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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 BS N° 07/18 SEMANA: 26/02/18 a 02/03/18 ASSUNTOS: O MISTÉRIO HUAWEI UMA VISÃO SOBRE O 5G NOS EUA DESBLOQUEIO DO iPhone nos EUA NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice Memorando de Entendimentos Oi – TIM O Mobile World Congress 2018 Status do PLC 79/2016 Os Provedores Regionais se destacam no crescimento da Banda Larga Fixa Os litígios fiscais da Telefônica no Brasil Linhas Móveis no País – Janeiro de 2018 Telefonia Fixa no Brasil – Janeiro de 2018 Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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BS N° 07/18

SEMANA: 26/02/18 a 02/03/18

ASSUNTOS:

O MISTÉRIO HUAWEI UMA VISÃO SOBRE O 5G NOS EUA DESBLOQUEIO DO iPhone nos EUA

NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

Memorando de Entendimentos Oi – TIM O Mobile World Congress 2018

Status do PLC 79/2016 Os Provedores Regionais se destacam no crescimento da Banda Larga Fixa

Os litígios fiscais da Telefônica no Brasil Linhas Móveis no País – Janeiro de 2018

Telefonia Fixa no Brasil – Janeiro de 2018

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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Memorando de Entendimentos Oi – TIM

A Oi divulgou um COMUNICADO AO MERCADO informando sobre a assinatura de um Memorando de Entendimentos (MOU) com a TIM Participações que “inaugura uma importante etapa de tratativas que busca equacionar suas respectivas controvérsias e abre um novo ciclo de planejamento de compartilhamento de infraestrutura, na mesma linha de parcerias que já são praticadas atualmente no mercado de telecomunicações brasileiro”.

O texto do MOU não foi divulgado juntamente com o COMUNICADO de sorte que sem o conhecimento de seu teor é precipitado fazer qualquer observação mais fundamentada sobre a sua abrangência e real significado do ponto de vista prático. Parece ao BS que um simples Press Release teria efeitos similares no sentido de dar conhecimento à opinião pública que as Empresas inauguram uma nova etapa de relacionamento comercial abdicando de resolver suas divergências longe da esfera judicial.

Isto parece evidente quando o COMUNICADO também menciona que “A iniciativa fortalece um ambiente propositivo e de colaboração industrial dentro de um contexto de concorrência saudável para o setor de telecomunicações”.

Colocada a questão desta forma, é natural indagar as reais razões da assinatura de um documento deste tipo e de sua divulgação em um ambiente particularmente notável como é o caso do MWC – Mobile World Congress, realizado em Barcelona, Espanha.

Em casos desta natureza é normal que os Reguladores de Mercado (Anatel, CVM e Cade) peçam explicações a ambas as Empresas sobre a extensão dos possíveis acordos a serem feitos, de modo a verificar se estão em consonância com os aspectos regulamentares e de competição envolvidos, quando se consideram as demais Prestadoras de Serviço que operam no mesmo ambiente de competição.

O BS coloca esta questão na perspectiva de que a regulamentação é bastante firme no sentido de estabelecer condições isonômicas nas tratativas entre Prestadoras para a utilização de infraestrutura de suporte à prestação dos serviços de umas pelas outras. Neste contexto, não é usual que Operadoras estabeleçam entendimentos particulares que não possam ser extensíveis a qualquer outra concorrente, por isonomia1. Principalmente, quando tais Operadoras se apresentam como detentoras de Poder de Mercado Significativo.

Esta consideração é posta para registrar a sutil, mas importante condição de que ao se falar de abrir “um novo ciclo de planejamento de compartilhamento de infraestrutura” pode-se ter um entendimento distinto daquele estabelecido no parágrafo anterior. O conceito de “compartilhamento de infraestrutura” se coloca sobre um outro prisma do ponto de vista concorrencial.

1 Por isonomia, no caso, entende-se a oferta das mesmas condições técnicas e comerciais, quando se tratarem de situações idênticas, incluindo o volume de serviços envolvidos.

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O Regulador, de modo geral, não estabelece “condições isonômicas” para o “compartilhamento de infraestrutura”. Ainda que, em determinadas condições ele o estimule e, até, obrigue2. O princípio básico é reduzir os custos dos investimentos ao mesmo tempo em que se preservam determinadas condições ambientais, ao mitigar a proliferação indiscriminada destes itens necessários à implantação das Redes de Telecomunicações e, portanto, à prestação dos Serviços.

Mas, o Regulador costuma se posicionar com cautela no tema “compartilhamento” pois isto tem reflexos no processo de competição. A este respeito, no caso específico das telecomunicações, sempre é oportuno lembrar a existência da Resolução Nº 101, de 4 de fevereiro de 199, da Anatel, que trata do “Regulamento para Apuração de Controle e de Transferência de Controle em Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações”.

Este documento é bastante rígido na caracterização de possíveis entendimentos entre Operadoras que tenham implicações nos aspectos técnicos, operacionais e comerciais, com reflexos na prestação dos Serviços, capazes de influir no processo de competição. E a forma de abordar a questão é atuando na caracterização de possíveis formas de influências mútuas no “controle” das Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações.

Este ponto é reiterado nesta oportunidade, pois já foi abordado pelo BS em outras ocasiões, fruto de circunstâncias distintas, mas com idêntico escopo. E ele o faz não por razões simplesmente “legalistas” ou de uma posição de extrema rigidez em relação à aplicação da regulamentação que não permita avaliações de situações particulares. Mas, não há como desconsiderar a sensibilidade de casos desta natureza pelos seus potenciais reflexos nos negócios das demais Empresas que atuam no mercado.

Afinal, no mínimo, elas vão querer saber abertamente o que duas de suas concorrentes estão combinando entre si que possam afetar tais negócios. E o Regulador, por certo, desejará conhecer como estas combinações impactam as relações de prestação dos Serviços junto aos usuários.

Também é relevante um aprofundamento nas avaliações sobre como a teórica possibilidade de uma eventual prática generalizada de compartilhamento entre todas as Operadoras se refletiria na prestação dos Serviços, como um todo3.

Numa outra perspectiva de avaliação é relevante verificar se situações como a colocada publicamente pelo MOU celebrado pela Oi ou TIM não refletem tendências de mercado que reforcem a necessidade de uma revisão do Modelo de Prestação dos Serviços de Telecomunicações. Uma questão que recorrentemente tem sido abordada no BS e, tudo leva a crer, continuará sendo objeto de necessárias atenções por parte de todos aqueles atuam no Setor.

2 Este é o caso, por exemplo, de postes das redes de energia elétrica, dutos subterrâneos em “áreas de domínio público” torres, etc. Em tais situações, obviamente, a isonomia é uma condição essencial. 3 No caso, se entende o compartilhamento na sua forma ampla, estendendo o conceito ao compartilhamento de Redes que pressupõe, também, o compartilhamento de Espectro no caso dos Sistemas Sem Fio.

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Na sequência, é reproduzido o COMUNICADO AO MERCADO da Oi, na forma originalmente publicada em seu Site.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

COMUNICADO AO MERCADO

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Oi" ou "Companhia") informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que celebrou na data de 26/02/2018 um memorando de entendimento (Memorandum of Understanding - MOU) com a TIM Participações S.A. ("TIM"), que inaugura uma importante etapa de tratativas que busca equacionar suas respectivas controvérsias e abre um novo ciclo de planejamento de compartilhamento de infraestrutura, na mesma linha de parcerias que já são praticadas atualmente no mercado de telecomunicação brasileiro.

O entendimento entre as empresas foi estabelecido pelos Diretores Presidentes da Oi, Eurico Teles e da TIM, Stefano De Angelis, durante o Mobile World Congress, principal evento mundial do setor de telecomunicações, realizado anualmente em Barcelona. A iniciativa fortalece um ambiente propositivo e de colaboração industrial dentro de um contexto de concorrência saudável para o setor de telecomunicações.

