notas de aula instalações hidráulicas

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  • 7/24/2019 Notas de Aula Instalaes Hidrulicas

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    FUNDAO DE ENSINO E PESQUISA DE ITAJUB

    UNIVERSITAS CENTRO UNIVERSITRIO DE ITAJUB

    INSTITUTO DE CINCIAS EXATAS

    INSTALAES

    HIDRULICOSANITRIAS

    PREDIAIS

    NOTAS DE AULA

    ITAJUB - 2003

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    Estas Notas de Au la

    tm por f ina l idade exc lus iva serv i r de

    mater ia l de apo io da d isc ip l ina

    Instalaes Hidrul ico Sanitr ias

    Prediais ,

    no curso de Engenhar ia C iv i l do

    Inst i tuto de Cincias Exatas do

    Universi tas

    Centro Universi tr io de Itajub,

    no tendo va lor comerc ia l e

    no sendo autor i zado seu uso com

    outras f ina l idades .

    No se dest ina a subst i tu i r a

    B ib l iogra f ia Bs ica e Complementar

    da d isc ip l ina , serv indo un icamente

    como ro te i ro de es tudos .

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    UNIDADE 1 NOES GERAIS DE INSTALAES PREDIAISUNIDADE 1 NOES GERAIS DE INSTALAES PREDIAIS

    As instalaes hidrulico-sanitrias de edificaes devem satisfazer s normas, aos cdigos eregulamentos em vigor. A ABNT possui normas para projeto e execuo das diversas instalaes prediais,conforme listagem a seguir. Alm da ABNT existem cdigos e regulamentos municipais, estaduais efederais a serem obedecidos, a fim de que o projeto e execuo das instalaes prediais resultem em

    operaes seguras. Na ausncia de normas nacionais deve-se recorrer ao uso de normas internacionais.Dentre as instalaes prediais destacam-se:

    Instalao de gua potvel;

    Instalao de proteo e combate a incndio;

    Instalao de esgotos sanitrios;

    Instalao de gua pluvial;

    Instalao de gua quente;

    estas tratadas na presente disciplina e, ainda:

    Instalao de gs;

    Instalao de telefone;

    Instalao de gases medicinais; Instalao eltrica;

    Instalao de ar comprimido;

    Instalao de oxignio;

    Instalao de gua gelada.

    A todo projeto de instalao tem que estar associado:

    memorial de clculo;

    memorial descritivo;

    lista de material;

    oramento.

    As normas da ABNT pertinentes matria a ser estudada nessa disciplina so as seguintes: NBR 5626 Instalao predial de gua fria;

    NBR 7198 Projeto e execuo de instalaes prediais de gua quente;

    NBR 13714 Instalaes hidrulicas contra incndio;

    NBR 8160 - Instalao predial de esgoto sanitrio;

    NBR 10844 - Instalao predial de gua pluvial.

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    UNIDADE 2 INSTALAES DE GUA FRIAUNIDADE 2 INSTALAES DE GUA FRIA

    2.1 INTRODUOA importncia do tema desta unidade de evidncia imediata. O abastecimento dgua para o consumohumano foi sempre preocupao de todos os povos em todas as pocas; as civilizaes, desde a maisremota Antigidade, sempre se desenvolveram prximas de cursos dgua.

    O uso de gua fria potvel nos prdios constitui condio indispensvel para o atendimento dasmais elementares condies de habitabilidade, higiene e conforto.

    O projeto, as especificaes de material e a execuo dessas instalaes devem ser feitos luz dasnormas, regulamentos e exigncias oficiais, sob pena de acarretar prejuzos e desconfortos desnecessriosdecorrentes da utilizao de materiais de m qualidade ou subdimensionados ou, ainda, de empregoinadequado.

    As instrues que trataremos a seguir so baseadas na norma da ABNT, NBR 5626 Instalaopredial de gua fria.

    Para as instalaes prediais de gua fria so conhecidos quatro tipos diferentes, dados a seguir:

    Distribuio Direta:

    todos os aparelhos e torneiras de um edifcio so alimentados diretamente pela rede pblica deabastecimento;

    Distribuio Indireta:

    todos os aparelhos e torneiras de um edifcio so alimentados pelo reservatrio superior do edifcio;

    Distribuio Mista:

    alguns aparelhos e torneiras de um edifcio so alimentados diretamente pela rede pblica, enquantoque outros so supridos pelo reservatrio predial;

    Hidropneumtico:

    os pontos de consumo so alimentados atravs de um conjunto hidropneumtico, cuja finalidade assegurar a presso desejvel no sistema. Nesse caso, desnecessrio o reservatrio superior.

    No Brasil, geralmente, so adotados os trs primeiros; a distribuio direta somente admitida nascomunidades em que o abastecimento de gua contnuo, suficiente e satisfatrio quanto s presses. Adistribuio indireta feita em edifcios de grande altura. O reservatrio superior, que faz a distribuio noprdio, suprido por bombas que retiram gua do reservatrio inferior, alimentado pela rede pblica. O tipomisto o mais freqente no Brasil, sendo adotado nas residncias na maioria das cidades brasileiras.

    2.2 DADOS PARA PROJETO

    Na elaborao dos projetos de instalaes hidrulicas, o projetista deve estudar a interdependncia dasdiversas partes do conjunto, visando ao abastecimento nos pontos de consumo dentro da melhor tcnica eeconomia. De maneira geral, um projeto completo de instalaes hidrulicas compreende:

    planta, cortes, detalhes e vistas isomtricas(perspectiva a cavaleira), com dimensionamento e traado doscondutores;

    memrias descritivas, justificativas e de clculo;

    especificaes do material e normas para a sua aplicao;

    oramento, compreendendo o levantamento das quantidades e dos preos unitrios e global da obra.

    A escala de projeto mais usual a de 1:50, podendo, em alguns casos, ser de 1:100; porm, osdetalhes devem ser feitos em escalas de 1:20 ou 1:25.

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    2.2.1 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO

    mais comum a distribuio predial ser alimentada por distribuidor pblico, porm poder ser feitapor fonte particular (nascentes, poos, etc.).

    H casos de distribuio mista, feita por distribuidor pblico e fonte particular.

    2.2.2 SISTEMAS DE DISTRIBUIO

    Sistema Direto de Distribuio

    Quando a presso da rede pblica suficiente e haja continuidade do abastecimento. ConformeFigura 1, sistema ascendente.

    Figura 1

    Sistema Indireto de Distribuio

    Quando a presso da rede pblica suficiente, mas no h continuidade do abastecimento, necessrio reservatrio superior. Conforme Figura 2, sistema descendente.

    Figura 2

    Sistema Indireto de Distribuio, com bombeamento

    Quando a presso da rede pblica insuficiente e no h continuidade do abastecimento, necessrio reservatrio superior, reservatrio inferior e bombeamento. Conforme Figura 3, sistemadescendente.

    Figura 3

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    Sistema Hidropneumtico de Distribuio

    Dispensa o reservatrio superior, um sistema caro e somente usado para laiviar a carga oriundado reservatrio superior. Conforme Figura 4, sistema ascendente.

    Figura 4

    2.2.3 CONSUMO PREDIAL

    Para clculo do consumo predial dirio, estima-se cada quarto social ocupado por duas pessoas e

    cada quarto de servio por uma pessoa.Na falta de outra indicao, considera-se a taxa de ocupao dada pela Tab. 1, para prdiospblicos ou comerciais:

    TABELA 1 TAXA DE OCUPAO DE PRDIOS COMERCIAIS E PBLICOS

    LOCAL TAXA DE OCUPAO

    Bancos uma pessoa por 5 m2de rea

    Escritrios uma pessoa por 6 m2de rea

    Pavimentos trreos uma pessoa por 2,5 m2de rea

    Lojas - Pavimentos superiores uma pessoa por 5 m2de rea

    Museus e bibliotecas uma pessoa por 5,5 m2de rea

    Salas de hotis uma pessoa por 5,5 m2de rea

    Restaurantes uma pessoa por 1,4 m2de rea

    Salas de operao (hospital) oito pessoas

    Teatros, cinemas e auditrios uma cadeira por 0,7 m2de reaFonte: Instalaes Hidrulicas e Sanitrias Hlio Creder

    Conhecida a populao, pode-se calcular o consumo, utilizando-se a Tab.2.

    2.2.4 CAPACIDADE DOS RESERVATRIOS

    de boa norma prever-se reservatrios com capacidade suficiente para dois dias de consumo.

    O reservatrio superior deve armazenar 2/5 deste consumo e o inferior 3/5 do consumo. Deve-seprever tambm de 15 a 20% do consumo dirio para reserva de incndio, que ser tratada a frente.

    TABELA 2 CONSUMO DE GUA EM DIVERSOS SETORES

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    PRDIO CONSUMO (litros)

    Alojamentos provisrios 80 per capita

    Casas populares ou rurais 120 per capita

    Residncias 150 per capita

    Apartamentos 200 per capita

    Hotis (s/ cozinha e s/ lavanderia) 120 por hspedeHospitais 250 por leito

    Escolas internatos 150 per capita

    Escolas externatos 50 per capita

    Quartis 150 per capita

    Edifcios pblicos ou comerciais 50 per capita

    Escritrios 50 per capita

    Cinemas e teatros 2 por lugar

    Templos 2 por lugar

    Restaurantes e similares 25 por refeio

    Garagens 50 por automvelLavanderias 30 por kg de roupa seca

    Mercados 5 por m2de rea

    Matadouros animais de grande porte 300 por cabea abatida

    Matadouros animais de pequeno porte 150 por cabea abatida

    Fbricas em geral (uso pessoal) 70 por operrio

    Postos de servio para automvel 150 por veculo

    Cavalarias 100 por cavalo

    Jardins 1,5 por m2

    Fonte: Instalaes Hidrulicas e Sanitrias Hlio Creder

    2.2.5 VAZO DAS PEAS DE UTILIZAO

    As peas de utilizao so projetadas para funcionar mediante certa vazo, que no deve serinferior dada pela Tab.3.

    2.2.6 CONSUMO MXIMO PROVVEL

    Normalmente no se utilizam todas as peas ao mesmo tempo, o que representa economia nodimensionamento das canalizaes.

    Os pesos relativos das peas de utilizao so estabelecidos empiricamente em funo da vazo deprojeto, conforme Tab. 3.

    Para o clculo da vazo a ser adotada no dimensionamento da tubulao, a NBR 5626 estabelece aseguinte expresso:

    = PQ 3,0Onde:

    Q vazo estimada na seo considerada (l/s);

    P somatrio dos pesos relativos de todas as peas de utilizao alimentadas pela tubulao considerada;

    0,3 coeficiente de vazo (l/s) (coeficiente de demanda); vlido para instalaes de uso normal, no seaplica quando o uso intensivo (cinemas, escolas, quartis, estdios e outros, onde o horrio defuncionamento simultneo rgido).

