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Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos
Procedimento Administrativo nº MPPR-0046.14.003755-0
Objeto: Monitorar a implementação do Plano Estadual de Políticas Públicas para
Promoção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (LGBT) do Paraná, bem como fiscalizar a implantação das políticas
públicas necessárias à sua concretização.
N O T A T É C N I C A 1
O Núcleo LGBT deste Centro de Apoio Operacional das Promotorias de
Justiça de Proteção aos Direitos Humanos, criado em 2014 por meio da Resolução nº
0269/2014-PGJ, no exercício de suas atribuições, emite a presente nota técnica face à
necessidade de avaliação do cumprimento do I Plano Estadual de Políticas Públicas
para Promoção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (LGBT) do Paraná, com vigência prevista entre os anos de 2013 e 2015.
Considerando-se o término do prazo estabelecido no Plano (2013-2015) e a
conseguinte necessidade de avaliação do cumprimento das ações pelos órgãos
responsáveis, inclusive para que se possa melhor traçar as políticas públicas que devem
constar quando da elaboração do II Plano de Políticas LGBT, foi elaborado
levantamento técnico das respostas recebidas das Secretarias de Estado até o momento,
em comparação às ações previstas no Plano Estadual de Políticas Públicas para
Promoção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (LGBT) do Paraná. Ressalta-se que o conteúdo das respostas não
representa, necessariamente, a opinião desta equipe técnica sobre os temas, mas sim
conclusões adotadas a partir das informações oficialmente prestada pelos órgãos
responsáveis do Poder Executivo.
1 Nota elaborada com contribuições das estagiárias de graduação em direito Caroline Nascimento Barbo-sa e Flávia Regina Marchiori Oganauskas.
Rua Marechal Deodoro, 1028– 9º andar – Centro – Curitiba – Paraná – BrasilCEP 80.060-110 – Telefone: +55 41 3250-4916 – Fax: +55 41 3264-9289
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Por fim, registre-se que, ao se examinar item a item o cumprimento do Plano, será
empregada a seguinte tipologia; 1 – cumprido; 2 – Em cumprimento/cumprido
parcialmente; 3 – não cumprido; e 4 – não informado.
• SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA, TRABALHO E DIREITOS
HUMANOS
Ação 1: Publicar o Plano Estadual de Políticas Públicas para comunidade LGBT
Cumprido. Lançamento do Plano em 25 de novembro de 2013 com impressão e
distribuição de 3.000 exemplares.
Ação 2: Criar Conselho Estadual de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT do Paraná
por meio de decreto e articular sua consolidação junto aos órgãos competentes e
Assembleia Legislativa.
Em andamento/Cumprido parcialmente: Informa a articulação para criação do
Conselho por meio da Resolução 149/2015, com indicação dos representantes da
sociedade civil promovida em reunião no dia 2 de dezembro de 2016. Não se manifesta
acerca da elaboração de Regimento Interno do Conselho Estadual LGBT.
Ação 3: Criação de Coordenadoria Estadual de Promoção e Defesa dos Direitos
Humanos LGBT
Em andamento/cumprido parcialmente. Alega a criação da Divisão de Políticas para
população LGBT junto ao DEDIHC, através de Resolução nº 678/2014-GS SEJU.
Justifica que a estrutura organizacional da Secretaria não comporta coordenadoria,
conforme Decreto nº 4.698/2016.
Ação 4: Sensibilizar e formar servidoras, servidores, gestoras e gestores de órgãos da
administração pública e conselheiros de direito, através da disciplina de Direitos
Humanos, com ênfase na temática LGBT, visando a não discriminação e enfatizando a
ética do respeito à diversidade humana.
Cumprido parcialmente. Informa que a ação está em desenvolvimento pela Secretaria
de Segurança Pública e Administração Penitenciária, e que a ação não fora iniciada,
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mas estaria no planejamento de 2017. Justifica que o Departamento de Execução Penal
foi transferido para a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração
Penitenciária pela Lei Estadual nº 18.410/2014. Alega que tal ação é responsabilidade
da SEED.
Ação 5: Acompanhar as políticas públicas implementadas após aprovação do Plano
Estadual de Políticas Públicas para comunidade LGBT, divulgando os resultados.
Em andamento/cumprido parcialmente. Informa a realização de duas reuniões técnicas
governamentais de avaliação da implementação do Plano em 2014; realização de
Seminário de Acompanhamento da Implementação do Plano Estadual LGBT com
aproximadamente 50 participantes; a realização da III Conferência Estadual dos
Direitos LGBTs; realização de duas reuniões técnicas governamentais de avaliação da
implementação do Plano em 2017. Justifica que as Conferências Estaduais são
realizadas a partir da convocação de Conferências Nacionais. Dessa forma, não se
realizou a IV Conferência Estadual LGBT face a ausência de convocação nacional.
Ação 6: Receber, acompanhar e encaminhar, através do Conselho Permanente de
Direitos Humanos – COPED/SEJU, aos órgãos competentes, atos de violência e
discriminação em razão da orientação sexual e identidade de gênero.
Cumprido. Informa a análise e encaminhamento para os órgãos competentes das
denúncias de violação de direitos LGBT enviadas pelo Disque 100 e 180, através do
COPED e do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania da SEJU.
Ação 7: Investigar e penalizar administrativamente todos os atos de discriminação e
violência em razão da orientação sexual e identidade de gênero no âmbito da Secretaria
de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.
Cumprido. Informa ausência de discriminação e violência no âmbito da Secretaria.
Ação 8: Pesquisar, coletar, sistematizar e publicar dados estatísticos sobre a
comunidade LGBT para fins de controle e subsídio para a elaboração de políticas
públicas de justiça.
