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Profª. Mscª. Fábia Ribeiro Carvalho de Carvalho Ítalo Mateus Oliveira Barreto

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Profª. Mscª. Fábia Ribeiro Carvalho de Carvalho

Ítalo Mateus Oliveira Barreto

A propriedade do pedido ou da patente de invenção e de modelode utilidade poderá ser cedida e transferida a terceiros, desdeque formalizada por documento hábil, isto é, o inter vivos. Trata-se, pois ,de formal documento de cessão e transferência, com aindicação dos nomes completos e qualificação do cedente ecessionário, com o título, número e data da invenção , sob aassinatura de ambas as partes, e diante de duas testemunhasdevidamente qualificadas e com todas as firmasreconhecidas.

Esse documento poderá ser feito com o respectivo valor ou a títulogratuito.

Quando se tratar de transferência em virtude de sucessão,legítima ou testamentária, deverão ser apresentados osdocumentos extraídos dos autos judiciais. Quando houveralteração no nome da empresa, o documento será aqueleconcernente à modificação efetivada perante o Registro doComércio Civil das Pessoas Jurídicas.

Em Ambos os casos, se a cessão se referir perante apatente conferida, será necessária a apresentaçãoda Carta-Patente para a conseqüente anotação.

A cessão e transferência poderá ser total ou parcial,a patente em si é indivisível, mas o que se divide é asua propriedade. A titulo de exemplo , o titular únicoe exclusivo, quer seja pessoa física quer jurídica,poderá ceder e transferir a totalidade dos direitosa terceiros, a outra pessoa física ou jurídica, comotambém poderá ceder ou transferir a outraspessoas físicas ou a outra pessoas jurídicas. Seeventualmente a titularidade já é de mais de umapessoa física ou jurídica, a cessão e transferênciapoderá se verificar por parte de qualquer um dostitulares a terceiro.

Alteração de sede ou endereço do titular dapatente tão-somente requer a averbaçãodemonstrando a averbação ocorrida. Pessoajurídica a anotação se fará mercê da efetivacomprovação por documento hábil fornecidopelo Registro do Comércio ou o Civil dasPessoas Jurídicas.

Qualquer que seja a anotação a ser feita peloINPI, os seus efeitos em relação a terceirossomente prevalecerão após a publicação daanotação na Revista da PropriedadeIndustrial.

DAS LICENÇAS

É o ato revestido de formalidades, deverá conter : aspartes devidamente qualificadas , isto é , o titular dapatente ou do pedido da patente ( concedente oulicenciante) e aquele que passará a explorar ainvenção ( concessionário ou licenciado), osconsideranda , ou melhor, os motivos que levam aoestabelecimento do contrato e a capacidade técnicado concessionário em poder realizar e explorar ainvenção; o título da invenção, o seu número e data,as condições impostas, ou seja: segredo que deveráser ou não mantido, fornecimento de desenhos ,projetos, protótipos.

O controle de qualidade dos produtos, através daverificação periódoca; o prazo de vigência; o valor a serpago; o ambito de exploração; o foro de eventual litígioque deverá ser, de preferencia sempre o brasileiro; ascausas de rescisão com os respectivos prazos...

O licenciado, poderá ser investido pelo titular de todosos poderes para agir em defesa da patente.

O ato normativo n° 015, de 11.09.1975, proibiaexpressamente essa prerrogativa : “ o contrato nãopoderá conter implícita ou explicitamente cláusulasque...., n.VII- transfira para o licenciado aresponsabilidade e o ônus, inclusive financeiro, pelamanutençaõ do direito de propriedade industrialconcedido pelo registro”. Caberá exclusivamente aotitular a proteção e a defesa de sua patente, mesmoporque o CC. “ Art.6°, ninguém poderá pleitear em nomepróprio direito alheio, salvo quando autorizado por lei”

1.5- O ato normativo 120/93, de 17.12.1993,que dispõe sobre o processo de averbaçãode Atos e Contratos de Transferencia deTecnologia e Correlatos.

