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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

48554.000100/2016-00

Nota Técnica n°0003/2016–SRD/ANEEL

Em 20 de dezembro de 2015.

Processo: 48500.004357/2003-51. Assunto: Proposta de abertura de Audiência Pública, com vistas a colher subsídios e informações adicionais para revisão do Plano de Universalização da área rural da Amazonas Distribuidora de Energia S/A – Eletrobras Amazonas Energia – período a partir de 2015.

I. DO OBJETIVO 1. Submeter à Audiência Pública a proposta de revisão do Plano de Universalização da área

rural da Eletrobrás Amazonas Energia para o período a partir de 2015.

II. DOS FATOS 2. O Despacho no 726, de 12 de março de 2013, aprovou a última revisão do plano de universalização rural da Eletrobras Amazonas Energia, definindo o ano de 2018 como ano limite para alcance da universalização rural, conforme análise feita pela Nota Técnica no 32/2012-SRC/ANEEL. 3. O Despacho no 1.992, de 25 de junho de 2014, definiu o ano limite de universalização rural dos municípios da Eletrobras Amazonas Energia, observadas as regras definidas pela Resolução Normativa no 563, de 9 de julho de 2013, e a análise da Nota Técnica no 24/2014-SRC/ANEEL.

4. Em 31 de dezembro de 2014, o Decreto no 8.387/2014 alterou o Decreto no 7.520/2011, prorrogando o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica - “LUZ PARA TODOS” - PLPT, até o ano de 2018. 5. Em 20 de março de 2015, por meio de correspondência eletrônica, posteriormente ratificada pelo Ofício no 062/2015-DPUE/SEE-MME, de 11 de maio de 2015, o Ministério de Minas e Energia – MME, encaminhou à ANEEL as metas do PLPT até o ano de 2018.

6. Em 15 de julho de 2015, o Decreto no 8.493/2015 alterou o Decreto no 7.520/2011, estabelecendo que os atendimentos às regiões remotas dos Sistemas Isolados devem ser contratados pelo Programa “LUZ PARA TODOS”.

Fl. 2 da Nota Técnica n° 0003/2016-SRD/ANEEL, de 20/01/2016


7. Em 28 de setembro de 2015, por meio da correspondência CTA – PR nº 339/2015, a Eletrobras Amazonas Energia protocolou na ANEEL solicitação de prorrogação do prazo limite para Universalização do Estado do Amazonas, de 2018 para 2025.

8. Em 13 de novembro de 2015, a Eletrobras Distribuição Amazonas enviou, por meio da correspondência CTA – PRE nº 065/2015, complemento à sua proposta de revisão do plano de universalização.

9. Em 30 de novembro de 2015, em reunião ocorrida no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para acompanhamento do PLPT, o MME atualizou as informações sobre as metas do programa em fase de contratação para a Eletrobras Amazonas Energia até o ano de 2018. III. DA ANÁLISE 10. A Eletrobras Amazonas Energia já se encontra completamente universalizada na área urbana. Na área rural, o ano limite para alcance da universalização é 2018, conforme Despacho no 726/2013. A definição do ano limite de universalização por município foi feita pelo Despacho no 1.992/2014, sendo resumida na tabela a seguir:

Tabela 1 – Quantidade de municípios universalizados na área rural a cada ano

Ano de Universalização Rural Quantidade de

Municípios

Universalizado 1

2014 0

2015 2

2016 0

2017 0

2018 59

TOTAL 62

11. Na tabela acima, o município universalizado é a capital Manaus, sendo que os dois municípios com previsão de universalização em 2015 eram Iranduba e Urucará. 12. Em relação ao PLPT, o MME informou à ANEEL, por meio do Ofício no 062/2015-DPUE/SEE-MME, a seguinte situação para a Eletrobras Amazonas Energia:

Tabela 2 – PLPT - Realizado de 2011 a 2014 e Prorrogação dos Contratos

PLPT 2011 a 2014 Prorrogação dos Contratos

Metas Realizado % 2015 2016 2017 2018 TOTAL

49.082 39.892 81,28% 4.002 8.939 - - 12.941



13. Adicionalmente, o MME informou à ANEEL que está em fase de assinatura de um novo termo de compromisso com a Eletrobras Amazonas Energia, prevendo a realização de 28.581 ligações por meio de rede convencional, que serão contratadas na 8ª e 9ª Tranche do Programa, e 14.500 ligações por meio de sistemas de geração para o atendimento das demandas nas regiões remotas dos Sistemas Isolados. A tabela a seguir apresenta a informação atualizada pelo MME:

Tabela 3 – PLPT - Prorrogação dos Contratos – Atualização MME em 30/11/2015 Prorrogação dos Contratos

Tranches 2015 2016 2017 2018 TOTAL

7ª 4.002 8.939 - - 12.941

8ª. e 9ª 6.849 10.852 10.880 28.581

Isolado 2.042 5.701 6.757 14.500

TOTAL 4.002 17.830 16.553 17.637 56.022

14. A proposta de revisão do plano de universalização rural da Eletrobras Amazonas Energia será apresentada no item III.1, sendo relacionadas nos itens de III.1.1 a III.1.6 o resumo das principais informações enviadas e no item III.1.7 as justificativas técnicas e econômicas para a revisão. No Anexo I é apresentada a minuta de resolução homologatória a ser submetida para apreciação da Diretoria para a realização da audiência pública. III.1 DA PROPOSTA PARA REVISÃO DO PLANO DE UNIVERSALIZAÇÃO III.1.1 Do histórico de ligações na área rural 15. A tabela a seguir resume o histórico da quantidade de ligações realizadas pela Eletrobras Amazonas Energia na área rural, por ano, conforme consta em sua proposta de revisão:

Tabela 4 – Histórico de ligações na área rural

Ano

Histórico de Ligações

Recursos Próprios

Luz para Todos TOTAL

2010 0 19.763 19.763

2011 0 19.106 19.106

2012 0 10.029 10.029

2013 0 8.430 8.430

2014 0 8.245 8.245

2015 (até agosto) 0 3.614 3.614

TOTAL 0 69.187 69.187

Média (2010-2014) 0 13.115 13.115

16. Da tabela acima, observa-se que a Eletrobras Amazonas Energia executou em média, no período 2010 a 2014, 13.115 ligações por ano, sendo todas com recursos do PLPT. No período de 2011 até agosto de 2015 a Eletrobras Distribuição Amazonas efetuou 49.424 ligações na área rural.



III.1.2 Do estoque de ligações na área rural ainda não atendidas 17. Em sua proposta de revisão a Eletrobras Amazonas Energia não encaminhou cadastro de solicitações não atendidas. Informou que possui um cadastro contendo poucas solicitações não georreferenciadas que não são relevantes. 18. Apesar de não informar o cadastro de solicitações a serem atendidas, a distribuidora propõe atender 38.778 unidades consumidoras por sistema convencional e 49.090 por meio de sistema de geração individual, totalizando 87.868 ligações, sendo que a proposta é que todos esses atendimentos sejam realizados pelo PLPT até o ano de 2025. 19. Conforme disposto no art. 3º da Resolução Normativa nº 488/2012, caso a distribuidora não encaminhe o seu cadastro de solicitações não atendidas na área rural, serão utilizadas pela ANEEL as informações do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A tabela a seguir resume as informações sobre a existência de energia elétrica nos domicílios particulares permanentes identificados pelo Censo 2010 do IBGE no estado do Amazonas:

Tabela 5 – Censo IBGE 2010 - Amazonas

Domicílios particulares permanentes

Total

Existência de energia elétrica

Tinham

Não tinham Sem

declaração Total De companhia distribuidora

De outra fonte

140.899 92.059 47.556 44.503 48.840 62

% 65,34% 33,75% 31,59% 34,66% 0,04%

20. Dessa forma, de acordo com as informações do CENSO 2010, 48.840 domicílios não tinham energia na área rural e, 44.503 tinham energia de outra fonte, o que representava, em 2010, uma demanda potencial para atendimento de 93.343 domicílios. 21. Da diferença calculada município a município entre o quantitativo de 93.343 domicílios com necessidade de atendimento pela concessionária, obtido do Censo 2010 do IBGE, e do histórico de ligações realizado no período de 2011 a julho/2015, informado pela própria concessionária, estima-se uma demanda da ordem de 49.395 ligações rurais ainda ser realizada. Entretanto, será considerado para a revisão do plano de universalização da Eletrobras Distribuição Amazonas a meta de 56.022 ligações para o período de 2015 a 2018, que é o número informado pelo MME para o PLPT e supera o quantitativo apurado considerando apenas os números do IBGE.



III.1.3 Do índice de atendimento por município

22. O art. 4o, § 5º-A da Resolução Normativa no 488/2012 estabelece que a universalização em cada Município deverá ser alcançada em função do Índice de Atendimento rural do município, estimado por meio das informações do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e, quando houver, do cadastro informado pela distribuidora das solicitações não atendidas na área rural.

23. A Eletrobras Amazonas Energia fez o cálculo do índice de atendimento rural para todos os seus 62 municípios, a qual é resumida na tabela a seguir:

Tabela 6 – Quantidade de municípios e índice de atendimento rural – cálculo concessionária

ÍNDICE DE ATENDIMENTO RURAL DO MUNICÍPIO

QUANTIDADE DE MUNICÍPIOS

%

Ia > 99,00% 0 0,0%

97,00% < Ia ≤ 99,00% 0 0,0%

93,00% < Ia ≤ 97,00% 0 0,0%

89,00% < Ia ≤ 93,00% 1 1,6%

80,00% < Ia ≤ 89,00% 5 8,1%

Ia ≤ 80,00% 56 90,3%

TOTAL 62

24. De acordo com o art. 4o, § 5º-A da Resolução Normativa no 488/2012, municípios com índice de atendimento acima de 99% são considerados universalizados. Conforme cálculo do índice de atendimento feito pela Eletrobras Amazonas Energia, nenhum município estaria universalizado até o momento, entretanto, ressalta-se que o município de Manaus já foi declarado universalizado por meio do Despacho no 1.992/2014.

25. A partir das considerações feitas no item III.1.2, o cálculo do índice de atendimento rural dos municípios da Eletrobras Amazonas Energia foi refeito, sendo realizado de duas formas diferentes. Na primeira, utilizando-se exclusivamente as informações do Censo 2010 do IBGE, o cálculo utilizou a seguinte expressão:

IBGE

IBGE

Domicílios

HistoricoEnergiaSemDomiciliosIa 20152011__

1

Onde,

DomicíliosIBGE = quantidade total de domicílios rurais identificada pelo Censo 2010 do IBGE no município.



Domicílios_Sem_EnergiaIBGE = quantidade de domicílios rurais sem energia ou com energia de outra fonte que não a concessionária identificados pelo Censo 2010 do IBGE no município. Histórico2011-2015 = número de ligações realizadas na área rural no período de 2011 a agosto de 2015 no município.

