casos do art 70 II e 111 a perda apenas das vantagens de ordem processual decorrentes da intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem o caraacuteter de absoluta necessidade imposta nos casos de resseguro necessidade absoluta esta revelada pela sanccedilatildeo de nulidade da sentenccedila em caso de natildeo intervenccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68 sect 69 )

11 Temos destarte uma denunciaccedilatildeo atiacutepica na medida em que independe da vontade do reacuteu e eacute ordenada de ofiacutecio pelo magistrado sempre que na contestaccedilatildeo a seguradora declare que o IRB partishycipa na soma reclamada (Dec-Iei 73 ar t 68 sect 19 ) ou seja que o IRB manteacutem com a contestante contrato de resseguro

Aliaacutes rigorosamente falando o IRB natildeo participa na soma reclashymada mesmo porque natildeo responde ele diretamente perante os seshygurados pelo montante assumido em resseguro (Dec-Iei 73 art 68 sect 39 ) a indenizaccedilatildeo securitaacuteria eacute devida integralmente pela segurashydora e esta eacute que iraacute ser reembolsada pelo Instituto no montante previsto no contrato de resseguro

Nestes termos parece-nos razoaacutevel afirmar que o IRB somente seraacute considerado litisconsorte da seguradora na medida em que o satildeo aqueles litisdenunciados que aceitam a qualidade que lhe eacute atribuiacuteda ou seja admitem sua legitimidade para a indenizaccedilatildeo em regresso (ou seja aceitam a existecircncia e validade do resseguro) e aleacutem disso contestam o pedido isto eacute vecircm corroborar a resposta oferecida na accedilatildeo principal pelo reacuteu-denunciante contra o autor (CPC art 75 I)

12 Outro tema interessante eacute o da pOSiccedilatildeo processual da co-seshyguradora liacuteder Conforme nosso direito positivo a co-seguradora que assumiu no plano do direito material a posiccedilatildeo de liacuteder representa as demais para todos os seus efeitos ou seja a norma cuida de representaccedilatildeo legal que alcanccedila ateacute mesmo a fase judicial incluiacutedas as accedilotildees de seguro cognitivo-condenatoacuterias (Tzrrulnik ob cit sect 511p57)

Bastaraacute portanto que seja exercida pelo segurado a pretensatildeo contra a liacuteder para que sejam vinculadas as demais (id ib)

Evidentemente que em princiacutepio o fato de as demais co-segurashydoras serem processualmente representadas pela seguradora-liacuteder natildeo as impediraacute de querendo comparecerem diretamente a juiacutezo na qualidade de demandadas mesmo porque na etapa da execuccedilatildeo de sentenccedila cada uma delas poderaacute ser diretamente executada pela respectiva cota do deacutebito (supondo-se natildeo haja sido avenccedilada solishydariedade passiva)

ROR nordm 27 - SetOez 200

13 Assim afigura-SE em tese partes legiacutetimE outras relativas agrave existecircr das pelo segurado Pod fizerem seratildeo representeacute acarrete prejuiacutezo juriacutedicc

14 Uma terceira que~ de documentos em idiorr processo de cobranccedila d devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil geira supotildee sua traduccedilatildec tanto autorizada

Assim o direito positi

Coacutedigo Civil - Art 2~ geira seratildeo traduzido~ Paiacutes

Coacutedigo de Processo C documento redigido en versatildeo em vernaacuteculo f

Lei nordm 6015 de 3112 Art 129 - Estatildeo SUjE cumentos para surtir e

69) todos os documento das respectivas traduccedilc Uniatildeo dos Estados do [ ou em qualquer instacircnc

Art 148 Os tiacutetulos dOI geira uma vez adotado dos no original para o Para produzirem efeitos deveratildeo entretanto ser o que tambeacutem ser ob em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Fede juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a de procedecircncia estran~

15 A obrigatoriedade ( estrangeira traduccedilatildeo par autorizada jaacute se impunheacute

ROR nQ 27 - SeUDez 2003

PC agrave parte incumbe requerer a nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros

nto natildeo eacute ordenada jussu Judieis mo quando afirmada obrigatoacuteria middotte a perda da pretensatildeo regressiva ~ perda apenas das vantagens de intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem imposta nos casos de resseguro da pela sanccedilatildeo de nulidade da ccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68

lciaccedilatildeo atiacuteoica na medida em que )rdenada de ofiacutecio pelo magistrado ~uradora declare que o IRB parti shy13 art 68 sect 1ordm) ou seja que o IRB o de resseguro IRB natildeo participa na soma reclashy

je ele diretamente perante os seshy2m resseguro (Dec-Iei 73 art 68 devida integralmente pela segurashyolsada pelo Instituto no montante

~oaacutevel afirmar que o IRB somente I seguradora na medida em que o aceitam a qualidade que lhe eacute

gitimidade para a indenizaccedilatildeo em ~ncia e validade do lesseguro) e isto eacute vecircm corroborar a resposta

lo reacuteu-denunciante contra o autor

da posiccedilao processual da co-se shy9ito positivo a co-seguradora que ial a posiccedilatildeo de liacuteder representa ~ itos ou seja a norma cuida de eacute mesmo a fase judicial incluiacutedas denatoacuterias (Tzirulnik ob ciL sect

cida pelo segurado a pretensatildeo adas as demais (id ib) I o fato de as demais co-segurashyesentadas pela seguradora-liacuteder larecerem diretamente a juiacutezo na lorque na etapa da execuccedilatildeo de Ser diretamente executada pela se natildeo haja sido avenccedilada soli-

RDR nordm 27 - SeIDez 2003 99

13 Assim afigura-se liacutecito afirmar que as co-seguradoras seratildeo em tese partes legiacutetimas ad causam nas accedilotildees de cobranccedila (ou outras relativas agrave existecircncia validade e eficaacutecia do seguro) promovishydas pelo segurado Poderatildeo comparecer a juiacutezo querendo se natildeo o fizerem seratildeo representadas pela seguradora-liacuteder sem que isso lhes acarrete prejuiacutezo juriacutedico algum

14 Uma terceira questatildeo entatildeo suscitada disse respeito agrave validade de documentos em idioma e de origem estrangeira apresentados em processo de cobranccedila de seguro sem traduccedilatildeo para o vernaacutecu lo e a devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil dos documentos escritos em liacutengua estranshygeira supotildee sua traduccedilatildeo para o portuguecircs efetuada por pessoa para tanto autorizada

Assim o direito positivo

Coacutedigo Civil- Art 224 Os documentos redigidos em Ilngua estranshygeira seratildeo traduzidos para o portuguecircs para ter efeitos legais no Paiacutes