A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados a respeito de qualquer andamento relevante sobre o tema objeto deste Comunicado.

Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2018.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial Carlos Augusto Machado Pereira de Almeida Brandão

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores e Diretor

O Mobile World Congress 2018

O BS acompanhou à distância a edição de 2018 do Mobile World Congress – MWC 2018 – realizado anualmente em Barcelona que se auto intitula como a “Capital Mundial do Móvel”. Numa primeira observação, um evento “gélido” tanto quanto a temperatura que assolou a Cidade, particularmente baixa neste ano, “devido a uma onda de frio vinda da Rússia”, destoando do “clima ameno” que geralmente permeia os eventos realizados nesta época do ano naquela cidade Mediterrânea.

“Gélido” no sentido de que houve um grande esforço por parte da Organização e dos Expositores para mostrar algo grandioso em termos tecnológicos que, no final, as pessoas não conseguem ainda entender em sua plenitude.” Gélido” no sentido de que neste ano os Keynote Speakers “estrelares” não se fizeram presentes.

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Esta ausência, por si só, denota o sentimento de um certo “desgaste” que permeia o discurso: não havia assuntos ou temas killer para anunciar que já não tivessem sido mencionadas em outras oportunidades: seria, sobre certo aspecto um “repeteco” da edição anterior.

Até “Gélido”, pela impressão secundária de que os Espanhóis que lá estavam talvez se sentissem em outro “país” pelo fato de Barcelona ser a Capital de uma Região que insiste no seu sentimento “separatista”; um “país” que (ainda!) não existe, mas que quer existir, não se sabe bem por que, a menos que as pessoas assumam o “l'esperit catalã”.

Também, ressalta a impressão de que o nome do evento já não está condizente com a realidade dos fatos do Setor de Telecomunicações. Ele é um “legado” do passado, quando a “mobilidade” era o atributo essencial dos Sistemas Sem Fio. A realidade atual destes “Sistemas Móveis Sem Fio” continua apontando, sem dúvida, para tal “mobilidade”, mas os “Sistemas Fixos” – tradicionalmente estruturados sobre Cabos e Fios - ganham cada vez mais espaço no “universo” dos Sistemas Sem Fio.

O exemplo mais evidente é o da Banda Larga Fixa Sem Fio que está se transformando em solução natural em diversas situações de atendimento seja por razões econômicas, seja pela rapidez de sua implementação. Neste sentido, o BS tem a ousadia de sugerir que os Organizadores do evento considerem mudar o nome para WWC – Wireless World Congress! Neste conceito convivem tanto o “Móvel” quanto o “Fixo”, que é a realidade atual das Redes Sem Fio padrão 4G, a qual será ainda mais evidente no padrão 5G.

Mas se não houve “Star Keynotes Speakers” em número expressivo como ocorreu, por exemplo, na edição de 2017, criou-se a expectativa em relação a outras “Estrelas” tecnológicas: as Redes 5G e a Internet das Coisas (IoT). E, de “quebra” a Inteligência Artificial sobre cujas aplicações, alcance e limites ainda se discute bastante.

Não que elas trouxessem grandes novidades em relação aos seus nomes e siglas – amplamente conhecidos e divulgados há algum tempo – mas, no que diz respeito ao seu “inter-relacionamento” e às naturais evoluções resultantes de um ano de muitas pesquisas, desenvolvimentos, “acordos individuais” firmados entre as grandes Prestadoras de Serviço e os fabricantes.

E, novamente de forma ousada, o BS se permite lançar um conceito que nas palavras pode parecer uma ambiguidade, mas na prática é uma realidade bastante palpável: os conceitos do 5G e do IoT nunca estiveram, ao mesmo tempo, tão próximos e tão distantes, no seu inter-relacionamento”. Isto, numa tentativa de se interpretar de longe o que foi dito e mostrado na “Feira de Barcelona”, como é popularmente conhecido o evento.

Próximos, porque é evidente que não existe IoT em toda a sua plenitude sem 5G, na perspectiva do que se está propondo. A “integração” entre ambos é essencial. E, distantes, porque o que se viu e se mostrou, numa visão da prestação dos Serviços, evidencia que 5G é uma “coisa” e IoT é outra “coisa”.

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5G é Rede de Telecomunicações; é Infraestrutura de Suporte! Ainda que parte dela esteja na “Nuvem”. IoT é a “Nova Internet”. A Internet que deixa de ser essencialmente de “gente” e passa a ser de “coisas”. A ponto de “gente” passar a ser “coisa”. Uma mudança que pode ser considerada sutil quando é exposta, mas cujos reflexos no “ambiente” geral das Telecomunicações pode assumir características gigantescas. E, com reflexos radicais na Sociedade “Mais Moderna” do que nunca.

Somente a título de provocação o BS coloca aos Reguladores e aos Legisladores os desafios que terão de enfrentar ao ter de “regular” um ambiente de competição no provimento dos Serviços em que os “usuários” – entendidos como o acesso às Redes - são “coisas” e não pessoas!

Talvez isto não seja necessário ou, até conveniente. Contudo, esta é uma dúvida que não é possível responder de imediato sem que ocorra a “sedimentação” do processo. Um indicativo dos “desafios” frequentemente mencionados pelo BS quando advoga a necessidade de se partir rapidamente para a formulação de um Novo Modelo de Prestação de Serviços de Telecomunicações no Brasil. O qual, na verdade, já está se delineando nos mercados mais evoluídos.

O Brasil esteve na “Feira” com uma delegação oficial (MCTIC e Anatel) e diversos Players da Indústria (Operadoras, Fabricantes, Pesquisadores). Pouco teve para mostrar ou falar; mas, muito para ver e ouvir. Um cenário que o BS gostaria de observar invertido, pelo menos em uma escala compatível com a participação do País no mercado mundial de telecomunicações, ou seja: continuar vendo e ouvindo, mas tendo algo significativo para mostrar e falar! Nem que seja um Projeto compatível com as dimensões e a pujança do País.

Espera-se que aquilo que foi visto, realmente venha a contribuir para a necessária definição de um Planejamento Nacional de implantação das Redes 5G e do desenvolvimento harmonioso da Internet das Coisas, em todas as plataformas imagináveis. Sempre lembrando que no Brasil as telecomunicações são exploradas por Empresas Privadas, em regime de franca competição.

Portanto, quando se fala em Planejamento por parte do Governo é o estabelecimento de objetivos e metas de interesse nacional que devem ser executadas pela iniciativa privada. Para tanto, há que haver incentivos, compensações ou outra forma de viabilizar projetos que exigem investimentos altíssimos, em alguns casos com rentabilidade negativa.

Encerrando este item e voltando a abordar a Fira de Barcelona, o evento teve 107.000 participantes. Um número que deixou aliviados os Organizadores que estavam na expectativa de uma quantia inferior devido à situação política da Catalunha. Praticamente repetiu o número de 2017. Assim, já está confirmado que a próxima edição continuará acontecendo em Barcelona e será realizada entre 25 e 28 de fevereiro de 2019.

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Status do PLC 79/2016

A título de mera curiosidade pois a informação pouco ou nada representa, o BS reproduz o texto do Site do Senado Federal referente ao PLC 79/2016, no início do dia de 01/03/2018.

Como se verifica, o Site apresenta uma informação que remonta a 06/02/2017, ou seja, mais de 1 ano atrás.

A observação vem a propósito de notícias dando conta que o Presidente do Senado, Eunício Oliveira, estaria propenso a colocar o PLC para discussões nas Comissões da Casa o que, até agora, não ocorreu, pelo menos que seja do conhecimento do BS.