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Cumprido parcialmente. A Secretária informa a organização do banco de dados, mas a
não publicação em face do pequeno número de denúncias recebidas, e que o
Departamento de Execução Penal foi transferido para a SESP pela lei 18.410/2014.
Ação 9: Articular e apoiar proposições legislativas com prioridade para a apresentação
de projetos que proíbam a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero e
que incluam, no orçamento estadual, recursos destinados às políticas destinadas à
comunidade LGBT.
Em andamento/cumprido parcialmente. Informa realização do “debate: Criminalização
da Homofobia e Transfobia no Paraná” em 28 de junho de 2014, para discutir o projeto
de Lei nº 968/2011, que dispõe sobre as personalidades a serem aplicadas à prática de
discriminação em razão de orientação sexual e dá outras providências. Iniciada a
elaboração de minuta de Anteprojeto de Lei, que define multas administrativas
aplicadas a entidades sociais ou empresariais por práticas de discriminação por
orientação sexual e identidade de gênero. A SEJU informa que destina verbas para
promoção de ações para a Divisão de Políticas LGBT em sua proposta orçamentária.
Tais verbas não foram discriminadas. Não há justificativa.
Ação 10: Propor à Defensoria Pública do Estado do Paraná a criação de grupo de
trabalho em defesa da comunidade LGBT.
Cumprido. Informa a realização de debate “criminalização da homofobia e transfobia
no Paraná”, em 2014, no Palácio das Araucárias, com cerca de 40 participantes, para
debate da criação de grupo de trabalho em defesa da comunidade LGBT na Defensoria
Pública do Paraná.
Ação 11: Criar espaços seguros nas penitenciárias do Paraná para as pessoas LGBT,
em situação de risco ou violência, deixando esta prerrogativa a sua escolha.
Em andamento/cumprido parcialmente. Informa elaboração de Minuta de Resolução
Conjunta SEJU e SESP sobre atenção à população LGBT no sistema penitenciário do
Paraná, que se encontra em tramitação por meio dos protocolos nº 13.262.678-2 e
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13.262.654-4. Justifica que o Departamento de Execução Penal foi transferido para a
SESP pela lei 18.410/2014, encontra-se pendente naquela Secretaria.
Ação 12: Promover campanhas de educação em direitos humanos em relação à
orientação sexual e identidade de gênero.
Em andamento/cumprido parcialmente. Informa elaboração e distribuição de material
informativo sobre orientação sexual, identidade de gênero e políticas LGBT. Não
informa iniciativas de realização de campanhas junto aos jornais de circulação estadual
ou à inserções em rádio/TV. Não apresentou justificativas para a omissão.
Ação 13: Incluir nome social de travestis e transexuais nos registros estaduais
relativos a serviços públicos prestados no âmbito do Poder Executivo Estadual.
Em andamento/cumprido parcialmente. Informa elaboração de Minuta de Decreto
sobre uso do nome social por travestis e transexuais junto aos órgãos da Administração
Pública direta e indireta, que se encontra em tramitação por meio do protocolo nº
13.262.678-2. Justifica que a minuta está sendo +analisada pela SESP.
Ação 14: Criar o Centro de Referência da Comunidade LGBT para Curitiba e Região
Metropolitana
Não informado o que foi feito.
Ação 15: Instituir a Carteira de Nome Social para travestis e transexuais no Estado do
Paraná.
Em andamento/cumprido parcialmente. Informa elaboração de minuta de Decreto
sobre uso do nome social por travestis e transexuais junto aos órgãos da Administração
Pública direta e indireta, com criação da Carteira do Nome Social, que se encontra em
trâmite no protocolo de nº 13.262.678-2. Justifica que a minuta está sendo analisada
pela SESP.
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• SECRETARIA DE ESTADO DA FAMÍLIA E DESENVOLVIMENTO
SOCIAL
Alega o cumprimento integral do Plano.
Ação 1: Assegurar o encaminhamento dos indivíduos LGBT em situação de
vulnerabilidade aos serviços de assistência e proteção adequados com respeito à
identidade de gênero e à orientação sexual e ao reconhecimento de seus direitos
sociais.
Cumprido. Informa a orientação dos 22 Escritórios Regionais da SEDS, sendo a
temática pautada em Reuniões técnicas. Supervisão técnica e Encontros
Macrorregionais com os técnicos dos ERs, ocasiões em que surgem debates sobre os
casos e os desafios do atendimento, encaminhamento e mobilização da rede das
políticas públicas setoriais. Em 2015, o número médio mensal de atendimento às
vítimas de discriminação por orientação sexual na rede estadual pelos CREAS no
PAEFI, ou seja, em 155 unidades de 133 municípios, correspondeu a 5% da média
nacional nesses mesmos equipamentos. O Estado ocupa o 6º lugar em atendimento
entre as 27 unidades federativas do Brasil.
Ação 2: Sensibilizar e formar servidoras, servidores, gestoras e gestores de órgãos da
administração pública e conselheiros de direito, através de parcerias governamentais e
da sociedade civil, em relação às questões de gênero, identidade de gênero, orientação
sexual, composição familiar e direitos humanos relacionados a comunidade LGBT
A ação descrita descreve capacitações em questões que não envolvem temáticas
LGBT.
Ação 3: Produzir pesquisas, realizar estudos e levantar dados acerca das demandas e
especificidades da comunidade LGBT do ponto de vista da prestação dos serviços
sociais e condições de trabalho, promovendo a sistematização e posterior publicação
dos resultados obtidos,
A indicação refere-se a dados em âmbito nacional e não estadual, não sendo
informados os resultados das pesquisas, nem dado ênfase às questões do serviço social
ou condições de trabalho.