Coacutedigo de Processo Civil-- middotArt 157 Soacute poderaacute ser Junto aos autos documento redigido em liacutengua estrangeira quando acompanhado de versatildeo em vernaacuteculo firmada por tradutor juramentado

Lei nordm 6015 de 31 12 1973 Art 129 - Estatildeo SUjeitos a registro no Registro de Tiacutetulos e Do shycumentos para surtir efeitos relativamente a terceiros

62) todos os documentos de procedecircncia estrangeira acompanhados das respectivas traduccedilotildees para produzirem efeitos em reparticcedilotildees da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios ou em qualquer instacircncia juizo ou tribunal

Art 148 Os titulas documentos e papeacuteis escritos em tiacutengua estranshygeira uma vez adotados os caracteres comuns poderatildeo ser registrashydos no original para o efeito da sua conservaccedilatildeo ou perpetuidade Para prodUZirem efeitos legais no Paiacutes e para valerem contra terceiros deveratildeo entretanto ser vertidos em vernaacuteculo e registrada a traduccedilatildeo o que tambeacutem ser observaraacute em relaccedilatildeo agraves procuraccedilotildees lavradas em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Federal - Suacutemula 259 - Para produzir efeito em juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a inscriccedilatildeo no registro puacuteblico de documentos de procedecircncia estrangeira autenticados por via consular

15 A obrigatoriedade da traduccedilatildeo do documento escrito em liacutengua estrangeira traduccedilatildeo para o vernaacuteculo feita por pessoa legalmente autorizada jaacute se impunha anteriormente (bem como a autenticaccedilatildeo

100 ROR n~ 27 --- SeIDez 2003

pela autoridade consular brasileira de documentos puacuteblicos estranshygeiros)

Com efeito pelo CPC de 1939 segundo seu art 228 natildeo seratildeo admitidos em juiacutezo documentos escritos em liacutengua estrangeira salvo se acompanhados de traduccedilatildeo oficial E pelo Coacutedigo Civil de 1916 art 140 os escritos de obrigaccedilatildeo redigidos em liacutengua estrangeira seratildeo para te r efeitos legais no Paiacutes vertidos em portuguecircs

Aliaacutes remontando ao longiacutenquo passado lembremos que desde o rei Dom Dinis em Portugal foi tornado obrigatoacuterio em substituiccedilatildeo ao latim o uso do idioma portuguecircs nas atividades fo renses e nos documentos e escritos oficiais (Mel lo Freire Histo(fae Juris Civilis Lusitani Coimbra 1815 sect LVII apudMoacyr Lobo da Costa OAgravo no Direito Lusitano Borsoi 1974 p 24)

16 Versatildeo vaacute li da aduz Egas Moniz de Aragatildeo eacute apenas a que provenha de tradutor juramentado de nada serve a que provier de outra pessoa O tradutor juramentado goza de feacute puacuteblica e nisso se fundamenta a exigecircncia legal (Coment ao CPC Forense v 11 9lt1 ed 1998 n 16) Al iaacutes como bem mencionou Moacyr Amaral Santos tal sistema faz parte da tradiccedilatildeo Juriacutedica brasileira e facilmente se justifica eis que tanto os juiacutezes como as partes natildeo satildeo obrigadas a conhecer todos os idiomas nem tambeacutem se lhes ex ige tatildeo p ro fundo aperfeiccediloamento nas liacutenguas reclamadas para admissatildeo aos cu rsos juriacuted icos que se lhes imponha inteligecircnCia exata de documentos em liacutengua estrangeira agraves vezes de traduccedilatildeo difiacutecil pelo emprego de expressotildees pouco usuais ou teacutecnicas (Proveacutel Judic2Jria no Ciacutevel e Comercial Max Limonad v IV 2 ed 1954 n 204 pp 328-329)

Ass im quer o exerciacutecio de accedilatildeo de cobranccedila da indenizaccedilatildeo securitaacuteria ajuizada pela viacutetima do sinistro como o exerciacutecio de accedilatildeo de consignaccedilatildeo proposta pela seguradora (ante a duacutevida por exemshyplo em qual o legiacutetimo titular do direito ao ressarcimento) quaisquer accedilotildees deveratildeo ser instruiacutedas com documentaccedilatildeo traduzida ao vernaacuteshyculo e da qual se possa inferir inclusive a legitimidade ad causam dos contendores

Do

Eacute sab ido quatildeo importar estrutura das sociedades dE constantemente atormentad de suas proacuteprias doenccedilas diversidade cada vez maior

Atualmente o tema da rl despertado enorme interes~ cional em decorrecircncia do el ciaacuterio em suas vaacute rias instacircr processos referentes a essa aspecto da Medicina de ma ciecircncia de cidadania na bu invocando a prestaccedilatildeo jurisd

Ao se analisar essa que~ Francis Moore que indica c do cuidado meacutedico eacute a ass ciruacutergica eacute a assunccedilatildeo comp do paciente

As palavras de Moore sei adentrar no aspecto da resp

No Brasi l o art 951 do especiacutefica na qual se pode eacute

tivas postas nos muacuteltiplos r respon sabilidade civil meacutedic conhecida na Antiguidade nlt estabeleciam penas especiacutef acarretassem lesotildees a seus que os conduzissem agrave morte

bull Ministro do Superior Tribunal dE da Associaccedilatildeo de Juristas Catoacutel ic

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ROR n) 27 - SeUDez 2003

ticamente toda a Lei n2 9 93299 teve inar deferida pelo Supremo Tribunal io sessao de 10102002 rei Min ja decisatildeo as alteraccedilotildees deveriam latildeo de lei ordinaacuteria Meacuterito ainda natildeo

missatildeo ao art 47 do CPC entendeu 1973 a posiccedilatildeo do IRB continuaria 3saacuterio respondendo diretamente ao nordm 70596 ac 31101995 rei Min

eg 4ordf Turma com menccedilao da lei lo resseguro de responsabilidade do JUros provar a existecircncia do resseguro 3ssegurar o direito regressivo contra Barros Monteiro ac de 07062001 edade leia-se denunciar a lide ao

le na forma da lei - pelo mesmo art o responde diretamente perante os ido em resseguro da lei com os princiacutepios certa feita relator afirmamos que nos casos

)uradora a quantia representativa do e deve o Instituto de Resseguros do utorizadora do pagamento (T JRGS 31971 Rev de Jurisp do TJRGS 3iros Saraiva 14lt1 ed nordm 47-A pp

posiccedilao de Edson Ribas Malachini Jde denunciar a lide ao IRB requeshya condenaccedilatildeo pode ser solidaacuteria o Itor da accedilatildeo e o eacute igualmente do nadar nenhum interesse em contraacuteshyituaccedilotildees absurdas que decorreriam te (art na rev AJURIS 66348-349) )inamarco menciona que no sistema tl clinava-se pela qualificaccedilatildeo do IRB om o vigente Coacutedigo seraacute caso de lora negue a possibilidade de conshyIr (Litisconsoacutercio Malheiros Ed 5ordf le rodapeacute n 209) ondenado mesmo que nos limites o de qualquer quantia ao segurado lizaacutevel - pois eacute regra consagrada 0 responsaacutevel perante o segurado 1te natildeo seraacute de litisconsorte posto

