nota publicada no jornal diÁrio de pernambuco … · (o visconde partido ao meio, Ítalo calvino)...

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2 O optometrista Darilson Rodrigues foi autuado ontem na Polícia Federal por exercer ilegalmente a profissão. Ele estava numa sala da Associação Pernambucana dos Servidores do Estado, na Boa Vista, por volta das 10h, consultando um paciente. Depois de prestar depoimento na sede da PF, ele foi liberado. Darilson vai responder a um Termo Circunstanciado de ocorrência por estar trabalhando irregularmente. O crime tem pena de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa. A autuação faz parte de uma ação promovida pela Vigilância Sanitária do recife e Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, que investigam o exercício ilegal a medicina. Segundo a assessora jurídica da Vigilância Sanitária do Recife, Luciana Brayner, Darilson estava atuando usando uma liminar que está suspensa desde 14 de abril passado. Segundo o secretário geral do Cremepe, Antônio Jordão, a profissão de optometrista é proibida no País desde 1932. “Ele prescreve óculos e não faz exame de fundo de olho, por exemplo”, observou. Darilson Rodrigues disse que a sua categoria está sendo vítima de uma perseguição profissional. “Fazia apenas o que o meu diploma permite”, argumentou. NOTA PUBLICADA NO JORNAL DIÁRIO DE PERNAMBUCO DE 11 DE MAIO DE 2005 CREMEPE CREMEPE CREMEPE CREMEPE CREMEPE OPTOMETRISTA É AUTUADO NA BOA VISTA Jota Zero 100.p65 01/01/00, 08:42 2

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Page 1: NOTA PUBLICADA NO JORNAL DIÁRIO DE PERNAMBUCO … · (O Visconde partido ao meio, Ítalo Calvino) Caros colegas, Procuramos, dentro do possível, simplificar o juridiquês sem comprometer

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O optometrista Darilson Rodrigues foi autuado ontem na Polícia Federal

por exercer ilegalmente a profissão. Ele estava numa sala da Associação

Pernambucana dos Servidores do Estado, na Boa Vista, por volta das

10h, consultando um paciente. Depois de prestar depoimento na sede

da PF, ele foi liberado. Darilson vai responder a um Termo Circunstanciado

de ocorrência por estar trabalhando irregularmente. O crime tem pena

de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa. A autuação faz

parte de uma ação promovida pela Vigilância Sanitária do recife e

Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, que investigam o

exercício ilegal a medicina.

Segundo a assessora jurídica da Vigilância Sanitária do Recife,

Luciana Brayner, Darilson estava atuando usando uma liminar que

está suspensa desde 14 de abril passado. Segundo o secretário geral

do Cremepe, Antônio Jordão, a profissão de optometrista é proibida

no País desde 1932. “Ele prescreve óculos e não faz exame de fundo

de olho, por exemplo”, observou. Darilson Rodrigues disse que a sua

categoria está sendo vítima de uma perseguição profissional. “Fazia

apenas o que o meu diploma permite”, argumentou.

NOTA PUBLICADA NO JORNAL DIÁRIO DE PERNAMBUCO

DE 11 DE MAIO DE 2005

CREMEPECREMEPECREMEPECREMEPECREMEPE

OPTOMETRISTA É AUTUADO NA BOA VISTA

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Jota Zero 100.p65 01/01/00, 08:422

Page 2: NOTA PUBLICADA NO JORNAL DIÁRIO DE PERNAMBUCO … · (O Visconde partido ao meio, Ítalo Calvino) Caros colegas, Procuramos, dentro do possível, simplificar o juridiquês sem comprometer

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Elisabeto Ribeiro Gonçalves - Presidente do CBO

PALAVRA DOPRESIDENTE

PALAVRA DOPRESIDENTE

m 31 de março de 2005, o MM Juiz Federal titular da 9a. Vara Federal de Brasília/DF, Dr. Antônio Corrêa, concedeuliminar que suspende os efeitos da nova versão da Classificação Brasileira de Ocupações, versão 2002, editada pelaPortaria do Ministério do Trabalho e Emprego, Portaria n.º 397, de 09/10/2002, a qual contemplava uma suposta e ilegalfamília ocupacional, de n.º 3223, dos ópticos optometristas.

Não obstante o permanente trabalho de contestação do CBO junto ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, emnovembro de 2004 a CBO/2002 foi convalidada. Não restou ao CBO outra alternativa que não o ajuizamento de umaAção Civil Pública para salvaguardar os direitos coletivos e difusos da população brasileira, em relação ao direito de seratendida por médicos, e não por comerciantes.

A liminar veio rapidamente e douto juízo federal foi sábio em advertir em sua decisão que somente médicos oftalmologis-tas podem realizar exames de refração, adaptação de lentes de contato, exames dos olhos e seus anexos. Determinou asuspensão imediata dos efeitos ato administrativo do então Ministro do Trabalho e Emprego, corolário da própria CBO/2002. A decisão veio a confirmar o que o CBO afirma há mais de setenta anos: “A população tem o direito de ser atendidapor médicos oftalmologistas, e o atendimento realizado por comerciantes, autodenominados, então, ópticos optometristas,coloca em risco a integridade física do povo.”

No dia em que preparávamos o presente editorial fomos informados que o ínclito Juiz Federal, Dr. Antônio Correa,manteve a decisão liminar, apesar do pedido de retratação feito pelos optometristas. O MM Juiz Federal foi mais longe:determinou, ainda, a retirada dos optometristas da ação até que o MTE e a própria União Federal se manifestassemoficialmente nos autos da Ação Civil Pública.

Em ações paralelas, o CBO e a SBO obtiveram da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, em fevereiro desteano, o fechamento do curso de bacharelado em Optometria. A ULBRA, de Canoas/RS, paralisou a realização dosvestibulares para o curso de Tecnologia em Optometria. O CBO e a SCO conseguiram liminar para impedir que o ColégioNacional de Óptica e Optometria - CNOO, de Itajaí/SC, continuasse a realizar exames de refração e adaptação de lentesde contato, além de ter sido determinado que o CNOO/SC tivesse seus equipamentos médico-oftalmológicos inventariados,apreendidos e lacrados, o que só não se efetivou por que o CNOO/SC, em manobra marcada pela esperteza, retirou desuas instalações todos os seus equipamentos antes do cumprimento da liminar. O Ministério Público do Estado de SantaCatarina, por meio dos promotores de justiça de Canoinhas/SC, Dr. José Renato Corte e Dr. Eduardo Sens dos Santos,ingressaram com outra Ação Civil Pública, posterior àquela ajuizada pelo CBO, e obtiveram da MM Juíza de Direito deCanoinhas/SC, Dra. Dayse Hergt de Oliveira Marinho, da 1a. Vara Cível, liminar proibindo que os alunos e professoresde Optometria, não-médicos, receitem óculos e adaptem lentes de contato. Indo mais além, a MM. Juíza Dayse Marinhodeterminou que a educandária adequasse seu material publicitário em relação ao oferecimento do curso. O presidente doConselho Regional de Óptica e Optometria de Pernambuco – CROO/PE foi denunciado e preso pela prática do crime deexercício ilegal da medicina. A UNIFRAN, de Franca/SP, após denúncia do CBO ao Ministério Público de Franca/SP, nemsequer se atreveu a realizar o primeiro exame vestibular para o curso superior de Optometria. Vários consultórios deOptometria foram fechados por ordens judiciais oriundas de ações jurídicas propostas pelo CBO e CBO’s Estados, além devárias casas ópticas terem seus equipamentos médico-oftalmológicos apreendidos. O Ministério Público do Pará ingressouem juízo contra o CROO/PA, para que este se abstivesse da prática de algumas atividades ilegais, como a de fiscalizaro trabalho das ópticas e fomentar a prática da Optometria não-médica dentro de ópticas, entre outras. No dia 06 passado,foi celebrado termo de compromisso entre o CBO, CREMEPE, a Sociedade de Oftalmologia de PE, a Sociedade deMedicina de PE e a Associação das Empresas do Setor Óptico de PE no qual os signatários reafirmam que as ametropiassão doenças e que, exatamente por isso, não podem ser diagnosticadas e tratadas por outro profissional que não o médicooftalmologista. Foi uma bela vitória do CBO e da SOP, essa liderada pelo seu presidente, o Colega Theóphilo José deFreitas Neto.

O CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA ATUANDO COMO FISCAL DA LEI

Esperar é próprio do homem; e do homem justo, esperarcom confiança; do injusto, com medo.

(O Visconde partido ao meio, Ítalo Calvino)

Caros colegas,Procuramos, dentro do possível, simplificar o juridiquês sem comprometer o essencial da informação.De tudo uma coisa é certa: se, por um lado, o nosso CBO tem se empenhado firmemente na defesa da saúde pública

e dos nossos legítimos interesses, por outro não podemos perder de vista que ainda há muito a ser feito ao longo de umadesgastante caminhada na qual o seu apoio e confiança são indispensáveis.

A Diretoria do CBO

E

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E X P E D I E N T E

CCCCCONSELHOONSELHOONSELHOONSELHOONSELHO B B B B BRASILEIRORASILEIRORASILEIRORASILEIRORASILEIRODEDEDEDEDE O O O O OFTFTFTFTFTALMOLALMOLALMOLALMOLALMOLOGIAOGIAOGIAOGIAOGIAGGGGGESTÃOESTÃOESTÃOESTÃOESTÃO 2003-2005 2003-2005 2003-2005 2003-2005 2003-2005

Presidente:Elisabeto Ribeiro Gonçalves

Vice-Presidente:Hamilton Moreira

Secretário Geral:Walter Yukihiko Takahashi

1º Secretário:Marco Antônio Rey de Faria

Tesoureiro:Adamo Lui Neto

JORNAL OFTALMOLÓGICO

JOTA ZEROÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DO CBO

Conselho EditorialElisabeto Ribeiro Gonçalves, Geraldo Vicente deAlmeida, Miguel Laudelino Fernandes, PauloAugusto de Arruda Mello, Samuel Cukierman eWalter Yukihiko Takahashi

Jornalista Responsável:José Vital MonteiroMTb: 11.652

Publicidade:Westinghouse B. Carvalho eMichele MasselliTelefone/fax (11) 3731-5287/3735-6068e-mail: [email protected]

Serviços Gráficos:Ipsis Gráfica e Editora

Projeto Gráfico:Selles & HenningTel: (21) 2233-0803

Periodicidade: Bimestral

Os artigos assinados não representam, necessaria-mente, a posição da diretoria da entidade.É permitida a reprodução de artigos, desdeque citada a fonte.

Jornal Oftalmológico JOTA ZERO nº 100março / abril 2005 com circulação em maio/junho de 2005

Home Page: www.cbo.com.br

E-mail: [email protected]

ConselhoBBBBBrasileiro deOftalmologia Justiça proíbe alunos de optometria

de prescrever lentes de grau

06Dia Nacional da Saúde Ocular05

Palavra do Presidente03

Correção na ClassificaçãoBrasileira de Ocupações

08

Notícias Jurídicas10

Oftalmologia em Notícas12

Notícias dos Cursos Credenciados19

Comissão de Ensino32

Congresso Mundial de Oftalmologia35

Mobilização Profissional47

AMB51

Classificados52

Calendário Oftalmológico53

XXXIII Congresso Brasileirode Oftalmologia

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ÍÍÍÍÍ N D I C EN D I C EN D I C EN D I C EN D I C E

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O Conselho Brasileiro de Oftalmologia comemorou o Dia Nacio-nal da Saúde Ocular e Dia do Oftalmologista (7 de maio) espalhando230 out-doors em 22 cidades brasileiras para informar à populaçãosobre a importância da saúde ocular e sobre a importância daqueleque é o guardião desta saúde: o médico oftalmologista.

Os outdoors foram distri-buídos em pontos estra-

tégicos de grande visibi-lidade de; Aracaju (SE), Be-

lém (PA), Belo Horizonte(MG), Brasília (DF), Campi-

nas (SP), Campo Grande(MS), Cuiabá (MT), Curitiba

(PR), Florianópolis (SC), For-taleza (CE), Goiânia

(GO), João Pessoa (PB), Ma-ceió (AL), Manaus (AM),

Natal (RN), Porto Alegre(RS), Recife (PB), Ribeirão

Preto (SP), São Luís (MA),São Paulo (SP), Teresina (PI)

e Vitória (ES).

7 DE MAIO - DIA NACIONAL DA SAÚDE

OCULAR E DIA DO OFTALMOLOGISTA

7 DE MAIO - DIA NACIONAL DA SAÚDE

OCULAR E DIA DO OFTALMOLOGISTA

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Os alunos e professores não-médicos do Curso de Optometriada Fundação Universidade do Contestado em Canoinhas (SC)estão proibidos de realizarem exames de refração e de prescreverlentes de grau. Além disso, a Universidade deve, no prazo de 30dias a contar de 20 de abril, modificar totalmente o materialpublicitário de seu curso e informar claramente que os optome-tristas não estão legalmente habilitados para prescreverem len-tes de grau.

Este é o conteúdo da liminar deferida pela Juíza Dayse Hergetde Oliveira Marinho, da primeira Vara da Comarca de Canoinhasem resposta à Ação Civil Pública interposta pelo Ministério Público

JUSTIÇA PROÍBE ALUNO

DE PRESCREVER LEN

A íntegra da decisão da Juíza é a seguinte:Comarca de Canoinhas - 1ª Vara

Cuida-se de AÇÃO CIVIL PÚBLICA interposta pelo MINISTÉ-RIO PÚBLICO DE SANTA CATARINA, contra a FUNDAÇÃO UNI-VERSIDADE DO CONTESTADO – CAMPUS CANOINHAS, emdefesa dos direitos e interesses dos consumidores, objetivan-do provimento, em sede de liminar, para que a ré se abstenhade permitir a realização de consultas oftálmicas e/ ou examesde acuidade visual pelos alunos e professores não-médicosdo Curso de Optometria, bem como que esta adeqúe todoseu material publicitário para fazer constar de forma precisa,clara e ostensiva, a informação de que o profissional deoptometria não pode prescrever, indicar ou aconselhar autilização de lentes de grau, por ser atividade exclusiva demédico oftalmologista.