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Ação 4: Incluir as categorias “orientação sexual” e “identidade de gênero” nos
cadastros administrativos, permitindo a identificação de demandas da população LGBT
na rede de serviços socioassistenciais de atendimento
A SEDS informou que não é possível, pois o instrumento é Federal.
Ação 5: Promover a humanização no atendimento do público LGBT nos espaços
públicos destinados ao acolhimento institucional, em todos os níveis, pautando o
respeito a casais e famílias em situação de abrigamento, possibilitando a manutenção
de seus vínculos familiares e comunitários.
Informa a orientação de 22 escritórios regionais da SEDS. Temática pautada em
Reuniões Técnicas, Supervisão Técnica e encontros macrorregionais com os técnicos
dos ERs e dos órgãos municipais, ocasiões em que surgira debates sobre os casos e
desafios do atendimento, encaminhamento e mobilização da rede das políticas públicas
setoriais, não tratando do tema, em específico.
Ação 6: Construir uma rede de proteção social para jovens LGBT, através de ações
afirmativas que promovam sua autonomia e segurança , primando pelo direito à
convivência familiar, à sexualidade, à saúde reprodutiva, à inserção escolar, ao
trabalho e ao culto religioso.
Cumprido. Informa a orientação de 22 escritórios regionais da SEDS. Realizada
supervisão em 6 encontros Macro com representantes dos 22 Escritórios Regionais. A
rede de proteção social básica conta com 559 CRAS, 24 Centros da Juventude que
atendem adolescentes e jovens de 12 a 18 anos: 56 coletivos em 36 municípios.
Programa agente de Cidadania: 223 adolescentes de 14 a 18 anos. Existem diversos
espaços estaduais e municipais que podem dar conta de fluxos e protocolos de
atendimento, entre eles: Comitê Estadual de Saúde Mental, Enfrentamento à Violência
de Crianças e Adolescentes, Núcleos de Paz, inclusive com elaboração de materiais
informativos para subsidiar o aprimoramento profissional.
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Ação 7: Garantir a participação dos segmentos LGBT nas instâncias de controle social,
como Comissões, Ouvidorias, Conselhos e Grupos de Trabalho, para intervir na
formulação de políticas públicas a acompanhar denúncias de violação dos direitos
LGBT.
Cumprido. Informa que foram divulgadas as reuniões dos conselheiros e orientados os
Escritórios Regionais e que a composição governamental é realizada conforme
indicação e designação pelo chefe do executivo, e a da sociedade civil mediante
assembleia própria convocada para este fim. As indicações mais votadas passam a
integrar o Conselho. Alega que a meta foi cumprida podendo ser verificada no site.
Ação 8: Elaborar material didático e veicular campanhas midiáticas permanentes em
diversos formatos, direcionados a todos os segmentos e faixas etárias da comunidade
LGBT, sobre seus direitos assistenciais, trabalhistas e familiares, divulgando o cadastro
Único, bem como a conscientização da sociedade a respeitos das novas constituições
familiares
As atividades descritas pela SEDS não se referem especificamente ao público LGBT.
Ação 9: Instituir em todos os formulários de atendimento dos usuários da Rede
Estadual de Trabalho campo para nome social de travestis e transexuais
A SEDS afirma que a demanda não é atribuição mais desta Secretaria de Estado.
• SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
Informa o cumprimento integral do Plano.
Ação 1: Criar ambulatórios para atendimento da saúde integral das pessoas
transexuais, implantando os Protocolos do processo transexualizador do SUS e
ampliando o atendimento ambulatorial de especialidades oferecidas nas diversas
regiões do Estado.
Cumprido. Informa que o ambulatório foi implantado em novembro de 2013 e está em
funcionamento. Até o momento com 459 usuários têm sido acompanhados.
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Ação 2: Sensibilizar e formar gestoras, gestores e profissionais da saúde promovendo a
humanização dos diferentes níveis de atendimento, através de parcerias
governamentais e com a sociedade civil, em relação às questões de gênero, identidade
de gênero, orientação sexual, composição familiar, direitos sexuais e reprodutivos,
direitos humanos, situações de vulnerabilidade e programas de saúde voltados à
comunidade LGBT.
Cumprido. Informa a realização de Iº Seminário Estadual da Saúde da População
LGBT, de 11 a 13 de setembro de 2013, com aproximadamente 200 profissionais de
saúde dos municípios das 22 Regionais de Saúde. Após, realização de seminários
semelhantes nas Regionais de Saúde em Paranaguá, Metropolitano, Ponta Grossa, Irati,
União da Vitória, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Cascavel, Paranavaí, Maringá,
Apucarana e Toledo. Aproximadamente 500 profissionais da saúde dos municípios de
abrangência destas RS foram sensibilizados no atendimento à população LGBT.
Ação 3: Elaborar material didático e veicular campanhas midiáticas de forma
permanente, em diversos formatos, incluindo todos os segmentos e faixas etárias da
comunidade LGBT, sobre seus direitos sexuais e reprodutivos e de prevenção às
DSTs/HIV/AIDS, com vistas à eliminação do preconceito, estigma, discriminação e
violência.
Não informado. Não houve manifestação por parte da Secretaria especificamente
quanto a este item.
Ação 4: Incluir em todos os formulários de atendimento dos usuários da rede de saúde
estadual os campos orientação sexual, identidade de gênero e nome social; bem como
encaminhar denúncias, através dos órgãos controladores, os profissionais da saúde que
discriminem e estigmatizem a população LGBT ou se neguem a usar o nome social
daqueles que assim optarem.
Cumprido. Informa a realização de reuniões internas da SESA entre as
Superintendências, repassadas orientações referentes aos direitos do nome social para a
população LGBT e profissionais da saúde, assim como de reuniões com os Conselhos
de Classe, havendo publicação da Resolução n° 080/2015, referente à inclusão do
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nome social das pessoas travestis e transexuais nos registros relativos aos serviços
públicos de saúde, tais como fichas de cadastro, formulários, prontuários, identificação
de leitos, evolução do paciente, crachás e outros documentos congêneres.