Os atos ou contratos que impliquem oucontenham dispositivos relativos alicenciamento de propriedade industrial,transferência de tecnologia,compartilhamento de custos e/oucooperação em programas de pesquisa edesenvolvimento, franquia,serviços deassistência técnica,científicas e semelhantesserão averbados pelo INPI.Independentemente do domicílio daspartes:

A. quando a licença envolver propriedadeindustrial registrada no Brasil;

B. quando a obrigação objeto do contratotiver que ser executada no Brasil;

C. para fins cambiais e de dedutibilidadefiscal dos pagamentos envolvidos.

Ocorrerá essa publicação depois derecebido pelo INPI o contrato, devidamenteexaminado, achado conforme e com aconsequente aprovação em toda a suaíntegra

1.6- Considerado que toda patente poderá, esempre se espera que com o tempo sejamelhorada ou aperfeiçoada pelo titular oupor terceiros,nesse particular a lei agiu embem definindo a quem pertence oaperfeiçoamento decorrente de uma patentesob contato de licença de exploração. Ocontrato de licença deverá ser aditado paraque nele fique estabelecida a primeira ou asegunda hipótese e, como está consignado,será assegurado à outra parte contratante odireito de preferência para o seulicenciamento.

Art. 64- O titular da patente poderá solicitar ao INPIque a coloque em oferta para fins de exploração.Art.3° “ sob licença voluntária”

1.7- Em verdade e durante muito tempo, com finsquiçá ,de evitar a declaração de caducidade de umapatente, era costume dos seus titulares fazerpublicação nos jornais colocando à disposição dosinteressados a sua exploração. A lei vigente passou aregular a matéria, dando poderes INPI para fazer adivulgação da oferta, através de publicação naRevista da Propriedade Industrial.

Será prudente o titular da patente forneceros elementos básicos dessa oferta,objetivando pelo INPI uma publicação maiseficaz.

O titular da patente terá, preliminarmente,que optar ou pela licença voluntária ouatravés da oferta, e , se já houver a primeira,terá que desistir da última. Se houvercontrato de licença voluntária em caráterexclusivo já averbado no INPI,terá quedesistir da oferta, posto que a licençaexclusiva não permite que a patente sejaobjeto da oferta.

O titular da patente, em examinando aoferta feita, poderá a qualquermomento desistir da mesma, e istoocorrerá quando não venha a atingirseus anseios. A única pena que terá dizrespeito a redução do pagamento daanuidade prevista pelo art.66.

Art.65-§2° “ A remuneração poderá serrevista decorrido um ano de suafixação”.

1.8- O titular da patente terá, sempre e porobjetivo precípuo, aumentar sobremaneira ovalor da exploração de sua invenção e emsentido contrário o licenciado tentará reduziresse valor. O INPI tem um sem-número decontratos de licença já averbados, está emcondições de servir de árbitro procurando dar ovalor mais correto possível para aquelaexploração sob oferta.

Poderá realizar diligências que se fizeramnecessárias ou designar comissão que poderáincluir especialistas não ligados à Autarquia,visando arbitrar a remuneração que será pagaao titular, uma vez estabelecida a remuneração,esta não será eternizada visto que poderá serrevista anualmente.

Poderá realizar diligências que se fizeramnecessárias ou designar comissão que poderáincluir especialistas não ligados à Autarquia,visando arbitrar a remuneração que será pagaao titular, uma vez estabelecida a remuneração,esta não será eternizada visto que poderá serrevista anualmente.

1.9- Como o INPI, desde longa data, vemreduzindo sobremaneira as taxas federais paraos pedidos feitos em nome dos própriosinventores, da mesma forma procederá duranteo período em que a patente se encontrar soboferta. Cessará esse benefício no momento emque, formalizado o contrato, for objeto de pedidode averbação no INPI, posto que é de presumirque a partir de então passará o titular a recebera remuneração de vida.

Art.67- “ o titular da patente poderá requerer ocancelamento da licença se o licenciamento nãoder início à exploração efetiva dentro de um anoda concessão,interromper a exploração porprazo superior a um ano ou,ainda, se não foremobedecidas as condições para a exploração.