26. A segunda forma de cálculo utilizou as metas do PLPT para o período de 2015 a 2018 em contraposição ao Censo 2010, por meio da seguinte expressão:

PLPTHistóricoDomicílios

PLPTIa

IBGE

20152011

1

Onde,

PLPT = metas do PLPT de redes convencionais no período 2015 a 2018 DomicíliosIBGE = quantidade total de domicílios rurais identificada pelo Censo 2010 do IBGE no município. Histórico2011-2015 = número de ligações realizadas na área rural no período de 2011 a agosto de 2015 no município.

27. A tabela a seguir resume os resultados obtidos para o índice de atendimento rural por município e compara com o cálculo realizado pela concessionária:

Tabela 7 – Quantidade de municípios e índice de atendimento rural recalculado

ÍNDICE DE ATENDIMENTO

RURAL DO MUNICÍPIO

Cálculo Eletrobras Amazonas Energia

Cálculo SRD Met. 1 - IBGE

Cálculo SRD Met. 2 - PLPT

QTDE DE MUNICÍPIOS

% QTDE DE

MUNICÍPIOS %

QTDE DE MUNICÍPIOS

%

Ia > 99,00% 0 0,0% 9 14,5% 1 1,6%

97,00% < Ia ≤ 99,00% 0 0,0% 1 1,6% 3 4,8%

93,00% < Ia ≤ 97,00% 0 0,0% 5 8,1% 8 12,9%

89,00% < Ia ≤ 93,00% 1 1,6% 1 1,6% 11 17,7%

80,00% < Ia ≤ 89,00% 5 8,1% 4 6,5% 20 32,3%

Ia ≤ 80,00% 56 90,3% 42 67,7% 19 30,6%

TOTAL 62 62 62



III.1.4. Da revisão das metas 28. A tabela a seguir apresenta a proposta de revisão de metas de universalização encaminhada pela Eletrobras Amazonas Energia:

Ano Recursos Próprios Luz para Todos

TOTAL

Convencional Sistemas de

Geração Convencional

Sistemas de Geração

2015 5.002 0 5.002

2016 12.043 2.042 14.085

2017 10.853 5.701 16.554

2018 10.880 6.757 17.637

2019 5.527 5.527

2020 5.088 5.088

2021 4.888 4.888

2022 4.893 4.893

2023 4.821 4.821

2024 4.500 4.500

2025 4.873 4.873

TOTAL 0 0 38.778 49.090 87.868

29. Da comparação da tabela 2 com a tabela 8, observa-se uma diferença no PLPT nos anos de 2015 e 2016 entre a informação da Eletrobras Amazonas Energia e a do MME. Ressalta-se que as metas do PLPT devem ser incorporadas ao plano de universalização, conforme art. 4o, §3o da Resolução Normativa no 488/2012, e alterações somente podem ocorrer após a repactuação entre a concessionária e o MME, o que faz com que as novas metas passem a ser consideradas para efeitos de acompanhamento e fiscalização. Eventuais dúvidas podem ser dirimidas durante a realização da audiência pública. 30. Em relação ao período de 2019 a 2025, para o qual a Eletrobras Amazonas Energia propõe a execução de 34.590 ligações por meio de sistemas de geração pelo PLPT, observa-se que o mesmo não pode ser validado, uma vez que a concessionária não possui metas contratadas nesse quantitativo nem tampouco apresentou cadastro de solicitações que justifique esse adicional em relação aos números obtidos pela análise a partir do Censo 2010 do IBGE.

31. A próxima tabela, por sua vez, apresenta as informações da Eletrobras Amazonas Energia quanto às obras a serem executadas a partir de 2015:



Tabela 9 – Informações sobre extensão de rede e transformadores

Ano Ext. Rede < Ext. Rede ≥ Qtde Potência

2,3 kV (km) 2,3 kV (km) Trafos (kVA)

2015 38,01 1.263,13 2.774 15988

2016 156,09 1.963,97 6.679 38493

2017 280,11 3.344,83 6.019 34690

2018 316,44 3.450,22 6.034 34776

2019 176,65

2020 162,62

2021 156,23

2022 156,39

2023 154,09

2024 143,83

2025 155,75

TOTAL 1.896,20 10.022,15 21.506 123.947

32. A tabela a seguir apresenta o resumo da proposta da Eletrobras Amazonas Energia para o ano de universalização dos 62 municípios em comparação com o plano vigente:

Tabela 10 – Ano proposto para os municípios

Ano de Universalização Rural Despacho no 1.992/2014 Proposta Eletrobras

Distribuição Amazonas

Universalizado 1 0

2014 0 0

2015 2 0

2016 0 1

2017 0 0

2018 59 15

2019 --- 2

2020 --- 2

2021 --- 1

2022 --- 1

2023 --- 0

2024 --- 1

2025 --- 39

TOTAL 62 62

33. O município que a Eletrobras Amazonas Energia pretende universalizar em 2016 é Japurá. A proposta da concessionária para a capital Manaus é a universalização na área rural em 2018.