Ação 5: Promover estudos e pesquisas vinculados à saúde da comunidade LGBT que
permitam obter indicadores de suas condições sociais e de saúde, com vistas à
fundamentação da construção de políticas públicas específicas, como protocolos e
diretrizes a respeito do processo transexualizador, planejamento familiar, controle e
prevenção das DST/HIV/Aids.
Cumprido. Informa a visita de profissionais do CPATT ao ambulatório da Paraíba e
São Paulo; elaboração de diagnóstico de serviço para verificar atendimentos e estrutura
do CPATT e, ainda, que a documentação do CPATT encontra-se no Ministério da
Saúde para devida análise e habilitação; realização de Seminário Trans-Formando o
Paraná: a importância do atendimento em saúde no processo transexualizador; pesquisa
“perfil do conhecimento, atitudes e práticas das populações de regiões de fronteiras no
Paraná, visando o enfrentamento da epidemia de Aids”; promovidas atividades de
sensibilização nas seguintes instituições de Ensino Superior: UFPR, UniBrasil,
PUCPR, Universidade Tuiuti do Paraná, FEPAR e PET Saúde.
Ação 6: Implementar e aperfeiçoar as ações de enfrentamento da epidemia de
HIV/Aids e outras DSTs, de acordo com as especificidades da comunidade LGBT,
incentivando a testagem precoce e garantindo o acesso permanente a preservativos
masculinos e femininos e gel lubrificante.
Não informado. Não houve manifestação por parte da Secretaria especificamente
quanto a este item.
Ação 7: Implementar, fortalecer e ampliar as ações de prevenção e promoção da saúde
da comunidade LGBT, conforme os princípios do SUS, no que concerne aos direitos
sexuais e reprodutivos, em todas as fases da vida.
Não informado. Não houve manifestação por parte da Secretaria especificamente
quanto a este item.
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Ação 8: texto idêntico ao item anterior, porém na meta indica Divulgação do site da
SESA de todos os eventos de saúde promovidos por esta Secretaria.
Cumprido. Alega a divulgação no site da SESA de todos os eventos promovidos.
Ação 9: Revisar, pelas instâncias de gestão do SUS no Estado, os critérios que
impedem a comunidade LGBT de doar sangue e similares, capacitando os captadores e
triadores dos hemocentros para uma abordagem sem preconceito e discriminação.
Não informado. Não houve manifestação por parte da Secretaria especificamente
quanto a este item.
Ressalva apenas em relação ao item 5.2 (publicação da pesquisa), indicando que os
dados obtidos pelas pesquisas ainda estão sob análise e que serão divulgados logo após
conclusões.
• SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Ação 1: Incluir as questões de direitos humanos, gênero e sexualidade no currículo da
educação Básica e superior, sob abordagem que promova o respeito e o
reconhecimento da diversidade de orientação sexual e identidade de gênero.
Em andamento/Cumprido parcialmente. Informa que emitiu portaria, em vias de ser
assinada, que institui a comissão departamental para estudo da inserção dos direitos das
mulheres, da diversidade sexual e das questões com recorte de gênero como temas das
diversas disciplinas do currículo da Educação Básica. Afirma a previsão, para o 1°
Semestre de 2015, de consulta direcionada às escolas a fim de realizar o levantamento
da inserção das temáticas de gênero e diversidade sexual nos documentos escolares.
Por fim, a SEED manifesta que, visando a inclusão da temática de Gênero e
Diversidade Sexual, tem promovido ações formativas por meio da Coordenação da
Educação das Relações de Gênero e Diversidade Sexual – CERGDS/DEDI. Também
informa que produziu material didático intitulado “Diversidade: diálogos com o
currículo”, a ser publicado em 2015, e que tem realizado formação continuada dos
profissionais das diferentes disciplinas em eventos como o I Seminário Estadual de
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Educação, Gênero e Diversidade e IV Encontro Estadual de Educação LGBT,
realizado de 26 a 29 de novembro de 2013. Em tal evento, foram formados grupos de
trabalho com professores das disciplinas afins para produção de encaminhamentos
teórico-metodológicos a serem utilizados nas aulas das disciplinas, com previsão de
publicação em setembro de 2015.
Ação 2:Sensibilizar e formar gestoras, gestores e profissionais da Educação Básica e
Superior, através de parcerias governamentais e com a sociedade civil, em relação às
questões de gênero, identidade de gênero, orientação sexual, composição familiar e
direitos humanos relacionados à população LGBT.
Cumprido. Afirma que a sensibilização e formação das/os profissionais da educação é
uma ação contínua da SEED, dinamizada por meio da promoção e participação em
cursos, oficinas e eventos de formação presencial para educadoras/es e também por
meio de web conferências, veiculação de vídeos educacionais e envio de informativos
para as escolas e os Núcleos Regionais. Também informa a participação na pesquisa
“Perfil do conhecimento, atitudes e práticas de adolescentes e jovens das regiões de
fronteiras e litoral no Estado do Paraná, visando o enfrentamento compartilhado da
epidemia de HIV/AIDS e hepatites virais”. A pesquisa incluiu a temática da
diversidade sexual e ao acompanhar a sua realização, a CERGDS/DEDI/SEED
realizou visitas técnicas aos colégios de Antonina, Paranaguá e Foz do Iguaçu, com o
intuito de orientar as escolas sobre como trabalhar com essas temáticas.