    Conhecida a vazo pode-se fazer um pr-dimensionamento do encanamento com base no baco daFig. 5.

    TABELA 3 VAZO E PESOS RELATIVOS DE PEAS DE UTILIZAOAparelho Sanitrio Pea de Utilizao Vazo de projeto (l/s) Peso relativo

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    Bacia sanitria Caixa de descarga 0,15 0,3

    Bacia sanitria Vlvula de descarga 1,70 32

    Banheira Misturador (gua fria) 0,30 1,0

    Bebedouro Registro de presso 0,10 0,1

    Bid Misturador (gua fria) 0,10 0,1

    Chuveiro ou ducha Misturador (gua fria) 0,20 0,4Chuveiro eltrico Registro de presso 0,10 0,1

    Lavadora de pratos ou deroupas

    Registro de presso 0,30 1,0

    Lavatrio Torneira ou misturador (gua fria)

    0,15 0,3

    Mictrio cermico comsifo integrado

    Vlvula de descarga 0,50 2,8

    Mictrio cermico semsifo integrado

    Caixa de descarga,registro de presso ouvlvula de descarga paramictrio

    0,15 0,3

    Mictrio tipo calha Caixa de descarga ouregistro de presso pormetro de calha

    0,15 0,3

    Pia Torneira ou misturador (gua fria)

    0,25 0,7

    Torneira eltrica 0,10 0,1

    Tanque Torneira 0,25 0,7

    Torneira de jardim oulavagem em geral

    Torneira 0,20 0,4

    Fonte: NBR 5626/ABNT Instalao predial de gua fria

    Para o dimensionamento de encanamentos que atendem muitas peas de utilizao, pode-seempregar a Tab.4 ou a Fig.6, a seguir.

    TABELA 4 PROBABILIDADE DO USO SIMULTNEO DOS APARELHOS SANITRIOS SOBCONDIES NORMAIS

    NMERO DE APARELHOS FATOR DE USO

    Aparelhos comuns (%) Aparelhos com vlvulas (%)

    2 100 100

    3 80 65

    4 68 50

    5 62 426 58 38

    7 56 35

    8 53 31

    9 51 29

    10 50 27

    20 42 16Fonte: Instalaes Hidrulicas e Sanitrias Hlio Creder

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    Figura 5 baco para clculo das tubulaes

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    Figura 6 Curvas das porcentagens provveis, em funo dos consumos mximos possveis

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    2.2.7 INSTALAES MNIMAS

    A Tab. 5 a seguir, de origem americana, estabelece exigncias mnimas de instalaes sanitrias.

    TABELA 5 INSTALAES MNIMAS

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    2.2.8 PRESSO DE SERVIO

    As peas de utilizao so projetadas para funcionar com presses esttica ou dinmica pr-estabelecidas. A presso esttica s existe quando no h fluxo de gua e a dinmica resulta quando aspeas esto em funcionamento. Na Tab. 6 tem-se as presses esttica e dinmica, mximas e mnimas,das principais peas de utilizao.

    TABELA 6 PRESSES ESTTICAS E DINMICAS MXIMAS E MNIMAS NOS PONTOS DE

    UTILIZAO, EM METROS DE COLUNA DE GUA

    APARELHO

    PRESSO MXIMA PRESSO MNIMA

    Esttica Dinmica Esttica Dinmica

    Aquecedor eltrico de alta presso 40,0 40,0 1,0 0,5

    Aquecedor eltrico de baixa presso 5,0 4,0 1,0 0,5

    Aquecedor a gs de baixa presso * - 5,0 - 1,0

    Aquecedor a gs de alta presso * - 40,0 - 1,0

    Bebedouro - 40,0 - 2,0

    Chuveiro de (15 mm) - 40,0 - 2,0

    Chuveiro de (20 mm) - 40,0 - 1,0Torneira - 40,0 - 0,5

    Torneira-bia de caixa de descarga de (15 mm) - 40,0 - 1,5

    Torneira-bia de caixa de descarga de (20 mm) - 40,0 - 0,5

    Torneira-bia para reservatrio - 40,0 - 0,5

    Vlvula de descarga de 1 (38 mm) * - 6,0 2,0 1,2

    Vlvula de descarga de 1 (32 mm) * - 15,0 - 3,0

    Vlvula de descarga de 1 (25 mm) * - 40,0 - 10,0

    *Consultar os dados do fabricanteFonte : Instalaes Hidrulicas e Sanitrias Hlio Creder

    2.2.9 PRESSES MXIMAS E MNIMAS

    A presso esttica mxima admissvel pela NBR 5626, item 5.3.5.3, no deve ser superior a 400kPa ou 40 mca.

    A presso dinmica mnima admissvel pela NBR 5626, item 5.3.5.2, no deve ser inferior a 5 kPaou 0,5 mca.

    O fechamento de qualquer pea de utilizao no pode provocar, em nenhum ponto, sobrepressoque supere 200 kPa ou 20 mca.

    Em edifcios altos, onde as presses estticas ultrapassam os valores mximos admissveis, hnecessidade de provocar-se uma queda de presso. Para tanto, pode-se aumentar a perda de carga,introduzindo no sistema vlvulas redutoras de presso ou reservatrios intermedirios. A introduo dereservatrios intermedirios mais complicada, pois demanda reas teis nem sempre disponveis. A Fig. 7mostra dois modos de instalao de vlvula de reduo de presso e a Fig. 8 mostra uma seco deste tipode vlvula.

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    Fig. 7 Modos de instalao de vlvula de reduo de presso

    2.2.10 VELOCIDADE MXIMA

    Segundo a NBR 5626, item 5.3.4, as tubulaes devem ser dimensionadas de modo que avelocidade da gua, em qualquer trecho de tubulao, no atinja valores superiores a 3 m/s.

    2.2.11 SEPARAO ATMOSFRICA

    A fim de resguardar a potabilidade da gua, a NBR 5626, item 5.4.3.2, exige que haja separaoatmosfrica entre a sada dgua da pea de utilizao e o nvel de transbordamento do aparelho sanitrio,ou caixa de descarga ou reservatrio, necessria para impedir o refluxo de gua servida para a instalaopredial de gua fria ou para a fonte de abastecimento, decorrente de avarias na rede predial ou pblica. AFig. 9 mostra a retrosifonagem num sistema de distribuio direto, devido a um defeito na rede pblica. AFig.10 esquematiza a retrosifonagem num sistema de distribuio indireto, devido ao entupimento de umvaso sanitrio.

    A Fig. 11 mostra um esquema de separao atmosfrica sugerido pela NBR 5626.Alguns aparelhos sanitrios no possibilitam a separao atmosfrica entre a sada dgua da pea

    de utilizao e o seu nvel de transbordamento, tais como vaso sanitrio, banheira e bid. Para estesaparelhos existem as seguintes solues:

    instalar estes aparelhos em colunas exclusivas s para eles;

    instalar estes aparelhos em colunas comuns a outros aparelhos desde que no sub-ramal sejainstalado um dispositivo quebrador de vcuo;

    instalar estes aparelhos em colunas comuns a outros aparelhos, desde que a coluna, logoabaixo do registro correspondente em sua parte superior, seja dotada de tubulao deventilao, executada com as seguintes caractersticas:

    ter dimetro igual ou superior ao da coluna;

    ser ligada coluna a jusante do registro; haver uma para cada coluna que contenha aparelho sanitrio passvel de retrosifonagem;

    ter sua extremidade livre acima do nvel mximo admissvel do reservatrio superior.

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    A Fig.11 mostra um esquema sugerido pela NBR 5626 para ventilao da coluna.

    Fig. 8 Seo de vlvula de reduo de presso

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    Fig. 9 Retrosifonagem num sistema de distribuio direto, devido a um defeito na rede pblica

    Fig. 10 Retrosifonagem num sistema de distribuio indireto

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    Fig. 11 Esquema de separao atmosfrica e ventilao da coluna sugerido pela NBR 5626

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    2.3 DIMENSIONAMENTO DOS ENCANAMENTOS

    Todas as tubulaes das instalaes prediais de gua fria so dimensionadas como condutosforados.

    2.3.1 DIMENSIONAMENTO DOS SUB-RAMAISDefine-se como sub-ramal a tubulao que liga o ramal pea de utilizao ou ligao do aparelho

    sanitrio.

    O dimensionamento dos sub-ramais deve observar a Tab.7, a seguir, que estabelece dimetrosmnimos dos sub-ramais, e foi elaborada baseado em ensaios realizados.

    2.3.2 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS

    Define-se como ramal a tubulao derivada da coluna de distribuio e destinada a alimentar ossub-ramais.

    O dimensionamento dos ramais pode ser feito por dois mtodos:

    a) pelo consumo mximo possvel

    neste mtodo adota-se o critrio das sees equivalentes, em que todos os dimetros so expressosem funo da vazo obtida com , conforme Tab. 8, a seguir, que estabelece o nmero deencanamentos de necessrios para permitirem a mesma descarga.

    Admite-se que os diversos aparelhos servidos pelo ramal sejam utilizados simultaneamente, de modoque a descarga total no incio do ramal ser a soma das descargas em cada um dos sub-ramais.

    b) pelo consumo mximo provvel

    este mtodo baseia-se na tese de que no haja funcionamento simultneo de todas as peas eaparelhos ligados ao ramal e em que a probabilidade de funcionamento simultneo diminui com oaumento do nmero de aparelhos. Amparado pela experincia e com recursos da probabilidade determinado um fator de utilizao para o ramal, que multiplicar o consumo mximo possvel, obtendo-se o consumo mximo provvel.

    O mtodo baseado no clculo de probabilidades foi aplicado pela primeira vez, em 1924, por Roy B.Hunter e hoje conhecido por Mtodo de Hunter. Este mtodo no muito utilizado nodimensionamento de ramais em apartamentos e residncias, mas sim em instalaes com elevadonmero de aparelhos ligados ao ramal.

    O mtodo de clculo estabelecido pela NBR 5626 aquele citado no item 2.2.6.

    2.3.3 DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS

    Define-se como coluna de distribuio a tubulao ligada ao barrilete da instalao e que alimentaos ramais.

    O dimensionamento das colunas feito pelo mtodo do consumo mximo provvel, utilizando oMtodo de Hunter.

    A NBR 5626 baseia-se no mesmo princpio do Mtodo de Hunter, mas com adaptaes baseadas

    na experincia acumulada na observao de instalaes similares, o que originou o mtodo dos pesosrelativos, j estudado no item 2.2.6. Os clculos necessrios para o dimensionamento devem ser feitosatravs de uma planilha, conforme Fig. 12.