III.1.5. Dos custos por ligação e investimentos totais 34. A Eletrobras Amazonas Energia apresentou em sua proposta, os seguintes custos médios para realização das ligações:

Tabela 11 – Custos médios de ligação

Ano

Recursos Próprios Luz para Todos




2015 13.809,95

2016 15.163,33 57.010,35

2017 16.649,33 57.010,35

2018 18.280,97 57.010,35

2019 57.010,35

2020 57.010,35

2021 57.010,35

2022 57.010,35

2023 57.010,35

2024 57.010,35

2025 57.010,35

Custo Médio 0 0 15.975,89 57.010,35

35. A tabela a seguir apresenta os investimentos totais informados pela Eletrobras Amazonas Energia para o alcance da universalização rural em sua área de concessão:

Tabela 12 – Investimentos totais informados pela Eletrobras Amazonas Energia

Ano CDE (R$)

Financiamento (R$)

Recursos Próprios (R$)

TOTAL (R$)

2015 69.077.369,90 69.077.369,90

2016 299.027.058,88 299.027.058,88

2017 505.711.194,26 505.711.194,26

2018 584.115.838,44 584.115.838,44

2019 315.096.204,45 315.096.204,45

2020 290.068.660,80 290.068.660,80

2021 278.666.590,80 278.666.590,80

2022 278.951.642,55 278.951.642,55

2023 274.846.897,35 274.846.897,35

2024 256.546.575,00 256.546.575,00

2025 277.811.435,55 277.811.435,55

TOTAL 3.429.919.467,97 3.429.919.467,97

36. De acordo com o MME, no PLPT os custos médios unitários por ligação por meio de rede convencional e por sistemas de geração seriam de R$ 14.301,37 e de R$ 39.550,27, respectivamente. Assim, considerando as 56.022 ligações informadas pelo MME para o PLPT da tabela 3, os investimentos necessários para a execução do programa seriam da ordem de R$ 1,17 bilhões.



III.1.6. Da forma de divulgação 37. O art. 4o, XII da Resolução Normativa no 488, de 2012, estabelece que a proposta de revisão do plano de universalização deve conter as formas de divulgação do plano de universalização para as populações a serem atendidas. 38. Sobre essa questão a Eletrobras Amazonas Energia informa que a divulgação ocorrerá por meio de panfletagem em pontos estratégicos das localidades (feiras, semáforos, praças, agências), reuniões nas localidades com representantes e comunitários, carros de som, sistemas de rádio difusão e parceria junto a órgãos que atuam nas localidades como: TRE, IBGE, INCRA, SUSAM, SUCAM, FVS, SPF, IDAM, SDS.

III.1.7 Das justificativas técnicas e econômicas para a revisão do plano de universalização

39. A Eletrobras Amazonas Energia argumenta que a sua área de concessão ainda não se encontra universalizada e relaciona os seguintes fatores que contribuíram para essa situação:

- Condições críticas para a logística de transporte de material e mão de obra; - Falta de portos adequados, para descarregamento dos materiais e equipamentos;

- Falta de malhas viárias para ampliação de rede de distribuição;

- Limitação das empresas locais para executar as obras dentro do período contratual;

- Pouco interesse de empresas de outros estados em trabalhar no Estado do Amazonas;

- Anomalias climáticas registradas, como marcas extremas de cheia e de seca dos rios.

- Prazo requerido para aprovação dos Planos de Obras, do Programa Luz para Todos;

- A baixa quantidade de empresas com capacidade técnica e financeira para execução das obras;

- A dificuldade de logística totalmente atípica do Estado do Amazonas;

- O desconhecimento das peculiaridades regionais pelas potenciais interessadas; e

- A demanda aquecida de materiais e equipamentos no mercado nacional.

40. Além disso, a concessionária argumenta que para universalizar sua área de concessão até 2018 teria que executar investimentos da ordem de R$ 1,14 bilhões de reais por ano e que, considerando que sua a capacidade de investimento estaria ligada aos processos de licitar, contratar, fiscalizar, medir, faturar e pagar, sem levar em conta a capacidade de execução das contratadas, não seria razoável imaginar que conseguiria aumentar a capacidade de investimentos, nesta cadeia de processo, em um prazo tão curto.



41. Dessa forma, argumenta ainda que, a partir de 2018, continuará dependendo dos recursos provenientes do Programa Luz para Todos para o alcance da universalização em sua área de concessão. III.2 DA ANÁLISE DA PROPOSTA

42. Inicialmente, importa destacar que a ANEEL já procedeu à revisão do ano de universalização da Eletrobras Amazonas Energia (antigas Manaus Energia e CEAM) em três ocasiões, conforme demonstrado na tabela a seguir, sendo que nas duas primeiras revisões o ano de universalização estava vinculado à execução do Programa Luz para Todos e, na última revisão admitiu-se, excepcionalmente, conforme previsão do art. 4o, §6o da Resolução Normativa no 488/2012, um prazo adicional de 4 (quatro) anos em relação ao PLPT, conforme segue:

Tabela 14 – Histórico de revisões do ano limite para o alcance da universalização rural da Eletrobras

Distribuição Amazonas

Revisão

Eletrobras Amazonas Energia

Ano de Universalização Rural

Observação

--- 2013 Previsão inicial Resolução no 223/2003

1 2008 Antecipado considerando o Decreto no 4.873/2003 Resolução Normativa no 175/2005

2 2010 Prorrogado considerando o Decreto no 6.442/2008 Resolução Normativa no 365/2009

3 2018 Prorrogado considerando o Decreto no 7.520/2011 Resolução Normativa no 488/2012

43. Com a nova prorrogação do PLPT até 2018, a partir da publicação do Decreto no 8.387/2014, torna-se necessária a verificação da adequação do plano de universalização rural em curso, considerando, entre outros aspectos, a capacidade técnica, econômica e financeira da concessionária para o atendimento das metas de universalização. 44. Nesse sentido, a tabela abaixo resume a análise feita nos itens anteriores:



Tabela 15 – Resumo das informações da proposta de revisão do plano de universalização

Item

Obras com Recursos Próprios

Obras do Programa Luz para Todos

Convencional Sistemas

de Geração Convencional


Média anual de execução 2010 a 2014 (III.1.1)

0 0 13.115 0

Estoque (III.1.2) 0 0 41.522 14.500

Custos Médios por ligação em R$ (III.1.5) 14.301,37 39.550,27

Investimento estimado total em R$ (III.1.5) 0,00 1.167.300.400,14

45. Logo, considerando as informações da Tabela 15, estima-se que a execução das ligações necessárias para o alcance da universalização rural na Eletrobras Distribuição Amazonas impacte cerca de 1,4% a receita da distribuidora. 46. Ressalta-se que essa simulação é de caráter meramente indicativo, apenas para sinalização da ordem de grandeza dos impactos decorrentes da execução das obras, bem como para avaliação da necessidade de maior análise quanto à realocação das fontes de recursos dos investimentos para o alcance da universalização.

