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ABMT- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA DO TRABALHO FUNDADA EM14/12/1944 . DECLARADA DE UTILIDADE PÚBLICA . DECRETO 40162, DE 10/10/1955 DO GOVERNO FEDERAL. LEI MUNICIPAL 892, DE 12/08/1958 DO RIO DE JANEIRO ANO XXXIX N° 1 JAN/FEV/MAR-2012 “A redução, neutralização e controle dos riscos inerentes ao trabalho são condições fundamentais para garantir a qualidade do trabalho e do ambiente, a preservação da vida dos trabalhadores e essencial para o desenvolvimento sustentado da nação”. Nossa D o u t r i n a Nossa D o u t r i n a EVENTOS Aconteceu NOTA ESPECIAL PARTICIPE DOS EVENTOS DA ABMT DEVERES E RESPONSA- BILIDADES DO MÉDICO DO TRABALHO, foi reali- zado no dia 13/04/2012, no auditório do CREMERJ. Previdência Comple- mentar O Congresso aprovou o projeto en- viado pelo Executivo com as novas di- retrizes para a aposentadoria do funci- onalismo público. A nova diretriz esta- belece a unificação dos valores da apo- sentadoria pela previdência e cria a fi- gura da complementação para quem ultrapassar o teto estabelecido. O novo modelo de complementação será de- senvolvido por uma Fundação que pas- sará a administrar o sistema. Como já o fazem algumas empresas privadas. Leia nas páginas 4 e 5. DOENÇAS DO TRABA- LHO DEVIDAS A RISCOS BIOLÓGICOS Os riscos biológicos que podem ser capitulados como doenças do trabalho, portanto classificados como acidentes do trabalho, desde que estabelecido o respectivo nexo causal, incluem infec- ções agudas e crônicas, parasitoses e reações alérgicas ou intoxicações provocadas por plantas e animais. As infecções são causadas por bactérias, vírus, riquetzias, clamídias e fungos. As parasitoses envolvem protozoários, helmintos e artrópodes. Veja nas páginas de 6 a 8. No TST: Teste de bafômetro para preservar segurança de trabalha- dor não é considerado abusivo Empresa exigia teste de bafômetro para trabalhadores da área operacional, atividade na qual eventual embriaguez poderia causar sérios acidentes de tra- balho. Páginas 9 e 10 SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO - INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 96, DE 16 DE JANEIRO DE 2012 (DOU de 17/01/2012 Seção I pág. 55) Dispõe sobre procedimentos para a divulgação e fiscalização do cumpri- mento da legislação do Programa de Ali- mentação do Trabalhador - PAT. Páginas 10-12. MTE REABRE DISCUSSÃO SOBRE PROIBIÇÃO DA UTI- LIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO NOS CANTEIROS DE OBRAS Discussão sobre a proibição da uti- lização de elevadores a cabo de aço para transporte de trabalhadores nas obras da Construção Civil. Na página 5 Já está se tornando tradicional a ABMT iniciar as suas atividades de aprimoramento do conhecimento dos Médicos do Trabalho em parceria com o CREMERJ. Essa iniciativa é sobremodo salutar, pois dá condições para a ABMT e aos Médicos do Tra- balho de manterem um contato posi- tivo e cordial com o CREMERJ. O Auditório estava lotado com re- presentantes dos diferentes campos de atuação da Medicina do trabalho; nas empresas públicas e privadas, os prestadores de serviços e os que tra- balham em órgãos governamentais e de fiscalização, que participaram ativamente dos debates ocorridos ao final de cada um dos módulos. O evento foi um sucesso! Praia de Botafogo 228, loja 119b - Botafogo - Rio de Janeiro/RJ (Auditório Julio Sanderson).

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ABMT- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA DO TRABALHOFUNDADA EM14/12/1944 . DECLARADA DE UTILIDADE PÚBLICA .

DECRETO 40162, DE 10/10/1955 DO GOVERNO FEDERAL.LEI MUNICIPAL 892, DE 12/08/1958 DO RIO DE JANEIRO

ANO XXXIX N° 1 JAN/FEV/MAR-2012

“A redução, neutralização e controle dos riscos inerentes ao trabalho são condições

fundamentais para garantir a qualidade do trabalho e do ambiente, a preservação da

vida dos trabalhadores e essencial para o desenvolvimento sustentado da nação”.

Nossa

D o u t r i n aNossa

D o u t r i n a

EVENTOS

� Aconteceu

NOTA ESPECIAL

PARTICIPE DOS EVENTOS DA ABMT

DEVERES E RESPONSA-BILIDADES DO MÉDICODO TRABALHO, foi reali-zado no dia 13/04/2012, noauditório do CREMERJ.

Previdência Comple-

mentarO Congresso aprovou o projeto en-

viado pelo Executivo com as novas di-

retrizes para a aposentadoria do funci-

onalismo público. A nova diretriz esta-

belece a unificação dos valores da apo-

sentadoria pela previdência e cria a fi-

gura da complementação para quem

ultrapassar o teto estabelecido. O novo

modelo de complementação será de-

senvolvido por uma Fundação que pas-

sará a administrar o sistema. Como já

o fazem algumas empresas privadas.

Leia nas páginas 4 e 5.

DOENÇAS DO TRABA-LHO DEVIDAS A RISCOSBIOLÓGICOS

Os riscos biológicos que podem ser

capitulados como doenças do trabalho,

portanto classificados como acidentes

do trabalho, desde que estabelecido o

respectivo nexo causal, incluem infec-

ções agudas e crônicas, parasitoses e

reações alérgicas ou intoxicações

provocadas por plantas e animais. As

infecções são causadas por bactérias,

vírus, riquetzias, clamídias e fungos.

As parasitoses envolvem

protozoários, helmintos e artrópodes.

Veja nas páginas de 6 a 8.

No TST: Teste de bafômetro parapreservar segurança de trabalha-dor não é considerado abusivo

Empresa exigia teste de bafômetro

para trabalhadores da área operacional,

atividade na qual eventual embriaguez

poderia causar sérios acidentes de tra-

balho.

Páginas 9 e 10

SECRETARIA DE INSPEÇÃODO TRABALHO - INSTRUÇÃONORMATIVA N.º 96, DE 16 DEJANEIRO DE 2012(DOU de 17/01/2012 Seção I pág.55)

Dispõe sobre procedimentos para a

divulgação e fiscalização do cumpri-

mento da legislação do Programa de Ali-

mentação do Trabalhador - PAT.

Páginas 10-12.

MTE REABRE DISCUSSÃOSOBRE PROIBIÇÃO DA UTI-LIZAÇÃO DO EQUIPAMENTONOS CANTEIROS DE OBRAS

Discussão sobre a proibição da uti-

lização de elevadores a cabo de aço

para transporte de trabalhadores nas

obras da Construção Civil.

Na página 5

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Já está se tornando tradicional a

ABMT iniciar as suas atividades de

aprimoramento do conhecimento dos

Médicos do Trabalho em parceria

com o CREMERJ. Essa iniciativa é

sobremodo salutar, pois dá condições

para a ABMT e aos Médicos do Tra-

balho de manterem um contato posi-

tivo e cordial com o CREMERJ.

O Auditório estava lotado com re-

presentantes dos diferentes campos

de atuação da Medicina do trabalho;

nas empresas públicas e privadas, os

prestadores de serviços e os que tra-

balham em órgãos governamentais

e de fiscalização, que participaram

ativamente dos debates ocorridos ao

final de cada um dos módulos.

O evento foi um sucesso!

Praia de Botafogo 228, loja 119b

- Botafogo - Rio de Janeiro/RJ

(Auditório Julio Sanderson).