Para tanto, alega que a legislação aplicável à espécielimita a profissão do optometrista às funções dos médicosoftalmologistas, entre elas, a que cuida das patologias, ame-tropias e prescrição de lentes corretoras. Assim, a prescrição,a indicação e o aconselhamento sobre uso de óculos e lentesde contato é ato exclusivo médico.

Entretanto, afirma que a ré montou uma Clínica de Opto-metria e está exercendo atividade privativa de médico, alémde veicular material publicitário enganoso, ao oferecer ser-viço educacional correlacionado ao sucesso profissional da-quele que cursar a faculdade de optometria e estender asfunções dos optometristas além das permitidas por lei, oque leva o consumidor a erro, pois as informações veiculadassão parcialmente falsas.

Decido acerca da liminar.A liminar é de ser deferida.Como se colhe da documentação colacionada, a ré, com

de Santa Catarina contra a Universidade que vinha mantendo um“consultório” de atendimento optométrico. Com a decisão, estaprática de exercício ilegal da medicina foi paralisada em caráterliminar, enquanto o processo continua tendo prosseguimento normal.

O diretor presidente da UNC, Hamilton Wendt, declarou àimprensa da cidade que a universidade vai acatar integralmente adecisão da juíza. Ainda segundo notícias da imprensa local, Wendtafirmou que os alunos e professores do curso de optometria nãoestariam mais realizando tais consultas desde uma outra decisãojudicial semelhante e que a UNC pretende contratar médicos oftalmo-logistas para atuarem no curso e na referida clínica!!!

o intuito de promover seu Curso de Optometria, está veiculadomaterial publicitário com dados equivocados a respeito dafunção do optometrista, além de prestar serviços à comunidadede Canoinhas e região, através de exames refrativo, o acon-selhamento do uso de lentes corretoras aos pacientes quedelas precisem (fls. 22/29 e 62).

Com feito, segundo a legislação vigente, são de competên-cia exclusiva do médico oftalmologista a análise, visualiza-ção, descrição de outras anomalias encontradas no globoocular e a prescrição ao paciente de lente de grau que enten-de cabível, não sendo possível atribuir essas atividades aotécnico da optometria.

Deve nortear esta decisão o entendimento do EgrégioTribunal de Justiça de Santa Catarina, cujos precedentescolacionam-se doravante:

“Mandado de segurança. Empresa que conta com técnicoóptico. Equipamentos para teste visual (ceratrômetro). Forne-cimento de lentes e óculos sem receita médica. Câmara escu-ra. Realização de testes de refração para medir a acuidadevisual e adaptação de lentes de contato. Decreto n. 24.492de 28.06.34. Recurso desprovido.

São de competência exclusiva do médico oftal-mologista a análise, visualização e descriçãode outras anomalias encontradas no globoocular, não sendo possível atribuir-se estasatividades ao técnico da optometria.

Entre os atos permitidos ao óptico pra-tico pelo art. 9º do Decreto nº 24.492/34, não se insere o de realizar exames of-talmológicos, e, em razão do disto, recei-tara ao paciente a lente de grau que enten-de cabível. É que o aviamento permitido aeste comerciante é aquele decorrente daapresentação, pelo consumidor, de formula for-

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ALUNOS DE OPTOMETRIA

ER LENTES DE GRAU

necida pelo médico oftalmologista devidamente credenciado”(Apelação cível em mandado de segurança n. 96.009307-9, de Canoinhas. Relator: Nelson Schaefer Martins).

Ainda: “AÇÃO CÍVIL PÚBLICA. ÓPTICO PRÁTICO QUE REALI-

ZA EXAMES OFTALMOLÓGICO, INDICA E CONFECCIONALENTES DE GRAU. VIOLAÇÃO AO DECRETO Nº 24.492/34. PERIGO À SAÚDE PÚBLICA EVIDENCIADA. DEMANDAACOLHIDA. RECURDO IMPROVIDO.

Entre os atos permitidos ao óptico prático pelo art. 9ºdo Decreto nº 24.492/34, não se insere o de realizar examesoftalmológicos, e, em razão disto, receitara ao paciente alente de grau que entende cabível. É que o aviamento permiti-do a este comerciante é aquele decorrente da apresentação,pelo consumidor, de formula fornecida pelo médico oftalmolo-gista devidamente credenciado.

Assim sendo, se o óptico prático age ao arrepio da aludi-da legislação específica, põe em risco a saúde pública dapopulação onde atua, sobretudo a incauta, legitimando-se,

a ação ministerial pa-ra coibir definitiva-mente essa prática in-devida e mesmo ile-gal” (in Apelação cí-vel n. 46.963, deBiguaçu, rel. Des. Elá-dio Torret Rocha, Ter-ceira Câmara Civil,j. 07.11.95).

Conforme prevê oartigo 38 do Decretonº 20.931/32, “É ter-

minantemente proibido aos enfermeiros, massagistas, opto-metristas e ortopedistas, a instalação de consultórios paraatender clientes, devendo o material ai encontrado ser apre-endido e remetido para depósito público, onde será vendidojudicialmente a requerimento da Procuradoria dos Feitos daSaúde Pública, a quem a autoridade competente oficiaránesse sentido. O produto do leilão judicial será recolhidoao Tesouro, pelo mesmo processo que as multas sanitárias”.Em contrapartida, o artigo 14 do Decreto nº 24.492/34adscreve que, os estabelecimentos de comercialização delentes de grau (Óticas), somente possuem autorização parafornecê-las, mediante a exibição de receita expedida pormédico oftalmologista devidamente credenciado.

Em consonância a esse entendimento, o artigo 13, doDecreto nº 24.492/34, prevê que o óptico prático está proibi-do de escolher ou permitir escolher ou aconselhar o uso delentes de grau, sob pena de responder a processo por exercí-cio ilegal da medicina.

Assim, a ré, ao praticar atividade exclusiva de médicooftalmologista, realizado exames em pessoas, para posteriorprescrição de lentes, de contato ou não, pode ter infringidoas disposições dos artigos 38 do Decreto nº 20.931/32 e14 do Decreto n.º 24.492/34.

Em decorrência, a atividade que os alunos e professores daré buscam desempenhar é extremamente vedado por lei, taiscondutas põem em risco a saúde pública da população local.

Nesse sentido,consta no docu-mento de fls. 62 có-pia de uma prescri-ção concedida pelaré para o uso delentes simples assi-nada por um alunoe um professor dauniversidade. Por,conseqüência, a propaganda veiculada pela ré não estáde acordo com as funções inerentes ao optometrista, aoinformar que o mesmo pode prescrever, indicar ou aconse-lhar os meios ópticos compensatórios.

Isso posto, DEFIRO A LIMINAR, determinando à requeridaFUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – CAMPUS CA-NOINHAS se abstenha de permitir a realização de consultasoftálmicas e/ ou exames de acuidade visual pelos alunos eprofessores não-médicos do Curso de Optometria, bem comoque esta modifique no prazo de 30 dias, todo seu materialpublicitário, para fazer constatar de forma precisa, clara eostensiva, a informação de que o profissional de optometrianão pode prescrever, indicar ou aconselhar a utilização delentes de grau, por ser atividade exclusiva de médico,sob pena de pagamento de multa de R$ 10.00,00 paracada uma das obrigações. Além disso, deverá o Sr. Oficialde Justiça arrolar circunstanciadamente todos os equipamen-tos eventualmente utilizados na Clínica de Optometria depropriedade da ré.