47. Os valores utilizados para simulação não implicam também sua prévia aprovação ou concordância da ANEEL, uma vez que os programas de obra devem ser submetidos para a análise do MME e da Eletrobras.

48. Assim, considerando a análise realizada, propõe-se manter como 2018 o ano limite para universalização rural da Eletrobras Amazonas Energia, com a meta de 56.022 ligações informada pelo MME para o PLPT para os anos de 2015 a 2018. Ressalta-se que tal meta é suficiente, conforme demonstrado no item III.1.2, para o atendimento da quantidade de domicílios com necessidade de atendimento pela distribuidora, considerando as informações do Censo 2010 do IBGE e o histórico das ligações realizadas pela concessionária até julho/2015.

49. A tabela a seguir resume as metas propostas para a revisão do plano de universalização da Eletrobras Amazonas Energia:



Tabela 16 – Metas para revisão do plano de universalização

Ano Recursos Próprios Luz para Todos

TOTAL




2015 4.002 0 4.002

2016 15.788 2.042 17.830

2017 10.852 5.701 16.553

2018 10.880 6.757 17.637

TOTAL 41.522 14.500 56.022

50. Logo, opta-se, em princípio, por acatar parcialmente a proposta da Eletrobras Amazonas Energia, mantendo o cronograma de alcance da universalização da área rural com ligações por meio de rede convencional até 2018, conforme nova meta informada pelo MME. Para as ligações que dependam da implantação de sistemas de geração, propõe-se também a adoção da meta do PLPT até 2018, considerando que a Eletrobras Amazonas Energia não encaminhou cadastro nem possui demanda identificada com o levantamento do Censo 2010 do IBGE que justifique a prorrogação até o ano de 2025. 51. Adicionalmente, a exemplo do que foi aprovado para a Celpa por meio da REH nº 1.995/2015, propõe-se que para a Eletrobras Amazonas Energia também seja segregado o ano limite para o alcance da universalização rural de um determinado município em duas partes, uma para o atendimento por meio de redes convencionais e outra para o atendimento por meio de sistemas de geração.

52. Isso faria com que as solicitações de atendimento localizadas na área rural e próximas das redes existentes pudessem ter um ano para o alcance da universalização antecipado, enquanto as ligações em que a solução para o atendimento indicasse a necessidade de implantação de sistemas de geração pudesse ser tratada de forma diferenciada. A vantagem para a população é que, uma vez atingido o ano de universalização rural para a execução das ligações por meio de rede convencional, solicitações adicionais que se enquadrem nesse tipo de atendimento passariam a ser realizadas de acordo com os prazos e condições estabelecidos nas Condições Gerais de Fornecimento. A medida também é benéfica para a distribuidora, pois cria um prazo adicional para execução das ligações de maior complexidade e custo, que dificilmente seriam executadas no mesmo prazo das demais ligações.

53. Para delimitar o que seria considerado como atendimento por meio de rede convencional e o que seria realizado por meio de sistemas de geração, propõe-se a utilização dos conceitos de regiões remotas do art. 2o, II do Decreto no 7.246, de 2010 e os critérios estabelecidos no art. 8o da Resolução Normativa no 488/2012.

54. Avalia-se que essa segregação do prazo de universalização da área rural está em harmonia com o art. 14, II da Lei no 10.438/2002, marco legal da universalização, que estabelece que nas áreas denominadas de “progressivamente decrescentes”, o atendimento poderá ser diferido para horizontes temporais estabelecidos pela ANEEL:



“Art. 14 [...]

II - áreas, progressivamente decrescentes, no interior das quais o atendimento em tensão inferior a 2,3kV, ainda que necessária a extensão de rede primária de tensão inferior ou igual a 138kV, e carga instalada na unidade consumidora de até 50kW, poderá ser diferido pela concessionária ou permissionária para horizontes temporais preestabelecidos pela ANEEL, quando o solicitante do serviço, que possuir característica de enquadramento no Grupo B, excetuado o subgrupo iluminação pública, e que ainda não for atendido com energia elétrica pela distribuidora local, será atendido sem ônus de qualquer espécie.”

55. Para definição do ano limite de universalização rural por município para ligações por meio de rede convencional, será utilizada como regra geral a definição do art. 4º, §5º-A, II da REN nº 488/2012, que estabelece uma correlação do ano limite com o índice de atendimento rural, conforme tabela a seguir, que já apresenta o resumo dos resultados da Tabela 7:

Tabela 17 – Art. 4º, §5º-A, II da REN nº 488/2012

ÍNDICE DE ATENDIMENTO RURAL DO MUNICÍPIO (Ia)

ANO MÁXIMO PARA ALCANCE DA UNIVERSALIZAÇÃO NO

MUNICÍPIO


Ia > 99,00% Universalizado 1

97,00% < Ia ≤ 99,00% 2014 3

93,00% < Ia ≤ 97,00% 2015 8

89,00% < Ia ≤ 93,00% 2016 11

80,00% < Ia ≤ 89,00% 2017 20

Ia ≤ 80,00% 2018 19

TOTAL 62

56. A tabela acima indica que 1 município deve ser declarado universalizado: o município de Santa Isabel do Rio Negro, com Ia acima de 99%. Da análise da situação do município, observa-se a indicação pela concessionária de uma pequena demanda a ser atendida pelo PLPT, o que não prejudica a declaração como universalizado. 57. Para os demais 11 (onze) municípios da tabela acima que deveriam estar universalizados até 2015 (3 em 2014 e 8 em 2015), pondera-se não ser possível exigir da distribuidora um novo planejamento para o ano de 2015, de modo que se propõe a definição do ano de 2016 como limite para universalização rural.