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ao lado da seguradora no poacutelo passivo da relaccedilatildeo processual mas sim de litisdenunciado pela seguradora em aceitando esta qualidade tornar-se-aacute seu assistente na accedilatildeo principal pelo manifesto interesse juriacutedico em que os interesses desta (quando justos) sejam processua lshymente tutelados (nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Forense 15 ed n 56 pp 136-140)

E eacute tambeacutem do seu interesse intervir face agrave possibilidade no plano praacutetico de que a seguradora se tiver responsabilidade direta em apenas diminuta parcela em confronto com o valor transferido ao IRB atraveacutes do resseguro venha por isso a revelar pouco interesse ou nenhum pela sorte do processo assim o legislador entendeu de tornar obrigatoacuteria a presenccedila do IRB a fim de acautelar o respectivo interesse que incorpora inegaacutevel interesse puacuteblico na higidez finanshyceira do sistema securitaacuterio

9 Pedro Alvim dissertando a respeito da posiccedilatildeo processual do IRB afirmou que o legislador todavia o qualificou

de litisconsorte e natildeo assistente porque este uacuteltimo eacute facultativo e havia necessidade de garantir sua pwsonccedila sempre que tivesse participaccedilatildeo no sinistro litigioso

A verdade eacute que a condenaccedilatildeo do IRB nas accedilotildees Judiciais subverte a norma tradicional do resseguro aplaudida pela doutnna respeitada pela Jurisprudecircnc ia de outros povos e acolhida por outras legislaccedilotildees E sem alcance praacutetico porque a lei estabelece que ele responderaacute perante as sociedades seguradoras diretas na proporccedilatildeo da respon shysabilidade ressegurada inclusive na parte correspondente agraves despeshysas de liquidaccedilatildeo ficando com direito regressivo contra as retrocesshysionaacuterias para delas reaver a cota que lhes couber no sinistro (DL 7366 art 61) (ob cit nordm 323 p 381)

10 Em uacuteltima anaacutelise com a adaptaccedilatildeo do sistema instituiacutedo pelo Dec-Iei 7366 agrave sistemaacutetica do vigente CPC em tema de intervenshyccedilatildeo de terceiros parece-nos que o aludido decreto-lei em seu jaacute transcrito art 68 caput deveraacute ser lido como se nele escrito estivesse

Art 68 O IRB seraacute necessariamente denunc iado da lide nas accedilotildees de seguro sempre que figurar como ressegurador I

Todavia o Dec-Iei 7366 art 68 sect 11 dispotildee que o juiz mandaraacute citar o Instituto e manteraacute sobrestado o andamento do feito ateacute a efetivaccedilatildeo da medida processual

1 Natildeo existe denunciaccedilatildeo agrave lide e sim sempre denunciaccedilatildeo da lide Eacute a lide a pendecircncia da causa entre A e B que eacute comunicada ao terceiro C atraveacutes da accedilatildeo regressiva de denunCiaccedilatildeo Como disse Dinamarco natildeo se concebe que algueacutem pudesse ser denunciado a ela (a respeito nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 41 e nota de rodapeacute 53-A)

98 ROR nordm 27 - SetOez 2003

Ora segundo o sistema do CPC agrave parte incumbe requerer a citaccedilatildeo do terceiro (CPC art 71 nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 50) que portanto natildeo eacute ordenada ussu judieis e a ausecircncia de denunciaccedilatildeo mesmo quando afirmada obrigatoacuteria (CPC art 70 caput) acarreta agrave parte a perda da pretensatildeo regressiva (ou nos casos do art 70 II e 111 a perda apenas das vantagens de ordem processual decorrentes da intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem o caraacuteter de absoluta necessidade imposta nos casos de resseguro necessidade absoluta esta revelada pela sanccedilatildeo de nulidade da sentenccedila em caso de natildeo intervenccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68 sect 69 )

11 Temos destarte uma denunciaccedilatildeo atiacutepica na medida em que independe da vontade do reacuteu e eacute ordenada de ofiacutecio pelo magistrado sempre que na contestaccedilatildeo a seguradora declare que o IRB partishycipa na soma reclamada (Dec-Iei 73 ar t 68 sect 19 ) ou seja que o IRB manteacutem com a contestante contrato de resseguro

Aliaacutes rigorosamente falando o IRB natildeo participa na soma reclashymada mesmo porque natildeo responde ele diretamente perante os seshygurados pelo montante assumido em resseguro (Dec-Iei 73 art 68 sect 39 ) a indenizaccedilatildeo securitaacuteria eacute devida integralmente pela segurashydora e esta eacute que iraacute ser reembolsada pelo Instituto no montante previsto no contrato de resseguro

Nestes termos parece-nos razoaacutevel afirmar que o IRB somente seraacute considerado litisconsorte da seguradora na medida em que o satildeo aqueles litisdenunciados que aceitam a qualidade que lhe eacute atribuiacuteda ou seja admitem sua legitimidade para a indenizaccedilatildeo em regresso (ou seja aceitam a existecircncia e validade do resseguro) e aleacutem disso contestam o pedido isto eacute vecircm corroborar a resposta oferecida na accedilatildeo principal pelo reacuteu-denunciante contra o autor (CPC art 75 I)

12 Outro tema interessante eacute o da pOSiccedilatildeo processual da co-seshyguradora liacuteder Conforme nosso direito positivo a co-seguradora que assumiu no plano do direito material a posiccedilatildeo de liacuteder representa as demais para todos os seus efeitos ou seja a norma cuida de representaccedilatildeo legal que alcanccedila ateacute mesmo a fase judicial incluiacutedas as accedilotildees de seguro cognitivo-condenatoacuterias (Tzrrulnik ob cit sect 511p57)

Bastaraacute portanto que seja exercida pelo segurado a pretensatildeo contra a liacuteder para que sejam vinculadas as demais (id ib)

Evidentemente que em princiacutepio o fato de as demais co-segurashydoras serem processualmente representadas pela seguradora-liacuteder natildeo as impediraacute de querendo comparecerem diretamente a juiacutezo na qualidade de demandadas mesmo porque na etapa da execuccedilatildeo de sentenccedila cada uma delas poderaacute ser diretamente executada pela respectiva cota do deacutebito (supondo-se natildeo haja sido avenccedilada solishydariedade passiva)