Vale lembrar que existe uma Liminar do Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que conclui nos seguintes termos:

“...defiro parcialmente a medida liminar requerida, para determinar que o Projeto de Lei da Câmara nº 79, de 2016, retorne ao Senado Federal para apreciação formal dos recursos interpostos pelos Senadores impetrantes e para que não seja novamente remetido à sanção presidencial até o julgamento final deste mandado de segurança ou ulterior decisão do Relator do feito após o recebimento da decisão impetrada sobre os recursos interpostos. ” Nos termos dessa decisão, a Presidência aguardará a devolução dos autógrafos da matéria pela Presidência da República”.

Na “tramitação” da matéria, o último movimento registrado é de 30/03/2017 é a juntada ao Processo de um Ofício do Ministério Público Federal que pode ser acessado através do link legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=5210896&disposition=inline.

Cabe observar que circulam rumores indicando que o Governo estaria propenso a apoiar a tramitação do PLC com o que foi chamada versão “desidratada”, ou seja, retirando do seu texto alguns pontos polêmicos, como é o caso da renovação automática das licenças de RF cujo prazo de vigência expirar e a possibilidade de sua comercialização em um “mercado secundário”.

Atualmente, tal prazo é de 15 anos com a possibilidade de uma única renovação e não é possível a transferência da licença de uso do Espectro de RF que não seja em associação com a Outorga de Prestação de Serviço à qual está vinculada.

Parece haver manifestações por parte das Operadoras – ou pelo menos algumas delas – no sentido de que o PLC seja mantido na sua forma atual. Contudo, a possibilidade de discussão nas Comissões é real assim como a de serem introduzidas modificações no texto o que obrigaria seu retorno à Câmara dos Deputados.

Desta forma, no momento, é incerto como continuará a tramitação do PLC. O BS continua com seu ponto de vista que melhor seria iniciar rapidamente um processo mais amplo de revisão da LGT e, a partir desta ação, o Governo proporia um Projeto de Lei que abarque um Novo Modelo de Prestação de Serviços de Telecomunicações no País.

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Projeto de Lei da Câmara n° 79, de 2016

Autoria: Câmara dos Deputados

Iniciativa: Deputado Federal Daniel Vilela (PMDB/GO)

Natureza: Norma Geral

Assunto: Social - Comunicações.

Ementa e explicação da ementa Ementa: Altera as Leis nºs 9.472, de 16 de julho de 1997, para permitir a adaptação da modalidade de outorga de serviço de telecomunicações de concessão para autorização, e 9.998, de 17 de agosto de 2000; e dá outras providências. Explicação da Ementa: A Agência Nacional de Telecomunicações poderá autorizar, mediante solicitação da concessionária, a adaptação do instrumento de concessão para autorização, condicionada à observância de alguns requisitos, dentre eles a manutenção da prestação do serviço adaptado e compromisso de cessão de capacidade que possibilite essa manutenção, nas áreas sem competição adequada, nos termos da regulamentação da Agência. Situação Atual Em tramitação Último local: 30/03/2017 - Comissão Diretora (Coordenação de Apoio à Mesa) Último estado: 06/02/2017 - REMETIDA À SANÇÃO

Os Provedores Regionais se destacam em crescimento da Banda Larga Fixa

Há um movimento interessante ocorrendo no provimento da Banda Larga Fixa. Os Provedores Regionais sistematicamente vêm ativando mais acessos do que as grandes Operadoras.

Este pode ser um indicativo de recuperação econômica no Interior do País em proporções superiores às dos mercados onde atuam as 4 grandes Prestadoras. Outra possibilidade, é que estas maiores Operadoras estão adotando políticas menos agressivas de comercialização. Ou, ainda, a manifestação de algum nível de saturação nas classes de maior poder aquisitivo residente nas grandes metrópoles.

O fato real, é que faz todo o sentido que estas Empresas sejam mais apoiadas de forma direta ou indireta, no sentido de incrementarem, ainda mais, sua atuação.

Trata-se de uma boa notícia, ainda que se esperem resultados melhores no futuro imediato, não só quantitativamente, mas na Qualidade do Serviço prestado, também.

Na sequência segue um trecho da Nota publicada pela Anatel relativa ao fato.

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Provedores regionais sustentam o crescimento de 1,17% da banda larga em janeiro

Publicado: Segunda, 26 de Fevereiro de 2018, 15h06 | Última atualização em Segunda, 26 de Fevereiro de 2018, 17h05

Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil registrou 29,1 milhões de contratos de banda larga ativos no país no primeiro mês de 2018. Os números indicam um aumento de 336,4 mil contratos (+1,17%) no mês de janeiro de 2018 em relação a dezembro do ano passado.

Nesse período, os provedores regionais de banda larga fixa, empresas não ligadas a grandes grupos nacionais ou às concessionárias de telecomunicações, tiveram aumento de 290,8 mil contratos em operação (+6,80%). Assim, os provedores regionais registraram crescimento 3,5 vezes maior do que a soma de todos os grupos com evolução positiva (BT, TIM, Cabo, Algar Telecom, e Claro). A maior redução percentual foi apresentada pela Sercomtel com menos 9,7 mil contratos (-4,31%) e em número absolutos a maior retração foi da Oi com menos 22,0 mil contratos (-0,35%).

Nos últimos 12 meses, o Brasil registrou 2,2 milhões (+8,37%) de novos contratos de banda larga fixa, sendo que os prestadores independentes apresentaram crescimento de 1,6 milhão (+52,52%). Dessa forma, essas empresas tiveram um aumento 72,56% maior do que a soma dos demais grupos que também registraram crescimento (Sercomtel, Tim, Sky, Cabo, Algar Telecom, Claro e Vivo). Destaque-se que a Sercomtel, apesar da redução de janeiro de 2018 em relação a dezembro de 2017, apresentou nos últimos 12 meses o maior crescimento quantitativo e percentual, 47,9 mil novos contratos (+28,55%). Reduções foram apresentadas pela Oi, menos 138,1 mil contratos em operação (-2,15%), e BT, menos 2,5 mil (-9,25%).

[...]

Os dados de banda larga fixa de janeiro de 2017 estão no Portal da Anatel.

Os litígios fiscais da Telefônica no Brasil

O jornal El País publicou uma reportagem informando que a Telefônica está envolvida em litígios fiscais no Brasil da ordem de 6 bilhões de euros, de acordo com informações colocadas nas Demonstrações Financeiras de 2017.

Desta quantia a Companhia provisionou 1,7 bilhão de euros pelo “desenlace desfavorável provável” em alguns dos casos.

Ainda que envolva um procedimento padrão, o BS dá atenção ao assunto por se tratar de uma quantia expressiva e estar relacionada com uma das maiores Operadoras do Setor de Telecomunicações do País.

Na sequência é reproduzida a reportagem mencionada, assinada por Ramón Muñoz.

Telefónica mantiene litigios fiscales en Brasil por casi 6.000 millones de euros

La operadora provisiona 1.700 millones por el “probable desenlace desfavorable” de algunas causas

RAMÓN MUÑOZ – El País Madrid 23 FEB 2018 - 11:30 BRT

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Sede de Vivo, filial de Telefónica en Brasil, en Sao Paulo. REUTERS Telefónica mantiene una serie de litigios tributarios en Brasil sobre los impuestos directos e indirectos que se están dirimiendo en distintos procedimientos administrativos y judiciales por un importe total de 23.712 millones de reales (5.977 millones de euros), según ha comunicado la compañía en su informe anual correspondiente al ejercicio 2017.

Los conflictos más relevantes se refieren a una serie de recursos relativos al ICMS (Impuesto sobre Circulación de Mercancías y Servicios), un impuesto similar al IVA, que grava los servicios de telecomunicaciones, por la disputa que mantiene la compañía con las autoridades tributarias brasileñas a propósito de las partidas que deben estar sujetas a liquidación de este impuesto.

En 2015, las autoridades fiscales se embarcaron en una nueva ronda de inspecciones exigiendo que se sometan a tributación de ICMS las penalizaciones cobradas a los clientes en caso de incumplimiento, la publicidad en Internet, servicios de valor añadido, y alquiler de módems, y, sobre todo, la aplicación de este impuesto sobre la cuota básica (assinatura básica).

Respecto a este último asunto (assinatura básica) hay una decisión judicial e un tribunal favorable al Fisco sobre un caso de compañía Oi, que podría afectar a otras compañías del sector de telecomunicaciones, aunque está pendiente de un recurso al Tribunal Supremo.

Telefónica señala que todos los procesos relacionados con estos asuntos están siendo impugnados en todas las instancias (administrativas y judiciales), siendo el importe acumulado estimado de contingencias posibles, incluyendo intereses, sanciones y otros conceptos, de aproximadamente 18.968 millones de reales brasileños (aproximadamente 4.781 millones de euros). No obstante, Telefónica Brasil indica que cuenta con informes externos que apoyan su posición, esto es, que los referidos servicios no se encuentran sujetos al ICMS.

Telefónica lleva años arrastrando estos procesos desde varios ejercicios y ha provisionado un importe sobre sus cuentas por “las causas cuyo desenlace desfavorable es considerado probable”. A 31 de diciembre de 2017, esa provisión ascendía a 1.693 millones de euros.

Créditos fiscales por Vivo

La filial de la multinacional española mantiene también otro proceso litigioso en relación al impuesto sobre sociedades (impuesto federal) por importe de 4.744 millones de reales brasileños (aproximadamente 1.196 millones de euros) a 31 de diciembre de 2017, entre las que destacan las relacionadas con la amortización fiscal en Brasil en los años 2011 y 2012 del fondo de comercio originado en la adquisición y fusión posterior de Vivo con Telefónica Brasil (inspecciones fiscales de 2016 y 2017).

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Estos procesos se encuentran en fase administrativa y no se ha registrado ninguna provisión al respecto puesto que la calificación del riesgo de los mismos es no probable y Telefónica Brasil cuenta con informes externos que apoyan su posición, según aclara en su informe anual.

Linhas Móveis no País – Janeiro de 2018

A Anatel publicou e divulgou a situação do mercado Móvel no País. Sem comentários adicionais, o BS reproduz a Nota da Agência que traz um link para o conhecimento geral da situação, caso os leitores tenham interesse nos seus detalhes.

Brasil tem 236,2 milhões de linhas móveis em janeiro de 2018

Publicado: Quinta, 01 de Março de 2018, 09h38 | Última atualização em Quinta, 01 de Março de 2018, 09h38

Dados divulgados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informam que Brasil registrou 236,2 milhões de linhas móveis em operação em janeiro de 2018. Isso representa uma diminuição de 258,7 mil linhas em operação (-0,11%) em relação à dezembro de 2017 e uma queda de 7,2 milhões (-2,95%) nos últimos 12 meses.

O crescimento no primeiro mês do ano foi sustentado pela entrada de linhas pós-pagas nas redes das prestadoras móveis, mais 807,2 mil unidades (+0,92%) em relação a dezembro de 2017 e aumento de 9,2 milhões de linhas (+11,50%) nos últimos 12 meses. O pré-pago apresentou redução de 1,1 milhão de linhas (-0,72%) e queda de 16,3 milhões (-9,98%) respectivamente.

Em janeiro de 2018, quando comparado com dezembro de 2017, os maiores crescimentos percentuais na telefonia móvel por grupo foram registrados pela Porto Seguro, mais 43,9 mil (+7,80%) e pela da Datora, 8,6 mil novas linhas (+4,27%). As grandes prestadoras nacionais apresentaram redução, a TIM, diminuição de 209,0 mil linhas (-0,36%), a Vivo, menos 66,3 mil (-0,09%), a Claro, menos 18,6 mil (-0,03%), a Nextel, menos 7,7 mil (-0,28%), e a Oi, menos 6,9 mil (-0,02%).

Nos últimos 12 meses, destaca-se novamente o crescimento da Datora, aumento de 107,3 mil linhas móveis (+104,80%), e da Porto Seguro, acréscimo de 152,5 mil (+33,59%). Das grandes prestadoras nacionais, cresceram a Nextel, mais 175,6 mil linhas móveis (+6,74%), e a Vivo, mais 977,4 mil (+1,32%). A Oi apresentou queda de 3,0 milhões de linhas (-7,20%), a TIM redução 4,4 milhões (-7,00%), e a Claro menos 1,2 milhões (-1,94%).

Em relação às tecnologias utilizadas na telefonia móvel, em janeiro na comparação com dezembro de 2017, as linhas de 4G (LTE) apresentaram aumento de 3,3 milhões de unidades (+3,19) e as utilizadas em aplicações máquina-máquina (M2M) crescimento de 240,8 mil (+1,58%), as outras tecnologias apresentaram redução. Esse comportamento foi similar ao registrado nos últimos 12 meses, aumento de 40,7 milhões de linhas (+62,76%) no 4G e de 2,6 milhões no M2M (+20,21%).

Acesse as tabelas com os dados da telefonia móvel.

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Situação da Telefonia Fixa – Janeiro de 2018

A Anatel publicou e divulgou a situação do mercado de Telegonia Fixa no País. Sem comentários adicionais, o BS reproduz a Nota da Agência que traz um link para o conhecimento geral da situação, caso os leitores tenham interesse nos seus detalhes.

Telefonia fixa diminui 2,75% em 12 meses

Publicado: Sexta, 02 de Março de 2018, 09h21 | Última atualização em Sexta, 02 de Março de 2018, 09h22 |

De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o serviço de telefonia fixa registrou um total de 40,7 milhões de linhas em operação em janeiro de 2018. Na comparação com dezembro de 2017, houve redução de 68,3 mil de linhas no país (-0,17%) e nos últimos 12 meses a perda foi de 1,2 milhão (-2,75%).

Em janeiro de 2018, as empresas autorizadas do serviço de telefonia fixa registraram 17,1 milhões de linhas e as concessionárias 23,5 milhões. Na comparação com dezembro do ano passado, as autorizadas tiveram um aumento de 26,1 mil linhas (+0,15%) e as concessionárias redução de 94,4 mil (-0,40%). Já em relação a janeiro de 2017, os dois grupos apresentaram queda, menos 54,5 mil (-0,32%) e menos 1,1 milhão (-4,4%) respectivamente.

Como autorizada, a Tim liderou o crescimento, aumento de 54,9 mil linhas fixas (+8,12%), no primeiro mês do ano em comparação a dezembro de 2017. A Algar Telecom registrou mais 7,4 mil (+2,21%) e a Oi mais 1,1 mil (-0,66%). A maiores reduções ocorreram na Claro, menos de 32,6 mil (-0,30%) e na Vivo, menos 6,6 mil linhas (-0,14%). Entre as concessionárias, a Algar foi a única que apresentou aumento, 1,8 mil novas linhas (+ 0,24%). A Oi teve 73,3 mil linhas a menos (-0,55%), seguida da Vivo, menos 21,9 mil (-0,23%), e da Sercomtel, menos 1,0 mil (0,56%).

Nos últimos 24 meses, entre as autorizadas a Algar apresentou o maior aumento de linhas fixas em operação, mais 89,3 mil (+35,37%), seguida pela Tim, mais 46,1 mil (+6,73%), e Vivo, mais 13,6 mil (+0,29%). As maiores reduções ocorreram na Claro, menos 213,8 mil linhas (-1,93%), na Cabo, menos 0,7 mil (-1,89%), e na BT, também menos 0,7 mil (-14,22%). Entre as concessionárias, apresentaram crescimento: a Algar com 22,6 mil unidades (+3,07%) e a Claro com 0,1 mil (+5,76%). As reduções foram registradas na Oi, menos 864,8 mil linhas (-6,12%), na Vivo, menos 249,5 mil linhas (-2,60%), e na Sercomtel, menos 4,5 mil (-2,55%).

Na variação entre janeiro de 2018 e dezembro de 2017, houve redução das linhas da telefonia fixa na maioria dos estados brasileiros. As autorizadas registraram as maiores reduções em Minas Gerais, menos 4,8 mil linhas (-0,35%), Paraná, menos de 1,5 mil (-0,09%), e Rio Grande do Sul, menos 1,1 mil (-0,09%). No entanto, se destaca o crescimento do Rio de Janeiro, mais 17,9 mil (0,87%), e de São Paulo, mais 14,0 mil (0,24%). Entre as concessionárias, as maiores reduções foram em São Paulo, menos 21,9 mil linhas (-0,23%), Rio de Janeiro, menos 20,9 mil (-0,77%), e Minas Gerais, menos 8,6 mil linhas (-0,35%).

Na comparação entre janeiro de 2018 e janeiro de 2017, Santa Catarina, mais 45,3 mil linhas fixas (6,43%), Paraná, mais 42,5 mil (2,77%), e Rio Grande do Sul, mais 27,2 mil (2,29%), lideraram o crescimento das linhas de prestadoras autorizadas entre os estados brasileiros. Destaque para Rondônia que com a entrada de 2,5 mil registrou crescimento de 16,0%. Nas concessionárias, todos os estados apresentaram redução.

Os números da telefonia fixa estão disponíveis nas tabelas.

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02. O MISTÉRIO HUAWEI

Este é o título de um Artigo do jornalista Pedro Doria, publicado no O Estado de S. Paulo, tratando do quase “veto” do Governo Americano quanto à sua participação no mercado de equipamentos de Rede e de Terminais (Smartphones) nos EUA. Doria é usualmente mencionado pelo BS em suas considerações, pela perspicácia de seus textos. Neste, não é diferente.

A Huawei, decididamente é uma gigante no mundo tecnológico. Fixou sua atuação no mercado comercial: o corporativo e o de varejo. Pelo que se saiba não atua, por exemplo, na área militar. Mas, ninguém tem dúvida de que se ela decidisse por isso (ou lhe fosse permitido), rapidamente – como em tudo que se envolve – ela conquistaria um espaço importante em tal mercado. É uma Empresa determinada, eficiente, aparentemente infalível naquilo que se propõe fazer.

Isto exige uma “disciplina” quase “militar”. Sua atuação pode ser considerada como uma permanente batalha a ser vencida, sem qualquer tolerância com a “concorrência”. Seu poder de negociação é extremo, fruto de sua atuação em praticamente todo o mundo...menos nos EUA.

A Empresa foi fundada em 1987, por um “oficial” do Exército que deixou a “tropa” para se dedicar aos negócios privados: como foi mencionado, de modo incrivelmente eficiente. Diz-se que utilizou nesta atividade métodos próprios da atividade militar aplicados às atividades civis. Disto resultou a “máquina” que cresceu de forma vertiginosa em todo mundo, a partir de sua forte presença no praticamente “cativo” mercado Chinês de Telecomunicações que cresceu a taxas astronômicas, principalmente, a partir da virada do Século XX.

Nesta época, aliás, ela chegava ao Brasil, colocando-se de forma meio “quixotesca” contra gigantes como Ericsson, Nokia, Alcatel-Lucent, Cisco, Qualcomm, NEC, Samsung, Nortel e outras. Mas ela não veio para lutar contra “moinhos de vento”. Seus objetivos eram bem estabelecidos. Hoje domina o mercado brasileiro em alguns segmentos e não há dúvidas que poderá estender sua participação absoluta, caso não sejam impostos “condicionantes”, mesmo que parciais.

Contudo, seria ingênuo imaginar que este aspecto do “modelo militar” – que pode sustentar versões “novelescas” sobre o crescimento da Empresa – seja o único responsável pelo sucesso inquestionável da Companhia. Sem dúvida, os “métodos” chineses de trabalhar, desenvolver, produzir, governar, estabelecer regras próprias de conduta social e política, superar a si próprios, entre outros aspectos, são os fundamentos para chegar à liderança conquistada.

Nos Estados Unidos os eventuais “condicionantes” se transformaram em restrições absolutas! Este é o fato que fundamenta as considerações de Pedro Doria em seu Artigo. E, o assunto teve início numa entrevista de um Executivo da Companhia por ocasião do MWC 2018 que respondeu ao ser indagado sobre o que “pensava a respeito do veto americano à sua empresa”. Ele respondeu: “é injusto; ridículo, estão tentando nos expulsar do mercado americano porque não conseguem disputar em tecnologia e arranjam um veto político”.

Naturalmente, ele mexeu no “barril de pólvora” com esta declaração. Bem ao estilo chinês a Empresa formal e rapidamente se posicionou através de sua Assessoria de Imprensa: “Não

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devemos culpar os outros por não nos aceitar”, precisamos trabalhar duro e agir com transparência.”

Este é o estilo confiante de uma Companhia que, segundo Doria, é “É uma gigante. 180 mil funcionários. Uma multinacional com presença em 170 países que fez, em 2017, US$ 92 bilhões. A marca não é imediatamente reconhecível no Brasil. Mas quem caminha pela América Latina encontra um cenário distinto. Seus outdoors são proeminentes nos melhores pontos de Lima, Bogotá ou Quito. E o Mate 10, seu smartphone topo de linha, é percebido como uma alternativa que encara de frente o último Galaxy da Samsung ou o mais recente iPhone. É a terceira maior fabricante de celulares do mundo.”

Voltando aos EUA, segundo Pedro Doria, lá “há uma barreira intransponível. Já faz algum tempo que o governo americano veta o uso de equipamento pesado para redes, de antenas a roteadores, da Huawei. A acusação é grave. CIA, NSA e FBI acusam a companhia chinesa de plantar entradas para que hackers façam invasões em todas suas máquinas.

O assunto é sensível. Há uma questão claramente estratégica do ponto de vista de “proteção do mercado”. Grandes Corporações Americanas passaram a ser “confrontadas” pela Huawei, como é o caso das mencionadas Qualcomm e Intel. Aqui, já se entra numa área sensível que é a dos Chipsets. Um campo onde o domínio americano é praticamente total, não tanto na sua fabricação, mas, na sua concepção.

Mas, no caso do 5G a Huawei “saiu na frente”! Praticamente dois meses após a definição de um padrão, decidido numa reunião realizada em Lisboa, em meados de dezembro de 2017. Então, o “perigo” é real (naturalmente, na percepção dos EUA): tão real quanto a “realidade virtual” que se constitui num dos vetores de desenvolvimento tecnológico da atualidade.

Contribui para este tipo de “dúvidas” a forma como a Huawei está organizada. Trata-se de uma Empresa de Capital Fechado. Sua “composição acionária não é clara”. Diz-se que ela é dos seus empregados. Certamente, se assim for, muito mais de uns do que de outros. Mas, isto justificaria o comportamento quase “folclórico” desses empregados quando realizam trabalhos para a Empresa de forma absolutamente dedicada, completamente fora dos padrões usuais do mundo ocidental, inclusive, no Brasil.

Afinal, ao dedicar-se de modo extremo à sua Empresa estariam garantindo o seu próprio sucesso. Quem sabe, há uma forma “oculta” de motivação que não fica clara para os padrões ocidentais de “motivação” funcional e laboral extensamente desenvolvida nos “imaginativos” manuais das Empresas de Recursos Humanos.

No caso dos EUA a Segurança Nacional é a base das reações contra a entrada da Companhia no mercado. Até devem haver razões para tal. Uma precaução adicional num país que vive sob a égide de permanentes “ameaças” oriundas das mais diversas situações. Esta é um aspecto com a qual outros países não se defrontam, pelo menos de modo permanente. Então, não há necessidade de restrições; mas, muito provavelmente, os “condicionantes” existirão.

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Não se pode chegar a uma situação em que praticamente se tenha um “Fornecedor Universal” exclusivo, ou amplamente dominante. Isto não interessa a ninguém: provavelmente, nem à própria Huawei. Isto pode justificar o posicionamento “diplomático” da alta administração da Companhia, expresso nas declarações da Assessoria de Imprensa, em relação às declarações dadas na MWC.

No caso do Brasil, obviamente, não se vislumbra qualquer possibilidade de ação similar à dos EUA. Mas, conforme já foi mencionado em outras oportunidades, o 5G se apresenta como uma “nova janela” de oportunidades no segmento da indústria tecnológica.

Fica evidente que se o País quiser algum tipo de protagonismo neste segmento algo deve ser feito. Abrir de forma escancarada seu mercado com base estritamente na questão dos preços é condenar a indústria local ao “naniquismo”. Proteger em demasia também não é uma solução, como, aliás, se pode constatar de ações neste sentido adotadas no passado.

Uma das razões, é que não se pode pensar exclusivamente no mercado nacional como forma de sustentação de uma “política nacional” de bens e serviços, por mais relevante que seja tal mercado no contexto mundial (o que, ainda não é, apesar de expressivo). Mas, como “sair pelo mundo afora” enfrentando os “gigantes” já estabelecidos que não estão dispostos a “ceder terreno” (mercados)?

Este é um assunto a ser enfrentado. As cifras do Setor de Telecomunicações (e de Comunicações no seu conceito geral) no contexto da economia mundial são bastante expressivas. A questão estratégia do processamento, “guarda” e acesso à Informação é inquestionável. No caso do acesso, o mundo se depara com as questões de “violação” de tal acesso, no caso da privacidade das informações pessoais e das de interesse nacional. Este assunto não pode ser relevado a um segundo plano: trata-se de soberania de uma Nação.

Portanto, por trás do “mistério Huawei” escondem-se outros “mistérios” sobre os quais é necessário o País se debruçar e encontrar os caminhos mais adequados a trilhar. Decididamente, há riscos em se considerar a questão sobre o prisma comercial. Principalmente, no caso do Brasil sobre o qual não deve pesar qualquer dúvida em relação à sua importância no cenário mundial do futuro.

O País tem vocação para determinadas atividades. Sem dúvida a Agropecuária é uma delas, na qual desponta líder em diversos segmentos. A extrativista, principalmente no Setor mineral, é outra na qual tem algum domínio. Os recursos de sua imensa costa marítima admitem uma exploração mais atuante dentro dos padrões de preservação da fauna marinha. Porém, na indústria ainda há sérias indefinições. A dependência externa (capitais e tecnologia) é praticamente total.

Há muito por fazer. O trabalho é árduo e exige persistência e aplicação. Características que os chineses bem conhecem.

Na sequência segue a reprodução do bem colocado Artigo de Pedro Doria, antes mencionado.

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O mistério Huawei A acusação de espionagem contra a gigante chinesa Huawei pode ser, muito bem, desculpa para guerra comercial 02/03/2018 | 06h05

Por Pedro Doria - O Estado de S. Paulo

Não foi um momento típico para um executivo chinês. Quando um repórter perguntou ao presidente do braço de consumo da Huawei, Richard Yu, o que ele pensava a respeito do veto americano à sua empresa, ele desabafou. “É injusto”, falou esta semana, em Barcelona. “Ridículo.” Acusou concorrentes de não conseguirem disputar em tecnologia. Por isso, arranjaram um jeito de conseguir um veto político. “Estão tentando nos expulsar do mercado americano”, continuou. “Somos uma empresa transparente.” E, de fato, este é um nome para guardar. Huawei. Ela começará a aparecer mais e mais.

É uma gigante. 180 mil funcionários. Uma multinacional com presença em 170 países que fez, em 2017, US$ 92 bilhões. A marca não é imediatamente reconhecível no Brasil. Mas quem caminha pela América Latina encontra um cenário distinto. Seus outdoors são proeminentes nos melhores pontos de Lima, Bogotá ou Quito. E o Mate 10, seu smartphone topo de linha, é percebido como uma alternativa que encara de frente o último Galaxy da Samsung ou o mais recente iPhone.

É a terceira maior fabricante de celulares do mundo.

Não é só aí que a empresa compete. No Mobile World Congress, que aconteceu na capital catalã, os chineses anunciaram o primeiro chipset 5G do mercado, que já chega com as especificações oficiais do novo protocolo, definidas em dezembro. Foram rápidos. Passaram à frente de Qualcomm e Intel, líderes deste mercado. Ou seja: quem quiser fazer um smartphone para as redes que começarão a ser implementadas este ano já pode comprar o cérebro dos aparelhos da Huawei.

E, no entanto, há uma barreira intransponível: o maior mercado do mundo. EUA.

Já faz algum tempo que o governo americano veta o uso de equipamento pesado para redes, de antenas a roteadores, da Huawei. A acusação é grave. CIA, NSA e FBI acusam a companhia chinesa de plantar entradas para que hackers façam invasões em todas suas máquinas.

O governo Trump, diga-se, é extremamente agressivo com a concorrência que vem da China. Mas nem todas as companhias chinesas são acusadas de espionagem. A Xiaomi, por exemplo, não enfrenta dificuldades. Em janeiro, quando uma das maiores operadoras de telefonia do país, a AT&T, ia pôr à venda em suas lojas o smartphone Huawei, tomou uma dura do governo. Cedeu, desistiu.

“É injusto”, reclamou Richard Yu. Com razão. Os americanos acusam sem mostrar um único indício de que sua suspeita seja legítima. E a tecnologia chinesa de 2018 não é a mesma de vinte anos atrás. As empresas do País do Centro estão na ponta, têm preços agressivos, e representam ameaça real de concorrência ao Vale do Silício.

A acusação de espionagem pode ser desculpa para guerra comercial.

Mas há um porém. Os chineses fazem espionagem cibernética pesada. (Como, aliás, o fazem russos, americanos e israelenses. Quem pode, faz.) E a Huawei é uma empresa de capital fechado. Sua composição acionária não é clara. Sabe-se que um grupo grande de funcionários é dono de ações. Que um dos principais acionistas, se não o principal, é o executivo que a fundou em 1987 — Ren Zhengfei. Ren pertence ao Partido Comunista desde 1978. Não quer dizer nada – todo mundo que é alguém, na China,

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pertence ao Partido. Só que ele vem do Exército. Justamente a corporação responsável pela segurança nacional.

A Huawei calou seu executivo. “Não devemos culpar os outros por não nos aceitar”, disse o assessor de imprensa. “Precisamos trabalhar duro e agir com transparência.” Nas feiras de tecnologia, o chinês já desponta como língua predominante.

03. UMA VISÃO SOBRE O 5G NOS EUA

Com base em exposições feitas por representantes de Operadoras Americanas no MWC 2018, Mike Dano, Editor de um Site especializado em Telecom, fez uma interessante análise sobre o status da implantação do 5G nos EUA, no futuro imediato.

Como se sabe, diversas Companhias daquele país estão anunciando operações comerciais que vão além de simples trials.

Como o BS fez considerações a respeito do MWC no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA desta edição, e mencionou a questão do 5G, então julgou interessante trazer o Artigo de Mike Dano ao conhecimento de seus leitores.

Ele que estava presente ao evento, certamente tem um filling mais apurado de quem acompanhou o assunto à distância.

De qualquer forma, é importante ressaltar o estado embrionário da implementação do novo padrão tecnológico de Redes de Telecomunicações Sem Fio, ainda que de vez em quando se tenha a impressão de que o assunto está plenamente dominado, a considerar literalmente algumas manchetes do noticiário.

Neste particular, o BS tem se mostrado extremamente conservador em suas avaliações no que parece estar alinhado com Dano ao afirmar “Embora haja um ainda muitas coisas que não conhecemos a respeito do 5G”, logo no início de seu texto.

Vale registrar que as iniciativas para a implantação das Redes 5G estão sendo amplamente lideradas pelas Operadoras dos EUA, ainda que se observem iniciativas na Coreia do Sul, China, Japão e alguns países da Europa. Mas, em estágios relativamente inferiores em relação ao que vem ocorrendo na América.

No Brasil, por enquanto, o 5G é tão somente um “objeto de desejo”. Algo muito natural quando ainda estão em franco andamento as instalações do 4G LTE. Um longo caminho ainda está por ser seguido. E, aproveitando a oportunidade, mais uma vez o BS reitera a conveniência de se aproveitar esta “janela tecnológica” para que a indústria nacional consiga oportunidades que foram completamente perdidas no 4G LTE.

Isto é perfeitamente possível ao se considerar as características das Redes 5G muito focadas nas instalações individuais dos usuários o que pressupõe instalações de pequeno porte em grande volume. Na sequência, segue a reprodução do texto de Mike Dano no idioma original.

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What we know, and what we don’t know, about 5G in the U.S.

by Mike Dano Mar 2, 2018 12:24pm

During a press event at the Mobile World Congress trade show, T-Mobile's Neville Ray said the carrier's

5G service would work across multiple spectrum bands. (Image: Mike Dano/FierceWireless)

BARCELONA, Spain—At the Mobile World Congress trade show here, the industry got its clearest look yet at 5G. Korean players talked about their 5G trials during the Winter Olympics, and U.S. operators provided further details on their rollout plans for 5G. Although there are still plenty of things we don’t know yet about 5G, we’re starting to get a much better understanding of what it can do, how it might differ by country and carrier—and what U.S. carriers will do with it during the next year.

What we know about speeds

The 5G standard is supposed to be roughly 10 times faster than today’s LTE network technology standard. However, T-Mobile’s Neville Ray declined to say what kinds of speeds the carrier’s forthcoming 5G service will offer. Verizon, for its part, has promised consistent 1 Gbps speeds on its fixed wireless 5G service running in 28 GHz. Similarly, KT in Korea said it recorded peak speeds of up to 3.5 Gbps on a 5G Samsung tablet in its Winter Olympics trial.

Here’s the thing, though: 5G speeds are going to vary wildly depending on where users are and which carrier they subscribe to. For example, T-Mobile has promised to offer 5G nationwide by 2020, but that deployment will primarily leverage the carrier’s 600 MHz spectrum. This low-band spectrum is great for coverage but not nearly as good for speeds and capacity. So, T-Mobile will probably be able to offer much faster speeds on 5G running over 600 MHz than it would LTE over 600 MHz. But it’s probably safe to say T-Mobile’s 600 MHz speeds won’t be anywhere near the consistent 1 Gbps that Verizon will be offering over its 28 GHz spectrum. That said, Verizon’s 5G signals will only be able to go around 2,000 feet, whereas 600 MHz 5G coverage probably will be measured in miles, or even tens of miles. (To be clear, T-Mobile has said it will deploy 5G over some of its own 200 MHz of millimeter wave spectrum, though T-Mobile’s Ray made it clear that the carrier’s millimeter wave 5G service would only be deployed in select areas, likely those in dense, urban settings.)

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Bottomline: 5G speeds will vary wildly depending on what spectrum is being used and how close users are to 5G base stations.

What we know about 5G spectrum

5G was initially intended for millimeter wave spectrum bands, generally those above 20 GHz. Indeed, initial discussions of the technology set a clear divide between spectrum over 6 GHz and spectrum below 6 GHz. However, T-Mobile’s announcement in early 2017 that it intended to deploy 5G in its low-band 600 MHz took many in the industry by surprise—in fact, the emerging 5G standard in early 2017 didn’t even officially contain a band class for 600 MHz spectrum.

T-Mobile’s announcement quickly spurred the 3GPP to include low-band spectrum including 600 MHz in the initial 5G specification that it announced in December.

Today, 5G is being pinned to almost any spectrum band available. But what’s still unclear is exactly what bands 5G will be deployed in here in the United States, at least initially.

Some U.S. carriers have been relatively clear about their 5G plans. For example, Sprint is deploying 5G nationwide via the installation of 64T64R (64 transmit, 64 receive) Massive MIMO antennas in its 2.5 GHz spectrum, and will start turning that technology on in Chicago, Dallas and Los Angeles in April. In comparison, AT&T has said only that it will deploy mobile 5G services in a dozen cities this year, but has only named three of them (Atlanta, Dallas and Waco), and the carrier has named only one (39 GHz) of the many spectrum bands it may eventually use for 5G.

There are two relevant items to note in any discussion of 5G spectrum: First, the 3.5 GHz band is quickly emerging as one that could well become a global standard for 5G deployments. That’s noteworthy because it will make international roaming easier and could also reduce the cost of equipment through economies of scale. In the United States, the 3.5 GHz CBRS band is expected to become commercially available for unlicensed uses sometime this summer, with licensed uses available sometime after that.

Secondly, the FCC just this week announced it is hoping to hold an auction of 28 GHz spectrum as early as this November, with an auction of 24 GHz immediately thereafter.

Bottomline: Initial deployments of 5G in the United States will stretch all the way from 600 MHz to 2.5 GHz to 39 GHz, depending on the carrier—and that’s just the start.

What we know about 5G phones

AT&T will probably be the first U.S. carrier to sell a 5G device. The operator has promised to release a “puck” later this year that will support its mobile 5G service. As for T-Mobile and Sprint, both have promised to offer 5G smartphones in early 2019; Sprint has said it hopes to offer an “iconic-type phone” from a Korean vendor.

(If you’re into betting, this is a great time to wager whether Samsung’s Galaxy S10 next year will sport a 5G iteration for the U.S. market.)

It’s also important to note that Qualcomm appears to have a virtual lock on the 5G smartphone discussion, at least among U.S. carrier executives. Those executives almost exclusively talk about the availability of Qualcomm modems as the single most important factor in determining when they can sell a 5G smartphone. For its part, Qualcomm has announced Asus, HMD Global, HTC, LG, Oppo, Sharp, Sierra Wireless, Sony Mobile, vivo, Inseego/Novatel Wireless, Xiaomi and ZTE as among its confirmed Snapdragon X50 5G NR modem customers. (Apple and Samsung were not included in that announcement. Apple historically has not been quick to adopt new wireless technologies, while Samsung generally is among the first to implement new wireless technologies, and Samsung did announce a separate agreement with Qualcomm that covers 5G.)

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And what will those new 5G smartphones look like? The probably will be big and bulky, and power hungry, compared with today’s LTE phones. That’s typical of any phone supporting a new generation of cellular technology—and it’s particularly likely with 5G phones because, at least initially, 5G modems will be slapped on top of LTE modems and the two technologies may work together at the same time, potentially creating an extra strain on the gadget’s battery.

Bottomline: Expect chunky 5G phones with poor battery life, at least initially. And don’t expect them to be iPhones.

What we know about 5G services and prices

If you’ve paid attention to the 5G marketing discussion during the past few years, the technology is supposed to enable all kinds of new business models and services from remote surgery to autonomous cars to remote controlled construction equipment. But the first battery of services that U.S. operators appear to be launching all involve just providing faster internet speeds. The only real difference so far is that AT&T, Sprint and T-Mobile are all focusing on “mobile” 5G services (those for devices you can carry around with you) while Verizon is focused on “fixed” 5G services (for modems plugged into a home or office).

To be clear though, carriers continue to eye other 5G use cases. For example, T-Mobile’s Ray said the carrier is hoping to eventually power everything from virtual-reality offerings to real-time translation services.

Further, none of the carriers has talked about what kinds of prices they will affix to 5G—but Sprint’s CEO has made it clear that the carrier won’t sell the service at a discount as it does with its LTE service.

Bottomline: Despite all the talk about new markets and services that will be enabled by 5G, so far it appears that it will only be used to offer faster speeds than mobile or fixed networks, at least initially.