58. Adicionalmente, avalia-se que o município de Manaus deve ser permanecer universalizado na área rural, conforme definição já feita pelo Despacho nº 1.992/2014. Observa-se, inclusive, que Manaus foi o único município declarado universalizado pelo Despacho 1.992/2014, e que contra essa decisão a Eletrobras Amazonas Energia não interpôs recurso administrativo. Da análise do histórico de atendimento no município no período de 2011 a 2015, se verifica que a quantidade de ligações realizada pela concessionária é muito superior à demanda apurada pelo Censo do IBGE 2010, o que corrobora esse entendimento pela manutenção da universalização na área rural.

59. Por fim, quanto aos demais municípios com Ia menor ou igual a 93%, se propõe estabelecer o ano limite para universalização para o atendimento por meio de redes convencionais conforme Tabela 17. 60. Para definição do ano limite de universalização rural por município por meio de sistemas de geração, será utilizado o cronograma encaminhado pela Eletrobras Amazonas Energia para o período de 2016 a 2018, contemplando as 14.500 ligações no âmbito do PLPT.

61. Ressalta-se que em 28 (vinte e oito) municípios a Eletrobras Amazonas Energia não encaminhou metas com sistemas de geração no período de 2015 a 2018, os quais permanecerão com prazo apenas para execução por meio de redes convencionais. Essa definição poderá ser reanalisada ou com a contratação de metas adicionais no âmbito do PLPT e/ou com a apresentação de cadastro de solicitações rurais não atendidas nesses municípios. 62. A tabela a seguir resume a distribuição final do ano limite de universalização rural por município:

Tabela 18 – Quantidade de municípios a serem universalizados na área rural a cada ano

ANO MÁXIMO PARA ALCANCE DA UNIVERSALIZAÇÃO NO

MUNICÍPIO


Rede Convencional


Universalizado 2 -

2015 - -

2016 22 4

2017 20 11

2018 18 19

TOTAL 62 34

IV. DA CONCLUSÃO 63. Conforme disposto pelo artigo 4o, §5o da Resolução Normativa no 488/2012, o ano limite de universalização na área rural em cada distribuidora será definido pela ANEEL após a análise do plano de



universalização, considerando a vigência do Programa LUZ PARA TODOS e o prazo máximo de 2014, sendo que, excepcionalmente, poderia ser proposto cronograma de atendimento com ano limite após 2014, desde que devidamente justificado em seu plano de universalização. 64. Em sua proposta de revisão, a Eletrobras Distribuição Amazonas solicitou à ANEEL a postergação do seu ano limite para o alcance da universalização rural de 2018 para 2025, para realização de 87.868 ligações com investimentos de cerca de R$ 3,4 bilhões. O argumento principal para a revisão é que o volume de investimentos necessários para universalização é incompatível com sua capacidade de investimento até 2018 e que existe forte dependência dos recursos provenientes do Programa Luz para Todos. 65. A prorrogação do PLPT de 2014 para 2018 feita pelo Decreto no 8.387/2014 contemplou na Eletrobras Distribuição Amazonas, de acordo com informações atualizadas do MME, a execução de 56.022 ligações no período de 2015 a 2018, sendo 41.522 ligações por meio de rede convencional e 14.500 por meio de sistemas de geração. Tal meta é suficiente para o atendimento da quantidade de domicílios com necessidade de atendimento pela distribuidora, considerando as informações do Censo 2010 do IBGE e o histórico das ligações realizadas pela concessionária até julho/2015, uma vez que não foi apresentado cadastro de solicitações para justificar o reconhecimento de uma demanda superior. 66. Da análise realizada, considerando as 56.022 ligações e os custos unitários de ligação informados pelo MME no âmbito do PLPT, o investimento estimado necessário de cerca de R$ 1,17 bilhões representa um impacto estimado na receita da distribuidora de cerca de 1,4%.

67. Do exposto, opta-se por submeter à Audiência Pública a seguinte proposta:

- manter como 2018 o ano limite para alcance da universalização rural da Eletrobras Amazonas Energia, considerando as metas e prazos estabelecidos pelo MME no âmbito do PLPT para rede convencional e para os sistemas de geração, conforme tabela 16;

- segregar o ano de universalização rural dos municípios em rede convencional e sistemas de geração; e - manter o ano limite de 2018 como limite de universalização para os municípios com ligações convencionais e por meio de sistemas de geração, observada como regra geral o que dispõe o art. 4º, §5º-A, II da REN nº 488/2012, conforme tabela 18;