ROR nordm 27 - SetOez 200

13 Assim afigura-SE em tese partes legiacutetimE outras relativas agrave existecircr das pelo segurado Pod fizerem seratildeo representeacute acarrete prejuiacutezo juriacutedicc

14 Uma terceira que~ de documentos em idiorr processo de cobranccedila d devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil geira supotildee sua traduccedilatildec tanto autorizada

Assim o direito positi

Coacutedigo Civil - Art 2~ geira seratildeo traduzido~ Paiacutes

Coacutedigo de Processo C documento redigido en versatildeo em vernaacuteculo f

Lei nordm 6015 de 3112 Art 129 - Estatildeo SUjE cumentos para surtir e

69) todos os documento das respectivas traduccedilc Uniatildeo dos Estados do [ ou em qualquer instacircnc

Art 148 Os tiacutetulos dOI geira uma vez adotado dos no original para o Para produzirem efeitos deveratildeo entretanto ser o que tambeacutem ser ob em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Fede juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a de procedecircncia estran~

15 A obrigatoriedade ( estrangeira traduccedilatildeo par autorizada jaacute se impunheacute

ROR nQ 27 - SeUDez 2003

PC agrave parte incumbe requerer a nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros

nto natildeo eacute ordenada jussu Judieis mo quando afirmada obrigatoacuteria middotte a perda da pretensatildeo regressiva ~ perda apenas das vantagens de intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem imposta nos casos de resseguro da pela sanccedilatildeo de nulidade da ccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68

lciaccedilatildeo atiacuteoica na medida em que )rdenada de ofiacutecio pelo magistrado ~uradora declare que o IRB parti shy13 art 68 sect 1ordm) ou seja que o IRB o de resseguro IRB natildeo participa na soma reclashy

je ele diretamente perante os seshy2m resseguro (Dec-Iei 73 art 68 devida integralmente pela segurashyolsada pelo Instituto no montante

~oaacutevel afirmar que o IRB somente I seguradora na medida em que o aceitam a qualidade que lhe eacute

gitimidade para a indenizaccedilatildeo em ~ncia e validade do lesseguro) e isto eacute vecircm corroborar a resposta

lo reacuteu-denunciante contra o autor

da posiccedilao processual da co-se shy9ito positivo a co-seguradora que ial a posiccedilatildeo de liacuteder representa ~ itos ou seja a norma cuida de eacute mesmo a fase judicial incluiacutedas denatoacuterias (Tzirulnik ob ciL sect

cida pelo segurado a pretensatildeo adas as demais (id ib) I o fato de as demais co-segurashyesentadas pela seguradora-liacuteder larecerem diretamente a juiacutezo na lorque na etapa da execuccedilatildeo de Ser diretamente executada pela se natildeo haja sido avenccedilada soli-

RDR nordm 27 - SeIDez 2003 99

13 Assim afigura-se liacutecito afirmar que as co-seguradoras seratildeo em tese partes legiacutetimas ad causam nas accedilotildees de cobranccedila (ou outras relativas agrave existecircncia validade e eficaacutecia do seguro) promovishydas pelo segurado Poderatildeo comparecer a juiacutezo querendo se natildeo o fizerem seratildeo representadas pela seguradora-liacuteder sem que isso lhes acarrete prejuiacutezo juriacutedico algum

14 Uma terceira questatildeo entatildeo suscitada disse respeito agrave validade de documentos em idioma e de origem estrangeira apresentados em processo de cobranccedila de seguro sem traduccedilatildeo para o vernaacutecu lo e a devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil dos documentos escritos em liacutengua estranshygeira supotildee sua traduccedilatildeo para o portuguecircs efetuada por pessoa para tanto autorizada

Assim o direito positivo

Coacutedigo Civil- Art 224 Os documentos redigidos em Ilngua estranshygeira seratildeo traduzidos para o portuguecircs para ter efeitos legais no Paiacutes

Coacutedigo de Processo Civil-- middotArt 157 Soacute poderaacute ser Junto aos autos documento redigido em liacutengua estrangeira quando acompanhado de versatildeo em vernaacuteculo firmada por tradutor juramentado

Lei nordm 6015 de 31 12 1973 Art 129 - Estatildeo SUjeitos a registro no Registro de Tiacutetulos e Do shycumentos para surtir efeitos relativamente a terceiros

62) todos os documentos de procedecircncia estrangeira acompanhados das respectivas traduccedilotildees para produzirem efeitos em reparticcedilotildees da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios ou em qualquer instacircncia juizo ou tribunal

Art 148 Os titulas documentos e papeacuteis escritos em tiacutengua estranshygeira uma vez adotados os caracteres comuns poderatildeo ser registrashydos no original para o efeito da sua conservaccedilatildeo ou perpetuidade Para prodUZirem efeitos legais no Paiacutes e para valerem contra terceiros deveratildeo entretanto ser vertidos em vernaacuteculo e registrada a traduccedilatildeo o que tambeacutem ser observaraacute em relaccedilatildeo agraves procuraccedilotildees lavradas em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Federal - Suacutemula 259 - Para produzir efeito em juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a inscriccedilatildeo no registro puacuteblico de documentos de procedecircncia estrangeira autenticados por via consular

15 A obrigatoriedade da traduccedilatildeo do documento escrito em liacutengua estrangeira traduccedilatildeo para o vernaacuteculo feita por pessoa legalmente autorizada jaacute se impunha anteriormente (bem como a autenticaccedilatildeo

100 ROR n~ 27 --- SeIDez 2003

pela autoridade consular brasileira de documentos puacuteblicos estranshygeiros)

Com efeito pelo CPC de 1939 segundo seu art 228 natildeo seratildeo admitidos em juiacutezo documentos escritos em liacutengua estrangeira salvo se acompanhados de traduccedilatildeo oficial E pelo Coacutedigo Civil de 1916 art 140 os escritos de obrigaccedilatildeo redigidos em liacutengua estrangeira seratildeo para te r efeitos legais no Paiacutes vertidos em portuguecircs

Aliaacutes remontando ao longiacutenquo passado lembremos que desde o rei Dom Dinis em Portugal foi tornado obrigatoacuterio em substituiccedilatildeo ao latim o uso do idioma portuguecircs nas atividades fo renses e nos documentos e escritos oficiais (Mel lo Freire Histo(fae Juris Civilis Lusitani Coimbra 1815 sect LVII apudMoacyr Lobo da Costa OAgravo no Direito Lusitano Borsoi 1974 p 24)