A SEED manifesta que foi ofertado, em 2012, o curso EaD “Educação,
Diversidade e Inclusão”, com um modulo específico sobre “Diversidade Sexual e
Gênero”, com aproximadamente 16.000 profissionais formadas/os. Também informa a
inclusão da temática de “Diversidade Sexual”, na linha de pesquisa da Diversidade, no
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), bem como a realização de
Seminários Temáticos sobre a Diversidade, que incluíam oficinas e conferências sobre
Diversidade Sexual e Gênero, no âmbito do PDE.
A Secretária informa que mantém diálogo com profissionais das instituições de
Ensino Superior, com a intenção de construir um Grupo de Trabalho que articulasse os
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grupos de pesquisa em Gênero e Diversidade Sexual. Contudo, tal iniciativa não teve
continuidade nos anos de 2013 e 2014.
Em relação as parcerias com as demais Secretárias do Estado; a SEED informa que
desenvolveu uma pesquisa em conjunto com a Secretária de Turismo, atuando na
elaboração de questionários e na formação das/dos pesquisadores na ocasião da Parada
da Diversidade em Curitiba, no ano de 2012. Entretanto, os resultados da pesquisa não
foram publicados devido às alterações da Secretária de Turismo que culminaram com a
sua anexação à Secretária de Esporte. Também realizou parceria com a Secretária de
Saúde, atuando no Grupo de Trabalho Intersetorial Estadual do Programa Saúde na
Escola, por meio do qual auxiliou na organização e realização de cursos de formação
continuada das/os gestores da educação e saúde dos 32 Núcleos Regionais da
Educação e dos 28 Regionais de Saúde. Em 2014 houve a formação de 200
profissionais da educação e da saúde da 7ª Regional de Saúde do Paraná.
Ação 3: Elaborar material didático e paradidático em diversos formatos, de modo
permanente e abrangente, que trabalhe a temática da diversidade sexual e de gênero
para distribuição na comunidade escolar, com posterior formação das professoras,
professores, estudantes e a acompanhamento da sua utilização.
Em andamento/cumprido parcialmente. Afirma que a orientação pedagógica sobre os
livros didáticos selecionados para aquisição da escola está em andamento, com
previsão de conclusão até julho de 2015.
Informa a previsão, em 2015, de rearticulação do Grupo de Trabalho em Gênero e
Diversidade Sexual, em conjunto com as instituições de Ensino Superior e a Secretária
da Ciência, Tecnologia e ensino Superior.
A SEED esclarece que, nos anos de 2011 e 2012, desenvolveu trabalhos de
protagonismo juvenil em quatro escolas, o que resultou na elaboração de um material a
ser aplicado em cursos de formação sobre protagonismo juvenil em gênero e
diversidade sexual. Tal material apresenta metodologias de trabalho importantes para a
compreensão da diversidade sexual e para o enfrentamento do preconceito e da
discriminação nas escolas. Informa que a publicação do material no Portal Educacional
está prevista para outubro de 2015.
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Ação 4: Promover acesso e permanência das travestis e transexuais na educação
Básica e Superior, com respeito a sua identidade de gênero, garantindo o ensino e
aprendizagem, bem como o acesso seguro aos banheiros e ao uso do nome social,
evitando situações vexatórias e diminuindo seu contexto de vulnerabilidade.
Cumprido. A Secretária informa que a normativa sobre o uso do Nome Social e do
respeito à identidade de gênero nos espaços escolares têm sido abordada em todos os
eventos promovidos pela Coordenação de Educação das Relações de Gênero e
Diversidade Sexual, tanto nas ações de protagonismo juvenil, quanto nos Encontros
Estaduais de Educação LGBT, além da realização em 2013 e 2014, de Web
conferências voltadas especificamente para a temática.
A CERGDS/DEDI realizou no dia 16 de maio de 2014 a Web conferência “Diálogos
em Rede: Relações de Gênero e Diversidade Sexual, Travestis e Transexuais e o
Direito à Educação”, como formação para os/as técnicas/os dos 32 Núcleos Regionais
de Educação. Também realizou a divulgação das normativas de nome social para todas
as escolas no portal Dia a Dia Educação. Disponibilizou no portal educacional um
vídeo formativo sobre respeito à identidade de gênero de travestis e transexuais nos
espaços escolares.
Além disso, afirma estar prevista, para abril de 2015, uma consulta ás escolas sobre uso
do nome social e o respeito à identidade de gênero de travestis e transexuais nos
espaços escolares. Também informa que a SEED dará início, também em 2015, a um
Grupo de Trabalho Interdepartamental (Departamento de Jovens e Adultos e
Departamento de Educação e Diversidade) para mapear a demanda de populações
específicas não alfabetizadas incluindo travestis e transexuais.
Ação 5: Promover estudos e pesquisas que analisem concepções pedagógicas,
curriculares, atitudes e práticas adotadas no ambiente escolar diante da diversidade de
orientação sexual e identidade de gênero, com vistas a promover a produção,
construção de difusão de banco de dados para conhecimento sobre temática LGBT.
Cumprido. A SEED afirma que disponibilizou para as/os ingressos/as no PDE 2014
linhas de estudo da temática de gênero e diversidade sexual. Dos 1975 profissionais
selecionados para o programa em 2014, 196 professoras/es optaram por pesquisas
relacionadas às temáticas de diversidade. As pesquisas com as temáticas de Gênero e
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Diversidade Sexual já realizadas no PDE estão disponíveis no Portal Dia-Dia
Educação.
A SEED afirma ter divulgado entre as/os profissionais da educação, o curso EAD
“Gênero e Diversidade na Escola”, promovida pela UFPR Litoral. Também afirmou
que orintou a liberação das escolas de Jacarezinho para participação nos eventos
“Jornada Regional de educação Sexual do Paraná e Colóquio Internacional de
Sexualidade de Universidade do Norte do Paraná – UENP.