68. Ressalta-se que, independentemente das metas estabelecidas, as solicitações de atendimento na área rural cujas obras compreendam exclusivamente a extensão, reforço ou melhoramento de rede em tensão inferior a 2,3 kV, inclusive instalação ou substituição de transformador, devem ser executadas de acordo com os prazos e condições estabelecidos pelas Condições Gerais de Fornecimento, conforme art. 4o, §4o da Resolução Normativa no 488, de 2012. 69. Mesmo após o atingimento do ano limite para o alcance da universalização, permanece o direito do atendimento sem ônus para os solicitantes que se enquadrem nos critérios de universalização



estabelecidos pelo art. 14 da Lei no 10.438/2002. Dessa forma, ultrapassado o ano limite para a área de concessão e em cada município, a distribuidora obriga-se a observar os prazos e condições estabelecidos nas Condições Gerais de Fornecimento, independente dos contratos em curso com programas de eletrificação rural, a exemplo do PLPT, conforme art. 27, §1o da Resolução Normativa no 414/2010, inclusive para as solicitações que superarem as metas estabelecidas no período:

“Art. 27 [...] § 1º O prazo para atendimento sem ônus de qualquer espécie para o interessado deve obedecer, quando for o caso, ao plano de universalização aprovado pela ANEEL, ou, caso a Distribuidora ou o município estejam universalizados, aos prazos e condições estabelecidos nesta Resolução, ainda que haja a alocação de recursos a título de subvenção econômica de programas de eletrificação rural implementados pela Administração Pública Federal, do Distrito Federal, dos Estados ou dos Municípios.”

70. Em relação às antecipações de atendimento ocorridas na distribuidora até a publicação do Decreto no 8.387/2014, observa-se que, conforme decisão adotado pela ANEEL em todas as revisões dos planos de universalização anteriores, a restituição deve ocorrer até a data de universalização do município vigente à época da antecipação, salvo as que possuírem tratamento específico em outras resoluções. As antecipações ocorridas após a publicação do Decreto no 8.387/2014 devem ser restituídas até o novo ano limite de universalização definido pela ANEEL. 71. Entende-se ainda que exceção deva ser feita aos municípios que tiverem o seu ano limite de universalização antecipado nesta análise, para os quais se avalia que o consumidor que fez a antecipação também deve ter a sua restituição antecipada para o novo ano definido pela ANEEL. 72. Finalmente, avalia-se pela necessidade de informação aos solicitantes sobre a prorrogação do ano limite para o alcance da universalização rural, conforme comando existente no art. 21 da Resolução Normativa no 488/2012, que estabelece:

“Art. 21. Em até 60 (sessenta) dias após a aprovação do plano de universalização, nos termos do art. 5o, a distribuidora deve informar de forma comprovada aos interessados já cadastrados e aos novos solicitantes que serão incluídos no plano aprovado pela ANEEL, o horizonte de universalização estabelecido, bem como as opções de antecipação do atendimento nos termos da regulamentação vigente.”

V. DA RECOMENDAÇÃO



73. Do exposto, recomenda-se que seja instaurada Audiência Pública, na modalidade Intercâmbio Documental, com a finalidade de colher sugestões e contribuições visando o aprimoramento da proposta de revisão do ano limite para o alcance da universalização rural da Eletrobras Amazonas Energia e dos municípios de sua área de concessão, conforme minuta de resolução homologatória em anexo.

DANIEL JOSÉ JUSTI BEGO Especialista em Regulação de Serviços Públicos

de Energia

HENRIQUE TAVARES MAFRA Especialista em Regulação de Serviços Públicos

de Energia

De acordo:

HUGO LAMIN Superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição - Substituto

HTM

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

RESOLUÇÃO HOMOLOGATÓRIA No , DE DE DE 2015

Homologa o resultado da Revisão do Plano

de Universalização Rural da Amazonas

Distribuidora de Energia S/A – Eletrobras

Distribuição Amazonas e dá outras

providências.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo

em vista o disposto no art. 3o da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, na Lei no 10.438, de 26

de abril de 2002, no Decreto no 8.387, de 30 de dezembro de 2014, na Resolução Normativa no

488, de 15 de maio de 2012, o que consta no Processo no 48500.004357/2003-51, resolve:

Art. 1o Homologar o resultado da revisão do plano de universalização rural da

Amazonas Distribuidora de Energia S/A – Eletrobras Amazonas Energia, conforme condições

estabelecidas nesta Resolução.

Art. 2o Definir para a Eletrobras Amazonas Energia o ano limite para o alcance da

universalização na área rural para execução das ligações com redes convencionais como 2018 e o

ano limite para o alcance da universalização na área rural para execução das ligações com sistemas

de geração como 2018, conforme metas da Tabela 1.

§1o O ano limite para o alcance da universalização rural em cada município da

Eletrobras Amazonas energia deve observar as Tabelas 2 e 3.

§2o Para avaliação se a obra para viabilizar o fornecimento se dará por meio de rede

convencional ou sistema de geração, a Eletrobras Amazonas Energia deverá observar o art. 8o da

Resolução Normativa no 488/2012.

Art. 3o A Eletrobras Amazonas Energia deve, em até 60 (sessenta) dias após a

aprovação da publicação desta Resolução, notificar de forma comprovada aos interessados já

cadastrados e aos novos solicitantes que serão incluídos no plano aprovado pela ANEEL, o

horizonte de universalização estabelecido em cada município, bem como as opções de antecipação

do atendimento nos termos da regulamentação vigente.

Art. 4o As antecipações de atendimento no meio rural, atualizadas conforme o art. 11

da Resolução no 223, de 2003, devem ser restituídas pela Eletrobras Amazonas Energia nos

seguintes prazos:

I - ocorridas até a data de publicação desta resolução e que não tenham sido

regulamentadas em outras resoluções: até 31 de dezembro do menor ano limite para o alcance da

universalização na área rural em cada município, obtido da comparação entre o Despacho no

1.992/2014 e o ano definido na Tabela 3; e

II - ocorridas após a data de publicação desta resolução: devem ser restituídas até 31

de dezembro do ano limite para o alcance da universalização na área rural em cada município,

conforme Tabela 3.