2 NOTA ESPECIALANO XXXIX N°1/12

Expediente

Boletim de Divulgação da Associação Brasileira

de Medicina do Trabalho - ABMT

Av. Almirante Barroso, 63/301 - Centro - RJ

CEP: 20031-003 Fax: 0XX(21)

2240-8519 Tel: 0XX(21) 2240-8469

E-mail: [email protected]

site: www.abmt.org.br

Coordenação Editorial Daphnis Ferreira Souto,

Eduardo L. Souto,

Nadja de Sousa Ferreira

e Armando J. M.Pimenta

Diretoria Executiva

Presidente:Paulo Antonio de Paiva Rebelo

Diretor da Área Administrativa:Eliane Monteiro Raposo

Adjunto: Vera Lúcia Santos Nogueira Pinto

Diretor da Área Financeira:Ricardo Rodrigues da Cunha

Adjunto: Reinaldo Rocha Rosadas

Diretor da Área Científica:Nadja de Sousa Ferreira

Adjunto: Laura M. de Povina Cavalcanti

Diretor da Área de Relações Externas:Luiz Carlos Carnevali

Adjunto: Alessandra P. Bastos

Órgãos Deliberativos

Conselho SuperiorSilvia Regina Fernandes Matheus

Elisabeth Fialho Cantarelli

Jorge da Cunha Barbosa Leite

Eduardo Leal Souto

Osmond Degow da Rocha

Mônica Machado M. Ferreira Werneck

Conselho Técnico - CientíficoAntonio Edson Alves Sampaio

Daphnis Ferreira Souto

Claudia da Silva Santos

Armando Jorge Marques Pimenta

Conselho FiscalElizabeth Mota Schiavo

Fernando Puperi

Sergio Cruz Campos

Adjuntos:Lumena Tereza Gandra

Ruth Huf

Mario Henrique de Almeida Fonseca

Editoração: Fátima Bréa - Reg.Prof. 3264/RJ

Impressão: 3MARC Impressões Gráficas Ltda.

Tiragem: 1.000 exemplares

As matérias assinadas são de inteira

responsabilidade de seus autores.

Conversando com você

São momentos como esses queestamos vivendo no setor da saú-de, que as causas das dificuldadesficam mais expostas. E há váriasque atanazam principalmente osque compõem a pirâmide dosprestadores de serviços de saúde,que necessitam ser atendidos. Nãovamos discutir que a taxa de in-vestimento na área da saúde é in-suficiente para manter uma situa-ção equilibrada num país em cres-cimento populacional constante. Énecessário, entretanto atentar, paraa necessidade de produzir sufici-entes bens capazes de evitar infla-ção e de gerar mão de obra sadiae produtiva para suprir a perigosaescassez e demanda de pessoasqualificadas capazes de levaravante um desenvolvimento res-ponsável e sustentável. As condi-ções favoráveis de saúde da po-pulação são peças importantesnesse quebra cabeça. Cabe, por-tanto ao governo criar as condi-ções se deseja continuar a ter umsistema de assistência médica gra-tuita e estatizada que seja compe-tente e disponha dos meios que lhegaranta a eficácia.

Em verdade o diagnóstico dascausas do emperramento da ad-ministração e da aplicação dos re-cursos do crescimento da econo-mia são bem conhecidas e quaseconsensuais. As divergências ocor-rem nas propostas terapêuticas.Corte de verbas, uma taxa de in-vestimento anêmica na saúde é re-flexo de idêntico problema queocorre com a aplicação inadequa-

da da poupança, cuja distorção édecorrente da política de gastospúblicos excessivos centrados nasdespesas de custeio (altos saláriossetorizados na área pública, previ-dência deficitária, assistencialismo,etc.,). Aí está o "nó górdio" queprecisa ser desatado, da escassezde investimentos públicos eminfraestrutura que leve ao desenvol-vimento.

O governo já vem direcionandomedidas para sanar as situaçõesmais "chocantes". A dúvida é quenão se repitam as medidas utópi-cas, casuísticas de favorecimentosou isenções setoriais. O costumede aliviar atividades em função dosdecibéis das reclamações leva àdistorções sem destruir os garga-los existentes. Nessas situaçõesganha a benesse, o grupo mais bemrelacionado em Brasília e não ne-cessariamente aquele mais neces-sário. Os médicos do trabalho es-tão sempre dispostos a cooperar,com medidas saneadoras que visemmelhorar os padrões de saúde e avida dos brasileiros. Temos queaproveitar essa oportunidade e fa-zer funcionar o que a ABMT con-sidera a melhor prática da Medici-na do Trabalho, para isso estamosrealizando o Seminário do dia 13de abril - Tarefas e Responsabili-dades do Médico do Trabalho. De-vemos, para isso, cada vez maisnos unirmos na ABMT, fazendo umpacto de respeito para uma práticaética eficiente, que seja garantia daMedicina do Trabalho no presentee para gerações futuras.

Momentos difíceis...

3NOTA ESPECIAL ANO XXXIX N° 1/12

� ABMT Eventos

A formação médica é longa eprecisa ser bem feita, pois traba-lhamos com nosso bem maior - asaúde de todos.

Preocupa-nos a graduação namedicina com o elevado número deescolas médicas, várias delas for-mando médicos de maneira inade-quada. Na pós-graduação com focona residência médica, precisamosfortalecê-la e pautar de acordo coma prática médica moderna.

A Associação Médica Brasilei-ra (AMB) abraça essa bandeira hámuitos anos, culminando com o fatode ser a AMB e suas Sociedadesde Especialidade as principais res-ponsáveis pela emissão do Título deEspecialista.

Temos ido mais adiante quandointroduzimos a atualização profissi-onal que deverá ocorrer a cada 5anos. Defendemos a boa práticamédica e o melhor para a saúde dapopulação. Devemos valorizar omédico que se atualiza e recicla demaneira continuada.

Salientamos que o Título de Es-pecialista nunca expira, mas a AMBprotagoniza, coordena e valoriza asua atualização. É o que tem feitomuitos países desenvolvidos, e nãodeixaríamos que essa função fosserealizada fora da AMB, berço ci-entífico da medicina brasileira, emconjunto com as suas Sociedadesde Especialidade.

Dessa maneira, reiteremos quea atualização do Título de Especia-lista será conduzida pela AMB, deacordo com a atual política daCNA/AMB (100 pontos em 5 anos,com não mais que 40 pontos/ano).

A AMB é também a casa domédico brasileiro e estará semprelutando pelas boas causas dessesprofissionais e por melhorias paraa saúde do nosso Povo.

São Paulo, 20 de março de 2012Associação Médica Brasileira

TAREFAS E RESPONSABILIDADESDO MÉDICO DO TRABALHO

13 de ABRIL DE 2012

no Auditório do CREMERJ

COMUNICADO OFICIALDA ASSOCIAÇÃO MÉDICABRASILEIRA - AMB

Já está se tornando tradicional aABMT iniciar as suas atividades de apri-moramento do conhecimento dos Médi-cos do Trabalho em parceria com oCREMERJ. Essa iniciativa é sobremodosalutar, pois dá condições para a ABMTe aos Médicos do Trabalho de manteremum contato positivo e cordial com oCREMERJ.

O Auditório estava lotado com repre-sentantes dos diferentes campos de atu-ação da Medicina do trabalho; nas em-presas públicas e privadas, osprestadores de serviços e os que traba-lham em órgãos governamentais e de fis-calização, que participaram ativamentedos debates ocorridos ao final de cadaum dos módulos.

Destacamos a homenagem especialfeita ao Dr. Jayme Scholnik, pelo seu fa-lecimento, recentemente. Veja nesta edi-

AconteceuAconteceu

ção, na página 12, a homenagem desteInformativo - NE.

O evento foi um sucesso!

São múltiplas as tarefas e respon-sabilidades do Médico do trabalho.Todas as suas ações e procedimentossão dependentes de um amplo conhe-cimento de Clinica Médica e daSemiologia que são inerentes a todasas demais especialidades médicas e deespecial importância em Medicina doTrabalho, para o reconhecimento e ava-liação da capacidade laborativa daspessoas para o trabalho.

O uso da semiologia médica aliadaà avaliação do estado geral de saúdefundamenta o reconhecimento das ha-bilidades biológicas com a qualificaçãoe quantificação do trabalhador frentea diversas atividades ocupacionais.

14:00 hs. 1ª Parte: Palestrante Dr.Paulo Rebelo MD- PhD - Médico daPetrobrás1. CONTROLE BIOLÓGICO DOTRABALHADOR1.1 Os programas e as respectivasdocumentações legais, em Saúde do Tra-balhador: (prontuário de saúde, PCMSO,ASO, Relatórios Médicos).1.2 Administração e Gestão do Servi-ço Médico do Trabalho - Plano anual deTrabalho, Programas de Saúde do Tra-balhador e outros.1.3 PPRA - Na prevenção de riscos fí-sicos, químicos e biológicos;1.4 As ações de Promoção da saúde1.5 Preparação para o atendimento deUrgência e Emergência

15:30 - 2ª parte: Dra. Nadja de Sousa

Ferreira - Medica do Trabalho - Dire-tora Científica ABMT1 - Reconhecimento da capacidadelaborativa.2 - Preenchimento de documentos"provas administrativas/judiciais". -CAT, PPP, LTCAT. Laudo e Parecer.Relatórios médicos e outros.