1.20- Todo contrato de licença que sejamestabelecidas cláusulas, tem o condão de fazercom que o mesmo seja obedecido por ambas aspartes. Para evitar que venha a ocorrer a falta deexploração, a interrupção ou o cumprimento dascondições estabelecidas. Será prudente eindispensável que haja a fixação de uma multapor qualquer inadimplemento.

Art. 68 “ O titular ficará sujeito a ter a patente licenciadacompulsoriamente se exercer os direitos deladecorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticarabuso de poder econômico, comprovado nos termos dalei, por decisão administrativa ou judicial

1.21- O importante é considerar que tanto esta como aanterior dão certas garantias, emboratemporárias,àqueles que através do processo formalquerem e obtêm a patente de sua invenção.

Esta penalidade diz respeito a que por decisão do órgãoadministrativo que se incumbe deste procedimento do oupor equivalente pronunciamento do poder judiciário,deverá conceder licença compulsória.

1.22- A não fabricação no território brasileiro é porsem dúvida o óbvio porque, se a patente

foi conferida em nosso país, a comprovação terá,forçosamente,que ser feita dentro dos limites donosso território e não em outro. Toda e qualquerpatente conferida em nosso país terá a obrigação deser explorada integralmente. Deveria o governoprocurar dentro do possível, dar melhores condiçõesde produção e de comercialização ao titular dapatente, sob quaisquer formas de subsídios.

1.23- A comprovação de capacidade técnica eeconômica deverá ser demonstradas pordocumentos concludentes por ocasião do pedido delicença.

1.24- No caso da licença compulsória deve serconcedida em razão do abuso do podereconômico.

Esta imposição se destina, praticamente ,àspatentes aqui requeridas provenientes doestrangeiro e com reivindicação de prioridade ,por isso que,não obstante o pedido de licençacompulsória, poderá ainda, o titular promover aimportação do objeto patenteado.

Não havendo possibilidade de atender aomercado nacional pela fabricação em nossopaís, poderá ser suprida essa falta, porintermédio de importação, e neste caso damesma origem.

1.26- O titular da patente tem total e plenodireito de objetivar essa pretensão e o farápor intermédio da justificação do desuso porrazões legítimas. Comprovando por todos osmeios possíveis, pretendeu realizar essaexploração, ou,por outro lado, que se nãohouve a fabricação e a consequentecomercialização foi devido a obstáculos deordem legal,de imposições ou dificuldadesprovocadas pelo governo , ou em razão dafalta de matéria- prima, e, com muito maisregularidade , da falta de financiamento etc.

1.27- É prudente observar o previsto peloart.26 e seguintes que dispõe que o pedidode patente poderá ser dividido em pois oumais, de ofício ou a requerimento dodepositante, desde, que faça referênciaespecífica ao pedido original e não exceda amatéria revelada constante do pedidooriginal. Estritamente ligado um ao outro epor princípio não poderão ser separados.Nestas condições a licença obrigatória teráque abranger,dentro do possível os dois,salvaguardando por assim dizer, aexploração de ambos.

E para tal efeito estabelece as condições quaissejam: a) quando ficar caracterizada situação dependência de uma patente ,em relação a outra;b) oobjeto da patente dependente constituir substancialprogresso técnico, em relação a patente anterior,e,neste caso é de se considerar que a seguinte passaa ser muito mais importante que a original,por issoque não poderá ser relegada;c) o titular não realizaracordo com o titular da patente dependente paraexploração da patente anterior. Havendo vínculoestrito entre uma patente e a outra, a lei não dámargem a menor dúvida no que diz respeito alicença compulsória, por isso que praticamenteobriga não só ao titular do pedido original comotambém ao do pedido dividido.

1.28- Ambas as patentes estão tãoestritamente ligadas que não poderão seseparar e objetivar exploraçõesindependentes e por pessoas diversas.

1.29- Uma patente de processo poderá serconsiderada dependente de patente doproduto e vice-versa, porque na grandemaioria dos casos tanto uma como a outratêm vínculos inseparáveis e não sejustificaria uma pessoa explorar o processo eoutra qualquer, o produto resultante . Otitular da patente licenciada terá o direito alicença compulsória cruzada da patentedependente.