16 Versatildeo vaacute li da aduz Egas Moniz de Aragatildeo eacute apenas a que provenha de tradutor juramentado de nada serve a que provier de outra pessoa O tradutor juramentado goza de feacute puacuteblica e nisso se fundamenta a exigecircncia legal (Coment ao CPC Forense v 11 9lt1 ed 1998 n 16) Al iaacutes como bem mencionou Moacyr Amaral Santos tal sistema faz parte da tradiccedilatildeo Juriacutedica brasileira e facilmente se justifica eis que tanto os juiacutezes como as partes natildeo satildeo obrigadas a conhecer todos os idiomas nem tambeacutem se lhes ex ige tatildeo p ro fundo aperfeiccediloamento nas liacutenguas reclamadas para admissatildeo aos cu rsos juriacuted icos que se lhes imponha inteligecircnCia exata de documentos em liacutengua estrangeira agraves vezes de traduccedilatildeo difiacutecil pelo emprego de expressotildees pouco usuais ou teacutecnicas (Proveacutel Judic2Jria no Ciacutevel e Comercial Max Limonad v IV 2 ed 1954 n 204 pp 328-329)

Ass im quer o exerciacutecio de accedilatildeo de cobranccedila da indenizaccedilatildeo securitaacuteria ajuizada pela viacutetima do sinistro como o exerciacutecio de accedilatildeo de consignaccedilatildeo proposta pela seguradora (ante a duacutevida por exemshyplo em qual o legiacutetimo titular do direito ao ressarcimento) quaisquer accedilotildees deveratildeo ser instruiacutedas com documentaccedilatildeo traduzida ao vernaacuteshyculo e da qual se possa inferir inclusive a legitimidade ad causam dos contendores

Do

Eacute sab ido quatildeo importar estrutura das sociedades dE constantemente atormentad de suas proacuteprias doenccedilas diversidade cada vez maior

Atualmente o tema da rl despertado enorme interes~ cional em decorrecircncia do el ciaacuterio em suas vaacute rias instacircr processos referentes a essa aspecto da Medicina de ma ciecircncia de cidadania na bu invocando a prestaccedilatildeo jurisd

Ao se analisar essa que~ Francis Moore que indica c do cuidado meacutedico eacute a ass ciruacutergica eacute a assunccedilatildeo comp do paciente

As palavras de Moore sei adentrar no aspecto da resp

No Brasi l o art 951 do especiacutefica na qual se pode eacute

tivas postas nos muacuteltiplos r respon sabilidade civil meacutedic conhecida na Antiguidade nlt estabeleciam penas especiacutef acarretassem lesotildees a seus que os conduzissem agrave morte

bull Ministro do Superior Tribunal dE da Associaccedilatildeo de Juristas Catoacutel ic

98 ROR nordm 27 - SetOez 2003

Ora segundo o sistema do CPC agrave parte incumbe requerer a citaccedilatildeo do terceiro (CPC art 71 nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros Saraiva 14ordf ed nordm 50) que portanto natildeo eacute ordenada ussu judieis e a ausecircncia de denunciaccedilatildeo mesmo quando afirmada obrigatoacuteria (CPC art 70 caput) acarreta agrave parte a perda da pretensatildeo regressiva (ou nos casos do art 70 II e 111 a perda apenas das vantagens de ordem processual decorrentes da intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem o caraacuteter de absoluta necessidade imposta nos casos de resseguro necessidade absoluta esta revelada pela sanccedilatildeo de nulidade da sentenccedila em caso de natildeo intervenccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68 sect 69 )

11 Temos destarte uma denunciaccedilatildeo atiacutepica na medida em que independe da vontade do reacuteu e eacute ordenada de ofiacutecio pelo magistrado sempre que na contestaccedilatildeo a seguradora declare que o IRB partishycipa na soma reclamada (Dec-Iei 73 ar t 68 sect 19 ) ou seja que o IRB manteacutem com a contestante contrato de resseguro

Aliaacutes rigorosamente falando o IRB natildeo participa na soma reclashymada mesmo porque natildeo responde ele diretamente perante os seshygurados pelo montante assumido em resseguro (Dec-Iei 73 art 68 sect 39 ) a indenizaccedilatildeo securitaacuteria eacute devida integralmente pela segurashydora e esta eacute que iraacute ser reembolsada pelo Instituto no montante previsto no contrato de resseguro

Nestes termos parece-nos razoaacutevel afirmar que o IRB somente seraacute considerado litisconsorte da seguradora na medida em que o satildeo aqueles litisdenunciados que aceitam a qualidade que lhe eacute atribuiacuteda ou seja admitem sua legitimidade para a indenizaccedilatildeo em regresso (ou seja aceitam a existecircncia e validade do resseguro) e aleacutem disso contestam o pedido isto eacute vecircm corroborar a resposta oferecida na accedilatildeo principal pelo reacuteu-denunciante contra o autor (CPC art 75 I)

12 Outro tema interessante eacute o da pOSiccedilatildeo processual da co-seshyguradora liacuteder Conforme nosso direito positivo a co-seguradora que assumiu no plano do direito material a posiccedilatildeo de liacuteder representa as demais para todos os seus efeitos ou seja a norma cuida de representaccedilatildeo legal que alcanccedila ateacute mesmo a fase judicial incluiacutedas as accedilotildees de seguro cognitivo-condenatoacuterias (Tzrrulnik ob cit sect 511p57)

Bastaraacute portanto que seja exercida pelo segurado a pretensatildeo contra a liacuteder para que sejam vinculadas as demais (id ib)

Evidentemente que em princiacutepio o fato de as demais co-segurashydoras serem processualmente representadas pela seguradora-liacuteder natildeo as impediraacute de querendo comparecerem diretamente a juiacutezo na qualidade de demandadas mesmo porque na etapa da execuccedilatildeo de sentenccedila cada uma delas poderaacute ser diretamente executada pela respectiva cota do deacutebito (supondo-se natildeo haja sido avenccedilada solishydariedade passiva)

ROR nordm 27 - SetOez 200

13 Assim afigura-SE em tese partes legiacutetimE outras relativas agrave existecircr das pelo segurado Pod fizerem seratildeo representeacute acarrete prejuiacutezo juriacutedicc

14 Uma terceira que~ de documentos em idiorr processo de cobranccedila d devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil geira supotildee sua traduccedilatildec tanto autorizada

Assim o direito positi

Coacutedigo Civil - Art 2~ geira seratildeo traduzido~ Paiacutes

Coacutedigo de Processo C documento redigido en versatildeo em vernaacuteculo f

Lei nordm 6015 de 3112 Art 129 - Estatildeo SUjE cumentos para surtir e

69) todos os documento das respectivas traduccedilc Uniatildeo dos Estados do [ ou em qualquer instacircnc

Art 148 Os tiacutetulos dOI geira uma vez adotado dos no original para o Para produzirem efeitos deveratildeo entretanto ser o que tambeacutem ser ob em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Fede juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a de procedecircncia estran~