Expeça-se o competente mandado.Cite-se. Intime-se.Canoinhas, 20 de abril de 2005

DAYSE HERGET DE OLIVEIRA MARINHO Juíza de Direito

O site encontram-se temporariamenteO site encontram-se temporariamenteO site encontram-se temporariamenteO site encontram-se temporariamenteO site encontram-se temporariamentefora de operação para manutenção.fora de operação para manutenção.fora de operação para manutenção.fora de operação para manutenção.fora de operação para manutenção.

Pedimos desculpas pelos transtornoscausados.

Esta é a mensagem literal (inclusivecom o erro de concordância) estampadano site da Universidade do Contestado,no link do curso de optometria a partirda sentença da Juiza Dayse Herget de

Oliveira Marinho

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Caros usuários,Caros usuários,Caros usuários,Caros usuários,Caros usuários,Caros usuários,Caros usuários,Caros usuários,Caros usuários,Caros usuários,

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CBO CONQUISTA VITÓRIA JURÍDICA DECISIVA

CONTRA OPTOMETRIA

Em 31 de março, o Juiz Antônio Corrêa, da 9ª Vara Federal,concedeu liminar favorável ao Conselho Brasileiro de Oftalmologiana Ação Civil Pública que a entidade move contra a União Federal eo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relacionada à divulgaçãoe aplicação da nova versão da Classificação Brasileira de Ocupações.

Em 2002, o MTE editou nova versão da Classificação Brasileirade Ocupações, pela qual a família ocupacional dos ópticos-optome-tristas teria, entre outras, as funções de prescrever lentes de grau eadaptar lentes de contato. Gestões inicias do CBO junto ao Ministé-rio resultaram na colocação de uma advertência na home pagecorrespondente, avisando que tal família ocupacional estaria sendoreestudada. Depois de alguns meses, o ministério retirou estaadvertência da internet e comunicou que a nova versão da Classifi-cação Brasileira de Ocupações estava em vigor.

Embora a classificação do MTE não tenha força legal prática, jáque uma portaria não pode sobrepor-se aos Decretos Federais 20.931/32 e 24.492/34, ela teve efeito psico-social devastador. A portariapassou a ser utilizada como “prova” de que o governo brasileiroreconhecia a optometria exercida por profissionais sem formação médi-ca e ligados ao comércio, sofisma que chegou a iludir alguns incautose causou prejuízo à saúde ocular em certas localidades do País.

“Esta acertada decisão da Justiça Federal, bem como outras vitórias jurídicas que aOftalmologia Brasileira e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia conquistaram e estãoconquistando em benefício da saúde ocular da população coloca a luta contra a opto-metria não médica num novo patamar. Mas, não podemos nos iludir. Os segmentoseconômicos interessados em transformar a assistência oftalmológica numa operaçãocontábil não foram derrotados definitivamente e, com as derrotas sofridas, poderãoentrar em desespero e multiplicar suas agressões, suas ações de propagação de sofismase suas tentativas de envolver autoridades e os setores majoritários dos ópticos queatuam dentro da lei nos seus descaminhos. O CBO está e continua atento e os oftalmolo-gistas devem continuar mobilizados em torno de suas entidades nesta longa luta.”

Elisabeto Ribeiro GonçalvesPresidente do CBO

Diante dessa realidade, o CBO entrou na Justiça Federalcom uma Ação Civil Pública demandando a suspensão da fa-mília ocupacional n.º 3223, da Classificação Brasileira de O-cupações/2002 e pela intimação do MTE para que aponhade modo visível, em destaque e fonte vermelha e de tamanhomaior que as demais letras e em negrito e sublinhado, emforma de tarja de advertência, na internet, que a família ocu-pacional encontra-se suspensa por ordem judicial, que seráadequada aos termos dos Decretos ns. 20.931/32 e 24.492/34 e que a citação de dita família ocupacional na CBO/2002,de n.º 3223 não credencia nenhum outro profissional, quenão o médico oftalmologista, a realizar exames de refração(prescrição de lentes de grau) e adaptar lentes de contato,determinando, ainda, que os demandados, até o final da açãonão editem, mandem editar, publiquem, divulguem, por qual-quer meio que seja, e não distribuam a CBO/2002 sem atarja supra-referida.

Na mesma ação, o CBO demandou que o MTE comunicassea decisão, de forma oficial, à Agência Nacional da Vigilância Sani-tária, às Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estaduais e do DistritoFederal, as Secretarias de Saúde de todos os Municípios brasileirose do Distrito Federal, as Secretarias de Estado de Saúde de todos osEstados da União e do Distrito Federal, os Conselhos Estaduais deEducação de todos os Estados Brasileiros e do Distrito Federal e asSecretarias Municipais de Educação de todos os Municípios brasilei-ros e do Distrito Federal, os órgãos do Poder Judiciário, os Ministériosda Saúde, Ministério da Justiça, Ministério da Educação e Culturae órgãos das Polícias Estadual e Federal, Polícias e Brigadas MilitaresEstatuais e Distrital, Ministério Público Federal, Ministério Público doTrabalho de todos os Estados Federados e do Distrito Federal e Territórios,Ministérios Públicos dos Estados, Conselhos Estaduais de Educação detodos os Estados brasileiros, Secretarias Municipais de Educação detodos os municípios brasileiros e Sindicato do Comércio de ProdutosÓpticos Varejistas e Atacadistas – SINDIÓPTICA, de todos os Estadosda Federação e do Distrito Federal.

Como a Decisão do Juiz Antônio Corrêa não esclareceu sobrea obrigatoriedade do MTE oficiar os órgãos públicos e entidadescivis, o Departamento Jurídico do CBO solicitará um novo pronuncia-mento da autoridade judicial neste sentido.