1.30- Em se tratando de processo e/ou de poucointeresse público manifesto, como sói acontecercom os que preservam a saúde e o bem-estarsocial, nada mais justo do que garantirsubstancialmente o seu fornecimento nomercado, não permitindo que,por razões outras,não só os titulares como também os licenciadosvenham a restringir a sua produção provocandosérios danos à população. E por se tratar depossibilidade emergencial nada mais coerentedo que deixar consignado o prazo a serestbelecido para atender a essa eventualidade.Art. 72- não se admitindo o sublicenciamento.

1.31- Em havendo interesse de ambas as partes e noscasos de livre concessão de licença, tem o titular dapatente a prerrogativa em seu próprio benefício a nãoexclusividade de sua permissão para que, dentro dopossível, outros contratos podem ser estabelecidos, ehaja um maior aproveitamento na exploração do objetode sua invenção. Em se tratando,no entanto, de licençacompulsória, é curial que não haja mesmo exclusividadepara que não só um interessado, mas outros possamtambém se valer do mesmo procedimento e ganhem comisto, de um lado, o titular da patente que não fica limitadoa um só licenciado e, de outro, os adquirentes e/ouusuários do objeto da patente que terão a livre escolhade mercado. E assim mesmo deverá ser porque, se , poroutro lado, for permitido o sublicenciamento , é evidenteque este será da competência do licenciamento que teráacesso e controle sobre o sublicenciado.

1.O pedido de licença compulsória deveráser formulado mediante indicação dascondições oferecidas ao titular da patente.Além das condições , o pedido de licençadeverá, conforme preceitua o art.68, §2°, nãosó comprovar o legítimo interesse comotambém a capacidade técnica e econômicapara realizar a exploração eficiente doobjeto da patente. O titular será intimadopara manifestar-se no prazo de 60 dias, essaintimação deverá ser feita através depublicação oficial que é a revista daPropriedade Industrial.

O pedido de patente poderá ser requeridopelo próprio ou por procurador habilitado eneste ultimo caso presume-se que o mesmotenha a assinatura da revista mencionada e acontrole eficazmente. Ao tomarconhecimento desse pedido de licençaobrigatória, deverá fazer a devidacomunicação ao titular da patente.

Pedido depositado pelo próprio titular dapatente, na maioria das vezes fica à mercê deeventuais comunicações das DelegaciasRegionais e quando isto não se verificaprocura, periodicamente, informaçõespessoais perante aquelas.

É de se determinar que a comunicação além dacostumeira, pela Revista da Propriedade Industrial,seja feita outra, obrigatoriamente, pela via postalcom o recibo de volta e, em todos os casos, para quetenha absoluta certeza de que o titular da patente foicientificado.

Em assem procedendo e tendo pleno conhecimento,o titular da patente , que houver um pedido dalicença compulsória, deverá se manifestar dentro doprazo de 60 (sessenta) dias e o fará objetivando apretensão, procurando justificar a sua inação,discordando dos valores oferecidos ou dascondições propostas. Enfim, resistirá o mais quepuder, contra esse pedido, ou finalmente concordarácom o mesmo, mas amoldando-o aos seus reaisinteresses.

E havendo presunção mas não efetivaconclusão de uma possibilidade ou de outrade abuso, a prudência recomenda que sejafeita uma vistoria administrativa, se assimdispuser de meios a Autarquia ou através dopoder judiciário.

Se o pedido de licença apenas for versadona inação do titular o ônus da provapassará,neste caso, a ser do titular da patenteque deverá, por documentoshábeis,comprovar que a utilização do objetode sua patente está sendo efetivada.

Mas havendo dúvidas sobre as razões daspartes, o INPI poderá realizar as diligênciasque se fizeram necessárias e para tantodesignará comissão de especialistas deoutros órgãos ou profissionais do ramo, como objetivo de arbitrar a remuneração queserá paga ao titular da patente. A despeito deassim o ser, o § 5° deixa claro que o INPIpoderá contar também com os órgãos deadministração pública direta e indireta. Ovalor econômico da licença concedida, oautoriza a acrescentar que não se poderá emhipótese alguma generalizar e muito menosestabelecer uma taxa fixa para a licençaobrigatória.