17:00 hs - 3ª Parte: Dra Vera LuciaNogueira Medica do Trabalho- Direto-ra Adjunta ABMT.1. Ações especiais - Reinserção do tra-balhador no mercado de trabalho. Co-tas de pessoas, portadoras de deficiên-cias.2. Gestão. Plano anual orçamentário,Organização de pessoal, Treinamento,e atualização da equipe.

O evento teve a seguinte programação

4 NOTA ESPECIALANO XXXIX N°1/12

� ABMT Transmite

Oimportante é saber o que

estabelece a constituição

sobre previdência comple-

mentar.

O Congresso aprovou o projeto en-

viado pelo Executivo com as novas di-

retrizes para a aposentadoria do funci-

onalismo público. A nova diretriz esta-

belece a unificação dos valores da apo-

sentadoria pela previdência e cria a fi-

gura da complementação para quem

ultrapassar o teto estabelecido. O novo

modelo de complementação será desen-

volvido por uma Fundação que passará

a administrar o sistema. Como já o fa-

zem algumas empresas privadas.

A 1ª iniciativa é conhecer o que diz

a Constituição Federal, uma vez que ela

é o principal documento a que todas as

demais Leis estão subordinadas.

A Constituição Federal de 1988 nes-

se tema foi modificada pela Emenda

Constitucional nº 20 de 15/12/1998 no

que se refere à Previdência Social.

Para aqueles que ingressarem no

serviço público a partir da sanção do

novo regime e que irão se aposentar

d'aqui a alguns anos sob as novas dire-

trizes o mais importante, a saber, são

os seguintes destaques que fazem par-

te do Art. 202 incorporado ao texto

constitucional e decorrentes da Emen-

da Constitucional nº 20. Se v. possui a

Constituição Federal leia com cuidado

o Art.202. Se não tem, preste atenção

a esses destaques que vamos transcre-

ver, para que você possa interpretar de

maneira judiciosa muitas iniciativas e

promessas que podem ser feitas e

propaladas sem fundamento legal:

"Art. 202 - O regime de previdência

privada, de caráter complementar e or-

ganizada de forma autônoma em rela-

ção ao regime geral de previdência so-

cial, será facultativo, baseado na cons-

tituição de reservas que garantam o be-

nefício contratado, e regulado por lei

complementar.

§ 1º - A lei complementar de que

trata este artigo assegurará ao partici-

pante de planos de benefícios de enti-

dades de previdência privada o pleno

acesso às informações relativas à ges-tão de seus respectivos planos.

§ 2º - As contribuições do empre-gador, os benefícios e as condiçõescontratuais previstas nos estatutos, re-gulamentos e planos de benefícios dasentidades de previdência privada nãointegram o contrato de trabalho dosparticipantes, assim como, à exceçãodos benefícios.

§ 3º - É vedado o aporte de recur-sos a entidade de previdência privadapela União, Estados, Distrito Federale Municípios, suas autarquias, funda-ções, empresas públicas, sociedades deeconomia mista e outras entidades pú-blicas, salvo na qualidade de patroci-nador, situação na qual, em hipótesealguma, sua contribuição normal pode-rá exceder a do segurado.

§ 4º - Lei complementar disciplina-rá a relação entre a União, Estados,Distrito Federal ou Municípios, inclu-sive suas autarquias, fundações, soci-edades de economia mista e empre-sas controladas direta ou indiretamen-te, enquanto patrocinadoras de entida-des fechadas de previdência privada,e suas respectivas entidades fechadasde previdência privada.

§ 5º - A lei complementar de quetrata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas priva-das permissionárias ou concessionári-as de prestação de serviços públicos,quando patrocinadoras de entidadesfechadas de previdência privada.

§ 6º - A lei complementar a que serefere o § 4º deste artigo estabelece-rá os requisitos para a designação dosmembros das diretorias das entidadesfechadas de previdência privada e dis-ciplinará a inserção dos participantesnos colegiados e instâncias de decisãoem que seus interesses sejam objetode discussão e deliberação.

*As Leis nº. 108 e 109 são as queregulam o texto constitucional, Portan-to têm a mesma força da Constituição.

Vejamos alguns pontos importantesdessas leis complementares:

LEI COMPLEMENTAR N° 108:Art.4º Nas sociedades de economia mistae empresas controladas direta ou indire-tamente pela União, pelos Estados, peloDistrito Federal e pelos Municípios, a pro-posta de instituição de plano de benefíci-os ou adesão a plano de benefícios emexecução será submetida ao órgãofiscalizador, acompanhada de manifesta-ção favorável do órgão responsável pelasupervisão, pela coordenação e pelo con-trole do patrocinador.

Parágrafo único. As alterações no pla-no de benefícios que implique elevaçãoda contribuição de patrocinadores serãoobjeto de prévia manifestação do órgãoresponsável pela supervisão, pela coor-denação e pelo controle referido nocaput.

Art.5º É vedado à União, aos Esta-dos, ao Distrito Federal e aos Municípi-os, suas autarquias, fundações, empre-sas públicas, sociedades de economiamista e outras entidades públicas o aportede recursos a entidades de previdênciaprivada de caráter complementar, salvona condição de patrocinador.

Art.6º O custeio dos planos de bene-fícios será responsabilidade do patroci-nador e dos participantes, inclusive as-sistidos.

§1º A contribuição normal do patroci-nador para plano de benefícios, em hipó-tese alguma, excederá a do participante,observado o disposto no art. 5º da EmendaConstitucional nº 20, de 15 de dezembrode 1998, e as regras específicas emana-das do órgão regulador e fiscalizador.

§2º Além das contribuições normais,os planos poderão prever o aporte de re-cursos pelos participantes, a título de con-tribuição facultativa, sem contrapartidado patrocinador.

§3º É vedado ao patrocinador assu-mir encargos adicionais para o financia-mento dos planos de benefícios, além da-queles previstos nos respectivos planosde custeio.

§ 4º - É vedado o aporte de recursosa entidade de previdência privada pelaUnião, Estados, Distrito Federal e Muni-

Previdência Complementar

5NOTA ESPECIAL ANO XXXIX N° 1/12

� ABMT Transmite

cípios, suas autarquias, fundações, em-presas públicas, sociedades de econo-mia mista e outras entidades públicas,salvo na qualidade de patrocinador, si-tuação na qual, em hipótese alguma, suacontribuição normal poderá exceder ado segurado.

Lei complementar nº.109 Essa lei dizmuito com respeito ao aposentado. Éimportante conseguir um exemplar damesma, pois nela estão expressos osseus direitos como participante de umaFundação Fechada de Complemen-tação. Aqui somente vamos chamaratenção para alguns tópicos, pois a suaorientação obedece aos mesmos princí-pios que orientaram a criação da Petrose que alguns "insensatos" desejam darum retrocesso ilegal, irresponsável, pelanecessidade de ajustá-la a uma novarealidade econômica e etária de suapopulação.

Chamo atenção somente para unspoucos detalhes estruturais:

DOS PLANOS DE BENEFÍCIOSDE ENTIDADES FECHADAS

Art.12. Os planos de benefícios deentidades fechadas poderão ser institu-ídos por patrocinadores e instituidores,observado o disposto no art. 31 destaLei Complementar.

Art.13. A formalização da condiçãode patrocinador ou instituidor de um pla-no de benefício dar-se-á mediante con-vênio de adesão a ser celebrado entre opatrocinador ou instituidor e a entidadefechada, em relação a cada plano de be-nefícios por esta administrado e execu-tado, mediante prévia autorização doórgão regulador e fiscalizador, confor-me regulamentação do Poder Executi-vo.

§1º Admitir-se-á solidariedade entrepatrocinadores ou entre instituidores,com relação aos respectivos planos,desde que expressamente prevista noconvênio de adesão.

§2º O órgão regulador e fiscalizador,dentre outros requisitos, estabelecerá onúmero mínimo de participantes admiti-

do para cada modalidade de plano debenefício.