Parágrafo único. Nos casos do inciso I, a distribuidora tem até 90 (noventa) dias da

publicação desta resolução para efetuar as restituições quando o novo ano limite de universalização

rural, estabelecido na Tabela 3, tiver sido antecipado em relação ao do Despacho no 1.992/2014 e

for igual a 2015 ou o município for considerado universalizado na área rural.

Art. 5o Após cada ano previsto para o alcance da universalização previsto na Tabela 3,

as solicitações de fornecimento em cada município devem observar os prazos e condições

estabelecidos nas Condições Gerais de Fornecimento, ainda que haja a alocação de recursos a título

de subvenção econômica de programas de eletrificação rural implementados pela Administração

Pública Federal, do Distrito Federal, dos Estados ou dos Municípios.

Art. 6o. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROMEU DONIZETE RUFINO

TABELA 1 - METAS DO PLANO DE UNIVERSALIZAÇÃO

ANO

RECURSOS PRÓPRIOS LUZ PARA TODOS

TOTAL

CONVENCIONAL

SISTEMAS

DE

GERAÇÃO

CONVENCIONAL

SISTEMAS

DE

GERAÇÃO

2015 4.002 0 4.002

2016 15.788 2.042 17.830

2017 10.852 5.701 16.553

2018 10.880 6.757 17.637

TOTAL 41.522 14.500 56.022

TABELA 2 – DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS POR ANO DE UNIVERSALIZAÇÃO

ANO DE

UNIVERSALIZAÇÃO

RURAL –

REDE

CONVENCIONAL

RURAL -

SISTEMAS DE

GERAÇÃO

Universalizado 2 --

2015 -- --

2016 22 4

2017 20 11

2018 18 19

TOTAL 62 34

TABELA 3 – ANO DE UNIVERSALIZAÇÃO RURAL POR MUNICÍPIO

CÓDIGO

IBGE MUNICÍPIO

PRAZO MÁXIMO PARA

ALCANCE DA

UNIVERSALIZAÇÃO RURAL –

REDE

CONVENCIONAL

RURAL -

SISTEMAS DE

GERAÇÃO

1300029 ALVARÃES 2017 2017

1300060 AMATURÁ 2016 2018

1300086 ANAMÃ 2017 2017

1300102 ANORÍ 2018 2017

1300144 APUÍ 2017 2017

1300201 ATALAIA DO NORTE 2017 2018

1300300 AUTAZES 2018 --

1300409 BARCELOS 2016 2016

1300508 BARREIRINHA 2018 --

1300607 BENJAMIN CONSTANT 2016 2018

1300631 BERURI 2018 2018

1300680 BOA VISTA DO RAMOS 2016 --

1300706 BOCA DO ACRE 2018 2018

1300805 BORBA 2018 2017

CÓDIGO

IBGE MUNICÍPIO

PRAZO MÁXIMO PARA

ALCANCE DA


REDE

CONVENCIONAL

RURAL -

SISTEMAS DE

GERAÇÃO

1300839 CAAPIRANGA 2018 2017

1300904 CANUTAMA 2018 --

1301001 CARAUARÍ 2016 2016

1301100 CAREIRO 2017 --

1301159 CAREIRO VÁRZEA 2016 --

1301209 COARÍ 2017 2018

1301308 CODAJÁS 2018 2017

1301407 EIRUNEPÉ 2016 --

1301506 ENVIRA 2016 --

1301605 FONTE BOA 2017 2018

1301654 GUAJARÁ 2017 --

1301704 HUMAITÁ 2017 --

1301803 IPIXUNA 2017 --

1301852 IRANDUBA 2018 --

1301902 ITACOATIARA 2018 2018

1301951 ITAMARATI 2016 --

1302009 ITAPIRANGA 2017 2018

1302108 JAPURÁ 2016 2016

1302207 JURUÁ 2016 --

1302306 JUTAI 2016 2018

1302405 LÁBREA 2017 --

1302504 MANACAPURU 2017 --

1302553 MANAQUIRI 2016 --

1302603 MANAUS Universalizado --

1302702 MANICORÉ 2018 --

1302801 MARAÃ 2016 2016

1302900 MAUÉS 2016 --

1303007 NHAMUNDÁ 2018 --

1303106 NOVA OLINDA DO NORTE 2017 --

1303205 NOVO AIRÃO 2017 2017

1303304 NOVO ARIPUANÃ 2018 --

1303403 PARINTINS 2017 --

1303502 PAUINI 2017 --

1303536 PRESIDENTE FIGUEIREDO 2018 --

1303569 RIO PRETO DA EVA 2017 --

1303601 SANTA ISABEL DO RIO NEGRO Universalizado 2017

1303700 SANTO ANTÔNIO DO IÇA 2016 2018

1303809 SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA 2016 2018

1303908 SÃO PAULO DE OLIVENÇA 2018 2018

CÓDIGO

IBGE MUNICÍPIO

PRAZO MÁXIMO PARA

ALCANCE DA


REDE

CONVENCIONAL

RURAL -

SISTEMAS DE

GERAÇÃO

1303957 SÃO SEBASTIÃO DO UATUMÃ 2016 2018

1304005 SILVES 2017 2018

1304062 TABATINGA 2018 2018

1304104 TAPAUÁ 2016 --

1304203 TEFÉ 2018 2017

1304237 TONANTINS 2016 2017

1304260 UARINI 2017 2018

1304302 URUCARÁ 2016 2018

1304401 URUCURITUBA 2016 2018

nota técnica n°0003/2016 srd/aneel · eletrobras amazonas energia protocolou na aneel...

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