1.33- Devidamente concedida a licençacompulsória, tem o interessado o prazo de umano pra iniciar a exploração do objetopatenteado, podendo esse prazo ser modificadose eventualmente ficar comprovado, pordocumentos hábeis e irrefutáveis,que,nãoobstante tenha iniciado os preparativos para adevida exploração , não foi possível chegar aoobjeto desejado. Poderá ter impedimento oschamados motivos de força maior (estado deguerra, cataclisma) ou a falta dos elementos ,dispositivos, ingredientes, matéria-prima eequivalentes, necessários e indispensáveis arealização, concepção e elaboração do objeto dainvenção.

O próprio titular da patente poderá, poralgum motivo, pleitear em juízo a anulaçãoda concessão da licença compulsória,e, seassim for, é evidente que o licenciado,porprudência e enquanto não houver umadecisão final, não fará a exploração dapatente.

Decorrido o prazo de um ano de concessãoda licença compulsória sem que ointeressado tenha iniciado a sua exploração,o titular da patente poderá requerer acassação da licença.

Dá o § 2°- a prerrogativa do licenciado agirem defesa da patente, entendemos que adefesa da patente administrativa oujudicialmente é de competência exclusiva dotitular da patente e não do licenciado, sobpena de ferir o disposto no art.6° do CC,istoé,: “ninguém poderá pleitear em nomepróprio direito alheio, salvo quandoautorizado por lei”.

Após a concessão da licença compulsória,somente será admitida a sua “cessão”conjuntamente coma cessão, alienação ouarrendamento da parte do empreendimentoque a explore.

Concessão é o ato de conceder; permissão,consentimento; e que cessão é o ato de ceder,isto é , transferir a outrem direitos, posse oupropriedade de alguma coisa.

A concessão da licença compulsória,logicamente, não induz a cessão a cessão dosdireitos da patente, mas sim e apenas apermissão temporária de sua exploração.

Poderá, no entanto, e se for o caso, haver umaalteração de nome da empresalicenciada,e,neste caso,permanecerá essaempresa com todos seus elementospreponderantes e com modificação apenas dotipo de sociedade ou do seu nome comercial enada mais.

1.34- O titulo de secret patents e/ou patentes secretas.

As patente s que envolvem armas, munições, equipamentos,dispositivos, aparelhos,pertences e outros com finalidade totalou parcialmente bélica e bem assim toda e qualquer arma quevise à dilaceração do ser humano e dos animais devem serprocessadas sob o caráter do sigilo e mantidas, integralmente,em segredo até que as autoridades militares decidam sobre asua eventual liberação ou não. As primeiras, logicamente, emuito embora possam ser fruto do inventor particular, devemser rigorosamente controladas pelo Estado através dos seusMinistérios da Defesa, para que,por quaisquer outros motivosnão sejam objetos de fabricação e venda para marginais etoda a gama de pessoas envolvidas no crime.

O estado além da manutenção em segredoabsoluto durante a tramitação do pedido emais ainda ao depois de sua concessãodeverá ter a possibilidade de desapropriarmercê de um justo pagamento por essacontribuição.

1.35- Ao que tudo indica , o Certificado de Adição, segundoHenry Allart, surgiu na França sob a vigência da Lei de05.07.1844, permitindo ao inventor que aperfeiçoasse a suainvenção ou descoberta, mediante um custo bem maiseconômico.Tratava-se , portanto, de um acessório da invenção.

Certificado de adição compreende as modificações, osaperfeiçoamentos ou as adições apostas à invenção principal, eque, contrariamente à patente, não dá lugar ao pagamento deanuidades.

A convenção da União de Paris, cuja última Revisão deEstocolmo de 14.10.1967, vigente entre nós por força do Dec.635/92, que em seu art. 1°,n°.4, diz que: “Entre as patentes deinvenção compreendem-se as diversas espécies de patentesindustriais admitidas nas legislações dos países da União, taiscomo patentes de importação, patentes de aperfeiçoamento,patentes e certificados de adição

Mesmo que destituído de atividadeinventiva, desde que a matéria se incluano mesmo conceito inventivo.