Art.14. Os planos de benefícios de-verão prever os seguintes institutos, ob-servadas as normas estabelecidas peloórgão regulador e fiscalizador:

I - benefício proporcional diferido, emrazão da cessação do vínculoempregatício com o patrocinador ouassociativo com o instituidor antes daaquisição do direito ao benefício pleno, aser concedido quando cumpridos os re-quisitos de elegibilidade;

II - portabilidade do direito acumula-do pelo participante para outro plano;

III - resgate da totalidade das contri-buições vertidas ao plano pelo participan-te, descontadas as parcelas do custeioadministrativo, na forma regulamentada;e

IV - faculdade de o participante man-ter o valor de sua contribuição e a dopatrocinador, no caso de perda parcialou total da remuneração recebida, paraassegurar a percepção dos benefíciosnos níveis correspondentes àquela remu-neração ou em outros definidos em nor-mas regulamentares.

Art.20. O resultado superavitário dosplanos de benefícios das entidades fe-chadas, ao final do exercício, satisfeitasas exigências regulamentares relativasaos mencionados planos, será destinadoà constituição de reserva de contingên-cia, para garantia de benefícios, até o li-mite de vinte e cinco por cento do valordas reservas matemáticas.

§1º Constituída a reserva de contin-gência, com os valores excedentes seráconstituída reserva especial para revisãodo plano de benefícios.

§2º A não utilização da reserva espe-cial por três exercícios consecutivos de-terminará a revisão obrigatória do planode benefícios da entidade.

§3º Se a revisão do plano de benefí-cios implicar redução de contribuições,deverá ser levada em consideração aproporção existente entre as contribui-ções dos patrocinadores e dos partici-pantes, inclusive dos assistidos.

A Comissão TripartiteParitária Permanente (CTPP)do Ministério do Trabalho eEmprego, reunida nos últimosdias 13 e 14 de março, emBrasília, decidiu acatar a pro-posta do setor da Indústria, re-presentado por Clovis Velosode Queiroz Neto, da área deSegurança e Saúde do Traba-lho da Confederação Nacionalda Indústria (SST/CNI), dereabrir a discussão sobre aproibição da utilização de ele-vadores a cabo de aço paratransporte de trabalhadoresnas obras da Construção Ci-vil. Na pauta constava delibe-ração sobre o assunto, cujaproibição do uso desse tipo deequipamento foi aprovada nofinal de 2011 pelo Comitê Per-manente Nacional (CPN) daNR-18 com forte apoio dasBancadas do Governo e dasCentrais Sindicais e submeti-da à CTPP, que é responsávelpor opinar e encaminhar por-taria para assinatura do minis-tro. Ficou decidido então quea matéria será novamente dis-cutida pelo CPN da NR-18,com o indicativo para as trêsBancadas (Governo, Trabalha-dores e Empregadores) de re-abertura de uma discussão téc-nica, com a presença dos fa-bricantes, para uma melhor re-gulamentação do "TransporteVertical de Trabalhadores",com ênfase em melhorias téc-nicas do equipamento e nasparadas de manutenção peri-ódicas do equipamento. A co-ordenação do tema está a car-go de Haruo Ishikawa, atualcoordenador do CPN daNR-18.

Previdência Complementar

MTE REABRE DISCUSSÃO SO-BRE PROIBIÇÃO DA UTILIZA-ÇÃO DO EQUIPAMENTO NOSCANTEIROS DE OBRAS

FONTE: CBIC HOJE - 15/03/2012

Continuação da página 4

6 NOTA ESPECIALANO XXXIX N°1/12

� ABMT Artigo

selvagens (caso da raiva).Mergulhadores e pescadores podem

ocasionalmente defrontar-se com tuba-rões, sáurios e outros peixes perigosos,serpentes marinhas e outros animaisaquáticos venenosos.

Em algumas regiões, riscos de ex-posição ocupacional às picadas de co-bras ou insetos (como é o caso do potó)são muito freqüentes.

Trabalhos ao relento sob a ação per-manente de sol, frio, chuva e vento podepropiciar a quebra da resistência orgâ-nica e favorecer o aparecimento de in-fecções. Do mesmo modo as pessoasque lidam com plantas e animais e seusprodutos ou na produção de alimentose seu processamento, tem mais proba-bilidade de se exporem aos riscos bio-lógicos.

Pessoal de laboratórios, hospitais eserviços sanitários, comumente estãosujeitos a esse tipo de risco.

Trabalhos em novas regiões ou lo-calidades insalubres por pessoas nãoexpostas previamente ou susceptíveisaumenta o risco de contrair doençasendêmicas.

Dentre os riscos biológicos podemosdestacar:

Viroses: são várias as doenças pro-duzidas por vírus que podem ser carac-terizadas como ocupacionais. Elasabrangem viroses respiratórias, viroseseruptivas, enteroviroses e arboviroses.

Esse tipo de infecção pode ser detransmissão direta, de pessoa para pes-soa (rubéola, gripe) ou por um vetor (omosquito na febre amarela silvestre) oupelo manuseio de animais infectados.

As infecções adquiridas em labora-tórios de patologia podem ser resultan-tes do trabalho com o vírus, de peque-nos acidentes ou proveniente de animaisem experimentos (na observação ou naautopsia), de aerossóis ou da contami-nação dos materiais e utensílios usados(tubos, pipetas, placas etc.). O mesmopode ocorrer no trabalho de saúde pú-blica. A infecção por vírus pode acon-tecer simultaneamente em pacientes eno pessoal que trabalha no hospital. A

temida e indesejável infecção hospita-lar.

Dentre as viroses mais comumenteligadas ao trabalho temos:

- a Raiva, que se constitui num ris-co para veterinários, tratadores de ani-mais, entregadores de compras, cartei-ros, exploradores de cavernas e todosaqueles que tenham contato comcanídeos e felinos não vacinados, mor-cegos e outros mamíferos que mordem.É uma doença a vírus constituída porencefalite aguda geralmente fatal, àqual são susceptíveis a maioria dosmamíferos.

O período de incubação é em geralde 1 a 3 meses, mas pode variar muitodependendo da extensão da laceração,inervação da região atingida, proteçãoda roupa no local da mordida e outrosfatores.

Os primeiros sintomas são ansieda-de, dor de cabeça, febre, mal-estar eperturbações sensoriais freqüentementerelacionadas com a mordedura (ou lam-bida da pele ferida) por animal raivoso.A doença evolui, com manifestações deparesia ou paralisia; o espasmo dosmúsculos da deglutição leva o pacientea evitar a ingestão de líquidos, inclusiveágua (hidrofobia). Ocorre tambémaerofobia. Seguem-se delírio e convul-sões. A morte resulta da paralisia dosmúsculos respiratórios, geralmente de2 a 6 dias. A prevenção da raiva emhumanos após mordedura centraliza-sena aplicação imediata de duas medidasbásicas: remoção do vírus por limpezaimediata do ferimento e sua desinfec-ção, emprego de imunoglobulina huma-na seguindo-se a vacinação específi-ca. Captura do animal para observa-ção. Medida profilática de valor é avacinação preventiva de cães e gatose evitar contato com animais desconhe-cidos.

-Doenças da arranhadura dogato estão sujeitos os que trabalhamcom este animal e seu causador é umtipo de clamídia que tem acesso ao ho-mem através de uma unhada ou por

DOENÇAS DO TRABALHO DEVIDAS A RISCOSBIOLÓGICOS

Daphnis Ferreira SoutoMédico do Trabalho

Os riscos biológicos que podem sercapitulados como doenças do trabalho,portanto classificados como acidentesdo trabalho, desde que estabelecido orespectivo nexo causal, incluem infec-ções agudas e crônicas, parasitoses ereações alérgicas ou intoxicaçõesprovocadas por plantas e animais. Asinfecções são causadas por bactérias,vírus, riquetzias, clamídias e fungos.

As parasitoses envolvemprotozoários, helmintos e artrópodes.

Muitas das doenças ocupacionais sãozoonoses, isto é, tem origem pelo con-tato com animais e consequentementetrabalhadores agrícolas e aqueles envol-vidos no manejo de aviários, rebanhos ecriação em geral podem estar sob per-manente risco se medidas preventivasapropriadas não forem aplicadas. Emgeral o que acontece é que os trabalha-dores em indústrias urbanas estão maisprotegidos contra os riscos do trabalhoque os trabalhadores rurais.

Algumas das doenças infecciosas eparasitárias são transmitidas ao homempor espécies de artrópodes (mosquitos,carrapatos, pulgas, etc.) que atuam nãosomente como vetores de doençastransmissíveis, mas também , como hos-pedeiros intermediários.