And one final thing… It’s hard to know how the 5G space, and the wireless market in general, will play out over the next 12 to 18 months. But, at least initially, Sprint appears to hold a commanding spectrum position with its massive trove of 2.5 GHz spectrum. This spectrum offers a good balance between coverage (think T-Mobile’s 600 MHz) and capacity (think AT&T’s 39 GHz), and Sprint has a lot of it all over the country (160 MHz in the top 100 markets). It also appears that SoftBank is finally opening the purse strings that will allow Sprint to actually construct a network with this spectrum. And based on recent commentary from the nation’s tower companies, Sprint is doing just that. However, faster network speeds is just one part of a successful wireless business, and Sprint will also need to figure out 5G marketing, branding and operational management to be successful.

04. DESBLOQUEIO DO iPhone nos EUA

Até hoje continuam as discussões nos EUA em relação à quebra do “código” dos telefones celulares iPhone tornando factível o seu desbloqueio. A Apple usou todo o seu poder de lobby para tentar estancar o processo, no que vem tendo sucesso relativo até o momento.

Como os leitores do BS devem se recordar, a polêmica surgiu logo após um ato terrorista ocorrido em San Bernardino, CA, EUA, no qual o telefone de um terrorista morto foi encontrado. O FBI considerou que a partir dos dados nele contidos poderia chegar a outras pessoas envolvidas no caso. No entanto, a Apple se recusou a “desbloquear” o aparelho levando a discussões que persistem até os dias atuais.

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Agora, surge uma Empresa Israelense (Cellebrite) que se diz estar habilitada a “quebrar” o código de qualquer Modelo do iPhone o que resolveria, portanto, os problemas do FBI – ou de qualquer outra Entidade policial do mundo.

Em sendo realidade resta definir a legislação para o desbloqueio possa ser feito mediante autorização judicial, e somente nestas condições.

Resta saber se nessa corrida tecnológica do tipo “o gato corre atrás do rato” eventualmente a Apple, ou qualquer outro fabricante, não cria novas condições que impeçam o desbloqueio, obrigando Empresas como a Cellebrite a também “atualizarem” os sistemas de desbloqueio.

Na sequência, é reproduzida uma reportagem da Forbes, de autoria de Thomas Fox-Brewster, com o título: “The Feds Can Now (Probably) Unlock Every iPhone Model In Existence”. Uma leitura interessante para os leitores que tenham particular interesse no tema.

Feb 26, 2018 @ 10:20 AM Forbes The Feds Can Now (Probably) Unlock Every iPhone Model In Existence Thomas Fox-Brewster , FORBES STAFF

In what appears to be a major breakthrough for law enforcement, and a possible privacy problem for Apple customers, a major U.S. government contractor claims to have found a way to unlock pretty much every iPhone on the market.

Cellebrite, a Petah Tikva, Israel-based vendor that's become the U.S. government's company of choice when it comes to unlocking mobile devices, is this month telling customers its engineers currently have the ability to get around the security of devices running iOS 11. That includes the iPhone X, a model that Forbes has learned was successfully raided for data by the Department for Homeland Security back in November 2017, most likely with Cellebrite technology.

The Israeli firm, a subsidiary of Japan's Sun Corporation, hasn't made any major public announcement about its new iOS capabilities. But Forbes was told by sources (who asked to remain anonymous as they weren't authorized to talk on the matter) that in the last few months the company has developed undisclosed techniques to get into iOS 11 and is advertising them to law enforcement and private forensics folk across the globe. Indeed, the company's literature for its Advanced Unlocking and Extraction Services offering now notes the company can break the security of "Apple iOS devices and operating systems, including iPhone, iPad, iPad mini, iPad Pro and iPod touch, running iOS 5 to iOS 11." Separately, a source in the police forensics community told Forbes he'd been told by Cellebrite it could unlock the iPhone 8. He believed the same was most probably true for the iPhone X, as security across both of Apple's newest devices worked in much the same way.

iOS 11 was only released in September last year and was even praised by Cellebrite competitor Elcomsoft for new features that were designed to make it harder for forensics experts to hack into an iPhone. That included protections against forced unlocks with fingerprints, a tactic previously used by U.S. police in the field.

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Though it's always wise to take the claims of profit-focused vendors with a pinch of salt, whatever flaws Cellebrite found in Apple's tech in the last half year, they're likely significant; just last year, the company warned about a decline in its ability to break into iPhones.

To take advantage of the Cellebrite service, which "can determine or disable the PIN, pattern, password screen locks or passcodes on the latest Apple iOS and Google Android devices," cops have to send the device to Cellebrite first. In its labs, the company then uses whatever secret exploits it has to crack the lock and either hands it back to investigators so they can take data from the device, or Cellebrite can do that for them. As Forbes previously detailed, this can be relatively inexpensive, costing as little as $1,500 per unlock. Given there's a $1 million price tag for a single iPhone vulnerability, that's cheap.

Cellebrite could put its latest iPhone unlocking tech into the software it sells to customers. But that would mean Apple could test the tool and potentially figure out a way to stop it working, explained Don Vilfer, a partner at private forensics firm VAND Group, who welcomed the new services. Vilfer said his company has already had some success with the iOS 11 service, in a case where a client's employee wouldn't give over their passcode for their work iPhone, though he recalled it was an iPhone 6 model, not one of the most recent devices.

Neither Apple nor Cellebrite had provided comment at the time of publication.

iPhone X examined

It also appears the feds have already tried out Cellebrite tech on the most recent Apple handset, the iPhone X. That's according to a warrant unearthed by Forbes in Michigan, marking the first known government inspection of the bleeding edge smartphone in a criminal investigation. The warrant detailed a probe into Abdulmajid Saidi, a suspect in an arms trafficking case, whose iPhone X was taken from him as he was about to leave America for Beirut, Lebanon, on November 20. The device was sent to a Cellebrite specialist at the DHS Homeland Security Investigations Grand Rapids labs and the data extracted on December 5. (Saidi's case is due to go to trial on July 31. His legal team didn't respond to requests for comment).

ForThe government turned to a Cellebrite-trained expert to get data from an iPhone X.

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From the warrant, it wasn't clear just how the police got into the iPhone X in the first place, nor does it reveal much about what data was inside. Back when the iPhone X was launched, some fears were raised about the possibility for investigators to simply lift the device to a suspect's face to unlock it via Apple's Face ID facial recognition. Researchers also claimed to have found ways to dupe the Face ID tech into unlocking with a mask. The DoJ prosecutor on the case declined to comment, whilst the DHS didn't respond to requests for comment.

But the ability to crack open almost any iDevice on the market is a significant moment for law enforcement, not just in America, but across the globe. Police have been left scrambling for ways into iPhones ever since Apple started improving its security with each new release. Layers of encryption have become increasingly difficult to penetrate, as highlighted in the now-infamous tussle between the Cupertino giant and the FBI in San Bernardino, where the feds wanted an unwilling Apple to help them access the iPhone 5C of San Bernardino murderer Syed Rizwan Farook.

'Hoarding iPhone vulnerabilities'

Cellebrite has no doubt benefited from the cat and mouse game being played out by the government and Silicon Valley giants. Many U.S. policing and intelligence agencies, including the FBI and the Secret Service, are customers. As detailed by Forbes last year, the company scored record contracts with a variety of agencies, most notably the Immigration and Customs Enforcement branch of the DHS, which spent $2 million on one deal alone. Customs and Border Protection is also a client.

At the time of the ICE contract, civil rights activists raised concerns over the use of such powerful technology to search Americans' devices. Speaking about the latest developments, Electronic Frontier Foundation senior staff attorney Adam Schwartz said the way in which the government did business with the likes of Cellebrite was "of great concern." He said it was clear that Cellebrite was hoarding vulnerabilities rather than disclosing them to vendors like Apple, which would lead to patches and better security for the general public. "All of us who're walking around with this vulnerability are in danger," he added.

"When it comes to the international border, as the EFF has argued in court and in Congress, the government really needs to get a warrant before it searches our phones. It's all the more true when we see the ever expanding power of governments to get into those phones."

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