Não obstante as outras modalidadespossam ser refeitas pelo primitivoinventor ou por terceiros, no caso docertificado de adição, somente poderá serrequerido pelo mesmo titular.

O exame do pedido de certificado deadição obedecerá ao disposto nos arts. 30a 37, ou melhor, no que diz respeito aosigilo durante dezoito meses; àpublicação antecipada quando forsolicitada etc.

Requerido o pedido de certificado deadição e em cumprindo todas asformalidades legais, terá que serfatalmente concedido, posto quesomente não será, se o seu objeto nãoapresentar o mesmo conceito inventivo.

1.37- Para evitar a constante demora porparte no INPI na decisão dos pedidos e depatente modelo, deixou uma alternativa, ouseja, que o prazo de vigência não seráinferior a 10 (dez) anos para a patente deinvenção e a 7 (sete) anos para a patente demodelo de utilidade, a contar da data daconcessão, dando-se-lhe como motivosprincipais o INPI estar impedido deproceder ao exame de mérito do pedido ouhaver pendência judicial.

E assim se fez para que o interessado nãofosse prejudicado, como, aliás, ocorreu eminúmeros casos, sob a égide da lei anterior,visto que muitas patentes ao seremconferidas já havia praticamente, vencidosesses prazos legais, o objeto cairádefinitivamente no domínio público, o quevale dizer,poderá ser explorado livrementepor quem quer que seja.

1.38- Os titulares das patentes de invençãoou de modelo de utilidade poderão aqualquer tempo renunciar a esses direitos,mediante pedido formal. Este deverá serfirmado pelo próprio titular, se pessoa física,ou por quem de direito,se pessoa jurídica.Signatário não só comprovar a sua qualidadeperante a empresa, como também ascondições legais que possui para renúnciade direitos. Acentue-se que os procuradoresadministrativos não tem essa possibilidadepara renunciar os direitos de outrem.

Os interessados na sua anulação deverão serouvidos.

Toda e qualquer patente é conferida a títuloprecário, presumindo ser o requerente o seuverdadeiro inventor, eis que nenhuma provaé obrigado a fazer nesse sentido.

Isto posto e devidamente publicada adecisão aceitando a renúncia, o objeto dapatente ou do modelo cairá em domíniopúblico.

1.39- extingue-se a patente de invenção oude modelo de utilidade pela caducidade.

1.40- A falta de pagamento da retribuiçãoanual também determinará a caducidade dapatente.

1.41- Extingue-se a patente pela falta deobservância ao disposto no art. 217 infra, istoé : “ A pessoa domiciliada no exterior deveráconstituir e manter procurador devidamentequalificado e domiciliado no país, compoderes para representá-la administrativa ejudicialmente, inclusive para recebercitações.”

1.42- “ A renúncia consiste na abdicação ou noabandono do direito, sem a preocupação do seudestino ulterior.

Deve ser feita por aquele que estiver no gozo dacapacidade jurídica e é conseqüência da liberdadeque todos têm de gerir seus próprios interesses.

“ A renúncia não é o meio natural de que dispõe otitular da patente para provocar a extinção doprivilégio, antes de seu termo legal. É ato voluntário,unilateral, que não depende de assentimento daadministração pública, nem de formalidadesespeciais, bastando que o concessionário, ouprocurador com poderes expressos para esse fim,declare renunciar ao privilégio ou desistir dele.”

1.43- É feito com a finalidade precípua de provocar aefetiva exploração do objeto patenteado pelo titularou por terceiros.

Ratifica-se ,por tanto, o que já se apregoou que aoINPI cabe a conferência de direito e o controle desua manutenção, mas nunca a retirada ou aprovocação de ofício objetivando a retirada dessesdireitos.

Não havendo a imposição de licença compulsória apatente será declarada caduca se, eventualmente,não tiver sido iniciada a sua exploração pelo própriotitular ou por terceiros, livremente licenciados, e apartir do momento em que for requerida a suacaducidade.