    Na execuo desta planilha devem ser considerados os seguintes dados e operaes:

    a) Numerar as colunas de distribuio;

    b) marcar com letras os trechos em que haver derivaes para os ramais;

    c) somar os pesos de todas as peas de utilizao (utilizar a Tab. 3 item 2.2.6);

    d) juntar os pesos acumulados no trecho;

    e) determinar a vazo em l/s (usando a expresso dada no tem 2.2.6);

    f) arbitrar um dimetro D (mm) (adotar V = 2,5 m/s na equao da continuidade);

    g) calcular a perda de carga unitria (utilizar expresses abaixo relacionadas);

    h) determinar, atravs de medidas na planta, o comprimento real da tubulao;

    i) determinar o comprimento equivalente, resultante das perdas de carga localizadas em conexes,registros, vlvulas, etc.(utilizar Fig.13);

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    j) calcular a perda de carga total na tubulao, multiplicando-se a soma do comprimento real com oequivalente pela perda de carga unitria;

    k) determinar a presso disponvel no ponto considerado, que representa a diferena de nvel entre omeio do reservatrio e este ponto;

    l) subtrair a perda de carga total da presso disponvel, obtendo-se a presso dinmica a jusante, quedeve ser verificada para cada pea observando a Tab. 6 do item 2.2.8.

    A NBR 5626 sugere, para o clculo da perda de carga unitria, as expresses de Fair-Whipple-Hsiao,indicadas a seguir, quando no se dispe de dados do fabricante para a rugosidade dos tubos esingularidades.

    Para tubos rugosos ( tubos de ao-carbono, galvanizado ou no):

    J = 20,2 x 106x Q1,88x D-4,88

    Para tubos lisos ( tubos de plstico, cobre ou liga de cobre):

    J = 8,69 x 106x Q1,75x D-4,75

    Onde:

    J perda de carga unitria, em kPa/m;

    Q vazo estimada, em l/s;

    D dimetro interno do tubo, em mm.

    TABELA 7 DIMETROS MNIMOS DOS SUB-RAMAIS

    Pea de Utilizao Dimetro (mm) Referncia (pol)

    Aquecedor de baixa presso 20

    Aquecedor de alta presso 15

    Bacia sanitria c/ caixa dedescarga

    15

    Bacia sanitria c/ vlvula dedescarga (3/4)

    32 1

    Bacia sanitria c/ vlvula dedescarga (1)

    32 1

    Bacia sanitria c/ vlvula dedescarga ( 1 )

    40 1

    Bacia sanitria c/ vlvula dedescarga (1 )

    40 1

    Banheira 15

    Bebedouro 15

    Bid 15

    Chuveiro 15

    Filtro de presso 15

    Lavatrio 15

    Mquina de lavar roupa 20 Mquina de lavar pratos 20

    Mictrio auto-aspirante 25 1

    Mictrio de descarga descontnua 15

    Pia de despejo 20

    Pia de cozinha 15

    Tanque de lavar roupa 20

    TABELA 8 SEES EQUIVALENTESDimetro dos

    tubos 1 1 1 2 2 3 4

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    (pol)

    N de tubosde com a

    mesmacapacidade

    1 2,9 6,2 10,9 17,4 37,8 65,5 110,5 189

    2.3.4 DIMENSIONAMENTO DO BARRILETE

    Define-se como barrilete a tubulao ligada ao reservatrio da instalao e que alimenta as colunas,tem o objetivo de limitar o nmero de sadas do reservatrio, trata-se de uma tubulao interligando as duassees do reservatrio superior, da qual partem as derivaes para as diversas colunas. Pode serramificado ou concentrado, conforme mostram as Fig. 14 e Fig.15.

    O sistema ramificado tem a vantagem de economizar encanamento, mas dispersa bastante ospontos de colocao de registros das colunas. Por sua vez, no sistema concentrado ocorre o inverso.

    O barrilete pode ser dimensionado segundo dois mtodos:

    a) pelo consumo mximo possvel

    este mtodo, j estudado, adota o critrio das sees equivalentes, somando-se os dimetros de metade

    das colunas (expressos em n de tubos de ), a outra metade atendida pela outra seo do reservatrio, econvertendo-se em seo equivalente; este mtodo conduz a dimetros de barrilete um pouco exagerados;

    b) pelo consumo mximo provvel

    neste mtodo, baseado no Mtodo de Hunter, adota-se a perda de carga unitria de 8% e calcula-se avazo como se cada metade da caixa atendesse metade das colunas e, na expresso de Fair-Whipple-Hsiao, apresentada no item anterior, calcula-se o dimetro do barrilete.

    2.3.5 DIMENSIONAMENTO DOS ENCANAMENTOS DE RECALQUE E SUCO

    Chama-se encanamento de recalque aquele que conduz gua da bomba para o reservatriosuperior e encanamento de suco aquele que conduz gua do reservatrio inferior para a bomba.

    O dimensionamento do encanamento de recalque baseia-se na frmula de Forchheimer

    43,1 XQD =

    Onde:

    D = dimetro em metros;

    Q = vazo em m3/s;

    X = n horas de funcionamento / 24 horas

    O encanamento de suco dever ter dimetro imediatamente superior ao do encanamento derecalque.

    2.3.6 DIMENSIONAMENTO DO ALIMENTADOR PREDIAL

    Chama-se alimentador predial a tubulao que conduz a gua do ponto de medio de consumo ato reservatrio.

    Para seu dimensionamento adota-se como vazo mnima

    400.86

    CQ=

    Onde:

    Q = vazo em m3/s;

    C = consumo dirio em litros

    e considera-se que a velocidade mxima no alimentador predial seja de 1 m/s.

    2.3.7 DIMENSIONAMENTO DO EXTRAVASOR

    Chama-se extravasor a canalizao destinada a escoar eventuais excessos dgua dos

    reservatrios.O dimetro do extravasor dever ser imediatamente superior ao da tubulao de alimentao do

    reservatrio.

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    Pesos Comprimentos (m)Perda de

    Carga (mca)Colunan

    Trecho

    Unitr io Total

    Vazo(l/s)

    Dimetro(mm)

    Velocidade(m/s)

    Real Equivalente Total

    PressoDisponvel

    (mca) Unitr ia Total

    Presso aJusante(mca)

    Fig. 12 Planilha de Clculo de Tubulaes baseada na NBR 5626

    2.4 DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO MOTO-BOMBAPara o dimensionamento do conjunto moto-bomba utiliza-se a expresso

    =

    75

    1000 QP Hman

    Onde:

    P = Potncia em CV;

    Hman= altura manomtrica = altura esttica + perdas, em metros;

    Q = vazo, em m3/s;

    = rendimento do conjunto moto-bomba, para instalaes prediais da ordem de 40%.

    2.5 ALTURA DOS PONTOS DE CONSUMOA altura de instalao dos pontos de consumo depende do tipo de aparelho, de condies

    construtivas e razes de ordem prtica que orientam o projetista.

    Alguns casos de uso freqente e a respectiva altura de instalao do sub-ramal so dados na Tab.9 a seguir.

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    Fig. 13 Perda de carga localizada sua equivalncia em metros de tubulao de PVC rgido ou cobreFonte : Instalaes Hidrulicas Archibald Joseph Macintyre

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    Fig. 14 Esquema de barrilete ramificado

    Fig. 15 Esquema de barrilete concentrado

    TABELA 9 ALTURA DOS PONTOS DE CONSUMO

    Pea de Utilizao Altura do sub-ramal com relao ao piso acabado

    Banheira 0,30 m

    Bid 0,15 m

    Caixa de descarga acoplada ao vaso sanitrio 0,30 m

    Caixa de descarga embutida 1,10 a 1,20 m

    Caixa de descarga externa 2,00 mChuveiro 2,00 m

    Filtro 1,80 m

    Lavatrio 0,60 m

    Registro de presso para banheira 0,60 m

    Registro de presso para chuveiro 1,20 a 1,30 m

    Torneira de lavagem de piso 0,60 m

    Torneira de pia 1,20 m

    Torneira de tanque 1,30 m

    Vlvula de descarga 1,10 a 1,20 m

    Vaso sanitrio 0,30 m

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    UNIDADE 3 INSTALAES DE GUA QUENTEUNIDADE 3 INSTALAES DE GUA QUENTE

    3.1 INTRODUOAs instalaes de gua quente tm finalidades domsticas, mdicas ou industriais. Nesta disciplina

    trataremos das instalaes de gua quente prediais. Segundo a NBR 7198/ABNT as instalaes de guaquente devem proporcionar:

    a) garantia do funcionamento de gua suficiente, sem rudo, na temperatura adequada e sob pressonecessria ao perfeito funcionamento das peas de utilizao;

    b) preservao rigorosa da qualidade da gua.

    As temperaturas mais usuais so:

    uso pessoal em banhos ou para higiene 35 a 50C

    em cozinhas (dissoluo de gorduras) 60 a 70C

    em lavanderias 75 a 85C

    em finalidades mdicas (esterilizao) 100C ou mais

    Os encanamentos de gua quente so separados dos de gua fria.

    O aquecimento de gua pode ser feito das seguintes formas: aquecimento individual ou local;

    aquecimento central privado (domiciliar);

    aquecimento central coletivo (do edifcio).

    3.2 CONSUMO DE GUA QUENTEAs Tab. 10 a 13 so originrias de tabelas americanas, mas com adaptaes para o Brasil, dada a

    diferena climtica dos dois pases, e fornecem valores do consumo de gua quente para diversos usos.

    TABELA 10 ESTIMATIVA DE CONSUMO

    Prdio Consumo (l/dia)

    Alojamento provisrio 24 por pessoa

    Casa popular ou rural 36 por pessoa

    Residncia 45 por pessoa

    Apartamento 60 por pessoa

    Quartel 45 por pessoa

    Escola internato 45 por pessoa

    Hotis (sem cozinha e sem lavanderia) 36 por hspede

    Hospital 125 por leito

    Restaurante e similar 12 por refeio

    Lavanderia 15 por quilo de roupa secaFonte: NBR 7198/ABNT Instalao predial de gua quente

    3.3PESOS RELATIVOS E VAZES MXIMAS DAS PEAS DE UTILIZAOPodem ser utilizados os mesmos da gua fria ( Tab.3).

    3.4 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAES DE GUA QUENTE

    3.4.1 DIMENSIONAMENTO DOS SUB-RAMAIS

    feito da mesma forma que para a tubulao de gua fria, com base na Tab. 7, que estabelece osdimetros mnimos dos sub-ramais.