Um grande número de plantas e ani-mais produzem substâncias que são ir-ritantes, tóxicas ou alérgicas.

Poeiras advindas dos locais onde fi-cam plantas e animais carreiam váriostipos de materiais alergênicos, incluindopequenos ácaros, pelos, fezes ressequi-das em pó, pólen, serragem, esporos defungos e outros sensibilizantes.

Riscos biológicos ainda incluem pi-cadas de animais peçonhentos, mordi-das por ataque de animais domésticos e

7NOTA ESPECIAL ANO XXXIX N° 1/12

� ABMT Artigo

ferimentos de objetos pontudos ou es-pinhos contaminados.

Forma-se no local uma papula, quepode progredir para uma erupçãovesicular. Desenvolve-se posteriormen-te uma linfadenite regional seguida defebre e mal-estar.

Em geral esses sintomas tendem adesaparecer sem sequelas, mas podeser confundida com doença neoplásicaou granulomatosa. A prevenção consis-te em trabalhar com esses animais de-vidamente protegido.

- Nódulos dos ordenhadores oupseudo varíola, esse é um risco para fa-zendeiros, veterinários e todos os tra-balhadores que tenham contato comtetas e úberes de vacas infectados, commastite. Se caracteriza por múltiplosnódulos nas mãos face e pescoço. Aprevenção consiste em tratar a mastitedas vacas e usar luvas, sabão água edesinfetantes antes e depois da orde-nha.

- Doença de Newcastle, que podeacometer os que trabalham em aviáriose tratadores de pássaros. É produzidapelo Myxovirus multiforme que infeta ohomem através do aparelho respirató-rio provocando lacrimejamento,conjuntivite e edema das pálpebras, fe-bre e manifestações respiratórias. Aprevenção consiste no manuseio ade-quado de pássaros infetados.

- Hepatites virais (A-B-C-D) es-tão particularmente vulneráveis os quetrabalham em hospitais e em postos deatendimento do público em geral, den-tistas, pessoal de saneamento, lixeiros.Início geralmente súbito, com febre,anorexia, náuseas, dores abdominais eicterícia. Apresenta grande variedadeclínica, desde formas benignas até asgraves e mortais. Ocorre no mundo in-teiro e seu reservatório é o próprio ho-mem. Os surtos são mais freqüentes eminstituições como indústrias, quartéis eescolas. A transmissão se faz de pes-soa a pessoa. As medidas de preven-ção se baseiam principalmente na edu-cação quanto as medidas de saneamen-

to e higiene pessoal; evitar aglomeraçõese fazer uso de descartáveis. A vacina-ção deve ser obrigatória para todosengajados em serviços de saúde ou quefaçam atendimento público.

-Riquetsioses e clamídias, se ca-racterizam por febre e erupção na pelee são transmitidas por seus reservatóri-os os artrópodes:

-Febre maculosa (febre botonosa,tifo do carrapato) transmitida pela mor-dida do carrapato que pode atingirmateiros, lenhadores, carvoeiros, vaquei-ros, fazendeiros etc. Início súbito, comfebre, cefaléia, calafrios e congestão dasconjuntivas. No 3º dia surge nas extre-midades exantema maculopapular querapidamente atinge as palmas das mãos,plantas dos pés e quase toda a pele docorpo. Petéquias e hemorragias são co-muns. É alta a mortalidade. A infecçãomantém-se na natureza pela passagemtransovariana e transestadial nos carra-patos. O cão, o gambá e o cavalo são osque mais contribuem para a manuten-ção do ciclo da doença.

-Febre Q , o maior risco está entrevaqueiros, ordenhadores, trabalhadoresem matadouros, frigoríficos, tosquiado-res.

- Ornitoses (psitacose), estão sobrisco os que lidam com pássaros, os ta-xidermistas, os trabalhadores de zooló-gicos e casas de vendas de aves. O ví-rus está presente nas secreções nasais,tecidos e penas de pássaros infectados,principalmente pombos, papagaios eaves domésticas. A maioria das vítimasse queixa de dor de cabeça, febre e comuma característica de o pulso ser lento.Aparece insônia, letargia, fotofobia, ná-useas, vômitos e diarréia. Fígado aumen-tado e pneumonia. Medida importante éo controle da venda de pássaros

- Doenças bacterianas: as princi-pais doenças bacterianas de origemocupacional são em geral decorrentesda negligência nos cuidados com peque-nos ferimentos, escoriações na pele.Essas infecções são em sua maioriacausadas por estafilococos e

estreptococos e podem ser evitadascom medidas de higiene e cuidados ade-quados. Entretanto existem aquelasmais graves e perigosas e entreelasdestacamos:

- Tétano, que se constitui num ris-co potencial para todos trabalhadoresprincipalmente aqueles sujeitos a peque-nos ferimentos penetrantes e os que li-dam com animais. Também se consti-tui em risco para bombeiros, militares,policiais e todos aqueles expostos aorisco de lesões traumáticas na vida di-ária. Doença aguda devido à ação so-bre o sistema nervoso central da toxinado bacilo tetânico em desenvolvimentoanaeróbio em um ferimento, em geralperfurante (também queimaduras). Ca-racteriza-se por contraturas muscula-res dolorosas iniciando-se pelosmasseteres e músculos do pescoço dan-do o trisma e a rigidez da nuca que lhesão característicos estendendo-se aseguir aos do tronco que se acompa-nha das contraturas. A letalidade podechegar a 70%. Os animais herbívorossão seus reservatórios em especial ocavalo, em cujo intestino o germe vivecomo hóspede normal, inócuo. A vaci-nação geral de todos os trabalhadoresé a grande medida para evitar essa pe-rigosa infeção e confere sólida prote-ção.

-Antraz, é um risco para quem lidacom pelos e peles de animais. No localda entrada do bacilo inicialmente for-ma-se uma vesícula que progride parauma escara escura.

A doença pode espalhar-se e daruma septicemia. A prevenção baseia-se em medidas de higiene e no trata-mento adequado de peles e pelos deanimais que vão ser industrializados.

-Brucelose, essa doença está liga-da a todos aqueles que lidam com car-nes (de vaca, porco e cabra), leite ederivados. Sua característica é a febreintermitente que tende a cronicidadecom perda de peso e fraqueza acom-panhada por manifestações esplênicase renais e comprometimento das jun-

DOENÇAS DO TRABALHO DEVIDAS A RISCOS BIOLÓGICOS

8 NOTA ESPECIALANO XXXIX N°1/12

� ABMT Artigo

tas. As medidas preventivas baseiam-se no controle, por vacinação, nos ani-mais.

-Leptospirose também chamadade Doença de Weil. As ocupações sobrisco inclui pessoal de fazendas,cortadores de cana, plantadores de ar-roz criadores de pequenos animais, fei-rantes, trabalhadores em esgotos, minei-ros, lixeiros, feirantes, peixeiros, minei-ros, magarefes, criadores, pessoal mili-tar etc. São seus hospedeiros interme-diários os ratos, cães, animais selvagens.Caracteriza-se por febre, calafrios, in-tenso mal-estar, vômitos, mialgias,conjuntivite e eventualmente síndromemeníngea; as vezes icterícia, insuficiên-cia renal, hemorragias. O gado bovino,cães e porcos são seus reservatórios.Também os ratos e outros roedores eanimais silvestres, assim como cobras erãs. Os surtos ocorrem em pessoas queentram em águas contaminadas comurina de animais domésticos ou selva-gens. Medidas preventivas incluem pro-teção dos trabalhadores com EPI, iden-tificação dos cursos de água contami-nados; combate aos roedores nas resi-dências. Queima da palha dos canaviaisantes do corte.

- Peste: estão sob risco os pastores,vaqueiros, caçadores, geólogos. As pul-gas são os seus vetores e os roedoressilvestres os seus reservatórios e commenos intensidade os coelhos. Caracte-riza-se por febre elevada, cefaléia,hipotensão arterial, confusão mental, dorintensa na região inguinal, axila ou pes-coço, conforme a localização do bubão.Apresenta diversas formas clínicas:ganglionar ou bubônica, pneumônica,septicêmica e ambulatória. As medidaspreventivas incluem a vacinação. Me-didas de antiratização, desratização ecombate as pulgas. Educação sanitária.