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1. A Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, Departamentode Emprego e Salário, do Ministério do Trabalho e Emprego, confessaque no exercício de suas atribuições introdução alteração na legisla-ção normativa administrativa e fez o “enquadramento na Clas-sificação Brasileira de Ocupações - CBO - das ocupações de“Técnico em Optometria” e “Técnicos em ótica”, incluindo asinomia de “Contatologia” (fl. 479);2. Essa alteração implicou em interpretar-se que os “Técnicos emOptometria” e “Técnicos em ótica” tivessem autorização doPoder Público para que “as casas ópticas pudessem realizar examesde visão, corolário, dos olhos e seus anexos, prescrever, indicar eaconselhar o uso de lentes de grau, sejam óculos ou lentes decontato, invadindo a área específica da medicina oftalmológica,bem como que as casas ópticas podem possuir equipamentos que sedestinam não ao aviamento das receitas médicas, mas ao diagnósti-co e tratamento de doenças oculares que provocam a baixa oudiminuição da visão” (fl. 10) e sustentam que “os demandados admi-tem, por meio da CBO/2002, que técnicos, profissionais de nívelmédico (de seis meses a dois anos de estudo), possam vir a fazer àsvezes de médico oftalmologista” (fl. 11);3. Assim posicionadas as partes, ente representativo da categoriados médicos oftalmologistas, vem a Juízo promover a presente açãopública, embasada no artigo 1º, incisos II e IV da Lei nº 7.347/85e artigos 38 e 39 do Decreto nº 20.931/32 e Decreto 24.492/34, que regulam a atividade ótica, postulando pedido de liminarque suspenda os efeitos do enquadramento, dando-lhe publicidade,e que não há permissão para que técnicos atuem nas áreas damedicina e, após a formação da relação processual, que seja declara-da nula a Portaria MTE nº 397, de 9 de outubro de 2002;4. Em princípio a pretenção deduzida encontra condições de trami-tar porque o artigo 1º, incisos II e IV da Lei nº 7.347, de 24 dejulho de 1985, permite a eleição desta via quando se pretendaproteger direitos do consumidor e outro direito difuso ou coletivo.O meu convencimento para permitir trânsito decorre da circunstânciade se tratar de saúde pública e esta deve ser vista sob ótica restrita,não permitindo que pessoas sem título científico possam diagnosticardoenças e ministrar medicamentos ou técnicas de correção de pro-blemas anatômicos ou funcionais;5. A questão jurídica é se a Portaria questionada poderia, medianteleitura ampliada, autorizar técnicos de nível médio a diagnosticar

“Trata-se de uma liminar concedida ab initio litis (no início da ação), liminarmente(desde o início), inaudita altera pars (sem ouvir a parte contrária), que antecipa oresultado final da ação, por isso chama-se de tutela sumária antecipatória, ou, ainda,tutela antecipatória de mérito”. É o que explica o assessor jurídico do CBO, FlávioWinkler, a respeito da decisão do Juiz Antônio Corrêa.

Agora o processo terá continuidade em todas as instâncias da justiça, mas enquantonão sai a decisão final, a liminar continua vigorando. O jurista afirma que o autodenomi-nado Conselho Brasileiro de Optica e Optometria acionou instrumentos jurídicos com opropósito de reverter esta decisão.

“Pessoalmente, não acredito na hipótese da liminar ser derrubada. A Lei é claríssimae somente aqueles que não querem ver podem discutir este fato. Por isto, a liminar estáe estará surtindo seus efeitos: a família ocupacional 3223 da Classificação Brasileira deOcupações do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata dos ópticos optometristas,contatologistas e outros, está suspensa e os mesmos não poderão, como nunca puderam,prescrever lentes de grau e adaptar lentes de contato, alegando que estão escudados naCBO/2002”, concluiu.

A ÍNTEGRA DA DECISÃO DO

JUIZ ANTÔNIO CORRÊA É A SEGUINTE:

doenças oculares e indicar tratamento. É evidente que contrastacom as leis em vigor, porque o exercício da Medicina é atividadepermitida apenas para pessoas que tenham obtido o título de Médi-co em Instituições de Ensino Superior, mediante aprovação de estu-dos, e que estejam registrados no Conselho de Medicina no Estadoonde estiver clinicando. Não pode haver concorrência com atividadepraticada por pessoas que não possuam a referida habitilitação eque poderá ocorrer;6. Em face da gravidade da situação de fato criada pela Portaria,melhor será suspender seus efeitos, evitando que a comunidadepossa ser atingida gravemente em seus órgãos oculares em razãode atividade desenvolvida por algum técnico que eventualmentenão tenha conhecimento para detectar a gravidade de doenças ecausar prejuízo para o administrado;7. Convencido de que deve ser impedida a atuação dos não médi-cos, que atuam com base na Portaria nº 397, de 9 de outubro de2002, suspendo os seus efeitos, ficando vedada a prática de diagnós-tico ocular e de solução para a correção de doença ou do campovisual por “Técnicos em Optometria” ou “Contatologistas”, até ojulgamento final da presente Ação Cívil Pública;8. Como a Portaria foi divulgada pela internet, a sugestão da reque-rente será acolhida determinando a autoridade que produziu aPortaria que insira, em destaque e com fonte vermelha e de tamanhomaior que as demais letras e em negrito ou sublinhado, em forma detarja de advertência, na mesma página da rede mundial de computa-dores, notícia sobre a existência da presente ação judicial eque a família ocupacional encontra-se suspensa por ordemdeste Juízo e que não estão credenciados pela CBO º 3223/2002 os Técnicos em Optometria e em Contatologia para realizarexames de refração (prescrição de lentes de grau) e adaptar lentesde contato;9. Transmita o teor da presente decisão para a autoridade queproduziu o ato administrativo questionado, por mandado, a sercumprido por oficial de justiça para que a cumpra;10. Cite-se.

Brasília , 31 de março de 2005Antônio Corrêa

Juiz Federal, Turma da 9ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal

Decisão

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O profissional formado em opto-metria não pode prescrever, indicar ouaconselhar a utilização de lentes degrau, pois se trata de prática exclusi-va dos médicos oftalmologistas. Comeste entendimento, a 9ª Câmara Cíveldo TJRS manteve a decisão da Justiçade Santo Ângelo, de janeiro de 2005,em antecipação de tutela, que proibiuo optometrista Sérgio Luis Zimmer derealizar exames de refração.

O Conselho Brasileiro de Oftalmo-logia e a Sociedade de Oftalmologiado Rio Grande do Sul (Sorigs) ajuiza-ram ação contra Óptica e Joalheria Mi-rim Ltda., Sergio Luis Zimmer e BellaVista Clínica de Optometria, para quefosse determinado o arrolamento, la-cre, apreensão e depósito de equipa-mentos utilizados em exames de refra-ção, examinadores de retina, cadeiraoftalmológica e outros, bem como abusca e apreensão de receituários, re-ceitas, prontuários e “fichas e documen-tos de pacientes”.

Pediram também para que Zimmerfosse proibido de praticar adaptações

MANTIDA LIMINAR QUE PROIBIU ÓPTICO

DE PRESCREVER LENTES DE GRAU

O Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Ótica doComércio do Estado do Ceará - Sintoice - foi condenadoa pagar trinta salários mínimos a título de indenizaçãopor danos morais à Cooperativa dos Oftalmologistas doCeará - Cooftalce, além de arcar com os custos processu-ais e honorários advogatícios limitados a 20% do valorda condenação. Sentença neste sentido foi assinada em03 de novembro de 2004 pelo Juiz Carlos Alberto Sá daSilveira, da 6ª Vara Cível de Fortaleza.

O processo movido pela cooperativa contra o Sintoice

COOFTALMO OBTÉM VITÓRIA CONTRA SINDICATO DE ÓPTICOS

de lentes de contato e que não anunci-asse, por qualquer meio, a concessãode consultas, testes ou exames de vista.

Em 19 de janeiro passado, a juízaNadja Mara Zanella, de Santo Ângelo,deferiu a antecipação da tutela. Dessadecisão houve recurso de agravo deinstrumento ao TJRS.

A decisão foi integralmente mantidapela 9ª Câmara Cível do TJ. No entenderda relatora, desembargadora Íris HelenaMedeiros Nogueira, “a julgadora dacausa corretamente proibiu a prática,por parte dos agravantes, dos atos queevidentemente são privativos do médico,mas preservou o exercício da atividadepara a qual o agravante logrou qualifica-ção no curso oficial de optometria, re-conhecido pelo MEC”.

Para a julgadora, “a manutençãoda liminar justifica-se exatamente por-que há nos autos indícios suficientesde que os agravantes prescrevem, sim,o uso de lentes de grau, independente-mente da apresentação de receitas mé-

dico-oftalmológicas”.O acórdão também considera que

“se a venda de lentes em ópticas estácondicionada à apresentação de recei-tas médico-oftalmológicas, no caso emanálise, o fato de a primeira demanda-da ser de propriedade de Sérgio LuísZimmer, é circunstância que demonstraa necessidade da medida postulada,eis que o paciente fica condicionado,presume-se, a adquirir as lentes necessá-rias em tal estabelecimento comercial”.

O assessor jurídico do CBO, Flá-vio Winkler, considera que a decisãoda 9ª Câmara Cível do TJRS impor-tante não só por confirmar sentençajudicial anterior, como também por tersido amplamente divulgada nos meiosjurídicos através de jornais e boletinseletrônicos. Desta forma, vai se con-solidando cada vez mais o entendi-mento jurídico de que a prescrição delentes de grau é ato médico e só po-de ser executado por médicos e multi-picando a jurisprudência em favor dasaúde ocular da população.

foi motivado por uma entrevista publicada no jornal “OPovo” de 14 de abril de 2002, na qual o vice-presidentedo sindicato declarou que os médicos oftalmologistas quenão tenham feito curso de optometria estariam trazendograves prejuízos à saúde visual dos cearenses por faltade capacitação técnica. Simultaneamente, o sindicatoespalhou por vários bairros de Fortaleza um folheto intitu-lado “Saiba o que é optometria”, incentivando a popula-ção a desconsiderar o atendimento médico-oftalmológicopreferindo o atendimento em estabelecimentos comerciaisfeito por pessoas sem formação médica.

“Daí em diante é que eu entendi que, para se dar bem em negócios, o importante é ter ta-lento, ao molho de sacanagem. Ser um bom comerciante é ser maliciosamente experto (sic).

E nesse terreno só vence mesmo quem não tem escrúpulos.”Foi desta forma que Adelino Miranda, óptico português estabelecido em Porto Alegre, um

dos pioneiros da Optometria no Brasil e autor de seis livros, terminou seu depoimento, intitula-do “Fascinado pela Óptica” na Revista Convergência de janeiro/fevereiro de 2005, Ano IV, nº20. O artigo também pode ser lido no site www.revistaconvergencia.com.br, no link “Artigo doMiranda - Fascinado pela Óptica”

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Desde setembro de 2004, o auto-denominado Conselho Regional de Ó-tica e Optometria do Estado do Paráestá proibido de exercer a função defiscalização de óticas por força de li-minar concedida pela Juiza RosileideMaria da Costa Cunha Filomeno emAção Civil Pública movida pelo Ministé-rio Público do Pará.

Segmentos interessados em aprovara optometria como atividade exercidapor pessoas sem formação médica liga-das ao comércio óptico, em mais umlance para confundir a opinião públicae as autoridades, criaram empresas mer-cantis pitorescamente batizadas de“Conselhos Regionais de Óptica e Op-tometria” e de “Conselho Brasileiro deÓptica e Optometria” como se fossemautarquias fiscalizadoras do exercícioprofissional. Continuando a empulha-ção, os diretores dessas empresas mer-cantis passaram a cobrar anuidades etaxas dos estabelecimentos óticos devárias partes do País e a realizar diligên-

JUSTIÇA DO PARÁ SUSPENDE ATIVIDADE DO

AUTODENOMINADO CROOcias de fiscalização “exigindo” que pro-fissionais honestos passassem a fazerparte do cadastro de tão singular conse-lho, mediante pagamento.No Pará, tal prática foi suspensa.Veja a íntegra da decisão da Juíza Rosi-leide Maria da Costa Cunha Filomeno:

Classe: Ação Civil PúblicaProcesso: 2004.1.056816-5Trata-se de Ação Civil Pública com

pedido de Liminar, intentada pelo Minis-tério Público do Estado do Pará, contrao Conselho Regional de Ótica e Opto-metria do estado do Pará, tudo de con-formidade com a Lei 7.347, de 24 dejulho de 1985.

No caso vertente, cuida-se de açãocivil visando proibir a suplicada de exer-cer serviço de fiscalização, sem ser au-tarquia, do ótico optometrista, estimu-lando atividade ilegal a atividade deexames e testes de visão.

Considerando os argumentos e osdocumentos atrelados na petição inicial,demonstram, suficientemente para esta

fase do processo, em que ainda não seouviram os argumentos contrários, a ile-galidade e nocividade da atividade de-senvolvida pela ré, a provocar danosque serão irreparáveis no caso de amedida ser concedida somente a final,defiro a medida liminar e determino, quea suplicada não exerça serviço de fis-calização profissional do Ótico Opto-metrista, estimulando a atividade ilegalde realização de exames e testes devisão, adaptação de lentes de grau,sem prévia receita médica, constituindoexercício ilegal da medicina e práticapor outros profissionais que não o mé-dico oftalmologista.

Cite-se a ré para contestar, no prazode 15 dias, pena de se presumirem a-ceitos como verdadeiros os fatos alega-dos na inicial, anotado no mandato queo processo seguirá o rito ordinário.Belém, 20 de setembro de 2004

Rosileide Maria da C. Cunha FilomenoJuiza de Direito

21ª Vara Civel-Fazenda Pública, Autarquias

Em reunião com o Reitor da Universidade Estácio de Sá, Dr. Gilberto M. de Oliveira Castro, a SociedadeBrasileira de Oftalmologia e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia receberam a notícia de que o Curso deOptometria estava extinto definitivamente.

A reunião realizada em 23 de fevereiro, no Rio de Janeiro, na Reitoria da Estácio de Sá, onde a Socieda-de Brasileira de Oftalmologia, representada pelos diretores Yoshifumi Yamane e Luis Carlos Portes, e o Conse-lho Brasileiro de Oftalmologia, representado por Miguel Ângelo Padilha, ouviram do próprio Reitor que aEstácio de Sá não realizou, nem realizará, vestibular para o curso de Optometria.

A Oftalmologia Brasileira vem pleiteando a extinção do Curso Superior de Optometria da UniversidadeEstácio de Sá desde 1998, ocasião em que Miguel Ângelo Padilha, então presidente da Sociedade Brasileirade Oftalmologia (SBO), Geraldo Vicente de Almeida, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)e Elisabeto Ribeiro Gonçalves, então presidente da Associação dos Médicos Oftalmologistas de Minas Gerais(AMO), levaram informações sobre os malefícios que a profissão causaria à saúde ocular da população brasi-leira, esclarecendo, ainda mais, que a Optometria não é uma profissão regulamentada no Brasil.

O fato é que, apesar das argumentações da Oftalmologia, a Estácio de Sá realizou pelo menos um vestibu-lar, formando uma única turma com cerca de 20 alunos no final de 2004.

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia e todos os doze mil oftalmo-logistas brasileiros só têm de louvar e agradecer o gesto da Estácio de Sá, o qual bem traduz o apreço e orespeito da Universidade pela causa da saúde pública ocular, tão cara à Oftalmologia brasileira.

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ FECHA DEFINITIVAMENTE

O CURSO DE OPTOMETRIA NO RIO

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Em 1 de abril, foi inaugurado na região da Barra da Tijuca, zonaoeste do Rio de Janeiro, o Hospital Oftalmológico da Barra, centro deexcelência equipado com modernos recursos tecnológicos para a presta-ção de assistência oftalmológica de elevado padrão. A inauguraçãodo estabelecimento foi marcada pela realização de uma Jornada Cien-tífica seguida por coquetel e show da cantora Nana Caymmi

O diretor do hospital é Paulo César Fontes, ex-presidente daSociedade Brasileira de Oftalmologia, fundador e ex-presidente daSociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intra-Oculares e inte-grante da Comissão de Ética e Defesa Profissional III - HonoráriosMédicos, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, CBO, que dividea administração do empreendimento com a médica Mara Fontes. OHospital Oftalmológico da Barra possui centro cirúrgico com trêssalas e centro cirúrgico personalizado para cirurgia refrativa. Deacordo com os diretores, o Hospital Oftalmológico da Barra é omaior centro especializado à disposição dos médicos oftalmologistasda cidade do Rio de Janeiro.

Considerado um dos oftalmologistas mais influentes do século XX, J. Donald M. Gass faleceu em28 de fevereiro, com 76 anos de idade. Seu trabalho em angiografia contribuiu para a melhorvisualização da retina e a distinção entre várias doenças vítreo-retinianas e seu constante pioneirismofizeram dele uma legenda entre os retinólogos e entre todos os oftalmologistas do mundo.

Gustavo Barbosa Abreu é o novo presidente da Sociedade Brasileira de Ecografia em Oftalmologia(SOBRECO), eleito em fevereiro. A nova diretoria da entidade também é integrada por SebastiãoCronemberger (vice-presidente), Vera Regina Castanheira (1ª secretária), Lília Muralha (2ª secretária),José Carlos Eudes Carani (tesoureiro) e Norma Allemann (diretora de cursos). Os contatos com aSOBRECO podem ser efetuados através do e-mail [email protected]

O Deputado Carlos Fernando Agustini (Fernando Coruja - PPS/SC) apresentou um proje-to substitutivo ao projeto de lei nº 5.963/01, do deputado Milton Monti, que torna obrigató-rio o exame de acuidade visual em todos os alunos matriculados no ensino fundamental dasescolas públicas e particulares. No relatório que apresentou à Comissão de Finanças eTributação, para exame da adequação orçamentária e financeira e do mérito, o deputadoFernando Coruja considerou “inegável o mérito da proposição que visa melhorar as condiçõesde saúde das crianças matriculadas no ensino fundamental”.

Considerou, entretanto, que no projeto original as despesas decorrentes da aplicação dalei deveriam ser custeadas pelo Ministério da Saúde, enquanto que na sua avaliação elasdevem ser originárias do Sistema Único de Saúde, o que provocou a apresentação de seuprojeto substitutivo. O projeto continua na Comissão de Finanças e Tributação.

O Prefeito de São Luís, Tadeu Palácio, recebeu em seu gabinete, semanapassada, uma comissão de médicos oftalmologistas a fim de tratarem da organiza-ção do XV Congresso Norte Nordeste de Oftalmologia que acontecerá em São Luísem meados de 2006.

De acordo com o Presidente da Sociedade Norte Nordeste de Oftalmologia,Mauro César Oliveira, a média de participação neste evento, que ocorre de doisem dois anos é de 600 congressistas porém, em São Luís, a Comissão Organizadoratrabalhará com uma previsão de mil participantes, devido ao apelo turístico doslençóis maranhenses, que tem despertado grande interesse nacional.

O Prefeito Tadeu Palácio prometeu apoio total ao evento e apresentou osplanos da Prefeitura sobre a criação de um Centro de Convenções em São Luís.

Banco de OlhosA reunião serviu também para selar uma parceria entre a Sociedade

Maranhense de Oftalmologia, o Banco de Olhos do Hospital Universitário Presi-dente Dutra e a Prefeitura Municipal de São Luís, no sentido de criar um programade captação de olhos para transplantes nos hospitais da rede pública do município.

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Em 12 de maio, o oftalmologis-ta e presidente do Conselho Regio-nal de Medicina de Roraima, Hi-ran Manoel Gonçalves da Silva re-cebeu o título “Orgulho de Rorai-ma”, concedido pela AssembléiaLegislativa do Estado. A entregado prêmio a quinze personalida-des de destaque de Roraima fezparte das solenidades de comemo-ração do 15º aniversário da As-sembléia Legislativa.

Em seu pronunciamento aoagradecer a homenagem, HiranGonçalves ressaltou a importãncia da premiação como um fatohistórico e como parte de um processo de constante valorização doEstado de Roraima e de sua população.

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Cuide da Saúde dos seus olhos: este é o lema do cartazelaborado pela Sociedade Paraense de Oftalmologia e afixadoem consultórios, clínicas, óticas e locais públicos.

O cartaz, escrito em linguagem clara e didática, traz umasérie de recomendações entre as quais a de procurar ooftalmologista pelo menos uma vez ao ano, realizar examepreventivo do glaucoma, não usar óculos nem colírios sem pres-crição médica e que a adaptação de lentes de contato é um atomédico. A reprodução e distribuição do cartaz contou com oapoio da empresa Master Glasses e das Óticas Ana Maria.

Os contatos com a Sociedade Paraense de Oftalmologiapodem ser feitos através do telefone (91) 222-8414.

Harley Edson Amaral Bicas, Professorda Faculdade de Medicina de Ribeirão Pretoe editor da revista Arquivos Brasileiros deOftalmologia recebeu a “Gradle Medal forGood Teaching” durante o XXV CongressoPan-Americano de Oftalmologia, realizadoem Santiago, Chile, de 18 a 21 de março.

Harley Bicas recebeu o prêmio das mãosdo ex-presidente da Associação Pan-Ameri-cana de Oftalmologia e Professor Titular deOftalmologia da UNIFESP, Rubens Belfort Ju-nior, durante a solenidade de abertura docongresso, realizada em 18 de março.

Em 05 de abril, o oftalmologista Valdir Balarin,da cidade de Rio Claro (SP), entregou os óculos para29 crianças triadas no ano anterior durante o ProjetoPequenos Olhares, realizado no ano passado. Ascrianças são alunas da Escola Estadual ProfessoraDiva Marques Gouvêa.

O Projeto Pequenos Olhares foi coordenado peloConselho Brasileiro de Oftalmologia e por integrantesda Frente Parlamentar da Saúde. Durante o segundosemestre de 2004, foram realizadas triagens e atendi-mentos em 260 municípios de todos estados brasileiros.Foram atendidos aproximadamente 15 mil alunos da

primeira série do ensino fundamental das escolas públicas e o projeto contou com a partici-pação de aproximadamente 800 oftalmologistas voluntários. Grande parte dos óculosprescritos já foi entregue. As lentes foram fornecidas pela empresa Essilor, as armaçõesforam de responsabilidade do CBO e os óculos foram montados pela Coordenadoria Estadualde Oftalmologia Social da Secretaria Estadual da Saúde de Minas Gerais.

Na avaliação do presidente do CBO, Elisabeto Ribeiro Gonçalves, a Campanha Peque-nos Olhares representou uma grande demonstração da capacidade de atuação da classeoftalmológica na resolução dos problemas comunitários. “Foi o primeiro projeto de açãocomunitária totalmente baseado no trabalho voluntário dos oftalmologistas e a respostasuperou a todas as expectativas”, afirmou.

Em 09 de abril, o oftalmologista ValênioPérez França tomou posse da cadeira núme-ro 65 do Instituto Mineiro de História daMedicina. A cadeira 65 tem como patronoVicente Soares. A solenidade ocorreu nasede da Associação Médica de Minas Ge-rais. De acordo com o presidente do Conse-lho Brasileiro de Oftlamologia, ElisabetoRibeiro Gonçalves, o fato “é uma grandehonra para a classe oftalmológica brasileirae para todos os que conhecem o colegaValenio. Profissional sério, ilibado, compe-tente, ético e dedicado as cousas da Medi-cina, Valenio Pérez França mereceu, comlouvor, esta indicação”.

Em 14 de março, o SEOPE - ServiçoOftalmológico de Pernambuco inaugurousua unidade no Bairro de Boa Viagem, locali-zada na avenida Domingos Ferreira, 2.755.Esta é a terceira unidade do SEOPE, fundadoem 1990 na Ilha do Mel, Recife, e com outrafilial na cidade de Olinda. A unidade deBoa Viagem, além de modernos equipamen-tos para diagnóstico e tratamento, montouum departamento especializado em lentesde contato. Atualmente, o SEOPE conta com25 médicos oftalmologistas, quatro aneste-sistas e 70 colaboradores e paramédicos.

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Em 22 de dezembro, faleceu de formaprematura aos 35 anos, vítima de um aci-dente automobilístico, o oftalmologista RafaelFrossard De Filippo, sua esposa, Renata, eseu filho, Rubens.

Conheci o Rafael no dia da aula inauguralde nossa residência médica com o saudosoprofessor Hilton Rocha. Desde o primeiro con-tato, destacava-se pela alegria, tranqüilidadee companheirismo. Nos anos em que passouno Instituto Hilton Rocha realizando sua resi-dência em oftalmologia e subespecializaçãoem córnea e catarata, conquistou o respeitoe a admiração de todos, colegas, professores,funcionários e pacientes, pela competência,dedicação, amizade e paixão pela profissão.

Rafael completou sua formação duranteum ano no Canadá, na Universidade de Toron-to e na Universidade McGill. No início doano de 2000, concretizando um antigo sonhocomum enquanto residentes, Rafael decideaceitar o convite e o desafio de trabalhar emBrasília, como sócio e responsável pelo De-partamento de Córnea e Catarata no INOB.

Amigo Rafa, obrigado pelos anos deconvivência e por todos os ensinamentos.“Morrer é apenas deixar de ser visto. Morreré a curva na estrada” (Fernando Pessoa).

Renato Braz Dias

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O XIII Congresso Brasileiro de Uveítesfoi realizado de 3 a 5 de março em Teresó-polis (RJ), sob a presidência de Wesley Ribei-ro Campos. O evento reuniu 100 especialis-tas, tendo como destaque as sessões de apre-sentação de temas livres, de relatos de casose as mesas redondas. O congresso contoucom a participação de Ricardo Manrique,imunologista do Hospital Dante Pazzanesi(SP), e de Leandro Tanuri, reumatologistado Departamento de Reumatologia da Facul-dade de Medicina da Universidade Federalde Minas Gerais, que debateram a açãodos imunossupressores em uveítes.

O melhor tema livre apresentado nocongresso, “Manifestações oculares na do-ença da arranhadura do gato”, de autoriade André Luiz Land Curi, recebeu o PrêmioHilton Rocha. O melhor relato de caso, “Ne-crose aguda de retina em paciente HIV+:diagnósticos diferenciais”, apresentado porCarlos Eduardo Hirata, recebeu o PrêmioMoacyr Álvaro.

A cidade de Angra dos Reis foi o ce-nário do 30° Congresso da Sociedade Bra-sileira de Retina e Vítreo, realizado de 14a 16 de abril. O evento contou com a parti-cipação de aproximadamente 600 oftalmo-logistas de todo o Pais. Entre os principaispontos debatidos estiveram a Retinopatiada Prematuridade, Retinopatia Diabética,Degeneração Macular Relacionada à Ida-de, Descolamento de Retina, Retinose Pig-mentar, Tromboses, Tumores e TraumasOculares. Cinco palestrantes internacio-nais participaram do congresso: Baruch Ku-ppermann (EUA), James Folk (EUA), Law-rence Chong (EUA), Richard Spaide (EUA)e Miguel Burnier (Canadá).

RETINA E VÍTREO

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Em 05 de maio,Maria Cristina Nishi-waki Dantas foi nome-ada diretora do De-partamento de Oftal-mologia da Santa Ca-sa de Misericórdia deSão Paulo em conse-quencia de uma mudança geral em todos osdepartamentos da faculdade e do hospitaldeterminada pelo provedor da Irmandadeda Misericórdia, Quirino Ferreira Neto.

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Cerca de 200 médicos participaram do “Simpósio Internacional de Cirurgia PlásticaOcular: Pálpebra, Órbita, Vias Lacrimais e Neuroftalmologia”, realizado em 29 e 30 de abrilem São Paulo. O evento foi coordenado por Ana Estela B. P. Ponce Sant’Ana, presidente daSociedade Brasileira de Plástica Ocular e teve com a participação dos especialistas norte-americanos Peter Rubin e Vikham Durairaj. A solenidade de abertura do evento contou coma presença do presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Elisabeto Ribeiro Gonçalves.

PLÁSTICA OCULAR

Em 26 de abril, foramencerradas as atividadesda Campanha Olho noOlho de 2004 no Recifecom uma solenidade quecontou com a participa-ção do prefeito João Pau-lo, de representantes daUniversidade de Pernam-buco (UPE), da Universi-dade Federal de Pernam-buco (UFPE) e de autori-dades ligadas às áreas deeducação e saúde. Nessacampanha, foram triados11.487 alunos, dos quais3.110 foram enviadospara consultas oftalmoló-gicas, 2.951 receberam

atendimento, foram distribuídos 948 óculos e 141 estudantes foram encaminhados parao Hospital das Clínicas da UFPE para tratamento de diversas doenças oculares.

A Universidade de Pernambuco realizou convênio com a Secretaria de Educação daPrefeitura do Recife para viabilizar a Campanha. Os atendimentos foram realizados com aparticipação voluntária do serviço de oftalmologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz,do Hospital das Clínicas da UFPE e do Serviço Oftalmológico de Pernambuco (SEOPE). Aparte médica da campanha foi coordenada pela oftalmologista Maria Isabel Lynch.

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