15 A obrigatoriedade ( estrangeira traduccedilatildeo par autorizada jaacute se impunheacute

ROR nQ 27 - SeUDez 2003

PC agrave parte incumbe requerer a nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros

nto natildeo eacute ordenada jussu Judieis mo quando afirmada obrigatoacuteria middotte a perda da pretensatildeo regressiva ~ perda apenas das vantagens de intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem imposta nos casos de resseguro da pela sanccedilatildeo de nulidade da ccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68

lciaccedilatildeo atiacuteoica na medida em que )rdenada de ofiacutecio pelo magistrado ~uradora declare que o IRB parti shy13 art 68 sect 1ordm) ou seja que o IRB o de resseguro IRB natildeo participa na soma reclashy

je ele diretamente perante os seshy2m resseguro (Dec-Iei 73 art 68 devida integralmente pela segurashyolsada pelo Instituto no montante

~oaacutevel afirmar que o IRB somente I seguradora na medida em que o aceitam a qualidade que lhe eacute

gitimidade para a indenizaccedilatildeo em ~ncia e validade do lesseguro) e isto eacute vecircm corroborar a resposta

lo reacuteu-denunciante contra o autor

da posiccedilao processual da co-se shy9ito positivo a co-seguradora que ial a posiccedilatildeo de liacuteder representa ~ itos ou seja a norma cuida de eacute mesmo a fase judicial incluiacutedas denatoacuterias (Tzirulnik ob ciL sect

cida pelo segurado a pretensatildeo adas as demais (id ib) I o fato de as demais co-segurashyesentadas pela seguradora-liacuteder larecerem diretamente a juiacutezo na lorque na etapa da execuccedilatildeo de Ser diretamente executada pela se natildeo haja sido avenccedilada soli-

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13 Assim afigura-se liacutecito afirmar que as co-seguradoras seratildeo em tese partes legiacutetimas ad causam nas accedilotildees de cobranccedila (ou outras relativas agrave existecircncia validade e eficaacutecia do seguro) promovishydas pelo segurado Poderatildeo comparecer a juiacutezo querendo se natildeo o fizerem seratildeo representadas pela seguradora-liacuteder sem que isso lhes acarrete prejuiacutezo juriacutedico algum

14 Uma terceira questatildeo entatildeo suscitada disse respeito agrave validade de documentos em idioma e de origem estrangeira apresentados em processo de cobranccedila de seguro sem traduccedilatildeo para o vernaacutecu lo e a devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil dos documentos escritos em liacutengua estranshygeira supotildee sua traduccedilatildeo para o portuguecircs efetuada por pessoa para tanto autorizada

Assim o direito positivo

Coacutedigo Civil- Art 224 Os documentos redigidos em Ilngua estranshygeira seratildeo traduzidos para o portuguecircs para ter efeitos legais no Paiacutes

Coacutedigo de Processo Civil-- middotArt 157 Soacute poderaacute ser Junto aos autos documento redigido em liacutengua estrangeira quando acompanhado de versatildeo em vernaacuteculo firmada por tradutor juramentado

Lei nordm 6015 de 31 12 1973 Art 129 - Estatildeo SUjeitos a registro no Registro de Tiacutetulos e Do shycumentos para surtir efeitos relativamente a terceiros

62) todos os documentos de procedecircncia estrangeira acompanhados das respectivas traduccedilotildees para produzirem efeitos em reparticcedilotildees da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios ou em qualquer instacircncia juizo ou tribunal

Art 148 Os titulas documentos e papeacuteis escritos em tiacutengua estranshygeira uma vez adotados os caracteres comuns poderatildeo ser registrashydos no original para o efeito da sua conservaccedilatildeo ou perpetuidade Para prodUZirem efeitos legais no Paiacutes e para valerem contra terceiros deveratildeo entretanto ser vertidos em vernaacuteculo e registrada a traduccedilatildeo o que tambeacutem ser observaraacute em relaccedilatildeo agraves procuraccedilotildees lavradas em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Federal - Suacutemula 259 - Para produzir efeito em juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a inscriccedilatildeo no registro puacuteblico de documentos de procedecircncia estrangeira autenticados por via consular

15 A obrigatoriedade da traduccedilatildeo do documento escrito em liacutengua estrangeira traduccedilatildeo para o vernaacuteculo feita por pessoa legalmente autorizada jaacute se impunha anteriormente (bem como a autenticaccedilatildeo

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pela autoridade consular brasileira de documentos puacuteblicos estranshygeiros)

Com efeito pelo CPC de 1939 segundo seu art 228 natildeo seratildeo admitidos em juiacutezo documentos escritos em liacutengua estrangeira salvo se acompanhados de traduccedilatildeo oficial E pelo Coacutedigo Civil de 1916 art 140 os escritos de obrigaccedilatildeo redigidos em liacutengua estrangeira seratildeo para te r efeitos legais no Paiacutes vertidos em portuguecircs

Aliaacutes remontando ao longiacutenquo passado lembremos que desde o rei Dom Dinis em Portugal foi tornado obrigatoacuterio em substituiccedilatildeo ao latim o uso do idioma portuguecircs nas atividades fo renses e nos documentos e escritos oficiais (Mel lo Freire Histo(fae Juris Civilis Lusitani Coimbra 1815 sect LVII apudMoacyr Lobo da Costa OAgravo no Direito Lusitano Borsoi 1974 p 24)

16 Versatildeo vaacute li da aduz Egas Moniz de Aragatildeo eacute apenas a que provenha de tradutor juramentado de nada serve a que provier de outra pessoa O tradutor juramentado goza de feacute puacuteblica e nisso se fundamenta a exigecircncia legal (Coment ao CPC Forense v 11 9lt1 ed 1998 n 16) Al iaacutes como bem mencionou Moacyr Amaral Santos tal sistema faz parte da tradiccedilatildeo Juriacutedica brasileira e facilmente se justifica eis que tanto os juiacutezes como as partes natildeo satildeo obrigadas a conhecer todos os idiomas nem tambeacutem se lhes ex ige tatildeo p ro fundo aperfeiccediloamento nas liacutenguas reclamadas para admissatildeo aos cu rsos juriacuted icos que se lhes imponha inteligecircnCia exata de documentos em liacutengua estrangeira agraves vezes de traduccedilatildeo difiacutecil pelo emprego de expressotildees pouco usuais ou teacutecnicas (Proveacutel Judic2Jria no Ciacutevel e Comercial Max Limonad v IV 2 ed 1954 n 204 pp 328-329)