    3.4.2 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS

    Tambm os ramais seguem as mesmas orientaes que foram feitas para gua fria, podendo serdimensionados pelo critrio do

    co ns um o mximo pos svel(pelo mtodo das sees equivalentes) ou do

    co ns um o mximo pr ovvel (pelo mtodo da NBR 5626, citado no item 2.2.6).

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    TABELA 11 CONSUMO DE GUA QUENTE EM FUNO DO NMERO DE PESSOAS

    Tipo de edifcio gua quentenecessria a

    60 C

    Consumo nasocasies de

    Peak (l/h)

    Durao doPeak Horas

    de carga

    Capacidade doreservatrio

    em funo doconsumo dirio

    CapacidadeHorria de

    Aquecimentoem funo do

    uso dirio

    ResidnciaApartamentos

    Hotis

    50 litrospor pessoa, por

    dia1/7 4 1/5 1/7

    Edifcios deescritrios

    2,5 litros porpessoa, por dia

    1/5 2 1/5 1/6

    Fbricas 6,3 litros por pessoa, por dia

    1/3 1 2/5 1/8

    Restaurante

    3 Classe

    2 Classe

    1 Classe

    1,9 l/refeio

    3,2 l/refeio

    5,6 l/refeio

    1/10 1/10

    Restaurante

    3 refeies pordia

    1/10 8 1/5 1/10

    Restaurante

    1 refeio pordia

    1/5 2 2/5 1/6

    Fonte : Instalaes Hidrulicas e Sanitrias Hlio Creder

    TABELA 12 CONSUMO DE GUA QUENTE, EM FUNO DO NMERO DE APARELHOS, EM l/h, A60 C

    Aparelhos Aptos Clubes Ginsio Hospital Hotis Fbricas Escritr. Residncia Escolas

    Lavatrio 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6

    Lavatriopblico

    5,2 7,8 10,4 7,8 10,4 15,6 7,8 - 19,5

    Banheiras 26 26 39 26 26 39 - 26 -

    Lavador depratos

    19,5 65 - 65 65 26 - 19,5 26

    Lava-ps 3,9 3,9 15,6 3,9 3,9 15,6 - 3,9 3,9

    Pia decozinha

    13 26 - 26 26 26 - 13 13

    Tanque delavagem

    26 36,4 - 36,4 36,4 36,4 - 26 -

    Pia de copa 6,5 13 - 13 13 - - 6,5 13

    Chuveiros 97,5 195 292 97,5 97,5 292 - 97,5 292

    Consumomximo

    provvel %30 30 10 25 25 40 30 30 40

    Capacidadedos

    reservatrios%

    125 90 100 60 80 100 200 70 100

    Fonte : Instalaes Hidrulicas e Sanitrias Hlio Creder

    TABELA 13 VALORES USUAIS DE CAPACIDADE DE RESERVATRIOS (BOILERS)

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    Capacidadedo

    reservatrio(litros)

    60 75 115 175 230 290

    Consumodirio (litros)

    115-230 230-380 380-760 760-1140 1140-1710 1710-2330

    Aplicaes Pequenafamlia

    Casapequena

    Famlia mdiaUm s

    banheiro

    Famlia mdiaDois

    banheiros

    Famliagrande

    Loja pequena

    Famliagrande

    Pequenosedifcios de

    aptos.

    Casasgrandes

    Pequenosedifcios de

    aptos.Fonte : Instalaes Hidrulicas e Sanitrias Hlio Creder

    3.4.3 DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS

    O dimensionamento das colunas feito pelo mtodo do consumo mximo provvel, utilizando oMtodo de Hunter.

    A NBR 7198 baseia-se no mesmo princpio do Mtodo de Hunter, mas com adaptaes baseadas

    na experincia acumulada na observao de instalaes similares, o que originou o mtodo dos pesosrelativos, j estudado no item 2.2.6. Os clculos necessrios para o dimensionamento devem ser feitosatravs de planilha.

    3.4.4 DIMENSIONAMENTO DO BARRILETE

    O barrilete deve ser dimensionado pelo mtodo do consumo mximo provvel, da mesma forma quepara a instalao de gua fria. Neste mtodo adota-se a perda de carga unitria de 8% e calcula-se a vazocomo sendo de 50% da soma das vazes das colunas e, na expresso de Fair-Whipple-Hsiao, calcula-se odimetro do barrilete.

    3.5 PRODUO DE GUA QUENTE

    3.5.1 AQUECIMENTO ELTRICO

    feito, normalmente, por meio de resistncias metlicas de imerso. Estas resistncias so, emgeral, ligas metlicas isoladas por meio de mica, asbesto ou outro material que suporte altas temperaturas.

    O aquecimento da gua se realiza pela dissipao de calor decorrente da passagem de correnteeltrica de intensidade I (ampres) em um condutor de resistncia R (ohms). A potncia P (watts)correspondente energia dissipada sob forma de calor dada pela expresso

    P = I2x R

    A energia dissipada, expressa em watts x horas, expressa por:

    E = P x t

    A quantidade de calor Q (kcal), necessria para elevar uma massa m de um liquido de calorespecfico cde uma temperatura inicial t1para uma final t2 dada por:

    Q = m x c x ( t2 t1)

    podendo ser utilizado, para a gua c = 1 kcal/kgf/C e lembrando que 1 kwh = 860 kcal, ou ainda, utilizandoa lei de Joule, pode-se exprimir a quantidade de calor Q(kcal) por:

    Q = k x R x I2x t

    sendo t expresso em segundos e kum coeficiente numrico experimental que vale 0,00024.

    Os aquecedores eltricos podem ser de dois tipos:

    de aquecimento instantneo da gua em sua passagem pelo aparelho;

    de acumulao, chamados bo il ers eltr ic os.

    No primeiro tipo esto os chuveiros eltricos e os aquecedores instantneos de passagem, cujacapacidade de aquecimento instantneo no ultrapassam, geralmente, as peas de utilizao de umbanheiro ou de uma cozinha.

    No segundo tipo, dos aquecedores de acumulao, constam as seguintes partes:

    um tambor metlico interno, normalmente de chapa de cobre;

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    um tambor metlico externo, normalmente de ao esmaltado;

    uma camada de material isolante, normalmente l de vidro, colocada entre os dois tambores;

    uma ou mais resistncias eltricas instaladas dentro de um tubo de cobre, no interior do tamborinterno;

    um termostato ou termorregulador, que mantm automaticamente a temperatura da gua dentro delimites estabelecidos.

    Existem aquecedores de acumulao de baixa presso, utilizados em residncias, instalados sobrea cobertura, e aquecedores de acumulao de alta presso, que permitem o funcionamento de aparelhos deutilizao acima dos mesmos, desde que a presso do reservatrio de gua fria seja suficiente. Acapacidade de acumulao dos boilers eltricos varia de 50 litros a 500 litros, normalmente, sob encomendapodem ser fabricados boilers com maior capacidade de acumulao. As Fig. 16, 17 e 18 mostram detalhesde aquecedor eltrico de acumulao, de instalao hidralica com aquecedor eltrico em residncia e emapartamentos.

    3.5.2 AQUECIMENTO A GS

    Da mesma forma que os aquecedores eltricos os aquecedores a gs tambm podem ser de doistipos:

    de aquecimento instantneo da gua em sua passagem pelo aparelho; de acumulao, chamados bo il ers a gs.

    No primeiro tipo esto os aquecedores instantneos de passagem, cuja capacidade de aquecimentoinstantneo no ultrapassam, geralmente, as peas de utilizao de um banheiro ou de uma cozinha. O gsutilizado pode ser gs natural ou GLP.

    Consistem de um bico de gs que transmite a chama a uma srie de queimadores dispostos emlinha e em torno destes desenvolve-se uma serpentina de gua, que ser aquecida pela chama ou pelosgases quentes. Este conjunto fica encerrado em uma caixa de ferro esmaltado provida de chamin deexausto. Existem alguns modelos mais modernos que dispensam a chamin de exausto, mas demandamambientes com mais de 12 m3de volume e ampla ventilao.

    Os bons aquecedores a gs devem possuir dispositivos de segurana, como:

    - registro de segurana, que s permite a passagem do gs quando o piloto estiver aceso e a gua

    passando na serpentina;- vlvulas automticas que deixam passar o gs, quando a gua aberta, e obturam a passagem do

    mesmo, quando a gua fechada, conforme detalhado na Fig. 19.

    No segundo tipo, dos aquecedores de acumulao, da mesma forma que nos aquecedoreseltricos, constam as seguintes partes:

    um tambor metlico interno, normalmente de chapa de cobre;

    um tambor metlico externo, normalmente de ao esmaltado;

    uma camada de material isolante, normalmente l de vidro, colocada entre os dois tambores;

    um queimador com piloto instalado externamente ao tambor interno;

    um termostato que mantm automaticamente a temperatura da gua dentro de limites estabelecidose que permite a passagem do gs ou a obtura, da mesma forma que nos aquecedores a gs, de

    passagem.

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    Fig.16 Aquecedor de eltrico de acumulao

    Fig. 17 - Instalao de aquecedor eltrico de acumulao

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    Fig.18 Instalao de aquecedor eltrico de acumulao em residncia

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    A entrada de gua fria

    B sada de gua quente

    C entrada de gs

    D vlvula que impede ou permite a sada de gs

    E sada de gs nos queimadores

    F tubo de gs para o piloto

    G mola que aciona a vlvula D

    H lmina de diafragma

    I e J tubos que mantm as sees me ncheias de gua; quando aberto o registro de gua quente a seo mficacom maior presso que n e a vlvula D abre o gs e quando fechado o mesmo registro a presso em m e ntornam-

    se iguais e a vlvula D fecha-se, impedindo a sada de gs para os queimadores

    L lamparina ou bico piloto; pode permanecer acesa independente de haver consumo de gua quente

    Q queimadores

    S - serpentina

    Fig. 19 Aquecedor de passagem a gs

    3.5.3 AQUECIMENTO SOLAR

    No aquecimento que utiliza a energia solar, existe somente o aquecimento de acumulao, para usodomstico. Constam das seguintes partes:

    um tambor metlico interno, normalmente de chapa de cobre;

    um tambor metlico externo, normalmente de ao esmaltado;

    uma camada de material isolante, normalmente l de vidro, colocada entre os dois tambores;

    um coletor fixo que capta os raios solares composto por:o caixa ou chapa de cobre ou alumnio pintada de preto;

    o tubos dispostos sob forma de serpentina, chamados de absorvedores;

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    o chapas de vidro separadas por gaxetas plsticas, vedadas pelo lado externo com mstiquede silicone, que impede a entrada de gua de chuva e a dissipao do calor dosabsorvedores.

    Normalmente, ao uso de aquecimento solar de gua est associado outro tipo de aquecimento,eltrico ou gs, a fim de complementar o aquecimento em dias frios ou chuvosos.