Ação 6: Garantir a participação dos segmentos LGBT nas instâncias de controle social,
como comissões, Ouvidorias, Conselhos e Grupos de Trabalho, para intervir na
formulação de políticas públicas e acompanhar denúncias de violação de direitos
LGBT.
A Secretária informa que mantém diálogo aberto com os movimentos sociais LGBT,
porém não indica ações concretas que assegurem a participação da comunidade LGBT
nas instâncias de controle social.
Ação 7: Promover e divulgar as políticas e os direitos da comunidade LGBT, com
vistas à superação do preconceito, estigma, discriminação e violência, através de
materiais e campanhas que sensibilizem toda comunidade, especialmente as/os
profissionais da educação, pais, mães e/ou responsáveis e estudantes.
Em andamento/Cumprido parcialmente. A SEED afirma que está em andamento o
diálogo com a Secretária de Estado da Comunicação Social com a finalidade de
viabilizar a produção de materiais de divulgação das políticas educacionais de Gênero
e Diversidade Sexual.
Por fim, a Secretária manifesta ter divulgado amplamente os programas “Nós da
Educação” que abordam as temáticas de Gênero de Diversidade sexual, veiculados na
TV E-Paraná, para as/os profissionais da rede estadual de ensino, além de
disponibilizá-los para download no Portal Dia a Dia Educação.
Ação 8: Analisar e indicar material bibliográfico e audiovisual para os públicos
infanto-juvenil e adultos, que trate das questões de gênero e diversidade sexual, na
perspectiva do Direitos Humanos, incluindo obras científicas e literárias que
contribuam para o respeito e reconhecimento da cidadania LGBT.
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Em andamento. Informa que os materiais produzidos no IV Encontro estadual de
Educação LGBT estão sendo sistematizados com intuito de serem publicados e que o
V Encontro Estadual de Educação LGBT não foi realizado em razão da contenção
orçamentária.
Afirma que foram produzidos materiais audiovisuais em conjunto coma TV Paulo
Freire para fundamentações dos/as profissionais da educação nas temáticas de Gênero
e Diversidade Sexual. Tais materiais estão disponíveis para download no Portal Dia
Educação. Também informa que a página Gênero e Diversidade Sexual do Portal
Educacional contém sugestões de livros, filmes, vídeos para subsidiar a prática
pedagógica e que tal site é atualizado periodicamente.
Por fim, manifesta que os eventos e reuniões do Programa Saúde na escola (PSE)
contemplam a temática de gênero e diversidade sexual por meio de oficinas temáticas,
rodas de conversa, sugestões e materiais didáticos.
• SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO
SUPERIOR
Por meio do Ofício nº GS/SETI 0767/16 a SETI alega que as ações e metas de
Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, constantes no Plano Estadual, são de
responsabilidade da SESP e SEJU, atuando a SETI apenas como parceira nas ações 1
(Publicar o Plano Estadual de Políticas Públicas LGBT) e 5 (Acompanhar Políticas
Públicas implementadas após aprovação do Plano Estadual de Políticas Públicas para
comunidade LGBT, divulgando os resultados), sem responsabilidade efetiva na sua
realização. Ainda, afirma que as ações e metas de Educação estão diretamente
relacionadas a SEED e, portanto, a SETI teria atuado apenas como parceira, sendo as
metas relacionadas a ação 3 realizadas por meio das Instituições de Ensino Superior –
IEES.
• SECRETARIA DE ESTADO DE ESPORTE E TURISMO
Ação 1: Garantir a participação dos segmentos LGBT nas instâncias de controle social,
como comissões, Ouvidorias, Conselhos e Grupos de Trabalho, para intervir na
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formulação de políticas públicas e acompanhar denúncias de violação de direitos
LGBT.
Não Cumprido. A secretária manifesta que a solicitação para representatividade junto
ao Conselho de Turismo deve ser realizada pelas entidades responsáveis. Contudo, não
informou iniciativa prevista no Plano Estadual (indicadores 1.1 e 1.2) com vistas a
formar Grupo de Trabalho temático dentro do Conselho Estadual de Turismo do
Paraná a fim de promover a participação das entidades representativas LGBT.
Ação 2: Sensibilizar e formar gestoras, gestores e profissionais da cultura, turismo,
comunicação, esportes e urbanismo, através de parcerias governamentais e da
sociedade civil, em relação ás questões de gênero, diversidade sexual, composição
familiar e direitos humanos relacionados a comunidade LGBT.
Não cumprido. A Secretária informa a não realização de reunião do item em razão da
reestruturação governamental que resultou na junção das Secretárias de Turismo e
Esportes. Prevê a realização de reunião com os representantes dos esportes para
viabilizar palestras de sensibilização para os gestores, gestoras e profissionais da
Secretária.
Ação 3: Incentivar e apoiar as manifestações culturais LGBT em todas as regiões do
Paraná, através de editais inclusivos, promovendo a Parada da Diversidade LGBT, o
Festival Cultural LGBT, mostra de vídeos, espetáculos de teatro, música, dança,
performances e mostra de artes visuais que trabalhem essa temática.
Não cumprido. A Secretária informa que tentou contato com a entidade responsável
pela Parada da Diversidade a fim de averiguar possíveis datas para sua realização,
porém não obteve retorno. Por essa razão não incluíram a Parada da Diversidade no
Calendário Oficial de Eventos do Paraná. Também firma que realizará novas tentativas
de contato com a entidade responsável pela Parada da Diversidade para a sua inclusão
no calendário oficial.
Em relação às pesquisas de demanda nas Paradas LGBT em regiões turísticas do
estado, justifica que as modificações na estrutura da SETU impediram a sua realização.
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Ressalta que realizará reunião com a SEJU, SEED e UFPR para verificar o interesse
em novas pesquisas em 2014 e 2015.
Ação 4: Levantar dados sobre serviços turísticos, assim como realizar pesquisas sobre
o turismo LGBT, com o objetivo de elaborar um guia oficial e materiais de divulgação.
Não cumprido. Informa que a ação foi impossibilitada em razão da reestruturação
governamental que resultou na junção das Secretárias de Turismo e Esportes. Afirma
que realizará ação com as oficinas regionais que definirão estratégias de marketing nas
regiões/municípios. Também informa que realizará pesquisa para viabilização de
parceria com a ABRAAT GLS e Revista Via G para viabilização de promoção turística
em 2015.
Ação 5: Sensibilizar e qualificar a cadeia produtiva do turismo para atender a
comunidade LGBT.
Não cumprido. Informa que a ação foi impossibilitada em razão da reestruturação
governamental que resultou na junção das Secretárias de Turismo e Esportes. Afirma
que realizará ação com as oficinas regionais que definirão estratégias de marketing nas
regiões/municípios. Também informa que viabilizará parceria com a ABRAT GLS em
2015.
Ação 6: Garantir a participação da comunidade LGBT nos eventos esportivos nas
diversas modalidades e categorias.
Não cumprido. Antes da criação das Secretárias de Turismo e Esporte, a Secretária de
Estado de Esporte informou que, em discussões com a equipe da Secretária, concluiu-
se que a realização de eventos esportivos ou de lazeres específicos ao público LGBT
contribui para a segregação desse público. Afirma ainda a possibilidade de discussão
futura do assunto com o corpo técnico da secretaria a fim de garantir uma resposta
mais segura ao Ministério Público. (fls. 165-166).
• SECRETÁRIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
Rua Marechal Deodoro, 1028– 9º andar – Centro – Curitiba – Paraná – BrasilCEP 80.060-110 – Telefone: +55 41 3250-4916 – Fax: +55 41 3264-9289
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Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos
Ação 1: Garantir a participação dos segmentos LGBT nas instâncias de controle social,
como as Comissões, Ouvidorias, Conselhos e Grupos de Trabalho, para intervir na
formulação de políticas públicas e acompanhar denúncias de violação de direitos
LGBT.
Não informado.
Ação 2: Sensibilizar e formar gestoras, gestores e profissionais da cultura, turismo,
comunicação, esportes e urbanismo, através de parcerias governamentais e da
sociedade civil, em relação às questões de gênero, diversidade sexual, composição
familiar e direitos humanos relacionados a comunidade LGBT.
Não informado.
Ação 3: Garantir a participação da comunidade LGBT na elaboração de politicas
urbanas.
Não informado.
• SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
Ação 1: Sensibilizar e realizar formação continuada de gestoras, gestores, operadores e
operadoras do direito e agentes sociais na área da segurança pública, enfatizando as
relações de gênero, com vistas a eliminar o preconceito, estigma, discriminação e
violência contra a comunidade LGBT, através da realização de cursos, palestras,
produção e distribuição de material midiático e campanhas educativas, numa
perspectiva de direitos humanos.
Cumprido. A Secretária apenas informou, sem apresentar maiores detalhes, o
cumprimento das metas 1.1 e 1.2, referente à capacitação em relação as questões
LGBT na Escola Superior da Polícia Civil e na Academia Policial do Guatupê e à
oferta do curso Segurança Pública sem Homofobia na Rede de Ensino à Distancia da
Secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça – SENASP/MJ.
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Ação 2: Desenvolver pesquisas e levantamento de dados acerca dos atos de
discriminação por motivo de orientação sexual e identidade de gênero, promovendo a
sistematização e posterior publicação dos resultados obtidos.
Cumprido. A Secretaria apenas informou, sem apresentar maiores detalhes, o
cumprimento da meta 2.1, referente à organização de banco de dados acerca dos atos
de discriminação por motivo de orientação sexual, identidade de gênero e/ou expressão
de gênero, a partir das ocorrências registradas.
Ação 3: Criar campos para identidade de gênero e orientação sexual nos documentos
de registros policiais, permitindo a identificação das ocorrências envolvendo a
comunidade LGBT.
Não informado.
Ação 4: Promover a humanização nas abordagens dos policiais nas cadeias, delegacias
e espaços públicos destinados ao acolhimento de suspeitos, bem como elaboração e
publicação de manual didático-pedagógico com orientações acerca da melhor
abordagem e tratamento à comunidade LGBT.
Não informado.
Ação 5: Promover medidas que concretizem o uso do nome social de travestis e
transexuais no âmbito da segurança pública estadual, bem como a penalização, através
dos órgãos controladores, dos/das agentes de segurança pública que discriminem e
estigmatizem a comunidade LGBT ou se neguem a usar o nome social das pessoas que
assim optarem.
Não informado.
Ação 6: : Garantir a participação dos segmentos LGBT nas instâncias de controle
social, como as Comissões, Ouvidorias, Conselhos e Grupos de Trabalho, para intervir
na formulação de políticas públicas e acompanhar denúncias de violação de direitos
LGBT.
Não informado.
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• SECRETARIA DE ESTADO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Por meio do ofício n° GS/SECS 162/2017 a SECS encaminhou material acerca do
cumprimento de metas de sua competência que trata de ações de políticas para
população LGBT estadual. Apenas a Ação 3 é de competência exclusiva da Secretaria
de Comunicação Social, as demais ações são parcerias.
Ação 1: Elaborar material didático e veicular campanhas midiáticas permanentes, em
diversos formatos, direcionadas a todos os segmentos e faixas etárias da comunidade
LGBT, sobre seus direitos assistenciais, trabalhistas e familiares, divulgando o
Cadastro Único, bem como a conscientização da sociedade a respeito das novas
constituições familiares. Parceria SEED.