Ass im quer o exerciacutecio de accedilatildeo de cobranccedila da indenizaccedilatildeo securitaacuteria ajuizada pela viacutetima do sinistro como o exerciacutecio de accedilatildeo de consignaccedilatildeo proposta pela seguradora (ante a duacutevida por exemshyplo em qual o legiacutetimo titular do direito ao ressarcimento) quaisquer accedilotildees deveratildeo ser instruiacutedas com documentaccedilatildeo traduzida ao vernaacuteshyculo e da qual se possa inferir inclusive a legitimidade ad causam dos contendores

Do

Eacute sab ido quatildeo importar estrutura das sociedades dE constantemente atormentad de suas proacuteprias doenccedilas diversidade cada vez maior

Atualmente o tema da rl despertado enorme interes~ cional em decorrecircncia do el ciaacuterio em suas vaacute rias instacircr processos referentes a essa aspecto da Medicina de ma ciecircncia de cidadania na bu invocando a prestaccedilatildeo jurisd

Ao se analisar essa que~ Francis Moore que indica c do cuidado meacutedico eacute a ass ciruacutergica eacute a assunccedilatildeo comp do paciente

As palavras de Moore sei adentrar no aspecto da resp

No Brasi l o art 951 do especiacutefica na qual se pode eacute

tivas postas nos muacuteltiplos r respon sabilidade civil meacutedic conhecida na Antiguidade nlt estabeleciam penas especiacutef acarretassem lesotildees a seus que os conduzissem agrave morte

bull Ministro do Superior Tribunal dE da Associaccedilatildeo de Juristas Catoacutel ic

ROR nQ 27 - SeUDez 2003

PC agrave parte incumbe requerer a nosso Intervenccedilatildeo de Terceiros

nto natildeo eacute ordenada jussu Judieis mo quando afirmada obrigatoacuteria middotte a perda da pretensatildeo regressiva ~ perda apenas das vantagens de intervenccedilatildeo do terceiro) mas sem imposta nos casos de resseguro da pela sanccedilatildeo de nulidade da ccedilatildeo do Instituto (Dec-Iei 73 art 68

lciaccedilatildeo atiacuteoica na medida em que )rdenada de ofiacutecio pelo magistrado ~uradora declare que o IRB parti shy13 art 68 sect 1ordm) ou seja que o IRB o de resseguro IRB natildeo participa na soma reclashy

je ele diretamente perante os seshy2m resseguro (Dec-Iei 73 art 68 devida integralmente pela segurashyolsada pelo Instituto no montante

~oaacutevel afirmar que o IRB somente I seguradora na medida em que o aceitam a qualidade que lhe eacute

gitimidade para a indenizaccedilatildeo em ~ncia e validade do lesseguro) e isto eacute vecircm corroborar a resposta

lo reacuteu-denunciante contra o autor

da posiccedilao processual da co-se shy9ito positivo a co-seguradora que ial a posiccedilatildeo de liacuteder representa ~ itos ou seja a norma cuida de eacute mesmo a fase judicial incluiacutedas denatoacuterias (Tzirulnik ob ciL sect

cida pelo segurado a pretensatildeo adas as demais (id ib) I o fato de as demais co-segurashyesentadas pela seguradora-liacuteder larecerem diretamente a juiacutezo na lorque na etapa da execuccedilatildeo de Ser diretamente executada pela se natildeo haja sido avenccedilada soli-

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13 Assim afigura-se liacutecito afirmar que as co-seguradoras seratildeo em tese partes legiacutetimas ad causam nas accedilotildees de cobranccedila (ou outras relativas agrave existecircncia validade e eficaacutecia do seguro) promovishydas pelo segurado Poderatildeo comparecer a juiacutezo querendo se natildeo o fizerem seratildeo representadas pela seguradora-liacuteder sem que isso lhes acarrete prejuiacutezo juriacutedico algum

14 Uma terceira questatildeo entatildeo suscitada disse respeito agrave validade de documentos em idioma e de origem estrangeira apresentados em processo de cobranccedila de seguro sem traduccedilatildeo para o vernaacutecu lo e a devida autenticaccedilatildeo

A eficaacutecia no Brasil dos documentos escritos em liacutengua estranshygeira supotildee sua traduccedilatildeo para o portuguecircs efetuada por pessoa para tanto autorizada

Assim o direito positivo

Coacutedigo Civil- Art 224 Os documentos redigidos em Ilngua estranshygeira seratildeo traduzidos para o portuguecircs para ter efeitos legais no Paiacutes

Coacutedigo de Processo Civil-- middotArt 157 Soacute poderaacute ser Junto aos autos documento redigido em liacutengua estrangeira quando acompanhado de versatildeo em vernaacuteculo firmada por tradutor juramentado

Lei nordm 6015 de 31 12 1973 Art 129 - Estatildeo SUjeitos a registro no Registro de Tiacutetulos e Do shycumentos para surtir efeitos relativamente a terceiros

62) todos os documentos de procedecircncia estrangeira acompanhados das respectivas traduccedilotildees para produzirem efeitos em reparticcedilotildees da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal dos Territoacuterios e dos Municiacutepios ou em qualquer instacircncia juizo ou tribunal

Art 148 Os titulas documentos e papeacuteis escritos em tiacutengua estranshygeira uma vez adotados os caracteres comuns poderatildeo ser registrashydos no original para o efeito da sua conservaccedilatildeo ou perpetuidade Para prodUZirem efeitos legais no Paiacutes e para valerem contra terceiros deveratildeo entretanto ser vertidos em vernaacuteculo e registrada a traduccedilatildeo o que tambeacutem ser observaraacute em relaccedilatildeo agraves procuraccedilotildees lavradas em liacutengua estrangeira

Supremo Tribunal Federal - Suacutemula 259 - Para produzir efeito em juiacutezo natildeo eacute necessaacuteria a inscriccedilatildeo no registro puacuteblico de documentos de procedecircncia estrangeira autenticados por via consular

15 A obrigatoriedade da traduccedilatildeo do documento escrito em liacutengua estrangeira traduccedilatildeo para o vernaacuteculo feita por pessoa legalmente autorizada jaacute se impunha anteriormente (bem como a autenticaccedilatildeo

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pela autoridade consular brasileira de documentos puacuteblicos estranshygeiros)

Com efeito pelo CPC de 1939 segundo seu art 228 natildeo seratildeo admitidos em juiacutezo documentos escritos em liacutengua estrangeira salvo se acompanhados de traduccedilatildeo oficial E pelo Coacutedigo Civil de 1916 art 140 os escritos de obrigaccedilatildeo redigidos em liacutengua estrangeira seratildeo para te r efeitos legais no Paiacutes vertidos em portuguecircs

Aliaacutes remontando ao longiacutenquo passado lembremos que desde o rei Dom Dinis em Portugal foi tornado obrigatoacuterio em substituiccedilatildeo ao latim o uso do idioma portuguecircs nas atividades fo renses e nos documentos e escritos oficiais (Mel lo Freire Histo(fae Juris Civilis Lusitani Coimbra 1815 sect LVII apudMoacyr Lobo da Costa OAgravo no Direito Lusitano Borsoi 1974 p 24)