1.44- O titular da patente será intimadomediante publicação na Revista daPropriedade Industrial, para se manifestar noprazo de sessenta dias, cabendo-lhe oferecerem sua contestação todos os elementos quecomprovem eficazmente a utilização doobjeto de sua invenção por si ou porintermédio de terceiros. Poderão serapresentados folhetos, catálogos ,publicações , displays, desenhos técnicos,esquemas e outros que consolidem a atravésdas respectivas notas fiscais, faturas ouequivalentes que o objeto da invenção estásendo explorado.

1.45- Quer tenha sido feita a defesa ou não,terá o INPI o prazo de setenta dias,contadosda publicação na Revista de PropriedadeIndustrial.

1.46- Dispõe o art. 83 que a decisão dacaducidade produzirá efeitos a partir da datado requerimento.

A preclusão,não: o que foi deixa de ser ex-nunc; extingue-se o direito, com os efeitosque

Produziria; não há preclusão parcial dodireito, se bem que os sistemas jurídicosconheçam preclusão só de pretensões, deações e de exceções.

A caducidade é preclusão por outra causaque o escoar-se do tempo. Não se devepensar em caducidade parcial, porque a leiexige que a cada pedido somentecorresponda uma invenção.

Os efeitos da declaração de caducidade,ensina Gama Cerqueira, só se produzem apartir de sua data, não alcançando os fatospassados,ao contrário dos efeitos danulidade da patente, que se operam ex-tunc.

A caducidade da nulidade pressupõeexistência de vício de forma ou de fundoanterior a concessão da patente, enquanto acaducidade resulta de fatos posteriores ,podendo atingir tanto uma patente válida ,como uma patente nula.

A atual é bastante sucinta e clara dizendo, aum só tempo, que não só os pedidos comotambém as patentes estão sujeitos aretribuição anual, cujo primeiro pagamentodeverá ser feito no início do terceiro ano dadata do depósito.

O pagamento a retribuição anual deverá serefetuado dentro dos três primeiros meses decada período anual que tem como dies a quoa data do depósito do pedido.

Nestas condições o interessado deverá estaratento para providenciar o respectivopagamento, independentemente de qualquernotificação a ser feita por publicação na Revistada Propriedade Industrial. Se eventualmente nãoobservar esse prazo tem um período de graçade mais seis meses, subseqüentes, medianteretribuição adicional.

Esse prazo de seis meses , estipulado pela leivigente, está em perfeita conformidade com oato normativo n. 111/93, atendendo ao dispostono art.5-bis (1) da Convenção da União de Paris,sob o texto da revisão de Estocolmo.

Os pagamentos deverão ser feitos ao Bancodo Brasil ou qualquer outro indicado peloINPI, mediante o preenchimento da guia derecolhimento oficial. Ao depois e por petiçãodeverá o interessado juntar uma das cópiasdessa guia de recolhimento para queefetivamente fique comprovado opagamento.

1.48- A falta de pagamento da retribuição anual, nostermos dos arts. 84 e 85, acarreta o arquivamento dopedido ou a extinçaoda patente, salvo setempestivamente for promovida a sua restauraçãonos termos do art. 87.

Decorridos os prazos legais sem o pagamento daretribuição anual devida e mais ainda o prazo para aeventual restauração o pedido de patente seráarquivado definitivamente e a patente de invençãoou de modelo de utilidade será declarada extinta.Tanto num caso como no outro o seu objeto passaráo domínio público o que vale dizer poderá serexplorado, indistintamente por todos.

1.50- Além dos primeiros três meses para opagamento da retribuição anual e mais o prazo defavor de seis meses, tem agora, na falta dopagamento devido, o titular do pedido ou da patenteo direito de restaurar, isto é, obter de novo a posseou o domínio sobre o seu pedido ou a sua patente, ede recuperar ou reaver aquele direito. E para tantodeverá formular o seu pedido, dentro dos três mesesda publicação da Revista da Propriedade Industrial,mediante comprovação de retribuição específica,além, naturalmente, da já devida retribuição anual,cujo pagamento não foi anteriormente efetivado.

Assim comprovados os dois sob o comandodo preenchimento do formulário oficial ourequerimento explicativo não restará dúvidaquanto a aceitação do pedido por parte doINPI.