    O coletor solar deve ser disposto voltado para o norte (nos pases do hemisfrio sul), para obter a

    maior incidncia dos raios solares, e inclinado, com relao horizontal, de um ngulo de 5 a 10 a mais dovalor da latitude do local. A Fig. 20 mostra um esquema de instalao de coletores solares.

    Fig. 20 Instalao de coletores solares

    Os tipos de instalao de coletores so os seguintes:

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    a) circulao natural (termossifo) em circuito aberto conforme Fig. 21, onde a gua circula portermossifo do coletor para o boiler e do boiler para o coletor, diz-se que o aquecimento da gua direto;

    b) circulao natural (termossifo) em circuito fechado conforme Fig. 21, onde um fluidoanticongelante circula por termossifo do coletor para o boiler e do boiler para o coletor, diz-se que oaquecimento da gua indireto;

    c) circulao forada em circuito aberto onde a gua circula por meio de bombeamento do boiler oureservatrio para o coletor; diz-se que o aquecimento da gua direto; acontece nos casos em queo boiler ou reservatrio se situa abaixo do coletor;

    d) circulao forada em circuito fechado onde um fluido anticongelante circula por meio debombeamento do boiler ou reservatrio para o coletor; diz-se que o aquecimento da gua indireto;acontece nos casos em que o boiler ou reservatrio se situa abaixo do coletor.

    Fig. 21 Coletores com circuito aberto e fechado

    Para o dimensionamento do coletor solar pode ser utilizada a expresso seguinte:

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    =I

    QS

    Onde:

    S rea do coletor em m2;

    Q quantidade de calor necessria em kcal/dia;I intensidade de radiao solar em kWh/m2x dia ou kcal x h/m2;

    - rendimento do aproveitamento da energia, estimado em 50%, para pr-dimensionamento.

    3.5.4 AQUECIMENTO CENTRAL DE EDIFCIOS

    Em certos edifcios mais econmica a instalao central de aquecimento da gua, em geral, notrreo ou no subsolo do prdio, com distribuio ascendente ou descendente.

    Neste caso os sistemas de distribuio de gua quente podem ser:

    1) Sistema ascendente sem circulao

    Como pode ser visto na Fig. 22 a gua fria entra na caldeira, atravs de uma coluna exclusiva, recebecalor de uma fonte quente (leo, gs, carvo ou eletricidade), transformando-se em vapor ou gua emalta temperatura, circulando atravs do tubo 1 em serpentina dentro do storage. A transmite o calor gua fria, que chega pelo tubo 3, perde calor e volta sob a forma lquida caldeira, pelo tubo 2. A guaaquecida no storagesobe aos pontos de consumo, atravs do tubo 4, auxiliada pela presso disponvelda caixa-dgua e pela diferena de densidade das guas quente e fria. Na cobertura deve ser instaladauma ventosa com extravasor para escapamento do excesso de vapor.

    Fig. 22 - Sistema ascendente sem circulao

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    2) Sistema ascendente com circulao por termossifo

    Como pode ser visto na Fig. 23 a gua quente sobe pelo tubo 4, retornando ao storagepelo tubo 5,auxiliada pela diferena de densidade entre a gua quente e a gua fria.

    Fig. 23 - Sistema ascendente com circulao por termossifo

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    3) Sistema descendente com bombeamento

    Como pode ser visto na Fig. 24 a gua quente recalcada at um barrilete na cobertura, de onde descepara os diversos pontos de utilizao por colunas. No pavimento trreo as colunas se juntam e retornampara o storage.

    Fig. 24 Sistema descendente com bombeamento

    Nos sistemas sem circulao economiza-se tubulao, mas a gua quente demora para chegar aoponto de utilizao, pois a mesma esfria na tubulao depois de certo tempo sem utilizao. Nos sistemascom circulao a gua quente sai pelo ponto de utilizao imediatamente.

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    UNIDADE 4 INSTALAES DE COMBATE A INCNDIOUNIDADE 4 INSTALAES DE COMBATE A INCNDIO

    4.1 GENERALIDADESAs instalaes de combate a incndio so aquelas que objetivam informar o incio do incndio e

    extingu-lo o mais rpido possvel, evitando que se propague.

    As instalaes de combate a incndio no Brasil obedecem s normas das seguintes entidades:

    Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalizao, DNSPC;

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas, ABNT NBR 13714 Instalaes Hidrulicascontra Incndio;

    Instituto de Resseguros do Brasil, Portaria n 21 de 05/06/76 e Circular n 19 de 06/03/78;

    Em Itajub, Decreto 1020 de 28/01/83 que regulamenta a Lei Municipal 1381 de 02/12/82 Normas de Preveno e Combate a Incndios no Municpio de Itajub.

    Um bom projeto das instalaes de combate a incndio deve objetivar:

    rapidez de entrada em funcionamento, quando solicitada;

    fcil e efetivo funcionamento;

    minimizao de danos at o socorro do Corpo de Bombeiros; permitir auxlio ao Corpo de Bombeiros, quando ele intervenha.

    4.2 CLASSIFICAO DOS INCNDIOS

    4.2.1 QUANTO NATUREZA DAS EDIFICAES E RISCO DE INCNDIO

    As normas de Preveno e Combate a Incndio do Municpio de Itajub, em seu Art. 21,estabelecem as classes de risco a seguir:

    CLASSE A riscos isolados, cuja classe de ocupao na tarifa de Seguro-Incndio do Brasil, seja 1 ou 2,excludos os Depsitos, que devem ser considerados como risco de Classe B;

    CLASSE B riscos isolados, cuja classe de ocupao na tarifa de Seguro-Incndio do Brasil, seja 3, 4, 5 ou

    6, bem como os Depsitos de Classe de ocupao 1 e 2;CLASSE C riscos isolados, cuja classe de ocupao na tarifa de Seguro-Incndio do Brasil, seja 7, 8, 9,10, 11, 12 ou 13.

    4.2.1 QUANTO NATUREZA DO FOGO A EXTINGUIR

    As normas de Preveno e Combate a Incndio do Municpio de Itajub, em seu Art. 22,estabelecem as categorias a seguir, em funo da natureza do fogo a extinguir:

    CATEGORIA I Incndio em materiais combustveis comuns, tais como madeira, tecidos, algodo, papis,etc.; cuja caracterstica o fogo que queima em profundidade e extenso e o agente extintor necessita depoder de resfriamento e penetrao;

    CATEGORIA II Incndio em lquidos inflamveis e derivados de petrleo (gasolina, leos, lcool, etc.); cujacaracterstica o fogo de superfcie, com grande desprendimento de calor e o agente extintor necessita de

    poder de abafamento e ao de permanncia;CATEGORIA III Incndio em equipamentos eltricos com carga; cuja caracterstica a presena de riscode vida e o agente extintor no deve ser condutor de eletricidade;

    CATEGORIA IV Incndio em metais como magnsio em aparas, em p, etc.; onde a extino deve serfeita por meios especiais.

    4.3 MEIOS DE EXTINO DE INCNDIOS

    4.3.1 - gua

    A gua o meio mais utilizado para extinguir incndios. empregada nos incndios de Categoria Ie, com algumas restries, nos incndios de Categoria II, e nos de Categoria III, quando desligada a fonte

    de energia.A gua utilizada pode provir das caixas de hidrante interno, dos hidrantes de passeio ou recalque,dos hidrantes de coluna ou de instalaes automticas chamadas Sprinklers.

    A gua pode ser utilizada sob as seguintes formas:

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    a) jato: chamado de jato slido ou jato denso. Usam-se bocais com ponteiras chamadas requintes, ligadasem mangueiras, que por sua vez so ligadas a encanamentos que constituem a rede de incndio. Asmangueiras so conectadas aos encanamentos atravs dos hidrantes. Em instalaes ao ar livre pode serutilizado um dispositivo denominado canho, que lana considerveis descargas de gua a grandesdistncias;

    b) asperso: empregam-se aspersores especiais, de funcionamento automtico, chamados sprinklers. Agua pulverizada forma um chuveiro sobre o local onde irrompeu o incndio, e o vapor dgua formado coma gua aspergida impede a passagem do oxignio;

    c) emulsificao: os leos combustveis, lubrificantes e de transformadores, as tintas, vernizes e algunslquidos inflamveis tornam-se incombustveis por meio da formao de uma emulso temporria com guasobre sua superfcie. Para conseguir isto o sistema mulsifire utiliza gua sob presso sobre a superfcie doleo, que so conduzidas por projetores, de onde a gua sai na forma de um cone em expanso, em gotasfinas muito dispersas, em alta velocidade e distribudas uniformemente sobre a rea visada pelo projetor. o impacto da gua sob essa forma atomizada, na superfcie, que cria a emulso. O acionamento do sistemamulsifire se fazautomaticamente por meio de detectores de fogo;

    d) pulverizao ou nebulizao: pode-se usar o canho com um esguicho de formato especial paralanamento de neblina. recomendada contra incndio em gases liquefeitos derivados do petrleo, pois aao da pulverizao com neblina causa resfriamento, abafamento e emulsificao da superfcie dos gasesliquefeitos.

    4.3.2 Espuma

    O sistema denominado espuma mecnica aconselhado para lquidos inflamveis, derivados depetrleo e solventes. obtido pela mistura com gua de um produto de base protenica e um agenteformador de espuma incide um jato de ar com o auxlio de um ejetor especial sobre a mistura.

    4.3.3 Freon 1301 Sistema Sphreonix

    O bromo-trifluormetano utilizado no combate a incndio de madeira, papis, algodo, tecidos,lquidos inflamveis, gasolina, gases inflamveis, centrais telefnicas, computadores, etc. Consiste de umgs, inibidor da reao de combusto, armazenado em recipiente colocado no teto sobre o local a protegere seu acionamento feito automaticamente por meio de detectores de fogo, que permitem que este gs,no venenoso, inunde o ambiente.

    4.3.4 Hallon 1301

    o mesmo gs e sua utilizao da mesma forma do sistema anterior.

    4.3.5 Gs Carbnico (dixido de carbono)

    um gs 1,5 vezes mais pesado que o ar, mau condutor de eletricidade, no txico e nemcorrosivo, mas pode causar asfixia, cegar e produzir queimaduras na pele pelo frio. usado para extinode incndio por substituir rapidamente o oxignio do ar. Ao ser liberado, seu volume pode expandir-se 450vezes.

    O CO2pode ser lanado sob a forma de gs, de neve ou de neblina. Seu emprego recomendadoem instalaes de computadores, equipamentos eltricos, transformadores, geradores, indstrias qumicas,cabines de pintura, tipografias, filmotecas, bibliotecas, museus, etc.

    4.3.6 P qumico seco

    basicamente composto por bicarbonato de sdio micropulverizado, tratado de modo a no

    absorver umidade. Consiste de um sistema formado por dois compartimentos, um contendo o p e outrocontendo ar ou CO2, que funciona como propelente do p.

    4.4 APLICAO DA GUA NO COMBATE A INCNDIOA presso mnima para se extinguir um incndio da ordem de 10 mca. Quando esta presso no

    pode ser atingida, ser obrigatria a utilizao de bombas de incndio, que devem ter, entre outras, asseguintes caractersticas :

    circuito eltrico independente das demais instalaes, com ligao antes da chave geral;

    acionamento automtico, mediante simples uso de qualquer aparelho das caixas de incndio;

    sistema de alarme, acionado simultaneamente com a bomba.

    4.4.1 Hidrante urbano ou de coluna

    um hidrante ligado rede de abastecimento da municipalidade. Permite a ligao direta dasmangueiras do Corpo de Bombeiros ou do mangote de aspirao da bomba do carro do Corpo deBombeiros. Sua instalao deve ser feita em distncias de aproximadamente 100 em 100 m, junto ao meio-

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    fio, pintado de vermelho e de responsabilidade do rgo competente do municpio encarregado doabastecimento de gua.

    exigido o hidrante de coluna nos casos de loteamentos, agrupamentos de edificaesunifamiliares com mais de seis casas ou lotes, agrupamentos residenciais multifamiliares e de grandesestabelecimentos.

    O hidrante completo consiste de dimetro de entrada de gua de 100 mm, registro oval de 100 mm,

    sadas de 63 mm adaptadas com conexes para engate rpido tipo storz, conforme Fig. 25.4.4.2 Hidrante de recalque ou de passeio

    um hidrante colocado, subterrneo, no passeio, que tem como objetivo recalcar a gua do edifciopara fora ou injetar gua para dentro do edifcio, pois est interligado rede de incndio do edifcio.

    Consiste de um registro de 63 mm de dimetro dotado de conexes para engate rpido tipo Storz,com tampo, encerrado em caixa metlica ou de alvenaria, com tampa metlica com a inscrio INCNDIO,conforme Fig. 26.

    4.4.3 Hidrante Interno ou Caixa de Hidrante

    um hidrante colocado internamente edificao, em nmero suficiente para atender toda a rea,levando em considerao que o comprimento mximo de mangueira permitido de 30 m (dois lances de 15m) e que o alcance do jato de, no mximo, 10 m.

    Consiste de um registro instalado na rede de incndio do prdio, com dimetro de 63 mm, dotado deadaptao com reduo para 38 mm, conexes para engate rpido tipo Storz e mangueiras de 38 mm dedimetro com esguicho e requinte; encerrados em caixa metlica na parede da edificao, com porta devidro com a inscrio INCNDIO, conforme Fig. 27.

    4.4.4 Mangueiras de Incndio

    So de 38 mm ou 63 mm de dimetro interno, flexveis, de fibra resistente umidade, revestidasinternamente de borracha, capazes de suportar presses mnimas de teste de 20 kgf/cm2, dotadas de juntastipo Storz e em lances de 15 m. So dotadas de esguicho com requinte comum (d forma cilndrica ao jato)ou regulvel, que possibilitar jato denso ou neblina, conforme Fig. 28.

    4.4.5 Sistema automtico

    um sistema hidrulico em cuja extremidade so montados dispositivos de asperso, depulverizao, emulsificao ou nebulizao, que entram em funcionamento a partir da deteco de fogo ou

    variao brusca de temperatura, por meio de ampola com gs que se expande com variao brusca detemperatura se quebrando e abrindo a sada de gua para os dispositivos, ao mesmo tempo que um alarmesonoro acionado.

    4.4 INSTALAO NO SISTEMA SOB COMANDO COM HIDRANTESNa Fig. 29 vemos uma instalao tpica de combate a incndio em edifcios. Note que o barrilete de

    incndio inteiramente separado do barrilete normal de distribuio do edifcio.

    A vlvula de reteno evita a entrada da gua no reservatrio superior, quando bombeada peloCorpo de Bombeiros por ocasio de incndio, atravs do hidrante de recalque.

    As colunas de incndioso de ferro galvanizado resistente presso de 18 kgf/cm2, com dimetro

    mnimo de 2 . No desenho, deve-se observar uma conveno que as diferencie das demais instalaes. Ascolunas juntam-se no pavimento trreo do edifcio e terminam no hidrante de recalque ou de passeio.

    O emprego de uma bomba de incndiode funcionamento automtico decorre de:

    construir-se um reservatrio elevado de menor capacidade;

    obter-se presso mnima exigida pela regulamentao do Corpo de Bombeiros.

    A partida da bomba de incndio deve se fazer automaticamente quando se abre qualquer hidrante,em virtude da queda de presso na rede hidrulica de incndio. Isto possvel atravs da instalao depressostato, conforme esquema apresentado na Fig. 30.

    Para determinao da descarga da bomba, que alimenta os diversos hidrantes internos, necessrio considerar a natureza da ocupao do prdio e o risco de incndio, conforme Tab. 14, a seguir:

    TABELA 14 DESCARGA DOS HIDRANTESClasse de risco Descarga (l/min)

    A 250

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    B 500

    C 900

    Para o clculo da potncia da bomba, deve ser previsto o funcionamento do hidrante maisdesfavorvel simultaneamente com o mais prximo a ele, com as vazes e presses previstas naregulamentao do Corpo de Bombeiros.

    A fim de se determinar a altura manomtrica que a bomba dever atender, deve-se calcular asperdas de carga na mangueira, desde o hidrante at o esguicho, e a perda de carga no encanamento. Pode-se adotar os seguintes valores para perdas de carga na mangueira:

    mangueira 38 mm J = 0,4 mca/m de mangueira para descarga de 250 l/min;

    mangueira 63 mm J = 0,15 mca/m de mangueira para descarga de 500 l/min;

    mangueira 63 mm J = 0,3 mca/m de mangueira para descarga de 900 l/min.

    e para a perda no encanamento adota-se a expresso de Fair-Whipple-Hsiao, j estudadaanteriormente.

    Para o clculo da presso necessria no requinte, em funo do dimetro do mesmo, usa-se aexpresso:

    pdQ =

    2

    7,29Onde:

    p = presso em psi;

    d = dimetro do requinte em pol;

    Q = vazo em gpm.

    Para o clculo da potncia da bomba utiliza-se a expresso:

    t

    manHQ

    P

    =

    75

    Onde:

    P potncia em CV;

    - peso especfico da gua em kgf/m3;Q vazo em m3/s;

    t rendimento total do conjunto moto-bomba.

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    Fig. 25 Hidrante de Coluna

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    Fig. 26 Hidrante de recalque

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    Fig. 27 Hidrante Interno

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    Fig. 28 Conexes de mangueiras de incndio

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    Fig. 29 Esquema de Instalao de Combate a Incndio em edifcio

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    Fig. 30 Esquema de instalao de bomba de funcionamento automtico

    4.5 INSTALAO DE SISTEMA AUTOMTICO COM SPRINKLERS

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    uma instalao bastante eficiente na extino e alarme contra incndios. O objetivo deste tipo deinstalao reagir ao princpio de incndio, atacando-o antes que se propague.

    uma instalao constituda de reservatrios, colunas, ramais e sub-ramais, na extremidade doqual existe, obstruindo a passagem da gua, uma ampola de vidro contendo um gs ou lquido altamenteexpansvel e sensvel ao calor; ou um fusvel. A Fig. 31 mostra os dois tipos de sprinklers. Quando oincndio se inicia, a elevao de temperatura faz romper a ampola dando passagem para a gua dainstalao, que jorra sob a forma de asperso com alta presso, equivalente presso esttica de umreservatrio de 125 m3instalado 11 m acima do ponto mais alto do prdio. No caso de sprinkler com fusvela passagem da gua se faz com o amolecimento do elemento de vedao, que composto por liga metlicacom baixo ponto de fuso.

    A ao do sprinkler se limita regio do incndio, com o que se procura limitar os estragos causadospela gua. Existem sprinklers de gases, tipo CO2, Hallon e Freon 1301, empregados quando a substncia oumaterial cujo incndio deve ser debelado desaconselharem o emprego da gua.

    A seleo do sprinkler pode ser feita com base nas Tabelas 15 e 16, em funo da temperatura defuncionamento.

    TABELA 15 SELEO DE SPRINKLER DE AMPOLA

    Classificao do sprinkler recomendado Temperatura ambiente mxima

    F C F C

    Cor do lquido naampola

    155 68 120 49 Vermelha175 79 140 60 Amarela

    200 93 165 74 Verde

    286 141 250 121 Azul

    360 182 320 160 Violeta

    440 227 440 204 Preta

    500 260 460 238 Preta

    TABELA 16 SELEO DE SPRINKLER COM ELEMENTO FUSVEL

    Temperatura de funcionamento C Temperatura ambiente C

    68 3893 63

    141 108

    182 149

    227 191

    O nmero de sprinklers por rea a ser protegida e a distncia entre eles depende do risco dainstalao, conforme dado na Tabela 17.

    TABELA 17 NMERO DE SPRINKLERS POR REA

    Riscos rea por sprinkler (m2

    ) Distncia entre sprinklers (m)Leves 18 4,50

    Ordinrios 9 4,00

    altos 8 3,50

    Obs: o espargimento de gua atinge crculos de 4,80 m de dimetro.

    Conhecido o nmero de sprinklers por rea, dimensiona-se o dimetro do sub-ramal e do ramalprincipal pela Tabela 18.

    Em cada sub-ramal deve haver no mximo seis sprinklers.

    Os sub-ramais e ramais normalmente so aparentes. As colunas tambm podem serdimensionadas com base na Tabela 18.

    As Normas de Preveno e Combate a Incndios do Municpio de Itajub exigem a instalao desistema automtico com sprinkler em:

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    edificaes comerciais com mais de 30 m de altura ou com rea construda maior que 5000m2 e risco de Classe B ou C;

    edificaes mistas com mais de 12 m de altura e mais de 1000 m2de rea comercial, nasreas no residenciais.