16 Versatildeo vaacute li da aduz Egas Moniz de Aragatildeo eacute apenas a que provenha de tradutor juramentado de nada serve a que provier de outra pessoa O tradutor juramentado goza de feacute puacuteblica e nisso se fundamenta a exigecircncia legal (Coment ao CPC Forense v 11 9lt1 ed 1998 n 16) Al iaacutes como bem mencionou Moacyr Amaral Santos tal sistema faz parte da tradiccedilatildeo Juriacutedica brasileira e facilmente se justifica eis que tanto os juiacutezes como as partes natildeo satildeo obrigadas a conhecer todos os idiomas nem tambeacutem se lhes ex ige tatildeo p ro fundo aperfeiccediloamento nas liacutenguas reclamadas para admissatildeo aos cu rsos juriacuted icos que se lhes imponha inteligecircnCia exata de documentos em liacutengua estrangeira agraves vezes de traduccedilatildeo difiacutecil pelo emprego de expressotildees pouco usuais ou teacutecnicas (Proveacutel Judic2Jria no Ciacutevel e Comercial Max Limonad v IV 2 ed 1954 n 204 pp 328-329)

Ass im quer o exerciacutecio de accedilatildeo de cobranccedila da indenizaccedilatildeo securitaacuteria ajuizada pela viacutetima do sinistro como o exerciacutecio de accedilatildeo de consignaccedilatildeo proposta pela seguradora (ante a duacutevida por exemshyplo em qual o legiacutetimo titular do direito ao ressarcimento) quaisquer accedilotildees deveratildeo ser instruiacutedas com documentaccedilatildeo traduzida ao vernaacuteshyculo e da qual se possa inferir inclusive a legitimidade ad causam dos contendores

Do

Eacute sab ido quatildeo importar estrutura das sociedades dE constantemente atormentad de suas proacuteprias doenccedilas diversidade cada vez maior

Atualmente o tema da rl despertado enorme interes~ cional em decorrecircncia do el ciaacuterio em suas vaacute rias instacircr processos referentes a essa aspecto da Medicina de ma ciecircncia de cidadania na bu invocando a prestaccedilatildeo jurisd

Ao se analisar essa que~ Francis Moore que indica c do cuidado meacutedico eacute a ass ciruacutergica eacute a assunccedilatildeo comp do paciente

As palavras de Moore sei adentrar no aspecto da resp

No Brasi l o art 951 do especiacutefica na qual se pode eacute

tivas postas nos muacuteltiplos r respon sabilidade civil meacutedic conhecida na Antiguidade nlt estabeleciam penas especiacutef acarretassem lesotildees a seus que os conduzissem agrave morte

bull Ministro do Superior Tribunal dE da Associaccedilatildeo de Juristas Catoacutel ic

100 ROR n~ 27 --- SeIDez 2003

pela autoridade consular brasileira de documentos puacuteblicos estranshygeiros)

Com efeito pelo CPC de 1939 segundo seu art 228 natildeo seratildeo admitidos em juiacutezo documentos escritos em liacutengua estrangeira salvo se acompanhados de traduccedilatildeo oficial E pelo Coacutedigo Civil de 1916 art 140 os escritos de obrigaccedilatildeo redigidos em liacutengua estrangeira seratildeo para te r efeitos legais no Paiacutes vertidos em portuguecircs

Aliaacutes remontando ao longiacutenquo passado lembremos que desde o rei Dom Dinis em Portugal foi tornado obrigatoacuterio em substituiccedilatildeo ao latim o uso do idioma portuguecircs nas atividades fo renses e nos documentos e escritos oficiais (Mel lo Freire Histo(fae Juris Civilis Lusitani Coimbra 1815 sect LVII apudMoacyr Lobo da Costa OAgravo no Direito Lusitano Borsoi 1974 p 24)

16 Versatildeo vaacute li da aduz Egas Moniz de Aragatildeo eacute apenas a que provenha de tradutor juramentado de nada serve a que provier de outra pessoa O tradutor juramentado goza de feacute puacuteblica e nisso se fundamenta a exigecircncia legal (Coment ao CPC Forense v 11 9lt1 ed 1998 n 16) Al iaacutes como bem mencionou Moacyr Amaral Santos tal sistema faz parte da tradiccedilatildeo Juriacutedica brasileira e facilmente se justifica eis que tanto os juiacutezes como as partes natildeo satildeo obrigadas a conhecer todos os idiomas nem tambeacutem se lhes ex ige tatildeo p ro fundo aperfeiccediloamento nas liacutenguas reclamadas para admissatildeo aos cu rsos juriacuted icos que se lhes imponha inteligecircnCia exata de documentos em liacutengua estrangeira agraves vezes de traduccedilatildeo difiacutecil pelo emprego de expressotildees pouco usuais ou teacutecnicas (Proveacutel Judic2Jria no Ciacutevel e Comercial Max Limonad v IV 2 ed 1954 n 204 pp 328-329)

Ass im quer o exerciacutecio de accedilatildeo de cobranccedila da indenizaccedilatildeo securitaacuteria ajuizada pela viacutetima do sinistro como o exerciacutecio de accedilatildeo de consignaccedilatildeo proposta pela seguradora (ante a duacutevida por exemshyplo em qual o legiacutetimo titular do direito ao ressarcimento) quaisquer accedilotildees deveratildeo ser instruiacutedas com documentaccedilatildeo traduzida ao vernaacuteshyculo e da qual se possa inferir inclusive a legitimidade ad causam dos contendores

Do

Eacute sab ido quatildeo importar estrutura das sociedades dE constantemente atormentad de suas proacuteprias doenccedilas diversidade cada vez maior

Atualmente o tema da rl despertado enorme interes~ cional em decorrecircncia do el ciaacuterio em suas vaacute rias instacircr processos referentes a essa aspecto da Medicina de ma ciecircncia de cidadania na bu invocando a prestaccedilatildeo jurisd

Ao se analisar essa que~ Francis Moore que indica c do cuidado meacutedico eacute a ass ciruacutergica eacute a assunccedilatildeo comp do paciente

As palavras de Moore sei adentrar no aspecto da resp

No Brasi l o art 951 do especiacutefica na qual se pode eacute

tivas postas nos muacuteltiplos r respon sabilidade civil meacutedic conhecida na Antiguidade nlt estabeleciam penas especiacutef acarretassem lesotildees a seus que os conduzissem agrave morte

bull Ministro do Superior Tribunal dE da Associaccedilatildeo de Juristas Catoacutel ic