- Tuberculose, é geralmente adqui-rida no ambiente familiar. No trabalho opessoal dos serviços de saúde são osmais sujeitos mas é preciso haver umcontato freqüente e prolongado comcasos ativos. É uma doença cuja morta-lidade está recrudescendo e já preocu-pa as autoridades sanitárias de diversos

países entre eles o Brasil.Os exames de laboratório são fun-

damentais para se estabelecer o diag-nóstico.

- Intoxicação alimentar: causadasprincipalmente pelas bactérias do grupodas salmonelas, clostridium eestafilococos que se desenvolvem namanipulação dos alimentos em cozinhasindustriais e cafeterias, em fábricas. Teminício e evolução rápidos, geralmente emmanifestações entéricas ligadas àingestão de alimentos ou água entre pes-soas que os usaram na mesma ocasião.As medidas profiláticas se baseiam narefrigeração adequada de alimentos,manuseio higiênico de produtos da ali-mentação; exclusão temporária das pes-soas com qualquer tipo de infecção prin-cipalmente as piogênicas e uso de más-caras, luvas e roupas adequadas no pre-paro de alimentos.

Micoses e fungos, tanto podem sermanifestações sistêmicas, superficiais ouproduzindo hipersensibilidade. Entre elastemos a candidiase ou moniliase, aaspergilose, histoplasmose, dermato-fitose (pé de atleta), esporotricose, pul-mão do fazendeiro, bagaçose, suberose,etc.

Doenças parasitárias, tem signifi-cado ocupacional aquelas causadas por:

- protozoários como a malária,

amebíase, leishmaniose, tripanosso-míase.

- helmintos como a esquistosso-mose, ancilostomose, ascaridíase.

- artrópodes como os ácaros, car-rapatos, bicho do pé, etc.

Picadas de cobras venenosas, escor-pião, lacraia, centopéia e aranhas vene-nosas. Nesses casos as medidas de pri-meiros socorros são soberanas. Se vocênão conhece cobras, leve se possível acobra causadora do acidente para iden-tificação (viva ou morta). Atenção paraas seguintes características de identifi-cação (ver quadro abaixo).

A cobra coral constitui uma exce-ção: a cabeça não é triangular; a cabe-ça e a cauda são continuação do corpo.

Na ausência ou falta de médico e seidentificar a cobra como venenosa, apli-que um dos soros específicos, seguindorigorosamente suas especificações:

Anticrotálico - para cascavelAntibotrópico - para jararaca,

urutu, jararacuçuAntilaquésico - para surucucu "pico

de jaca"Antielapídico - para coral.No caso de picadas por escorpião

aplicar o soro específico, dentro da pri-meira hora da picada.

Nos demais casos o tratamento élocal.

DOENÇAS DO TRABALHO DEVIDAS A RISCOS BIOLÓGICOS

COBRAS

Venenosa Não venenosa

Cabeça Triangular Arredondada

Olhos Pequenos Grandes

Fosseta Tem Não tem

Lacrimal

Escamas Desenhos irregulares Desenhos simétricos

Cauda Curta afinando Longa e afinando

abruptamente gradativamente

Dentes Duas Presas ou maxilar Dentes pequenos e mais

ou menos iguais

Picada Com uma ou duas marcas Orifícios pequenos e

mais profundos. Mais

ou menos iguais

9NOTA ESPECIAL ANO XXXIX N° 1/12

� ABMT Informa

Postado por Relações do Trabalhoem 24 fevereiro 2012 às 9:30

Empresa exigia teste de bafômetropara trabalhadores da área operacional,atividade na qual eventual embriaguezpoderia causar sérios acidentes de tra-balho.

A saúde e segurança no trabalhotem sido uma das principais preocupa-ções das empresas, trabalhadores e Go-verno no Brasil, havendo investimentosmaciços nas melhores práticas em re-lação ao tema. Nesse sentido, uma dasprincipais preocupações hoje em dia éque os trabalhadores estejam em suasplenas condições físicas e mentais quan-do iniciam sua jornada em atividades oulocais que demandam ainda mais cui-dados para evitar acidentes.Comoexemplo, pode-se citar o traba-lho em altura, trabalho com veículos,com produtos químicos perigosos, en-tre outros.

Por essa razão é que tem se torna-do exigência em diversas atividades queos trabalhadores, antes de começar atrabalhar, se submetam a um teste debafômetro. Essa medida visa evitar quepessoas que estejam com suas capaci-dades físicas e mentais alteradas pelouso do álcool não representem risco asi próprias ou a colegas. Mas o assuntocausa controvérsia. Há manifestaçõescontrárias à prática sob o argumento deque ela é uma invasão de privacidade eque viola a intimidade do trabalhador.

Várias ações judiciais estão trami-tando no Judiciário trabalhista questio-nando a prática. Algumas delas estãochegando ao Tribunal Superior do Tra-balho, sendo que uma das primeirasdecisões proferidas sobre esse tema foio acórdão do TST-AIRR-24300-19.2008.5.15.0126, em agosto de 2011.Neste processo, a hoje Ministra do Su-premo Tribunal Federal - STF, RosaMaria Weber Candiota da Rosa, man-tendo o julgamento do TRT, entendeuque a prática, por visar à saúde e segu-rança do trabalhador, não poderia serconsiderada abusiva, não configurando,portanto, dano moral indenizável embenefício do trabalhador.

Leia abaixo o trecho do acórdão queanalisa o tema.

No TST: Teste de bafômetro parapreservar segurança de trabalhador n...http://www.relacoesdotrabalho.com.br/profiles/blog/show?id=39191...

1 de 3 27/2/2012 09:08"A C Ó R D Ã O3ª TurmaIndenização por danos moraisSustenta o reclamante fazer jus à in-

denização por danos morais postulada,aduzindo que restou incontroverso nosautos o fato de a reclamada realizar tes-tes de bafômetro em seus empregados,sendo que, através do depoimento daúnica testemunha ouvida, restou com-provado que os referidos testes eramobrigatórios aos trabalhadores da parteoperacional, aleatórios para os da parteadministrativa e dispensados para oscargo de gerência, o que revela trata-mento discriminatório entre os empre-gados. Sustenta, ainda, que a realizaçãode tais testes, cuja obrigatoriedade res-tou comprovada, esbarra nos princípiosconstitucionais da inviolabilidade da vidaprivada e da intimidade, segundo osquais ninguém é obrigado a produzir pro-vas contra si mesmo.

O r. Juízo -a quo- indeferiu o pedidopor entender que não restou provada aobrigatoriedade alegada na petição ini-cial e que, ainda que comprovada a mes-ma, a atitude da reclamada estariainserida nos poderes de comando e dis-ciplina do empregador.

Inicialmente, cumpre salientar que areparação decorrente do dano moral en-contra fundamento legal nas disposiçõescontidas no art. 5º, V e X, da Constitui-ção Federal, sendo considerado aqueleproveniente da violação dos direitos in-dividuais de cada cidadão relativamen-te à sua intimidade, privacidade, honrae imagem, de natureza íntima e pessoalem que se coloca em risco a própria dig-nidade da pessoa humana, diante docontexto social em que vive.

Desta forma, para a configuração dodano moral no âmbito do Direito do Tra-balho é necessária a ocorrência de vio-lação à honra pessoal do trabalhador,

não bastando a inobservância quanto aocumprimento das obrigações decorren-tes do vínculo empregatício. O dano deveser proveniente de situações vexatóriasem que o trabalhador se sinta humilha-do, desrespeitado intimamente, em de-corrência exclusivamente da prestaçãode serviços.

No caso dos autos, não restou de-monstrada qualquer violação à honra edignidade do autor, eis que a realizaçãode testes de bafômetro pela empresa ti-nham como finalidade a prevenção deacidentes e era feita de forma geral.

Tal determinação não importa emabuso de poder por parte do emprega-dor, mormente diante da existência deáreas de risco no local de prestação deserviços do empregado, conforme res-tou esclarecido pela única testemunhaouvida nos autos.

Com efeito, afirmou a referida tes-temunha, que -faziam carga e descargade silos de polietileno e também utiliza-vam empilhadeira para fazer a carga edescarga do produto-, bem como que -há áreas de risco dentro da áreaoperacional, como tanques de combus-tível, por exemplo, fenol.

Ademais, conforme restou compro-vado, diante das declarações da teste-munha, todos os trabalhadores da parteoperacional submetiam-se aos testes debafômetro, tais como motoristas, ajudan-tes e operadores, inclusive -terceiros quevão prestar serviços nessa área de ris-co.