    TABELA 18 DIMETRO DOS TUBOS PARA REDE DE SPRINKLERS

    N de sprinklers

    Ao Cobre

    Dimetro do tubo (polegada)RISCOS LEVES

    2 2 1

    3 3 1

    5 5 1

    10 12 2

    30 40 2

    60 65 3

    100 115 3

    Acima de 100 (reas < 4800 m2) 4

    N de sprinklers

    Ao Cobre

    Dimetro do tubo (polegada)RISCOS ORDINRIOS

    2 2 1

    3 3 1

    5 5 1

    10 12 2

    20 25 2

    40 45 3

    65 75 3

    100 115 4

    160 180 5

    275 300 6

    400 - 8

    N de sprinklers

    Ao Cobre

    Dimetro do tubo (polegada)RISCOS ALTOS

    1 1 1

    2 2 1

    5 5 1

    8 8 2

    15 20 2

    27 30 3

    40 45 3

    55 65 4

    90 100 5

    150 170 6

    225 - 8

    A Tab. 19 fornece valores de descarga e presso em sprinklers em funo de seu dimetro.

    A Fig. 32 mostra vrias disposies das colunas (risers), ramais (cross main) e sub-ramais (branchlines) em instalaes de sprinklers.

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    TABELA 19 DESCARGA E PRESSO EM FUNO DO DIMETRO DO SPRINKLER

    Descarga do sprinkler (c/ coeficiente de descarga 0,8)

    Presso no sprinkler (kgf/cm2)

    Dimetro dosprinkler

    (polegada)

    rea do orifcio

    (cm2)

    0,35 0,70 1,05

    1/2 1,29 0,82 l/s 1,20 l/s 1,45 l/s

    5/8 2,00 1,32 l/s 1,83 l/s 2,27 l/s

    3/4 2,83 1,89 l/s 2,71 l/s 3,28 l/s

    Fig. 31 Sprinklers de ampola e de solda fusvel

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    Fig. 32 Esquemas de colunas, ramais e sub-ramais em redes de sprinklers

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    UNIDADE 5 INSTALAES PREDIAIS DE ESGOTOSUNIDADE 5 INSTALAES PREDIAIS DE ESGOTOS

    SANITRIOSSANITRIOS

    5.1 GENERALIDADES

    As instalaes de esgoto sanitrio destinam-se a coletar e encaminhar ao local indicado pelo poderpblico competente as guas servidas e despejos provenientes das edificaes, para fins higinicos.

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas, em sua norma NBR 8160 Instalao Predial deEsgoto Sanitrio, estabelece as diretrizes bsicas para projetos, com a seguinte finalidade:

    Rpido escoamento dos esgotos sanitrios;

    Fcil desobstruo;

    Impedimento de entrada de animais e gases para o interior da edificao;

    Impedimento de acmulo de gs no interior das tubulaes.

    5.2 DIVISO DA INSTALAO DE ESGOTO SANITRIO

    As instalaes de esgotamento sanitrio podem ser divididas, quanto possibilidade de acesso dosgases provenientes do coletor pblico ou dos dispositivos de tratamento, em duas partes:

    5.2.1 INSTALAO PRIMRIA

    Os gases provenientes do coletor pblico ou dos dispositivos de tratamento tm acesso a este tipode instalao. Fazem parte desta instalao os subcoletores prediais e o coletor predial.

    5.2.2 INSTALAO SECUNDRIA

    Os gases provenientes do coletor pblico ou dos dispositivos de tratamento no tm acesso a estetipo de instalao. Fazem parte desta instalao os ramais de descarga.

    Estas duas instalaes so separadas por um DESCONECTORque impede a passagem dos gasesda instalao primria para a secundria, atravs de um FECHO HDRICO, isto ,uma camada de lquidoque impede a passagem de gases, insetos, etc.

    A Fig. 33 mostra dois tipos de desconectores. A Fig. 34 mostra a terminologia empregada eminstalaes prediais de esgoto sanitrio.

    Fig. 33 Desconectores

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    Fig. 34a Terminologia

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    Fig. 34b Terminologia

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    5.3 CRITRIOS DE DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAESPara fins de dimensionamento das tubulaes a NBR 8160/ABNT estabelece as unidades Hunter de

    contribuio associadas aos aparelhos A unidade Hunter um nmero que leva em considerao aprobabilidade de uso simultneo dos diversos aparelhos sanitrios.

    A Fig. 35 mostra a instalao de esgoto de um banheiro, indicando as tabelas utilizadas paradimensionamento dos diversos tubos de esgoto, a seguir relacionados:

    RAMAL DE DESCARGA tubulao destinada a receber efluentes diretamente dos aparelhossanitrios;

    RAMAL DE ESGOTO - tubulao destinada a receber efluentes dos ramais de descarga;

    TUBO DE QUEDA - tubulao vertical destinada a receber efluentes de subcoletores, ramis deesgoto e ramais de descarga;

    SUBCOLETOR - tubulao destinada a receber efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramaisde esgoto;

    COLETOR PREDIAL - tubulao compreendida entre o sistema pblico ou particular de coleta delocal e a ltima insero de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga;

    RAMAL DE VENTILAO tubo de ventilao ligado a desconector ou ramal de descarga, por umlado, e coluna de ventilao ou tubo ventilador primrio, pelo outro lado;

    COLUNA DE VENTILAO tubo de ventilao vertical que tem a extremidade superior aberta atmosfera ou a tubo ventilador primrio;

    BARRILETE DE VENTILAO tubo horizontal que recebe dois ou mais tubos ventiladores, com aextremidade superior aberta para a atmosfera;

    TUBO DE VENTILAO - tubulao destinada a exausto dos gases e admisso de aratmosfrico no interior da instalao primria, para proteger os fechos hdricos dos desconectoresde ruptura e manter o escoamento livre nos condutos;

    TUBO VENTILADOR PRIMRIO prolongamento do tubo de queda com a extremidade superioraberta para a atmosfera.

    Fig. 35 Instalao de esgoto de banheiro

    As Tab. 20 a Tab. 25 so extradas da NBR 8160/ABNT Sistemas prediais de esgoto sanitrioProjeto e execuo e so utilizadas para o dimensionamento dos diversos tubos de esgoto.

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    Tabela 20 Unidades de Hunter de contribuio dos aparelhos sanitrios edimetro nominal mnimo dos ramais de descarga

    APARELHO SANITRIO

    NMERO DEUNIDADES DEHUNTER DE

    CONTRIBUIO

    UHC

    DIMETRO NOMINALMNIMO DO RAMAL

    DE DESCARGADN

    Bacia sanitria 6 100

    Banheira de residncia 2 40

    Bebedouro 0,5 40

    Bid 1 40

    Residencial 2 40Chuveiro

    Coletivo 4 40

    Residencial 1 40LavatrioDe uso geral 2 40

    Vlvula de descarga 6 75

    Caixa de descarga 5 50

    Descarga automtica 2 40Mictrio

    De calha 2(2) 50

    Pia residencial de cozinha 3 50

    Preparao 3 50Pia de cozinha industrial

    Lavagem de panelas 4 50Tanque de lavar roupas 3 40

    Mquina de lavar louas 2 50(3)

    Maquina de lavar roupas 3 50(3)

    Tabela 21 Dimensionamento de ramais de esgoto

    DIMETRO NOMINALMNIMO DO TUBO

    DN

    NMERO MXIMO DE UNIDADESDE HUNTER DE CONTRIBUIO

    UHC

    40 3

    50 6

    75 20

    100 160

    Tabela 22 Dimensionamento de tubos de queda

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    NMERO MXIMO DE UNIDADESDE HUNTER DE CONTRIBUIO

    DIMETRO NOMINALDO TUBO

    DN AT 3 PAVIMENTOS MAIS DE 3 PAVIMENTOS

    40 4 8

    50 10 24

    75 30 70

    100 240 500

    150 960 1900

    200 2200 3600

    250 3800 5600

    300 6000 8400

    Tabela 23 Dimensionamento de subcoletores e coletor predial

    NMERO MXIMO DE UNIDADES DE HUNTER DECONTRIBUIO EM FUNO DAS ECLIVIDADES MNIMAS

    %

    DIMETRONOMINALDO TUBO

    DN 0,5 1 2 4

    100 180 216 250

    150 700 840 1000

    200 1400 1600 1920 2300

    250 2500 2900 3500 4200

    300 3900 4600 5600 6700

    400 7000 8300 10000 12000

    Tabela 24 Distncia mxima de um desconector ao tubo ventilador

    DIMETRO NOMINAL

    DO RAMAL DE DESCARGADN

    DISTNCIA MXIMAm

    40 1,00

    50 1,20

    75 1,80

    100 2,40

    Tabela 25 Distncia mxima de um desconector ao tubo ventilador

    DIMETRO NOMINALDO TUBO DE QUEDA

    OU DO RAMAL DEDESCARGA

    DN

    NMERO MXIMODE UNIDADES DE

    HUNTER DECONTRIBUIO

    DIMETRO NOMINAL MNIMO DO TUBO DE VENTILAO

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    40 50 75 100 150 200 250 300

    COMPRIMENTO PERMITIDO m

    40 8 46

    40 10 30

    50 12 23 61

    50 20 5 46

    75 10 3 46 317

    75 21 10 33 247

    75 53 8 29 207

    75 102 8 26 189

    100 43 11 76 299

    100 140 8 61 229

    100 320 7 52 195

    100 530 6 46 177

    150 500 10 40 305

    150 1100 8 31 238

    150 2000 7 26 201

    150 2900 6 23 183

    200 1800 10 73 286

    200 3400 7 57 219

    200 5600 6 49 186

    200 7600 5 43 171

    250 4000 24 94 293

    250 7200 18 73 225

    250 11000 16 60 192

    250 15000 14 55 174

    300 7300 9 37 116 287

    300 13000 7 29 90 219

    300 20000 6 24 76 186

    300 26000 5 22 70 152

    Tabela 26 Dimensionamento de ramais de ventilao

    Grupo de aparelhos sem bacia sanitria Grupo de aparelhos com bacia sanitriaNmero de unidades deHunter de contribuio

    Dimetro nominal doramal de ventilao

    Nmero de unidades deHunter de contribuio

    Dimetro nominal doramal de ventilao

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    At 12 40 At 17 50

    13 a18 50 18 a 60 75

    19 a 36 75 - -

    5.4 DADOS PARA O PROJETO5.4.1 LOCALIZAO DOS APARELHOS

    De acordo com a planta arquitetnica, o instalador j se conscientiza da localizao dos diversosaparelhos, que deve obedecer funcionalidade, esttica e economia. sempre conveniente agruparem-seas instalaes sanitrias, tanto quanto possvel. conveniente seguir-se as seguintes recomendaes:

    Bacias sanitrias devero ficar prximas de janelas ou basculantes;

    As caixas sifonadas devero ficar em posio central s demais peas, nem sempre coincidindo com amelhor esttica;

    Chuveiro deve ficar em boxe prprio, a fim de se evitar acidentes ao instal-lo sobre banheiras.

