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1 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CRCRJ Inês Oliveira [email protected] Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica NFC-e Modelo 65 DANFE- NFC-e Rio de Janeiro - RJ JUL/2015

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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO – CRCRJ

Inês Oliveira

[email protected]

Nota Fiscal de Consumidor

Eletrônica

NFC-e Modelo 65

DANFE- NFC-e

Rio de Janeiro - RJ

JUL/2015

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Módulo I – ICMS na Carta Magna Brasileira - Considerações

Módulo II – NFC-e modelo 65 – Principais fundamentos

Módulo III – Preenchimento da NFC-e e Cuidados Especiais

Módulo I - ICMS na Carta Magna Brasileira Considerações

ICMS |Introdução

Em matéria de conteúdo legislativo, no Estado Brasileiro nenhum diploma legal pode

confrontar a Constituição Federal, sob pena de ter sua eficácia questionada e ser

declarado inconstitucional pelas vias específicas.

Assim, as leis, por força dos princípios da “Supremacia da Constituição Federal” e

da “Presunção de Constitucionalidade das Leis”, observarão necessariamente o

conteúdo constitucional, sendo elaboradas conforme os princípios, formas e

competências estabelecidas pela Carta Magna.

Desta forma, não se pode estudar ICMS sem verificar, preliminarmente, seu

conteúdo constitucional, que não é restrito, uma vez que a Constituição Federal de

1988, na linha adotada pelas demais constituições atuais, é prolixa e aborda grande

quantidade de matéria, inclusive tributária.

O objetivo desta matéria é destacar os dispositivos específicos da Constituição

Federal de 1988, que versam sobre o ICMS para que os contribuintes possam

melhor compreender este imposto, tão complexo e grande gerador de questões

secundárias.

ICMS |SISTEMA TRIBUTÁRIO NA CF/1988

A Constituição Federal de 1988 estruturou o Sistema Tributário Nacional em 6

(seis) seções, compostas pelos artigos 145 a 162, abrangendo grande quantidade de

matéria tributária entre competências, limites, definições, etc. As referidas sessões são

as seguintes:

Seção I - Dos Princípios Gerais

Seção II - Das Limitações do Poder de Tributar

Seção III - Dos Impostos da União

Seção IV - Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal

Seção V - Da Repartição de Receitas Tributárias

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Destas seções serão abordados apenas os dispositivos contidos na quarta, referente

aos impostos dos Estados, mais especificamente o conteúdo do artigo 155 e algumas

minúcias da seção II, especificamente do artigo 150 acerca das limitações do poder de

tributar quando pertinentes ao ICMS.

Conforme o exposto no item anterior, parte-se agora para a análise pormenorizada do

artigo 155 da Constituição Federal, no que tange ao ICMS.

ICMS |COMPETÊNCIA PARA INSTITUIÇÃO

Preliminarmente, aborda-se a competência para sua instituição. Dispõe o caput do

artigo 155:

“Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

(...)

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda

que as operações e as prestações se iniciem no exterior;”

Assim, a primeira informação que podemos extrair do texto constitucional é que o

ICMS é um imposto estadual, que foi criado pela CF de 1988, sendo que

anteriormente a este vigorava o ICM, previsto na CF/1967 e regulamentado pelo

Decreto-lei nº 406/1968.

Observa-se que a Carta Magna data de 05 de outubro de 1988, mas o ICMS, por força

do artigo 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), começou a

vigorar a partir de 01 de abril de 1989:

“Art. 34 - O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro

dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até

então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de

1969, e pelas posteriores.”

ICMS |NÃO-CUMULATIVIDADE

O parágrafo segundo do artigo 155 da CF/1988 é a grande fonte constitucional do

ICMS, que traz em seu bojo importantes regras e princípios de observância obrigatória

pelo legislador infraconstitucional. Passa-se ao estudo detalhado do mesmo.

“§ 2º - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação

relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante

cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;”

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Este dispositivo consagra um dos maiores princípios do ICMS, denominado

“Princípio da Não-Cumulatividade”, que é fonte de inúmeras discussões nas esferas

administrativa e jurídica.

Ele concede a característica de “crédito e débito” tão peculiar ao ICMS, que

corresponde ao fato de adquirir mercadorias e, no ato de entrada das mesmas no

estabelecimento de contribuinte, creditar o imposto destacado em documento fiscal

idôneo que acompanhou o transporte da mercadoria.

Isto ocorre porque haverá, na sequência, um novo fato gerador na saída da

mercadoria que, novamente, ensejará o destaque deste.

Evita-se assim o chamado “efeito cascata”, em que o tributo incide sobre tributo,

pois com a aplicação deste princípio caberia ao contribuinte o recolhimento apenas da

diferença entre os valores apurados na entrada e na saída.

Já o inciso II do § 2º aborda questões acerca da manutenção e estorno de crédito em

operações amparadas com não-incidência ou isenção:

“II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da

legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas

operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;”

Em suma, este dispositivo legal prevê que não haverá crédito de ICMS em operações

amparadas com a não-incidência ou isenção, devendo ser este estornado na escrita

fiscal se for caso.

A expressão “salvo determinação em contrário da legislação” significa que se houver

previsão expressa no texto legal poderá ser mantido o crédito nesta situação.

ICMS |SELETIVIDADE

SELETIVIDADE

O inciso III do § 2º aborda outro princípio importante para o ICMS, que é o

“Princípio da Seletividade”.

Estabelece a norma que o imposto pode ser seletivo em função de determinada

mercadoria ser mais ou menos essencial:

“III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias

e dos serviços;”

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É este princípio constitucional que faz com que, por exemplo, produtos alimentícios

que formam a cesta básica possuam alíquotas menores que produtos mais

supérfluos como maquiagem, perfumes, tacos de golfe, etc.

ICMS |ALÍQUOTAS

ALÍQUOTAS

O inciso IV do § 2º aborda a questão das alíquotas que serão aplicadas em operações

entre dois Estados, a saber:

“IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da

República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria

absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às

operações e prestações, interestaduais e de exportação;”

As Resoluções em vigor no presente momento são as Resoluções do Senado Federal

nº 22, de 19.05.1989, e nº 95, de 13.12.1996, que seguem abaixo para conhecimento:

“RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL Nº 22, de 19.05.1989

(DOU de 22.05.1989)

Estabelece alíquotas do imposto sobre operações relativas à circulação de

mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação, nas operações e prestações interestaduais.

Faço Saber que o Senado Federal aprovou, nos termos do artigo 155, § 2º, inciso IV,

da Constituição, e eu, Iram Saraiva, 1º Vice-Presidente, no exercício da Presidência,

promulgo a seguinte Resolução nº 22, de 1989:

Art. 1º - A alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de

Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e

Intermunicipal e de Comunicação, nas operações e prestações interestaduais, será de

doze por cento.

Parágrafo único - Nas operações e prestações realizadas nas regiões Sul e Sudeste,

destinadas às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo,

as alíquotas serão:

I - em 1989, oito por cento;

II - a partir de 1990, sete por cento.

Art. 2º - A alíquota do imposto de que trata o art. 1º, nas operações de exportação

para o exterior, será de treze por cento.

Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor em 1º de junho de 1989.

Senado Federal, em 19 de maio de 1989.

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RESOLUÇÃO SENADO FEDERAL Nº 95, de 13.12.1996

(DOU de 16.12.1996)

Faço saber que o Senado Federal aprovou, e eu, José Sarney, Presidente, nos termos

do artigo 48, item 28, do Regimento Interno, promulgo a seguinte Resolução nº 95, de

1996.

Fixa alíquota para cobrança do icms.

O Senado Federal resolve:

Art. 1º - É estabelecida, quanto ao imposto de que trata o inciso II do “caput” do

artigo 155 da Constituição Federal, a alíquota de 4% (quatro por cento) na prestação

de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal.

Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.”

O inciso V faculta ao Senado Federal outras disposições acerca das alíquotas a serem

aplicadas. Nota-se que é uma faculdade que poderá ser exercida pelo Senado

mediante juízo de oportunidade e conveniência, dentro da razoabilidade exigida para

tais atos:

“V - é facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução

de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito

específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa

da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;”

Já o inciso VI, ainda sobre esta questão, estabelece que, as alíquotas internas não

poderão ser inferiores às interestaduais, que foram estabelecidas nas Resoluções

supra, a menos que os Estados através de Convênios firmados no âmbito do

CONFAZ estabeleçam de forma diversa:

“VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos

termos do disposto no inciso XII, “g”, as alíquotas internas, nas operações

relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não

poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;”

Por fim, o inciso VII do § 2º fixa regras quanto à destinação de bens e serviços a

consumidor final que estiver localizado em outra unidade da Federação, enquanto

que o inciso VIII prevê o recolhimento do chamado “Diferencial de Alíquotas”, que

é o recolhimento da diferença da alíquota interna para a interestadual.

Por exemplo, se a mercadoria entra em determinado Estado com alíquota de 12%

(doze por cento) e o mesmo produto dentro do território deste é tributado com alíquota

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de 18% (dezoito por cento), deverá ser efetuado um cálculo que restará no

recolhimento desta diferença de 6% (seis por cento) entre as alíquotas:

“VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a

consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea “a” do inciso anterior, caberá ao Estado da

localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a

alíquota interna e a interestadual;”

ICMS |MERCADORIA IMPORTADA

O inciso IX, alínea “a”, do § 2º do artigo 155 da CF/1988 aborda a questão da

incidência do ICMS sobre mercadoria importada, ou seja, a cobrança do imposto

quando da nacionalização da mercadoria, no momento do desembaraço aduaneiro.

“IX - incidirá também:

a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa

física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,

qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no

exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o

estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;”

Este é um dispositivo polêmico e muito discutido, pois se encontra com a redação

dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 11 de outubro de 2001, observando que a

redação anterior à referida emenda era a seguinte:

“a) sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se

tratar de bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, assim

como sobre serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde

estiver situado o estabelecimento destinatário da mercadoria ou do serviço;”

Percebe-se que, a partir a Emenda Constitucional nº 33/2001, o imposto começou a

ser exigido no desembaraço aduaneiro de mercadoria destinada a pessoas físicas

também, mudança esta que gerou uma série de repercussões no âmbito judicial.

ICMS |OPERAÇÕES TRIBUTADAS PELO ISS

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O inciso IX, alínea “b”, do § 2º do artigo 155 da CF/1988 aborda a questão da

exclusão da incidência do ICMS nas operações onde os serviços são fato gerador

do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN):

“b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas

com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;”

Desta forma, só incidirá ICMS sobre o material fornecido, quando da prestação de

serviço tributado pelo ISSQN, se expressamente previsto em Lei Complementar

(vide Lei Complementar nº 116/2003).

Porém, se o serviço não estiver no campo de incidência do ISSQN e havendo

fornecimento de mercadoria, o ICMS deverá incidir sobre o todo

(serviço+mercadoria).

ICMS |NÃO-INCIDÊNCIA

O inciso X do § 2º do artigo 155 da CF/1988 prevê algumas situações em que não

haverá a incidência do ICMS. As hipóteses previstas são as seguintes:

“X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre

serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o

aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações

anteriores;

Nota: Anteriormente à Emenda Constitucional nº 42/2003, a redação deste dispositivo

excluía os produtos semi-elaborados definidos em lei complementar.

b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive

lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia

elétrica;

c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;

Nota: Aqui se trata do ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou

instrumento cambial.

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão

sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;”

Nota: Esta não-incidência sobre serviço de comunicação nas modalidades de

radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita foi incluída no

texto constitucional pela Emenda Constitucional nº 42, de 19 de dezembro de

2003.

Juntamente com o dispositivo supracitado, existe na Seção II, que aborda as

Limitações do Poder de Tributar, mais uma situação onde não haverá a incidência

do ICMS, na alínea “d”, inciso VI, do artigo 150:

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“Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é

vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

(...)

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.”

As hipóteses de não-incidência elencadas neste item são denominadas “Imunidades

Constitucionais”, pois em relação a estas a exigência do imposto não chega nem a

nascer, ao contrário das isenções previstas em leis infraconstitucionais, nas quais a

exigência nasce mas é suspensa logo na seqüência.

ICMS |EXCLUSÃO DO IPI DA BASE DE CÁLCULO DO ICMS

O inciso XI do § 2º do artigo 155, prescreve que o ICMS não terá o valor do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incluso em sua base de cálculo

quando a operação for realizada entre contribuintes, relativa a produto destinado à

industrialização ou à comercialização e que configure fato gerador tanto de IPI quanto

de ICMS:

“XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre

produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e

relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure

fato gerador dos dois impostos;”

ICMS |CONTEÚDO LEGAL DA LEI COMPLEMENTAR

O inciso XII do § 2º do artigo 155 da CF/1988 dispõe sobre a matéria reservada á Lei

Complementar, lembrando que atualmente a Lei Complementar que regula o

ICMS é a nº 87/1996:

“XII - cabe à lei complementar:

a) definir seus contribuintes;

b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento

responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das

prestações de serviços;

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços

e outros produtos além dos mencionados no inciso X, “a”;

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro

Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

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g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito

Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e

revogados;

Nota: Neste caso, embora haja previsão expressa sobre a adoção dos Convênios na Lei

Complementar nº 87/1996, a Lei Complementar que dispõe sobre os convênios para a

concessão de isenções, incentivo e benefícios fiscais, é a Lei Complementar nº

24/1975, que foi recepcionada pela CF/1988.

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá

uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se

aplicará o disposto no inciso X, b;

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre,

também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.”

ICMS |DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS

Os parágrafos 3º a 5º do artigo 155 da CF/1988 contêm disposições específicas

acerca da incidência do ICMS sobre operações relativas à energia elétrica, serviços

de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País e formas

de tributação de gás natural, lubrificantes e combustíveis derivados ou não de

petróleo. A título de exposição, seguem abaixo os referidos dispositivos legais:

“§ 3º - À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e

o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações

relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de

petróleo, combustíveis e minerais do País.

§ 4º - Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:

I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o

imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo;

II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus

derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste

parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino,

mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as

demais mercadorias;

III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e

lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo,

destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem;

Fundamentos: Constituição Federal do Brasil.

ICMS |Legislação Tributária

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Para atender a este mandamento constitucional, foi editada a Lei Complementar nº

87/1996 , com o objetivo de estabelecer regras gerais sobre o tributo, a serem

aplicadas em todo o território nacional.

ICMS| Hierarquia das Leis no ICMS

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ICMS |DEFINIÇÕES

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ICMS | Critérios das Hipóteses de Incidência Tributária

Módulo II - Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica NFC-e mod.65

Principais fundamentos

ICMS |NFC-e Motivação

Para reduzir a burocracia entre consumidores, empresas e fisco e unificar de forma

segura o fluxo de dados entre as partes.

A NFC-e foi lançada nacionalmente em novembro de 2013

A NFC-e faz a transmissão em tempo real de documentos fiscais para o banco de

dados da Secretaria de Estado de Fazenda e o contribuinte pode receber o documento

fiscal também via internet nos computadores, tablets e smartphones.

A medida dá segurança quanto à validade e autenticidade da transação comercial,

assim como praticamente elimina a circulação de papéis impressos em notas e cupons

fiscais hoje utilizados, reduzindo custos e desperdício de papel.

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ICMS |NFC-e Substituição

A NFC-e é um documento eletrônico (arquivo digital) que substituirá:

notas fiscais de venda ao consumidor, modelo 2, e o

cupom fiscal emitido por emissores de cupons fiscais, os chamados ECF.

Após ser preenchida e assinada eletronicamente, a NFC-e é transmitida pela internet

para a SEFAZ.

ICMS |NFC-e Software

Software Emissor de NFC-e

A SEFAZ não disponibilizou emissor gratuito da NFC-e.

Portanto, a empresa necessitará desenvolver ou adquirir no mercado aplicativo

emissor de NFC-e.

A SEFAZ não faz nenhuma indicação neste sentido.

Entretanto, o Fisco tem prestado orientações técnicas a entidades que demonstram

interesse em desenvolver uma solução gratuita, mas cujas politicas de uso são de

responsabilidade exclusiva do próprio desenvolvedor.

Existem opções gratuitas oferecidas no mercado.

Posso utilizar o emissor gratuito da NF-e para emitir NFC-e?

Não. Considerando as peculiaridades do varejo, o emissor gratuito da NF-e não está

preparado para emitir a NFC-e.

Portanto, a empresa necessitará desenvolver ou adquirir no mercado aplicativo emissor

de NFC-e.

ICMS |NFC-e Vantagens

A medida também traz outras vantagens para o fisco, empresas e consumidores, entre

elas:

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Dispensa de homologação do software pelo Fisco (Não tem PAF-ECF);

Uso de impressora não fiscal comum térmica ou a laser;

Simplificação de obrigações acessórias (dispensa de impressão de Redução Z e

Leitura X, Mapa Resumo, Lacres, Revalidação, Comunicação de ocorrências,

Cessação etc);

Dispensa de intervenção técnica;

Uso de papel comum; não certificado, com menor requisito de tempo de guarda;

Não há necessidade de autorização prévia do equipamento a ser utilizado;

Uso de novas tecnologias de mobilidade (smartphone, tablet, notebook e

outros);

Flexibilidade de expansão de pontos de venda, sem necessidade de autorização

do Fisco;

Integração de plataformas de vendas físicas e virtuais.

ICMS |NFC-e Utilização

O que é a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e)?

A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) é um documento de existência

apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar

as operações comerciais de venda presencial ou venda para entrega em domicilio a

consumidor final (pessoa física ou jurídica) em operação interna e sem geração de

credito de ICMS ao adquirente.

Qual é o modelo de documento fiscal da NFC-e?

A NFC-e e identificada pelo modelo 65.

Em quais tipos de operações a NFC-e poderá ser utilizada?

Somente nas operações comerciais de venda presencial ou venda para entrega em

domicilio a consumidor final.

Para as demais operações, o contribuinte deverá utilizar a nota fiscal eletrônica,

modelo 55 (NF-e).

No caso de entrega em domicilio (delivery), como entregas de produtos provenientes

de pizzarias, lanchonetes, restaurantes, farmácias, floriculturas, etc., a NFC-e somente

poderá ser utilizada nas operações dentro do Estado. Nessas hipóteses será exigida

na NFC-e a identificação do consumidor (nome, CPF/CNPJ) e do endereço de entrega.

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ICMS |NFC-e

A partir da obrigatoriedade de emissão de NFC-e, fica vedada a emissão dos

documentos aos quais foram substituídos, salvo disposição em contrário.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 49 , §§ 2º a 4º)

ICMS |NFC-e Instituída no Estado do Rio de Janeiro

A NFC-e foi instituída no Estado do Rio de Janeiro em 13 de maio de 2014 com a

publicação do Decreto nº 44.785, que alterou o Anexo I do Livro VI do

Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 27.427/00.

Por meio dele, foram introduzidas na legislação fluminense as normas básicas

relativas à NFC-e, oriundas do Ajuste SINIEF 5/07, e delegada ao Secretário de

Estado de Fazenda a competência para publicar o cronograma de implantação do

documento no Estado, sendo estipuladas algumas regras (art. 49, § 6º).

Seguindo esses parâmetros, foi publicada em 8 de julho de 2014, a Resolução SEFAZ

nº 759, que incluiu na Parte II da Resolução SEFAZ nº 720/14o Anexo II-A que

disciplina as regras de transição.

ICMS |NFC-e RJ Prazo de Implantação

PRAZO PARA IMPLANTAÇÃO

I - até 31 de dezembro de 2017, todos os contribuintes devem estar sujeitos ao

uso da NFC-e;

II - a partir de 1º de janeiro de 2019, fica vedada a emissão de Cupom Fiscal

por ECF e de Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2.

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ICMS |NFC-e RJ Cronograma

CRONOGRAMA

A implantação da NFC-e, no Estado do Rio de Janeiro, seguirá o seguinte

cronograma:

a) 08.08.2014, contribuintes voluntários para emissão em ambiente de testes;

b) 1º.10.2014, contribuintes:

b.1) voluntários para emissão em ambiente de produção;

b.2) que, obrigados ao uso de ECF não tenham solicitado

autorização de uso de equipamento até 30.09.2014;

c) 1º.07.2015, contribuintes que:

c.1) apuram o ICMS por confronto entre débitos e créditos, ainda

que, a partir da referida data, venham a se enquadrar em outro regime de

apuração;

c.2) requererem inscrição estadual, independentemente do

regime de apuração a que estejam vinculados

d) 1º.01.2016, contribuintes optantes:

d.1) pelo Simples Nacional com receita bruta anual auferida no

ano- base 2014 superior a R$ 1.800.000,00;

d.2) por demais regimes de apuração distintos do regime de

confronto entre débitos e créditos, inclusive os previstos no Livro V

do RICMS/2000, independentemente da receita bruta anual auferida;

e) 1º.07.2016, contribuintes optantes pelo Simples Nacional com receita bruta

anual auferida no ano-base 2014 superior a R$ 360.000,00;

f) 1º.01.2017, demais contribuintes.

(Resolução Sefaz nº 720/2014 , Parte II, Anexo II-A, art. 1º, §§ 1º e 2º)

Nota:

O disposto nas letras “b.2” e “c.2 não se aplica à

contribuinte filial de empresa cujos demais

estabelecimentos ainda não estejam sujeitos à implantação

da NFC-e e possuam ECF autorizados a uso pela Sefaz ou

tenham voluntariamente antecipado a utilização de NFC-e”.

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Para fins do disposto nas letras "d.1" e "e“ (simples nacional), receita bruta anual

é o somatório das receitas de todos os estabelecimentos localizados no Estado do

Rio de Janeiro, pertencentes à mesma empresa, assim considerado o produto da

venda de bens e serviços nas operações por conta própria, o preço dos serviços

prestados, mesmo que não sujeitos ao ICMS, e o resultado auferido nas operações

por conta alheia, não incluído o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as

vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

ICMS |NFC-e RJ Dispensa de Uso

DISPENSA DE USO

A obrigatoriedade de uso da NFC-e não se aplica:

a) ao produtor rural não inscrito no CNPJ;

b) ao MEI, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar federal nº 123/2006

(pela sistemática de valor fixo).

(Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo II-A, art. 1º, § 9º)

ICMS |NFC-e RJ Emissão – Credenciamento

Credenciamento

Para emissão de NFC-e, o contribuinte deverá credenciar se por meio do formulário

"Solicitação de Credenciamento", disponível na página da Sefaz, na Internet.

Observa-se que o credenciamento é o procedimento mediante o qual é concedida a

permissão para que o estabelecimento emita NFC-e, no ambiente de produção.

Quando do credenciamento, será fornecido ao contribuinte o Código de Segurança do

Contribuinte - CSC (token), de seu exclusivo conhecimento, que deverá ser utilizado

para garantir a autoria e a autenticidade do Danfe NFC-e.

(Resolução Sefaz nº 720/2014 , Parte II, Anexo II-A, art. 2º)

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O credenciamento para emissão da NFC-e poderá ser alterado, cassado ou revogado,

a qualquer tempo, no interesse da administração tributária, pelo Subsecretário Adjunto

de Fiscalização, cabendo recurso, no prazo de 30 dias, para o Subsecretário de Estado

de Receita.

O disposto neste item não implica permissão para:

a) emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2;

b) apresentação de pedido de autorização de uso de equipamento ECF;

c) ampliação do prazo de utilização dos ECF já autorizados a uso.

(Resolução Sefaz nº 720/2014 , Parte II, Anexo II-A, art. 3º)

ICMS |NFC-e RJ Características

Característica

A NFC-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no Manual de

Orientação do Contribuinte publicado em Ato Cotepe, nas Notas Técnicas, observadas

ainda as disposições do Ajuste Sinief nº 7/2005 e o seguinte:

a) a transmissão do arquivo digital da NFC-e e dos eventos a ela relacionados, bem

como do pedido de inutilização de numeração, deverão ser efetuadas pela Internet, por

meio de protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de software

desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração

tributária;

b) o arquivo digital da NFC-e deverá ser elaborado no padrão XML (Extended Markup

Language);

c) a numeração será sequencial de 000.000.001 a 999.999.999, por estabelecimento e

por série, reiniciando-se quando atingido o limite superior;

d) a NFC-e deverá conter um "código numérico", gerado pelo emitente, que comporá a

"chave de acesso" de identificação da NFC-e, juntamente com o CNPJ do emitente,

número e série da NFC-e;

e) as séries serão designadas por algarismos arábicos, em ordem crescente, vedada a

utilização de série "0" e de subsérie;

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ICMS |NFC-e RJ Documento Auxiliar DANFE NFC-E

O Documento Auxiliar da NFC-e (Danfe NFC-e) será utilizado para representar as

operações acobertadas por NFC-e e para facilitar a consulta da NFC-e e de seus

eventos, devendo:

a) ser impresso com base no leiaute estabelecido no Manual de Orientação do

Contribuinte publicado em Ato Cotepe, observadas, ainda, as disposições do Ajuste

Sinief nº 7/2005 ;

b) conter, obrigatoriamente, a expressão "Não permite aproveitamento de crédito fiscal

de ICMS".

O Danfe NFC-e não poderá ser impresso em impressora matricial.

O Danfe NFC-e somente poderá ser impresso após a concessão da Autorização de Uso

da NFC-e.

Por opção do adquirente, o Danfe NFC-e poderá:

a) ter sua impressão substituída pelo envio em formato eletrônico ou pelo envio da

chave de acesso do documento fiscal ao qual ele se refere;

b) ser impresso de forma resumida, sem identificação detalhada das mercadorias

adquiridas, conforme especificado no Manual de Orientação do Contribuinte.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 57 )

ICMS |NFC-e RJ Concessão de Autorização de Uso

Previamente à concessão da Autorização de Uso da NFC-e, a Sefaz analisará, no

mínimo, os seguintes elementos:

a) a regularidade fiscal do emitente;

b) o credenciamento do emitente;

c) a autoria da assinatura do arquivo digital;

d) a integridade do arquivo digital;

e) a observância ao leiaute do arquivo e aos critérios de validação estabelecidos no

Manual de Orientação do Contribuinte.

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Do resultado dessa análise, a Sefaz cientificará o emitente:

a) da rejeição do arquivo da NFC-e, em virtude de:

a.1) falha na recepção ou no processamento do arquivo;

a.2) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo;

a.3) não credenciamento do remetente para emissão;

a.4) duplicidade de número da NFC-e;

a.5) falha na leitura do número da NFC-e;

a.6) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo;

b) da denegação da Autorização de Uso da NFC-e em virtude da irregularidade fiscal

do emitente;

c) da concessão da Autorização de Uso da NFC-e.

Após a concessão da autorização de uso, a NFC-e não poderá ser alterada.

Em caso de rejeição do arquivo digital, o mesmo não será arquivado na administração

tributária para consulta, sendo permitido ao interessado nova transmissão do arquivo

da NFC-e nas hipóteses das letras "a.1", "a.2" e "a.5".

Em caso de denegação da Autorização de Uso da NFC-e:

a) o arquivo digital transmitido ficará arquivado na administração tributária para

consulta, identificado como "Denegada a Autorização de Uso";

b) não será possível sanar a irregularidade e solicitar nova Autorização de Uso da

NFC-e que contenha a mesma numeração;

c) o contribuinte deverá escriturar o documento denegado sem valores monetários.

A concessão de autorização de uso da NFC-e não implica validação das informações

contidas no arquivo nem das contidas nos eventos subsequentes a ela atrelados.

O arquivo digital da NFC-e somente poderá ser utilizado como documento fiscal

depois de ser transmitido eletronicamente à administração tributária e ter seu uso

autorizado por meio de Autorização de Uso da NFC-e.

O destinatário verificará a validade e autenticidade da NFC-e, bem como a existência

da respectiva autorização de uso.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , arts. 51 , 52 , 5356 )

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ICMS |NFC-e RJ Ambiente Teste

Os contribuintes poderão emitir documentos em ambiente de testes, solicitando acesso

a esse ambiente mediante o preenchimento do formulário "Solicitação de Acesso ao

Ambiente de Testes", disponível na página da Sefaz, na Internet.

O documento emitido no ambiente de teste não tem validade jurídica e não substitui os

documentos fiscais anteriormente mencionados.

O deferimento da solicitação permitirá acesso ao ambiente de testes da NF-e.

Os requerimentos para credenciamento, inclusive no ambiente de teste, deverão ser

assinados digitalmente, com assinatura certificada por entidade credenciada pela ICP-

Brasil, contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte.

Somente será credenciado o estabelecimento que esteja com sua situação cadastral de

habilitado.

O estabelecimento que não estiver na condição de habilitado será imediatamente

descredenciado, podendo, se for o caso, solicitar novo credenciamento, desde que

sanadas as causas que determinaram o seu descredenciamento.

(Resolução Sefaz nº 720/2014 , Parte II, Anexo II-A, arts. 4º, 5º e 6º)

ICMS |NFC-e RJ PROCEDIMENTOS APÓS A OBRIGATORIEDADE DE

UTILIZAÇÃO DA NFC-E

A partir da data de credenciamento no ambiente de produção para emissão da NFC-e

ou da data prevista para implantação, o que ocorrer primeiro:

a) não será mais concedida autorização para utilização de ECF;

b) não poderá ser emitida a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, devendo

ser inutilizado o estoque remanescente.

Após a data mencionada, e até 31.12.2018, será permitida a utilização de Nota Fiscal

de Venda a Consumidor, modelo 2, exclusivamente para acobertar as operações

realizadas fora do estabelecimento, nos termos do Capítulo III do Anexo XIII da Parte

II da Resolução Sefaz nº 720/2014 , sob pena de, relativamente a demais operações, se

caracterizar o documento como inidôneo.

(Resolução Sefaz nº 720/2014 , Parte II, Anexo II-A, art. 1º, § 3º)

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ICMS |NFC-e RJ ECF – Emissor Cupom Fiscal

Relativamente ao equipamento ECF, deverá ser observado o seguinte:

a) a critério do contribuinte, o equipamento ECF que já tenha sido autorizado a uso

poderá continuar a ser utilizado por até 2 anos, contados da data a que se refere o item

5, ou até que se esgote a memória do ECF, o que vier primeiro;

b) enquanto possuírem ECF autorizados a uso neste Estado, os contribuintes deverão

observar todos os procedimentos relativos a sua utilização previstos na legislação,

como uso de PAF-ECF, geração e guarda de documentos, escrituração e cessação de

seu uso;

c) em até 60 dias após os prazos previstos no item 6, o contribuinte deverá

providenciar a cessação de uso do equipamento e comunicá-la à Sefaz, observados os

procedimentos previstos na legislação, sob pena de aplicação da multa cabível;

Relativamente ao equipamento ECF, deverá ser observado o seguinte:

d) o equipamento ECF, cessado de acordo com o disposto no art. 35 do Livro VIII do

RICMS/2000, poderá ser convertido em impressora não fiscal pelo fabricante do

equipamento ou interventor técnico devidamente credenciado, desde que se mantenha

a possibilidade de leitura da Memória de Fita Detalhe.

Durante o período em que for permitido a utilização concomitante do ECF com a

NFC-e, observado o disposto na letra "c", o contribuinte deverá emitir

preferencialmente a NFC-e.

(Resolução Sefaz nº 720/2014 , Parte II, Anexo II-A, art. 1º, §§ 5º e 6º)

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ICMS |NFC-e RJ Eventos

A NFC-e e os eventos a ela relacionados, assim como o pedido de inutilização de

numeração, deverão ser assinados pelo emitente, com assinatura digital certificada por

entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil),

contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim

de garantir a autoria do documento digital.

A ocorrência relacionada com uma NFC-e denomina-se "Evento da NFC-e".

Os eventos relacionados a uma NFC-e são:

a) cancelamento;

b) declaração prévia de emissão em contingência.

A ocorrência dos eventos deve ser registrada pelo emitente.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 49 , § 1º, e art. 64 )

ICMS |NFC-e RJ Crédito Fiscal

É vedado o crédito fiscal de ICMS relativo às aquisições de mercadorias acobertadas

por NFC-e.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 49 , § 5º)

ICMS |NFC-e RJ Documento Inidôneo

A Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, emitida após o prazo e o Cupom

Fiscal emitido após a data prevista no item 5, serão considerados inidôneos para todos

os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco, conforme previsto no art.

24 do Livro VI do RICMS/2000.

Os contribuintes que utilizarem exclusivamente NFC-e, observadas as disposições

relativas à cessação de uso de ECF, ficam desobrigados de utilizar PAF-ECF e TEF

integrado.

Ainda que formalmente regular, será considerada inidônea a NFC-e que tiver sido

emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro, que possibilite, mesmo a

terceiro, o não pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida.

Esta regra também se aplica ao respectivo Danfe NFC-e.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 53 , §§ 1º e 2º; Resolução Sefaz nº

720/2014 , Parte II, Anexo II-A, art. 1º, §§ 7º e 8º)

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ICMS |NFC-e RJ Carta de Correção

As disposições relativas à Carta de Correção não se aplicam à NFC-e.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 66 )

ICMS |NFC-e RJ Consulta

Após a concessão de Autorização de Uso da NFC-e, a Sefaz disponibilizará consulta

relativa à NFC-e e aos eventos a ela relacionados.

A consulta poderá ser efetuada mediante informação da chave de acesso ou da leitura

do código "QR Code", impressos no Danfe NFC-e.

Para a consulta pública realizada via código "QR Code", poderá ser utilizado qualquer

aplicativo de leitura deste código disponíel no mercado.

O contribuinte emitente de NFC-e fica dispensado de enviar ou disponibilizar

download ao consumidor do arquivo XML da NFC-e, exceto se o consumidor, antes

de iniciada a emissão da NFC-e, assim o solicitar.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , arts. 54 e 65 )

ICMS |NFC-e RJ Guarda

O emitente deverá manter a NFC-e em arquivo digital sob sua guarda e

responsabilidade, ainda que fora da empresa, pelo prazo de 5 anos para a guarda de

documentos fiscais, disponibilizando-o à administração tributária quando solicitado.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 55 )

ICMS |NFC-e RJ Certificado Digital

Os certificados devem ser emitidos por uma autoridade certificadora, seguindo o

padrão ICP-Brasil, podendo ser dos seguintes tipos:

• A1: e gerado e armazenado em seu computador pessoal, dispensando o uso de

cartões inteligentes

ou tokens;

• A3: e emitido em uma mídia criptográfica: HSM, cartão inteligente ou token,

proporcionando major mobilidade e segurança.

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ICMS |NFC-e RJ Guarda do Arquivo Digital

Por se tratar de um documento fiscal digital, a NFC-e deve ser armazenada

eletronicamente pelo período de 5 (cinco) anos, conforme determinado pela

legislação tributária.

Não existe obrigatoriedade da guarda do DANFE NFC-e.

O documento fiscal relativo a operação é o arquivo digital da NFC-e.

ICMS |NFC-e RJ Requisitos

RESUMIDAMENTE OS REQUISITOS PARA EMISSÃO DA NFC-e SÃO:

• Estar com a inscrição estadual regular;

• Desenvolver ou adquirir um software emissor de NFC-e;

• Possuir certificado digital no padrão ICP-Brasil, contendo o número do CNPJ de

qualquer dos estabelecimentos do contribuinte; (Atualizada em 09/02/15) (Pode

utilizar o mesmo certificado digital da NF-e)

• Estar credenciado na SEFAZ (permissão para emissão);

• Possuir Código de Segurança do Contribuinte - CSC (token), fornecido pela SEFAZ

no ato do credenciamento.

O Código de Segurança do Contribuinte - CSC (token) é um código alfanumérico,

de conhecimento exclusivo do contribuinte e da SEFAZ, usado para garantir a

autoria e a autenticidade do DANFE-NFC-e.

ATENCAO! O Código de Segurança do Contribuinte - CSC (token) e requisito de

validade do DANFE-NFC-e, portanto deve ser cadastrado no programa emissor do

contribuinte antes da primeira nota fiscal emitida.

O CSC é fornecido ao contribuinte no momento do deferimento do pedido de

acesso aos ambientes de testes e/ou produção.

Os códigos são únicos para empresa, ou seja, eles não gerados por estabelecimento

da empresa.

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O que é QR-Code e qual a finalidade de sua impressão no DANFE NFC-e?

O QR-Code e um código de barras bidimensional, que foi criado em 1994 pela

empresa japonesa Denso-Wave, que significa “código de resposta rápida" devido a

capacidade de ser interpretado rapidamente.

A impressão do QR-Code no DANFE NFC-e tem a finalidade de facilitar a consulta

dos dados do documento fiscal eletrônico pelos consumidores, mediante leitura com o

uso de aplicativo leitor de QR-Code instalado em smartphones ou tablets. Atualmente

existem no mercado inúmeros aplicativos gratuitos para smartphones que possibilitam

a leitura de QR-Code.

QR-Code

Módulo III - Preenchimento da NFC-e e Cuidados Especiais

ICMS |NFC-e RJ Preenchimento

Relativamente ao seu preenchimento, sem prejuízo das demais exigências impostas

pela legislação, deverão ser observados os procedimentos abaixo:

f.1) a identificação do destinatário na NFC-e, por meio do número de inscrição no

Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

(CNPJ), ou do número do documento de identificação de estrangeiro admitido na

legislação civil, deverá ser feita nas operações com:

1) valor igual ou superior a R$ 10.000,00;

2) valor inferior a R$ 10.000,00, quando solicitado pelo adquirente;

3) entrega em domicílio, hipótese em que também deverá ser informado o

respectivo endereço.

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f.2) deverá conter, além da identificação das mercadorias comercializadas, a indicação

do correspondente capítulo da Nomenclatura Comum do Mercosul/Sistema

Harmonizado (NCM/SH), salvo na hipótese de o item do documento se referir a

mercadoria ou operação sem classificação na tabela da NCM/SH;

f.3) quando o produto comercializado possuir código de barra GTIN (Numeração

Global de Item Comercial), fica obrigatório o preenchimento dos códigos cEAN e

cEANTrib da NFC-e;

g) na hipótese em que houver campo específico, previsto no Manual de Orientação do

Contribuinte, para indicação de informações exigidas pela legislação tributária, esse

deve ser obrigatoriamente utilizado.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 50 )

CAMPOS MÍNIMOS NECESSÁRIOS

Os campos mínimos necessários para a emissão da NFC-e estão disponíveis na Nota

Tecnica (última versão), sendo permitindo unicamente a identificação do código do

destinatário (CPF, CNPJ, idEstrangeiro).

Importante: Pelo Schema XML, os campos de identificação do destinatário podem ser

omitidos, mas as regras de validação existentes podem levar a obrigatoriedade da

informação, por exemplo, para as operações com valor superior a um determinado

limite.

Para qualquer caso, decidido pela identificação do destinatário, tambem e opcional a

identificação completa do endereço, ou somente a identificação de CPF, CNPJ, ou

dados da pessoa física estrangeira.

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Identificação do estrangeiro, na venda presencial interna

Não, existe apenas o campo identificando que o destinatário da NFC-e e de origem

estrangeira.

Quando se fizer necessário a identificação do estrangeiro, na venda presencial interna,

os campos mínimos necessários são:

• dest/enderDest/UF = “EX”;

• dest/idEstrangeiro pode ser nulo, ou não, conforme regra de validação;

• CFOP dos itens inicia com “5”.

Preenchimento das informações dos tributos incidentes sobre toda a cadeia, em

atendimento a Lei Federal nº 12.741/2012 (lei da transparência)

Apenas e exigido pela Lei Federal nº 12.741/2012 a informação, no documento fiscal,

de um campo, em reais, com o valor total de tributos incidentes na venda ao

consumidor e considerando toda a cadeia de tributação anterior.

Na divisão V do DANFE NFC-e (vide documento técnico de especificação do

DANFE NFC-e e QR Code) poderá ser impresso o texto "Informação dos Tributos

Totais Incidentes (Lei Federal nº 12.741 /2012)“.

Importante ressaltar que para que seja impressa esta informação no DANFCe a

mesma deverá constar informada no campo próprio do arquivo eletrônico da NFC-e

(Campo vTotTrib).

Fica facultado ao contribuinte emissor de NFC-e, que assim desejar imprimir no

Detalhe da Venda o valor total de carga tributaria por item de mercadoria.

Importante ressaltar que, alternativamente a impressão de informação no documento

fiscal, a Lei Federal nº 12.741/12 permite a empresa detalhar a carga tributaria por

produto por meio de painel afixado ou meio eletrônico disponível ao consumidor

no estabelecimento

ICMS |NFC-e RJ IDENTIFICAÇÃO DO EMITENTE

IDENTIFICAÇÃO DO EMITENTE

CRT - Código de Regime Tributário

O CRT, instituído pelo Ajuste SINIEF 7/05, identifica o regime tributário ao qual o

contribuinte está submetido:

1 - Simples Nacional

O código 1 será utilizado pelo contribuinte optante pelo Simples Nacional.

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2 - Simples Nacional - excesso de sublimite da receita bruta

O Estado do Rio de Janeiro não fixou sublimite, logo o código CRT 2 não deve

ser utilizado por estabelecimento de ME/EPP optante pelo Simples Nacional

localizado neste Estado.

3 - Regime Normal

O código 3 será utilizado pelo contribuinte que não estiver na situação 1 ou 2.

Como a situação 2 não é aplicável ao Estado do Rio de Janeiro, o CRT 3

deverá ser preenchido sempre que o emitente não for estabelecimento de

empresa optante pelo Simples Nacional.

Assim, na NFC-e teremos:

ICMS |NFC-e RJ CFOP

O código CFOP (Código Fiscal de Operação e Prestação) identifica a natureza das

operações e prestações realizadas pelo contribuinte. Ele consta do XML, mas não é

impresso no DANFE NFC-e. Na NFC-e, somente são aceitos os seguintes CFOP:

5.101 - Venda de produção do estabelecimento;

5.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros;

5.103 - Venda de produção do estabelecimento, efetuada fora do estabelecimento;

5.104 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, efetuada fora do

estabelecimento;

5.115 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, recebida

anteriormente em consignação mercantil;

5.405 - Venda de mercadoria de terceiros, sujeita a ST, como contribuinte

substituído;

Esse código será utilizado inclusive nas hipóteses em que o varejista, adquirente da

mercadoria em operações interestaduais, é considerado “substituto tributário”,

efetuando o pagamento do imposto devido por substituição tributária na entrada da

mercadoria em território fluminense, já que, por ocasião da saída que promove,

registrada na NFC-e, atua como substituído. (art. 4º da Resolução SEFAZ nº 537/12).

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5.653 - Venda de combustível ou lubrificante de produção do estabelecimento

destinado a consumidor ou usuário final;

5.656 - Venda de combustível ou lubrificante de terceiros, para consumidor final;

5.667 - Venda de combustível ou lubrificante a consumidor ou usuário final

estabelecido em outra unidade da Federação;

5.933 - Prestação de serviço tributado pelo ISSQN (Nota Fiscal conjugada);

Embora tecnicamente haja possibilidade de inclusão de serviços tributados pelos

municípios (ISS) na NFC-e, a sua utilização depende de convênio firmado entre o

Estado e o município. Atualmente, não há nenhum convênio.

ICMS |NFC-e RJ CST / CSOSN

TRIBUTOS

1. ICMS

CST (Código da Situação Tributária) e CSOSN (Código de Situação da Operação

no Simples Nacional)

O CST e o CSOSN identificam a situação tributária da mercadoria.

O CST é utilizado pelos contribuintes do regime normal e o CSOSN pelos

contribuintes optantes pelo Simples Nacional.

O CST/CSOSN consta do XML, mas não é impresso no DANFE NFC-e.

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ICMS |NFC-e RJ PIS E COFINS

Trata-se de tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, portanto dúvidas

quanto ao preenchimento dos campos relacionados a eles devem ser dirigidas ao

referido órgão.

Na hipóteses em que o contribuinte não esteja obrigado ao preenchimento desses

campos e o aplicativo por ele utilizado os possua, deverá ser informado:

- PIS - COFINS

ST: “99” “ ” ST: “99” “ ” (outras operações)

Tipo de cálculo: Percentual Tipo de cálculo: Percentual

Alíquota: 0% Alíquota: 0%

Valor do COFINS: 0,00 Valor do PIS: 0,00

ICMS |NFC-e RJ VALOR TOTAL DA NOTA

Valor Total

O valor total da NFC-e não pode ultrapassar R$ 200.000,00. Caso se trate de vários

itens cuja soma total ultrapasse o referido valor, o contribuinte deverá separá-los e

inclui-los em outra NFC-e.

Mas caso se trate de um único item cujo valor seja superior a R$ 200.000,00, o

contribuinte deverá utilizar NF-e, modelo 55.

Troco

A informação sobre o troco não consta do leiaute da NFC-e, assim sendo, ela não

constará do arquivo XML nem do DANFE NFC-e.

ICMS |NFC-e RJ INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

PROCON / ALERJ

As informações exigidas pela Lei nº 5.817/10 devem constar da NFC-e.

No DANFE NFC-e, serão impressas no campo destinado a “Mensagem de Interesse

do Contribuinte”

“Art. 1º. É obrigatória a inclusão de telefone e endereço do órgão de fiscalização

do Estado do Rio de Janeiro em Defesa do Consumidor – Programa de

Orientação e Proteção ao Consumidor - PROCON–RJ e da Comissão de Defesa

do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ

nos documentos fiscais emitidos pelos estabelecimentos comerciais do Estado do

Rio de Janeiro.”

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Vale lembrar que o programa de sorteio público “Cupom Mania” foi extinto pelo

Decreto nº 45.093/15. Portanto, as informações relativas a ele devem ser retiradas dos

documentos em que vinham sendo impressas.

ICMS |NFC-e RJ OPERAÇÕES ESPECIAIS

Gorjeta

A gorjeta (limitada a 10%) deve ser incluída como “ ITEM” da NFC -e, a fim de ser

excluída da base de cálculo do ICMS (Convênio ICMS 125/11, incorporado à

legislação fluminense por meio da Resolução SEFAZ nº 588/13).

A exclusão acima não se aplica aos contribuintes optantes pelo Simples Nacional. As

gorjetas, sejam elas compulsórias ou não, integram a receita bruta que serve de base

de cálculo do Simples Nacional (Orientação conforme Soluções de Consulta Cosit nº

99, de 3 de abril de 2014, e nº 191, de 27 de junho de 2014. Saiba mais no Portal

Nacional S , ã “P Respostas).

Brinde e Promoções

Na entrega de brinde ao consumidor final, fica dispensada a emissão de NFC-e,

devendo ser observados os procedimentos previstos nos artigos 46 e 47 do Anexo XIII

da Parte II da Resolução SEFAZ nº 720/14.

Vale lembrar que somente é considerado brinde a mercadoria que, não consistindo

objeto normal da atividade do contribuinte, tenha sido adquirida para distribuição

gratuita a consumidor ou usuário final.

Por fim, ressaltamos que não se confunde com brinde a mercadoria objeto de

promoções do tipo "Compre 3 e Pague 2".

Nessas promoções, as saídas de todas as mercadorias devem estar devidamente

registradas no documento fiscal, com seus respectivos códigos CST/CSOSN e CFOP,

devendo constar no mesmo documento como desconto o valor não cobrado do

consumidor.

Nota Fiscal conjugada com Cupom Fiscal

A legislação de ECF prevê a possibilidade de emissão de NF-e, modelo 55, conjugada

com Cupom Fiscal nas hipóteses em que legislação específica o exija ou por solicitação

do adquirente (art. 52 do Livro VIII do RICMS/00).

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Na NFC-e não há essa possibilidade. Nas operações com contribuintes, caso o

adquirente solicite a emissão de NF-e, modelo 55, após a emissão da NFC-e, modelo

65, essa NFC-e deve ser cancelada.

Postos de combustíveis: emissão de NF-e englobando o total de NFC-e emitidas no

mês

No Estado do Rio de Janeiro, não há previsão legal que possibilite a emissão de NF-e,

modelo 55, para englobar o total de NFC-e, modelo 65, emitidas no mês para

determinado cliente – diferentemente do cupom fiscal, para o qual há permissivo legal

(§ 2º do art. 44 do Livro VIII do RICMS/00).

Operações de ISS

Embora tecnicamente haja possibilidade de inclusão de serviços tributados pelos

municípios (ISS) na NFC-e, a sua utilização depende de convênio firmado entre o

Estado e o município. Atualmente, não há nenhum convênio.

Venda fora do estabelecimento

Nas operações realizadas fora do estabelecimento, o contribuinte deve observar o

disposto nos artigos 21 a 25 do Anexo XIII da Parte II da Resolução SEFAZ nº 720/14.

Até 31 de dezembro de 2018, o contribuinte poderá utilizar Nota Fiscal de Consumidor,

modelo 2, para acobertar a operação realizada fora do estabelecimento, mas nada o

impede de já se adequar à NFC-e.

Tanto a remessa para venda fora do estabelecimento quanto o retorno devem ser

acobertados por NF-e, modelo 55.

Na venda efetiva devem ser utilizados os seguintes CFOP, conforme o caso:

5.103 - Venda de produção do estabelecimento, efetuada fora do estabelecimento

5.104 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, efetuada fora do

estabelecimento

Entrega em domicílio

Nas operações em que a mercadoria for entregue em domicílio, deverão ser informados

obrigatoriamente:

- os dados do consumidor: CPF e endereço;

- os dados do transportador.

Quando o transporte for feito pela própria empresa, os dados da empresa devem

constar do campo “ ”, independentemente se quem realiza o transporte é um motoboy,

ciclista etc., da própria empresa

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Venda para entrega futura

A NFC-e não pode ser utilizada nas vendas para entrega futura (CFOP 5.116 e 5.117)

quando tiver sido emitida Nota Fiscal de Simples Faturamento, conforme procedimento

estabelecido nos artigos 31 a 34 do Anexo XIII da Parte II da Resolução SEFAZ nº

720/14. Isso porque, nesses casos, a nota fiscal de simples faturamento deve ser

referenciada no documento relativo à saída efetiva da mercadoria. Diferentemente da

NF-e, a NFC-e não possui campos próprios para que seja feita essa referência.

Devolução de mercadorias

Para acobertar a devolução de mercadorias, o contribuinte deve utilizar NF-e, modelo

55. Verifique os procedimentos previstos nos artigos 36 a 37 do Anexo XIII da Parte II

da Resolução SEFAZ nº 720/14.

Operações Interestaduais

Nas operações interestaduais, o contribuinte deve utilizar NF-e, modelo 55.

ICMS |NFC-e RJ –DANFE NFC-e

DANFE NFC-e

Dados impressos

Todos os dados que devem ser impressos no DANFE NFC-e estão especificados no

Manual de Especificações Técnicas do DANFE NFC-e e QR Code (versão mais

recente), disponível no Portal Nacional da NF-e (www.nfe.fazenda.gov.br).

Chave de Acesso

Verifique se na “Área de Mensagem Fiscal ” da DANFE NFC-e, está sendo

corretamente impressa URL para consulta com chave de acesso:

www.nfce.fazenda.rj.gov.br/consulta

Caso não esteja, informe ao desenvolvedor do aplicativo e solicito sua alteração.

ICMS |NFC-e RJ –DANFE NFC-e

Área de Mensagem Fiscal

Número 999999999 Série 999 Emissão DD/MM/AAAA HH:MM:SS

Consulte pela Chave de Acesso

www.nfce.fazenda.rj.gov.br/consulta

Chave de Acesso

9999 9999 9999 9999 9999 9999 9999 9999 9999 9999 9999

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QR CODE

Ao imprimir o DANFE NFC-e, verifique, por meio da leitura do código QR, se a URL

está correta.

Estará correta se a NFC-e for visualizada no smartphone ou tablet.

Caso não consiga visualizá-la, contate o desenvolvedor do software.

Consulte via leitor de QR CODE

Protocolo de Autorização 999999999999999 DD/MM/AAAA HH:MM:SS

ICMS |NFC-e RJ Cancelamento

Após a concessão de Autorização de Uso da NFC-e, o emitente poderá solicitar o

cancelamento do documento, em prazo não superior a 24 horas, contado do momento

em que foi concedida a respectiva autorização de uso, desde que não tenha havido a

circulação da mercadoria ou a prestação de serviço.

O cancelamento será efetuado por meio do registro de evento correspondente.

O pedido de cancelamento de NFC-e deverá atender ao leiaute estabelecido no Manual

de Orientação do Contribuinte e ao disposto no Ajuste Sinief nº 7/2005 .

As NFC-e canceladas e os números inutilizados devem ser escriturados sem

valores monetários.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , arts. 58 , 59 e 61 )

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ICMS |NFC-e RJ Inutilização de números

Inutilização de números de NFC-e

Na eventualidade de quebra de sequência da numeração de NFC-e, o contribuinte

deverá solicitar a inutilização de números não utilizados, mediante Pedido de

Inutilização de Número da NFC-e, até o 10º dia do mês subsequente.

Entretanto, o contribuinte fica sujeito a penalidade por descumprimento de prazo.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 60 )

ICMS |NFC-e RJ Emissão em CONTINGÊNCIA

Quando não for possível transmitir a NFC-e ou obter resposta à solicitação de

autorização de uso em decorrência de problemas técnicos, o contribuinte poderá

operar em contingência para gerar arquivos, indicando este tipo de emissão, adotando

uma das seguintes alternativas:

a) imprimir duas vias do Danfe NFC-e em Formulário de Segurança para Impressão de

Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), contendo a expressão

"Danfe NFC-e em Contingência - impresso em decorrência de problemas técnicos",

observado o disposto no Convênio ICMS nº 96/2009, sendo que na hipótese de

necessidade de vias adicionais a impressão poderá ser feita em qualquer tipo de papel;

b) utilizar equipamento ECF;

c) efetuar geração prévia do documento fiscal eletrônico em contingência e

autorização posterior, com prazo máximo de envio de até 24 horas.

Para adoção das hipóteses de contingência, o contribuinte deverá observar o leiaute

estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte e, ainda, as disposições

previstas no Ajuste Sinief nº 7/2005 .

A decisão pela entrada em contingência é exclusiva do contribuinte, não sendo

necessária a obtenção de qualquer autorização prévia junto ao Fisco.

Desta forma, na hipótese de emissão da NFC-e em contingência, o contribuinte deverá

observar o seguinte:

a) imediatamente após a cessação dos problemas técnicos que impediram a

transmissão ou recepção do retorno da autorização da NFC-e, e até o prazo limite de

24 horas, contado a partir de sua emissão, o emitente deverá transmitir à Sefaz as

NFC-e geradas em contingência;

b) se a NFC-e vier a ser rejeitada pela administração tributária, o emitente deverá:

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b.1) gerar novamente o arquivo com a mesma numeração e série, sanando a

irregularidade desde que não sejam alteradas as variáveis que determinam o valor do

imposto, os dados cadastrais que impliquem mudança do remetente ou do destinatário

e a data de emissão ou de saída;

b.2) solicitar Autorização de Uso da NFC-e;

b.3) imprimir o Danfe NFC-e correspondente à NFC-e autorizada, no mesmo tipo de

papel utilizado para imprimir o Danfe NFC-e original;

c) as seguintes informações farão parte do arquivo da NFC-e, devendo ser impressas

no Danfe NFC-e:

c.1) o motivo da entrada em contingência;

c.2) a data, hora com minutos e segundos do seu início;

d) considera-se emitida a NFC-e em contingência, na hipótese da letra "a", no

momento da impressão do respectivo DANFE NFC-e em contingência, tendo como

condição resolutória a sua autorização de uso.

O Danfe NFC-e emitido em contingência deverá ser mantido pelo emitente pelo prazo

estabelecido na legislação tributária para a guarda de documentos fiscais.

É vedada a reutilização, em contingência, de número de NFC-e, transmitida com tipo

de emissão "Normal".

A possibilidade de emissão de Cupom Fiscal por meio de equipamento ECF somente

será permitida até o prazo final de uso do ECF previsto em ato do Secretário de Estado

de Fazenda.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 62 )

ICMS |NFC-e RJ Pendente de Retorno

Em relação às NFC-e que foram transmitidas antes da contingência e ficaram

pendentes de retorno, o emitente deverá, após a cessação das falhas:

a) solicitar o cancelamento das NFC-e que retornaram com autorização de uso e cujas

operações não se efetivaram ou foram acobertadas por NF-e emitidas em contingência;

b) solicitar a inutilização, da numeração das NFC-e que não foram autorizadas nem

denegadas.

( RICMS-RJ/2000 , Livro VI , Anexo I , art. 63 )

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ICMS |NFC-e RJ ESCRITURAÇÃO

Como devo preencher a minha Escrituração Fiscal Digital (EFD)?

• Utilizar o código "65" na escrituração da NFC-e, para identificar o modelo.

• Cada NFC-e emitida deverá ser escriturada pelo preenchimento, exclusivamente, dos

respectivos registros C100 e C190;

• É vedado o preenchimento dos campos do registro C100:

a) 04 - código do participante;

b) 23 - valor da base de cálculo do ICMS substituição tributária;

Como devo preencher a minha Escrituração Fiscal Digital (EFD)?

c) 24 - valor do ICMS retido por substituição tributária;

d) 25 - valor total do IPI;

e) 26 - valor total do PIS;

f) 27 - valor total da COFINS;

g) 28 - valor total do PIS retido por substituição tributária;

h) 29 - valor total da COFINS retido por substituição tributária.

Como devo preencher a minha Escrituração Fiscal Digital (EFD)?

• O campo do registro C100 relativo a indicação do tipo de operação (campo 02)

deverá estar preenchido com conteúdo "1", que indica documento fiscal de saída;

• Campo 09 do Registros C100 (Chave eletrônica da NFC-e) e de preenchimento

obrigatório para NFC-e.

• O campo 17 do registro C100 relativo a indicação do tipo do frete deverá estar

preenchido com conteúdo "9", que indica documento fiscal sem cobrança de frete.

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Como devo preencher a minha Escrituração Fiscal Digital (EFD)?

• Campo 03 do Registro C190 - Preenchimento: nas operações de entradas, devem ser

registrados os códigos de operação que correspondem ao tratamento tributário relativo

a destinação do item. No caso da NFC-e só poderão ser informados CFOP iniciados

por 5.

• Deverão ser escrituradas no Livro Registro de Saídas ou constar da EFD, conforme o

caso, sem valores monetários e de acordo com a legislação pertinente, as informações

relativas:

a) aos números de NFC-e que tiverem sido inutilizados;

b) aos números de NFC-e utilizados em arquivos digitais que tiveram a

Autorização de Usa de NFC-e denegada;

c) as NFC-e emitidas e posteriormente canceladas.

ICMS |NFC-e RJ OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

DISPENSA

Se aderir a NFC-s, os pontos de venda que estiverem utilizando a NFC-e estarão

dispensados da Redução Z, Mapa de Resumo, Comunicação de Ocorrências,

Revalidação e Lacres.

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ICMS |NFC-e RJ Penalidades

ICMS |NFC-e Legislação Referenciada

Como posso obter suporte junto a SEFAZ sobre a NFC-e?

Para dúvidas relacionadas à legislação de NFC-e, acesse o “Fale Conosco”, na

página da SEFAZ.

Dúvidas relacionadas a questões técnicas ou operacionais, encaminhe e-mail para

[email protected].

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Legislação:

Toda legislação pode ser consultada na página virtual da SEFAZ/RJ

(www.fazenda.rj.gov.br)

Regulamento do ICMS (RICMS/00), Decreto nº 27.427/00, Livros VI e VIII;

Consolidação das Obrigações Acessórias, Resolução SEFAZ nº 720/14, Anexos

II, II-A e XIII da sua Parte II;

Ajuste Sinief nº 7/2005

Convênio ICMS nº 96/2009

Portal Nacional da NF-e* (www.nfe.fazenda.gov.br):

Manual de Orientação do Contribuinte (versão mais recente);

Manual de Especificações Técnicas do DANFE NFC-e e QR Code (versão mais

recente)

Nota Técnica 2014.004 (versão mais recente);

Nota Técnica 2013.005 (versão mais recente).

* Atualmente, o Portal Nacional da NF-e agrupa toda a documentação técnica da NF-

e, modelo 55, e NFC-e, modelo 65.