Não há falar, portanto, em ofensa aosprincípios constitucionais dainviolabilidade da vida privada e da inti-midade.

Da mesma forma, não há falar emato discriminatório por parte da recla-mada em relação ao reclamante, eis quetodos aqueles que adentravam à áreaoperacional submetiam-se aos testes.

O fato de os empregados da áreaadministrativa realizarem o teste espo-radicamente e de os gerentes serem dis-pensados do mesmo não importa emofensa aos princípios contitucionais.

No TST: Teste de bafômetro para

No TST: Teste de bafômetro para preservar segurança de trabalhador não é considerado abusivo

10 NOTA ESPECIALANO XXXIX N°1/12

� ABMT Legislação

Dispõe sobre procedimentospara a divulgação e fiscalização documprimento da legislação do Pro-grama de Alimentação do Trabalha-dor - PAT.

A SECRETARIA DE INSPEÇÃODO TRABALHO, no exercício dacompetência prevista no art. 14, incisoXIII, do Anexo I do Decreto n.o 5.063,de 3 de maio de 2004,

Resolve:Planejamento das açõesArt. 1° As Superintendências Regi-

onais do Trabalho e Emprego - SRTEdevem incluir no seu planejamento açõesde divulgação e de fiscalização do cum-primento da legislação do Programa deAlimentação do Trabalhador - PAT.

Art. 2º O planejamento deve con-templar empregadores inscritos e nãoinscritos no PAT, especialmente empre-sas de médio e grande porte.

Art. 3º As atividades de fiscalização

dos empregadores inscritos no PAT po-dem ser organizadas em projeto especí-fico ou executadas no contexto de ou-tros projetos, desde que atendido o nu-mero mínimo anual de empresas fiscali-zadas definido pela Secretaria de Ins-peção do Trabalho - SIT.

Art. 4º As ações de divulgação de-vem visar aos empregadores não ins-critos no Programa.

Execução das açõesArt. 5° Nas ações fiscais de investi-

gação da regularidade do cumprimentoda legislação do PAT, deve o Auditor-Fiscal do Trabalho - AFT verificar, nominimo, se:

I. há atendimento a todos os empre-gados da faixa salarial prioritária, cor-respondente a rendimentos de valor equi-valente a até cinco salários mínimos,sempre que houver inclusão, no Progra-ma, de trabalhador de rendimento maiselevado;

II. o beneficio concedido aos empre-gados da faixa salarial prioritária tem va-lor igual ou superior ao concedido aostrabalhadores de rendimento mais ele-vado;

III. o valor cobrado ao conjunto dostrabalhadores atendidos no Programanão ultrapassa vinte por cento do mon-tante do custo direto e exclusivo dosbeneficios concedidos, considerando-seo período de apuração;

IV. o empregador se abstem de utili-zar o PAT de forma a premiar ou puniros trabalhadores;

V. são observados os indicadoresparamétricos do valor calórico e da com-posição nutricional dos alimentosdisponibilizados aos trabalhadores;

VI. há profissional legalmente habi-litado em nutrição indicado pelo empre-gador como responsável técnico peloPrograma, no caso de autogestão;

VII. o fornecedor ou o prestador deserviço de alimentação coletiva contra-tado pelo empregador estão regularmen-te registrados no Programa, no caso deterceirização.

Art. 6° Independentemente daconstatação de irregularidades, as infor-mações referentes ao cumprimento dositens listados no artigo 5° devem serconsolidadas pelo AFT em formulário-padraã disponivel para acesso na redemundial de computadores, no enderecoeletrônico http://portal.mte.gov.br/pat.

Art. 7° Sem prejuizo de outras açõesdirecionadas ao público em geral, asações de divulgação do PAT devem vi-sar preferencialmente a empregadoresintegrantes dos setores econômicos emrelação aos quais se tenham apuradoindicios de fornecimento de alimenta-ção ou de benefício equivalente aos tra-balhadores.

Processo administrativo de cance-lamento da inscrição ou do registro

Art. 8° No caso de constatação deirregularidades no cumprimento da le-gislação do PAT, deve o AFT lavrar re-latório circunstanciado, em duas vias,propondo o cancelamento da inscriçãoda empresa beneficiaria no Programa,o qual devera conter:

I. identificação do empregador comnome, inscrição no Cadastro Nacionalda Pessoa Jurídica - CNPJ ou Cadas-tro de Pessoa Fisica - CPF, código naClassificação Nacional de AtividadesEconômicas - CNAE e endereço com-pleto dos estabelecimentos abrangidospela ação fiscal;

II. descrição clara dos fatos consi-derados como infração;

III. citação expressa dos dispositi-vos normativos considerados infringidos;

IV. delimitação do período em quepersistiram as irregularidades, com in-dicação precisa dos respectivos termoinicial e final;

V. assinatura e identificação do AFT,contendo nome, cargo e número da Car-teira de Identidade Fiscal - CIF.

Art. 9° Constatando-se acorresponsabilidade do fornecedor ou doprestador de serviço de alimentação co-letiva contratado pelo empregador naprática das irregularidades, deve ser

preservar segurança de trabalhador nãocontraria os princípios constitucionaisinvocados pelo reclamante, já que aisonomia consiste exatamente em tra-tar com igualdade os iguais e desigual-mente os desiguais.

Inexistiu, portanto, violação à honrapessoal com a exposição do autor à si-tuação vexatória que lhe ocasionasse odesrespeito necessário para a configu-ração do dano moral.

Correta, pois, a r. decisão de origemque indeferiu o pedido de indenizaçãopor danos morais.

Rosa Maria Weber Candiota daRosa

Ministra Relatorafls. PROCESSO Nº TST-AIRR-

24300-19.2008.5.15.0126".

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHOINSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 96, DE 16 DE JANEIRO DE 2012

(DOU de 17/01/2012 Seção I pág. 55)

No TST: Teste de bafômetro para

preservar segurança de trabalhador

não é considerado abusivo

Continuação da pág.9

11NOTA ESPECIAL ANO XXXIX N° 1/12

� ABMT Legislação

tambem proposto o cancelamento dorespectivo registro no PAT, em relatórioapartado e elaborado nos moldes pre-vistos no artigo 8°.

Art. 10 O relatório deve ser entre-gue, mediante protocolo, à seção, setorou núcleo de segurança e saude no tra-balho da SRTE ou seção ou setor de ins-peção do trabalho da Gerencia Regio-nal do Trabalho e Emprego - GRTE comcompetencia fiscal sobre o estabeleci-mento inspecionado, para formação deprocesso administrativo, do qual consti-tuirá peça inaugural.

Art. 11 A unidade responsável pelorecebimento deve, no prazo máximo dedez dias, notificar o interessado da ins-tauração do processo, devendo o res-pectivo termo indicar os dispositivosnormativos considerados infringidos, oprazo para a apresentação de defesa eo local para a sua entrega.

§ 1º A notificação via postal deve serfeita com aviso de recebimento - AR.

§ 2º Nao sendo localizado o empre-gador nos endereços registrados nos ca-dastros oficiais, deve-se promover suanotificação por edital, em conformidadecom o art. 26, § 4o, da Lei n.o 9.784, de29 de janeiro de 1999.

§ 3º Ressalvado o caso do § 2o des-te artigo, o termo de notificação seraacompanhado de cópia integral do rela-tório a que se refere o artigo 8o ou 9o,conforme o caso, assim como dos do-cumentos que o instruem.

Art. 12 O interessado tem prazo dedez dias para apresentação de defesa,contados da notificação, observadas asregras do artigo 16 da Portaria MTb n.o148, de 25 de janeiro de 1996.

Art. 13. A autoridade regional, aindaque não apresentada defesa, deve dis-tribuir o processo para analise e elabo-ração de proposta de decisão.

§ 1º O analista poderá, mediante des-pacho fundamentado e diante dos argu-mentos apresentados pelo defendente,solicitar a manifestação do autor do re-latório, o qual tera o prazo de dez dias

para faze-lo.§ 2º No caso do § 1o deste artigo, o

interessado será cientificado do inteiroteor da manifestação, e terá o prazo dedez dias para apresentar novas razões,se entender necessário.

Art. 14 Instruído com a proposta dedecisão, o processo será encaminhadoao Departamento de Segurança e Saudeno Trabalho - DSST, que decidirá sobreo acolhimento da proposta.