    5.4.2 RAMAIS DE DESCARGA

    Depois de localizados os aparelhos, deve-se proceder ligao dos ramais de descarga, comosegue:

    Lavatrios, banheiras, chuveiros, bids e tanques de lavagem: a desconectores, canalizao primria(por meio de sifo) ou canalizao secundria;

    Pias de cozinha ou de copa: a caixas de gordura, tubo de gordura, canalizao primria (por meio deseparador de gordura) ou caixa de inspeo;

    Bacias sanitrias, mictrios e pias de despejos: canalizao primria ou caixa de inspeo.

    Nos trechos horizontais, a declividade mnima dos ramais de descarga deve ser 2% para DN igualou menor que 75 mm e 1% para DN igual ou maior que 100 mm.

    As mudanas de direo nos trechos horizontais devem ser feitas com peas com ngulo centraligual ou inferior a 45.

    5.4.3 RAMAIS DE ESGOTOOs ramais provenientes de bacias sanitrias ou pias de despejo sero sempre canalizaes

    primrias. Os ramais provenientes de mictrios s podero ser ligados a ralos ou caixas sifonadas comtampa cega e devem ser de chumbo ou outro material resistente urina.

    5.4.4 TUBOS DE QUEDA

    Devem ser o mais vertical possvel, sempre utilizando-se curvas de raio longo nas mudanas dedireo ou duas curvas de 45.

    Para os tubos de queda que recebem esgoto de aparelhos sanitrios que utilizam detergentes queprovoquem a formao de espuma, devem ser adotadas as solues previstas na NBR 8160/ABNT, item4.2.4.2.

    Os tubos de queda devero ser prolongados, com o mesmo dimetro, at acima da cobertura doprdio, para ventilao; porm, se estiverem servindo a at trs bacias sanitrias, podero ser de 75 mm.

    5.4.5 SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL

    Devem ter comprimento mximo de 15 m, espaando-se caixas ou peas de inspeo para permitirdesobstrues. Sempre que possvel, devero estar em reas livres ou comuns.

    5.4.6 CAIXAS DE GORDURA

    Em todos os prdios em que houver despejos gordurosos, tais como pias de cozinha, pias de copa,pias de laboratrio, etc., obrigatria a instalao de caixas de gordura.

    As caixas de gordura podem ser de concreto, alvenaria de tijolos ou ferro fundido, fechadashermeticamente com tampa de ferro removvel. Devem ser instaladas em locais de fcil acesso e com boascondies de ventilao.

    As pias de cozinha e outros aparelhos para despejos gordurosos instalados em vrios pavimentossobrepostos devem descarregar em tubos de queda exclusivos (tubos de gordura), que conduzam o esgotopara caixas de gordura coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura individuais nos andares.

    As caixas de gordura devem ser divididas em duas cmaras, uma receptora e outra vertedoura,separadas por um septo no removvel.

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    As caixas de gordura podem ser:

    a) Pequena (CGP), cilndrica, com as seguintes dimenses mnimas:

    - dimetro interno: 0,30 m;

    - parte submersa do septo: 0,20 m;

    - capacidade de reteno: 18 l;

    - dimetro nominal da tubulao de sada: DN 75;- utilizao: para apenas uma cozinha.

    b) Simples (CGS), cilndrica, com as seguintes dimenses mnimas:

    - dimetro interno: 0,40 m;

    - parte submersa do septo: 0,20 m;

    - capacidade de reteno: 31 l;

    - dimetro nominal da tubulao de sada: DN 75;

    - utilizao: para uma ou duas cozinhas.

    c) Dupla (CGD), cilndrica, com as seguintes dimenses mnimas:

    - dimetro interno: 0,60 m;

    - parte submersa do septo: 0,35 m;- capacidade de reteno: 120 l;

    - dimetro nominal da tubulao de sada: DN 100;

    - utilizao: para duas at doze cozinhas.

    d) Especial (CGE), prismtica de base retangular, com as seguintes caractersticas:

    - distncia mnima entre o septo e a sada: 0,20 m;

    - volume da cmara de reteno de gordura obtida pela frmula:

    V = 2 N + 20

    Onde:

    N nmero de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura noturno em que existe maior afluxo;

    V volume em litros.

    - altura molhada: 0,60 m;

    - parte submersa do septo: 0,40 m;

    - dimetro nominal da tubulao de sada: DN 100;

    - utilizao: para mais de doze cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas,hospitais, quartis, etc.

    5.4.7 CAIXAS E DISPOSITIVOS DE INSPEO

    O interior das tubulaes, embutidas ou no, deve ser acessvel por intermdio de dispositivos deinspeo.

    Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem ser respeitadas as seguintes

    condies:a) a distncia entre dois dispositivos de inspeo no deve exceder 25,0 m;

    b) a distncia entre a ligao do coletor predial com o pblico e o dispositivo de inspeo mais prximono deve exceder 15,0 m;

    c) os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitrias, caixas degordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeo, no devem sersuperiores a 10,0 m.

    Em prdios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeo no devem ser instaladas a menosde 2,00 m de distncia dos tubos de queda que contribuem para elas.

    As caixas de inspeo podem receber efluentes fecais, as caixas de passagem no.

    As caixas de inspeo devem ter:

    - profundidade mxima de 1,00 m;- forma prismtica, de base quadrada ou retangular, de lado interno mnimo de 0,60 m, ou

    cilndrica com dimetro mnimo igual a 0,60 m;

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    - tampa facilmente removvel, permitindo perfeita vedao;

    - fundo que assegure rpido escoamento e evite formao de depsitos.

    Os poos de visita devem ter:

    - profundidade maior que 1,00 m;

    - forma prismtica, de base quadrada ou retangular, de lado interno mnimo de 1,10 m, oucilndrica com dimetro mnimo de 1,10 m;

    - tampa facilmente removvel, permitindo perfeita vedao;

    - fundo que assegure rpido escoamento e evite formao de depsitos;

    - degraus que permitam o acesso ao seu interior;

    - duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 1,80 m, sendo a parte inferiorformada pela cmara de trabalho (balo) de altura mnima de 1,50 m, e a parte suiperiorformada pela cmara de acesso, ou chamin de acesso, com dimetro interno mnimo de0,60 m.

    As caixas de passagem devem ter:

    - quando cilndricas, dimetro mnimo de 0,15 m e quando de forma prismtica, permitir, nabase, inscrio de um crculo de dimetro mnimo de 0,15 m;

    - tampa cega, quando em esgoto primrio;

    - profundidade maior que 0,10 m;- tubulao de sada de dimetro mnimo igual a DN 50.

    5.4.8 INSTALAES DE RECALQUE

    Segundo a NBR 8160/ABNT, os efluentes de aparelhos sanitrios e de dispositivos instalados emnvel inferior ao do logradouro devem ser descarregados em uma ou mais caixas de inspeo, as quaisdevem ser ligadas a uma caixa coletora, disposta de modo a receber o esgoto por gravidade. A partir dacaixa coletora, por meio de bombas, devem ser recalcados para uma caixa de inspeo (ou poo de visita),ramal de esgoto ligado por gravidade ao coletor predial, ou diretamente ao mesmo, ou ao sistema detratamento de esgoto.

    No caso de esgoto proveniente unicamente da lavagem de pisos ou automveis, dispensa-se o usode caixas de inspeo, devendo , neste caso, os esgotos serem encaminhados a uma caixa sifonada de

    dimetro mnimo igual a 40 cm, a qual pode ser ligada diretamente a uma caixa coletora.No caso de recebimento de efluentes de bacias sanitrias, devem ser considerados os seguintesaspectos:

    caixa coletora com profundidade mnima de 0,90 m, entre o nvel da tubulao afluente mais baixa e ofundo, que deve ser inclinado, para facilidade de esvaziamento;

    ventilao da caixa coletora independente de qualquer outra ventilao do edifcio;

    devem ser instalados pelos menos dois grupos moto-bomba, para funcionamento alternado;

    estas bombas devem permitir a passagem de esferas de dimetro de 6 cm e ter dimetro de recalquemnimo de 75 mm.

    No caso de no recebimento de efluentes de bacias sanitrias, devem ser considerados os seguintesaspectos:

    caixa coletora com profundidade mnima de 0,60 m, entre o nvel da tubulao afluente mais baixa e ofundo, que deve ser inclinado, para facilidade de esvaziamento;

    estas bombas devem permitir a passagem de esferas de dimetro de 1,8 cm e ter dimetro de recalquemnimo de 40 mm.

    O volume til da caixa coletora pode ser determinado pela expresso:

    4

    tQV

    =

    Onde:

    Q vazo da bomba determinada em funo da vazo afluente de esgoto caixa coletora, em m 3/min;

    t intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor, em minutos, no devendo ser inferiora 10 min e nem superior a 30 min.

    As bombas devem ser automticas, comandadas por chaves-bia que acionam chaves magnticas,ligada ao circuito de emergncia, caso exista, e sempre com dispositivo de alarma indicativo de falha dosmotores.

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    5.4.9 VENTILAO

    Dentre outras, a NBR 8160/ABNT faz as seguintes recomendaes:

    a ventilao secundria, pode ser feita atravs de ramais e colunas de ventilao interligando ramais dedescarga ou de esgoto ventilao primria, ou atravs de dispositivos de admisso de ar (VAA)devidamente posicionados no sistema, como pode ser visto na Fig. 36;

    a extremidade aberta do tubo ventilador primrio ou coluna de ventilao, deve estar situada acima da

    cobertura, conforme orientaes da Fig. 37; nos desvios de tubo de queda que formem um ngulo maior que 45 com a vertical, deve ser prevista

    ventilao de acordo com uma das alternativas indicadas na Fig. 38;

    o ramal de ventilao deve se conectar coluna de ventilao atravs da ala de ventilao, conformemostrado na Fig. 39;

    quando no for possvel ventilar o ramal de descarga da bacia sanitria, ligada diretamente ao tubo dequeda, o tubo de queda deve ser ventilado conforme Fig. 40;

    dispensada a ventilao do ramal de descarga da bacia sanitria quando for feita disposio conformeFig. 41;

    bacias sanitrias instaladas em bateria devem ser ventiladas por um tubo ventilador de circuito ligando acoluna de ventilao ao ramal de esgoto na regio entre a ltima e a penltima bacias sanitrias,conforme mostra a Fig. 42.

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    a) Dispositivos de admisso de ar

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    b) Dispositivos de admisso de ar

    c) Ramais e colunas de ventilao

    Figura 36 Exemplos de sistemas prediais de esgoto sanitrio com ventilao secundria

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    Figura 37 Prolongamento do tubo de queda ou coluna de ventilao

    Figura 38 Desvio de tubo de queda

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    Figura 39 Ligao de ramal de ventilao

    Figura 40 Ligao de ramal de ventilao quando da impossibilidade de ventilao do ramal de descargada bacia sanitria

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