Em andamento/Cumprido parcialmente. Divulgação da cartilha “Garantia da utilização
do nome social para pessoas travestis e transexuais”, a campanha “Amor a Família”
que mostrou diversas composições familiares, incluindo um casal homoafetivo. O
filme foi veiculado em canais de televisão aberta em todas as cidades do Paraná. Foram
utilizados recursos do Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes
(CEDCA) no valor de R$ 2 milhões. Sensibilização dos entrevistadores para o
atendimento e preenchimento do nome social no Cadastro Único, por meio de
capacitação. Em 2017 foram atendidos 6 escritórios regionais abrangendo 96
municípios na capacitação do Cadastro Único. Estão previstas outras capacitações para
atender mais 74 municípios até dezembro de 2017, para a sensibilização dos
entrevistadores para atendimento e preenchimento do nome social no Cadastro Único,
por meio de capacitação nas Regionais SEDS.
Ação 2: Promover campanhas de educação em direitos humanos em relação à
orientação sexual e identidade de gênero. Realizar campanha junto a mídia impressa e
televisiva. Parceria SECS/SEEC.
Não informado.
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Ação 3: Fortalecer o sistema estadual de comunicação, em parceria com as demais
secretarias e sociedade civil, através de materiais impressos e audiovisuais, incluindo e
implementando uma programação voltada para as necessidades da comunidade LGBT.
Não informado.
Ação 4: Parceria com a Secretária de Educação. Promover acesso e permanência
das travestis e transexuais na educação Básica e Superior, com respeito a sua
identidade de gênero, garantindo o ensino e aprendizagem, bem como o acesso seguro
aos banheiros e ao uso do nome social, evitando situações vexatórias e diminuindo seu
contexto de vulnerabilidade.
Cumprido. Maio de 2014, Web conferência, “Diálogos em Rede: Relações de Gênero e
Diversidade Sexual Travestis e Transexuais e o Direito a Educação”, “Nome social na
escola – Travestis e Transexuais e o Direito a Educação – Perguntas e Respostas sobre
o Nome Social na Escola”. Em 2017. Produção e divulgação de material pedagógico –
Nome Social – Nome Social na Escola – Travestis e Transexuais e o Direito à
Educação – Perguntas e Respostas sobre o Nome Social na Escola.
Ação 5: Parceria SECS/SEED . Promover e divulgar as políticas e os direitos da
comunidade LGBT nas instâncias de controle social, como comissões, ouvidorias,
conselhos e grupos de trabalho, para dialogar sobre formulação de políticas públicas.
Cumprido parcialmente. O material enviado não consta a mensagem completa
referente aos indicadores cumpridos. “Educação em Debate – As violências contra as
mulheres”. A exibição ocorreu em 04 de junho de 2016, e está prevista outra exibição
no dia 16 de julho de 2016. A veiculação dos programas na TV aberta foi amplamente
divulgada para as/os profissionais da rede Estadual de Ensino. Os programas também
estão disponíveis para download no Portal Dia a Dia Educação.
• SECRETÁRIA DE ESTADO DA CULTURA
Ação 1: Garantir a participação dos segmentos LGBT nas instâncias de controle social,
como as Comissões, Ouvidorias, Conselhos e Grupos de Trabalho, para intervir na
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formulação de políticas públicas e acompanhar denúncias de violação de direitos
LGBT.
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comunicação, esportes e urbanismo, através de parcerias governamentais e da
sociedade civil, em relação às questões de gênero, diversidade sexual, composição
familiar e direitos humanos relacionados a comunidade LGBT.
Não informado.
Ação 3: Incentivar e apoiar as manifestações culturais LGBT em todas as regiões do
Paraná, através de editais inclusivos, promovendo a Parada da Diversidade LGBT, o
Festival Cultural LGBT, mostra de vídeos, espetáculos de teatro, música, dança,
performances e mostra de artes visuais que trabalhem essa temática.
Não informado.
• CONCLUSÃO
Considerando a atribuição do Núcleo de Promoção dos Direitos LGBT, do
Ministério Público do Estado do Paraná, de monitorar a implementação do Plano
Estadual de Políticas Públicas para a Promoção e Defesa dos Direitos de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) do Paraná, bem como em vista de
cada um dos itens acima analisados, cumpre apresentar uma análise panorâmica e
quantitativa das ações e metas cumpridas, ou não, pelas Secretárias de Estado do
Governo do Paraná para o cumprimento do Plano Estadual LGBT.
• CUMPRIMENTO DAS AÇÕES E METAS DO PLANO LGBT –
PARANÁ
Secretárias Açõesprevistas
Açõescumpridas
Parcialmentecumpridas/em andamento
Nãocumpridas/Nãoinformadas
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Secretária da Justiça, Trabalho eDireitos Humanos
15 4 10 1
Secretária da Família edesenvolvimento Social
9 3 - 6
Secretária da Saúde 9 5 0 4
Secretaria da Educação 8 4 4 -
Secretária do Esporte e Turismo 5 0 0 5
Secretária do DesenvolvimentoUrbano
1 - - 1
Secretária da Comunicação Social 1 - - 1
Secretária da Cultura 1 - - 1
Secretária da Segurança Pública 6 2 - 4
Total 55 18 14 23
Sem mais, encerramos a presente.
Curitiba, 16 de julho de 2018.
Rafael Osvaldo Machado Moura
Promotor de Justiça
Coordenador do Núcleo LGBT
Centro de Apoio Operacional
das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos
Camila Mafioletti Daltoé
Assessora Jurídica
CAOPDH
Isabel Cortes Da Silva Ferreira
Estagiária de Graduação em Direito
CAOPDH
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