Parágrafo único. O DSST comuni-cará a decisão ao interessado aplican-do-se, no que couber, as regras do arti-go 11.

Art. 15 Da decisão que aplicar pe-nalidade cabe recurso ao Secretário daInspecão do Trabalho, no prazo de dezdias. Parágrafo único. Compete aoDSST a elaboração de proposta de de-cisão sobre o recurso e a comunicaçãoda decisão final ao interessado.

Art. 16 O cancelamento da inscri-ção ou do registro determinados pordecisão administrativa irrecorrivel deveser formalizado em Portaria específicada SIT, que indicará o período de apli-cação da medida e será publicada noDiário Oficial da União.

Parágrafo único. A Coordenação doPrograma de Alimentação do Trabalha-dor - COPAT enviará cópia da Portariaa Superintendência Regional do Traba-lho e Emprego com competência fiscalsobre a matriz da empresa e a Secreta-ria da Receita Federal do Brasil, paraprovidências de sua competência.

Art. 17 O pedido de nova inscriçãoou registro deve ser apresentado na uni-dade administrativa do Ministério do Tra-balho e Emprego - MTE com compe-tência fiscal sobre o estabelecimentorequerente, acompanhado das provas dosaneamento das irregularidadesdeterminantes da decisão do cancela-mento.

§ 1º A nova inscrição apenas poderáser requerida pelo estabelecimento ma-triz.

§ 2º A autoridade regional deve ava-

liar a necessidade de realização de açãofiscal para atestar a regularização e, in-dependentemente dessa providência,distribuirá o processo para a elabora-ção de proposta de decisão.

§ 3º O processo, devidamente ins-truído com a proposta de decisão, deveser encaminhado ao DSST para análi-se do pedido.

Disposições finaisArt. 18 Aos procedimentos relativos

ao tramite dos processos de cancela-mento e de solicitação de nova inscri-ção ou registro, aplicam- sesubsidiariamente as regras previstas naPortaria MTb n.o 148, de 25 de janeirode 1996.

Art. 19 Fica aprovado o formulário-padrao anexo a esta InstruçãoNormativa.

Art. 20 Revoga-se a InstruçãoNormativa n.o 83, de 28 de maio de2010, e as demais disposições em con-trário.

Art. 21 Esta Instrução Normativaentra em vigor na data de sua publica-ção.

VERA LUCIA RIBEIRO DEALBUQUERQUE.

ANEXOMinistério do Trabalho e Emprego -

MTESecretaria de Inspeção do Trabalho

- SITDepartamento de Segurança e

Saude no Trabalho - DSSTCoordenação do Programa de Ali-

mentação do Trabalhador - COPATRELATÓRIO-PADRÃO DAS

AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO DAEXECUÇÃO DO PAT

1 - EMPREGADOR; 2 - ENDE-REÇO; 3 - NÚMERO; 4 - COM-PLEMENTO; 5 - BAIRRO; 6 - MU-NICÍPIO; 7 - UF; 8 - CEP; 9 - CNPJ;10 - N.o TOTAL DE EMPREGADOS;11 - N.o TOT. TRAB. ATENDIDOS;12 - NÚMERO DE INSCRIÇÃO NOPAT; 13 - ENDEREÇO ELETRÔNI-CO; 14 - TELEFONE; RESPONSÁ-

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHOINSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 96, DE 16 DE JANEIRO DE 2012

(DOU de 17/01/2012 Seção I pág. 55)

Continuação da pág.10

12 NOTA ESPECIALANO XXXIX N°1/12

� ABMT Diversos

Nosso pesar e nossa gratidão.É com sentimento da perda de um ami-go muito respeitado, que o "NOTA ES-PECIAL" evoca perante os associadosda ABMT a figura do Dr. JaymeShcolnik. Foi proprietário do respeitadoe acreditado Laboratório JS e Pai donosso associado e Benemérito Dr. Wil-son Shcolnik.Ao lado de suas demais qualidades epairando acima delas, ao mesmo tempoem que lhe servia de sólida base, estava

seu caráter, íntegro, retilíneo, imune aoque quer que fosse fora de uma inaba-lável conduta ética - uma espécie demarca registrada sempre nítida quandousando a palavra mostrava aos médi-cos a grande responsabilidade de cadaum.Dr. Jayme sempre acreditou nas inicia-tivas e nos trabalhos desenvolvidos pelaABMT e é bom recordar que semprenos proporcionava uma agradável e fes-tiva recepção de congraçamento ao fi-

VEL PELO PREENCHIMENTO DORELATÓRIO; 15 - NOME 16 - CIF17 - TELEFONE; 1 - MODALIDA-DES DE ATENDIMENTO N.o DETRABALHADORES.

? 5 SM > 5 SM1.1. Serviço próprio.1.2. Fornecimento de alimentação

coletiva.1.3. Prestação de serviço de alimen-

tação coletiva.2 . I R R E G U L A R I D A D E S

VERIFICADAS NA AÇÃO FISCALSIM NÃO

2.1 Há falta de atendimento de al-gum empregado da faixa salarialprioritária, correspondente a rendimen-tos de valor equivalente a até cinco sa-lários mínimos, e atendimento de tra-balhador de rendimento mais elevado?(art. 3°, caput, da Portaria SIT n° 3, de1° de março de 2002).

2.2. O benefício concedido aos em-pregados da faixa salarial prioritária temvalor inferior ao do concedido aos tra-balhadores de rendimento mais eleva-do? (art. 3°, paragrafo unico, da Porta-ria SIT n° 3, de 1° de março de 2002).

2.3. A participação do conjunto detrabalhadores atendidos em relação aomontante do custo direto e exclusivodos benefícios concedidos no período

de apuração do PAT ultrapassa o limitede vinte por cento? (art. 4°, da PortariaSIT n° 3, de 1° de março de 2002).

2.4. O PAT é utilizado para premiarou punir os trabalhadores? (art. 6°,incisos I e II, da Portaria SIT n° 3, de 1°de março de 2002)

2.5. Há inobservância dos indicado-res paramétricos do valor calórico e dacomposição nutricional dos alimentosdisponibilizados aos trabalhadores? (art.5o, § 1o a 10 da Portaria SIT n° 3, de 1°de março de 2002).

2.6. Há ausência de responsáveltecnico pelo PAT devidamente contra-tado pelo empregador inscrito (respon-der apenas no caso de serviço próprio)?(art. 5o, § 11 e 12, da Portaria SIT n° 3,de 1° de março de 2002).

2.7. O fornecedor ou o prestador deserviço de alimentação coletiva contra-tado pelo empregador inscrito esta re-gularmente registrados no Programa, nocaso de terceirização? (art. 8°, da Por-taria SIT n° 3, de 1° de março de 2002).Obs. Havendo alguma resposta positi-va para os itens 2.1. a 2.6., este relató-rio padrão deve, necessariamente, seracompanhado de cópia do relatório cir-cunstanciado previsto no art. 6o da ins-trução normativa sit n° 83, de 28 de maiode 2010.

Ilusões da VidaFrancisco Otaviano

Quem passou pela vida em branca nu-vemE em plácido repouso adormeceu;Quem não sofreu o frio da desgraça.Quem passou pela vida e não sofreu:Foi espectro de homem, não foi homem,Só passou pela vida, não viveu.

Nota de Falecimento:

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHOINSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 96, DE 16 DE JANEIRO DE 2012

(DOU de 17/01/2012 Seção I pág. 55)

nal de cada ano, no encerramento denosso programa de educação continu-ada. Foram seguidos anos dessa boa eagradável convivência em vários Semi-nários sempre prevalecendo o respeito,a camaradagem e a lisura de suas ati-tudes. Ao Dr. Jayme o nosso adeus. Aos seusfamiliares na pessoa do Wilson a nos-sa gratidão pelo apoio que deram namaneira elegante de apoiar o nosso es-forço de manter a coesão dos médicosdo trabalho.

C a n t i n h o

da Poesia

Continuação da pág.11

Carlos Drummond de Andrade

Mas se desejarmos fortemente o me-lhor e, principalmente, lutarmos pelomelhor...O melhor vai se instalar em nossa vida.Porque sou do tamanho daquilo que vejo,e não do tamanho da minha altura.

Para ser grandeFernando Pessoa

Para ser grande, sê inteiro: NadaTeu exagera ou exclui.Sê todo em cada coisa. Põe quanto ésNo mínimo que fazesAssim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive